Buscar

Aulas 13 e 14 Socioantropologia 2018 1 PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 1 
 
 
CAPÍTULO 2. Formação das Sociedades 
 Historicidade e Contemporaneidade 
 
2.1 Uma Reflexão Sobre a Ética, Multiculturalismo e Educação1 
 
Vivemos um momento único na história de 
toda humanidade. O mundo tornou-se uma al-
deia global que partilha problemas como crises 
econômicas, ambientais e sociais. 
Somos testemunhas de uma era de enor-
mes carências de conhecimento, de afetividade e 
de espiritualidade. Nossa sociedade é dominada 
por princípios voltados quase que exclusivamen-
te ao lucro e a manipulação através do poder – 
político, social, econômico, religioso e interpessoal. Como as demais estruturas so-
ciais, também a escola precisa assumir um novo significado (ressignificar-se) em 
suas antigas práticas, costumes e crenças. 
É inegável reconhecer que o modelo institucionalizado de escola que temos, 
de pouco ou nada adianta para as sofisticadas exigências de sobrevivência do mun-
do globalizado, que requer sujeitos autônomos, críticos, participativos, comunicati-
vos, emocionalmente capazes, flexíveis a mudanças, adaptáveis a transformações, 
rápidos nas decisões, eficientes em julgamentos, enfim sujeitos com qualidades e 
habilidades, não raras vezes, opostas àquelas que a escola preconiza hoje, uma vez 
que a ideia de multiculturalidade parte do princípio da coexistência das diversas tra-
dições culturais e espirituais; a capacidade humana de assimilar outras tradições 
sem rejeitar ou negar sua cultura original. 
 
1
O presente texto é de autoria da Pedagoga Regina Aparecida Freitas da Costa Diniz, especialista em Gestão Escolar. 
 
Aula 13 
Figura 1 - A pintora Modernista Tarsila do Amaral 
pintou em 1933 o quadro "O Povo" fazendo 
referência à diversidade cultural brasileira e à 
condição do trabalhar no Brasil. 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 2 
 
