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FACULDADES
CAMÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercado Capitais 
Versão 1.0 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Maroan Mourad 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1 MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS ........................................................... 5 
1.1 Diferenças Básicas ......................................................................................................... 5 
1.2 Sistema Financeiro Nacional ........................................................................................ 7 
1.3 Conselho Monetário Nacional – CMN ........................................................................ 7 
1.4 Banco Central do Brasil – Bacen ................................................................................. 8 
1.5 Comissão de Valores Mobiliários – CVM ................................................................... 8 
1.6 Bancos Múltiplos ......................................................................................................... 10 
1.7 Bancos Comerciais ...................................................................................................... 11 
1.8 Bancos de Investimento .............................................................................................. 12 
1.9 BM&F & Bovespa ....................................................................................................... 12 
1.10 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários ......................................... 13 
1.11 Sistemas de Liquidação e Custódia (Clearing) ......................................................... 14 
1.12 Papéis Negociados no Mercado Financeiro .............................................................. 17 
1.13 Políticas Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas ................................................... 18 
1.14 Exercícios ..................................................................................................................... 22 
 
2 ECONOMIA E FINANÇAS ....................................................................................... 24 
2.1 PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) ...................................................................... 24 
2.2 SELIC Meta x SELIC Over ....................................................................................... 24 
2.3 CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) ......................................................... 25 
2.4 TR (Taxa Referêncial) ................................................................................................ 25 
2.5 IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ..................................... 26 
2.6 IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) ........................................................... 27 
2.7 Taxa de Câmbio ........................................................................................................... 28 
2.8 Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real .......................................................... 28 
2.9 Capitalização Simples vs Capitalização Composta .................................................. 29 
2.10 Estrutura do Termo da Taxa de Juros ...................................................................... 31 
2.11 Exercícios ..................................................................................................................... 37 
 
3 PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO ........................................................................ 41 
3.1 Liquidez ........................................................................................................................ 41 
3.2 Risco .............................................................................................................................. 42 
3.2.1 Risco de Mercado ................................................................................................ 42 
3.2.2 Risco de Crédito .................................................................................................. 43 
3.2.3 Risco de Liquidez ................................................................................................ 43 
3.2.4 Risco vs Retorno .................................................................................................. 44 
3.3 Exercícios ..................................................................................................................... 45 
 
 
 
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4 MERCADO DE CAPITAIS ....................................................................................... 47 
4.1 Mercado de Renda Fixa vs Renda Variável .............................................................. 49 
4.2 Mercado de Renda Fixa .............................................................................................. 50 
4.2.1 Títulos Pré Fixados Com Cupom ....................................................................... 50 
4.2.2 Títulos Pré Fixados Sem Cupom (valor presente dado) .................................. 50 
4.2.3 Títulos Pré Fixados Sem Cupom (valor futuro dado) ...................................... 50 
4.2.4 Títulos Pós Fixados sem Cupom ........................................................................ 51 
4.2.5 Títulos Pós Fixados com pgto periódico de juros e CM (com Cupom) .......... 51 
4.2.6 Títulos Individuais e Carteiras de Títulos ......................................................... 52 
4.2.7 Exercícios de Títulos ........................................................................................... 54 
4.3 Mercado de Renda Variável ....................................................................................... 56 
4.4 Mercado de Renda Variável – O que são Ações ? .................................................... 57 
4.4.1 Mercado Primário - IPO ..................................................................................... 59 
4.4.2 Mercado Secundário ........................................................................................... 60 
4.4.3 Escola Gráfica ...................................................................................................... 61 
4.4.4 Escola Fundamentalista ...................................................................................... 61 
4.4.5 After Market ........................................................................................................ 62 
4.4.6 Mercado a Vista ................................................................................................... 63 
4.4.7 Risco e Retorno .................................................................................................... 64 
4.4.8 Exercícios por CAPM ......................................................................................... 65 
4.5 Exercícios de Ações ..................................................................................................... 66 
 
5 FUNDOS DE INVESTIMENTOS ............................................................................. 68 
5.1 Fundo de Investimento e Fundo de Investimento em Cotas.................................... 68 
5.2 Modalidades FI e FIC ................................................................................................. 73 
5.2.1 Fundos Abertos .................................................................................................... 73 
5.2.2 Fundos Fechados ................................................................................................. 73 
5.2.3 Fundos Restritos .................................................................................................. 73 
5.2.4 Fundos Exclusivos ............................................................................................... 73 
5.2.5 Investidores Qualificados ................................................................................... 74 
5.3 Principais Características ...........................................................................................74 
5.3.1 Fundos Passivos (Fundo Indexado) ................................................................... 74 
5.3.2 Fundos Ativos ...................................................................................................... 74 
5.3.3 Fundo Alavancado............................................................................................... 75 
5.3.4 Documentação ...................................................................................................... 75 
5.3.5 Marcação A Mercado .......................................................................................... 76 
5.3.6 Carência ............................................................................................................... 77 
5.3.7 Cotas ..................................................................................................................... 77 
5.3.8 Taxa de Administração ....................................................................................... 78 
5.3.9 Taxa de Performance .......................................................................................... 78 
 
 
 
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5.4 Classificação CVM: ..................................................................................................... 79 
5.4.1 Fundo de Curto Prazo ......................................................................................... 79 
5.4.2 Fundos Referenciados ......................................................................................... 79 
5.4.3 Fundos de Renda Fixa......................................................................................... 80 
5.4.4 Fundo Cambial .................................................................................................... 80 
5.4.5 Fundo de Ações .................................................................................................... 80 
5.4.6 Fundos de Divida Externa .................................................................................. 81 
5.4.7 Fundos Multimercados ....................................................................................... 81 
5.4.8 Normas Relativas a Concentração em Créditos Privados ............................... 82 
5.4.9 Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento ........................ 82 
5.5 Tributação .................................................................................................................... 83 
5.5.1 Fundos de Curto Prazo ....................................................................................... 84 
5.5.2 Fundos de Longo Prazo ...................................................................................... 84 
5.5.3 Fundos de Ações .................................................................................................. 85 
5.6 Exercícios ..................................................................................................................... 86 
 
6 OUTROS PRODUTOS DE INVESTIMENTOS ..................................................... 92 
6.1 Ações ............................................................................................................................. 92 
6.2 S.A Aberta x S.A Fechada .......................................................................................... 93 
6.3 Terminologia do Mercado de Ações .......................................................................... 94 
6.4 Direitos e Proventos de Uma Ação ............................................................................. 95 
6.5 Clube de Investimento ................................................................................................ 97 
6.6 Letras Hipotecárias ..................................................................................................... 97 
6.7 CDB – Certificado de Depósito Bancário .................................................................. 98 
6.8 Debêntures ................................................................................................................... 99 
6.9 Notas Promissórias .................................................................................................... 100 
6.10 Títulos Públicos ......................................................................................................... 102 
6.11 Caderneta de Poupança: ........................................................................................... 103 
6.12 Imposto de Renda ...................................................................................................... 104 
6.13 Exercícios ................................................................................................................... 105 
 
7 GLOSSÁRIO ............................................................................................................. 109 
 
8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 121 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS 
 
 
MERCADO FINANCEIRO 
 
O mercado financeiro é o mercado onde os recursos excedentes da economia 
(poupança) são direcionados para o financiamento de empresa e de novos projetos 
(investimento). No mercado financeiro tradicional, o dinheiro depositado em bancos 
por poupadores é utilizado pelas instituições financeiras para financiar alguns setores 
da economia que precisam de recursos. Por essa intermediação, os bancos cobram 
do tomador do empréstimo (no caso as empresas) uma taxa – Spread- a título de 
remuneração, para cobrir seus custos operacionais e o risco da operação. Quanto 
maior for o risco de o banco não receber de volta o dinheiro, maior será o Spread. 
 
 
MERCADO DE CAPITAIS 
 
O mercado de capitais faz parte do mercado financeiro. Nele, os recursos dos 
poupadores são destinados à promoção do desenvolvimento econômico de forma 
direta, isto é de projetos e empresas. É no mercado de capitais que as empresas que 
precisam de recursos conseguem financiamento, por meio da emissão de títulos, 
vendidos diretamente aos poupadores/investidores, sem intermediação bancária. 
Dessa forma os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupança a 
empresas, também sem a intermediação bancária. 
 
 
1.1 Diferenças Básicas 
 
Entre o mercado de capitais e o mercado financeiro tradicional existem duas diferenças 
básicas, que tornam o primeiro mais eficiente do que o segundo: 
 
No mercado de capitais a captação de recursos por empresas é mais barata, pois não 
há necessidade do pagamento da spread aos bancos. O captador recebe os recursos 
diretamente do investidor. O investidor pode vender o titulo no mercado para outro 
investidor e receber de volta seus recursos a qualquer tempo. 
 
No mercado financeiro a captação de recursos por empresas é mais cara, pois há 
necessidade do pagamento de spread aos bancos. O captador recebe os recursos do 
banco e o banco capta os recursos junto aos investidores. O investidor para receber de 
volta seus recursos de vê negociar com o banco onde investiu. 
 
