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LFG – Polícia Federal
Prof. Edmo Menini
Microeconomia – Aula 1
Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 1
Agente e Escrivão da Polícia Federal
AULA 1
MICROECONOMIA
CONCEITOS BÁSICOS
Custo de Oportunidade
Curva de Possibilidades de Produção
Demanda
Classificação de Bens
Elasticidade
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ECONOMIA
Grécia Antiga – OIKOS (casa), NOMOS
(norma, lei) – Administração da casa, 
patrimônio particular
ECONOMIA POLÍTICA
Forma de administração das POLISPOLIS, 
cidades-Estado
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ECONOMIA APLICADA
ECONOMIA DOS PAÍSES APRESENTAM 
DIFERENTES CARACTERÍSTICAS
OS RECURSOS DE CADA 
ECONOMIA SÃO 
LIMITADOS
ÉÉ NECESSNECESSÁÁRIO FAZER ESCOLHASRIO FAZER ESCOLHAS
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Definição de Economia
“Ciência da escassez ou das escolhas”
(Mendes,2004)
“O estudo das escolhas feitas por pessoas 
quando existe escassez, ou seja, quando 
existem limites ao que os indivíduos 
podem obter.” (O’Sullivan, 2004)
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DUAS FORMAS DE 
INTERPRETAR
• A PARTIR DA 
TEORIA DE ADAM 
SMITH:
“MÃO INVISÍVEL”
O MERCADO 
RESPONDERÁ ÀS 
PERGUNTAS.
• A PARTIR DA 
FORMAÇÃO DOS 
ESTADOS:
“A FORÇA DO GOVERNO”
LIVRE-CONCORRÊNCIA X INTERVENÇÃO ESTATAL
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SITUAÇÃO NO MUNDO REAL
ECONOMIA LIVRE:
A ESCOLHA É
FEITA PELO 
MERCADO
ECONOMIA 
CONTROLADA:
AS DECISÕES SÃO 
TOMADAS PELO 
GOVERNO
ECONOMIA MISTA
Governo e Mercado compartilham a decisão 
O QUE? COMO? PARA QUEM?
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Microeconomia – Aula 1
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Como responder ao problema 
fundamental econômico?
• Solução de mercado: “nenhum indivíduo, ou 
organização, ou governo é responsável pela solução 
de problemas econômicos em uma economia de 
mercado” (Samuelson, 2004, pg. 21)
• O que é uma economia de mercado? Mecanismo 
natural (mão invisível) que coordena a produção, o 
consumo, a distribuição e a precificação entre 
consumidores e produtores.
• Como funciona? Pelo equilíbrio de mercado dado 
pelo sistema de preços entre bens adquiridos e 
ofertados em uma economia.
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Como responder ao problema 
fundamental econômico?
• O que produzir? 
Resposta dada pelo lado do consumo. Decisões 
dos consumidores diariamente ao demandarem 
bens. Os produtores se fiam nestas decisões 
para orientar os produtos a serem ofertados ao 
mercado procurando gerar maiores lucros.
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Como responder ao problema 
fundamental econômico?
• Como produzir? 
Mecanismo de concorrência entre os produtores 
na busca por equipararem aos preços da 
concorrência – custo mínimo, lucro máximo!
• Para quem produzir?
Dada em função dos fatores de produção ou 
preços dos fatores (salários, juros, aluguéis e 
lucros) = renda de mercado.
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SITUAÇÃO NO MUNDO REAL
• Microeconomia: estuda o comportamento de 
consumidores e produtores e o mercado no qual 
interagem. Objeto de estudo é a formação dos preços 
e quantidades ofertadas em mercados específicos.
• Macroeconomia: estuda comportamento dos grandes 
agregados, como PIB, consumo nacional, 
investimento, exportações, importações e nível geral 
de preços.
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METODOLOGIA 
MICROECONOMIA
• Teoria da Demanda: teoria do consumidor 
(demanda individual) e demanda de mercado.
• Teoria da Oferta: oferta individual (teoria da 
produção e teoria dos custos de produção) e oferta 
de mercado.
• Estruturas de Mercado: mercado de bens e 
serviços e mercado de fatores de produção.
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Cabeça de Economista
Administração da casa
Ir ao supermercado: fazer compras
Sabão em pó
Marca x “genérico”
ESCOLHER
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Cabeça de Economista
“O relógio não pára”
Como fazer tudo???