 
2.1.1 Educação como fator para humanização e socialização 
do homem 
 
A busca de novos ambientes de aprendizagem, mais adequados às necessi-
dades de nossos alunos e ao mundo como ele hoje se apresenta, abre-nos uma 
perspectiva para refletirmos sobre a adoção de novo referencial para a educação, 
considerando a gravidade dos problemas vivenciados não somente no setor educa-
cional, mas também nas diferentes áreas do conhecimento humano. No entanto, não 
podemos desprezar os paradigmas que foram construídos ao longo do tempo, pois 
sabemos que, historicamente, a educação sempre foi um fator importante para a 
humanização e socialização do homem. 
As mudanças que estão ocorrendo no mundo da ciência tornam necessário 
rejeitar visão arcaica em que ela é compreendida como um conjunto de verdades de 
natureza acumulativa, substituindo-a por uma concepção em que as teorias científi-
cas vão se sucedendo ao longo da história, de acordo com modelos explicativos 
provisórios e parciais, e realizando sucessivos saltos qualitativos que significam ver-
dadeiras mudanças totais na visão de mundo. 
Nossos sistemas de pensamento não são independentes de nossa história. 
Este fato nos leva a um questionamento profundo do que é aprendizagem e dos co-
nhecimentos que constituem sua matéria prima. Assim, devemos discutir com os 
educadores que não é apenas o conteúdo da ciência que muda a cada instante, mas 
o ponto de vista pelo qual ela é praticada e contemplada. Implica em uma mudança 
nas atitudes de quem a pratica, em uma nova compreensão do que se entende pelo 
estudo da realidade, em uma abordagem inovadora das disciplinas curriculares das 
metodologias de ensino. 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 3 
Nesse contexto, um multiculturalismo, desde 
que bem entendido, não constitui uma rua de mão 
única para autoafirmação de grupos com identidade 
própria. A coexistência em pé de igualdade de diver-
sas formas de vida exige ao mesmo tempo uma in-
tegração dos cidadãos e o reconhecimento recíproco 
de sua qualidade de membro subcultural no quadro 
de uma cultura política comum. A sociedade pluralis-
ta democraticamente constituída garante as diferen-
ciações culturais sob a condição da integração políti-
ca. 
Os cidadãos da sociedade são autorizados a formar seu modo cultural próprio 
sob a pressuposição de eles se entendam juntos com todos os outros, como cida-
dãos da mesma coletividade política. As justificações e as autorizações culturais en-
contram seus limites nas bases normativas da Constituição, unicamente a partir da 
qual eles se fundamentam. 
Nas sociedades primitivas, por exemplo, tive-
mos uma educação difusa, havendo uma distinção 
entre educação, ensino e doutrinação. A educação 
desse período tem um conceito genérico, enquanto 
que o ensino se refere à transmissão de conhecimen-
tos acumulados e a doutrinação é vista como uma 
pseudo-educação que não respeita a liberdade do 
educando. 
A visão de mundo da Idade Média, por sua 
vez, estava ligada ao processo da natureza em rela-
ções caracterizadas pela interdependência dos fe-
nômenos materiais e espirituais e na subordinação das necessidades individuais às 
da comunidade. Nessa visão orgânica assentava-se o naturalismo aristotélico e sua 
fundamentação dada por São Tomás de Aquino (1224-1275). O pensamento do 
filósofo grego Aristóteles foi adaptado ao contexto cristão por São Tomás de Aquino 
no século XIII, dando ao universo cristão uma aproximação ao conteúdo científico 
Figura 2 - A imagem acima representa 
o multiculturalismo que consiste na 
tendência mundial de aproximação e 
mistura de povos revelando uma noção 
globalizada de Diversidade Cultural. 
Figura 3 - A doutrinação aparece 
como uma forma de educação que 
restringe e aliena o indivíduo das suas 
escolhas no processo de aprendiza-
gem e vivência. 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 4 
que iria ser uma das razões para o aparecimento das universidades na Europa Me-
dieval. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Idade Moderna teve no Renascimento 
um dos fatores marcantes que reposicionou o ho-
mem como centro do significado histórico. É o pe-
ríodo do antropocentrismo (o homem como o 
centro) e do racionalismo, com o advento da ex-
perimentação científica. Segundo a concepção 
de um novo homem, no Renascimento educar torna-se questão de moda e uma 
exigência. A cultura renascentista é caracteristicamente humanista. 
 
Figura 4 - São Tomás de 
Aquino foi um dos responsá-
veis pela instituição do Modelo 
Educacional Medieval chama-
do Escolástica. 
Figura 5 - "Homem Vitruviano" de 
Leonardo Da Vinci representa o An-
tropocentristo - o Homem como o 
Centro do Universo, o equilíbrio e o 
racionalismo. 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 5 
 
 
 