 
 
 
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Para o investidor é vantajoso, pois ele pode desfazer-se do título a qualquer momento, 
o que não seria possível num empréstimo tradicional. Ou seja, se o investidor mudar de 
opinião quanto ao risco de investir em determinada empresa, pode vender os títulos no 
mercado. Essa liquidez (facilidade de compra e venda) reduz o seu risco de perda. 
Assim, o mercado de capitais faz com que o repasse de recursos dos poupadores às 
empresas seja mais interessante para ambas as partes. 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DO MERCADO DE CAPITAIS 
 
O mercado de capitais é fundamental para o crescimento de um país, pois sem ele 
muitos projetos não conseguiriam sair do papel por falta de capital e financiamento. 
Muitas empresas perderiam sua competitividade e dificilmenteconseguiriam 
desenvolver-se. Poucas sobreviveriam num ambiente sem a injeção de capital de 
investidores. 
 
 
 
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1.2 Sistema Financeiro Nacional 
 
Função dos intermediários financeiros e definição de intermediação financeira: 
 
AGENTE SUPERAVITÁRIO > INSTITUIÇÃO FINANCEIRA > AGENTE DEFICITÁRIO 
 
Comentário: O objetivo do Sistema Financeiro é facilitar a transferência de recursos 
entre os agentes superavitários e os agentes deficitários. 
 
 
1.3 Conselho Monetário Nacional – CMN 
 
 
CMN 
BACEN CVM 
INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS 
CAPTADORAS 
DE 
DEPÓSITOS À 
À VISTA 
SISTEMA DE 
LIQUIDAÇÃO 
DE 
CUSTÓDIA 
DEMAIS 
INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS 
AUXILIARES 
FINANCEIROS 
ADMINISTRADORES 
DE RECURSOS DE 
TERCEIROS 
 
Comentário: 
1ª Linha: Órgão Normativo 
2ª Linha: Entidades Supervisoras 
3ª Linha: Operadores 
 
⇒ Órgão Máximo do Sistema Financeiro Nacional 
⇒ Composição: Ministro da Fazenda (Presidente do conselho); Ministro do 
Orçamento, Planejamento e Gestão e o Presidente do Banco Central; 
 
Principais competências da CMN: 
 
1. Autorizar as emissões de Papel Moeda; 
2. Fixar as diretrizes e normas política cambial, inclusive quanto à compra e venda de 
ouro; 
3. Disciplinar o Crédito em todas as modalidades; 
4. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões entre 
outras; 
5. Determinar o Percentual de recolhimento de compulsório; 
6. Regulamentar as operações de redesconto; 
7. Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições 
financeiras que operam no País. 
 
 
 
 
 
 
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1.4 Banco Central do Brasil – Bacen 
 
 
⇒ Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; 
⇒ Diretoria colegiada composta de 8 membros (Presidente + 7 Diretores), 
todos nomeados pelo Presidente da República. Sujeito a aprovação no Senado; 
⇒ Principal órgão executivo do sistema financeiro. Faz cumprir todas as 
determinações do CMN; 
⇒ É por meio do BC que o Governo intervém diretamente no sistema 
financeiro. 
 
Principais atribuições e competências do BACEN: 
 
1. Formular as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as diretrizes do 
Governo Federal; 
2. Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; 
3. Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante; 
4. Emitir papel-moeda; 
5. Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos; 
6. Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-as, se for 
o caso; 
7. Controlar o fluxo de capitais estrangeiros; 
8. Exercer o controle do crédito. 
 
Comentário: Tente memorizar as palavras chaves como: formular, regular, administrar, 
emitir, receber, autorizar, fiscalizar, controlar e exercer. 
 
Lembre-se que o BACEN é quem faz cumprir todas as determinações do CMN. 
 
 
 
1.5 Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
 
• Entidade autárquica, vinculada ao governo através do Ministério da Fazenda. O 
presidente e seus diretores são escolhidos diretamente pelo Presidente da 
República. 
• Órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e 
valores mobiliários; 
• Títulos e Valores Mobiliários: ações, debêntures, bônus de subscrição, e opções 
de compra e venda de mercadorias. 
 
 
 
 
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Objetivos da CVM: 
 
1. Estimular investimentos no mercado acionário; 
2. Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores; 
3. Proteger os titulares contra a emissão fraudulenta, manipulação de preços e 
outros atos ilegais; 
4. Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos 
emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto; 
5. Fortalecer o Mercado de Ações. 
 
Comentário: A CVM é o BACEN do mercado mobiliário (ações, debêntures, fundos de 
investimento entre outros) 
Debênture é um título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia 
faz junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas 
condições constantes da escritura de emissão. 
CVM > FISCALIZA S.A. ABERTA 
CVM > PROTEGE OS ACIONISTAS 
BACEN > FISCALIZA OS BANCOS 
BACEN > PROTEGE OS CLIENTES 
 
 
Delimita os princípios que a indústria de fundos de investimento (administradores e 
gestores) deve adotar, visando a aumentar a qualidade e a disponibilidade de 
informações e a elevar os padrões fiduciários. 
 
• Programa de Certificação Continuada: 
Determina os princípios e regras que devem ser observados pelas instituições 
participantes e pelos profissionais que atuam no mercado financeiro, no que diz 
respeito a sua conduta no desempenho das atividades. 
 
• Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais: 
Define e regulamenta as atividades relacionadas ao serviço de custódia, contabilidade 
e controladoria de ativos e passivos, determinando que as instituições observem um 
conjunto de exigências mínimas superiores às exigidas pela legislação. 
 
• Private Banking ao Mercado Doméstico: 
Define as atividades que caracterizam a prestação do serviço de private banking no 
mercado brasileiro e estabelece requisitos mínimos a serem respeitados pelas 
instituições participantes que atuam neste segmento 
 
 
 
 
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1.6 Bancos Múltiplos 
 
1. Os bancos múltiplos surgiram a fim de racionalizar a administração das 
instituições financeiras. 
 
Carteiras de um banco múltiplo: 
• Comercial; (MONETÁRIA) 
• De Investimentos; 
• De Crédito Imobiliário; 
• De Aceite (financeiras); 
• De Desenvolvimento; (PUBLICO) 
• Leasing. 
 
 
2. Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos 
duas das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de 
investimentos. 
 
3. Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, 
podendo publicar um único balanço. 
 
 
Comentário: Os bancos múltiplos com carteira comercial são considerados instituições 
monetárias. 
 
 
 
 
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1.7 Bancos Comerciais 
 
• São à base do sistema monetário. 
 
• São intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem (captação) e 
os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos 
(aplicação), criando moeda através do efeito multiplicador do crédito. 
 
• O objetivo é fornecer crédito de curto e médio prazos para pessoas físicas, 
comércio, indústria e empresas prestadoras de serviços. 
 
1. Captação de Recursos: 
 - Depósitos à vista: conta corrente ; 
 - Depósitos a prazo: CDB, RDB ; 
 - Recursos de Instituições financeiras oficiais; 
 - recursos externos; 
 - prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação e tarifas e tributos públicos, 
etc. 
 
2. Aplicação de Recursos: 
 - Desconto de Títulos; 
 - Abertura de Crédito Simples em Conta Corrente: Cheques Especiais; 
 - Operações de Crédito Rural, Câmbio e Comércio internacional. 
 
Comentário: Para diminuir a criação de moedas feita pelos bancos comerciais, o 
BACEN utiliza o Depósito Compulsório. 
 
 
 
 
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1.8 Bancos de Investimento 
 
• São instituições criadas para conceder créditos de médio e longo prazo para as 
empresas. 
 
• Tipos de Crédito: 
 
1. Podem manter contas correntes, desde que essas contas não sejam 
remuneradas e não movimentáveis por cheques; (resolução 2.624) 
2. Administração de fundos de investimentos; 
3. Abertura de capital e na subscrição de novas ações de uma empresa. 
4. Capital de Giro; 
5. Capital Fixo (investimentos): sempre acompanhadas de projeto; 
6. Captam recursos através de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos. 
 
Comentário: Com o crescimento do Mercado de Capitais, cada vez mais se tornaimportante a presença dos bancos de Investimento. 
 
 
1.9 BM&F & Bovespa 
 
Empresa criada pelos acionistas da Bovespa Holding S.A. e da Bolsa de Mercadorias & 
Futuros- BM&F S.A., é listada no Novo Mercado depois de obtido o seu registro de 
companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada dia 12 de agosto 
de 2008. 
 
A negociação das ações de sua emissão em bolsa iniciou-se no dia 20 de agosto do 
mesmo ano. 
 
A bolsa opera um elenco completo de negócios com ações, derivativos, commodities, 
balcão e operações estruturadas. 
 
As negociações se dão em pregão eletrônico (Bovespa) e viva voz (BM&F), e via 
internet, com facilidades de homebroker. 
 
A nova companhia é líder na América Latina nos segmentos de ações e derivativos, 
com participação de aproximadamente 80% do volume médio diário negociado com 
ações e mais de US$ 67 bilhões de negócios diários no mercado futuro. 
 
