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COLETANEA DIREITO PENAL 3

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Curso de Direito
DIREITO PENAL IV
(PARTE ESPECIAL)
(Proibida a Reprodução)
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Expediente
Curso de Direito — Coletânea de Exercícios
Direção Nacional do Centro de Ciências Jurídicas
Profa. Solange Ferreira de Moura
Coordenação do Projeto
Prof. Sérgio Cavalieri Filho
Coordenações Pedagógicas
Profa. Sonia Regina Vieira Fernandes
Profº Marcos Lima
Organização da Coletânea
Profa. Daniela Duque-Estrada
Professores Colaboradores
Antônio José Martins Gabriel
Bruno Gilaberte Freitas
Carlos Augusto Manzoni Consentino
Cláudia Serpa Costa Ribeiro
Daniela Bastos Soares
Gisela França
Renato Lisboa Teixeira Pinto
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
	A Metodologia do Caso Concreto aplicada em nosso Curso de Direito é centrada na articulação entre teoria e prática, com vistas a desenvolver o raciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como a discussão de suas aplicações.
	O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a sustentação por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulas mais interativas e, consequentemente, melhorar a qualidade do ensino oferecido.
	Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel do Curso de Direito tão somente oferecer conteúdos de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamos formar profissionais autônomos, críticos e reflexivos.
	Para alcançarmos esse propósito, apresentamos a Coletânea de Exercícios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a solução de uma série de casos práticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxílio do professor.
	Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume de estudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneira disciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.
	A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva, aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.
Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abordado, terá melhores condições de, não só consolidar seus conhecimentos, mas também dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico mais rico e exitoso.
	Além desse, há outros motivos para a adoção desta Coletânea. Um segundo a ser ressaltado, é o de que o método estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incentivando-o à pesquisa e, consequentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.
	Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanças no mundo do conhecimento – e, por conseqüência, no universo jurídico – exigem do profissional do Direito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nas quais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão, per si, suficientes para a resolução das questões práticas a ele confiadas.
Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro profissional, consideramos imprescindível que, desde cedo, desenvolva hábitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade. E isto é proporcionado pela Metodologia do Estudo de Casos.
	No que se refere à concepção formal do presente material, esclarecemos que o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos “Semana”. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdo condizente a Semana nº1. Na segunda, a Semana nº2, e, assim, sucessivamente.
	O período letivo semestral do nosso curso possui 22 semanas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em 15 partes não foi por acaso. Levou-se em consideração não somente as aulas que são destinadas à aplicação das avaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pedagógicas de cada professor.
	Isto porque, o nosso projeto pedagógico reconhece a importância de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor – e a seu critério – nas situações na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.
	A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tornamos as aulas mais interativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os campos da teoria e da prática, no Direito.
	Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obtidos pelo aluno nesta disciplina estão intimamente relacionados ao esforço despendido por ele na realização das tarefas solicitadas, em conformidade com as orientações do professor. A aquisição do hábito do estudo perene e perseverante, não apenas o levará a obter alta performance no decorrer do seu curso, como também potencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.
	Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres, há estudo com perseverança e determinação. Bom trabalho.
Direção do Centro de Ciências Jurídicas
PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DAS COLETÂNEAS DE EXERCÍCIOS
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no início da própria aula.
3- Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos.
4- A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno às provas.
4.1- Caso o aluno falte à AV1 ou à Av2, o professor deverá receber os casos até uma semana depois da prova, atribuir grau e lançar na pauta no espaço específico.
5- Até o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do trabalho relativo às aulas já ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cronológica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuição de pontuação (zero a um), que será somada à que for atribuída à AV1 e AV2 (zero a nove). 
5.1- A pontuação relativa à coletânea de exercícios na AV3 (zero a um) será a média aritmética entre os graus atribuídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zero a um).
6- As provas (AV1, AV2 e AV3) valerão até 9 pontos e serão compostas de questões objetivas, com respostas justificadas em até cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes das Coletâneas de Exercícios, salvo as exceções constantes do regulamento próprio.
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SUMÁRIO
SEMANA 1 Crimes contra os Costumes. Dos Crimes contra a Liberdade Sexual.Estupro. Concurso de pessoas. Estupro e atentado violento ao pudor: distinções e semelhanças. Reflexos da Lei 8072/90. Atentado violento ao pudor. Concurso de crimes. Concurso de Crimes e Conflito Aparente de Normas entre os delitos de estupro e atentado violento ao pudor.
SEMANA 2 Crimes contra os Costumes. Crimes contra a Liberdade Sexual.Posse sexual mediante fraude. Possesexual mediante fraude e estupro: distinções e semelhanças. Atentado violento ao pudor mediante fraude. Semelhanças e dessemelhanças com o atentado violento ao pudor. Assedio Sexual. Distinção com os demais crimes contra os costumes.
SEMANA 3 Crimes contra os Costumes. Da Corrupção de menores. Distinção com o crime previsto na Lei 2.252/54. Disposições gerais sobre os Crimes contra os Costumes.. Formas qualificadas. Os crimes contra os costumes e a Lei n.8072/90 (Crimes Hediondos).Ação penal nos crimes contra os costumes: violência real e ficta. Causas de aumento de pena.
SEMANA 4 Do Lenocínio e Tráfico de Pessoas. Mediação para servir à lascívia de outrem. Favorecimento da prostituição. Semelhanças e dessemelhanças com o delito casa de prostituição. Casa de prostituição. Rufianismo. Distinção com o crime de favorecimento a prostituição. Possibilidades de absorção e concurso de crimes. Tráfico de pessoas. 
 Do ultraje público ao pudor. Ato obsceno. Distinção com o atentado violento ao pudor e injúria. Escrito ou objeto obsceno. Distinção com os delitos previstos nos art. 240 e 241 da Lei 8069/90.
SEMANA 5 Crimes contra o Casamento: Bigamia. Bigamia e falsidade ideológica. Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. Conhecimento de impedimento prévio. Simulação de autoridade para celebração de casamento. Simulação de casamento. 
 Crimes contra o Estado de Filiação: Registro de nascimento inexistente. Parto suposto. Sonegação do estado de filiação. 
Crimes contra a Assistência Familiar: Abandono material. Entrega de filho menor a pessoa inidônea. Distinção com o delito previsto no art. 238 da Lei 8069/90. Abandono intelectual. Abandono moral. 
 Crimes contra o Poder Familiar, Tutela ou Curatela: Induzimento a fuga, entrega arbitrária e sonegação de incapaz. Subtração de incapaz. 
SEMANA 6 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública. 
 Dos crimes de perigo. Incêndio. Semelhanças e dessemelhanças com o crime de dano. Explosão. Distinção com o delito previsto no art. 40 da lei das contravenções penais. Uso de gás tóxico ou asfixiante. Fabrico, fornecimento de explosivos, gás tóxico ou asfixiante. Inundação. Perigo de inundação. Desabamento ou desmoronamento. Subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento. Formas qualificadas de crime de perigo comum: Difusão de doença ou praga. 
