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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/311396120 Espessura do músculo adutor do polegar como preditor do estado nutricional Article · January 2016 CITATIONS 0 4 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: ANÁLISE DA CONFORMIDADE DOS ATENDIMENTOS ANTIRRÁBICOS HUMANOS NO SUL DE MINAS GERAIS EM 2015 View project Fatores de risco para abandono de tratamento de tuberculose no município de Maceió, AL View project Marcos Bissoli Universidade Federal de Alfenas 16 PUBLICATIONS 1 CITATION SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Marcos Bissoli on 10 December 2016. The user has requested enhancement of the downloaded file. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 1 VOLUME 11 - NÚMERO 01 - 2016 - MAGAZINE Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 2 É com grande satisfação que, no trigésimo ano de realização do Encontro Nacional de Atividade Física - ENAF, publicamos a Revista on-line ENAF SCIENCE. Tal publicação pode ser traduzida como uma forma de agradecimento e retribuição a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desse evento que integra o universo da atividade física e da saúde. No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de milhares de acadêmicos e profissionais da área de educação física, fisioterapia, nutrição, enfermagem, turismo e pedagogia. A partir de 2004 passamos a realizar o Congresso Científico vinculado ao ENAF, dando mais um passo na construção dos saberes que unem formação e produção. E a partir de 2006 pela Revista on-line ENAF SCIENCE. Esperamos que essa publicação enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os trabalhos apresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo completo ou como resumo na forma de pôster. Esperamos que este seja a continuação dos passos que pretendemos empreender na busca por um novo viés de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu caminho mais essencial: participar da construção de uma ciência da atividade física. Fale Conosco: Tel.: (35) 3219-7850 Congressocientifico@enaf.com.br www.enaf.com.br Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos respectivos autores, não sendo atribuível ao ENAF nenhuma forma de competência legal sobre os mesmos. Coordenação: Prof. Dr. Marcelo Callegari Zanetti Professor Titular dos Cursos de Graduação em Educação Física, Nutrição e Psicologia da UNIP - S. J. Rio Pardo - SP. Professor do Curso de Graduação em Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado)/USTJ - SP. LATTES: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4716434P8 Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 3 ÍNDICE (Dica: clique no titulo abaixo para acessar a página do trabalho) ARTIGOS A DANÇA ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO NO APRIMORAMENTO DO DOMÍNIO DA CORPOREIDADE ........ 6 ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE LESÕES EM ALUNOS DE ACADEMIA DE GINÁSTICA DO BAIRRO SANTA RITA ZONA SUL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ AP. ......................................................................................... 14 WHEY PROTEIN A SOLUÇÃO PARA A OBESIDADE? ................................................................................ 24 ALONGAMENTO ANTES OU APÓS MUSCULAÇÃO: OS PRÓS E CONTRAS ................................................. 32 ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR COMO PREDITOR DO ESTADO NUTRICIONAL ............... 38 CONHECIMENTO SOBRE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO DA CIDADE DE MACEIÓ ........................................................................................................................................... 44 ATUAÇÃO DO EPOC VISANDO O EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA ............................... 52 A INTERVENÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO FUNCIONAL EM IDOSOS HIPERTENSOS ....................................... 61 O PERFIL DOS PRATICANTES DE TREINAMENTO FUNCIONAL NA MODALIDADE CIRCUITO NA AREIA EM PARINTINS-AM. ................................................................................................................................ 73 O TREINAMENTO FUNCIONAL APLICADO NA MUSCULAÇÃO CONVENCIONAL ........................................ 80 LEI DE INCENTIVO COMO INSTRUMENTO DE ACESSO DEMOCRÁTICO AO ESPORTE ................................. 86 ANÁLISE QUALITATIVA DA COMPARAÇÃO ENTRE OS ÂNGULOS DE CINCO MOVIMENTOS NO MOMENTO DA PEDALADA. ...................................................................................................................................... 94 TREINAMENTO RESISTIDO E CICLO MENSTRUAL ................................................................................ 100 EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO E DO TREINAMENTO DE FORÇA NO DIABETES MELLITUS TIPO II: UMA REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................................. 105 ANÁLISE SOBRE AS INFLUENCIA DA NATAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO AFETIVO- SOCIAL DE ALUNOS DO 5º ANO DA ESCOLA CEJE NO MUNICÍPIO DE BOA VISTA-RR ..................................................................... 113 ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...... 119 EXERCÍCIOS FÍSICOS COMO TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO PARA OSTEOARTRITE DE JOELHO ..... 125 ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E RISCOS DE DOENÇAS CORONARIANAS DO EFETIVO POLICIAL DA 25ª CICOM ATRAVÉS DA RELAÇÃO CINTURA – QUADRIL........................................................................... 131 AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR NO PRÉ-TREINO DE PRATICANTES DE TREINAMENO FUNCIONAL138 TREINAMENTO DE FORÇA E ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIAS-AVDS EM IDOSOS ........................................ 145 A PRÉ-EXAUSTAO E SUA CORRELAÇÃO COM A FORÇA E HIPERTROFIA MUSCULAR: UMA REVISÃO CRÍTICA161 EXERCÍCIOS RESISTIDOS E IDOSOS: TENDÊNCIAS DO TREINAMENTO DE FORÇA, UMA REVISÃO. ............. 174 O TREINAMENTO DE FORÇA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA UM EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL: UMA REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................................ 181 A CONTRIBUIÇÃO DA MUSCULAÇÃO NA REDUÇÃO DE GORDURACORPORAL ....................................... 188 MOTIVAÇÕES DOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO DE UMA ACADEMIA EM CANINDÉ-CE .................... 196 Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 4 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL ALIMENTAR EM FUTEBOLISTAS AMADORES ............ 206 BENEFÍCIOS DA PRATICA DA HIDROGINÁSTICA PARA GESTANTES ......................................................... 214 MOTIVOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM UMA ACADEMIA PARA MULHERES NA CIDADE DE LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ ......................................................................................................... 220 AVALIAÇÃO DO COMPLEXO ADÔNIS EM ATLETAS DE CULTURISMO ..................................................... 232 CORRELAÇÃO ENTRE AS CAPACIDADES FÍSICAS DE FORÇA, RESISTÊNCIA E FLEXIBILIDADE E O DESEMPENHO NA SEQUÊNCIA DE ENSINO DA CAPOEIRA REGIONAL. ........................................................................ 238 MOTIVAÇÃO PARA CORREDORES DE RUA .........................................................................................243 A PRATICA DA DANÇA NOS ESPAÇOS DAS ACADEMIAS OU ESTÚDIOS E OS BENEFÍCIOS GERADOS AOS PRATICANTES. ................................................................................................................................ 250 EFICÁCIA DO TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE EM MULHERES MANTENDO SUA ROTINA DE VIDA DIÁRIA ................................................................................................................ 256 REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA DE ABORDAGEM QUALITATIVA NOS ARTIGOS VIRTUAIS QUE TRATAM DOS JOGOS, BRINQUEDO E BRINCADEIRAS NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR PUBLICADOS ENTRE ANOS DE 2010-2014NO BULLETIN FIEP. .............................................................. 263 O DESINTERESSE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PELAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ........................ 269 IMPORTÂNCIA DO AGACHAMENTO NA GESTAÇÃO ............................................................................ 276 PROGRAMAS INDIVIDUAIS DE TREINAMENTO DE FORÇA E A INSERÇÃO DO PERSONAL TRAINER: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO PARA OS TRABALHOS OFERTADOS ............. 284 MUSCULAÇÃO PARA A TERCEIRA IDADE UM ALIADO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS................................ 292 PAPEL DA LEPTINA, INSULINA E GRELINA NO CONTROLE DO PESO CORPORAL ..................................... 