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UNIÃO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE NEGÓCIOS - UNIFIN
FACULDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Lusiane Ferreira Santos
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
  
  
  
  
  
  
  
Porto Alegre
2016
Lusiane Ferreira Santos   
  
  
  
  
  
 
  
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS  
  
  
  
  
Artigo apresentado à Faculdade São Francisco de Assis – UNIFIN, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.  
  
Orientador: Prof. Fernando Florentino da Silva  
Porto Alegre  
2016
RESUMO
A Análise das Demonstrações financeiras tem por objetivo fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiáveis. As informações da análise de balanços estão voltadas para dentro e fora da empresa e não se limitam apenas a cálculo de meros indicadores de desempenho. Para que a análise possa espelhar a realidade de uma empresa, é necessário que o profissional de contabilidade tenha certeza dos números retratados nas Demonstrações Contábeis e quem efetivamente espelham a real situação líquida e patrimonial da entidade.
Palavras-chave: Demonstrações Contábeis. Índices. Balanço Patrimonial. Situação financeira. 
ABSTRACT
The Analysis of Financial Statements aims to provide information about the financial position, results and cash flows of an entity that is useful to a wide range of users in making decisions. The financial statements also show the results of management by Management of the resources that you are trustworthy. The balance sheets analysis of information is directed inside and outside the company and is not limited to mere performance indicators calculation. So that the analysis can mirror the reality of a company, it is necessary that the accounting professional make sure the figures depicted in the financial statements and who effectively reflect the actual net and net assets of the entity.
Keywords: Accounting statements. Indexes. Balance Sheet . Financial situation.
1 INTRODUÇÃO  
As informações precisam ser cada vez mais eficazes, buscando-se o domínio de um todo acerca de organização e metodologia para incrementar os resultados. Baseando-se nas empresas de grande, médio e até pequeno porte, observa-se aprimorando e norteamento através das Análises das Demonstrações Contábeis a fim de alcançar o patamar de excelência em seu negócio. 
Segundo Iudícibus (2013, p. 5), a Análise de Balanços é mais que uma simples técnica a ser aplicada, é a “arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”.
Com base nos resultados levantados pela Análise das Demonstrações Contábeis, os gestores têm uma visão melhor sobre a situação e evolução financeira da empresa, e até mesmo a sua posição no mercado em relação aos seus concorrentes, quando comparados seus índices com os de outras empresas. Com estas informações, os gestores possuem uma base mais estruturada para tomar decisões a respeito do futuro da empresa, tornando-as mais eficazes. 
Estas análises ajudarão os gestores nas tomadas de decisão, definindo as estratégias a serem tomadas. 
Segundo Assaf Neto (2010, p.93) “as duas principais características de análise de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. Dessa maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia a análise de balanços é a comparação.” 
O trabalho irá apresentar a estrutura do Balanço Patrimonial, da Análise Horizontal e Vertical, dos Índices de Liquidez, e de Endividamento, da Análise de Rentabilidade, Alavancagem, e de Capital de Giro, para posterior análise de uma empresa do ramo de processamento de dados. 
Foram usados como metodologia cientifica para a realização deste trabalho livros, normas, pesquisas e após foi feito o estudo de caso com a análise das demonstrações contábeis de uma empresa de prestação de serviços, onde o período utilizado para nossa análise foi o de 2012 e 2013, que nos dará condições de analisar a situação desta.
2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As Demonstrações Contábeis são relatórios em que mostram a situação da empresa em determinado momento, com o intuito de fornecer informações a respeito da situação em que a empresa se encontra.