PROBLEMA FUNDAMENTAL:
ESCASSEZ de Tempo ou Renda
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Conceito de Restrições ou Limitações
Construindo um conjunto de oportunidades
Restrição de Tempo: Dia com 24 horas
Horas estudadas x Horas demais atividades
Restrição Orçamentária: R$10,00
$ para compra de material escolar –
Lápis preto = R$0,50; Caneta azul = R$1,00
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Restrição Orçamentária
Material Escolar
• Recurso disponível: R$10,00
• Custo do lápis preto: R$0,50/unidade
• Custo da caneta azul: 
R$1,00/unidade
• Tabela mostra o conjunto de 
oportunidades ou as possíveis 
escolhas
• Se gastar os dez reais em lápis preto 
terá 20 unidades;
• Se gastar os dez reais com caneta 
azul terá 10 unidades.
• Quais as opções intermediárias?
Lápis 
Preto
Caneta 
Azul
0 10
4 8
8 6
12 4
20 0
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Restrição Orçamentária
Disponível para material escolar: R$10,00
Conjunto de oportunidades
Lápis preto x Caneta azul
0
2
4
6
8
10
0 5 10 15 20
Lápis preto
Caneta azul
Restrição 
Orçamentária
A
C
B
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Conjunto de oportunidades
Ponto A: Não se utiliza todo o recurso 
disponível;
Ponto B: Pleno emprego do recurso disponível –
inclusive em qualquer ponto ao longo 
da reta.
Ponto C: Por definição, se situa fora de nossas 
possibilidades.
Restrição Orçamentária
Análise da Figura
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• Comprar uma caneta por R$1,00, 
significa “perder” dois lápis ao preço de 
R0,50.
• O custo de oportunidade de uma caneta 
corresponde a dois lápis que deixo de 
comprar.
• Por isso a reta é negativamente inclinada: 
o aumento de um somente ocorre às 
expensas do outro; 
CUSTO DE 
OPORTUNIDADE
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• Na questão dos estudos com o dia limitado a 
24 horas: estudar uma hora a mais por dia, que 
uso para responder emails, faz com que eu 
acerte três questões em um concurso;
• Neste caso não há desembolso monetário pela 
escolha realizada, por isso o custo de 
oportunidade é também denominado de 
CUSTO ALTERNATIVO ou CUSTO 
IMPLÍCITO. 
CUSTO DE 
OPORTUNIDADE
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CUSTO DE 
OPORTUNIDADE
Preparar para um concurso
• Parcelas pagas e livros (12x2) R$24.000/ano
• Custo de oportunidade do preparatório para 
concurso (12x4) R$48.000/ano
• Custo de oportunidade total R$72.000/ano
Alimento e moradia incidem sobre ambos.
Todavia se exigir deslocamento deve constar!
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Cabeça de Economista
Processo de escolha
Ir ao cinema x Estudar na biblioteca
“Ao escolher alguma coisa, implica em ter 
menos de outra”
TRADE-OFF
Parâmetro Limitador: TEMPO
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Cabeça de Economista
TRADE-OFF
“A limitação de tempo ou renda nos 
conduz ao processo de escolha”
Lei da física: “dois corpos não ocupam o 
mesmo espaço de tempo”
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Princípio do Custo de Oportunidade
• Incorpora o conceito de trade-off em 
ambiente de escassez de recursos
• “ganhos” e “perdas”
“O custo de oportunidade de algo consiste no 
sacrifício de obtê-lo” (Sullivan,2004)
• “Não existe almoço grátis” – sempre há um 
custo associado 
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(UnB/CESPE/2003/CACD)
( ) Quando as datas do concurso de admissão 
à carreira de diplomata coincidem com 
aquelas do concurso para assessor legislativo, 
o custo de oportunidade de fazer a segunda 
seleção aumenta substancialmente para os 
candidatos que tencionam submeter-se aosdois certames.
QUESTÃO Nº 1
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Curva de Possibilidades de 
Produção (CPP)
• Decidir o que produzir em função das 
combinações de produtos possíveis, com os 
recursos disponíveis:
• CPP mostra as opções de produção para 
uma economia;
• CPP ilustra o princípio do custo de 
oportunidade para toda a economia
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Curva de Possibilidades de 
Produção (CPP)
Curva de Possibilidades de Produção
0
2
4
6
8
10
12
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Canhões (mil unidades)
M
a
n
te
ig
a
(m
il 
to
n
)
C
A
B
D
E
• “A cada aumento na 
produção de canhões, a 
redução na quantidade de 
manteiga se torna maior. 