 
 
 
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1.10 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
• Constituídas sob a forma de S.A, dependem da autorização do CVM para 
funcionar; 
• Típicas do mercado acionário, operando na compra, venda e distribuição de 
títulos e valores mobiliários; 
• Operam nas bolsas de valores e de mercadorias; 
• Os investidores não operam diretamente nas bolsas. O investidor abre uma 
conta corrente na corretora, que atua nas bolsas a seu pedido, mediante 
cobrança de comissão (também chamada de corretagem, de onde obtém seus 
ganhos). 
• Uma corretora pode atuar também por conta própria; 
• Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário. 
• Podem Administrar fundos e clubes de Investimento. 
• Podem Intermediar operações de Câmbio 
 
 
O que faz uma Distribuidora? 
Como instituição auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo 
intermediar operações com Títulos e valores mobiliários. Por exemplo: papéis de 
Renda Fixa, Ações, Debêntures, certificados de incentivos fiscais e, ainda, atuar no 
mercado de Commodities, na compra e venda de Ouro e intermediação em Bolsa de 
Mercadorias. 
 
NOVIDADE: Não existe mais diferença na área de atuação entre as CTVM e as DTVM 
desde a decisão conjunta abaixo. 
 
DECISÃO CONJUNTA (BACEN E CVM N°17) – 02/03/2009: 
“As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a 
operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados 
organizados de bolsa de valores.” 
 
Comentário: Graças aos limites operacionais estabelecidos pelas corretoras e 
regulamentados pela CVM, os riscos de falta de solvência e de liquidez são 
minimizados, pois se não existissem esses limites poderiam “quebrar” o sistema 
mobiliário, haja vista que a liquidação financeira no mercado acionário se dá sempre 
em D+3. 
 
 
 
 
 
- 14 - 
 
 
1.11 Sistemas de Liquidação e Custódia (Clearing) 
 
Atribuições e benefícios para o investidor 
 
Principal objetivo de uma clearing house: Mitigar o risco de liquidez 
 
Principais clearing house: 
SELIC: Títulos Públicos Federal (LFT, LTN e NTN) 
CETIP: Títulos Privados (CDB, SWAP) 
CBLC: Ações e Derivativos (Opções, Futuro e Termo) 
 
 
Sistema especial de liquidação e de custódia – Selic 
 
• Sistema informatizado, criado pelo BACEN e pela Associação Nacional das 
Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA, para a concretização das operações 
envolvendo Títulos Públicos (Federais, Estaduais e Municipais); 
 
• Principais títulos: LFT, LTN, NTN-B, NTN-C, NTN-D e NTN-F 
 
• Liquidação dos TPF em D+0; 
 
• Apenas os títulos públicos estaduais e municipais emitidos até janeiro/1992; 
 
• Característica: execução, em tempo real, do registro da operação, e da 
liquidação financeira da transação. 
 
• Principal Vantagem: GARANTIA da validade da transação. 
 
 
Comentário: Não confunda o SELIC com as taxas SELIC que existem no mercado 
(Selic over e Selic Meta). Todos os títulos públicos federais são liquidados e 
custodiados no SELIC. As transações no SELIC se dá em D+0, ou seja, em tempo real. 
 
 
 
 
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1.11.1.1 Câmara de custódia e liquidação – CETIP 
 
• São cerca de 50 diferentes tipos de ativos, incluindo títulos de renda fixa, como 
CDB – Certificado de Depósito Bancário; valores mobiliários, como Debêntures; 
títulos do agronegócio, como a LCA – Letra de Crédito do Agronegócio e a CPR 
– Cédula de Produto Rural; cotas de fundos de investimento abertos e fechados; 
ativos utilizados como moeda de privatização; e Derivativos, como Swap, Termo 
de Moeda e Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio, entre outros 
 
• Semelhante a SELIC, porém envolvendo títulos privados. Os Estaduais e 
Municipais (posteriores a Janeiro/1992) 
 
• Característica: execução, do registro da operação, e da liquidação financeira da 
transação (que se processa em D+1) 
 
 
 
1.11.1.2 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC 
 
A CBLC tem por objeto compensar, liquidar e controlar o risco das obrigações 
decorrentes de operações à vista e de liquidação futura com qualquer espécie 
de valores mobiliários, títulos, direitos e ativos realizadas na Bolsa de Valores de 
São Paulo S.A. (BOVESPA), em outras Bolsas ou outros mercados; 
 
OBS: Lembre-se que os contratos de Swap, apesar de ser um exemplo de 
derivativos, são liquidados no CETIP e não na CBLC como os demais contratos 
de derivativos registrados na bolsa de valores. 
 
 
 
 
- 16 - 
 
 
1.11.1.3 Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB 
 
• Sistema de Pagamentos é o conjunto de regras, sistemas e mecanismos 
utilizados para 
 
• transferir recursos e liquidar operações financeiras entre empresas, governos e 
pessoas físicas. 
 
• Anteriormente (até abril/2002): alto risco SISTÊMICO, devido a: 
 
1. não existência de tratamento diferenciado para transferência de valores 
elevados; 
2. o acerto das contas dos bancos só se procedia no dia seguinte; 
3. Para evitar o colapso do sistema de pagamentos, o BACEN era obrigado a 
intervir no sistema, sempre que um fato acontecia. 
4. Surgimento da TED (Transferência Eletrônica Disponível), como alternativa para 
a transferência, com liquidação no mesmo dia, de valores iguais ou superiores a 
R$ 3.000,00; 
5. Proibição da emissão de DOC’s de valores iguais ou superiores a R$ 3.000,00 
 
A criação do SPB trouxe ao sistema financeiro mais segurança, mais agilidade e uma 
redução do risco sistêmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.12 Papéis Negociados no Mercado Financeiro 
 
Títulos públicos 
Podem ser emitidos pelos governos, Federal, Estadual e Municipal 
O objetivo desses papéis reside em: 
- Execução de política monetária 
- Financiar o déficit público 
 
Ações 
Títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor 
fração do capital da empresa emitente. As ações são negociadas em bolsas de valores 
ou no mercado de balcão. 
 
Commercial papers 
É como uma nota promissória de curto prazo para financiar capital de giro das 
empresas 
 
Debêntures 
Títulos emitidos por empresas do tipo S/A (Sociedades Anônimas), seus recursos são 
destinados principalmente para capital fixo das empresas, paga juros, participações 
nos lucros, etc. As debêntures são títulos de médio prazo. 
 
Letras de câmbio 
Forma de captação de financeiras. São a base de captação de recursos das 
Sociedades de Crédito e Financiamento, as conhecidas financeiras. 
 
CDBs - Certificados de Depósitos Bancários 
Forma de captação dos bancos comerciais e de investimentos 
 
CDIs - Certificados de Depósitos Interfinanceiros ou Interbancários 
Certificados de depósitos que ocorrem entre instituições financeiras deficitárias com as 
superavitárias para equilibraro caixa do dia. 
 
 
 
 
 
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1.13 Políticas Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas 
 
Os objetivos fundamentais destas quatro políticas se identificam com a política 
econômica do Governo, que consiste em 
• promover o desenvolvimento econômico 
• garantir o pleno emprego e sua estabilidade 
• equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior 
• garantir a estabilidade de preços e o controle da inflação 
• promover a distribuição da riqueza e das rendas 
. 
O Produto Interno Bruto – PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País. 
Um das formas de medir o PIB é pela renda gerada pelos diferentes setores da 
economia 
 
Y = C(y) + I(r) + G + {[X – M] (x)} 
 
Y = é a renda agregada como medida do PIB 
C(y) = é o consumo das famílias Política de RENDAS 
I(r) = é o investimento das empresas Política MONETARIA 
G = é o gasto liquido do governo Política FISCAL 
[X–M](x) = saldo de exportações (X) e importações (M) Política CAMBIAL 
 
 
1) POLÍTICA MONETÁRIA 
É o controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo que garanta a 
liquidez ideal a cada momento. O executor dessas políticas é o BACEN com 
• Deposito compulsório 
• Redesconto ou empréstimo de liquidez 
• Mercado aberto (open market) 
• Controle e seleção de credito 
 
Deposito compulsório 
Regula o multiplicador bancário imobilizando uma parte maior ou menor dos depósitos 
bancários e dos recursos de terceiros, restringindo ou alimentando os meios de 
pagamento. 
 
 
 
 
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Redesconto ou empréstimo de liquidez 
É socorro que o BC fornece aos bancos para atender suas necessidades 
momentâneas de caixa. 
 
Mercado aberto (open market) 
É o mais ágil instrumento de regulação da oferta monetária e do custo primário do 
dinheiro na economia. São operações por um dia através de overnight. 
 
Controle e seleção de crédito 
Impõe restrições ao livre funcionamento do mercado, estabelecendo e fixando limites e 
condições dos créditos 
 
Meios de Pagamento e Base Monetária 
A Base Monetária (B) compõe-se do papel moeda emitido e a das reservas bancarias 
em deposito no BC 
 
Meios de pagamento (M1) compõe-se do papel moeda em poder do publico mais os 
depósitos a vista nos bancos comerciais públicos e privados 
 
M1 – Dinheiro que tem liquidez total e não gera rendimentos. São ativos monetários 
M2 – Conceito de moeda que inclui alem do M1, os depósitos remunerados 
M3 – Conceito de moeda que inclui alem do M2, as cotas dos fundos RF 
M4 – Conceito de moeda que inclui alem do M3, os títulos públicos federais (Selic), 
estaduais e municipais. 
 
