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INTRODUÇÃO 
 
 
Caro (a) leitor neste trabalho vamos falar sobre a Ordem dos advogados do 
Brasil a qual, é a entidade máxima de representação dos Advogados brasileiros. 
Além de ser órgão de representação, defesa, seleção disciplina do advogado, a 
entidade e destinada, preponderantemente, à defesa da Constituição, da ordem 
jurídica, do Estado democrático de Direito, dos direitos humanos, e da justiça 
social, além de obrigá-la a pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida 
administração da Justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições 
jurídicas. Sua estrutura consiste em Conselho Federal, Conselhos Seccionais e 
Subseções. 
Este trabalho tem como objetivo atender aos requisitos da disciplina de 
Atividades Práticas Supervisionadas (A.P.S) que neste semestre contempla a 
disciplina de INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS E ÉTICA. 
Para tanto será observado e analisado a OAB – ORDEM DOS 
ADVOGADOS DE JUIZ DE FORA – SEÇÃO MINAS GERAIS – SUBSEÇÃO JUIZ 
DE FORA. A importância deste trabalho justifica-se por apresentar os temas 
citados a cima existente dentro de uma entidade como de total importância na 
realização de suas atividades. O trabalho será estruturado da seguinte forma: 
serão aclarados o referencial e o referencial atual da entidade. 
 
 
 
 
 
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1. ORIGEM DA INSTITUIÇÃO 
 
Em 1823 com a Proclamação da Independência e em um momento de 
definição do Estado, começaram as discussões sobre a instauração de cursos 
jurídicos no Brasil. Nesse mesmo ano, José Feliciano Fernandes Pinheiro, 
apresentou uma sessão do que seria a instauração de uma universidade no 
Império do Brasil. Essa indicação se transformou em 19 de agosto no primeiro 
projeto de lei que organizou uma universidade no Brasil. Porem em novembro 
com a dissolução da Constituinte, a criação dos cursos jurídicos no Brasil, foi 
interrompido. 
O Imperador, instituiu, por decreto de nove de janeiro, um curso jurídico na 
cidade do Rio de Janeiro, regido pelos estatutos elaborados por Luís José de 
Carvalho e Melo, Visconde da Cachoeira. Porém não houve inauguração. 
Em 1826 a questão sobre a instauração de cursos jurídicos no Brasil, foi 
retomada. Com nove artigos, o projeto assinado por José Cardoso Pereira de 
Melo, Januário da Cunha Barbosa e Antônio Ferreira França, transformou-se na 
Lei de 11 de agosto de 1827. Na ocasião, os mesmos estatutos elaborados pelo 
Visconde da Cachoeira, que criou o curso jurídico no Rio de Janeiro, mais tarde 
regularam os cursos de São Paulo que começou a funcionar em maio de 1828 e 
Olinda, vindo a ser inaugurado também em maio de 1828. Após 15 anos, houve 
a fundação do Instituto dos Advogados, que foi inspirada pelas entidades 
existentes em Portugal e França e mais tardar graduados das primeiras turmas 
dos cursos de São Paulo e Olinda constituíram a Ordem dos Advogados, 
assentando bases mais sólidas para os bacharéis em direito. 
A constituição da Ordem dos Advogados, foi bastante influenciada pelos 
estatutos da associação portuguesa, recebeu aprovação em agosto de 1843, 
onde um grupo de advogados reuniu e organizou os estatutos do Instituto dos 
Advogados Brasileiros. 
 