298 BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO PARA PORTADORESDE HÉRNIA DE DISCO ............................................. 305 ESTUDO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS PRATICANTES DE BODY VIVE ATRAVÉS DA TAXONOMIA DE GENTILE. ................................................................................................................................... 312 AVALIAÇÃO DO PERFIL ALIMENTAR, USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E CONHECIMENTOS SOBRE NUTRIÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ACADEMIA EM IBITINGA – SP. ........................................................ 317 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE JIU-JITSU ........................ 329 VEGETARIANISMO E EXERCÍCIO FÍSICO: IMPLICAÇÕES PARA O DESEMPENHO E A SAÚDE DO ATLETA. .... 336 ESTUDO DE CASO SOBRE O EFEITO DO PNF NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DA MARCHA EM PACIENTE ADULTO JOVEM PORTADOR DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL. ....................................................... 344 TECNOLOGIA COMO INCENTIVO NA ATIVIDADE FISICA: UTILIZAÇÃO DOS EXERGAMES ......................... 349 A NATAÇÃO INICIADA PRECOCEMENTE PODE ALTERAR A RESPONSIVIDADE A GLICOSE EM ILHOTAS PANCREÁTICAS ISOLADAS ............................................................................................................... 355 TREINAMENTO CONCORRENTE E SUAS CARACTERÍSTICAS .................................................................. 364 RISCO DO USO INDISCRIMINADO DE ESTEROIDES ANDROGÊNICOS ANABOLIZANTES NA HIPERTROFIA MUSCULAR .................................................................................................................................... 371 Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 5 RESUMOS ANÁLISE DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E O PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE GINASTICA LABORAL DO COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA – CTISM .......... 375 AUXÍLIO DA ATIVIDADE FÍSICA PARA O GRUPO DOS IDOSOS ............................................................... 376 BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL PARA SERVIDORES NUMA ESCOLA NO MUNÍCIPIO DE SALINAS: ESTUDO DE CASO ESCOLA ESTADUAL DOUTOR OSVALDO PREDILIANO SANT'ANNA .............................. 377 EFEITOS NOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO NA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. .............................................................................................................................. 378 UTILIZAÇÃO DO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR NA AVALIAÇÃO DE APTIDÃO FÍSICA FUNCIONAL EM POPULAÇÕES ESPECÍFICAS .............................................................................................................. 379 EFEITOS DA INTERVENÇÃO DO YOGA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS. ......................................... 380 EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO. ......................................... 381 TREINAMENTO FUNCIONAL COMO FATOR PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DOS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE FEDEERAL DE RORAIMA (UFRR). ........................................................ 382 Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 6 ARTIGOS A DANÇA ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO NO APRIMORAMENTO DO DOMÍNIO DA CORPOREIDADE Liegem Amaral Leal1 Karina Gomes Cerquinho2 Resumo A Dança como contribuição para melhoria das práticas pedagógicas tradicionais, quais seriam os benefícios para os alunos? As indagações nos sugerem a Dança como um tema relevante para a pesquisa, fornecendo informações necessárias para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras e atraentes para os alunos. Descreve-se a dança escolar como melhoria no aprendizado, favorecendo a comunicação dos alunos e os aspectos lúdicos do movimento expressivo, como contribuição no aprimoramento do domínio da corporeidade e melhoria do ensino. Esta pesquisa de abordagem quantitativa teve como universo, as escolas estaduais da rede pública de ensino, localizadas nas zonas centro sul e centro oeste do município de Manaus, Amazonas. Os sujeitos desta pesquisa foram os professores de educação física de ensino fundamental e médio. O instrumento de coleta de dados foi o questionário semi estruturado com perguntas fechadas. A análise dos dados coletados corroborou em alguma medida com os objetivos da pesquisa, quando a maioria dos sujeitos acenaram que a dança pode influir na capacidade de aprendizado do aluno e na melhoria das práticas pedagógicas do professor de educação física. Palavras-chave: Dança escolar, corporeidade, professores de educação física. Abstract The Dance as contribution to improvement the traditional pedagogic practices, which would the benefits, be for the students? The inquiries suggest us the Dance as an important theme for our research, supplying necessary information for the development of innovative and attractive pedagogic practices for the students. Described the school dance as improvement in the learning and favoring the students' communication and the aspects join of the expressive movement. The school dance as contribution in the improvement of the domain of the corporaty and improvement of the teaching. It is research of quantitative approach had universe of the research, the state schools of the public net of teaching, located in the west center and south center zone from province of Manaus, Amazonas. The subjects of this research were the physical education teachers, in the modality of fundamental and medium teaching. The instrument of collection of data used was questionnaires semi structured with closed questions. The research is concluded and ten physical education teachers were interviewed. The analysis of the collected data corroborated in some measure with the objectives of the research, when most of the subjects waived that the dance can influence on the capacity of the student's learning and in the improvement of the physical education teacher's pedagogic practices. Keywords: School dance, corporaty, teachers of physical education. 1 Centro Universitário Luterano de Manaus/Educação Física/Discente, liegem_leal@hotmail.com 2 Centro Universitário Luterano de Manaus/Educação Física/Orientadora, kgcerquinho@yahoo.com.br Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016- ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 7 INTRODUÇÃO O presente artigo vem apresentar a dança escolar como uma das ferramentas de trabalho que o profissional de educação física pode utilizar em suas aulas. A dança escolar serve como contribuição no aprimoramento do domínio da corporeidade, melhoria do ensino e aprendizagem dos alunos. A atividade física desenvolvida no ambiente escolar, na maioria das vezes, por sua formalidade não é uma prática atrativa para os alunos. A inexperiência do professorado aliada ao comodismo da insatisfação profissional reforça práticas pedagógicas tradicionais e alienantes. Se tivéssemos uma atividade comum a todo ser humano e que não exigisse esta sistematização exacerbada, sendo do mesmo modo, garantidos os benefícios à saúde e ao bem estar psicossocial do praticante, teríamos práticas pedagógicas mais atrativas para os alunos e professores? Se adotássemos a Dança como uma contribuição para melhoria das práticas pedagógicas tradicionais. Quais seriam os benefícios para os professores? As indagações antes referidas nos sugerem a Dança como um tema relevante para esta pesquisa que poderá nos fornecer informações necessárias, em certa medida, para o desenvolvimento futuro de práticas pedagógicas inovadoras e mais atraentes para os alunos. Avançando desta maneira para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem dos profissionais de educação física. Quais seriam os benefícios que a dança escolar proporcionaria aos professores de educação física que buscam a prática de dança como meio de melhorar as atividades físicas? Utiliza-se a dança como instrumento lúdico para desenvolver a corporeidade dos alunos no ambiente escolar, como melhoria no aprendizado, favorecendo a comunicação dos alunos e os aspectos lúdicos do movimento expressivo. Identifica-se a dança como ferramenta facilitadora do processo ensino- aprendizagem, relacionado a pratica da Educação Física, como forma de atividade expressiva do movimento corporal, desenvolvendo ritmo que combine a ação de diversos grupos musculares com eficiência facilitando a prática baseado no trabalho psicomotor são alguns dos objetivos que nos ajudarão ao desenvolvimento de ações que nos leve, em alguma medida, as respostas necessárias para o problema de pesquisa. Esta pesquisa de abordagem quantitativa teve como finalidade se levantar hábitos dos professores de educação física referentes à utilização da dança como prática escolar