Metas de Inflação 
O Comitê de Política Monetária – COPOM 
 
 
 
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2) POLÍTICA FISCAL 
É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a definição e a aplicação da 
carga tributaria, bem como a definição dos gastos do governo. Obviamente tem forte 
impacto na política monetária e sobre o credito. Quando o governo gasta mais do que 
arrecada, ele é obrigado a recorrer ao endividamento, absorvendo recursos do setor 
privado e prejudicando o financiamento do setor produtivo. 
 
Relação Dívida/PIB e o Risco País 
A falta de equilíbrio entre receitas e despesas do governo, o obriga a se financiar via 
mercado financeiro, pela emissão de títulos pela Secretaria do Tesouro Nacional. 
A relação Dívida/PIB é um bom indicador da solvência do Estado. 
Outros indicadores utilizados para avaliar a situação de solvência e liquidez de um país 
são, superávit primário, relação déficit público/PIB, divida externa, saldo da balança 
comercial e volume das reservas internacionais. 
 
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 
A LDO de cada ano inicia com o Plano Plurianual (PPA) e se estende ate a Lei 
Orçamentária Anual (LOA), obedecendo a LRF. 
A LDO fixa os objetivos e parâmetros a serem observados na elaboração da LOA para 
o exercício fiscal do ano seguinte. Todos os gastos do governo deverão seguir 
rigorosamente sua programação. 
 
Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF 
A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, Lei Complementar 101 de 04/05/2000, 
estabelece normas de finanças publicas voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal, mediante ações de planejamento, controle, transparência e responsabilização 
em que se previnam riscos e se corrijam desvios, com vistas ao equilíbrio das contas 
publicas. A LRF implanta uma nova cultura na gestão dos recursos públicos. 
 
 
 
 
 
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3) POLÍTICA CAMBIAL 
É fundamentalmente baseada na administração da taxa de cambio e no controle das 
operações cambiais. A política cambial tem forte impacto na política monetária. Por 
exemplo, um aumento nas exportações gera um ingresso de divisas que convertida 
para Reais expande a emissão de moeda, com impacto inflacionário. 
 
Idêntica expansão ocorre quando cresce o volume de recursos captados via emissão 
de títulos no exterior ou via ingresso para aplicações nas bolsas de valores. Assim o 
aumento da entrada de dólares aumenta o custo do governo que é obrigado a 
aumentar a divida publica em títulos, para enxugar a moeda que entra em circulação 
pela troca de dólares por reais. Tal fato faz crescer o volume das reservas em dólar no 
BC. 
 
O câmbio flutuante é em si um bom regulador. Quando entram muitos dólares a 
cotação da moeda cai, tirando incentivo de entrar mais dólares, quando muitos dólares 
saem a cotação da moeda sobe, ficando mais caro o dólar e ajudando portanto a 
regular o mercado. 
 
 
4) POLÍTICA DE RENDAS 
O governo exerce sua política de rendas, estabelecendo controles diretos sobre a 
remuneração dos fatores de produção; salários, depreciações, lucros, dividendos e 
preços de produtos. 
 
Os bens e serviços de uma economia podem ser classificados em 
TRADEABLES (transacionáveis com o exterior) – cujos preços dependem das 
condições dos mercados internacionais e do cambio. NON-TRADEABLES (não 
transacionáveis com o exterior) – cujos preços dependem das condições de oferta e 
demanda internas (alugueis e tarifas públicas por exemplo). 
 
O Plano Real estabeleceu, inicialmente, em 1994, uma política cambial que ancorou o 
cambio e administrando de forma parcimoniosa as tarifas publicas e os salários, que 
representavam na época 90% dos preços da economia, deixou a inflação dependente 
apenas dos preços dos non-tradebales. 
 
A partir de 1999, o regime cambial (administrado por bandas) passou para cambio 
flutuante. Com isto consolida-se a estabilidade da moeda. A estabilidade da moeda 
exterminou o imposto inflacionário. Sem imposto inflacionário houve melhoria da renda. 
 
Exemplo 
Um empregado do campo acertou um salário de $300,00. Afinal de um mês com 
inflação de 30% ao mês, o seu poder compra foi corroído pelo imposto inflacionário em 
$90,00. Com o Plano Real e uma inflação de 0,5% ao mês, o imposto inflacionário leva 
apenas $1,50. Isto representa, em nosso exemplo um ganho efetivo de $88,50. Por 
esta razão aumentou o consumo de comida, roupa, remédios e lazer. 
 
 
 
 
 
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1.14 Exercícios 
 
1. Responsável pela fiscalização dos Fundos de Investimento: 
a) Anbid 
b) CVM 
c) CMN 
d) Bacen 
 
2. Responsável por estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios 
econômicos: 
a) CMN 
b) Bacen 
c) CVM 
d) Anbid 
 
3. Tem como foco realizar operações de captação e financiamento de médio e longo 
prazo: 
a) Banco múltiplo com carteira comercial 
b) Banco comercial 
c) Banco de investimento 
d) Corretora de títulos e valores mobiliários 
 
4. São títulos custodiados, registrados e liquidados na CETIP: 
a) As ações negociadas em bolsa 
b) Certificado de Depósito Bancário 
c) LFT (Letra Financeira do Tesouro) 
d) Os contratos de derivativos5. É atribuição do Conselho Monetário Nacional: 
a) Fiscalizar a Bolsa de Valores 
b) Supervisionar os itens de meio circulante 
c) Controlar a moeda e capitais estrangeiros 
d) Disciplinar todos os tipos de crédito 
 
6. É uma carteira que deve estar presente em um banco múltiplo: 
a) Arrendamento mercantil 
b) Crédito 
c) Financiamento 
d) Comercial 
 
7. Selic é um sistema informatizado que cuida da liquidação e custódia de: 
a) Certificado de Depósito Bancário 
b) LFT (Letra Financeira do Tesouro) 
c) Ações negociadas em bolsa 
d) Contratos de derivativos 
 
 
 
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8. Órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional: 
a) SRF – Secretaria da Receita Federal 
b) CVM 
c) Ministério da Fazenda 
d) CMN 
 
9. Sistema utilizado para transferir recursos entre agentes econômicos, com o objetivo 
de reduzir o risco sistêmico: 
a) SPB 
b) Selic 
c) CETIP 
d) CBLC 
d) Copom 
 
10. Uma das alterações com a criação do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) foi 
a limitação de Documentos de Créditos (DOCs) até o valor de: 
a) R$ 4.000,00 
b) R$ 4.999,99 
c) R$ 2.999,99 
d) R$ 10.000,00 
 
11. As Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários estão autorizadas a executar os 
serviços abaixo, com exceção de: 
a) Encarregar-se da administração de carteiras de custódia de títulos e valores 
mobiliários 
b) Praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes 
c) Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em 
operações e atividades nos mercados financeiros e de capitais 
d) Administrar títulos de capitalização 
 
12. Dos objetivos abaixo, o que não se refere a um objetivo de uma Corretora de 
Títulos e Valores Mobiliários (CTVM)? 
a) Operar em Bolsa de Valores 
b) Praticar operações de compra e venda de metais preciosos 
c) Captar depósito à vista 
d) Exercer funções de agente fiduciário 
 
 
 
 
 
- 24 - 
 
 
2 ECONOMIA E FINANÇAS 
 
Indicadores econômicos: PIB, índices de inflação (IPCA e IGP-M), taxa de câmbio, 
taxa SELIC (over e meta), taxa DI e TR: definição 
 
 
2.1 PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) 
 
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um 
país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até um avião produzido pela 
Embraer, por exemplo. 
 
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa 
duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de 
um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade. 
 
O PIB é obtido pela equação: 
 
PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balança Comercial 
 
Balança Comercial = Exportação – Importação 
 
 
 
2.2 SELIC Meta x SELIC Over 
 
A taxa Selic Over apurada no Selic, é obtida mediante o cálculo da taxa média 
ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em 
títulos públicos federais e cursadas no Sistema Selic na forma de operações 
compromissadas. 
 
A taxa Selic Meta é definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. 
 
É a Selic – Meta que regula a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do 
Brasil. 
 
Comentário: A Selic Over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de 
uma média das taxas de negociação dos TPF. Enquanto a Selic Meta só é alterada 
pelo Copom, através de reuniões ordinárias ou Extraordinárias 
 
 
 
 
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2.3 CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) 
 
• Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das 
instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. 
Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita 
ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma 
instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja 
mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem 
• A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a 
rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar 
o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no setor privado e, como o CDB 
(Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação pode render 
taxa de prefixada ou pós-fixada 
 
 
2.4 TR (Taxa Referêncial) 
 
A TR representa a Taxa Básica Financeira (TBF), que é calculada em função da taxa 
media dos CDB, deduzida de um redutor (R), da seguinte forma: 
 
 
 (1 + TBF) 
TR = ----------------- - 1 
 R 
 
A TR e utilizada na remuneração dos títulos da divida agrária (TDA), dos recursos das 
cadernetas de poupança e do FGTS. 
 