2.1.2 A relação ética x educação 
 
Uma forma de julgamento da validade das morais é o que chamamos de éti-
ca. Entre a moral e a ética á uma tensão permanente: a ação moral busca uma 
compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez exerce uma 
permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la. 
A ética tem sido necessária e importante por regular o desenvolvimento histó-
rico-culturalda humanidade. Sem ética, ou seja, sem a referência a princípios hu-
manitários fundamentais comuns a todos os povos, nações, religiões, etc, a humani-
dade já teria se despedaçado até à auto-
desnutrição. 
As nações do mundo já entraram 
em acordo em torno de muitos desses 
princípios. A Declaração versal dos Direi-
tos Humanos, pela ONU (1948), é uma 
demonstração de o quanto a ética é ne-
cessária e importante. 
A ética assim como a escola estão 
inseridas em uma cultura e não são imunes aos legados da história e da tradição. O 
peso da cultura ao longo da trajetória humana definiu muito fortemente regras, nor-
mas, conceitos utilizados equivocadamente nas relações sociais. Em nome da ética 
e da moral, já fomos muito desumanos. Ainda que a cultura seja uma variável fun-
damental, ela não poderia absolutizar a sua compreensão de homem e mundo. 
Se estivermos preocupados em discutir educação e ética é preciso estar dis-
posto a rever o próprio cotidiano, negar alguns refúgios convencionais. Reinventar o 
lugar da regra e da norma nas relações sociais. A moralidade do diálogo consiste, 
pois num acerto de contas constante entre aquilo que deve permanecer e aquilo que 
deve ser transgredido para que as relações humanas de fato sejam éticas. 
Aula 14 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 6 
A ética inclui, portanto o desenvolvimento cogni-
tivo do ser humano, segundo Jean Piaget, a moral 
heterônoma, estágio ainda elementar da moralidade, 
respeita regras e normas tão somente em função de 
um sentimento de medo, de amor ou de sagrado. A 
pessoa se submete, pois a regra advém de um "outro" 
que representa poder. Mas este é ainda um nível insu-
ficiente, o processo educativo deve e pode gerar a mo-
ral autônoma que implica um sentimento de necessi-
dade – "aquilo que não pode não ser". Neste cenário, 
as regras não são seguidas por medo ou por amor, 
mas antes de tudo são compreendidas pela "razão" e 
é o sujeito em interação com seus iguais que decide quais as regras e normas obri-
gatórias e necessárias para o convívio social. 
A moral autônoma não evoca o medo, o amor e o sagrado. Repele simultane-
amente o egocentrismo e a confiança cega na autoridade. Tende ao reconhecimento 
de princípios apoiados na cooperação, reciprocidade e na necessidade de convívio 
organizado entre os indivíduos. Neste contexto as regras e normas não são eternas, 
mas se constituem e se preservam enquanto coerentes. 
É hora de resgatar a indagação: Seriam as relações pedagógicas predomi-
nantes éticas? Se isto fosse verdade, nossas certezas didáticas seriam tão inten-
sas? Exercitamos de fato a tolerância ou ainda insistimos em classificar e segregar 
ideias e pessoas? Suportamos o diálogo argumentativo? Ou somos ainda seduzidos 
por verdades alienígenas? 
A ética na educação significa admitir que hoje é necessário respeitar a regra 
combinada, ainda que amanhã, novas circunstâncias exijam novas regras e normas. 
Isto implica leveza, leveza de saber respeitar a regra porque compreendida e igual-
mente saber transgredi-la quando necessário e em benefício do convívio social. Esta 
é uma postura ética. 
É preciso investigar, como ocorreu a construção da ética nas relações peda-
gógicas. Parece predominar ainda muito fortemente a moral x moral heterônoma, 
tanto na instância do privado, quanto do público. 
Figura 6 - Sir Jean William Fritz 
Piaget foi um epistemólogo suíço, 
considerado o um dos mais impor-
tantes pensadores do século XX, 
sobretudo em relação à educação. 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 7 
 
 
 
Somos ferrenhos defensores de princípios que não assumimos como nossos, 
mas nos submetemos por convivência. Desejar um processo educativo onde a ética 
tenha lugar significa não impedir o desenvolvimento do sujeito, que mesmo envolto 
pela cultura, nunca está reduzido a simplesmente repeti-la, mas deseja compreendê-
la. 
A escola deveria preocupar-se menos em repetir e exigir regras, normas e ati-
tudes padrão e estabelecer um “clima constituinte”, onde alunos e professores rea-
prendam o processo de construção das próprias regulações sociais, pedagógicas, 
afetivas, cognitivas. Definidas devem ser repetidas de fato. Quando anacrônicas, 
devem ser revistas e reinventadas. Seremos nós professores, de fato leves toleran-
tes, dialógicos, éticos na interação com nossos alunos? Acreditar nesta possibilidade 
não significa refugiar-se no espontaneísmo, no democratismo, mas antes de tudo 
admitir que o processo de educação seja indiscutivelmente um processo de recons-
trução, que, portanto tem bases firmes, mas não imóveis. 
A ética não basta como teoria. É preciso que cada cidadão incorpore esses 
princípios como uma atitude prática da vida cotidiana, de modo a pautar por eles seu 
comportamento. Isso traz uma consequência inevitável: frequentemente o exercício 
pleno da cidadania (ética) entra em colisão frontal com a moral vigente. Até porque a 
moral vigente, sob pressão dos interesses econômicos e de mercado, está sujeita a 
frequentes e graves degenerações. 
É neste contexto que se deve pensar os rumos da educação que se processa 
na escola. Esta, por sua vez, deve exercer uma função democratizadora. Por um 
lado, deve preparar o cidadão em formação para o exercício da autonomia, lendo, 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 8 
interpretando e compreendendo criticamente o mundo a sua volta, observando os 
fatos e interpelando a realidade sempre que necessário. 
A educação deve inserir processos de ensino que instrumentalizem o traba-
lhador em formação a prover sua existência futura, de maneira satisfatória no hori-
zonte da economia globalizada. Por outro lado, deve ser por excelência um processo 
de humanização, desenvolvimento e realização humana, que privilegie valores de 
liberdade e autonomia, moral e ética, cooperação e solidariedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seguem alguns exercícios, reflexões sobre o conteúdo estudado. 
 