Segundo Marion (2006, p. 21) “É comum afirmar que a Análise das Demonstrações Contábeis é tão antiga quanto à própria Contabilidade”.
Conforme a Lei das Sociedades por Ações, a Lei nº 6.404 de 1976, alterada pela Lei nº 11.638 de 2007, as demonstrações obrigatórias são: 
 • Balanço Patrimonial; 
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
 • Demonstração do Resultado do Exercício; 
• Demonstração dos Fluxos de Caixa, para empresas com patrimônio líquido superior a R$2.000.000,00 na data do balanço; e
 • Demonstração do Valor adicionado, se a companhia for aberta.
As Demonstrações do Resultado do Exercício deverão ser apresentadas na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas e definido claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício.
Conforme Santos, Schmidt e Martins (2006):
A demonstração do resultado do exercício destina-se a evidenciar a formação do resultado do exercício, mediante o confronto das receitas e ganhos com as despesas e perdas incorridas no exercício. Essa demonstração deverá ser apresentada na posição vertical e discriminada de forma ordenada, de maneira que fique evidenciado o resultado operacional, o resultado após as receitas e despesas não operacional, o resultado antes do imposto de renda e contribuição social, resultado antes das participações e o lucro líquido do exercício da entidade. (SANTOS; SCHIMIDT; MARTINS, 2006, p. 48).
2.1 Balanço Patrimonial 
O Balanço Patrimonial é um dos relatórios contábeis obrigatórios, ele apresenta a situação patrimonial da empresa em um determinado momento, geralmente o final do exercício. Marion (2009) defende que entre os relatórios gerados pela Contabilidade, o Balanço Patrimonial é o mais importante.
“Balanço Patrimonial tem por finalidade evidenciar, de forma qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial e financeira da empresa e dos atos registrados na escrituração contábil”. (SANTOS; SCHMIDT; MARTINS 2006, p. 26).
Para Santos e Schmidt e Martins (2006):
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil, obrigatória, que apresenta sintética e ordenadamente o saldo monetário de todos os elementos integrantes do patrimônio da companhia, em determinada data, num sentindo estático. No balanço patrimonial, são apresentados os elementos que compõem o patrimônio de uma companhia em um determinado momento com seus valores, permitindo a análise da situação patrimonial e financeira da mesma. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS 2006, p. 26).
O Balanço Patrimonial é composto pelo ativo, passivo e patrimônio líquido, conforme Asaff Neto (2010, p.47):
O balanço compõe-se de três partes essenciais: ativo, passivo e patrimônio líquido. Cada uma dessas partes apresenta suas diversas contas classificadas em “grupos”, os quais, por sua vez, são dispostos em ordem decrescente de grau de liquidez para o ativo e em ordem decrescente de exigibilidade para o passivo.
2.2 Ativo 
Segundo Santos, Schmidt e Martins: “O ativo compreende os recursos controlados pela empresa capazes de gerar fluxos futuros de caixa, que são representados por bens e direitos” (SANTOS; SCHMIDTe MARTINS 2006, p. 27).
De acordo com Assaf Neto: 
Na estrutura do balanço, o ativo pode ser classificado, como já foi mencionado, em grandes gruposde contas, os quais são apresentados em ordem decrescente de grau de liquidez: Ativo Circulante e Ativo não Circulante. Os Ativos não Circulantes são formados por Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. (ASSAF NETO 2010, p.50). 
2.2.1 Ativo Circulante 
Segundo Assaf Neto: 
Na nova regulamentação do balanço, ficou estabelecida uma prática, há muito utilizada pelos analistas, de considerar todas as contas de grande rotação como ativo circulante. Dessa maneira, todas as contas de liquidez imediata, ou que se convertem em dinheiro a curto prazo, serão classificadas neste grupo. ( ASSAF NETO 2010, p.50).
De acordo com as normas brasileiras pela legislação societária, consubstanciadas no inciso I do artigo. 179 da Lei das Sociedades por Ações:
“I – No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte”.
2.2.2 Ativo Não circulante
Conforme o Comitê de Pronunciamento Contábil CPC 26 R1(2013), todas as contas que não satisfazer os critérios de classificação no Ativo Circulante, deverão ser classificadas como Ativo Não Circulante e deverá ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
