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A Necessidade da Arte na Sociedade Contemporânea

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RESENHA CRÍTICA
FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
	Filósofo austríaco (1899-1953). Membro destacado do Partido Comunista foi ministro de Educação, por sua oposição a invasão da Checoslováquia, foi expulso do partido em 1969. Foi um teórico marxista da estética, escreveu La necesidad del arte; e En busca de la realidad, 1966-1968). Considera-se como ele mesmo se define um:
 “... ‘Eu’ curioso e faminto de mundo...” (FISCHER, 1987, p.13).
Para o Pintor Mondrian, a arte seria uma “fuga” da realidade e com o tempo ela desapareceria, na medida em que o homem alcance o equilíbrio da realidade. Ela seria o meio para que o homem alcance este equilíbrio. Nessa visão, a arte é reconhecida parcialmente tanto em sua natureza quanto a sua necessidade. Porém, como é possível um equilíbrio permanente do homem como o meio? A arte é e continuará sendo necessária. Mas, a função da arte não se resume a esta de ser apenas uma substituta da realidade. Observemos a função inicial da arte, que também se modificou e que novas funções passaram a existir.
O homem anseia sempre por algo mais; ele é um ser inacabado e em constante processo de criação. E a arte é um meio indispensável para ele se unir ao todo. 
“o homem está sempre à procura de relacionar-se com uma dimensão maior do que a sua própria vida particular, individual”. “Está sempre em busca de um algo a mais, que supere sua condição individual, solitária e parcial, procura em objetos e seres exteriores a si mesmo, uma totalidade que o completa”. (FISCHER, 1987, p. 13)”. 
Portanto, de um lado, o homem quer absorver a realidade e de outro que controlá-la. 
Mas, a arte em sua origem foi magia. O caráter mítico da arte primitiva reside na forma como os animais eram representados, como vimos durante as aulas nos slides apresentados, onde as pinturas e os vestígios de atividades humanas nas cavernas retratavam a crença e os rituais efetuados. Contudo, a arte se modificou desde quando o homem deixou de ser apenas um caçador e passou a cultivar seu próprio alimento, a partir daí ela foi se modificando com o surgimento das grandes civilizações e se tornando cada vez mais estilizada buscando padrões e formas geométricas de acordo com a cultura e o lugar
No entanto, a arte esta atrelada ao pensamento humano e vai se constituindo, se estabelecendo a partir da interação do homem com o mundo. Depois, do século das luzes, com o Iluminismo todas as transformações sociais e culturais, a razão passou a ser o centro de tudo, dando ênfase a racionalidade. Então ele deixa de responder apenas aos seus instintos e tem a necessidade de agir de forma pensada, ordenada, elaborada e idealizada passando a projetar e articular o que deseja, surge então essa Razão que vai dominá-lo e passar a o centro do seu ser agora, dando ênfase a imaginação e a criatividade que vão se desenvolvendo ao longo do tempo.
DENARDI, M. S. Christiane. O Ensino da Arte nas Escolas e sua Função na Sociedade Contemporânea.
Psicóloga, pianista, pesquisadora e professora de música e ensino superior, mestre em educação pela PUC-PR, especialista em Magistério do ensino Superior e Psicóloga Organizacional e do Trabalho pela PUC-PR e em Educação Musical pela EMBAP. Possui diversos trabalhos publicados; ministra palestras, oficinas e presta consultoria nas áreas de Educação, Psicologia e Arte, além de atuar como colaboradora em revistas e sites educacionais.
Segundo Denardi, existem diferentes produções artísticas construídas ao longo do tempo em diferentes práticas e relações sociais, que revela a história sociocultural da humanidade. Elas expressam, refletem e interpretam a realidade, à medida que há nela contido o trabalho criativo dos homens. Em seu artigo, dentre as diversas interpretações sobre a função social da arte, ela vai se ater as da contemporaneidade, que diz respeito as que tratam a arte como mercadoria, forma de conhecimento e criação. 
Faz uma análise destas funções e constata que a arte entendida como mercadoria vai buscar atender determinados interesses do grupo social a qual está atrelada. A arte como conhecimento vai representar a realidade, trazer para esta uma representação do que seria esta realidade. E a arte como criação, vai tentar resgatar a relação do homem criador, artista com a sua obra de arte. 