É por isso que a curva de 
possibilidades de 
produção é côncava.”
(STIGLITZ, 2003)
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Curva de Possibilidades de 
Produção (CPP)
• Trade-off entre ponto D e C
• O trecho da CPP composta pelos extremos A e F é o 
limite máximo das possibilidades de produção para 
uma economia que escolhe entre produzir canhões ou 
manteiga;
• Ao longo da curva a economia está em pleno 
emprego dos recursos disponíveis (terra, mão-de-
obra, capital).
• Custo de oportunidade, o trade-off, entre o ponto C
para o ponto D (aumento de produção de 6 mil 
toneladas para 8 mil toneladas de manteiga), significa 
um sacrífico (custo de oportunidade) de 2.000 
unidades de canhões. Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 28
Curva de Possibilidades de 
Produção (CPP)
• A região abaixo da CPP
• Se escolhido um ponto abaixo da CPP, interno 
a fronteira de produção, a sociedade não está
utilizando todos os seus recursos produtivos 
disponíveis – não há pleno emprego dos 
fatores de produção! Não havendo pleno 
emprego dos recursos não será necessário 
nenhuma abdicação da produção de um bem, 
tanto para aumentar um único ou mesmo os 
dois bens – custo de oportunidade é zero.
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Curva de Possibilidades de 
Produção (CPP)
• A região acima da CPP
• Acima da fronteira de produção não é possível 
identificar uma combinação de produção porque a 
economia não tem recursos suficiente para ultrapassar 
o limite ora estabelecido. Todavia, é possível atingir 
um ponto fora ou acima do pleno emprego? A 
resposta é sim! 
• Como?
• Alterando-se os recursos disponíveis ao longo do 
tempo.
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Nova CPP para uma 
economia
canhões
m
an
te
ig
a
canhões
m
an
te
ig
a
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Como definir o ponto sobre a 
Curva de Possibilidades de 
Produção?
1) Preferências do consumidor. Dirigem o uso dos 
recursos da sociedade, definindo o ponto na CPP. 
Todavia, não operam sozinhos para definir QUAIS 
bens e serviços a serem produzidos. Parâmetro 
limitador. 
2) Recursos e tecnologia. São parâmetros limitadores 
ao poder de compra do consumidor. Decisões de 
custo e oferta em equilíbrio com a demanda do 
consumidor ajudam a determinar o que será
produzido.
31 Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 32
(Agente PF/2004)
(...) A noção de custo de 
oportunidade, 
subjacente à curva de 
possibilidades de 
produção, relaciona-
se, estreitamente, com 
o conceito de
escassez. 
QUESTÃO Nº 2
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(Agente PF/2004)
(...) O binômio 
escassez/escolha, que 
permeia o problema 
econômico correlato, ocorre 
somente quando, dentro do 
processo produtivo, não 
existe possibilidade de 
substituição entre insumos.
QUESTÃO Nº 3
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(2004 CACD)
( ) A redução do imposto 
sobre operações financeiras 
(IOF), ao incentivar a 
poupança, contribui para 
deslocar, para cima e para 
a direita, a fronteira de 
possibilidades de produção 
da economia.
QUESTÃO Nº 4
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DEMANDA
Teoria da Demanda
• Estudo do comportamento de um consumidor 
(es) com relação a determinado bem (ou 
serviço).
“é a quantidade do bem considerado que um 
consumidor está disposto a adquirir no 
mercado, aos diversos níveis de preços”.
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DEMANDA (Dx)
Determinantes:
a) preço do bem: PX
b) renda dos consumidores: y
c) preço de outros bens: Po
d) gosto do consumidor: g
e) população: β
Dx = f (Px, y, Po, g, β, etc )
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DEMANDA (Dx)
Como estudar a Demanda?
a) Como o resultado da ação conjunta ou 
combinada de todos os seus determinantes 
(variáveis): (Px, y, Po, g, β)
b) Isolando-se uma das variáveis das demais 
para estudar seu efeito sobre a demanda do 
consumidor – hipótese do “coeteris
paribus”
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DEMANDA (Dx)
Como estudar a Demanda graficamente?
a) Eixo horizontal: mostra as quantidades do 
produto (qx) em relação a uma unidade de 
tempo (t) pré-determinada.
b) Eixo vertical: mostra os valores monetários 
divididos pelas quantidades demandadas, 
que permitem analisar um valor referente ao 
preço (p).