“O art. 2.º dos estatutos da nova instituição dispunha: “O 
fim do Instituto é organizar a Ordem dos Advogados, em 
proveito geral da ciência da jurisprudência. ” 
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A primeira diretoria do Instituto dos Advogados foi composta em agosto de 
1843 pelo presidente Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, pelo secretário da 
assembleia Josino Nascimento Silva, pelo tesoureiro Nicolau Rodrigues dos 
Santos e mais dez nomes que formaram o Conselho Diretor. O Instituto dos 
Advogados Brasileiros conseguiu auxiliar de certa forma, o governo na 
organização judiciária do Brasil, como a própria Constituição de 1891, onde a 
IAB amparou com embasados estudos. 
Em meio às aspirações de modernização e principalmente renovação no 
Brasil, se deu a criação da Ordem dos Advogados do Brasil, tendo como 
protagonista André de Faria Pereira, procurador-geral do Distrito Federal. A 
instituição da Ordem dos Advogados do Brasil ocorreu quase um século após a 
fundação do Instituto dos Advogados, através do art. 17 do Decreto número 
19.408, que foi assinado pelo chefe do governo provisório Getúlio Vargas e 
firmado por Osvaldo Aranha, ministro da Justiça. 
No prédio do Instituto dos Advogados, foi onde funcionou o primeiro 
Conselho Federal da OAB, sendo em uma segunda sessão, eleitos para a 
presidência Levi Carneiro e Attílio Vivácque para a secretaria geral. Levi Carneiro 
e Attílio Vivácqua concentraram suas ações principalmente, em soluções de 
interpretação do Estatuto, ordenamento das seções estaduais e elaboração do 
Código de Ética, e assim por três mandatos, ficaram à frente do Conselho 
Federal consolidando ainda mais a Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
1.1. PRINCIPAIS SERVIÇOS, OBJETIVOS E FORÇA DE 
TRABALHO DA OAB 
 
A Ordem dos Advogados do Brasil pode ser classificada como pessoa 
jurídica de direito público interno, criada por lei federal e que presta serviços 
advocatícios. A OAB é uma entidade única de seu gênero, possuindo 
independência em relação ao poder público, por força de lei, como principal 
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função, a Ordem tem como dar assistência aos advogados, bem como trabalhar 
em parceria com os poderes executivos, legislativos e judiciários. A OAB é uma 
instituição de grande importância sendo órgão que participa obrigatoriamente em 
todos os certames públicos que dizem respeito ao mundo jurídico, como 
fiscalizador. 
A OAB tem papel importante em relação à fiscalização da classe dos 
advogados, selecionando os bacharéis em direito através do exame da ordem, 
bem como averiguando a qualidade na prestação dos serviços advocatícios. 
 
1.2. PRINCIPAL PUBLICO ALVO 
 
O público alvo da OAB é a advocacia em geral, mas também é buscar a 
proximidade com espaços forenses ou com acessos rápidos, com escritórios 
compartilhados onde há espaço também para grandes atividades envolvendo a 
primeira e a segunda instâncias. O objetivo é que os advogados, sejam recém-
formados ou não, possam exercer de forma efetiva, em escritórios 
compartilhados fornecidos pela OAB, tendo condições dignas de cumprirem 
suas missões principais, serem guardiões da cidadania. 
 
1.3. OAB EM NÍVEL NACIONAL, ESTADUAL E 
MUNICIPAL 
 
São órgãos da OAB: 
a) O Conselho Federal; 
Atua em âmbito nacional, dotado de personalidade jurídica própria, com 
sede na capital da República, é o órgão supremo da OAB. 
b) Os Conselhos Seccionais; 
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Atuam em âmbito Estadual, nas 27 capitais brasileiras, dotados de 
personalidade jurídica própria, têm jurisdição sobre os respectivos territórios 
dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Territórios. 
c) As Subseções; 
Atuam nas esferas municipais, são partes autônomas do Conselho 
Seccional, na forma desta lei e de seu ato constitutivo. Portanto, não tem 
personalidade jurídica própria e estão vinculadas ao Conselho Seccional. 
d) As Caixas de Assistência dos Advogados. 
As Caixas de Assistência dos Advogados, dotadas de personalidade 
jurídica própria, são criadas pelos Conselhos Seccionais, quando estes 
contarem com mais de mil e quinhentos inscritos. 
O atual presidente da OAB nacional é Dr. Claudio Pacheco Prates 
Lamachia, responsável pela coordenação das estratégias jurídicas e pela 
supervisão geral das outras unidades da OAB. O presidente da OAB Estadual 
de Minas Gerais atualmente é o Dr. Antonio Fabricio de Matos Gonçalves e o 
Presidente do nosso município, Juiz de Fora, é o Dr. João Lourenço. 
O Conselho Federal é composto por integrantes de cada Unidade 
Federativa, formadapor três conselheiros, que tem a função de estabelecer a 
Diretoria do Conselho Federativo. Os conselhos Seccionais exercem as 
competências, funções e vedações atribuídas pelo Conselho Federal, 
compondo-se um número proporcional ao de seus inscritos. As subseções, 
atuam nas esferas municipais e são partes autônomas do Conselho Seccional, 
não possuindo personalidade jurídica própria. 
 
