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Redação Publicitária - Anotações (Rádio)

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Redação Publicitária
Segundo Pierce, a criação é o processo de construção de uma representação a partir de signos já existentes que traz à tona uma nova realidade.
O que recorta (limita) a criação, é o briefing.
Semiótica (signos) -> briefing (informação) -> posicionamento -> conceito
A história do Rádio
A partir da metade do século XX, com o desenvolvimento dos meios eletrônicos, a comunicação midiatizada, a publicidade e, em especial, a redação publicitária, transformaram-se radicalmente. Primeiramente, o som, transmitido à distância, permitiu acesso a informação, à música, a cultura e ao entretenimento de maneira fácil e veloz. A gratuidade do meio, foi conquistada, como nos meios impressos, a partir da publicidade, através de patrocínio, merchandising ou peças publicitárias conhecidas como spots.
1888 – Ondas eletromagnéticas;
1895 / 1896 – Aleksander S. P., Henry B. J. e Olliver J. L. conseguiram transmitir sinais de rádio a pequenas distâncias. (Hertz);
Como o rádio funciona? Por ondas transmitidas a diferentes frequências.
1896 – Marconi registra a primeira patente de um sistema de radiocomunicação;
1893 – Do alto da Av. Paulista, em SP, numa distância de 8km, aconteceu a primeira experiência de radiotelefonia. Sem documentos comprobatórios;
Quanto mais alta a torre das antenas, maior a cobertura.
“O rádio é a informação dos que não sabem ler” Edgar Roquete Pinto – Antropólogo, grande incentivador da rádio no Brasil.
A informação passa a ser instantânea e mais acessível.
1922 – Eptácio Pessoa. Primeira transmissão oficial feita a partir do Corcovado, em comemoração ao centenário da independência do Brasil.
Percebeu que o rádio era o jeito de atingir as camadas populares.
1923 – Rádio Sociedade do RJ, hoje rádio MEC (música, educação e cultura). Funcionava em AM e FM, Rj e Brasília e foi fundada por Roquete Pinto.
Déc. de 30: 29 emissoras no Brasil. / Contratação de artistas e produtores / Decreto n.21.111 de 1/3/32 autorizava que 10% da programação das rádios fossem comerciais, voltadas para publicidade. Hoje em dia esse tempo foi reduzido em respeito ao consumidor.
Rádio é um veículo essencialmente musical.
A competição entre as emissoras gerou o desenvolvimento técnico e a popularização do rádio (nos anos 60 como veículo de publicidade).
Após a chegada da tv as rádios apostaram na segmentação, para se diferenciarem e não perderem o público.
1938 – George Wells: A guerra dos mundos / 1938 – Transmissão da Copa / 1941 – Primeira Rádio Novela “Em busca da felicidade” e a estreia do “grande jornal falado da Tupi”. / 1942 – Programas recebem nome de produtos ou empresas, como forma de propaganda, como por exemplo, a “Rádio Philips” de Ademar Casé.
Desde 1935 a “Hora do Brasil” é o marketing do rádio.
1936 – Rádio Nacional revolucionada, glamour do Rádio no Brasil.
Era de ouro: fim da segunda guerra até os anos 50. Época das rainhas do rádio. Nessa época, o rádio era o meio mais importante. Presença forte dos programas de auditório.
A rádio nacional do Rio de Janeiro se torna a mais forte e influente emissora.
1942 – Ipobe: instituto brasileiro de opinião.
1946 – Gravadores de fita magnética (os prédios eram gigantes para poder arquivar as fitas).
Fim da era de ouro: a partir da chegada da TV, que fez com que a rádio se voltasse para música. As novelas e os programas de auditório foram substituídos por serviços de utilidade pública.
A notícia ainda era veiculada em mídia impressa.
O que salvou os rádios foi poder segmentar o público por programas, religião, estilo de música etc., pois a TV não conseguia se segmentar, tinha que atender a todos os públicos com notícias, programas, novelas etc.