nas aulas de educação física. HISTÓRICO DA DANÇA Na Antigüidade, a humanidade já tinha na expressão corporal, através da dança, uma forma de se comunicar. Encontramos influências culturais dos países onde são dançados e de onde são originários os ritmos. Cada cultura transporta seus conteúdos às mais diferentes áreas, dentre estas, as danças absorvem grande parte desta transferência, pois sempre foi de grande importância nas sociedades através dos tempos, seja como uma forma de expressão artística, como objeto de culto aos deuses ou como simples entretenimento. No entanto em tempos mais remotos o sentido da dança tinha um caráter místico, pois era muito difundida em ritos religiosos e raramente era dançada em festas comemorativas. O Renascimento cultural dos séculos XV/XVI trouxe diversas mudanças no campo das artes, cultura, política, dentre outras. Dentro deste contexto, a dança também sofreu profundas alterações que já vinham se arrastando através dos anos. Nesta época a dança começou a ter um sentido social, isto é, agora era dançada em festas pela nobreza apenas como entretenimento e como recreação (HAAS, p. 20, 2003). Desde então a dança social foi se transformando e aos poucos se tornou acessível às camadas menos privilegiadas da sociedade que já desenvolviam outro tipo de dança: as danças populares; que, inevitavelmente, com estas alterações de comportamento foram se unindo às danças sociais, dando origem assim a uma nova vertente da música, dançada por casais, que mais tarde seria denominada Danças de Salão. A dança, conjugada como produto e fator da cultura humana, estampa, portando, desde seus tempos primitivos até a atualidade, uma linguagem corporal moldurada e inserida sob a influência dos contextos econômicos, sociais, políticos, religiosos e econômicos, presentes no desenrolar de regimes histórico- sociais, evocando suas necessidades, crenças, tradições, convenções, rebeldias na sua natureza artístico- cultural. AS CARACTERISTICAS DA DANÇA NA AMÉRICA LATINA Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 8 A América Central não foi influenciada somente pela mistura de culturas depois da colonização e importação dos escravos, mas também por todas as culturas crioulas que se desenvolveram posteriormente, desde Cuba até o Chile. O México, com sua rica variedade cultural transformou-se na mãe adotiva e trampolim de uma das danças latinas mais conhecidas: comando. Quando os franceses invadiram o México entre 1861 e 1867, grupos indígenas fugiram para as montanhas. Ocasionalmente retornavam para espiar os franceses e uma das coisas que mais lhes chamavam a atenção eram as danças tradicionais como as valsas, a polca, a mazurca. A dança que no México recebeu o nome de Chilena (por ter vindo diretamente do Chile por meio do comércio marítimo) se conhece em outras áreas da América Central e da América do Sul como cueca ou zamacueca. É uma dança, conhecida desde época da colonização espanhola, que se executa ao som de uma música de violão bastante rítmica. O casal afasta-se, se segue e se ultrapassam, girando um ao redor do outro (SOTER, 2001). As comunidades negras que vivem nas costas caribenhas da América Central têm os nomes genéricos de garifunas ou caribes negros. Começaram chamando-se a si mesmos de garinagu. Durante os três últimos séculos, apesar dos inúmeros fluxos de migrações e de sua relação com os ingleses, franceses e espanhóis, preservaram grande parte da cultura das suas principais ramas de ascendência: os indígenas caribenhos e os escravos africanos. Em 1635, dois barcos espanhóis carregados de escravos naufragaram perto da ilha de San Vicente, no norte da Venezuela. Os negros escaparam e foram acolhidos pelos índios da ilha. Desta mestiçagem nasceram os garinagu (depois chamados de garifunas) que permaneceram em San Vicente até que, em 1795, os ingleses os fizeram prisioneiros e os transportaram, em companhia de outros escravos negros. AS DANÇAS BRASILEIRAS A estrela das danças brasileiras é sem nenhuma dúvida o samba e as suas variantes. Porém, no Brasil existiram muitos outros ritmos que foram essenciais para as músicas de dança em todo o mundo, como o maxixe ou a lambada. No descobrimento em 1500, só existiam indígenas no Brasil. Com o passar dos séculos foi colonizado pelos portugueses que introduziram os escravos africanos. Dessa mistura de culturas resultou toda a variedade de ritmos e danças brasileiras. Outras culturas influenciaram em menor escala, como a holandesa, a francesa, a italiana ou a alemã. Foi da fusão dos ritmos africanos com a música e dança européia que surgiram os principais gêneros musicais e danças brasileiras, como o lundu, o maxixe e o samba de gafieira. Umbigada, o início: Dança originária de Angola e do Congo, trazida pelos escravos, é uma das danças mais antigas executadas no Brasil (GARIBA, 2002). É realizada, ao ritmo do batuque africano, formando um círculo de participantes em volta dos dançarinos solistas. Os dançarinos executam uma coreografia sensual e ao convidar o próximo dançarinos para entrar no circulo, o faz tocando seu umbigo no dele. Lundu: Dança de origem Banto também da Angola e do Congo, descrita como licenciosa e indecente, surge como canção solista brasileira no final do século XVII, tornando-se o primeirogrande fruto da fusão cultural brasileira. Em 1792 são publicados os primeiros títulos. No século XIX é tocada e dançada em salões de diversos níveis sociais, tornando-se um gênero musical executado por brancos e negros, sem distinção racial. Podemos mencionar também as outras danças típicas do Brasil que são elas: O bumba-meu-boi, o frevo, xote, o xaxado, a ciranda, forró, pagode, brega, axé, a quadrilha e muitas outras, mas que tem em todo o nosso país em regiões diferentes do Brasil. DANÇA ESCOLAR A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9493/96 (LDB) tornou o ensino da arte e educação física componente curricular obrigatório e os Parâmetros Curriculares Nacionais, (BRASIL, 1997), passaram a incluir a dança como conteúdo curricular. A dança e a sociedade estão sempre imbricadas. Não há como falar da dança sem percorrer a grandeza de sua trajetória ao longo dos anos, nem deixar de falar do homem, da sua corporeidade e necessidades. Pereira, p.61, 2001, ajuda na busca por um conceito de dança escolar: (...) a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, podem-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 9 movimentos livres. Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade. Uma das atividades físicas mais significativas para o homem antigo foi à dança. Utilizada como forma de exibir suas qualidades físicas e de expressar os seus sentimentos, era praticada por todos os povos, desde o paleolítico superior (60.000 a.C.). De acordo com o autor Nanni (2003, p.7), a dança tanto tinha características lúdicas como ritualísticas, em que havia manifestações de alegria pela caça e pesca ou dramatizações pelos nascimentos e funerais. No Brasil e no mundo a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos benefícios comprovados que para Gariba (2002), vão desde a melhora da auto-estima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o enriquecimento das relações interpessoais. A importância e o significado da Educação Física implica em reflexões sobre seus paradigmas, pois se vive numa sociedade dinâmica e entende-se que essa área deve contemplar múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos por esta sociedade, a respeito do corpo, assim como afirma Pinheiro (2004, p.32): A Educação Física desenvolvida de forma consciente, respeitando as diferenças (“...), ou seja, as individualidades de cada um e não dicotômica o ser humano, não separando o corpo físico do mental, entendo que ambos funcionam de modo integral”. Na dança escolar, o que pretende se relacionado como pratica de movimentos rítmicos ajudando o aluno a desenvolver-se através das expressões corporais, durante as aulas de educação física. Segundo Ferreira (2005), os exercícios repetitivos e exercícios naturais, ou seja, repetição de exercícios inspirados nos movimentos naturais que obedecem à estrutura do corpo. Corroboramos com o conceito de dança explicitado por Verderi (1998): Considera-se a Dança uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do homem; portanto, uma aula de Dança na escola permite ao professor conhecer melhor o seu aluno, ou seja, saber suas preferências sobre o que gosta de brincar, de cantar, de ouvir; discutir suas experiências; fazer fluir sua imaginação e verificar a influência dela na realidade e nas atitudes da criança. A dança então pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, expectativas e também servir como instrumento para seu desenvolvimento individual e social. Assim vivemos em um mundo repleto de variedades, aspectos consumistas, e informações globalizadas, as quais os adolescentes por estarem em processo de construção da personalidade, encontram - se também em conflitos na aparência e tornando-se por vezes