 
 
 
 
 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Nossa sociedade é dominada por princípios voltados quase que exclusivamente 
ao lucro e a manipulação através do poder – político, social, econômico, religioso 
e interpessoal. Como as demais estruturas sociais, também a escola precisa as-
sumir um novo significado (ressignificar-se) em suas antigas práticas, costumes e 
crenças. 
A partir da consideração acima, qual seria o papel assumido por uma nova esco-
la? Assinale a alternativa CORRETA. 
a) A escola tem um papel específico na sociedade que a desvincula das demais 
instituições sociais. 
b) A escola precisa assumir uma nova postura diante dos problemas sociais e dos 
contrastes ampliados pelas relações de poder na sociedade. 
c) As relações culturais, principalmente as questões religiosas não devem ser tra-
tadas pela escola. 
d) No mundo globalizado a escola deve ser vista como uma empresa competitiva 
que produz novas formas de dominação. 
 
2) A ética assim como a escola estão inseridas em uma cultura e não são imunes 
aos legados da história e da tradição. O peso da cultura ao longo da trajetória 
humana definiu muito fortemente regras, normas, conceitos utilizados equivocada-
mente nas relações sociais. Em nome da éticae da moral, já fomos muito desu-
manos. Ainda que a cultura seja uma variável fundamental, ela não poderia abso-
lutizar a sua compreensão de homem e mundo. 
Considerando o fragmento acima sobre o papel da escola em relação aos precei-
tos culturais, assinale a alternativa CORRETA. 
SOCIOANTROPOLOGIA UNEC 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA – NEAD 
Prof. Cláudio Soares Barros: claudiobarros0108@gmail.com Página 10 
a) A escola ainda deve se impor como modelo acima dos legados da história e da 
tradição cultural. 
b) A escola está desassociada das expressões culturais, tendo somente vínculo 
com as questões políticas sociais. 
c) A escola e a cultura devem ser consideradas enquanto elementos essenciais 
ao desenvolvimento social dos indivíduos dentro do espaço social. 
d) A escola busca, ainda hoje, absolutizar as relações culturais da sociedade. 
 
3) Sobre as noções estabelecidas no texto acerca da relação entre ética e moral, 
assinale a opção INCORRETA: 
a) O entendimento ético discorre filosoficamente, em épocas diferentes e por vá-
rios pensadores, dando conceitos e formas de alusão ao termo ética. 
b) Durante as Idades Média e Moderna, a ética era considerada uma ciência, por-
tanto, era ensinada como disciplina escolar. Na Idade Contemporânea, a ética 
assumiu uma nova conotação, desvinculando-se da ciência e da filosofia e 
sendo vinculada às práticas sociais. 
c) A simples existência da moral significa a presença explícita de uma ética, en-
tendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discute, problematiza e 
interpreta o significado dos valores morais. 
d) A ética não tem por objetivo procurar o fundamento do valor que norteia o 
comportamento, tendo em vista a historicidade presente nos valores. 
 
4) Para compreender o sujeito ético ou moral, isto é, a pessoa, é necessário conce-
ber algumas condições. 
Entre estas condições, assinale a alternativa CORRETA: 
a) O sujeito ético moral é heterônomo. 
b) O sujeito ético moral é ser dotado de vontade e consciente de si e dos outros. 
c) A pessoa é incapaz para deliberar e decidir, uma vez que sempre existe al-
guém para lhe dizer o que fazer. 
d) A pessoa não é um ser responsável e livre.