É competência do BACEN calcular e divulgar a TR 
 
 
 
 
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2.5 IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) 
 
• Índice Oficial de inflação do Brasil 
• Calculado pelo IBGE. 
• Divulgado mensalmente 
• Utilizado como referência para META de inflação definida pelo CMN para o 
COPOM 
• População-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais 
compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários mínimos, qualquer que 
seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões 
metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de 
Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia: 
 
 
 
A ponderação das despesas das pessoas para se verificar a variação dos 
custos foi definida do seguinte modo 
TIPO DE GASTO PESO % DO GASTO 
Alimentação 25,21 
Transportes e Comunicação 18,77 
Despesas pessoais 15,68 
Vestuário 12,49 
Habitação 10,91 
Saúde e cuidados pessoais 8,85 
Artigos de residência 8,09 
TOTAL 100,00 
 
 
 
 
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2.6 IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) 
 
• Calculado pela FGV. 
• Divulgado mensalmente 
 
• IGP-M/FGV é composto pelos índices: 
� 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA), 
� 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 
� 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) 
 
O índice que mais afeta o IGP-M é o IPA 
IPA - Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV, com base na variação dos 
preços no mercado atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes, e 
compõem os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10), com um 
peso de 60%. 
Comentário: O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV é que as variações de preços 
consideradas pelo IGP-M/FGV referem ao período do dia vinte e um do mês anterior ao 
dia vinte do mês de referência e o IGP-DI/FGV refere-se a período do dia um ao dia 
trinta do mês em referência. 
 
 
 
 
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2.7 Taxa de Câmbio 
 
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades 
monetárias de outra moeda. 
 
PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio praticada no mercado 
interbancário divulgada pelo BACEN. 
 
TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas 
instituições autorizadas por ele a atuar. 
 
 
2.8 Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real 
 
Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento, obteve 15% 
de lucro no ano de 2007. Se considerarmos também, que a inflação acumulada no ano 
de 2007 foi de 4,5%, assim o ganho REAL deste cliente foi inferior ao lucro NOMINAL 
(APARENTE). 
 
Taxa nominal: 15% 
Inflação: 4,5% 
 
Para o calculo da taxa Real, não podemos apenas subtrair a inflação e sim utilizar a 
fórmula de Fisher. 
 
TAXA REAL = ((1+ TAXA NOMINAL) / (1 + INFLAÇÃO)) -1))) X 100 
 
Logo: 
 
TAXA REAL = (1,15 : 1,045) = 1,1004 = 10,04% 
 
Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho nominal pode ser igual ao ganho real?Resposta: Sim, quando a inflação for igual a zero 
 
Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser superior ao ganho 
nominal? 
Resposta: Sim, quando a inflação for inferior a zero, ou seja, houver deflação. 
 
 
 
 
- 29 - 
 
 
2.9 Capitalização Simples vs Capitalização Composta 
 
Definições: 
 
� Capitalização Simples: Juros incide apenas sobre o capital. 
Não possui “juros sobre juros”. 
 
� Capitalização composta: O juros incide sobre o capital acrescido os juros de 
período anterior. Existe a cobrança de “juros sobre juros”. 
 
Fórmulas para calcular o montante 
 
Juros Simples: FV = PV (1 + i . n) 
 
Onde: 
� FV = Valor Futuro (Montante) 
� PV = Valor Presente (Capital) 
� i = taxa de juros 
� n = período que a taxa será capitalizada 
 
Exemplo 1: 
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa 
de 1% ao mês após 10 meses? 
 
FV = 10.000 (1 + 0,01 . 10) 
FV = 11.000,00 
 
 
Exemplo 2: 
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa 
de 12% ao ano após 6 meses? 
 
 6 
FV = 10.000 (1 + 0,12 x------) 
 12 
 
FV = 10.600,00 
 
 
 
 
 
- 30 - 
 
 
 
 n 
Juros Composto: FV = PV (1 + i) 
 
 
Onde: 
� FV = Valor Futuro (Montante) 
� PV = Valor Presente (Capital) 
� i = taxa de juros 
� n = período que a taxa será capitalizada 
 
 
Exemplo 1: 
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa 
de 1% ao mês após 10 meses? 
 10 
FV = 10.000 (1 + 0,01) 
FV = 11.046,22 
 
 
Exemplo 2: 
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa 
de 12% ao ano após 6 meses? 
 
 6/12 
FV = 10.000 (1 + 0,12) 
FV = 10.583,00 
 
 
Comentário: Compare o exemplo 1 de juros simples vs juros composto. 
 
Conclusão: Quando estamos capitalizando a taxa de juros, juros composto é superior 
a juros simples. 
 
Comentário: Compare o exemplo 2 de juros simples vs juros composto. 
 
Conclusão: Quando estamos descapitalizando a taxa de juros, juros composto é 
inferior aos juros simples. 
 
 
 
 
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2.10 Estrutura do Termo da Taxa de Juros 
 
TAXA DE JUROS IMPLÍCITA FUTURA 
 
Estrutura Temporal da Taxa De Juros 
 
Quando uma instituição financeira oferece uma determinada taxa de juros para 
aplicações por um período e outra taxa de juros diferente para outros períodos 
diferentes podemos calcular as taxas de juros implícitas nos períodos futuros. A este 
conjunto de taxas de juros chamamos Estrutura a Termo da Taxa de Juros. 
 
 
Exemplo 1 
Considere que um banco apresenta uma taxa de juros de 15% ao ano pré fixados para 
aplicações realizadas por um período de 1 ano. Considere também que este mesmo 
banco paga uma taxa de juros maiores, 17% ao ano, para aplicações realizadas por um 
período de 2 anos. Qual é a taxa de juros implícita que este banco estará pagando para 
o segundo ano da aplicação? 
 
Solução usando a maquina de calcular: 
Consideremos primeiro a aplicação por 1 ano, quem investir por exemplo $100,00 a 
taxa de 15% aa vai receber ao final deste primeiro ano $115,00. 
Consideremos agora a aplicação por 2 anos, quem investir estes mesmos $100,00 a 
taxa de 17% aa por 2 anos vai receber ao final de 2 anos $136,89. 
 
A pergunta que queremos responder é: Qual é a taxa de juros que aplicada sobre os 
$115,00 ao final do primeiro ano produz $136,89 ao final do segundo ano. Usando a 
calculadora podemos facilmente verificar: 
 
115,00 PV 
- 136,89 FV 
0 PMT 
1 N 
 
 
Teclando a tecla i obtemos: i = 19,0347 % 
Resposta: A taxa de juros implícita para o segundo ano é 19,03% ao ano. 
 
 
 
 
- 32 - 
 
 
Solução usando formula: 
Podemos fazer estes cálculos usando uma formula: 
 
(1 + 0,17) (1 + 0,17) = (1 + 0,15) (1 + i) 
 
 
Queremos saber qual é esta taxa i, do segundo ano, que em complementação a taxa 
de 15% do primeiro ano produz o mesmo resultado que a taxa de 17% aplicada 
anualmente por dois anos. Calculando obtemos: 
 
(1 + 0,17) (1 + 0,17) = (1 + 0,15) (1 + i) 
(1 + 0,17)2 = (1 + 0,15) (1 + i) 
1,3890 = 1,15 (1 + i) 
(1 + i) = 1,3890 / 1,15 = 1,190347 
i = 0,190347 = 19,0347 % 
 
Conferindo: 
 
Será que aplicando a uma taxa de juros de 15% durante o primeiro e a uma taxa de 
juros de 19,0347% durante o segundo ano obteremos o mesmo resultado que 
aplicando direto por 2 anos a uma taxa de juros de 17% ao ano pelos 2 anos? 
 
a) Aplicando $100,00 a uma taxa de 15% aa no ano 1 e a taxa de 19,0347% aa no 
segundo ano obteremos: 
 
Aplicação primeiro ano: Aplicando $100,00 obtemos 100 (1 + 0,15) = 115,00 
 
Aplicação segundo ano: Aplicando $115,00 obtemos 115 (1 + 0.190347) = 136,89 
 
b) Aplicando $100,00 a uma taxa de 17% aa no ano 1 e no ano 2 obteremos: 
 
Aplicação do primeiro ano: Aplicando $100,00 obtemos 100 (1 + 0,17) = 117,00 
 
Aplicação no segundo ano: Aplicando $117,00 obtemos 117 (1 + 0.17) = 136,89 
 
 
Confirmado ! A taxa implícita para o segundo ano é mesmo 19,03% aa 
 
 
 
 
- 33 - 
 
 
Exemplo 2 
As taxas de juros oferecidas por uma instituição no Rio de Janeiro são as seguintes, 
observe que o valor dos juros anuais oferecidos depende do prazo da aplicação. 
Quanto maior o prazo maior a taxa de juros. 
 
Prazo Taxa 
1 ano 12,00 % aa 
2 anos 13,50 % aa 
3 anos 14,20 % aa 
4 anos 14,70 % aa 
 
A partir destes dados, qual é a taxa de juros implícita para o segundo ano? 
 
 
 
 
- 34 - 
 
 
 
Solução usando a calculadora: 
Usando uma aplicação hipotética de, digamos, $100,00 podemos fazer os cálculos com 
o auxilio de uma calculadora financeira: 
Consideremos primeiro a aplicação por 1 ano, quem investir por exemplo $100,00 a 
taxa de 12% aa vai receber ao final deste primeiro ano $112,00. 
Consideremos agora a aplicação por 2 anos, quem investir estes mesmos $100,00 a 
taxa de 13,50% aa por 2 anos vai receber ao final de 2 anos $128,8225. 
 