Características dos meios audiovisuais
A utilização de som e imagem para comunicar. Ambos requerem do redator, textos específicos, chamados de roteiros. Os roteiros para rádio e TV são peças escritas que narram o que deve acontecer no spot (peça publicitária para rádio) e no comercial de TV (ou filme publicitário). Os roteiros servem para que os anunciantes (clientes) e produtoras (fornecedores) consigam imaginar um áudio ou um vídeo que só existia na cabeça dos criativos.
Onda de rádio é uma onda eletromagnética propagada por uma antena. As ondas possuem diferentes frequências. Quanto melhor o transmissor, maior a antena e melhor a transmissão.
Rádio é um veículo local, não tem alcance nacional como a TV, portanto possui programação de mídia local.
Frequências:
FM – Maior qualidade e menor alcance. Seu público é mais sofisticado. Não tem tanto comercial.
Frequência Modulada, ondas curtas, mais comuns.
Locutor: predomínio de programação musical variada, programas humorísticos e apresentações musicais.
AM – Alcança uma distância maior e tem um público maior (classes C e D). É mais popular.
Comunicador: predomínio de programas populares, notícias, narrações esportivas.
Rádio Web, via internet, online ou Streaming – Mais segmentadas.
Não são legalizadas; Tem aplicativos; Transmissão ao vivo ou gravada; Alcance mundial; Baixo custo de montagem e veiculação; Não paga direitos autorais.
“Linkando” a pessoa vai clicando de acordo com as informações do site e acessando o que é do seu interesse.
Características do Rádio
1 – É o meio de comunicação de massa com maior abrangência social;
2 – Comunicação “sem imagens”, a sonoridade que leva a imaginação;
3 – É acessível, os aparelhos de rádio são variados em tamanhos e preços;
4 – Permite velocidade de informação;
5 – A programação de cada emissora varia bastante (popular, notícias, etc);
Rádio é uma concessão pública: O rádio é o meio de integração nacional, operados em geral por empresas particulares, através de concessão governamental (por meio de leilões públicos, renovadas a cada 25 anos).
Pesquisas recentes demonstram que cada casa tem em média de 2 a 3 receptores de rádio, em apps ou tvs etc. Os aparelhos de rádio estão 95% nas casas, 63% nos automóveis e 43% nos portáteis. 
Possui boa cobertura por mensagem transmitida. No aspecto local, é líder de audiência. “Tenho mais retorno do programa de rádio que faço em Brasília que no programa nacional de TV” – Alexandre Garcia.
Oferece mídia seletiva através da programação e faixa horária. Sua programação pode ser segmentada. Possui credibilidade e aprovação do seu público.
Aspectos positivos do Rádio
- Baixo investimento;
- Rapidez / instantâneo;
- Permite grande frequência de exposição devido ao baixo custo unitário comercial;
- IBOPE: as pessoas passam 17% mais tempo com rádio que com a tv;
- O rádio chega onde a TV não vai, pois é prático e portátil e pode ser transportado;
- O horário nobre do rádio dura 13h enquanto o da TV dura apenas 3h;
- Uma produção de rádio custa 95% menos que da TV. O que custa caro são os direitos autorais.
- Pode ser o meio mais interativo de todos, através de cartas, telefone ou web.
Aspectos negativos do Rádio
- Precisa de mais inserções de comerciais;
- Sua cobertura é lenta, não permite a rápida rotação do estoque;
- É uma mídia local;
- Concorrência crescente;
- Os programas não tem garantia de estoque por muito tempo para reprises ou consultas;
- Sua programação não tem consistência duradoura pra ser acompanhada por muito tempo;
- Falta de percepção visual entre o emissor e o receptor;
- Condicionamento temporal da decodificação da mensagem;
- Perigo do cansaço, distração, dependência e fugacidade.
Horários da programação de Rádio
1 – De 6h às 12h
2 – De 12h às 18h
3 – De 18h às 24h (horário nobre)
4 – De 18h às 6h
Para definir o horário da veiculação é necessário que o anúncio seja determinado, o que custa, em sua maioria, 50% a mais. Por exemplo: uma propaganda para ser veiculada em horário indeterminado, pode ser lançada em qualquer horário dentro o período escolhido, já a propaganda determinada será lançada exatamente no horário que foi escolhido.
Propagandas no Rádio
Jingle – Propaganda cantada. Composição original, produzida especialmente para o anuncio. Boa lembrança.
