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264395697 Dimensionamento Das Escadas Segundo NBR 9077 e Codigo de Obras Santa Rosa

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Dimensionamento das escadas 
segundo NBR 9077 e Código de Obras
Santa Rosa – Grupo 2
https://unijuiprojarq.wordpress.com/2012/08/31/265/
REGRAS DO USO DO PVI E DIMENSIONAMENTO MÍNIMO DAS ESCADAS
1. ESCADAS COLETIVAS: dimensionamento segundo a NBR 9077:2001 e a NBR 
9050:2004
Destinam-se ao uso público ou coletivo, inclusive nas áreas sociais dos condomínios 
residenciais. As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada,
atendendo às condições definidas a seguir, excetuando-se as escadas fixas com lances 
curvos ou mistos (retos + curvos). Dessa forma, devem ser seguidos os seguintes 
parâmetros:
• Pisos (p): 0,28m ≤ p ≤ 0,32m;
• Espelhos (e): 0,16m ≤ e ≤ 0,18m;
• 0,63m ≤ (p + 2e) ≤ 0,65m;
• A largura mínima admissível para as escadas fixas e patamares é de 1,20m.
1.1. COMO CALCULAR UMA ESCADA
• el – espessura da laje
• pd – pé-direito
• H – altura do vão a ser vencido (pd + el)
• e – espelho
• p – piso
• n – número de degraus ou espelhos
• cp – profundidade do patamar
• d – distância ou comprimento da escada em projeção horizontal
Definindo-se H (pé direito + espessura da laje), dividir o resultado pela altura escolhida 
para o espelho e (entre 16 cm e 18 cm). O resultado será n (nº de degraus ou espelhos), 
que será utilizado para se achar o valor real do espelho e. Usar a condição 0,63m ≤ (p + 
2e) ≤ 0,65m para calcular a largura do piso. Para isso, deve-se escolher o valor a ser 
utilizado entre 0,63m e 0,65m, dando-se preferência para 0,64m sempre que 
possível.Como uma escada de lance único de n degraus possui n-1 pisos e uma escada 
com um patamar e n degraus apresenta n-2 pisos, tem-se:
• Para escada sem patamar: d = p (n-1);
• Para escada com um patamar: d = cp + p (n-2).
1.2. EXEMPLO PRÁTICO
Calcular n, e, p e d para uma escada reta sem patamar (lance único) de uso coletivo com 
os seguintes dados:
• pd = 2,70m;
• el = 0,15m.
Tem-se:
• H = pd + el = 2,70m + 0,15m = 2,85m;
• n = H / e (escolher a altura inicial de e) = 2,85m / 0,18m (máximo permitido para e) = 
15,83 = 16 degraus.
Logo:
• E (altura real do espelho) = H / n = 2,85m / 16 = 0,178m (NUNCA arredondar esse valor).
Assim:
• 2,85m / 0,178m = 16 degraus.
Calcula-se em seguida, pela condição 0,63m ≤ (p + 2e) ≤ 0,65m, a largura do piso do 
degrau (p). Definindo-se p + 2e = 0,64m, tem-se:
• p + (2 x 0,178m) = 0,64m
p = 0,284m
Finalmente, tem-se uma escada com:
• 16 degraus (n);
• Espelho (e) = 0,178m;
• Piso (p) = 0,284m
Para completar o cálculo da escada, deve-se determinar a distância em projeção 
horizontal entre o primeiro e o último degrau. Ora, uma escada de n degraus sem patamar 
possui n–1 pisos; logo a distância d será igual ao produto da largura do piso (p) 
encontrado pelo número de degraus (n) menos um.
• d = p (n-1)
d = 0,284m x (16-1)
d = 4,26m
Portanto, o comprimento da escada será igual a 4,26m e o número de pisos é igual a 15.
2. ESCADAS – CÓDIGO DE OBRAS SANTA ROSA
Escadas de uso comum – se de utilização aberta à distribuição do fluxo de circulação de 
unidades privativas, tais como os corredores de edifícios de apartamentos, 
estabelecimentos de hospedagem e salas comerciais;
– Se de uso comum, os corredores, escadas e rampas devem ter largura mínima de 1,10m
(um metro e dez centímetros) para um comprimento máximo de 10,00m (dez metros) 
acrescidos de 0,05m (cinco centímetros) para cada metro de comprimento excedente, ou 
fração.
– Os corredores e galerias comerciais devem ter largura útil correspondente a
1/12 (um doze avos) de seu comprimento, não podendo ser inferior a:
I – 2,00m (dois metros) se a galeria ou corredor possuir compartimentos em um de seus 
lados;
II – 3,00m (três metros) se a galeria ou corredor possuir compartimentos em ambos os 
lados.
– Se o cálculo da largura exceder a 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros), os 
corredores ou galerias comerciais devem ter sua largura fixada em 4,50m (quatro metros e
cinquenta centímetros) e ser dotados de um hall a cada 60,00m (sessenta metros) onde 
possa ser inscrito um círculo com diâmetro igual ou superior a 7,50m (sete metros e 
cinquenta centímetros).
– As alturas dos espelhos das escadas a que se refere este artigo não podem ser 
inferiores a 0,15m (quinze centímetros).
– Na construção de escadas e rampas em geral, obedece-se ao seguinte:
I – são dispostas de tal forma que assegurem a passagem com altura livre igual ou 
superior a 2,10m (dois metros e dez centímetros);
II – os patamares não podem ter nenhuma de suas dimensões inferior à largura da 
respectiva escada ou rampa;
III – nenhuma porta pode abrir sobre os degraus ou sobre uma rampa, sendo obrigatório o 
uso do patamar.