A pergunta que queremos responder é: Qual é a taxa de juros que aplicada sobre os 
$112,00 ao final do primeiro ano produz $128,8225 ao final do segundo ano. Usando a 
calculadora podemos facilmente verificar: 
+112,00 PV 
- 128,82 FV 
0 PMT 
1 N 
Teclando a tecla i obtemos: i = 15,02% 
 
 
Solução usando formula: 
Podemos fazer estes cálculos usando uma formula: 
(1 + 0,12) (1 + i ) = (1 + 0,135) (1 + 1,135) 
(1 + 0,12) (1 + i ) = (1 + 0,135)2 
1,12 (1 + i ) = 1,288225 
(1 + i ) = 1,288225 / 1,12 
1 + i = 1,1502 
i = 0,1502 = 15,02% 
 
Resposta: A taxa de juros implícita para o segundo ano é 15,02% ao ano. 
 
 
 
 
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Exemplo 3 
As taxas de juros oferecidas por uma instituição no Rio de Janeiro são as seguintes, 
observe que o valor dos juros anuais oferecidos depende do prazo da aplicação. 
Quanto maior o prazo maior a taxa de juros. 
 
Prazo Taxa 
1 ano 12,00 % aa 
2 anos 13,50 % aa 
3 anos 14,20 % aa 
4 anos 14,70 % aa 
A partir destes dados, qual é a taxa de juros implícita para o terceiro ano? 
 
Solução usando a calculadora: 
Usando uma aplicação hipotética de, digamos, $100,00 podemos fazer os cálculos com 
o auxilio de uma calculadora financeira: 
Consideremos primeiro a aplicação por 2 anos, quem investir por exemplo $100,00 a 
taxa de 13,50% aa vai receber ao final do segundo ano $128,8225. 
Consideremos agora a aplicação por 3 anos, quem investir estes mesmos $100,00 por 
3 anos a taxa de 14,20% aa vai receberao final de 3 anos $148,9355. 
 
A pergunta que queremos responder é: Qual é a taxa de juros que aplicada sobre os 
$128,8225 ao final do segundo ano produz $148,9355 ao final do terceiro ano. Usando 
a calculadora podemos facilmente verificar: 
+128,8225 PV 
- 148,9355 FV 
0 PMT 
1 N 
Teclando a tecla i obtemos: i = 15,61% 
 
Solução usando formula: 
Podemos fazer estes cálculos usando uma formula: 
(1 + 0,135) (1 + 0,135) (1 + i ) = (1 + 0,142) (1 + 0,142) (1 + 0,142) 
(1 + 0,135)2 (1 + i ) = (1 + 0,142)3 
1,288225 (1 + i ) = 1,489355 
(1 + i ) = 1,489355 / 1,288225 
1 + i = 1,156129 
i = 0,156129 = 15,61% 
 
 
 
 
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Estrutura do Termo da Taxa de Juros 
 
Os exercícios 1 a 4 usam os dados do Banco Japão apresentados abaixo 
As taxas de juros oferecidas pelo Banco Japão são as seguintes. Observe que o valor 
dos juros anuais oferecidos depende do prazo da aplicação. Quanto maior o prazo 
maior a taxa de juros. 
 
Prazo Taxa 
1 ano 11,00 % aa 
2 anos 11,40 % aa 
3 anos 13,00 % aa 
4 anos 14,50 % aa 
5 anos 14,70 % aa 
 
1) Determine a taxa de juros implícita para o segundo ano. 
2) Determine a taxa de juros implícita para o terceiro ano. 
3) Determine a taxa de juros implícita para o quarto ano. 
4) Determine a taxa de juros implícita para o quinto ano. 
 
 
Aplicação pratica 
Você estará terminando um empreendimento imobiliário em 24 meses. Você vai 
receber $4.000.000,00 ao final dos 24 meses a titulo de lucro ou participação no 
negocio. Pretende aplicar os recursos a serem recebidos tão logo os receba pelo prazo 
de 1 ano. Você acredita que as taxas de juros para aplicações financeiras deverão cair 
muito nos próximos anos. Baseado nos dados do Banco Japão. Qual a taxa de juros 
que você poderia “fechar” hoje para esta aplicação daqui a 2 anos? Como você 
estruturaria esta operação? 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS 
Resposta 1): A taxa de juros para o segundo ano é 11,80% 
Resposta 2): A taxa de juros para o terceiro ano é 16,27% 
Resposta 3): A taxa de juros implícita para o quarto ano é 19,12% 
Resposta 4): A taxa de juros implícita para o quinto ano é 15,50% 
 
 
 
 
 
 
 
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2.11 Exercícios 
 
1. A taxa Selic Over expressa a: 
a) Meta da taxa de juros básica da economia 
b) Média ponderada das operações interfinanceiras, por 1 dia, lastreadas em títulos 
públicos federais 
c) Média ponderada das operações interfinanceiras, lastreadas em CDI 
d) Meta de inflação estabelecida para o ano 
 
2. A taxa de juros calculada com base no total de negociações com títulos públicos 
federais é a: 
a) TJLP 
b) Selic 
c) DI 
d) TR 
 
3. O Copom tem como objetivo definir: 
a) A meta da taxa Selic 
b) A meta de inflação 
c) A Taxa Referencial 
d) A taxa DI 
 
4. O Conselho Monetário Nacional define a meta de inflação para cada ano, e o índice 
utilizado para a mensuração da meta é o: 
a) IPCA 
b) IGP-M 
c) IPC 
d) INCC 
 
5. Entre os instrumentos de política monetária utilizados pelo Banco Central, destaca-
se por ser o mais ágil entre todos os instrumentos: 
a) O depósito compulsório 
b) O open market 
c) A taxa Selic 
d) A taxa de redesconto 
 
6. A taxa DI é: 
a) Divulgada diariamente pela Selic 
b) Calculada com base em 360 dias corridos 
c) Base de cálculo para a TR – Taxa Referencial 
d) Calculada com base nas operações do mercado interfinanceiro, de 1 dia, com lastro 
em CDI C 
 
 
 
 
- 38 - 
 
 
7. A Taxa Referencial – TR é calculada com base nas operações de: 
a) Nota promissória 
b) Letra de câmbio 
c) Debêntures 
d) CDB 
 
 
8. A composição do IGP-M é: 
a) 60% do IPA, 30% do IPC e 10% do INCC 
b) 60% do INCC, 30% do IPC e 10% do IPA 
c) 60% do IPC, 30% do IPA e 10% do INCC 
d) 60% do IPA, 30% do INCC e 10% do IPC 
 
9. O investidor que deseja se proteger da inflação deve fazer um investimento cujo 
benchmark seja: 
a) A T.R. 
b) A taxa de câmbio 
c) O Ibovespa 
d) O IGP-M 
 
10. Para cálculo do PIB, consideramos: 
a) Apenas os bens de serviços finais 
b) Os bens e serviços deduzidas as exportações 
c) Os bens de serviços 
d) As exportações menos as importações 
 
 
11. Chegamos ao cálculo do PIB na ótica das despesas considerando que: 
C é o consumo privado 
I é o total de investimento 
G são os gastos governamentais 
NX são as exportações líquidas (exportações menos importações) 
a) C − I + G + NX 
b) C + I + G + NX 
c) C + I + G − NX 
d) C + I − G + NX 
 
 
 
 
- 39 - 
 
 
12. O tipo de taxa cambial vigente no Brasil é: 
a) Taxa fixa, determinada pelo Banco Central do Brasil 
b) Um sistema de bandas cambiais, com piso e teto determinados pelo CMN 
c) O Brasil não tem sistema fixo, com variações de acordo com a conveniência 
momentânea do Bacen 
d) Determinada pelo mercado, com interferência do Bacen, caracterizando uma 
flutuação suja 
 
13. PTAX é a taxa média ponderada das negociações com: 
a) Títulos públicos federais 
b) Moeda estrangeira 
c) CDB 
d) Debêntures 
 
14. A respeito de taxa nominal e taxa real: 
a) A primeira desconta a inflação e a segunda, não 
b) Ambas são iguais 
c) A segunda desconta a inflação e a primeira, não 
d) A primeira é sempre menor que a segunda 
 
 
15. Uma aplicação financeira obteve um lucro nominal de 14,4% em um ano em que a 
inflação foi de 10%. Assim, podemos concluir que a taxa real dessa aplicação foi: 
a) Igual a 4,4% 
b) Superior a 4,4% 
c) Inferior a 4,4% 
d) Igual a 24,4% 
 
16. Observe a rentabilidade de algumas aplicações no último semestre: 
I – Poupança: 3,85% 
II – Fundo DI: 4,20% 
III – Fundo Multimercado: 5% 
Sabendo que o IPCA do período foi de 4%, podemos afirmar que o retorno real da 
poupança, do Fundo DI e do Fundo Multimercado foi, respectivamente: 
a) Negativo – positivo – positivo 
b) Negativo – negativo – positivo 
c) Positivo – positivo – positivo 
d) Negativo – negativo – negativo 
d) Nominal, ou seja, acima da taxa DI 
 