1.4. ORGANOGRAMA DA OAB SUBSEÇAO JUIZ DE FORA 
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Segue abaixo, organograma com a composição dos membros da Diretoria 
da OAB subseção Juiz de Fora, Minas Gerais, bem como a composição de 
alguns conselheiros subseccionais: 
Os conselheiros subseccionais são muitos, serão citados abaixo, os 
principais, que são a presidente e o vice-presidente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DR. JOÃO FERNANDO LOURENÇO
Presidente
DR. ALEXANDRE 
ATILIO R. COSTA
SECRETÁRIO-
GERAL
DR. LUIS ANTÔNIO A. 
BITTENCOURT
SECRETÁRIO-GERAL 
ADJUNTO
DRª FLÁVIA GERHEIM 
DOVIZO
DIRETORA 
TESOUREIRA
DRª ISABELA GUSMAN R. DO 
VALE
Vice Presidente
DRª MARIZE DE FÁTIMA 
ALVAREZ SARAIVA
PRESIDENTE DO CONSELHO 
DE ÉTICA
DR. ARÃO DA SILVA 
JUNIOR
PRESIDENTE DO CONSELHO 
DE ÉTICA
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2. ESTRUTURA DE LIDERANÇA 
 
A OAB é um serviço federal independente que possui natureza jurídica, não 
mantendo vínculo com nenhum órgão Administrativo Público, tendo como 
finalidades por exemplo defender a Constituição, promover a representação, a 
defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa 
do Brasil. 
Os cargos de conselheiro ou membro da diretoria da OAB é de exercício 
gratuito e obrigatório, tendo os Presidentes dos Conselhos e das Subseções, 
legitimidade para agir, judicial e extrajudicialmente, contra quem infringir as 
disposições ou os fins das leis. Os cargos da Diretoria dos Conselhos Seccionais 
e Subseccionais, tem as mesmas denominações atribuídas aos da Diretoria do 
Conselhos Federal. 
 