pessoas, insatisfeitas, rebeldes e desmotivadas para até mesmo buscar uma atividade física que lhe dêem prazer. CONCEITO DE CORPOREIDADE A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro. A presença da dança no Brasil enquanto ensino se dá em alguns espaços, como clubes, academias, escolas especializadas de dança, algumas escolas particulares enquanto atividades extras curriculares e algumas escolas públicas e privadas quando o professor de Educação Física ou de Artes a insere em suas aulas. Neste caso, em se sabendo que a dança está presente de alguma forma na Educação Física, é necessário refletir sobre a função, o papel da dança na Educação Física. É necessário que haja uma reflexão sobre as quais propósitos, finalidades e objetivos deve a dança servir na Educação Física. A corporeidade é animada pela alma humana isso dá transcendência pelo nosso corpo; é uma qualificação do corpo; se realiza no corpo. Há ainda a considerar a vertente da aprendizagem, onde imagem e prática corporal convergem para um objetivo de agregação de valores nos quais o ser humano possui maior possibilidade de explorar seus potenciais, sejam eles somático-fisiológicos, psicomotores, intelectivos ou sociais. Verderi (2000) considera a educação como evolução e transformação do indivíduo, considerando a dança como um contínuo da Educação Física, expressão da corporeidade e considerando o movimento um meio para se visualizar a corporeidade dos nossos alunos, a dança na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno possa desenvolver todos os seus domínios do comportamento humano e, através de diversificações e complexidades, o professor possa contribuir para a formação de estruturas corporais mais complexas. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 10 Os alunos precisam de uma educação através do corpo. Porém, essa educação que trata da corporeidade deve ter como foco central comprovar a nossa existência e importância nesse mundo. Precisa-se ressaltar que existimos para que o mundo possa existir também. Uma Educação Física que considere importante que os corpos se movimentem se transforme, para que possam transformar as coisas do mundo e, ao mesmo tempo, estar organizando e desorganizando sua própria construção e reconstrução. Esta interação de acordo com Nanni, apud Gaspari (2002, p.123), é “*...+ imprescindível para que o ser humano se torne sujeito de sua práxis no desvelar a sua realidade histórica, através de sua corporeidade.” A corporeidade é acima de tudo, uma presença, uma manifestação uma visibilidade, talvez dito com maior precisão uma fisionomia. A corporeidade se estende para além dos limites da Física e da Biologia. Ela alcança a esfera da consciência e não exclui a possibilidade de transcendência. Podemos afirmar com certa segurança que a corporeidade é a condição humana, é o modo de ser do homem (SANTIN, 1993, p. 13). MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa teve uma abordagem quantitativa, o universo da pesquisa foram as escolas estaduais da rede pública de ensino, localizadas no município de Manaus, Amazonas. Os sujeitos desta pesquisa foram os professores de educação física, na modalidade de ensino fundamental e médio. A coleta de dados se realizou através de entrevistas, utilizando como instrumento de coleta de dados questionários semi estruturado com perguntas fechadas, para levantar os hábitos dos professores referentes às suas aulas. A análise dos dados se deu pelo tratamento estatístico, co-relacionandoos dados levantados a cerca dos professores com a prática de dança nas suas aulas. Os participantes tiveram todos os direitos preservados em relação à privacidade dos dados. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1 A dança escolar proporciona um melhor aprendizado? Respostas Sim Não Total Nº 9 0 9 % 100 0 100 * houve uma resposta em branco Conforme a tabela 1 observa-se que a maioria dos entrevistados concorda que a dança propiciaria um melhor aprendizado aos alunos. De acordo com Porto (1992), que recorre aos fundamentos desenvolvimentistas da aprendizagem motora, reconhece a necessidade deste tipo de conhecimento, entretanto não pode deixar de colocar uma ressalva a esta abordagem. Tabela 2. A prática de dança nas aulas de educação física proporciona um ambiente inibitório? Respostas Sim Não Total Nº 5 4 9 % 55,56 44,44 100 * houve uma resposta em branco Conforme a tabela 2 observou-se que dos dez entrevistados, 5 (55,56%) concordaram que a prática de dança nas aulas de educação física proporcionaria um ambiente inibitório aos alunos enquanto 4 (44,44%) responderam não concordaria que a dança proporcionar um ambiente inibitório e somente houve uma dos entrevistados não respondeu a questão. As respostas vão de encontro Fritsch (1988): “nisso, a aparência corporal não consegue fugir do olhar observador e é, evidentemente, um ponto de referência especial da inibição”. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 11 Tabela 3. Os movimentos corporais ajudam no desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo dos alunos? Respostas Sim Não Total Nº 9 0 9 % 100 0 100 * houve uma resposta em branco Conforme a tabela 3 verificou-se que as totalidades dos entrevistados corroboram que os movimentos da dança ajudariam no desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo dos alunos. Ainda um entrevistado se abdicou de responder. Para Barreto (2004), “desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de movimentação, descobrindo novos espaços, novas formas, superação de suas limitações e condições”. Tabela 4. Os benefícios da dança escolar favorecerão ao professor a desenvolverem a criatividade e espontaneidade nos alunos? Respostas Sim Não Total Nº 10 0 10 % 100 0 100 Conforme a tabela 4, todos dos entrevistados concordaram que a dança escolar proporcionam benefícios que favorecerão aos professores a desenvolverem a criatividade e espontaneidade dos alunos em suas aulas. Segundo Ferreira (2005), o professor tem que saber explorar o potencial do aluno, possibilitando seu desenvolvimento natural e favorecer o despertar da criatividade e espontaneidade. Tabela 5. Na dança escolar, devem valorizar as possibilidades expressivas de cada aluno? Respostas Sim Não Total Nº 10 0 10 % 100 0 100 Conforme a tabela 5, os entrevistados reforçam a idéia de que na dança escolar, deve se valorizar as possibilidades expressivas de cada aluno em suas aulas. Tabela 6. A dança no ambiente escolar contribuiria ao domínio da corporeidade dos alunos? Respostas Sim Não Total Nº 10 0 10 % 100 0 100 Conforme a tabela 6, os entrevistados em alguma medida defendem a idéia da necessidade de se adotar a dança no ambiente escolar para melhoria do domínio da corporeidade dos seus alunos. Como afirma Bueno (1998): as danças, por sua vez, têm sido um elo necessário de equilíbrio para a corporeidade, na perspectiva de um ser humano integral. São também manifestações de conhecimento cultural transmitidos de geração em geração, servindo para fortalecer o elo da comunidade, além de coibir o conflito interno, algo essencial para muitas das comunidades tradicionais. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 12 Tabela 7. O professor de Educação Física utilizando a dança como instrumento lúdico proporcionaria aos alunos um ambiente formal? Respostas Sim Não Total Nº 4 5 9 % 44,44 55,56 100 * houve uma resposta em branco Conforme a tabela 7, 44,44% dos entrevistados concordaram que se o professor de educação física utilizando a dança como instrumento lúdico proporcionaria aos alunos um ambiente formal. Sendo que, 55,56 % discordam dessa posição. A dança no contexto escolar pode ser uma forma muito construtiva de experiência lúdica, pois esta ao alcance de todos, uma vez que seu instrumento principal é o corpo. Sem a intenção de formar bailarinos, a escola pode proporcionar ao aluno um contato mais efetivo e intimista com a possibilidade de se expressar criativamente com o movimento. O lúdico contribuir para construção da corporeidade, através das brincadeiras, dos relacionamentos e da humanidade com o próximo (MARQUES, 2003). CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando os objetivos da pesquisa fundamentados na literatura cientifica pertinente, a pesquisa de acordo com a proposta de trabalho em relação ao tema dança escolar e corporeidade, a entrevista utilizando um questionário com perguntas fechadas no qual os professores deveria responde (sim ou não), esta foi aplicada aos profissionais de Educação Física, esclarecendo aos mesmos, informações que muitos desses professores não utilizam a dança escolar como ferramenta de trabalho em suas aulas. De acordo com a análise dos dados, os professores acenaram que a dança escolar é uma alternativa para melhoria do processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, contribuindo para que os alunos se sintam mais à vontade, dispostos a construírem novas amizades, desta maneira se tornando pessoas mais sociáveis. Além disto, corroboram com a literatura que em alguma intensidade a dança possibilita o desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo. A análise dos dados direciona a mudança do trabalho pedagógico nas aulas de educação física, abandonando o formalismo excessivo do tradicionalismo vigente para práticas que se baseie no modelo mais humano e que levem em consideração no planejamento e execução de atividades o entorno contextual do aluno. É necessário comentar que a pesquisa não teve a intenção de esgotar possíveis respostas sobre a contribuição da dança escolar para o domínio da corporeidade. Desta maneira, é indispensável o aprofundamento do tema, através de uma pesquisa de abordagem qualitativa, onde possamos dispor de métodos e técnicas de análise e coleta de dados, onde se possa legitimar os discursos dos professores de educação física e seus alunos. Assim como, um cronograma maior de pesquisa que possibilite a realização de uma oficina sobre o tema. A análise desses dados favoreceu para uma proposta sugerida se talvez tivéssemos, mas tempo a fazer a pesquisa de campo o trabalho seria de grande prestigio. Os resultados que vimos na tabela podemos verificar o conhecimento prévio dos professores de educação física em relação à prática de dança escolar e os benefícios aos alunos. REFERÊNCIAS BARRETO, D. Dança... Ensino, sentidos e possibilidades na Escola. 