 
 
 
- 40 - 
 
 
17. A taxa equivalente de 12 meses, da taxa de 1% ao mês, na capitalização 
composta, é obtida pela fórmula: 
 
18. Na capitalização de juros simples: 
a) Os juros são pagos no vencimento, que é fixo 
b) Os juros são pagos durante o período de capitalização 
c) Os juros são incorporados ao capital durante a capitalização 
d) A capitalização de juros ocorre sobre o capital inicial 
 
19. A carteira de renda fixa X tem prazo médio de 180 dias. A carteira Y tem prazo 
médio de 360 dias. A sensibilidade à oscilação das taxas de juros de mercado será: 
a) Menor na carteira X 
b) Maior na carteira X 
c) Menor na carteira Y 
d) Idêntica nas duas carteiras 
 
20. Em um investimento, quanto maior a volatilidade: 
a) Maior o risco e maior a expectativa de retorno 
b) Maior o risco e menor a expectativa de retorno 
c) Menor o risco e maior a expectativa de retorno 
d) Menor o risco e menor a expectativa de retorno 
 
21. O mercado secundário: 
a) É onde são negociadas as ações de segunda linha 
b) É quando o emissor capta recursos para financiamento de seus projetos 
c) É quando ocorre a subscrição das ações da companhia 
d) É quando ocorre a liquidez dos valores mobiliários negociados 
 
22. No mercado primário: 
a) São negociados pela primeira vez títulos ou valores mobiliários 
b) É o único lugar onde podem operar corretoras de investimentos 
c) Ocorrem operações com títulos que já estão em circulação há muito tempo 
d) São feitas transações apenas com debêntures e notas promissórias 
 
 
 
 
- 41 - 
 
 
 
3 PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO 
 
Rentabilidade absoluta versus rentabilidade relativa (benchmark)Exemplos: 
� Rentabilidade Absoluta: O fundo de renda fixa do banco X rendeu 0,80% no 
ultimo mês. 
� Rentabilidade Relativa: O fundo de renda fixa do banco X teve um rendimento de 
97% do CDI no ultimo mês. 
 
Rentabilidade esperada versus rentabilidade observada 
 
� Rentabilidade Observada: está relacionada com o conceito de passado. É a 
rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento, por exemplo. 
� Rentabilidade Esperada: É calculada como a média da rentabilidade 
observada. Representa uma expectativa (esperança) de retorno do investidor. 
 
 
3.1 Liquidez 
 
Maior ou menor facilidade de se negociar um ativo, convertendo-o em dinheiro. 
 
Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que os investimentos em 
imóveis. 
 
 
 
 
- 42 - 
 
 
3.2 Risco 
 
Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão de 
investimento. 
 
Grau de incerteza do retorno de um investimento. Normalmente, o risco tem relação 
direta com o nível de renda do investimento: quanto maior o risco, maior o potencial de 
renda do investimento. 
 
 
3.2.1 Risco de Mercado 
 
Risco de mercado é a potencial oscilação dos valores de um ativo durante um período 
de tempo. 
 
O preço dos ativos oscila por natureza. Uns mais, outros menos. A isso chamamos de 
volatilidade, que é uma medida dessa oscilação. 
 
Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais) que os preços dos títulos 
de renda fixa. O Risco de Mercado é representado pelos desvios (ou volatilidade) em 
relação ao resultado esperado. 
 
 
Risco de mercado, Volatilidade e Desvio-Padrão, na prática, podem ser utilizados como 
sinônimos. 
 
Exemplo: se esperarmos que um determinado fundo de investimento apresente um 
retorno de 25% ao ano, temos a expectativa de que ao aplicarmos R$ 100, obteremos 
um retorno de R$ 25. 
 
Quaisquer rentabilidades observadas acima ou abaixo são consideradas risco de 
mercado. 
 
 
 
 
- 43 - 
 
 
3.2.2 Risco de Crédito 
 
Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo não 
pagamento por parte do devedor dos compromissos assumidos em uma data acertada. 
Há vários tipos de risco de crédito: um investidor, ao comprar um título, sempre estará 
incorrendo em um ou mais destes tipos de risco de crédito. 
 
As empresas contratam as agências especializadas como Standard & Poor’s e Moody’s 
para que elas classifiquem o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar no 
mercado (e que serão adquiridas por investidores), como debêntures (bonds), 
commercial papers, securitizações, etc. 
 
O rating depende da probabilidade de inadimplência da empresa devedora, assim 
como das características da dívida emitida. 
 
Quando uma empresa emite debêntures e não consegue honrar seus pagamentos, 
seus investidores estão sujeitos a terem perdas financeiras devidas o risco de crédito 
existente. 
 
IMPORTANTE: Aplicação em ações NÃO possuem RISCO DE CRÉDITO. 
 
 
 
3.2.3 Risco de Liquidez 
 
Trata-se da impossibilidade de vender um determinado ativo pelo preço e no momento 
desejado. A realização da operação, se ela for possível, implica numa alteração 
substancial nos preços do mercado. 
 
Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos compradores. 
 
Investimento em imóveis é um exemplo de uma aplicação com alto risco de liquidez. 
 
 
 
 
- 44 - 
 
 
3.2.4 Risco vs Retorno 
 
Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só 
estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação financeira para ir em busca 
de maiores retorno. 
 
Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno, o 
investidor prefere o de menor risco e entre dois investimento de mesmo risco, o 
investidor prefere o de maior rentabilidade. 
 
DIVERSIFICAÇÃO: 
 
⇒ Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem 
em fatores comuns a todos os ativos do mercado. 
Por exemplo, determinado resultado das eleições presidenciais afeta, em maior ou 
menor grau, todos os ativos do mercado. 
 
⇒ Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo 
que tem sua origem em características específicas do ativo. 
 
Por exemplo, se uma plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio somente 
as ações desta empresa recebem um impacto negativo. 
 
A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o investidor divide sua poupança 
nos diversos ativos financeiros e reais, como: colocar 10% de seu dinheiro na 
poupança, 50% em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações. 
 
A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: “não coloque 
todos os ovos numa única cesta”. Desta forma, quando um investimento não estiver 
indo muito bem, os outros podem compensar, de forma que na média não tenha perdas 
mais expressivas. 
 
A diversificação consegue reduzir APENAS o risco NÃO SISTEMÁTICO (específico). O 
risco sistemático não pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente 
diversificação. 
 
 
 
- 45 - 
 
 
3.3 Exercícios 
 
1. "A caderneta de poupança rendeu 42% da taxa DI em 2006". Esta afirmação refere-
se ao conceito de rentabilidade: 
a) Esperada 
b) Real 
c) Nominal 
d) Relativa 
 
2. Os principais riscos normalmente encontrados em investimentos financeiros são: 
a) Mercado, crédito e alavancagem 
b) Alavancagem, crédito e operacional 
c) Mercado, crédito e liquidez 
d) Mercado, operacional e liquidez 
 
3. São riscos potenciais de uma carteira de ações: 
I – Risco de mercado 
II – Risco de liquidez 
III – Risco de crédito 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II apenas 
b) I e III apenas 
c) II e III apenas 
d) I, II e III 
 
4. O risco de liquidez presente nos títulos é aquele decorrente: 
a) De poucos compradores para o título e que não querem pagar o preço justo 
b) De muitos compradores para o título e que não querem pagar o preço justo 
c) Das variações de preços que ocorrem ao longo do período de tempo para o título 
d) Da possibilidade de o emissor do título não cumprir com as obrigações assumidas 
 
5. Quando uma ação é vendida, negociada, comprada com facilidade e avaliada por 
seu preço justo, ela é conhecida como sendo: 
a) Preferencial 
b) Líquida 
c) Ordinária 
d) Nominativa 
 
 6. Seu cliente tem um imóvel cujo valor de mercado é R$ 50 mil. Decidiu vendê-lo para 
solucionar problemas financeiros. A única proposta de compra que recebeu foi de R$ 
30 mil. 
O risco determinante deste investimento foi de: 
a) Crédito 
b) Liquidez 
c) Câmbio 
d) Inflação 
 
 
 
- 46 - 
 
 
7. O risco de mercado associa-se fundamentalmente: 
a) À flutuação de preços 
b) À inadimplência de emissores 
c) Ao baixo índice de negociabilidade 
d) Às falhas operacionais 
 
8. Um investidor comprou ações a R$ 4,00 e precisa vendê-las. Dentre as várias 
cotações recebidas, a melhor foi de R$ 3,60. Esse investidor estará sujeito, portanto, 
ao risco: 
a) De crédito 
b) Operacional 
c) De liquidez 
d) De mercado 
 
9. Uma empresa emitiu debêntures e não está conseguindo honrar seus pagamentos. 
O risco predominante é: 
a) Risco operacional 
b) Risco de mercado 
c) Risco de crédito 
d) Risco de liquidez 
 
10. Quanto menor for o prazo de um título de renda fixa: 
a) Maior tenderá a ser seu risco de crédito 
b) Menor tenderá ser seu risco de mercado 
c) Maior tenderá ser sua rentabilidade esperada 
d) Menor tenderá ser sua liquidez 
 