38
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ESTUDO PARA UM 
PRODUTO X QUALQUER
Para um determinado 
instante de tempo (t0), 
onde o preço é p0 e a 
quantidade demandada 
é q0 podemos definir o 
ponto A pela 
interseção das 
projeções paralelas 
aos eixos horizontal e 
vertical
$/(q)
qx/t
p0
q0
A
DEMANDA (Dx)
Análise Gráfica para t0
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DEMANDA (Dx)
Como estudar a Demanda graficamente?
Levantamento da amostra
• Análise da demanda individual é feita com base 
em estudo amostral (bairro, região etc)
• Sem alteração no preço, ou nas condições, 
teremos apenas um ponto de demanda.
• Mantidas constantes as demais condições 
(ceteris paribus) e alterando-se o preço do 
produto X, teremos outros pontos de demanda.
40
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DEMANDA (Dx)
Como estudar a Demanda graficamente?
Levantamento da amostra
• Quanto maior for a quantidade de amostras 
efetuadas, maior será a precisão das 
quantidades de demandas.
• Novo instante de tempo (t1), sendo preço neste 
instante (p1) diferente do preço inicial (p0).
• Exemplo de aumento de preço:
p1 > p0 = p0 + ∆p
41 Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 42
DEMANDA (Dx)
Como estudar a Demanda?
c) Exemplo: Preço do bem X é variável da 
demanda. Analisar o impacto da variação do 
preço de X sobre a demanda de X, todos os 
demais determinantes da demanda devem 
permanecer com valores constantes ou 
inalterados – ceteris paribus. 
d) Podemos reescrever a demanda do bem X, em 
função apenas do preço de X
Dx = f (Px), ceteris paribus as demais variáveis
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ESTUDO PARA UM PRODUTO X 
QUALQUER
Novo instante de tempo (t1), 
onde o preço é p1. 
Sendo p1 > p0 = p0 + ∆p
Quantidade demandada será
menor em t1.
Fração Matemática
Quantidade = Renda do 
consumidor no 
numerador e preço no 
denominador.
q = r/p ou p = r/q
$/(q) = p
qx/t
p0
q0
A
DEMANDA (Dx)
Análise Gráfica para t1
Bp1
q1
-∆q
+∆p
Função
Demanda
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Lei da Demanda (D)
“ a quantidade de um bem que se deseja 
comprar, por unidade de tempo, será maior 
quanto menor for o preço, coeteris
paribus”.
Coeteris paribus - todas as variáveis
determinantes da demanda permanecem
constantes, com exceção do preço.
44
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FUNÇÃO DEMANDA (Dx)
Conceito
Mostra as várias quantidades que o consumidor estará
dispostoa adquirir no mercado, de um bem ou serviço, 
sendo conhecido seu preço em determinado período de 
tempo.
Formato matemático: y = b – ax, onde y = preço e x = 
quantidade demandada. “Se x, então y”. 
Questão conceitual: função demanda definida como 
preço em função das quantidades, todavia, em 
economia a variável dependente é a quantidade
porque variam em função dos preços (variável 
independente). É necessário inverter a variável 
dependente da equação fundamental da reta.
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FUNÇÃO DEMANDA (Dx)
Conceito
Formato matemático ajustado: q = a - bp
a = intercepto da função demanda sobre o eixo das 
quantidades, quando preço = zero.
b = coeficiente angular (declividade) da função linear da 
demanda, sempre negativo, salvo exceções da lei da 
demanda, dado pela divisão entre ∆vertical e 
∆horizontal
Função de demanda normal apresenta coeficiente angular 
negativo e é um conceito de máximo = quantidades 
máximas para cada preço que o consumidor poderá
combinar num ponto que estará sobre essa função.
46
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DEMANDA
• O consumidor procura o 
menor preço;
• quantidades e preço são 
inversas.
Px (R$) q/t(Kg/mês)
100 1
80 2
60 3
40 4
20 5
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Função Demanda (Dx)
Px
qx/t
100
20
1 5
Dx
a
Equação
qx = a – bp
b
A
C
B
+∆p
-∆p
+∆q
-∆q
48
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DEMANDA (Dx)
Porque a quantidade demandada tende a cair com o 
aumento do preço?