 Dos Crimes contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos. Perigo de desastre ferroviário. Atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo. Atentado contra a segurança de outro meio de transporte. Arremesso de projétil. Atentado contra serviço de utilidade pública.Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico. 
 Dos crimes contra a Saúde Pública: Epidemia. Infração de medida sanitária preventiva. Omissão de notificação de doença. Envenenamento de água potável. Corrupção ou poluição de água potável. Falsificação, corrupção ou adulteração de produtos alimentícios.
SEMANA 7 Crimes contra a Saúde Pública. Crimes contra a Paz Pública. 
 Dos Crimes contra a Saúde Pública: Falsificação, corrupção ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Reflexos da Lei n.8072/90. Emprego de processo ou substância não permitida. Invólucro ou recipiente com falsa indicação. Produto ou substância nas condições dos artigos anteriores. Substância destinada a falsificação. Outras substâncias nocivas à saúde pública. Medicamento em desacordo com receita médica. Exercício ilegal da medicina. Charlatanismo. Curandeirismo. 
 Dos Crimes contra a Paz Pública: Incitação ao crime. Apologia de crime ou criminoso. Quadrilha ou bando: o delito de quadrilha ou bando e as Leis n. 8072/1990 e 11343/2006.
SEMANA 8 Crimes contra a Fé Pública. Moeda Falsa. Crimes subseqüentes à falsificação. Figuras típicas. Crimes assemelhados ao de moeda falsa. Petrechos para a falsificação de moeda. Emissão de título ao portador sem permissão legal. 
Da Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos. Falsificação de papel público. O uso de papel falsificado. Petrechos de falsificação. 
Da Falsidade Documental. Falsificação de selo ou sinal público. O uso de selo ou sinal falsificado. Falsificação de documento público. Falsidade contra a previdência social. 
SEMANA 9 Crimes contra a Fé Pública. Continuação. Falsificação de documento particular. Distinção entre falsidade material e ideológica. Falso reconhecimento de firma ou letra. Certidão ou atestado ideologicamente falsos. Falsidade de atestado médico. Reprodução ou alteração de selo ou peça filatélica. Uso de documento falso. Uso de documento falso e falsa identidade: semelhanças. Supressão de documento. Distinção com o crime previsto no art. 356 do CP. Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso. Falsa identidade. Fraude de lei sobre estrangeiros. Adulteração de sinal identificador de veículo automotor. 
SEMANA 10 Crimes contra a Administração Pública. Crimes praticados por Funcionário Público. Peculato. Inserção de dados falsos em sistema de informação. Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento. Emprego irregular de rendas ou verbas públicas. Concussão. Excesso de exação.
SEMANA 11 Crimes contra a Administração Pública. Crimes praticados por Funcionário Público. Corrupção passiva. Facilitação de contrabando ou descaminho. Prevaricação. Condescendência criminosa. Advocacia administrativa. Abandono de função. Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado. Violação de sigilo funcional. Conceito de funcionário público para efeitos penais.
SEMANA 12 Crimes praticados por particular contra a Administração Pública. Usurpação de função pública. Distinção com o estelionato. Resistência. Semelhanças e dessemelhanças com o desacato e a desobediência. Concurso de crimes. Resistência, desobediência e desacato; resistência e lesão corporal; resistência após a consumação do furto. Desobediência. Desacato.
SEMANA 13 Crimes praticados por particular contra a Administração Pública. Tráfico de influência. Corrupção ativa. Contrabando ou descaminho. Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência. Inutilização de edital ou de sinal. Subtração ou inutilização de livro ou documento. Sonegação de contribuição previdenciária. Corrupção ativa em transação comercial internacional. Tráfico de influência em transação internacional.
SEMANA 14 Crimes contra a Administração da Justiça. Reingresso de estrangeiro expulso. Denunciação caluniosa. Comunicação falsa de crime ou contravenção. Auto-acusação falsa. Falso testemunho ou falsa perícia. Corrupção ativa de testemunha ou perito. Coação no curso do processo. Exercício arbitrário das próprias razões.
SEMANA 15 Crimes contra a administração da Justiça. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria em poder de terceiro por determinação judicial. Fraude processual. Favorecimento pessoal e real. Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança. Evasão mediante violência contra a pessoa. Arrebatamento de presos. Motim de presos. Patrocínio infiel, patrocínio simultâneo ou tergiversação. Sonegação de papel ou objeto de valor probatório. Exploração de prestígio. Violência ou fraude em arrematação judicial. Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito. Crimes contra as finanças públicas.
SEMANA 1
Crimes contra os Costumes.
Dos Crimes contra a Liberdade Sexual. Estupro. Estupro e atentado violento ao pudor: Distinções e semelhanças. Forma qualificada. Atentado violento ao pudor. Concurso de Crimes e Conflito Aparente de Normas entre os delitos de estupro e atentado violento ao pudor.
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitosconstitucionais.
aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modo a diferenciar os delitos de estupro e atentado violento ao pudor. 
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos de estupro e atentado violento ao pudor consoante a ocorrência de violência real ou ficta. 
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos delitos contra os costumes: estupro e atentado violento ao pudor por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos, momento consumativo e admissibilidade de tentativa.
diferenciar os delitos de estupro e atentado violento ao pudor das demais figuras típicas contra os costumes. 
analisar as modalidades de concurso de pessoas nos delitos de estupro e atentado violento ao pudor.
diferenciar situações nas quais haja conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de estupro e atentado violento ao pudor.
diferenciar situações nas quais haja conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de ato obsceno, perigo de contágio venéreo, perigo de contágio de moléstia grave, homicídio e lesão corporal.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, capítulos I e II.
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, título VI, capítulo I.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.3, Terceira parte, capítulo I.,1 e 2. 
 • TJPR, Apelação Criminal n. 03517651, Rel. Des. Mendes Silva, julgado em 11/01/2007.
 ● TJRJ, Apelação Criminal n.2007.050.04421, Sétima Câmara Criminal,Rel. Des. Geraldo Prado, julgado em 17/01/2008.
 ● TJRS, Apelação Crime n. 70022024129, Oitava Câmara Criminal, Rel. Des. Fabianne Breton Baisch, julgado em 27/08/2008.
 ● TJMG, Apelação Crime n. 1.0384.05.039856-7/001, Des. Alexandre Victor de Carvalho, julgado em 12/02/2008.
 ● TJMG, Apelação Crime n. 1.0231.00.006757-0/001, Des. Hélcio Valentim, julgado em 23/09/2008.
 ● TJMG, Apelação Criminal n. 1.0686.07.204938-6/001, Rel. Des. Renato Martins Jacob, julgado em 12/11/2008.
 ● TJRJ, Apelação Crime n. 2007.050.04421, Sétima Câmara Criminal Des. Geraldo Prado, julgado em 17/01/2008.
 ● Informativos de Jurisprudência n. 448 e 457, do Supremo Tribunal Federal.
 ● Informativos de Jurisprudência n. 367, 371, do Superior Tribunal de Justiça. 
 ● STF, HC 89770/SP, Relator: Min. Eros Grau, Segunda Turma, Julgamento: 10/10/2006.
 ● STF, HC n. 89827/SP, Rel. Min. Carlos Britto, julgado em 27/02/2007.
 ● STF, HC n. 89827/SP, julgado em 27/02/2007.
 ● STJ, HC n. 61143/RO, Quinta Turma, Rel.Min. Laurita Vaz, julgado em 28/11/2007.
 ● STJ, n., Quinta Turma, Rel.Min. Laurita Vaz, julgado em //2007
 ● STJ, Recurso Especial n. 898.107/MS, Quinta Turma, Rel.Min. Laurita Vaz, julgado em 01/04/2003.
 ● STJ, HC 65380 / SP, Quinta Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 13/02/2007
 ● STJ, Recurso Especial n.891765/GO, Rel.Min.Félix Fischer, julgado em 27/03/2007.
 ● STJ, HC n. 76013/SP, Rel. Min. Félix Fischer, julgado em 06/09/2007 
 ● STJ, HC 80969 / SP, Sexta Turma, Rel. Min. Carlos Fernando Mathias (Juiz Convocado do TRF da 1ª Região, julgado em: 16/08/2007.
 ● STJ, Recurso Especial n.792625/DF, Rel. Min. Félix Fischer, julgado em 10/10/2006.
 ● STJ, EREsp 688.211/SC, Terceira Seção, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 08/10/2008.
 ● STJ, EREsp 666.474/MG, Terceira Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 10/9/2008.
 