2.1. INTERAÇÃO DA OAB - DIREÇÃO 
 
As competências atribuídas ao Conselho Federal segundo o Art.54. do 
Estatuto da Advocacia, são: dar cumprimento efetivo às finalidades da 
Instituição; representar os interesses coletivos ou individuais dos advogados; 
zelar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia; 
representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos Órgãos e eventos 
internacionais da advocacia; editar o Regulamento Geral e o Código de Ética e 
Disciplina; adotar medidas para manter o bom funcionamento dos Conselhos 
Seccionais; pode intervir, cassar ou modificar qualquer ato, seja de órgão ou 
autoridade da OAB, que esteja contrário ao Estatuto da Advocacia, Regulamento 
Geral ou Código de Ética e Disciplina; julgar, em grau de recurso, as questões 
decididas pelos Conselhos Seccionais; dispor sobre identificação dos inscritos 
na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos; examinar o relatório anual e 
deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria e a dos Conselhos 
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Seccionais; realizar a lista, prevista por lei, para o preenchimento dos cargos nos 
tribunais judiciários de âmbito nacional e interestadual; ajuizar ação direta de 
inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, 
mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja 
legitimação lhe seja concedida por lei; colaborar com o aperfeiçoamento dos 
cursos jurídicos; autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou 
alienação de seus bens imóveis; participar de concursos públicos, quando 
tiverem abrangência nacional ou interestadual; resolver os casos omissos no 
Estatuto da Advocacia. 
Ao Conselho Seccional, de acordo com o Art.58 do Estatuto da Advocacia 
compete: editar seu Regulamento Interno; criar as Subseções e a Caixa de 
Assistência dos Advogados; julgar, em grau de recurso, as questões decididas 
por seu Presidente, Diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, bem como, 
pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados; 
fiscalizar a tabela de 10 honorários, válida para todo território Estadual; realizar 
o Exame da Ordem; decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados 
e estagiários; manter cadastro de seus inscritos; fixar, alterar e receber 
contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas; participar da elaboração 
de concursos públicos, no campo de seu território; determinar trajes dos 
advogados, no exercício da profissional; aprovar e modificar seu orçamento 
anual; definir a composição e funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina; 
eleger as listas para a ocupação dos cargos judiciais nos tribunais judiciários de 
acordo com sua competência; intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência 
dos Advogados quando necessário; desempenhar outras atribuições previstas 
no Regulamento Geral. 
Compete a Subseção, segundo Art. 60 do Estatuto da Advocacia, em seu 
território: dar cumprimento efetivo as finalidades da OAB; zelar pela dignidade, 
dependência, valorização da advocacia e fazer valer os direitos dos advogados; 
representar a OAB perante os poderes constituídos; desempenhar as atribuições 
previstas no Regulamento Geral ou por delegação de competência do Conselho 
Seccional; quando houver necessidade, cabe a Subseção exercer as funções e 
atribuições do Conselho Seccional, na forma do Regulamento Interno, podendo 
editar o mesmo, que será avaliado pelo Conselho Seccional; editar resoluções, 
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no âmbito de sua competência; instaurar e instruir processos disciplinares, para 
julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina; receber pedido de inscrição nos 
quadros de advogados e estagiários, instruindo e emitindo parecer prévio para 
decisão do Conselho Seccional. 
As Comissões da OAB são ferramentas de suma importante, sendo um dos 
pilares da Ordem e é como a Direção tem uma maior interação em sua área de 
atuação. 
Em Juiz de Fora, os advogados que atuam nas Comissões, tem atuação 
efetiva em projetos e ações nos mais diversos setores. Cada Comissão, 
voluntariamente, conta com presidente e membros colaboradores, que 
desenvolvem atividades voltadas para a classe e para a comunidade em geral, 
se tornando uma oportunidade de maior interação com todas as partes 
interessadas. 
Dentre as mais de 30 Comissões existentes na subseção de Juiz de Fora, 
podemos citar algumas como a Comissão da Mulher Advogada, Comissão de 
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Comissão de Defesa dos 
Direitos dos Idosos. 
 
 
2.2. COMPETÊNCIAS E METAS DA INSTITUIÇÃO 
 
Compete as Subseções o cumprimento efetivo às finalidades da OAB, velar 
pela independência, dignidade e valorização da advocacia, fazendo valer as 
prerrogativas do advogado, representar a OAB perante os poderes constituídos, 
desempenhar as atribuições previstas no regulamento geral ou por delegação 
de competência do Conselho Seccional. 
As Subseções têm alguns parâmetros a seguir que constam na Resolução 
n° CS/001/2003 de 8 de fevereiro de 2003. Serão citados alguns dos principais 
que são, ter mais de 250 (duzentos e cinquenta) inscritos, ter número de votantes 
nas últimas eleições superior à maioria absoluta dos advogados inscritos na 
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subseção, ter em sua base territorial em Comarca que disponha de, pelo menos, 
4 (quatro) juízes, admitindo-se a soma destas, quando o território abranger mais 
de uma Comarca, dentre outras considerações. 
 
2.3. DESENVOLVIMENTO DE METAS E AÇÕES DA OAB 
 
A OAB desenvolve suas metas a partir de Comissões. As Comissões são 
ferramentas para que os advogados possam participar e atuar em ações de 
interesse da sociedade,além de assessorar os Conselhos /Federal ou 
Seccional). Tendo por atribuição o desenvolvimento de pesquisa ou formulação 
de pareceres. 
Compete às comissões da OAB organizarem debates sobre temas variados 
entre seus advogados, a sociedade e o estado. Onde são estabelecidas as 
metas de aprimoramento para o campo de atuação da comissão em questão. 
Na OAB-JF as principais comissões são: 
 Comissão de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia 
/CDAP): tendo como atribuição assistir o advogado que esteja 
sofrendo ameaça ou violação de seus direitos. 
 Comissão da Mulher Advogada: visa promover o respeito á mulher, 
combatendo as discriminações de qualquer natureza e incentivando 
a participação da mulher advogada nas decisões da OAB e demais 
órgãos de natureza jurídica. 
 Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência: a OAB 
zela pela observância dos direitos relacionados com essas pessoas. 
 Comissão de Advocacia Pública: estuda e propõe medidas para 
melhorar as condições de trabalho, remuneração e exercício 
profissional do advogado. 
 