A arte em sua concepção surge como uma necessidade humana e um meio do homem de retornar ao coletivo. Dessa forma justifica então, que o ensino da arte nas escolas faz o homem mais consciente do seu papel no mundo e de sua existência social. Na sociedade contemporânea essa relação entre a função social da arte e seu ensino nas escolas coexiste no primeiro nível, que chama de arte pela arte ou arte elitista, no segundo nível que diz respeito à arte para as massas e no terceiro nível o da arte popular, social ou humanizada. Todas com o mesmo objetivo de representar e interpretar a realidade, visando satisfazer os desejos, anseios e necessidades desse homem e da sociedade. Chama a atenção para o fato de que promover oportunidades para a democratização do acesso e do ensino da arte é diferente de massificar, pois, a arte como fonte de educação, humanização e socialização é fonte de saber para uma sociedade e não uma mera mercadoria.
Também salienta que essa arte não deve ser exclusiva de um grupo isolado das demais atividades humanas e sociais. Constata que em nosso tempo que para muitos professores da própria área de arte, ainda prevalece a ideia de que ela é uma inspiração ou dom dado ao ser humano e um talento artístico inato e inerente ao seu ser. Ou seja, que este homem, age com uma sensibilidade que lhe é peculiar, imediata, intuitiva e espontânea. Relata também que durante muito tempo a arte foi vista nas escolas como mera atividade educativa para promoção de eventos e atividades escolares.
Hoje, no entanto segundo ela, as escolas estão procurando disponibilizar instrumentos aos alunos, incentivando-os a se tornarem mais sensíveis e a se tornarem mais conscientes do valor da arte.
“Para estas instituições, a educação é um conjunto de ações intencionais e sistemáticas, e não um fenômeno natural e espontâneo”.
A partir daí para Denardi a disciplina de arte passa a ser entendida como uma área do conhecimento, forma de criação e humanização.
A instituição escola tem seu papel fundamental para promover análise das práticas sociais, reflexão crítica sobre o modo de agir da sociedade e trazer com isso uma contribuição cm seu questionamento para validar ou não dessas práticas. 
Portanto, ela entende que a relação entre a função social da arte e o ensino escolar está em propiciar aos alunos uma apropriação do conhecimento artístico contribuindo para o surgimento de outras formas de se expressar. Todo ser humano, independente de ser artista é capaz de se perceber, interpretar e representar o mundo em que vive. Dessa forma, a função da arte como forma de conhecimento e de criação artística visa à plenitude do desenvolvimento desse ser, possibilitando assim uma humanização da arte.
JUNIOR, João Bezerra da Silva. O Ensino de Arte no Brasil, 2009.
João Bezerra da Silva Júnior nasceu em Santo André/SP em 26 de julho de 1982, cresceu e vive na cidade de Mauá/SP. É licenciado em Educação Artística/Música pela Faculdade Paulista de Artes e em Pedagogia pela Uni nove. Além disso, é especialista em Gestão Pública e realiza pesquisas na área de Altas Habilidades / Superdotação. Atua como professor de Artes na rede municipal de ensino em São Paulo/SP. 
Este artigo compõe o segundo capitulo do livro Tópicos em Educação, que trás temas relativos à Educação, e fala sobre o Ensino de Artes, em uma versão reformulada de artigo publicado na Web artigos que teve mais de 30000 acessos. 
Neste estudo, o autor enfatiza que a sua formação acadêmica de música trouxe contribuições significativas para o desenvolvimento dos alunos e dá uma introdução sobre a importância da arte para uma sociedade, dizendoque a arte possibilita o ser humano passar a conhecer e entender melhor parte da sua história, das linguagens artísticas e as novas formas de se expressar essas linguagens com o decorrer do tempo.
Diz que ela tem não só a possibilidade de integrar pessoas, mas também de suscitar novas formas de expressão, fazendo o homem demonstrar através dela o que sente e pensa, além de aguçar o senso crítico do que se ouve, vê ou faz, bem como é um meio para compartilhar ideias. Ele faz uma breve descrição de alguns momentos históricos e cada uma das linguagens que compõem esse contexto, na tentativa de que se possa compreender a importância da Arte e um pouco do que é ensinado em cada linguagem artística. 