Caso Concreto 1
 
O Ministério Público denunciou José, imputando-lhe a prática do crime previsto no artigo 213, combinado com o artigo 224, alínea a, ambos do Código Penal. A denúncia foi feita porque José manteve conjunção carnal com Maria, então com treze anos de idade, em troca de pagamento em dinheiro. No curso da instrução processual, apurou-se que Maria, apesar da pouca idade, era pessoa esclarecida em matéria sexual, possuía boa situação financeira, pois se prostituía desde os onze anos e, antes da cópula, contou a José a sua idade real.
Na qualidade de advogado de defesa constituído por José, exponha, fundamentadamente, todas as teses defensivas que podem ser inferidas da situação hipotética apresentada. (32º EXAME DE ORDEM OAB/RJ. Prova Prático-Profissional).
Caso Concreto 2
Adalto, frustrado pelas negativas de sua mulher Belízia, emprega grave ameaça com o fim de manter relações sexuais com esta por acreditar que o referido ”débito conjugal” lhe assegure o “direito de estuprar sua mulher”. Após a prática da conjunção carnal e irritado com Belízia, Adalto decide procurar outra mulher e dirige-se a um conhecido ponto de prostituição de sua cidade. Horas depois, encontra Débora, pessoa portadora de rara beleza e a indaga acerca de seus serviços. Débora, entretanto, afirma que não é prostituta, mas, garçonete e se nega a manter relações sexuais com Adalto que, ainda muito nervoso, utiliza-se de violência e obriga a vítima a retirar seu vestido, quando é surpreendido pelo fato de Débora tratar-se de um homem e não de uma mulher, razão pela qual praticou com a vítima ato libidinoso diverso da conjunção carnal. Diante do caso concreto, a conduta de Adalto amolda-se, respectivamente, aos tipos penais de estupro e atentado violento ao pudor. Com base nos estudos realizados acerca do concurso de crimes e continuidade delitiva é correto afirmar que os delitos foram perpetrados em continuidade delitiva? 
Questões Objetivas
1)Joel, tio de Renata, residindo em imóvel de familiares dela e aproveitando-se dessa condição, aguardou todos os moradores dormirem e se dirigiu ao quarto da menina, então com 12 anos de idade. Lá deitou-se ao seu lado e passou a acariciar o corpo da criança, com intuito lascivo. A hipótese retrata caso de: (Juiz de Direito/SP).
a) importunação ofensiva ao pudor.
b) ato obsceno.
c) constrangimento ilegal.
d) atentado violento ao pudor.
2) Assinale a opção correta com relação aos crimes de estupro e atentado violento ao pudor: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase)
a)O crime de estupro, quando cometido em sua forma simples, só se enquadra na definição legal de crime hediondo, se dele resultar lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
b) O crime de atentado violento ao pudor com violência presumida não se enquadra na definição legal de crime hediondo, se dele não resultar lesão corporal de natureza
grave ou morte da vítima.
c) O crime de estupro com violência presumida não se enquadra na definição legal de crime hediondo, se dele não resultar lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
d) Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, quando cometidos em sua forma simples ou com violência presumida, enquadram-se na definição legal de crimes hediondos, recebendo essa qualificação ainda quando deles não resulte lesão corporal de natureza grave ou morte da vítima.
SEMANA 2
Dos Crimes contra os Costumes
Crimes contra a Liberdade Sexual. Posse sexual mediante fraude. Posse sexual mediante fraude e estupro: distinções e semelhanças. Atentado ao pudor mediante fraude. Semelhanças e dessemelhanças com o atentado violento ao pudor. Assedio Sexual. Distinção com os demais crimes contra os costumes. 
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modoa diferenciar os delitos de estupro, atentado violento ao pudor dos delitos de posse sexual e atentado ao pudor mediante fraude.
solucionar os casos concretos apresentados em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme a existência de um especial fim de agir de modo a tipificar os delitos de posse sexual e atentado ao pudor mediante fraude. 
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação do delito de assédio sexual por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos, momento consumativo e admissibilidade de tentativa.
diferenciar o delito de assédio sexual das demais figuras típicas, tais como: constrangimento ilegal e importunação ofensiva ao pudor. 
 
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto.Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, capítulos III, IV e V.
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, título VI, capítulo I.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.3, Terceira parte, capítulo I.,3, 4 e 5. 
 ● STJ, HC n 48901/SC, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 21/09/2006.
 ● STF, Inq. n 2033 / DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Nelson Jobim, julgado em 16/06/2004.
 ● TJRS, Recurso Crime n 71000962142, Turmas Recursais, Rel. Angela Maria Silveira, julgado em 04/12/2006.
Caso Concreto 1
Marinéia, assessora da Diretoria da empresa “WRZ”, no Centro de Belo Horizonte, recebe normalmente cantadas de um dos membros da Diretoria, Luiz. Temendo por seu emprego, Marinéia nunca efetuou reclamação alguma. Entretanto, durante a festa de fim de ano promovida pela empresa, Luiz, prevalecendo-se de sua condição, sob o pretexto de entregar-lhe documentos sigilosos a serem analisados até o início do ano seguinte, chama Marinéia em sua sala. Lá chegando, é surpreendida por Luiz que, após trancar a porta, exige favores sexuais em troca da sua permanência no emprego. Estranhando o comportamento de Luiz, Marinéia, já bastante nervosa, responde prontamente de forma negativa e dirige-se à porta da sala. Visivelmente alterado, Luiz grita com Marinéia, e afirma que se ela não concordar com o ato sexual, será demitida. Com os gritos de Luiz e de Marineía, outros funcionários da empresa, com o intuito de ajudá-la, arrombam a porta da sala e encontram Marinéia aos prantos. Constrangido com a cena, Luiz retira-se da sala sem proferir qualquer palavra. No dia seguinte, tão logo chega à Diretoria, Marinéia é procurada por Luiz que lhe pede desculpas sob o argumento de haver bebido demais na véspera, e que tudo não teria passado de um mal entendido. Marinéia, revoltada, não aceita o pedido de desculpas e diz a Luiz que apenas foi à empresa a fim de avisá-lo que iria procurar um advogado e ir à polícia denunciá-lo. Ante o exposto, com base na legislação penal vigente e nos estudos realizados sobre os crimes contra os costumes, é correto afirmar que a conduta de Luiz é típica? Responda de forma fundamentada.
Caso Concreto 2
 Robson, professor de Luciane, propõe-lhe a monitoria de sua turma em troca de manterem relações sexuais. Luciane recusa-se e é de pronto forçada a manter cópula vaginal com Robson. Semelhante ato sexual é precedido de carícias pelo corpo de Luciane, assim como da submissão da aluna à prática de sexo oral em Robson. Em virtude de tais fatos, Robson é condenado às penas mínimas dos crimes de assédio sexual e estupro, em concurso material de crimes tendo sido o delito de atentado violento ao pudor considerado crime-meio para a prática do estupro e, portanto, consoante o princípio da consunção, absorvido por este. Ante o exposto, considerado os posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais sobre o tema, foi correta a tipificação e, conseqüente, cominação de pena aplicada à conduta de Robson? Responda de forma fundamentada. 
Questões Objetivas
Abelardo, aproveitando-se do fato de ser médico ginecologista e da ingenuidade de suas pacientes, sob o pretexto de realizar exames preventivos de câncer de mama, pratica atos libidinosos com três delas a fim de satisfazer sua concupiscência. Nesse caso, com base na legislação penal vigente acerca dos crimes contra os costumes, é correto afirmar que Abelardo praticou o(s) crime(s) de:
a) atentado violento ao pudor e assédio sexual.
b) atentado violento ao pudor e posse sexual mediante fraude.
c) atentado ao pudor mediante fraude.
c) atentado ao pudor mediante fraude e constrangimento ilegal.
João, empresário, encontra-se com Maria, serventuária do banco em que sua empresa possui conta corrente, num determinado bar de Porto Alegre. Com o objetivo de manter relações sexuais com ela, João dá início a diversas investidas verbais tentando convencê-la a dirigirem-se ao seu apartamento a fim de chegarem a um “entendimento”. Maria não aceita o convite. João, então, passa a ameaçá-la com a perda de seu emprego, uma vez que o gerente do banco é seu amigo e lhe deve um favor.Premida pela ameaça, ela decide acompanhá-lo. No apartamento, Maria vem a ser coagida fisicamente a manter coito vagínico com João. Nesse caso, é correto afirmar que João praticou o(s) crime(s) de:(Exame de Ordem – 1ª Fase. OAB/RS. 2005).
 
