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Universidade Federal do Ceará Departamento de Fitotecnia AC0496 – Fitopatologia II Profa. Dra. Carmen Dolores Gonzaga Santos Danilo Domingos Fonseca Teófilo Luiza Letícia Mendonça Maciel Análise da presença de vírus em alho semente da segunda e quarta gerações, produzidos por termoterapia e cultura de tecido. Autores: Milena Leite de Oliveira, João Paulo Calore Nardini, Bruno Rossito De Marchi, Tatiana Mituti, Daiana Bampi, Marcelo Agenor Pavan, Renate Krause-Sakate. ALHO (Allium sativum L.) Família Alliaceae; Origem Asiática; Condições ideiais; Reprodução assexuada; Importância da cultura. 2 Cenário mundial: CHINA: 90% da produção Brasil é o 10º maior produtor (FAO 2013) e o 3º maior importador; Importações: China e Argentina Cenário brasileiro: ALHO (Allium sativum L.) IBGE 2015 3 AS VIROSES No Brasil, 7 espécies relatadas pertencentes aos gêneros: Allexivirus, Potyvirus e Carlavirus (FAJARDO et al., 2001; MELO FILHO et al., 2006; MITUTI et al., 2011) Degenerescência do alho-semente, causando a queda gradativa do vigor vegetativo, do potencial produtivo e da qualidade dos bulbos ao longo das gerações de cultivo (FERNANDES et. al, 2013) 4 OS VÍRUS Família Potyviridae; Partícula alongada flexível; RNA fita simples; Causam reduções na massa e no perímetro de bulbos, que se acentuam quando associados a outras espécies virais (Takaichi et al., 2001) POTYVIRUS - Onion yellow dwarf virus (OYDV) - Leek yellow stripe virus (LYSV) 5 OS VÍRUS Família Betaflexiviridae; Partícula alongada flexível; RNA fita simples; Isoladamente, são considerados de pouca importância econômica. (Dovas et al., 2001) CARLAVIRUS - Garlic common latent virus (GarCLV) - Shallot latent virus (SLV) 6 OS VÍRUS Família Alphaflexiviridae; Partícula alongada flexível; RNA fita simples; Hospedeiros naturais restritos às espécies do gênero Allium; Causam danos maiores à produção do alho quando infectam em combinação com Potyvirus (Takaichi et al., 2001). ALLEXIVIRUS - Garlic miteborne filamentous virus (GarMbFV) - Garlic virus C (GarV-C) - Garlic virus D (GarV-D) 7 MOSAICO 8 Disseminação virótica Propagação vegetativa dos bulbilhos 9 DISSEMINAÇÃO VIRÓTICA Pulgões Carlavirus e Potyvirus – Aphis gossypii, Myzus persicae e Neotoxoptera formosana Ácaro Allexivirus – Aceria tulipae; Relação vírus-vetor do tipo não circulativa semi-persistente Relação vírus-vetor do tipo não circulativo não persistente 10 CONTROLE Obter material propagativo sadio; Termoterapia e cultura in vitro; Imergir bulbilhos em acaricida (para A. tulipae); Armadilhas adesivas para monitoramento de pulgões; Armazenamento em boas condições. NÃO HÁ MEDIDAS EFETIVAS DE CONTROLE DE DOENÇAS VIRÓTICAS EM ALHO, SENDO NECESSÁRIAS MEDIDAS PREVENTIVAS E GERAIS DE MANEJO DA CULTURA. (MURASHIGE, T; SKOOG, F., 1962) 11 objetivo Realizar um levantamento criterioso da sanidade vegetal dos alhos produzidos na FCA-UNESP de Botucatu, através da associação de termoterapia e cultura de tecido. 12 Materiais e métodos - OBTENÇÃO DE ALHO LIVRE DE VÍRUS (LV) 1. Termoterapia de bulbilhos 48º a 50ºC/30min; 2. Cultivo in vitro de ápices caulinares em meio sólido Murashige e Skoog + fitorregulador BA 2 mg/L; 3. Microbulbilhos multiplicados em casa de vegetação por 3 anos; 13 Materiais e métodos - OBTENÇÃO DE ALHO LIVRE DE VÍRUS (LV) 4. Folhas de cada planta coletadas para indexação por análises moleculares; 5. Alho-semente LV multiplicado sucessivamente por 2 gerações em condições de telado e campo. Altitude > 1000 m e ausência de plantio comercial próximo; 6. 175 plantas mantidas em CV foram coletadas para extração total de RNA e análise de RT-PCR. 14 Materiais e métodos - OBTENÇÃO DE ALHO LIVRE DE VÍRUS (LV) RT-PCR Reação da Transcriptase Reversa, seguida da Reação em Cadeia da Polimerase. A partir do RNA viral, a enzima RT sintetiza uma cadeia de DNA complementar (cDNA). PCR - Reação enzimática in vitro que amplifica milhares de vezes uma sequência específica de DNA; 15 Materiais e métodos - OBTENÇÃO DE ALHO LIVRE DE VÍRUS (LV) Etapas PCR ALLEXIVIRUS POTYVIRUS CARLAVIRUS CICLOS Desnaturação Anelamento Extensão 40 ciclos 94ºC/40 s 50ºC/50 s 72ºC/40 s 35 ciclos 94ºC/30 s 54ºC/45 s 72ºC/55 s 40 ciclos 94ºC /60 s 50ºC/60 s 72ªC/60 s ELETROFORESE 250bp 800 a 1000bp 360bp 16 Resultados e discussão ano 2010 Bulbos da 2ª geração analisados para a presença dos 3 gêneros estudados: 75 amostras Allexivirus – 6,6% das plantas 33 em telado anti-afídico 42 em casa de vegetação 5 + para Allexivirus 0 para Potyvirus 0 para Carlavirus 17 Resultados e discussão ano 2012 Bulbos da 4ª geração analisados para a presença dos 3 gêneros estudados: 100 amostras 60% para Allexivirus 35% para Potyvirus 0 para Carlavirus Por que houve alta taxa de infecção por Allexivirus e Potyvirus? 18 Bulbilhos após aclimatização não foram selecionados para multiplicação comercial. Seleção para tamanhos do bulbo auxilia na obtenção de bulbos com menores taxas de infecção por vírus. Transmissão e disseminação por A. tulipae armazenamento Condições inadequadas de armazenamento de bulbos: favorecem a proliferação de ácaros, que se desenvolvem sob as escamas dos bulbos e possibilitam a disseminação do vírus. Resultados e discussão ano 2012 19 Resultados e discussão ano 2012 TXi por Potyvirus 4ª geração Escape do processo de limpeza por TT e CT Seleção de bulbos maiores e mais vigorosos menor TXi Utilização de clones assintomáticos selecionados no campo de produção Maior capacidade de aclimatização, maior produtividade e melhor qualidade dos bulbos 20 Resultados e discussão ano 2012 EFICIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO VERBEEK et. al., 1995 21 CONCLUSÃO Método satisfatório na eliminação de vírus. Possibilita escape de Allexivirus e Potyvirus, então é necessária a realização sistemática de testes para a presença dos vírus durante a propagação do alho-semente Termoterapia + seleção positiva para os bulbilhos de maior tamanho; Métodos de armazenamento adequados e uso de fumigantes no alho-semente armazenado evitar transmissão de Allexivirus por A. tulipae; Utilização de inibidores virais para reduzir transmissão viral durante a cultura de tecidos. 22 Dúvidas? 23 extra Tratamento de Termoterapia e Cultura de tecidos vs. Testemunha; 110 dias. https://www.youtube.com/watch?v=yZTN-e4EA3M 24