2 ed. Autores associados, 2004. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 13 BRASIL. Secretária de Educação Fundamental Parâmetros curriculares nacional: educação física. Vol. 7. Brasília: MEC/SEF, 1997. BUENO, Jocian M. Psicomotricidade: Teoria e Prática. S. Paulo: Ed.Lovise, 1998. FERREIRA, Vanja. Dança Escolar: um novo ritmo para a educação física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. FRITSCH, Ursula (1988). Tanz, Bewegungskultur, Gesellschaft. Verlust und Chancen symbolischexpressiven Bewegens. Frankfurt: Afra Verlag. GARIBA, C. M. S. Personal dance: uma proposta Empreendedora. 2002, Dissertação/Mestrado em Engenharia de produção. 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Diante desta realidade, houve um aumento significativo no número de espaços e de profissionais que oferecem a prática das mais variadas modalidades esportivas, fato que tem induzido a população a praticar exercícios físicos constantes. No entanto sabe-se que a realização de exercícios físicos de forma incorreta ou exagerada pode causar problemas de saúde, entre os quais, o surgimento ou a acentuação de lesões já estabelecidas. Este estudo teve como objetivo analisar a percepção de lesão em alunos de quatro academias de ginástica do Bairro Santa Rita, Zona Sul do Município de Macapá-Ap, com relação à ocorrência de lesões musculoesqueléticas e identificar os segmentos corporais mais acometidos. A amostra da pesquisa foi composta por 400 alunos matriculados em modalidades esportivas ofertadas pelas quatro academias como musculação e aulas coletivas, foram 200 participantes do sexo masculino e 200 do sexo feminino. A idade dos participantes variou de 18 a 69 anos, e teve como média a idade de 35 anos. Para a coleta de dados foram aplicados questionários aos alunos das academias participantes da pesquisa. O questionário aplicado foi composto por perguntas sobre dados pessoais do aluno, atividades realizadas na academia, percepção de lesão e procedimentos adotados após a lesão. Os resultados demonstraram que 60% da amostra relatou a percepção de alguma lesão, e destes, 30% acreditam que a lesão estava relacionada às atividades realizadas na academia. Os segmentos corporais lesionados mais citados pelos alunos foram o joelho com 40%, o ombro com 25%, coluna e tornozelo com 10% cada. Diante dos resultados foi possível concluir que a percepção de lesões por praticantes de exercício físico em academias de ginastica não é um evento raro, por isso deve-se salientar a importância da atuação profissional dos professores de educação física ao prescrever e orientar treinamentos adequadamente para que possa haver uma mudança nessa realidade. PALAVRAS-CHAVE: exercício físico, academia de ginastica, lesões musculoesqueléticas. ABSTRACT The number of practitioners of physical activity has growing vertiginously as a result of the pursuit of health promotion and the aesthetic issue. Given this reality, there was a significant increase in the number of spaces and professionals that offer the practice of various sportive arrangements, a fact that has induced people to practice constant physical exercise. However it is known that the practice of physical exercises of incorrect form or exaggerated can cause health problems, including the emergence or accentuation of established lesions. This study aimed to analyze the perception of injury in students from four gyms Santa Rita's district in the South Zone of the city of Macapa-Ap, regarding the occurrence of musculoskeletal injuries and identify the most affected body segments. The sample research was composed by 400 students enrolled in sportive arrangements offered by the four academies as weight training and group lessons, were 200 male participants and 200 female. The age of participants ranged from 18 to 69 years, and had the average age of 35 years. For data collection, questionnaires were applied to students of the participating research academies. The questionnaire applied was composed by questions about student personal data activities carried in the gym, perception of injury and procedures adopted after the injury. The results showed that 60% of the sample reported the perception of an injury, and of these, 30% believe that the injury was related to activities in the gym. The injured body segments most often cited by students were the knee with 40%, 25% shoulder, spine and ankle with 10% each. With Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 15 the results it was concluded that the perception of injury from exercise practitioners in gymnastics academies is not a rare event, so it should be noted the importance of the work of professional physical education teachers to prescribe and guide training properly so there may be a change in this reality. KEYWORDS: exercise, fitness gym, musculoskeletal injuries. INTRODUÇÃO A prática de atividade física tem se destacado em âmbito mundial como um dos principais contributos não farmacológicos relacionados ao combate à mortalidade decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis (Lee et al., 2012; Rezende et al.,2016). Neste sentido, evidências cientificas em atividades físicas através de intervenções, ações e estratégias, demonstram grandes potenciais para o aumento da prática. (PRATT et al 2015). Assim, percebe-se um aumento significativo nos espaços para prática de atividades físicas e/ou esportivas, como também dos profissionais qualificados para orientação das variadas modalidades físicas e esportivas, o que pode induzir ainda mais o número de adeptos nas práticas das atividades motoras. Paralelo a esse aumento, nota-se também uma maior prevalência de lesões nos praticantes de diferentes atividades física sistematizadas (Rombaldi et al 2014; Rola et al., 2004; Oliva, Bankoff e Zamai 1998). Motivados pela ânsia de alcançar objetivos rápidos, muitos indivíduos acabam se submetendo a realização de exercícios sem entender de que maneira a execução destes influenciará nas suas estruturas corporais, o que pode resultar em implicações negativas ao organismo. É importante termos consciência que, apesar de proporcionar muitos benefícios a quem pratica, exercícios físicos realizados de forma incorreta ou exagerada podem causar problemas de saúde, entre os quais, o surgimento ou a acentuação de lesões já estabelecidas. Para a realização de qualquer tipo de exercício, devem ser levadas em consideração todas as variáveis associadas ao desenvolvimento de lesões. É extremamente importante avaliar o resultado de forças repetitivas sobre uma estrutura e a habilidade da estrutura emabsorver tais forças, para que sejam evitados excessos. As lesões provenientes da prática de exercício físico são definidas como lesões desportivas e geralmente estão associadas a excesso de treinamento, manuseio incorreto de equipamentos, e execução incorreta de movimentos. Para Vieira (2001) as lesões são decorrentes de aspectos classificados como intrínsecos: idade, sexo, estrutura, composição corpora, nível de aptidão física, período de treinamento da lesão, questões nutricionais e características psicológicas e sociais, e os extrínsecos: planejamento, periodicidade e intensidade da atividade física, condições atmosféricas e equipamentos (acessórios, calçados e vestuário) a serem usados durante a execução da atividade física, tipo de modalidade praticada, local de treino e instalações desportivas. Sabe-se que as lesões podem interferir na capacidade funcional de uma pessoa gerando diversos prejuízos, como o afastamento da prática de exercícios físicos, o afastamento de atividades laborais e gastos financeiros com tratamento. Devido à grande incidência de praticantes de