2.3 Passivo 
De acordo com Santos, Schmidt e Martins (2006):
O passivo representa as origens de recursos representadas pelas obrigações da companhia, tanto para com terceiros, quanto para os acionistas da companhia. Além disso, de acordo com o texto legal, o passivo engloba inclusive o patrimônio líquido. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 36).
2.3.1 Passivo Circulante 
Segundo Matarazzo (2010):
Compreende todas as obrigações da empresa vencíveis no prazo de um ano ou, se o ciclo operacional for maior que um ano, as obrigações vencíveis no prazo do ciclo operacional. Essas obrigações devem ser tanto as conhecidas (por exemplo, duplicatas a pagar, promissórias a pagar, salários a pagar) como as calculáveis com precisão, tais como variações cambiais e juros, quanto as calculáveis apenas aproximadamente, como provisões para férias e 13º salário dos empregados. Conforme já explicado, as Duplicatas Descontadas também devem figurar no Passivo Circulante. (MATARAZZO,2010, p.44).
2.3.2 Passivo Não Circulante 
Segundo Matarazzo (2003):
Compreende as obrigações da empresa com prazo de vencimento superior a um ano ou superior ao ciclo operacional da empresa, normalmente correspondem a contratos firmado pela empresa com instituições financeiras, como Bancos de Investimento ou Desenvolvimento, excepcionalmente podem surgir créditos de longo prazo decorrentes de negociações com fornecedores ou de parcelamento de dívidas junto ao governo. (MATARAZZO, 2003, p. 63).
2.4 Patrimônio Líquido 
De acordo com Santos, Schmidt e Martins (2006):
Nas normas brasileiras pela legislação societária, não existe a definição de patrimônio líquido, de acordo com a doutrina, o patrimônio líquido representa a diferença entre o valor do ativo e do passivo, que é o valor contábil que pertence aos sócios ou acionistas. Representa o patrimônio líquido o capital próprio da empresa. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 44).
3 ANÁLISE DE BALANÇOS
Segundo MATRAZZO (2010), a análise de balanços objetiva extrair informações das demonstrações contábeis financeiras para a tomada de decisões.
De acordo com Santos, Schmidt e Martins: “Em linhas gerais, análise de balanços é a técnica que objetiva verificar a situação econômico-financeira de determinada entidade, por intermédio das demonstrações contábeis” (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006 p.11).
Análise das Demonstrações Contábeis é uma ferramenta utilizada principalmente para identificar a situação financeira de uma empresa através de informações contidas em suas demonstrações. As principais Demonstrações Contábeis utilizadas para a análise são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.
Marion afirma que:
Devem estar inclusas nos relatórios, as seguintes informações geradas pela análise de balanço: situação financeira, situação econômica, desempenho, eficiência na utilização de recursos, pontos fortes e fracos, tendências e perspectivas, quadro evolutivo, adequação das fortes aplicações dos recursos, causas das alterações na situação financeira, evidencia de erros a administração, providencias que deveriam ser tomadas e não foram e avaliação das alternativas econômico-financeiro futuros.(MARION 2002, p.32)
3.1 Análise Horizontal e Vertical 
Segundo Asaff Neto: “As duas principais características de análise de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins” (ASSAF NETO, 2010, p. 93).
3.1.1 Análise Horizontal
De acordo com Iudícibius: “ A finalidade principal da análise horizontal é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultados (bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências” (IUDÍCIBIUS, 1998, p. 90).
Segundo Asaff Neto: “ A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta de ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices” (ASAFF NETO, 2010, p. 93).
3.1.2 Análise Vertical
Ribeiro afirma: “Consiste na determinação da porcentagem de cada conta ou do grupo de contas em relação ao seu conjunto. Este processo é também conhecido por “Análise por Coeficientes”. (RIBEIRO, 2001, p. 117).
Para Santos, Schmidt e Martins