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2.4. DESAFIOS ENCONTRADOS PELA OAB EM 
RELAÇÃO À ATUAÇÃO E OS DIREITOS DOS 
PROFISSIONAIS LIGADOS A ELA 
 
Os principais desafios que a OAB vem encontrando com relação a seus 
advogados estão relacionados com a pratica de infrações disciplinares e com o 
descumprimento das normas inscritas na lei 8.906/94. O advogado que usar de 
condutas dotadas de má fé pode vir a sofrer uma censura, suspenção, exclusão 
ou multa dependendo do tipo de infração ou sansão disciplinar cometida. O 
Art.34 disciplinas quais são essas condutas. 
O advogado que faz o exercício da profissão quando impedido de fazê-la, 
aquele que usufrui de agenciador de causas mediante participação nos 
honorários a receber ou ainda, aqueles profissionais que contrariam os 
interesses do representado, são alguns tipos de irregularidades cometidos por 
advogados e que a OAB tem a obrigação de punir. Há ainda, profissionais que 
se relacionam com empresas e elas trazem clientes para eles, o que torna a 
empresa uma agenciadora de causas. O ato de captar causas é irregular e 
acomete a uma censura. 
A OAB tem como uma de suas maiores preocupações o locupletamento, 
que é quando o advogado fica com o dinheiro que pertence a seu cliente. Essa 
conduta gera de imediato a pena de suspensão. 
Dispostos no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, 
juntamente com os deveres dos advogados, estão os seus direitos, ou melhor, 
as prerrogativas deles, mais precisamente nos Artigos 6º e 7º. Essas 
prerrogativas são as garantias fundamentais do profissional do direito, previstas 
em lei e criadas para assegurar o direito de ampla defesa enquanto 
representante dos interesses de seus clientes. Exercer, livremente, a profissão 
em todo o território nacional, receber tratamento á altura dignidade da advocacia, 
estar frente a frente com o seu cliente, mesmo quando se tratar de um preso 
incomunicável, são algumas das prerrogativas dispostas na lei. 
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Os advogados se queixam, frequentemente, do impedimento de acesso 
aos autos de um processo e da comunicação com o cliente e a lei 8.906/94 tem 
o dever de garantir que essas prerrogativas sejam cumpridas devidamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. RELACIONAMENTO COM OS PROFISSIONAIS 
 
A Ordem dos Advogados do Brasil tem a função de representar e defender 
a classe de advogados em todo o território nacional. Também é responsabilidade 
da OAB aplicar o exame da Ordem para os acadêmicos em Direito e conceder, 
aos profissionais que possuem seus nomes no seu quadro de inscritos, o título 
de advogado por meio da carteira de advocacia. 
A OAB é uma entidade federativa, dotada de personalidade jurídica que 
possui a sua organização disposta na lei nº 8.906/94 / Estatuto da Advocacia e 
a Ordem dos Advogados do Brasil). 
O Artigo 44 do Estatuto dita que as finalidades da Ordem dos Advogados 
do Brasil são: 
I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de 
direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa 
aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo 
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; 
II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção 
e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do 
Brasil. 
 
3.1. CANAIS DE ACESSO DOS ADVOGADOS 
 
A instituição fornece diversos canais de acesso aos advogados, dentre os 
quais está o site da OAB que disponibiliza diversas informações, tais como 
notícias e eventos realizados por ela. O site também apresenta outros meios que 
são utilizados para facilitar o atendimento ao advogado, como por exemplo, 
mandar e-mails através do “Entre em contato” e do “Fale com o presidente”, a 
disponibilização dos telefones para contato e o endereço da sede, onde é 
possível receber atendimento presencial. O site ainda disponibiliza a ouvidoria, 
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que foi criada para receber reclamações, denúncias sugestões e elogios sobre 
a sua atuação e serviços prestados. 
As redes sociais e o aplicativo “OAB-JF” são outros tipos de canais de 
acesso do advogado a instituição. 
 