Apoia-se em alguns teóricos, como Bartello (2004) e Barbosa (1994) e parte da definição do que seja Arte, para passar então ao Estudo da Arte e o seu ensino no Brasil nas diferentes artísticas, traçando desse modo um panorama histórico contundente desde a chegada da missão francesa, em 1816, que veio com o intuito de formar uma escola de Arte, até 1971, onde se inicia a “Pedagogia Libertadora” de Paulo Freire, com a perspectiva de promover uma consciência crítica da sociedade. A partir daí, a arte é introduzida no currículo escolar com o nome de Educação artística, através da Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional ainda como atividade educativa e em 1988 sofre ameaça de ser excluída do currículo. Por não ser considerada disciplina, a educação artística enfrentou muito preconceito e como não podia reprovar o aluno era tida como uma aulinha de desenho e o professor como mero organizador de eventos escolares. Já a partir dos anos 80, novas técnicas educacionais são discutidas e surgem avanços no sentido irem além das técnicas quanto à História da arte, leitura da obra e do fazer artístico. Com a nova LDB Lei 9.394/94, são revogadas as disposições anteriores e a Arte é considerada disciplina obrigatória na educação básica, conforme o art. 26. 
Mas, segundo ele atualmente o ensino de Arte está voltado para as linguagens de Música, Dança Artes Cênicas/Teatro, e Artes Plásticas.
João Bezerra faz um estudo aguçado e muito rico se cada uma dessas tendências artísticas e salienta a importância do educando saber onde surgiu aquilo que ele está fazendo, quais as técnicas utilizadas e da importância da história da arte para o aprendizado do aluno para identificar onde surgiram determinado estilos e o que levou cada artista a fazer determinada obra e a dá sentido a ela. 
Portanto, todo o tipo de arte muito tem contribuído ao longo do tempo para a formação de cidadãos conscientes e críticos capazes de interagir consigo mesmo e com o mundo ao seu redor de forma a poder transformá-lo e impactá-lo de forma benéfica. 
De um modo geral, os autores apresentados, apoiam-se em diversos teóricos e estudiosos para emitir suas conclusões. Mas, todos são unanimes em reconhecer a da natureza da arte e a sua necessidade. Talvez porque nela está implícita uma relação mais profunda entre o homem e o mundo o que faz com que a sua função não possa ser resumida em uma única fórmula. Pois, ela busca satisfazer as mais variadas necessidades do ser humano e isso não mudará. Observando suas as origens, vimos através dos textos que sua função inicial se modificou e que novas funções passaram a existir e é isso que exatamente Ernest Fischer tentou nos dizer através com o seu livro A necessidade da arte, especificamente com o capítulo ora apresentado, baseado na convicção de que a Arte sempre será necessária. Denardi, nos trouxe a contribuição de ver a disciplina de arte como uma área do conhecimento, uma forma de criação e humanização do homem e João Bezerra fez uma descrição de alguns momentos históricos e das linguagens que compõem esses momentos para que possamos compreender melhor a importância da Arte e um pouco do que é ensinado em cada linguagem artística. Dessa forma, as obras aqui apresentadas oferecem subsídios para a nossa reflexão acerca de outras funções para a Arte como a concepção Humanística da Arte, de que a própria vida é uma manifestação bela e que a arte de fato a partir dela, encontrou a sua função que é a de tornar a vida mais bela. Contudo, a capacidade transformadora da arte é extremamente minimizada quando o foco é somente o visual e não as questões que envolvem, pois toda a Criação artística vem imbuída da responsabilidade de comunicar algo seja positivo ou negativo do ponto de vista crítico. 
Finalmente com esse estudo podemos amadurecer mais e entender que a arte parece fazer parte da nossa vida. O ser humano como vimos no filme em sala de aula não conseguiu se desenvolver apenas produzindo objetos úteis, ele procurou algo mais, ou seja, produziu arte. 
Contudo, quanto mais refletirmos acerca do tema proposto mais funções surgirão, pois a arte é uma fonte inesgotável de conhecimento e desenvolvimento para o homem. Ela é a busca do próprio homem pelo conhecimento do seu ser e pela compreensão do mundo que lhe cerca.
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