A análise vertical das demonstrações contábeis evidência a participação em termos percentuais de cada rubrica de determinada demonstração em relação a um totalizador, a exemplo do total do ativo, receita liquida, total das origens dos recursos, permitindo ao analista identificar os itens mais significativos na composição de cada demonstração contábil, bem como a análise de sua tendência futura como base de comparação de vários períodos. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 108).
3.2 Análise Através de Índices
A análise por índices, ou indicadores financeiros, faz parte do processo de análise das demonstrações contábeis e diz respeito à relação existente entre grupos, subgrupos e contas pertencentes às demonstrações contábeis que sejam úteis na análise da situação econômico-financeira da empresa. Dessa forma, utilizando-se índices é possível comparar empresas de um mesmo setor independentemente do tamanho da empresa, isto é, dos valores por elas transacionados. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 116).
3.3 Índice de Liquidez
Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração da continuidade da empresa, as variações destes índices devem ser motivos de estudos para os gestores. As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente do Balanço patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição patrimonial da entidade, devendo ser atualizadas constantemente para uma correta análise. Atualmente estuda-se 4 índices de liquidez. (PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016).
3.3.1 Liquidez Imediata
Segundo Marion: “Para efeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relacionamos dinheiro disponível com valores, que vencerão em datas as mais variadas possível, embora a Curto Prazo. Assim, temos contas que vencerão daqui a 360 dias, e que não se relacionam com a disponibilidade imediata”(MARION, 2006, p.90).
O índice de liquidez imediata é assim calculado:
Liquidez Imediata = Caixa e Equivalentes de Caixa
 	 Passivo Circulante
De acordo com Santos, Schmidt e Martins: “Dessa forma, se o índice de liquidez imediata de determinada empresa for de 0,65, significa que a empresa possui $1,00 de obrigações de curto prazo” (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006, p.120).
3.3.2 Liquidez SecaSegundo Iudícibus:
Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador, estamos eliminando uma fonte de incerteza. Por outro lado, estamos eliminando as influências e distorções que a doção deste ou daquele critério de avalição de estoque poderia acarretar, principalmente se os critérios foram mudados ao longo dos períodos. Permanece o problema dos prazos do ativo circulante (no que se refere ao recebíveis) e do passivo circulante. Em certas situações, pode-se traduzir num quociente bastante conservador, visto a alta rotatividade dos estoques. O quociente apresenta uma posição bem conservadora da liquidez da empresa em determinado momento, sendo preferido pelos emprestadores de capitais. 
(IUDÍCIBUS, 1998, p. 102).
O índice de liquidez seca é assim calculado:
Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoques
 Passivo Circulante
3.3.3 Liquidez Corrente
Conforme Marion (2006, p. 83): “A liquidez corrente mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo”.
Interpretação: quanto maior melhor.
O índice de liquidez corrente é assim calculado:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante
 Passivo Circulante
3.3.4 Liquidez Geral
Segundo Santos, Schmidt e Martins:
O índice de liquidez geral é obtido pela razão entre o ativo circulante mais o ativo realizável a longo prazo da empresa e seu passivo circulante somado ao passivo exigível a longo prazo, isto é, compara os bens e o direitos que se converterão em dinheiro em curto e longo prazo com as obrigações com igual prazo de vencimento. (SANTOS, SCHMIDT e MARTINS, 2006, p.119).
Interpretação: quanto maior melhor.
O índice de liquidez geral é assim calculado:
 Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
 Passivo Circulante + Passivo não Circulante
Conforme a nova Lei 11.638/07, promulgada em 28 de dezembro de 2007, que entrou em vigor em primeiro de janeiro de 2008, que altera e introduz novos dispositivos a Lei das sociedades por ações (Lei 6.404/76), uma das alterações é a criação de novos grupos e classificação das contas.