exercícios físicos que vem apresentando as lesões desportivas, essa temática tem sido objeto de vários estudos. Rola et al (2004), analisaram a percepção de lesões em academias de ginastica de Belo Horizonte, chegando a conclusão de que houve muitos relatos de lesões e que por isso é de extrema importância para a prática de exercícios físicos em academias, a presença de um acompanhamento profissional, bem como duração e intensidade de treino adequados a fim de se alcançar um treinamento físico de qualidade e sem grandes consequências. Em um trabalho bastante semelhante, Almeida (2011), também detectou presença de algias musculoesqueléticas em praticantes de musculação em uma academia de Porto Alegre. Diante disto, este estudo teve como objetivo a análise da percepção de lesões em alunos de academias de ginástica do bairro Santa Rita, Zona Sul do Município de Macapá-AP com relação à ocorrência de lesões e identificar os segmentos corporais mais acometidos. MÉTODO A amostra da pesquisa foi composta por 400 alunos matriculados em atividades esportivas ofertadas pelas academias como musculação e aulas coletivas (step, localizada, bodypump). Para que os resultados não expressassem a caracterização de um gênero, foram selecionados 50 indivíduos do sexo feminino e 50 do sexo masculino de cada academia onde ocorreu a pesquisa, totalizando 200 participantes de cada sexo. A seleção ocorreu através de convites feitos a alunos que foram abordados nas entradas das academias. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 16 Toda a amostra se dispôs a participar voluntariamente do estudo. A idade dos participantes variou de 18 a 69 anos, e teve como média a idade de 35 anos. Esta pesquisa foi realizada em quatro academias localizadas na zona sul da cidade de Macapá que tivessem pelo menos um professor de educação física e que foram escolhidas por critério de conveniência quanto à localização. Para a obtenção dos dados foi elaborado um questionário, composto por 12 questões, 2 abertas e 10 fechadas, dos quais incluíram informações pessoais como idade e sexo, além de informações relativas ao tipo de atividade praticada na academia, percepção da lesão pelo aluno (presença de lesão, relação com a atividade física e localização), procedimentos após a lesão (suspensão de alguns ou de todos os exercícios, procura por atendimento médico, informação ao professor de educação física da academia e modificação do programa de treinamento) e possível melhora dos sintomas. As aplicações dos questionários ocorreram no período de dezembro de 2015 a janeiro de 2016 e foram realizadas nas dependências das academias participantes da pesquisa. Foram aplicados um total de 400 questionários, 100 em cada academia. Todos os questionários aplicados foram analisados. Os dados foram tabelados utilizando o programa Microsoft Excel 2010.Para realização da pesquisa os proprietários das academias foram contatados e autorizaram que a coleta fosse realizada em seus estabelecimentos. Todos os alunos participantes da pesquisa foram abordados e convidados a participar do estudo e caso concordassem em responder o questionário, faziam-no na presença do pesquisador. RESULTADOS E DISCUSSÃO Conforme pode ser observado no gráfico 01, que trata de lesões nos participantes, 60% da amostra relatou que já teve alguma lesão e 40% relatou não ter sido acometido por lesão. Gráfico 01 Em estudo realizado por Rombaldi et al (2014) com praticantes de atividades físicas no tempo de lazer, o percentual de lesões decorrentes da prática das atividades foi de 21,9%. Gomes e Junior (2013), em seus estudos observaram que 25% dos indivíduos disseram já tiveram alguma lesão corporal. A incidência de lesões na prática de exercícios físicos pode estar relacionada a diferentes fatores como a realização incorreta de exercícios, progressão inadequada das cargas de treinamento, desequilíbrios musculares, uso de equipamentos inadequados, e pela falta de acompanhamento de um profissional qualificado. Neste sentido, torna-se relevante uma prescrição orientada na realização de exercícios, pois a ausência de orientação é um dos aspectos que levam a uma alta incidência de lesões. É possível que o alto percentual de indivíduos acometidos por lesões apontado neste estudo, esteja relacionado a condicionantes provenientes de treinamentos mal elaborados, mal executados ou de práticas aleatórias de exercícios físicos. Ao questionar os alunos sobre a localização das lesões (gráfico 2), os seguimentos corporais mais destacados pelos participantes foram o joelho, apresentando um percentual de 40%, e o ombro com 25%. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 17 As regiões da coluna e cotovelo foram, cada uma, citadas por 10%. Os seguimentos do cotovelo, punho e quadril, apresentaram as menores prevalências de lesões, ambos com 5%. Gráfico 02 Estes resultados contrariam os achados de Moreira, Boery e Boery (2010), os quais relataram como seguimentos corporais mais acometidos por lesões entre os praticantes de atividade física em academias de musculação foram a coluna, seguida pelos ombros, joelhos, cotovelo, quadril, tórax e por último a panturrilha. No entanto, Souza, Moreira e Campos (2015), identificaram que as regiões com maiores frequências de lesões são ombro e joelho, seguidos pela região cervical e tórax. Igualmente, Oliva et al (1998), demonstram que os ombros se apresentam como as regiões de maior prevalência de lesões, seguidos pela coluna e cotovelo. Apesar das diferenças de lesões encontradas nas diferentes regiões corporais, percebe-se que os ombros, joelhos e coluna são frequentemente citadas pelos praticantes. Talvez pelo fato de o ombro e o joelho se tratarem de articulações que permitem a movimentação dos membros superiores e inferiores e acabam sendo exigidas a todo momento, tendo inclusive que suportar altas cargas nos mais variados movimentos e, a coluna vertebral, por suportar o peso corporal, e estar associada a manutenção da postura ereta. As possíveis causas de lesões nessas estruturas relacionadas à prática de exercícios físicos são treinos excessivos, uso impróprio das técnicas de treinamento ou a combinação de ambos. Na análise do gráfico 03, sobre se a lesão está relacionada com a atividade realizada na academia, 30% dos alunos questionados afirmaram que acreditavam que a lesão estava relacionada às atividades realizadas na academia, e 70% dos alunos responderam que acreditavam que não havia essa associação. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgãode divulgação científica Página 18 Gráfico 03 Em estudo de Rolla et all (2004), 48% da amostra, afirmaram acreditar que havia associação entre lesões desenvolvidas e às atividades realizadas na academia. Já estudo de Gomes e Junior (2013) demonstrou que dos alunos que tiveram alguma lesão, 25% disseram que sua lesão está relacionada com a atividade que desenvolvem na academia. Por se tratar de um ambiente especifico para a realização de exercícios físicos, é comum que lesões sejam associadas a este ambiente. Sabemos, no entanto, que lesões nem sempre estão vinculadas as atividades praticadas na academia, podem estar associadas a atividades diárias, laborais ou de lazer por exemplo. Movimentos repetitivos em casa ou no trabalho, realização de práticas esportivas esporádicas são atividades que podem gerar lesões pelo fato do indivíduo muitas vezes, não possuir uma estrutura corporal preparada para suportar a carga de determinado movimento ou atividade. Quando tratamos de exercícios físicos realizados em academias de ginasticas, devemos considerar que estes ambientes devem oferecer atividades orientadas por profissionais que estão preparados para atuar de maneira preventiva quanto ao desenvolvimento de lesões. Contudo, sabemos que não são todos os profissionais que se preocupam com esta variável ao prescrever ou orientar treinamentos e por outro lado, não são todos os alunos que seguem o treinamento adequado prescrito pelo professor. Caso houvesse uma conscientização dos alunos e uma atuação profissional adequada à incidência de lesões provenientes de exercícios praticados nestes ambientes seriam reduzidas. O gráfico 04, sobre a atitude em relação à manutenção das atividades realizadas na academia, constatou- se que após a lesão, 50% dos alunos deixaram de realizar alguns exercícios, mas mantiveram suas atividades na academia, 23% afirmaram que não modificaram suas atividades na academia, e 27% alegaram ter deixado de realizar todas as suas atividades na academia. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 19 Gráfico 04 Corroborando com esses resultados os achados de Wagner e Shigunov (2013), demonstraram em seu estudo que 51% da sua amostra não interrompeu os treinamentos de musculação e 49% interrompeu totalmente os exercícios para uma melhor recuperação das partes envolvidas. Em contrapartida Gomes e Junior (2013) em relação à atitude tomada após a lesão, 33% continuaram a fazer as atividades normalmente e 67% deixaram de fazer apenas algumas atividades. As lesões podem ser definidas em diferentes graus, conforme sua gravidade. Quanto mais grave, maior será a interferência da lesão no cotidiano do indivíduo, inclusive nas atividades praticadas na academia. Normalmente é necessária a realização de ajustes, interrupções ou alterações nos exercícios realizados. Essas adequações são realizadas de acordo com a especificidade da lesão, que determinará qual a melhor recomendação em relação aos exercícios praticados. Na análise do gráfico 05, o qual discorre acerca da busca de tratamento especializado após a descoberta de lesão, foi identificado que 70% dos alunos procuraram algum tratamento médico e 30% não procuraram ajuda médica ou de fisioterapeutas. Gráfico 05 Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Rolla et all (2004), 73% dos acometidos por lesão na academia procuraram algum tratamento médico ou fisioterapêutico. Por sua vez, Rombaldi et al (2014) demostrou que apenas 28% dos indivíduos que se lesionaram praticando atividades físicas, procuraram atendimento fisioterápico. A importância de procurar um profissional médico ou fisioterapeuta consiste na necessidade de identificar as especificidades da lesão. São estes profissionais que irão atuar na elaboração de um diagnóstico que determinará as características da lesão e nele serão baseadas as medidas a serem adotadas como forma de tratamento ou recuperação. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 20 Cabe ressaltar que esses profissionais determinam a necessidade de tratamento farmacológico ou fisioterápico, enquanto a orientação prática da atividade física, é um papel atribuído ao professor de educação física, seja na forma de profilaxia ou tratamento de determinada lesão a partir de exercícios físicos (RESOLUÇÃO CONFEF, N° 046/2002). A negligência adotada pelos praticantes, quanto à consulta dos profissionais adequados e capacitados, aumenta às chances de elevar os riscos à saúde do próprio indivíduo. Ao serem questionados quanto ao relato da lesão ao professor da academia, 70% afirmaram ter informado o professor e 30% afirmaram não ter informado o profissional referido, como demostra o gráfico 06. Gráfico 06 Com resultados próximos aos deste estudo, Souza, Moreira e Campos (2015), demostrou que 75% dos alunos com lesão relataram o ocorrido ao professor de educação física da academia. No entanto, Oliva, Bankoff, Zamai (1998) demostrou que mais da metade dos praticantes de musculação entrevistados, treinaram sem comunicar o treinador sobre algum tipo de dor. A prescrição de exercícios deve ser baseada em avaliações que permitem identificar diversas características do aluno, como estilo de vida, composição corporal, nível de condicionamento físico, histórico de doenças e lesões. Além das informações advindas das avaliações, é necessário salientar aos alunos, a importância de ser repassado ao professor, informações sobre as variáveis resultantes ou que interferem na execução de um treinamento. Através do “feedback” entre professor e aluno, é possível obter parâmetros imediatos sobre a efetividade da prescrição do treino, o que engloba aspectos de prevenção e/ou desenvolvimento de lesões. O relato de lesões existentes ou da suspeita do surgimento de uma nova lesão, conduz o professor a adoção de uma nova metodologia de treino, devido a necessidade de ajustes à condição física do aluno. A omissão de informações relativas ao treino pode comprometer a saúde e a execução das atividades físicas, pois eleva o risco de agravamento de lesões. A omissão também dificulta a realização de intervenções terapêuticas de profilaxia em lesões em estados iniciais. Ao serem questionados se tiveram seu programa de treinamento modificado pelo professor da academia após avaliação médica, 65% afirmaram que sim e 35% afirmaram que não, conforme demonstra o gráfico 07. Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 21 Gráfico 07 Em estudo semelhante, Rolla et all (2004), demostraram que 80% dos alunos que comunicaram a lesão ao professor ou ao fisioterapeuta da academia, tiveram seu programa de treinamento modificado. A execução e prescrição de exercícios físicos devem ser baseadas nos princípios do treinamento, entre os quais temos o da individualidade biológica, que consiste na ideia que cada indivíduo é formado por uma somatória de características que o torna único, sendo assim, um treinamento não pode desconsiderar essas peculiaridades individuais. Considerando este importante princípio, o indivíduo acometido por uma lesão precisa ter suas atividades adequadas a sua condição física, a fim de que seja evitado o agravamento do quadro da lesão e para evitar o desenvolvimento de lesões compensatórias, que podem surgir em decorrência da alteração do funcionamento de uma determinada estrutura corporal. Quando não há o devido cuidado e a adequação dos treinamentos do indivíduo lesionado, quadros de lesões podem evoluir para um grau de comprometimento maior e piorar a condição física da pessoa. Já quando ocorre a adequaçãonecessária, quadros de lesões podem ser melhorados ou até revertidos. Quando questionados se houve melhora na lesão após a modificação do treinamento, dos alunos que afirmaram ter tido seu programa de treino modificado após a identificação da lesão, 90% relataram a identificação de melhorias com a mudança do treinamento e 10% relataram não ter identificado melhorias, como demonstra o gráfico 08. Gráfico 08 Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 22 O estudo de Souza, Moreira e Campos (2015), o percentual de 80% relatou melhora nos sintomas após a mudança nos treinos. Já Rolla et all (2004), demostrou que após a modificação do programa de treinamento, 96% dos alunos relataram alívio dos sintomas. Quando a prescrição de uma atividade é realizada respeitando todas as condições peculiares ao indivíduo, é possível faze-la com segurança e de forma adequada. Treinamentos prescritos e executados corretamente possibilitam ao indivíduo lesionado, realizar suas atividades de maneira mais confortável, com diminuição ou ausência de dor, além de ajudar no processo de reabilitação da lesão. CONCLUSÃO Foi possível constatar através desse estudo que a percepção de lesões por praticantes de exercício físico em academias de ginastica não é um evento raro, por isso deve-se salientar a importância da atuação profissional dos professores de educação física ao prescrever e orientar treinamentos adequados para que possa haver uma mudança nessa realidade. Quando exercícios são realizados com segurança, o risco de um indivíduo ser acometido por uma lesão é menor, o que resulta na necessidade da difusão destas informações aos alunos, para que possam compreender a importância de respeitar o equilíbrio na relação exercício físico e saúde. Embora estudos demonstrem a importância da atividade física na prevenção e manutenção de um padrão de vida saudável, a prática pode determinar um aumento no risco da ocorrência de lesões entre os praticantes. O exercício físico sistematizado pode beneficiar o ser humano tanto fisicamente quanto mentalmente proporcionando uma melhor qualidade de vida. Contudo, quando praticado de maneira incorreta, o exercício físico deixa de ocasionar benefícios. As lesões musculares, tendinosas e ligamentares são exemplos de consequências da prática inadequada do exercício físico e podem ocorrer em qualquer estrutura corporal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALMEIDA, R. G.; Prevalência de Algias Musculoesqueléticas em praticantes de musculação. Trabalho de Conclusão de Curso, Novo Hamburgo, 2011, p.01-36. Disponível em: ttp://gedfeevale.br/bibvirtual/monografiaRosselieAlmeida.pdf acesso em: 15/02/2016. 2. GOMES, V. S., JUNIOR, C. A. P. Análise dos principais tipos de lesões em praticantes de musculação na cidade de cachoeira alta - go. São Simão – GO, 2013 3. LEE IM, SHIROMA. EJ, LOBELO et al.; Efect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: na analisis of burden of disease and life expctancy, lancet. Publishedeolinejuly 18, 2012: http://dx.doi.or 4. MOREIRA, R. M., BOERY, E. N., BOERY, R. 