estupro e assédio sexual.
estupro.
assédio sexual.
constrangimento ilegal. 
SEMANA 3
Corrupção de menores.
Corrupção de menores. Os crimes contra os costumes e a Lei n.8072/90 (Crimes Hediondos). Ação penal nos crimes contra os costumes: violência real e ficta. 
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modo a diferenciar os delitos de estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude, assedio sexual e corrupção de menores . 
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos de estupro e atentado violento ao pudor consoante a ocorrência de violência real ou ficta. 
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos delitos contra os costumes por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a diferenciar os delitos de corrupção de menores, previsto no Código Penal, do delito previsto Lei n 2.252/54. 
solucionar os casos concretos apresentados, de modo a analisar a incidência das figuras qualificadas dos crimes contra os costumes.
solucionar os casos concretos apresentados, de modo a analisar a incidência da Lei n.8072/1990 e seus consectários penais.
solucionar os casos concretos apresentados, de modo a analisar a Ação Penal cabível para o crime contra os costumes apresentado.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto.Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, capítulos VII e X .
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, título VI, capítulos II e IV.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.3, Terceira parte, capítulo II.,1 e capítulo III. 
● TJPR, Apelação Criminal n. 03517651, Rel. Des. Mendes Silva, julgado em 11/01/2007.
 • TJRS, Apelação Crime n. 70025763574, Oitava Câmara Criminal, Rel. Des. Mario Rocha Lopes Filho, julgado em 05/11/2008.
 ● TJRS, Apelação Crime n. 70022024129, Oitava Câmara Criminal,Rel. Des. Fabianne Breton Baisch, julgado em 27/08/2008.
 ● TJRS, Apelação Crime n 70025763574, Oitava Câmara Criminal, Rel. Des. Mario Rocha Lopes Filho, julgado em 05/11/2008.
 ● STJ, Recurso Especial n. 898.107/MS, Quinta Turma, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 01/04/2003.
 ● STJ, Agravo Regimental HC 95425 / RS, Sexta Turma, Rel. Min. Nilson Naves, julgado em 28/08/2008. 
 ● STJ, HC 80969 / SP, Sexta Turma, Rel. Min. Carlos Fernando Mathias (Juiz Convocado do TRF da 1ª Região, julgado em: 16/08/2007. 
 ● TJRJ, HC n. 2007.059.01377, Segunda Câmara Criminal, Rel. Des. Kátia Jangutta, julgado em 17/04/2007.
 ● Informativos n. 456 e 464 do Supremo Tribunal Federal.
 ● Informativo n. 334 do Superior Tribunal de Justiça.
 
Caso Concreto 1
 
Enilton, brasileiro, com 23 anos de idade, casado, previamente combinado com Lúcia, brasileira, solteira, com 19 anos de idade, e tendo contado com o apoio efetivo desta, enganou Sofia, brasileira, com 13 anos de idade, dizendo-se curandeiro, e, a pretexto de curá-la de uma suposta síncope, com ela manteve conjunção carnal consentida, o que acarretou a perda da virgindade da adolescente. Ato contínuo, enquanto Lúcia segurava a adolescente, Enilton, contra a vontade da garota, praticava vários atos libidinosos diversos da conjunção carnal, o que provocou, embora inexistente a intenção de lesionar, a incapacidade de Sofia, por mais de 30 dias, para as ocupações habituais. Considerando a situação hipotética apresentada, tipifique a(s) conduta(s) de Enilton e Lúcia. (36º Exame de Ordem OAB- Cespe/UnB. Prova Prático-Profissional).
Caso Concreto 2
Zelindo e Zélia, pais de Zildete, procuram o Promotor de Justiça e oferecem representação para que o Ministério Público denuncie Horácio. Alegam eles que Zildete, menor de 16 anos, foi seduzida e corrompida por Horácio que se aproveitou de sua inexperiência para conseguir conjunção carnal. Acrescentam que Zildete nunca tinha mantido relação sexual até então. Embora haja provas de todo o alegado, e esteja preenchida a condição do art. 225, § 1º, I, o Promotor esclarece que o crime de sedução (art. 217, do Código Penal) foi revogado em 2005. Antes de promover o arquivamento, porém, resolve ouvir a ofendida Zildete, quando então verifica que ela é completamente alienada, circunstância perceptível a quem quer que seja. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos de estupro, posse sexual mediante fraude e corrupção de menores, o membro do parquet solucionará o caso concreto tipificando a conduta de Horácio em algum(ns) deste(s) delito(s)? Responda de forma fundamentada.
Questões Objetivas
 