4 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Os índices de estrutura e endividamento objetivam evidenciar a composição da origem dos recursos da empresa, quer sejam de capitais de terceiros ou de capitais próprios, bem como fornecer informações capazes de avaliar o comprometimento financeiro atual da empresa perante terceiros e, consequentemente, a capacidade de a empresa aumentar o seu endividamento. Além disso, demonstra de que forma foi aplicado o capital próprio. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 121).
Endividamento = Passivo Total – Patrimônio Líquido
Patrimônio Líquido
4.1 Composição de Endividamento
Para Santos, Schmidt e Martins (2006):
O grau de endividamento do patrimônio líquido é obtido pela razão entre o passivo circulante e não circulante e seu patrimônio líquido, compara o capital de terceiros com o capital próprio da empresa. Desta forma evidencia a representatividade das dívidas em relação ao capital próprio, ou seja, o nível de dependência do capital de terceiros. Assim o grau de endividamento do patrimônio líquido indica quantos R$ existem de dívidas totais para cada R$ 1,00 de patrimônio líquido. (SANTOS; SCHMIDT e MARTINS; 2006, p. 124).
Interpretação: quanto menor, melhor.
A composição do endividamento é assim calculada:
Composição de Endividamento = Passivo Circulante x 100
 Capital de Terceiros
4.2 Imobilização dos Capitais Permanentes
“O índice identifica o nível de imobilização dos recursos permanentes (longo prazo) da empresa, isto é, o percentual desses recursos que está financiando os ativos permanentes” (ASSAF NETO, 2002, p. 147). 
Grau de Imob. do Patrimônio Líquido=Ativo Imobilizado+ Intangível x100
 Patrimônio Líquido
Segundo Matarazzo (2010, p.93):
As aplicações dos recursos do patrimônio líquido são mutuamente exclusivas do ativo permanente e do ativo circulante. Quanto mais a empresa investir no ativo permanente, menos recursos próprios sobrarão para o ativo circulante, em consequência, maior será a dependência a capitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante. (MATARAZZO, 2010, p. 93).
5 ANÁLISE DA RENTABILIDADE
De acordo com Iudícibus, (2010, p.118): “Devemos relacionar um lucro de um empreendimento com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para analisar quão bem se saiu a empresa em determinado período.
Segundo Santos, Schmidt e Martins, (2006, p. 134). “Os índices de lucratividade estão intimamente relacionados ao desempenho econômico da empresa, apresentando o retorno ou a rentabilidade dos recursos investidos e a eficiência de sua gestão.” 
5.1 Retorno Sobre o Ativo
O ROA é: “A comparação do resultado do exercício obtido pela empresa, em relação ao total do ativo. (SANTOS, SCHMIDT e MARTINS, 2006)
 O retorno sobre o ativo é assim calculado:
ROA = Lucro Líquido
Ativo Total (médio)
5.2 Retorno Sobre o Investimento
“ROI é uma alternativa ao uso do ROA para avaliar o retorno produzido pelo total dos recursos aplicados por acionistas e credores nos negócios” (ASSAF NETO, 2008, p. 229).
O retorno sobre o investimento é assim calculado:
ROI = Lucro operacional (antes do IR)
 Investimento Médio (Passivos Onerosos + PL)
5.3 Giro Ativo
Segundo Santos, Schmidt e Martins:
O índice de giro dos ativos totais é obtido pela razão entre as vendas e o total do ativo da empresa, isto é, compra os valores das vendas do período com o ativo total médio. Dessa forma, o índice de giro dos ativos totais evidencia a rotação de todos os ativos da empresa. Assim, o índice de giro indica quantas vezes a empresa girou, em determinado período, seus ativos totais. (SANTOS, SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 132).
O giro sobre o ativo é assim calculado:
Giro dos Ativos Totais = Vendas
Ativo Total (média)
Cálculo média do Ativo Total = Ativo Total Inicial + Ativo total Final
 2
5.4 Margem Líquida
Para Perez Júnior e Begalli (1999, p. 202), “essa medida leva em conta inclusive o resultado não operacional e representa o que sobra da atividade da empresa no final do período.” 
A margem líquida é assim calculada:
Margem Líquida = Lucro Líquido do Exercício
Receita Líquida
6 ÍNDICES DE ATIVIDADES
Segundo Santos, Schmidt e Martins (2006):