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Florianópolis – SC, 2013. PROTOCOLO DE PESQUISA Título: análise da percepção de lesões, em academias de ginástica do Bairro Santa Rita Zona Sul do Município de Macapá- Ap. Pesquisadores: Aline Thaíze de Oliveira Ramos/Walber Lopes Farias. Pós-Graduando em Fisiologia do Exercício, Avaliação Física e Atividade para Grupos Especiais. ENAF/Desenvolvimento Serviços Educacionais do Estado do Amapá. Nome: ____________________________________________________________ 1) Idade: __________ 2) Sexo: M ( ) F ( ) 3) Quais atividades você realiza na academia? ( ) somente musculação ( ) somente aulas coletiva ( step, localizada,bodypumpetc) 4) Você já teve ou tem alguma lesão? ( ) Sim ( ) Não 5) Você acredita que esta lesão está relacionada à(s) atividade(s) realizada(s) na academia? ( ) Sim ( ) Não 6) Onde está localizada a lesão? (Se necessário, marque mais de uma opção) ( ) joelho ( ) tornozelo ( ) quadril ( ) coluna ( ) ombro ( ) cotovelo ( ) punho ( ) outros 7) Com o resultado da lesão você: ( ) não modificou sua(s) atividade(s) na academia ( ) deixou de realizar apenas alguns exercícios ( ) deixou de realizar toda(s) a(s) sua(s) atividade(s) 8) Você procurou algum tratamento médico e/ou fisioterapeuta? ( ) Sim ( ) Não 9) Você informou ao professor de sua academia sobre a sua lesão? ( ) Sim ( ) Não 10) O seu programa de treinamento foi modificado pelo professor? ( ) Sim ( ) Não 11) Em caso afirmativo, houve melhora dos sintomas relacionados à lesão, após esta modificado? ( ) Sim ( ) Não ENDEREÇO: AVENIDA HENRIQUE GALÚCIO, N°3216. SANTA RITA CEP:68900-255. MACAPÁ-AP Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 24 WHEY PROTEIN A SOLUÇÃO PARA A OBESIDADE? DE PAULA, A. C. ¹ VIANNA, D. ENAF/DSE- Ribeirão Preto- Brasil EMAIL: aline_acp_@hotmail.com RESUMO Introdução.No Brasil, assim como em vários outros países em desenvolvimento, a obesidade tem aumentado significativamente nas duas últimas décadas.A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, em decorrência da somatória de fatores genéticos e ambientais. Obesidade é fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis como diabete melitus tipo 2, hipertensão, resistência à insulina entre outras. Diante destas evidências é recomendado que obesos se submetam a algum tratamentopara atenuar o incremento de gordura corporal, a fim de reduzir as chances de mortalidade e controlar as doenças relacionadas à obesidade. Nesse sentindo, várias intervenções terapêuticas são propostas, como a prática de exercício físico, a restrição calórica e a suplementação alimentar. Diversos estudos relatam que a suplementação de wheyprotein é eficaz em reduzir a gordura corporal e em estimular a síntese proteica favorecendo o crescimento ou manutenção da massa magra. Objetivo:este trabalho teve como objetivo avaliar a associação do exercício físico e do acompanhamento nutricionaljunto com uso do suplementoWheyprotein como tratamento para obesidade.Métodos: O estudo foi conduzido na academia da cidade de Ituverava- SP, realizadocom 2 mulheres e 2 homens 36±12,72 anos e peso médio de 95±21,21 Kg, submetidos a dois meses de tratamento. Foram feitas avaliações antes a após o período de intervenção. O acompanhamento nutricional consistia em consultas semanais sendo utilizado uma dieta hipocalórica de 1700 Kcal associada ou não a suplementação de 23g de wheyprotein. O treinamento físico (resistido + aeróbio) foi realizado 3 vezes na semana, tinha duração de 1 hora. Conclusão. Conclui-se que a suplementação de wheyprotein associado a dieta hipocalórica e ao treinamento foi eficaz em reduzir o peso corporal. Mostrando assim a importância de unir dieta, suplementação e atividade física, para se obter resultados satisfatórios no tratamento para o emagrecimento. Palavras chave: Obesidade; Emagrecimento; wheyprotein. ABSTRACT Introduction. In Brazil, as in many other developing countries, obesity has increased significantly in the last two decades. Obesity is characterized by the accumulation of body fat as a result of the sum of genetic and environmental factors. Obesity is a risk factor for chronic diseases such as diabetes mellitus type 2, hypertension, insulin resistance, among others. On this evidence it is recommended that obese to undergo some treatment to mitigate the increase of body fat in order to reduce the chances of mortality and control diseases related to obesity. In that sense, various therapeutic interventions are proposed, such as physical exercise, caloric restriction and supplemental feeding. Several studies have reported that supplementation of whey protein is effective in reducing body fat and stimulate protein synthesis favoring the growth or maintenance of lean mass. Objective: This study aimed to evaluate the association of physical exercise and nutritional counseling along with use of Whey protein supplement as a treatment for obesity. Methods: The study was conducted at the Academy of the city of Ituverava- SP, performed with 2 women and 2 men 36 ± 12.72 years and average weight of 95 ± 21.21 kg, submitted to two months of treatment. Evaluations were made before to after the intervention period. Nutritional monitoring consisted of weekly consultations are using a reduced calorie diet of 1,700 Kcal with or without supplementation of 23g of whey protein. Physical training (resistance + aerobic) was performed 3 times a Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 25 week, I had duration of 1 hour. Conclusion. It is concluded that supplementation of whey protein associated with reduced calorie diet and the training was effective in reducing body weight. Thus showing the importance of uniting diet, supplementation and physical activity, to obtain satisfactory results in the treatment for weight loss. Key words: Obesity; Weight loss; whey protein. INTRODUÇÃO A obesidade nos dias atuais é um problema de saúde que cresce constantemente e já é classificada como uma epidemia mundial, pois o mercado de alimentos oferece oportunidades de fácil acesso para que o indivíduo possa ingerir altos volumes de alimentos sem levar em consideração a qualidade, como por exemplo: fastfoods, lanches, salgadinhos, refrigerantes entre outros com preços mais acessíveis, sendo mais vantajoso manter uma dieta pobre em nutrientes, mas rica em quantidade. (FETT, 2001) (FRANCISCHI; LANCHA-JUNIOR & PEREIRA 2003) O individuo é considerado obeso, pelo acumulo de gordura corporal, ou seja quando sua porcentagem de gordura é maior que de massa muscular, seu indice de massa corporal é classificado por 30 Kg/m² ou mais. (SALVE, 2006) A obesidade geralmente esta associada a outras patologias, como: Diabete Mellitus, hipertensão, doença renal, gota, entre várias outras. Alguns dos fatores que ajudam a desencadear a obesidade são principalmente hábitos alimentares inadequados, bem como a falta de atividade física. O tipo, a intensidade e a duração do exercício determinam alterações significativas com aumento do metabolismo. Sendo assim, conhecendo a dieta, o tipo de exercício e o suplemento alimentar, podem melhorar e acentuar o acúmulo de gordura corporal e assim acelerar o processo de emagrecimento. (FETT, 2001). Para que ocorra um bom tratamento dietoterápico esportivo é importante que o nutricionista tenha um bom histórico sobre o paciente, um planejamento dietético e um conhecimento na área de nutrição esportiva e principais características da modalidade desempenhada. (Braggion, 2008). De acordo com a Resolução do CFN n°380/2005: “suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar, com calorias, e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer suplementação”. No mercado os suplementos alimentares são encontrados de seguinte forma: pós, capsulas, tabletes, barras, pastilhas mastigáveis, drágeas, granulados, líquidos, géis, semissólidos e suspensões. Eventualmente os suplementos nutricionais são utilizados para alcançar resultados positivos em qualquer que seja o objetivo e o treinamento. A maneira que as proteínas do soro do leite utilizadas como suplementos alimentares são comercializadas principalmente em forma de pó (Braggion, 2008; FISCHBORN, 2009). Com a pratica de atividade física melhora-se a qualidade de vida dos indivíduos. Vários fatores vão interferir no desenvolvimento da atividade física, como organização do treino, genética, suplementação, tempo da prática de atividade física e dieta, principalmente. Com isso aumenta-se a necessidade de nutrientes do corpo, principalmente de proteína. Com a ingestão de proteína ou aminoácidos pós treino contribui na recuperação e na síntese proteica, a qualidade dessas funções são acentuadas positivamente se a quantidade e o tipo de proteína for adequado.) (HARAGUCHI, 2008)(FISCHBORN, 2009) Segundo a ANVISA, na Portaria n° 222/1998: “os Alimentos Proteicos são produtos com predominância de proteína(s), hidrolisada(s) ou não, em sua composição, formulados com o intuito de aumentar a ingestão deste(s) nutriente(s) ou complementar a dieta de atletas, cuja as necessidades proteicas não estejam sendo satisfatoriamente supridas pelas fontes alimentares habituais.” (ANVISA, 1998) A wheyprotein tem como seu principal produto a proteína do soro do leite. O soro do leite possui cor amarela esverdeada e é obtido através da coagulação do leite e possui sabor de ácido para doce. Por ser rico em proteínas, sendo elas aminoácidos essenciais e por possuir alta biodisponibilidade, ele se tornou um material usado na alimentação humana e na confecção de suplementos proteicos. Elas correspondem a 20% das proteínas do leite, compostas principalmente por α-lactoalbumina (ALA) e a β-lactoglobulina (BLG) e outros componentes como: albumina do soro bovino (BSA), Imunoglobulinas (Ig’s) e glico- Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 Órgão de divulgação científica Página 26 macropetídeos. A composição de aminoácidos das proteínas