 1) Caio, sabedor da grave doença mental de Luiz, convence-o a praticar conjunção carnal com Maria, sua vizinha, de oito anos de idade. Antes da realização da conjunção, estando Maria já sem roupa, José, pai da menor, adentra o recinto e retira sua filha do local, chamando a polícia em seguida. Enquanto Luiz retirava a roupa de Maria, Caio permaneceu assistindo, visando obter satisfação pessoal. Indique o delito praticado por Caio: (Delegado de Polícia/RJ – 1ª Fase):
 a) corrupção de menores com o aumento do art. 9º, da Lei n. 8072/90.
 b) tentativa de estupro com o aumento do art. 9º, da Lei n. 8072/90.
 c) atentado violento ao pudor com o aumento do art. 9º, da Lei n. 8072/90.
 d) crime previsto no art. 240, do Estatuto da Criança e Adolescente.
 e) irrelevante penal.
2)Com relação ao crime de estupro praticado mediante violência real, na sua forma simples, assinale a alternativa INCORRETA: (Exame OAB/MG, 1ª Fase).
a) no caso do referido crime ser praticado individualmente, somente pessoa do sexo masculino pode figurar como sujeito ativo.
b) uma prostituta pode figurar como sujeito passivo.
c) lesões corporais leves são elementos constitutivos do crime, sendo por ele abrangidas.
d) a ação penal é privada.
SEMANA 4
 Do Lenocínio e Tráfico de Pessoas e Do Ultraje Público ao Pudor
Do Lenocínio e Tráfico de Pessoas. Mediação para servir à lascívia de outrem. Favorecimento da prostituição. Semelhanças e dessemelhanças com o delito casa de prostituição. Casa de prostituição. Rufianismo. Distinção com o crime de favorecimento a prostituição. Possibilidades de absorção e concurso de crimes. Tráfico de pessoas. 
Do ultraje público ao pudor. Ato obsceno. Distinção com o atentado violento ao pudor e injúria. Escrito ou objeto obsceno. Distinção com os delitos previstos nos art. 240 e 241 da Lei 8069/90.
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modo a diferenciar os delitos de lenocínio, tráfico de pessoas e ultraje público ao pudor dos demais crimes contra os costumes. 
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos de mediação para servir à lascívia de outrem, favorecimento da prostituição, casa de prostituição, rufianismo, tráfico de pessoas e ultraje público ao pudor.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos delitos de lenocínio, tráfico de pessoas e ultraje público ao pudor por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos, momento consumativo e admissibilidade de tentativa.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a diferenciar os delitos de posse sexual mediante fraude e atentado ao pudor mediante fraude da figura típica de mediação para servir à lascívia de outrem. 
solucionar os casos concretos apresentados de modo a diferenciar os delitos de favorecimento da prostituição, casa de prostituição e rufianismo de modo a solucionar os casos concretos nos quais haja conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos.
analisar as modalidades de concurso de pessoas nos delitos de lenocínio, tráfico de pessoas e ultraje público ao pudor .
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto.Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, capítulos XI a XVIII .
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, título VI, capítulos V e VI.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.3, Terceira parte, capítulo IV e V. 
● STJ, Recurso Especial n. 870055 / SC, Quinta Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 27/02/2007. 
● TJMG, Apelação Crime n. 1.0210.05.027402-1, Rel. Des. Beatriz Pinheiro Caires, julgado em 08/05/2008.
 • TJMG, Apelação Crime n. 1.0223.02.093909-4, Rel. Des. Hyparco Immesi, julgado em 15/05/2008.
Caso Concreto 1
 
Jonas, durante um almoço de confraternização realizado anualmente com os ex-colegas de turma da graduação do curso de medicina, oferece seu apartamento de praia, situado na região litorânea de Santa Catarina, conhecida como Bombinhas, aos seus colegas a fim de desfrutarem a famosa praia, o que foi prontamente aceito por Mauro, Paulo e Roberto. Paulo e Roberto utilizaram-se do imóvel diversas vezes em companhia de mulher e noiva, respectivamente. Mauro, entretanto, ao utilizar-se do imóvel, vez por outra, esteve acompanhado de garotas de programa, conhecidas como “call girl” ou “escort”. Ante o exposto, caso Jonas tenha anuído com a conduta de Mauro, é correto afirmar que a condutas de Jonas é típica? Responda de forma fundamentada com base nos estudos realizados acerca dos delitos de mediação para servir à lascívia de outrem, favorecimentoda prostituição e casa de prostituição e respectivos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais sobre o tema.
Caso Concreto 2
 
Leonardo e Cláudio, colegas de faculdade, após festa de aniversário de Beto, outro colega, embriagados, decidem ir direto até à faculdade a fim de aguardar a chegada dos demais colegas para as aulas das 7h. Lá chegando, por volta das 6h da manhã, encostam-se no portão principal da mesma e urinam de forma displicente, sem qualquer preocupação com quem quer que possa vir a passar pelo local. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, é correto afirmar que as condutas de Leonardo e Cláudio são típicas? Ainda, o fato de estarem embriagados altera sua situação jurídico-penal: Responda de forma justificada.
Questões Objetivas
1) Analise a seguinte questão apresentada: (Juiz de Direito/SP)
 Maria, moça vinda do interior e sem familiares nesta urbe, reside em apartamento por ela própria alugado no centro de São Paulo, onde passou, com habitualidade, a se prostituir de forma discreta, mediante paga, em razão de não arranjar emprego e após ter sido abandonada pelo companheiro. Vizinhos, inconformados com a movimentação anormal de pessoas no apartamento de Maria, chamaram a polícia, querendo uma providência de cunho criminal. Anote-se que João, amigo de infância de Maria, compadecido de sua situação, por vezes a visitava, levando alguns bens para complementar seu sustento, contribuindo vez por outra no pagamento do aluguel do imóvel. Do exposto, conclui-se que:
a) Maria, cometeu o crime de manter casa de prostituição.
b) Não há ilícito penal na espécie.
c) João praticou o crime de rufianismo.
d) Maria praticou a contravenção de vadiagem (art.59 da Lei das Contravenções Penais – “entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita”).
2) Tício, conhecido rufião, intermedeia junto a Mélvio, contratação de 04 (quatro) garotos de programa para atender sexualmente seu melhor cliente na Europa. Para isso, promove a saída dos mesmos do Brasil, pagando suas passagens de avião. Pergunta-se: (27º Exame de Ordem. OAB/RJ).
Tício não praticou nenhum crime previsto na Lei Penal Brasileira 
Tício praticou o crime tipificado no art. 230 do Código Penal Pátrio 
Tício praticou violação do novo tipo penal descrito no art. 231 do Código Penal 
Não, Tício não violou o tipo do art. 231 do Código Penal, visto que o tipo penal não incrimina intermediação ou promoção à prostituição 
SEMANA 5
Crimes contra a família. Crimes contra o Casamento. Crimes contra o Estado de Filiação. Crimes contra a Assistência Familiar. Crimes contra o Poder Familiar, Tutela ou Curatela.
Crimes contra o Casamento: Bigamia. Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento. Conhecimento de impedimento prévio. Simulação de autoridade para celebração de casamento. Simulação de casamento. 
Crimes contra o Estado de Filiação: Registro de nascimento inexistente. Parto suposto. Sonegação do estado de filiação. 
Crimes contra a Assistência Familiar: Abandono material. Entrega de filho menor a pessoa inidônea. Distinção com o delito previsto no art. 238 da Lei 8069/90. Abandono intelectual. Abandono moral. 
Crimes contra o Poder Familiar, Tutela ou Curatela: Induzimento a fuga, entrega arbitrária e sonegação de incapaz. Subtração de incapaz. 
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos contra a Família.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos crimes contra o Casamento, contra o Estado de Filiação, contra a Assistência Familiar e contra o Poder Familiar, Tutela ou Curatela, por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de sonegação e subtração de incapaz.
 solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de subtração de incapaz, seqüestro e extorsão mediante seqüestro.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.4, capítulos XIX a XXXIII .
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, título VII, capítulos I a IV.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.3, Quarta parte, capítulos I a IV. 
● TJRS, Apelação Crime n 70013265608, Sexta Câmara Criminal, Rel. Des. João Batista Marques Tovo, julgado em 07/12/2005.
● STJ, RHC 17.569/SP, Quinta turma, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 19/5/2005.
 