3.2. COMO A INSTITUIÇÃO TRATA OS DADOS SOBRE 
RECLAMAÇÕES, SUGESTÕES E SOLICITAÇÕES 
APRESENTADAS 
 
A subseção elaborou uma Ouvidoria Geral, um canal de comunicação para 
receber reclamações, denúncias, sugestões e elogios sobre serviços presados 
pela mesma. É um mecanismo eficiente de participação e aferição de serviços 
prestados pela instituição à sociedade em geral e aos seus inscritos, visando 
colaborar para seu aperfeiçoamento, transparência e eficiência. 
As manifestações são protegidas com sigilo e devem ser necessariamente 
identificadas, obedecendo o comando legal do artigo 5°, inciso IV da Constituição 
Federal. Deve constar as seguintes informações: 
 l- Qualificação do manifestante; 
II- Endereço completo; 
III- Meios disponível para contato (e-mail e telefone); 
IV- Informação sobre o fato e sua autoria; 
IV- Indicação das provas que tenha conhecimento, se for o caso; 
V- Data e assinatura do manifestante, exceto em hipótese da mensagem 
eletrônica, valendo, nesse caso, a identificação do seu endereço 
eletrônico pessoal. 
 
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3.3. REQUISITOS EXIGIDOS AOS ADVOGADOS PARA SE 
INSCREVEREM JUNTO A OAB 
 
De acordo com a EAOAB - Lei nº 8.906 de 04 de Julho de 1994, os 
requisitos exigidos dos advogados para se inscreverem junto à instituição, 
dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil 
(OAB). Para inscrição como advogado é necessário: 
 a) capacidade civil; 
 b) diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de 
ensino oficialmente autorizada e credenciada; 
 c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
 d) aprovação em Exame de Ordem; 
 e) não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
 f) idoneidade moral; 
 g) prestar compromisso perante o conselho. 
 
3.4. PONTOS FORTES E FRACOS DA OAB 
 
Podemos citar como pontos fortes da OAB, que mais de 70% da população 
confia na instituição, sendo considerada uma das entidades mais respeitadas 
pela sociedade, de maior credibilidade. Além disso, um outro ponto forte a ser 
citado é que a OAB tem finalidade defender a Constituição, a ordem jurídica do 
Estado, os direitos em gerais, para tanto é assegurada a ela independência 
absoluta, não sofrendo influências negativas de outras entidades. A OAB não é 
de alguns advogados, ela é de todos os advogados, possuindouma força 
perante a sociedade e a todas as outras instituições, se tornando uma forte 
concorrente. 
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O ponto fraco que podemos considerar relacionado a OAB, é por ser uma 
Instituição sem fins lucrativos ela é mantida por seus inscritos, que contribuem 
com a anuidade, que é a principal receita que a instituição recebe, dependendo 
então dessas anuidades principalmente, para se manter financeiramente. 
 
3.5. FERRAMENTAS UTILIZADAS 
 
A OAB Juiz de Fora, no dia 25 de setembro, lançou um aplicativo, 
facilitando o dia a dia dos advogados desta subseção e também um site 
institucional mais interativo e moderno. 
No aplicativo, contém diversas ferramentas como as notícias publicadas no 
novo site, a agenda de cursos e palestras das comissões e da Escola Superior 
de Advocacia (ESA), a lista de convênios, o Agendamento do Sistema Prisional, 
assim como do Escritório Compartilhado, e o Canal de Prerrogativas. 
 