• Efeito substituição: Aumento no preço de X induz o 
consumidor a procurar por produto substituto. 
• Efeito renda: Aumento no preço de X deixa o 
consumidor um tanto mais pobre do que antes, 
induzindo-o a reduzir o consumo.
49 Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 50
Demanda de Mercado
“é a quantidade do bem considerado que os 
consumidores estão dispostos a adquirir no mercado 
aos diversos níveis de preços - somatória das 
demandas individuais”
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(CESPE/UnB/2006/BASA/NÍVEL SUPERIOR)
Acerca de preferências do consumidor, restrição 
orçamentária e funções de demanda, julgue o(s) 
item(ns) a seguir.
( ) Para se ter uma função de demanda de 
mercado, basta somar todas as 
quantidades e preços das demandas 
individuais.
QUESTÃO Nº5
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Curva de Demanda do bem X
Exemplos utilizados consideram uma Função Linear 
do tipo y = ax + b;
Sendo X um bem perfeitamente divisível – o desejo 
de consumo pode ser realizado em pequenas 
quantidades;
A curva de demanda do bem X é descendente da 
esquerda para a direita;
Logo, a quantidade demandada de X varia 
inversamente ao comportamento do preço de X
DEMANDA DO BEM X É FUNÇÃO INVERSA OU
DECRESCENTE DO SEU PREÇO
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Deslocamento ao longo 
da curva
Variação da quantidade 
demandada
• > Px qtd. de q
• < Px qtd. de q
q/t
Px
q1
P1
q3
P3
q2
P2
Dx
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Deslocamento da 
curva
Variações da demanda
• Preço constante, variação por 
outros motivos.
q/t
Px
D1
q1
P
D3
q3
D2
q2
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Classificação de bens
Dx = f (y) - Renda
1º) Bem Normal: variação no mesmo sentido da renda: 
Se a renda aumenta, a demanda aumenta.
Se a renda diminui, a demanda diminui.
2º) Bem Inferior: variação no sentido oposto ao da 
renda:
Se a renda aumenta, a demanda diminui.
Se a renda diminui, a demanda aumenta.
3º) Bem Estável: não há variação com a renda.
Se a renda aumenta ou diminui, a demanda fica inalterada.
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Classificação de bens
Dx = f (Po) – Preço de outros bens
Variação do preço de um bem sobre a demanda de 
outro bem. 
1º) Bens Concorrentes, Substitutos ou Sucedâneos: o 
aumento no preço de um bem, ocorre um aumento na demanda 
do outro e vice-versa. Manteiga e Margarina.
2º) Bens Complementares: o aumento no preço de um bem, 
ocorre uma diminuição na demanda do outro e vice-versa. Café
e açúcar.
3º) Bens Independentes: o aumento no preço de um bem não 
altera a demanda do outro e vice-versa. Óculos e automóvel.
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Exceções à Lei da Demanda na 
Classificação de bens
1º) Bens de Giffen: bens de baixo valor, mas de 
grande peso no orçamento doméstico – pão, 
batata etc..
Elevação de preço, Eleva o consumo! 
2º) Bens de Veblen: bens de luxo e ostentação.
Elevação de preço, Eleva o consumo!
Curvas positivamente inclinadas – ascendente da 
esquerda para a direita.
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QUESTÃO Nº 6
(ESAF/MJ/2000/AGENTE PF)
Utilizando os conceitos básicos da teoria 
microeconômica, julgue os itens seguintes.
( ) Supondo-se que a expansão do efetivo policial 
conduza a um aumento da necessidade de 
melhor equipá-lo, por exemplo, com 
armamentos e viaturas, então as exigências em 
termos de pessoal e equipamentos são bens 
substitutos no que diz respeito à provisão dos 
serviços de segurança pública.
58
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QUESTÃO Nº 7
(ESAF/MJ/2000/AGENTE PF)
Utilizando os conceitos básicos da teoria 
microeconômica, julgue os itens seguintes.
( ) Análises da demanda de farinha de 
mandioca, no Brasil, indicam que uma 
expansão da renda dos consumidores reduz a 
demanda por esse produto. Caso essas análises 
estejam corretas, então a farinha de mandioca 
é um bem inferior.