11. Seu cliente procura o melhor produto de investimento. Você indica aquele que: 
a) Apresentou a melhor rentabilidade passada 
b) Ajuda você a cumprir a meta de vendas do mês 
c) Atende aos objetivos de investimento docliente 
d) É o mais conservador da sua prateleira de produtos 
 
 12. Sobre risco: 
a) Significa poder ter resultado diferente do esperado 
b) Está presente apenas nas ações e Fundos de Ações 
c) Está presente apenas nos Fundos de Ações e no Fundo Multimercado 
d) Quanto menor o risco, maior a rentabilidade do investimento 
 
13. A diversificação permite: 
a) A obtenção de maiores retornos 
b) A obtenção de menores riscos e maiores retornos 
c) A obtenção de carteiras com melhor relação risco/retorno 
d) A eliminação do risco sistemático 
 
 
 
 
- 47 - 
 
 
 
4 MERCADO DE CAPITAIS 
 
 
Divisões do Mercado de Capitais 
1. Mercado de Renda Variável 
2. Mercado de Renda Fixa 
3. Mercado de Câmbio 
4. Mercado de Derivativos 
 
 
 
1. Mercado de Renda Variável (ações) 
 – Mercado Primário 
– Mercado Secundário 
 
 
2. Mercado de Renda Fixa (títulos) 
 – Títulos públicos 
– Títulos privados 
– Títulos Pré Fixados 
– Títulos Pós Fixados 
 
 
3. Mercado de Câmbio 
 – Mercado de Câmbio no Brasil 
 – Operações de arbitragem 
 
 
4. Mercado de Derivativos 
 – Mercado a termo 
 – Mercado de futuro 
 – Mercado de Derivativos 
 – Opções de ações 
 – SWAPS 
 
 
 
 
- 48 - 
 
 
Fundamentalmente temos as seguintes operações no Mercado de Capitais 
 
• Operações de Investimento 
• Operações de Especulação 
• Operações de Arbitragem 
• Operações de Manipulação (é ilegal, é fora da lei) 
 
 
Investidor: O investidor compra porque deseja ser sócio, participar nos lucros e no 
crescimento. O Objetivo é maximizar valor para os acionistas. Não obrigatoriamente 
o lucro, mas sim a riqueza dos investidores. O valor é focalizado com as decisões 
de investimento, quais projetos como são financiados e como é a política de 
dividendos. 
 
Especulador: Não quer o ativo. Não esta preocupado com valor. O especulador 
acredita que os preços serão corrigidos (para cima ou para baixo), e quer obter 
vantagem dessa correção de preços. A partir de sua certeza (ou esperança) investe 
tomando então a ponta de compra ou de venda. 
 
Arbitrador: O Arbitrador não deve ser considerado um investidor. O arbitrador não 
esta preocupado com valor nem com qualquer outra forma de avaliação, posto que 
esta apenas interessado em "travar" uma posição de lucro certo, sem risco e sem 
investimento. 
 
Manipulador: Atividade criminosa onde o manipular, distorce, manipula e interfere nas 
informações, de forma a enganar compradores e vendedores sobre a real situação de 
determinado bem com o objetivo de obter lucro as custas de subsidiar decisões 
enganosas aos outros. 
 
 
 
 
 
- 49 - 
 
 
4.1 Mercado de Renda Fixa vs Renda Variável 
O repasse dos recursos de poupadores/investidores às empresas pode ser feito de 
duas formas: 
 
Dívida: Os investidores compram títulos emitidos pelas empresas que precisam de 
dinheiro. Esses títulos dão aos investidores o direito de receber a quantia emprestada, 
mais juros previamente determinados. Os títulos são chamados de títulos de dívidas e 
esse mercado é conhecido como o mercado de renda fixa. 
 
Ações: Também aqui os investidores compram títulos emitidos por empresas. Mas os 
títulos não garantem remuneração fixa aos investidores. A remuneração dos títulos são 
os dividendos – parte do lucro que uma empresa de capital aberto distribui entre seus 
acionistas. Os investidores tornam-se sócios da empresa.Esses títulos são chamados 
ações e o mercado é conhecido como mercado de renda variável. 
 
 
Mercado Primário vs Mercado Secundário 
 
A colocação inicial dos títulos no mercado é chamada de lançamento no mercado 
primário. Quando essa colocação é feita pela primeira vez, no caso de ações, por 
exemplo, diz-se que a empresa está sendo listada em bolsa (em inglês IPO- Initial 
Public Offering) 
 
A negociação desses títulos após a oferta inicial é feita em mercados secundários 
específicos. No Brasil temos: 
 
As bolsas de valores para ações. 
 
A Cetip ( Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados ) para os 
títulos de dívida das empresas. 
 
O Selic ( Sistema Especial de Liquidação e Custódia de Títulos públicos Federais) 
 
 
 
 
- 50 - 
 
 
 
4.2 Mercado de Renda Fixa 
 
RENDA FIXA 
 
Títulos Pré Fixados Com Cupom 
Títulos Pré Fixados Sem Cupom (valor presente dado) 
Títulos Pré Fixados Sem Cupom (valor futuro dado) 
Títulos Pós Fixados sem Cupom 
Títulos Pós Fixados com pagamento periódico de juros e CM (com Cupom) 
 
4.2.1 Títulos Pré Fixados Com Cupom 
Um titulo é lançado hoje e custa $1.000,00. Este titulo paga uma taxa de juros pré 
fixadas de 10% ao ano, com pagamentos periódicos dos juros (com cupom), e com 
prazo de vencimento de 4 anos. 
 
O perfil de pagamentos deste titulo é 
T=0 t=1 t=2 t=3 t=4 
-1.000 100 100 100 1.000 + 100 
 
 
4.2.2 Títulos Pré Fixados Sem Cupom (valor presente dado) 
Um titulo é lançado hoje e custa $1.000,00. Este titulo paga uma taxa de juros pré 
fixadas de 10% ao ano, sem pagamentos periódicos dos juros (sem cupom), e com 
prazo de maturidade (vencimento) de 4 anos. Este titulo paga ao investidor no final do 
prazo de maturidade o valor de face mais os juros acumulados do período. 
 
O perfil de pagamentos deste titulo é 
T=0 t=1 t=2 t=3 t=4 
-1.000 0 0 0 1.000 + 464,10 
 
 
4.2.3 Títulos Pré Fixados Sem Cupom (valor futuro dado) 
Um titulo com valor de resgate $1.000,00 paga uma taxa de juros pré fixadas de 10% 
ao ano, sem pagamentos periódicos dos juros (sem cupom), e com prazo de 
vencimento de 4 anos. Colocação do titulo no mercado na data do seu lançamento é 
com desconto. É deste desconto no pagamento inicial que vem o retorno do investidor. 
 
O perfil de pagamentos deste titulo é 
T=0 t=1 t=2 t=3 t=4 
-683,01 0 0 0 1.000 
 
 
 
 
- 51 - 
 
 
4.2.4 Títulos Pós Fixados sem Cupom 
 
Um titulo é lançado hoje e custa $1.000,00. Este titulo paga uma taxa de juros de 8% 
ao ano, mais correção monetária pelo IGP, sem pagamentos periódicos dos juros (sem 
cupom), e com prazo de maturidade (vencimento) de 4 anos. Este titulo paga ao 
investidor no final do prazo de maturidade o valor de face mais os juros acumulados do 
período e mais a correção monetária. Os juros e a correção monetária são 
capitalizados anualmente. 
 
Considere que a taxa de inflação medida pelo IGP foi de 
Ano 1 – 6% 
Ano 2 – 5,7% 
Ano 3 – 5,2% 
Ano 4 – 5,5% 
 
O perfil de pagamentos deste titulo é 
T=0 t=1 t=2 t=3 t=4 
-1.000 0 0 0 1.691,78 
 
 
4.2.5 Títulos Pós Fixados com pgto periódico de juros e CM (com Cupom) 
Um titulo é lançado hoje e custa $1.000,00. Este titulo paga uma taxa de juros de 8% 
ao ano, mais correção monetária pelo IGP, anualmente e com prazo de maturidade 
(vencimento) de 4 anos. Este titulo paga ao investidor no final do prazo de maturidade 
o valor de face mais os juros acumulados do período e mais a correção monetária. Os 
juros e a correção monetária são capitalizados anualmente. 
 
Considere que a taxa de inflação medida pelo IGP foi de 
Ano 1 – 6,0% 
Ano 2 – 5,7% 
Ano 3 – 5,2% 
Ano 4 – 5,5% 
 
O perfil de pagamentos deste titulo é 
T=0 t=1 t=2 t=3 t=4 
-1.000 144,80 141,56 136,16 1.139,40 
 
 
 
 
 
 
- 52 - 
 
 
4.2.6 Títulos Individuais e Carteiras de Títulos 
 
Quando o investidor investe em um titulo individual não precisa de gestor. Quando o 
investidor investe em uma carteira composta por vários titulo individual não precisa de 
gestor. A gestão de uma carteira tem custo. Existem prós e contras entre investir em 
um titulo ou investir em uma carteira. 
 
Investindo em um TÍTULO 
Vamos exemplificar analisando este titulo abaixo 
Um titulo é lançado hoje

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