Os índices de atividade, também denominados de índices de índices de administração de ativos, objetivam avaliar a eficiência com que a empresa está gerindo seus ativos, bem como fornecer informações capazes de avaliar o adequado dimensionamento dos ativos com base no nível de operação da empresa. Esse dimensionamento adequado é importante, porque um nível abaixo do ótimo pode fazer com eu a empresa perca vendas e um nível acima do ótimo pode gerar despesas financeiras excessivas, já que parte dos ativos é adquirida com capital de terceiros. (SANTOS, SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 128).
6.1 Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)
Segundo Santos, Schmidt e Martins (2006):
O índice de prazo médio de rotação dos estoques é obtido pela razão entre o estoque médio e o custo médio das mercadorias vendidas (em dias) da empresa, isto é, compara os valores médios estocados com o custo médio das mercadorias vendidas. Dessa forma, o índice de prazo médio de rotação dos estoques evidencia o prazo médio que a empresa leva para repor os seus estoques, isto é, o tempo que, em média, ficam estocados as mercadorias. Assim, o índice de prazo médio de rotação dos estoques indica quantos dias a empresa leva em média para repor os seus estoques por ocasião da venda. (SANTOS, SCHMIDT e MARTINS, 2006, p. 130).
O Prazo Médio de Rotação dos Estoques é assim calculado:
(PMRE) = Estoques Médios x 360
CMV último ano
6.2 Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV)
Segundo Silva (2010, p.251): “Indica quanto tempo, em média, a empresa leva para receber suas vendas, ou seja, o tempo médio decorrido entre a venda das mercadorias ou serviços até o seu recebimento”.
O Prazo Médio deRecebimento das Vendas é assim calculado:
(PMRV) = Clientes Médios x 360
 Vendas Médias
7 ALAVANCAGEM
Alavancagem significa a capacidade de uma empresa utilizar ativos ou fundos a um custo fixo de forma a maximizar o retorno de seus proprietários. Como existe uma relação direta entre risco e rentabilidade, onde quando maior o risco, maior o retorno e vice-versa, alavancagens crescentes significam um grau maior de incerteza quanto a rentabilidade projetada e por extensão, um retorno esperado maior. (PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016).
7.1 Alavancagem Operacional
De acordo com Assaf Neto (2010); 
A alavancagem operacional é possível pela presença de custos e despesas fixos na estrutura de resultados de uma empresa. Esses custos (despesas) não sofrem, por definição, nenhuma variação diante de mudanças no volume de atividade, mantendo-se constantes no tempo.(ASSAF NETO, 2010, p. 105).
7.2 Alavancagem Financeira 
Segundo Assaf Neto:
A alavancagem financeira resulta da participação de recursos de terceiros na estrutura de capital da empresa. Em princípio, pode-se admitir que interessa o endividamento sempre que seu custo for menor que o retorno produzido pela aplicação desses recursos. Nessa situação em que o retorno do investimento do capital emprestado excede a seu custo de captação, a diferença positiva encontrada promove uma elevação mais que proporcional nos resultados líquidos dos proprietários, alavancando a rentabilidade” ( ASSAF, 2010, p. 111).
O Grau de Alavancagem Financeira é assim calculado:
Grau de Alavancagem Financeira = Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Rentabilidade do Ativo
7.3 Custo de Capital
Segundo Assaf Neto (2010, p. 238): “É uma taxa explícita obtida pela relação entre as despesas financeiras (juros) e os passivos onerosos geradores desses encargos”.
O Custo de Capital é assim calculado:
Custo de Capital = Despesas Financeiras x 100
 Passivo Gerador de Custo
8 EXEMPLO PRÁTICO
Neste capítulo será realizada a análise vertical, horizontal e através de índices a partir do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício dos anos de 2012 e 2013 de uma empresa fictícia. 
Com base para a Análise de Balanços da empresa, foi utilizado à publicação das Demonstrações Financeiras referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013, comparativas ao exercício de 2012, publicadas no site da própria empresa.
Será realizada a análise vertical, horizontal e através de índices a partir do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício dos anos de 2012 e 2013 da empresa.
	