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QUESTÃO Nº 8
(CESPE/UnB/2008/TJCE/ 
ANALISTA JUDICIÁRIO/ECONOMIA)
A microeconomia estuda o comportamento individual dos 
agentes econômicos e, por isso, constitui um sólido 
fundamento à análise dos agregados econômicos. A 
esse respeito, julgue os itens a seguir.
( ) A preocupação crescente com o meio 
ambiente tem conduzido ao uso de energias 
cada vez mais limpas e à redução da demanda 
de petróleo, o que provoca um deslocamento ao 
longo da curva de demanda por esse 
combustível.
60
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Microeconomia – Aula 1
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Resumo de Deslocamento 
da Curva de Demanda
para a direita
• Aumento da renda do 
consumidor;
• Aumento no preço dos bens 
substitutos;
• Redução no preço dos bens 
complementares;
• Aumento na preferência pelo 
bem.
• Aumento da população
• Expectativa de maior preço no 
futuro.
P
q/t
Do
D1
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Resumo de Deslocamento 
da Curva de Demanda
para a esquerda
• Redução na renda do 
consumidor;
• Redução no preço dos 
bens substitutos;
• Aumento no preço dos 
bens complementares;
• Redução na preferência 
pelo bem;
• Redução da população;
• Expectativa de menor 
preço no futuro.
P
q/t
Do
D1
62
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Conceito de ELASTICIDADE
Estudo que mede a reação 
(sensibilidade) dos consumidores face a 
alteração das variáveis que afetam sua 
decisão de consumir.
1) Elasticidade-preço da demanda (ep)
2) Elasticidade-renda da demanda (ey)
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Elasticidade-preço da 
demanda
Preço da Demanda (ep): 
mede a intensidade da 
reação dos consumidores 
de um determinado bem 
quando varia o preço do 
próprio bem. 
ep = variação % da 
quantidade demandada 
dividida pela variação % 
do preço do próprio bem.
Coeficiente negativo, 
representado em módulo.
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Conceito de ELASTICIDADE
A análise da demanda, 
para fins de estudo, da 
medida de reação dos 
consumidores quando 
passam de um pontoa 
outro da função de 
demanda utiliza o 
conceito de elasticidade 
no arco, ou método do 
ponto médio.
q1 q2
P1
P2
q/t
P
D
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Tipos de Elasticidade-
preço da Demanda
a) Elástica: ep
∆ % q > ∆ % p .: ep > 1
“reação forte dos consumidores, 
sensível a variação de preços”
q/tq2q1
P2
P1
P
D
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Tipos de Elasticidade-
preço da Demanda
b) Inelástica
∆ % q < ∆ % p .: ep < 1
“reação fraca dos consumidores”
q1q2
P1
P2
q/t
P
D
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Tipos de Elasticidade-
preço da Demanda
c) Unitária: Hipérbole 
retangular
∆ % q = ∆ % p .: ep = 1
q2q1
P2
P1
q/t
P
D
Prof. Edmo Menini - Polícia Federal 69
Demanda Linear e 
Elasticidade-preço da 
Demanda (ep)
ep = ∞
q/t
P
“ep” diminui à medida que nos movemos para baixo,
ao longo de uma curva de demanda linear
ep > 1
ep < 1
ep = 0
ep = 1
A
B
C
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ELASTICIDADE X 
INCLINAÇÃO DA RETA
Inclinação da reta e elasticidade não são a mesma 
coisa.
Na figura, percebe-se que TODOS os pontos ao 
longo da reta tem a mesma inclinação, porém 
com valores de elasticidade-preço da demanda 
diferentes.
Somente nos casos extremos (curvas verticais ou 
horizontais) é possível aceitar tal premissa.
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QUESTÃO Nº 9
(UnB/CESPE/2010/CACD)
A análise das demandas individual e de mercado 
constitui um dos pilares da teoria microeconômica. 
Acerca desse assunto, julgue C ou E.
( ) Campanhas publicitárias bem-sucedidas, além 
de deslocarem, para cima e para a direita, a 
curva de demanda de mercado do produto 
anunciado, contribuem, quando promovem a 
fidelização do cliente, para tornar essa curva 
mais preço-inelástica.
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GABARITO DAS QUESTÕES
1. CERTA
2. CERTA
3. ERRADA
4. CERTA
5. ERRADA
6. ERRADA
7. CERTA
8. ERRADA
9. CERTA

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