 
Caso Concreto 1
 
Caio, em 15 de janeiro de 2005, contraiu casamento civil com Rosélia. Em 20 de março de 2007, sem desfazer o vínculo do casamento anterior, contrai novo casamento civil com Lívia, ocultando-lhe o casamento anterior. Em 10 de outubro de 2007, o fato chega ao conhecimento da autoridade policial da cidade que, imediatamente, instaura inquérito policial para apurar o fato, indiciando o agente pelo delito de bigamia. Iniciada a ação penal, Caio descobre que seu segundo matrimônio foi celebrado por pessoa que não tinha autoridade para celebrar casamentos e que não fora, sequer, registrado em livro próprio, informando tal fato imediatamente ao seu advogado. Na qualidade de defensor do acusado, com base nos estudos sobre os crimes contra a família, solucione o caso concreto e apresente a tese defensiva cabível.
Caso Concreto 2
 
Tício, após um breve relacionamento amoroso com Mévia, viaja a trabalho para o exterior e, logo após sua saída do Brasil, Mévia engravida de Semprônio que se recusou a assumir a paternidade da criança. Desesperada com a situação, Mévia envia uma carta a Tício afirmando estar grávida e ser ele o pai. Tício, acreditando em Mévia, retorna ao Brasil e, logo após o nascimento da criança, registra-a como sendo seu filho. Passados alguns meses, Semprônio, arrependido, resolve reconhecer a paternidade de seu filho e, como conseqüência, Tício acaba sendo processado como autor do delito previsto no art. 242 do Código Penal (registrar como sendo seu o filho de outrem), sendo Mévia considerada partícipe da conduta. Diante dos fatos narrados, com base nos estudos sobre os crimes contra a família,
se deve prosperar a pretensão da acusação? Responda fundamentadamente.
Questões Objetivas
1) Carlos resolve contrair casamento com Marcela, ocultando-lhe um impedimento que pode causar a nulidade do ato. Iniciada a cerimônia, antes da manifestação de vontade dos nubentes, Ricardo aparece no cartório e revela a todos o impedimento existente, impedindo que a solenidade chegue ao final. Diante dos fatos, é correto afirmar que:
a. Carlos não poderá ser processado pelo delito previsto no art. 236 do Código Penal.
b. Carlos responde pelo crime previsto no art. 236 do Código Penal, consumado.
c. Carlos responde pelo crime previsto no art. 236 do Código Penal, tentado.
d. Carlos responde pelo crime previsto no art. 237 do Código Penal, consumado.
2) Caio, separado judicialmente, exercita seu direito à visitação do filho menor que vive sob a guarda da mãe, retirando-o na sexta-feira no final da tarde e comprometendo-se a entregá-lo no domingo, após o almoço. Ocorre, porém,que não cumpre o prometido, entregando o menor quatro dias depois do combinado, sendo, entretanto, reconhecido pela própria mãe da criança, que esta foi muito bem tratada pelo pai durante o período em que esteve com o mesmo.
a. Caio responde pelo delito de seqüestro e cárcere privado.
b. Caio responde pelo delito de subtração de incapazes.
c. Caio não pode responder por nenhum crime, pois é pai da criança.
d. Caio foi autor do delito de subtração de incapazes, mas será beneficiado pelo perdão judicial.
SEMANA 6
Dos Crimes contra a Incolumidade Pública. Dos Crimes contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos. Dos crimes contra a Saúde Pública.
 Dos Crimes contra a Incolumidade Pública. Dos crimes de perigo comum. Incêndio. Explosão. Uso de gás tóxico ou asfixiante. Inundação. Perigo de inundação. Desabamento ou desmoronamento. Subtração, ocultação ou inutilização de material de salvamento. Difusão de doença ou praga. 
 Dos Crimes contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos. Perigo de desastre ferroviário. Atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo. Atentado contra a segurança de outro meio de transporte. Arremesso de projétil. Atentado contra serviço de utilidade pública. Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico. 
 Dos crimes contra a Saúde Pública.
Epidemia. Infração de medida sanitária preventiva. Omissão de notificação de doença. Envenenamento de água potável. Corrupção ou poluição de água potável. Falsificação, corrupção ou adulteração de produtos alimentícios.
Objetivos Específicos 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos de perigo comum, contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos e contra a Saúde Pública.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação de perigo comum, contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos e contra a Saúde Pública por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos, momento consumativo e admissibilidade de tentativa.
aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modo a diferenciar os delitos de perigo comum, contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos e contra a Saúde Pública dos delitos de perigo comum dos demais delitos de perigo previstos no Código Penal e na legislação extravagante, a saber: Lei n. 7170/1983, Lei n.8069/1990, Lei n.9605/1998 e Lei n. 10826/2003.
solucionar os casos concretos apresentados consoante a distinção entre os delitos de perigo comum, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos.
solucionar os casos concretos apresentados consoante a distinção entre os delitos de perigo comum, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos.
solucionar os casos concretos apresentados consoante a distinção entre os delitos contra a Segurança dos Meios de Transporte e outros Serviços Públicos, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos.
solucionar os casos concretos apresentados consoante a distinção entre os delitos contra a Saúde Pública, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto.Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, capítulo XXXIV a LV.
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, título VIII, capítulo I a III.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.3, Quinta parte, capítulo I. 
● TJMG, Apelação Criminal n 1.0686.02.054609-5/001, Rel. Des. Beatriz Pinheiro Caíres, julgado em 07/04/2005.
● TJRJ, Apelação Criminal n. 2007.050.00929, Terceira Câmara Criminal, Rel. Des. Des. Manoel Alberto, julgado em 28/08/2007.
● TSE, HC n 481/ BA, Rel.Min.Fernando Neves, julgado em 23 de março de 2004.
Caso Concreto 1
Arnaldo e Leôncio, colegas de faculdade, ao final da festa à fantasia promovida pela comissão de formatura de sua turma, realizada em boate conhecida na cidade, cuja rua é extremamente movimentada, de forma imprudente lançaram no interior de um latão de lixo localizado à frente da boate, concomitantemente, um cigarro aceso e uma garrafa de vodca, ainda pela metade. Com o vazamento da bebida, o latão de lixo incendiou-se e o fogo alastrou-se rapidamente sendo cessado pelos seguranças da boate e demais restaurantes próximos. Da conduta de Arnaldo e Leôncio, o latão de lixo e as mesas utilizadas por uma van de cachorro quente, restaram completamente destruídas sem, contudo, ter ferido qualquer pessoa próxima ao local. Diante do caso concreto apresentado, com base nos estudos realizados, tipifique as condutas de Arnaldo e Leôncio. Responda de forma justificada. 
 