No quadro 1, temos o balanço patrimonial da empresa dos exercícios 2012 e 2013, onde temos os saldos finais do balanço patrimonial.
No quadro 2, temos a demonstração de resultado do exercício dos anos 2012 e 2013:
No quadro 3, temos os dados calculados através da análise vertical e horizontal do balanço patrimonial do exercício nos períodos de 2013 e 2014 da empresa em estudo.
Faremos a análise de resultados através dos dados apresentados.
8.1 Análise de Resultados 
Analisando o balanço e a demonstração do ponto de vista da análise financeira e comparando seus índices com empresa do mesmo ramo (decil) observamos que os índices de liquidez nos anos de 2012 e 2013 encontram-se ótimo nos dois anos com exceção do índice de liquidez corrente que apresentou uma melhora de bom para ótimo de 2012 para 2013 e o índice de liquidez imediata de péssimo para bom. Em relação aos índices de estrutura a empresa apresentou índices de grau de endividamento, de participação de capital de terceiros e de imobilização dos recursos não correntes bons nos dois anos. 
Com a análise do ponto de vista econômico e comparando seus índices com empresas do mesmo ramo (decil) observamos que o índice de giro do ativo piorou passando de bom para satisfatório de 2012 para 2013. A margem líquida e o índice de rentabilidade do ativo se manteve péssimo nos dois anos.
Para concluirmos nossa análise estudamos os índices de atividade e observamos que a empresa tem em média 38 dias de prazo médio de estocagem, 120 dias de prazo de médio de recebimento de vendas e 23 dias de prazo médio de compras, apresentando portanto um índice de posicionamento relativo acima de 1,0, o que representa que não consegue receber de seus clientes antes de precisar pagar seus fornecedores. Seu ciclo operacional é de 158 dias e o ciclo econômico é de 38 dias. Apresenta um Capital Circulante Líquido positivo de 23.886.886,87 em 2012 e positivo de 39.399.558,36 em 2013 e um Capital Circulante Próprio positivo de 22.405.086,12 em 2012 e positivo de 36.565.533,72 em 2013. A Necessidade de Capital de Giro aumentou de 52.016.739,15 para 69.944.689,79, o saldo da tesouraria piorou passando de 28.129.852,28 negativo para 30.545.131,43 negativo.
9 CONCLUSÃO
Esse trabalho teve como objetivo o estudo do Balanço Patrimonial, assim como a Análise Horizontal e Vertical, Econômica e Financeira, após este estudo aplicamos estes conhecimentos numa empresa da área de processamento de dados.
Os resultados obtidos apresentam, através da Análise das Demonstrações Contábeis, que é possível mensurar relevantes indicadores econômico-financeiros e dessa forma extrair informações seguras e concretas, proporcionando uma visão geral do desempenho e situação financeira, contribuindo para a tomada de decisões dentro de uma entidade.
Com base neste relatório analítico pode-se obter uma visão geral da saúde e solidez da empresa, esse acompanhamento é no máximo anual, limitando-se a semanal, quinzenal, mensal ou semestral (de acordo com a necessidade de gerenciamento). A informação deve chegar de forma clara ao profissional da contabilidade para que o mesmo possa transformá-las em Demonstrações Contábeis confiáveis. Somente com o resultado é possível tomar decisões que favoreçam a administração com margem de segurança podendo até serem erradas ou em tempo inoportuno, mas apresentando uma vantagem segura próxima a realidade.
Portanto, a análise pode ser utilizada não somente como uma ferramenta para tomada de decisão, mas também como uma forma de acompanhamento do crescimento ou avaliação nos períodos futuros da empresa, detectando pontos mais fracos e trabalhando-os com o intuito de evitar que os mesmos interfiram na atividade fim e continuação da mesma.
Este trabalho foi realizado em nível introdutório, com o intuito de ressaltar a importância da utilização dos índices econômico-financeiros como suporte para a administração das empresas, no caso, da empresa, abrangendo apenas o Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício. Sabendo-se o quanto esse campo é vasto, recomenda-se novos estudos e pesquisas em níveis mais avançados, utilizando também outros índices e Demonstrações Contábeis, comparando-os com os índices setoriais, e até mesmo realizar uma análise comparativa com outras empresas do mesmo ramo de atividade, podendo assim obter informações a respeito da situação em que a empresa se encontra com relação ao mercado e não somente informações internas.
REFERÊNCIAS  
  
    
  
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