IV – ser construídas de material incombustível e ter o piso revestido de material 
antiderrapante;
V – ser dotadas de corrimão, se elevar a mais de 1,00m (um metro) sobre o nível do piso, 
sendo que escadas e rampas com largura superior a 3,00m (três metros) devem ser 
dotadas de corrimão intermediário;
VI – não podem ser dotadas de lixeiras ou qualquer outro tipo de equipamento, bem como 
de tubulações que possibilitem a expansão de fogo ou fumaça;
VII – o patamar de acesso ao pavimento deve estar no mesmo nível do piso da circulação;
VIII – os lanços são preferencialmente retos, devendo existir patamares intermediários se 
houver mudança de direção ou se a escada precisar vencer altura superior a 2,80m (dois 
metros e oitenta centímetros).
– Podem ser dispensadas de patamar as escadas construídas em volta do elevador 
somente nos dois primeiros pavimentos.
3. Escada enclausurada protegida (EP)
Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes corta-fogo e 
dotada de portas resistentes ao fogo.
3.1. Cálculo da população
3.1.1. As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da 
edificação.
3.1.2 A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da 
Tabela 5 do Anexo, considerando sua ocupação, dada na Tabela 1 do Anexo.
3.1.3 Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser incluídas nas áreas de 
pavimento:
a) as áreas de terraços, sacadas e assemelhados, excetuadas aquelas pertencentes às 
edificações dos grupos de ocupação A, B e H;
b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive canchas e assemelhados;
c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos F-3, 
F-6 e F-7, quando, em razão de sua disposição em planta, estes lugares puderem, 
eventualmente, ser utilizados como arquibancadas.
3.1.4 Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários nas ocupações 
E e F são excluídas das áreas de pavimento.
3.2. Dimensionamento das saídas de emergência
3.2.1 Largura das saídas
3.2.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que
por elas deva transitar, observados os seguintes critérios:
a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população;
b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior 
população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos 
demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída.
3.2.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada 
pela seguinte fórmula:
N= P/C
Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado
para número inteiro
P = população, conforme coeficiente da Tabela 5.
C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 do Anexo.
3.2.2 Larguras mínimas a serem adotadas
As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes:
a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, paraas ocupações em
geral, ressalvado do disposto a seguir;
b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do grupo 
H, divisão H-3.
4. ESCADAS ENCLAUSURADAS E PROTEGIDAS (EP)
4.1. As escadas enclausuradas protegidas devem atender aos seguintes requisitos:
a) ter suas caixas isoladas por paredes resistentes a 2 h de fogo, no mínimo;
b) ter as portas de acesso a esta caixa de escada resistentes ao fogo por 30 min (PRF), e, 
preferencialmente, dotadas de vidros aramados transparentes com 0,50 m² de área, no 
máximo;
c) ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde isto é facultativo), 
de janelas abrindo para o espaço livre exterior;
d) ser dotadas de alçapão de alívio de fumaça (alçapão de tiragem) que permita a 
ventilação em seu término superior, com área mínima de 1,00 m².
4.2 As janelas das escadas protegidas devem:
a) estar situadas junto ao teto, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10 m acima do piso do 
patamar ou degrau adjacente e tendo largura mínima de 80 cm;
b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m², em cada;
c) ser dotadas de vidros de segurança aramados ou temperados, com área máxima de 
0,50 m² cada um, quando distarem menos de 3,00 m, em projeção horizontal, de qualquer 
outra abertura no mesmo prédio, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou à divisa do
lote, podendo esta distância ser reduzida para 1,40 m, no caso de aberturas no mesmo 
plano de parede e no mesmo nível;
d) ser construídas em perfis reforçados de aço, com espessura mínima de 3 mm, sendo 
vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, alumínio, madeira, plástico, e outros;
e) ter, nos caixilhos móveis, movimento que não prejudique o tráfego da escada e não 
ofereça dificuldade de abertura ou fechamento, em especial da parte obrigatoriamente 
móvel junto ao teto, sendo que de preferência do tipo basculante, sendo vedados os tipos 
de abrir com o eixo vertical e “maximar”.
4.3. Admite-se o uso de portas autoportantes de vidro temperado com acesso às escadas 
enclausuradas protegidas.
4.4. As escadas enclausuradas protegidas devem possuir ventilação permanente inferior, 
com área de 1,20 m² no mínimo, junto ao solo, podendo esta ventilação ser por veneziana 
na própria porta de saída térrea ou em local conveniente da caixa da escada ou corredor 
da descarga, que permita a entrada de ar puro, em condições análogas à tomada de ar 
dos dutos de ventilação.
4.5. Em edificações “p”, as portas de acesso às unidades autônomas podem abrir 
diretamente para o ambiente da escada enclausurada protegida, desde que:
a) não haja mais de quatro unidades autônomas por pavimento (ver Figura 2);
b) o patamar e eventual corredor a ele anexo não totalizem mais de 12 m²;
c) a escada seja interrompida ao nível da descarga, não indo até eventual subsolo.
d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser 
inferior a 0,50 m, e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em
que estiverem situadas.
5. Unidade de passagem
Largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m.
Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa por 
esta unidade em 1 min.
FIGURAS E TABELAS SÃO ENCONTRADAS NO LINK CASO ALGUEM TIVER ALGUMA 
DÚVIDA.
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	https://unijuiprojarq.wordpress.com/2012/08/31/265/

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