Caso Concreto 2
Kadett a botijão de gás explode e fere seis.
O veículo, movido a gás de cozinha e gás natural, explodiu quando fazia reabastecimento.
(Fonte, Jornal Dário de Natal, 04 de janeiro de 2006).
Um veículo tipo Kadett movido a gás de cozinha (GLP) e a gás natural (GNV) explodiu na madrugada de ontem enquanto abastecia em um posto de combustíveis na Avenida Lauro Monte, no bairro Santo Antônio. Seis pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança de dois anos de idade. O condutor do Kadett, Niebson Alves da Silva, 25 anos, não era o proprietário do carro. O veículo era de um cunhado e no momento do abastecimento ele não modificou um cabo que estava conectado ao botijão e não ao cilindro de GNV, o que teria provocado a explosão. Além do motorista havia outras quatro pessoas no carro. A mãe de Niebson, Jane Alves de Oliveira, e a menina Layane Tétis da Silveira (as duas no banco do carona) e Antonio Marcos, no banco do passageiro. Com a explosão, a garota foi arremessada para fora do veículo. Ela sofreu um corte na cabeça. O passageiro também foi ferido na cabeça. O condutor sofreu ferimentos nas pernas e na cabeça. Até a tarde de ontem apenas Jane Alves continuava internada no Hospital Regional Tarcísio Maia, mas estava fora de perigo. A explosão deixou feridos ainda dois frentistas do posto. Eles foram atingidos pelos destroços do Kadett, que ficou completamente destruído. Um dos funcionários sofreu um corte na perna. Segundo testemunhas que estavam do outro lado da avenida, numa lanchonete, no momento do acidente apenas o Kadett estava no posto. Equipes do Samu e Corpo de Bombeiros foram chamadas para prestar socorro às vítimas e eliminar riscos de novas explosões. O veículo foi apreendido pela Companhia de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE). De acordo com informações da CPRE, o motorista vai responder a procedimento policial e pode ser condenado por crime de utilização indevida de GLP. A pena prevista é de 2 a 4 anos de prisão. O uso de gás de cozinha em veículos é proibido por lei no Brasil. 
Diante do caso exposto, caso Niebson tivesse sido parado em uma “blitz” a caminho do posto de combustíveis e, portanto, antes do acidente, tendo sido descoberto o uso de gás de cozinha (botijão) como combustível, contrário às determinações da ANP, Agência Nacional de Petróleo seria correto tipificar sua conduta como incursa no tipo penal previsto no art. 252, do Código Penal? Responda de forma justificada com base nos estudos realizados sobre os crimes de perigo.
Questões Objetivas
1) Mário telefonou para a gerência de determinado supermercado, dizendo que havia colocado emvárias prateleiras produtos alimentícios adulterados e exigindo quantia em dinheiro para indicar os locais onde eles se encontravam. Como o estabelecimento já havia sofrido essa prática, os responsáveis iniciaram as negociações. Quando do pagamento da quantia pedida, Mário foi preso e descobriu-se que ele não havia colocado na loja os referidos produtos. Que crime foi cometido por Mário? (Juiz de Direito/SC).
 a) extorsão, em conatus;
 b) estelionato tentado;
 c) falsificação ou adulteração de substância alimentícia, tentada;
 d) extorsão consumada;
 e) falsidade ideológica;
2) Constitui crime hediondo segundo a legislação vigente: (Defensor Público/RN)
causar epidemia.
envenenar água potável.
falsificar produtos destinados a fins terapêuticos.
manter em depósito água ou substância envenenada. 
SEMANA 7
Crimes contra a Saúde Pública. Crimes contra a Paz Pública.
 Dos Crimes contra a Saúde Pública: Falsificação, corrupção ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Reflexos da Lei n.8072/90. Emprego de processo ou substância não permitida. Invólucro ou recipiente com falsa indicação. Produto ou substância nas condições dos artigos anteriores. Substância destinada à falsificação. Outras substâncias nocivas à saúde pública. Medicamento em desacordo com receita médica. Exercício ilegal da medicina. Charlatanismo. Curandeirismo. 
 Dos Crimes contra a Paz Pública: Incitação ao crime. Apologia de crime ou criminoso. Quadrilha ou bando: o delito de quadrilha ou bando e as Leis n. 8072/1990 e 11343/2006.
 
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos contra a Saúde Pública e contra a Paz Pública.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos crimes contra a Saúde Pública e contra a Paz, por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de exercício ilegal da medicina, charlatanismo, curandeirismo e estelionato.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de incitação ao crime e apologia ao crime ou criminoso.
aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie de modo a tipificar o delito de bando ou quadrilha previsto no Código Penal e solucionar os casos concretos apresentados consoante a distinção entre este e os delitos previstos na legislação extravagante, a saber: Lei n. 8072/90 e Lei n. 11343/2006.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto.Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, Capítulos LXVI a LXVIII .
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, Título VIII, capítulo III e Título IX.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.4, Quinta e Sexta Partes.
● Informativos de Jurisprudência n. 499,500, 502, 509, 510, 519, 521, 522, 526, 529, 530 e 531, todos do Supremo Tribunal Federal
 ● STF, HC n. 84223 / RS, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 03/06/2008. 
 ● STF, HC n. 92183 / PE, Rel. Min. Carlos Britto, julgado em 18/03/2008.
 ● STF, HC n.94034 / SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/06/2008. 
 ● STF, HC n. 93291/RJ, Rel. Min. Menezes Direito, julgado em 18/03/2008.
 ●STJ, HC n. 49194/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, julgado em 26/06/2007.
Caso Concreto 1
 