3.6. PRINCIPAIS DESAFIOS DA INSTIUIÇÃO EM 
RELAÇÃO AOS ADVOGADOS 
 
A OAB vem enfrentando ao longo dos anos, diversas dificuldades, 
principalmente no que diz respeito a fiscalização. A fraude é muito presente e 
atitudes mais drásticas tem que ser tomadas no sentido de inibir as práticas 
inadequadas do exercício da advocacia, como propagandas e publicidades 
irregulares, praticadas por escritórios. 
Atualmente existem muitas faculdades de Direito, aumentando a 
concorrência no exercício dessa profissão, são milhares de Bacharéis em Direito 
aprovados no exame da Ordem. Além da forte concorrência, podemos citar a 
instabilidade financeira desses profissionais, em decorrer do exercício da 
Advocacia, isso porque os advogados, dependem de conquistar clientes mês 
após mês, além do aluguel de sala, anuidade da OAB, despesas básicas caso 
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um advogado decida ter seu próprio escritório. Outra questão que podemos citar 
é que como a OAB, proíbe a captação de clientes, nos termos de seu Código de 
Ética, para os advogados que estão começando sua carreira é muito difícil 
conquistar clientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. ANÁLISE E CONCLUSÃO 
 
 
De acordo com o Estatuto, o advogado se dá por: 
 Do exercício da advocacia: A atividade de advocacia é exercida com 
observância da Lei nº 8.906/94 do Estatuto, do Regulamento Geral, 
do Código de Ética e Disciplina e dos Provimentos. 
 O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve 
resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que 
os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes. 
 
 De acordo com o Estatuto, o estagiário se dá por: 
 Do exercício do estágio: O estágio profissional de advocacia, 
inclusive para graduados, é requisito necessário à inscrição no 
quadro de estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem 
prática. O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela 
instituição de ensino superior autorizada e credenciada, em 
convênio com a OAB, complementando-se a carga horária do 
estágio curricular supervisionado com atividades práticas típicas de 
advogado e de estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina, 
observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas, 
distribuído em dois ou mais anos. 
As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de 
convênio com a OAB, são práticas exclusivamente, as rotinas processuais, 
a assistência e a atuação em audiências e sessões, as visitas a órgãos 
judiciários, a prestação de serviços jurídicos e as técnicas de negociação 
coletiva, de arbitragem e de conciliação. 
 
 
4.1. CONCLUSÃO 
 
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A OAB é a voz da sociedade civil brasileira, é uma instituição que se 
submete às leis do país e a todas as instâncias de controle e fiscalização que o 
Estado dispõe para aferir e cobrar seu cumprimento: Polícia, Justiça, Receita 
Federal etc., tornando-se um ente do Estado. É instituição da sociedade civil, a 
Casa do Advogado. A Ordem exerce concomitantemente uma função 
corporativa, promovendo a representação, a defesa, à seleção e a disciplina dos 
advogados em toda a República com exclusividade. Segundo artigo 44 do 
Regulamento Geral da Advocacia, tais finalidades (incluindo a defesa da ordem 
jurídica) são cumpridas de modo integrado, pelos conselhos federal e seccionais 
e pelas subseções, observadas suas competências específicas, e a 
exclusividades da representação dos advogados pela OAB, prevista no artigo 
44, II, do Estatuto não afasta a competência própria dos sindicatos e associações 
sindicais de advogados, quanto a defesa de direitos peculiares da relação de 
trabalho profissional empregado. 
Justamente por possuir o dever de gerenciar a classe da advocacia, atribui 
o artigo 46 do Estatuto, à Ordem o poder de fixar e cobrar, de seus inscritos, 
contribuições, preços por serviços diversos e multas resultantes de processo 
disciplinar regular; para facilitar sua execução, o parágrafo único da norma 
dispõe constituir título executivo extrajudicial a certidão da existência de débito 
passada pela diretoria do conselho competente. 
Por fim, é interessante destacar que em várias Conferências Nacionais, a 
OAB consolidou seu compromisso com a promoção da justiça social, elevada a 
uma de suas finalidades explícitas. A Constituição de 1988 elevou-se a objetivo 
fundamental da República (art. 3º) e a princípio reitor da atividade econômica 
(art.170). Cabe à OAB e aos advogados brasileiros contribuírem para essa 
grandiosa tarefa, de defender a todos, na medida de suas possibilidades. 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
CAA – Vanguarda. “O público-alvo é a advocacia em geral” _ disponível em: < 
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