Spot – Propaganda interpretadapor meio da narração, baseada em texto (roteiro). Possui efeitos sonoros ou fundo musical. É a técnica mais usada.
Spot “seco” – Locução sem apoio sonoro.
Testemunhal – O locutor ou comunicador aceita o produto e emite opinião pessoal a respeito. É mais eficaz quando feito por uma pessoa famosa, ou alguém que passe credibilidade.
Texto-foguete – Nome correto para o que hoje é conhecido como “merchandising”. A marca e/ou slogan é mencionada no contexto, como por exemplo: falar do desodorante “tal” durante a narração do futebol.
Não pode ser chamado de Merchandising, pois merchandising é a apresentação do produto no ponto de venda.
Product placement – História sobre o produto inserida no contexto da narração da novela, por exemplo. O narrador conta uma história sobre o produto.
Qual a importância do uso de efeitos sonoros? / Por que o rádio é um veículo complicado para trabalhar? 
R: O rádio é o único veículo que você precisa chamar atenção com som, pois a atenção do ouvinte é dividida com outras atividades.
Sua grande força é ser barato, já sua grande fraqueza é ser sempre o fundo de pano de uma outra atividade, portanto a atenção é menor. Como a atenção no rádio fica muito dispersa, a primeira coisa no rádio é fazer com que o ouvinte ouça. Há algumas maneiras: um som diferente, uma palavra surpreendente, um sussurro, um efeito sonoro misterioso ou a sensação de escutar uma conversa particular.
Características do rádio como meio publicitário
A produção para rádio e a veiculação são fáceis e de baixo custo. Por ser oral e local, a linguagem radiofônica tende a ser coloquial e respeita os regionalismos. As emissoras de rádio são bastante segmentadas e a redação deve adaptar-se a essa segmentação. O som das palavras e da música na publicidade radiofônica é fundamental.
Uma das grandes vantagens do rádio é que por ser rápido, barato e flexível, é fácil de produzir e tudo pode ser feito em questão de horas. A produção em rádio é muito mais barata, os maiores custos de produção estão relacionados a direitos autorais de músicas etc; 
O rádio é imediato, interativo, sensacional por sua velocidade em marketing de guerrilha. Por outro lado, pode funcionar como um outro meio com campanhas que duram anos. 
É um meio muito pessoal e próximo que tem a capacidade de construir imagens personalizadas nas cabeças das pessoas apenas com o som. Não é necessário dizer tudo, só é preciso dizer a coisa certa e deixar que o consumidor conclua através da imaginação. O redator fornece as palavras, e o ouvinte completa com as imagens.
Desenvolvimento de peças publicitárias para rádio
Os recursos de comunicação sonora: voz, música, efeitos sonoros são imprescindíveis para o meio rádio e o redator deve tirar proveito desses efeitos para escrever um roteiro para spot de rádio. 
É importante considerar, durante a produção de um spot, a secundagem. O spot ou jingle pode ter 15’’, 30’’, 45’’ ou 60’’. Os programetes podem ser elaborados de 5 em 5 ou de 10 em 10 minutos, com intervalos comerciais.
Também é importante considerar o plano de fundo, “background” musical e os efeitos sonoros.
Durante a produção do texto do Spot é viável optar por frases curtas e por uma pontuação que gere um ritmo agradável de leitura. Para isso, é indicado que se faça a leitura em voz alta, com interpretação, e que o redator se imagine como ouvinte. É interessante o uso do “você”.
Estrutura básica do texto
O redator deve usar a imaginação no lugar da imagem e deve seguir as etapas na construção de um roteiro para rádio a partir de uma idéia (conceito): a apresentação da situação, o problema (plot) e a solução. As abordagens podem ser: apelo à realização pessoal, à autoridade, ao efeito dominó, ao medo de rejeição, ao sucesso sexual, ao ego do ouvinte, ao prestígio, ao valor intrínseco e à qualidade, e a outros libertadores da emoção.
1 – Introdução: Inserir elementos sonoros que despertem a atenção (conceito);
2 – Desenvolvimento: É a maior parte do texto, onde está presente o conteúdo (situação / plot);
3 – Desfecho: Situação final, que pode levar a ação (solução).