Em APARECIDA: Médico Charlatão aplica golpe na população e foge deixando rombo no comércio do alto sertão.
(Reportagem de Hélder Fernandes e Levi Dantas em 14/04/2003; Texto disponível em: http//: www.obeabadosertao.com.br). 
 No ano de 2003, após nove meses de convívio e confiança como novo médico contratado pelo município de Aparecida/ PB, através de divulgação realizada pela Internet a população da pacata cidade foi surpreendida com a noticia de que fora enganada pelo agente que, na verdade, utilizara-se de documentos de identificação pessoal e profissional falsos, dentre eles: diploma de conclusão do curso de Medicina pela Universidade Federal do Ceará e cédula de identidade de médico expedida pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná. O médico, identificado como Dr.Edílson Rodrigues da Silva Júnior, de fato existe, exerce sua profissão no Estado do Ceará e, segundo informações prestadas pelos funcionários da Prefeitura de Aparecida, declarou ter tido seus documentos roubados há mais de quatro anos do ocorrido em Aparecida. 
 A população de Aparecida, ao ser entrevistada, de forma unânime declarou simpatizar-se com o falso médico, razão pela qual o mesmo ganhara a confiança de todos, tendo sumido da cidade deixando dívidas em torno de R$100.000,00 no comércio da região. Ainda com base nos relatos da população, o falso médico atendia diariamente em seu consultório e “prescrevia receitas”, utilizando, na maioria das vezes, medicamentos da farmácia básica. Há, inclusive, casos narrados sobre a eficácia de seu tratamento como o de uma senhora, acometida de problemas de artrite crônica, que obteve cura após ser receitada pelo mesmo. As investigações sobre o ocorrido foram realizadas em sigilo. 
Diante dos fatos narrados, com base nos estudos realizados sobre o tema, solucione o caso concreto de modo a tipificar a conduta do “falso médico”. Responda de forma justificada.
Caso Concreto 2
 André, Bruno, Carlos e Daniel, este menor com apenas 17 anos de idade, se associam de forma estável e permanente para praticarem crimes contra o patrimônio. A autoridade policial, diligente em suas funções, descobre a formação de quadrilha e representa pela decretação da prisão dos maiores envolvidos. Após a decretação da prisão, a defesa, em pedido de relaxamento de prisão, argumenta que a conduta é atípica, visto que Daniel é menor inimputável, e porque os quadrilheiros não chegaram a cometer qualquer delito. Diante do exposto, analise, justificadamente, as razões defensivas.
Questões Objetivas
1) Acerca dos crimes contra a saúde pública, assinale a alternativa correta: 
a) A falsificação de detergentes de cozinha, para que uma marca de baixo custo passe por outra de maior valor, caracteriza o crime do art. 273 do CP.
b) Há crime de exercício ilegal da medicina quando determinada pessoa, passando-se por médico, receita medicamentos a outra, sem que o faça rotineiramente.
c) Configura-se o delito previsto no art. 278 do CP no fornecimento a outrem de substância classificada pela ANVISA, em ato normativo, como droga.
d) O crime de infração de medida sanitária preventiva é doutrinariamente classificado como delito de perigo abstrato.
2) Assinale a opção correta a respeito de curandeirismo e charlatanismo.(Exame de Ordem OAB/SP . JAN 2008).
a) Charlatanismo não é crime, mas contravenção penal.
b) Curandeirismo e charlatanismo são sinônimos; portanto são tratados em um único dispositivo legal do Código Penal.
c) No crime de curandeirismo, o agente ilicitamente exerce atividade de diagnosticar e prescrever substâncias ao paciente.
d) No curandeirismo, o crime se consuma com o prejuízo financeiro da vítima.
SEMANA 8
Dos Crimes contra a Fé Pública.
Moeda Falsa. Crimes subseqüentes à falsificação.Crimes assemelhados ao de moeda falsa. Petrechos para a falsificação de moeda. Emissão de título ao portador sem permissão legal. 
Da Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos. Falsificação de papel público. O uso de papel falsificado. Petrechos de falsificação.
Da Falsidade Documental. Falsificação de selo ou sinal público. O uso de selo ou sinal falsificado. Falsificação de documento público. Falsidade contra a previdência social. 
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos contra a Fé Pública.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos crimes contra a Fé Pública por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos moeda falsa e estelionato, bem como a responsabilização penal pela falsificação de moeda praticada por funcionário público.
 solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de falsificação de papel público e estelionato, bem como a responsabilização penal pela falsificação de documento público e, respectivo uso.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
( BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, Capítulos LXIX a LXXVII .
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, Título X, capítulos I, II e III.
( PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.4, Primeira parte, Capítulos I, II e III. 
● Verbete de Súmula n. 73 do Superior Tribunal de Tustiça.
● STF, HC n. 84.412/SP, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 19/04/2004.
 ● STJ, Recurso Especial n. 964047/DF, Quinta Turma, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 25/10/2007.
 ● STJ, Conflito de Competência n. 82647/TO, Terceira Seção, julgado em 22/08/2007.
 ● STJ, HC n. 57404 /PB, Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Gallotti, julgado em 20/03/2007.
 ● STJ, HC 90136 / RJ, Quinta Turma, Ministra Jane Silva (Desembargadora convocada do TJ/MG, julgado em 20/11/2007.
 ● Verbete de Súmula n. 17 do Superior Tribunal de Justiça. 
Caso Concreto 1
 João, cansado da vida de trabalhador pouco remunerado, resolve aderir à pratica de condutas ilícitas. Para tanto, decide comprar uma impressora e passa a imprimir cédulas de R$ 30,00 (trinta reais). Após alguns dias, João vai até uma loja e faz a aquisição de um forno elétrico avaliado em R$ 200,00 reais (duzentos reais), pago com as referidas cédulas falsificadas. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes de moeda falsa e assemelhados, tipifique a conduta de João. Justifique sua resposta consoante o entendimento jurisprudencial e doutrinário dominante.
Caso Concreto 2
Cassandra, lavadeira, mãe de cinco filhos, após encontrar no bolso do blazer de uma de suas clientes, Cássia, um talonário de cheques em branco, dirigiu-se a uma loja de eletrodomésticos, onde, mediante falsificação da assinatura em todas as folhas de cheque do talonário, adquiriu a máquina de lavar roupas “de seus sonhos”, no valor de R$2.000,00 (dois mil reais), mediante o pagamento das respectivas prestações por meio dos cheques pós-datados falsificados, certa de que a cliente sequer perceberia a compensação dos mesmos em sua conta corrente, com a ajuda de um funcionário da loja, emocionado com a felicidade de Cassandra, levou sua máquina, em um carrinho, imediatamente para casa. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, é correto tipificar a conduta de Cassandra como incursa nos tipos penais de falsidade de documento público, art. 297,§2º e 171, caput, na forma do art. 69, todos do Código Penal? Responda de forma justificada em consonância com o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante. 
Questões Objetivas
1) Com relação aos crimes contra a Fé Pública, julgue as assertivas abaixo:
I - O tipo penal de moeda falsa prescinde do elemento subjetivo dolo, pois realizado está o crime pelo mero risco social de ser mantida em circulação a moeda falsificada.
II. No crime de moeda falsa é necessária a imitatio veritatis, mas não se exige perfeição na imitatio veri, sendo necessário que os caracteres exteriorizadores da moeda tenham aptidão para induzir a engano número indeterminado de pessoas.
III – Caso o crime de moeda falsa tenha como sujeito ativo funcionário público, ou a ele equiparado, e este venha a obter lucro com a prática da conduta típica de falsificação é possível sua responsabilização em concurso formal de crimes com o delito de peculato ou, qualquer delito contra o patrimônio.
IV – O crime de moeda falsa exige, para sua configuração, que a falsificação não seja grosseira e, possuindo potencialidade lesiva para circular como se verdadeira fosse, é crime de competência da Justiça Federal.
a) as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
c) todas as assertivas são verdadeiras.
d) as assertivas I, II e IV são verdadeiras.
2) Viviane esteve em uma locadora de filmes e, fazendo uso de documento falso, preencheu o cadastro e locou vários DVDs, já com a intenção de não devolvê-los. Nessa situação hipotética, por ter causado à casa comercial prejuízo equivalente ao valor dos DVDs, Viviane praticou, segundo o CP, o delito de: (137° Exame OAB/SP Cespe- UnB, 1ª Fase).
a) uso de documento falso.
b) estelionato.
c) furto mediante fraude.
d) apropriação indébita.
SEMANA 9
Dos Crimes contra a Fé Pública.
Continuação. Falsificação de documento particular. Falsidade ideológica: distinção entre falsidade material e ideológica. Falso reconhecimento de firma ou letra. Certidão ou atestado ideologicamente falsos. Falsidade de atestado médico. Reprodução ou alteração de selo ou peça filatélica. Uso de documento falso. Uso de documento falso e falsa identidade: semelhanças. Supressão de documento. Distinção com o crime previsto no art. 356 do CP. Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso. Falsa identidade. Modalidades típicas. Fraude de lei sobre estrangeiros. Adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Causa de aumento de pena.
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais.
solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos contra a Fé Pública.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos crimes contra a Fé Pública por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de falsidade material e ideológica, bem como no caso de preenchimento de papel assinado em branco
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de falsificação e estelionato; falsificação e bigamia, falsificação de atestado médico e estelionato, bem como a responsabilização penal pela falsificação de documento e, respectivo uso.
solucionar os casos concretos apresentados,nos casos em haja confronto entre o uso de documento falso e falsa identidade.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos em haja confronto entre os delitos de sonegação de papel ou objeto de valor probatório e supressão de documento.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos em haja confronto entre o delito de falsa identidade e a utilização de documento de passaporte falso.
solucionar os casos concretos apresentados, nos casos em haja confronto entre os delitos de adulteração de sinal identificador, como por exemplo, chassi e seu confronto com os delitos de estelionato e falsificação de documento público.
Bibliografia / Jurisprudência:
Para resolução dos casos o acadêmico poderá consultar os livros didáticos constantes na Bibliografia Básica da Disciplina, bem como outros autores indicados por seu professor.
●BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal.São Paulo: Saraiva.v 4, Capítulos LXXVIII a XC. 
( CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.v.3, Título X, capítulos I, II, III e IV.
(PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. São Paulo: RT. v.4, Primeira parte, Capítulos III e IV. 
 ● TJDF, Apelação Criminal n. 2001011088041-5, Rel. Des. Roberval Casemiro Belinati, julgado em 09/05/2007.
 ● STJ, HC 94.452/SP, Sexta Turma, Rel. Min. Jane Silva (Desembargadora convocada do TJ-MG), julgado em 12/08/2008.
 ● STJ, HC n. 70930/SP, Quinta Turma, Rel. Min. Laurita Vaz, Julgado em 28/10/2008.
 ● STF, HC n. 84533/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 14/09/2004.
 ● Informativos n. 353, 363,365, 366, 368, 369, 372 e 374 do Superior Tribunal de Justiça.
 ● Informativos n. 361, 471, 487, 493, 499, 500, 504, 531 e 532 do Supremo Tribunal Federal
 
Caso Concreto 1
 
Adalto, com auxílio financeiro de um amigo de infância, Cláudio, cursou e foi aprovado na Escola XKL de Formação de Pilotos de Helicóptero. Entretanto, ao solicitar a obtenção de licença de piloto privado de Helicóptero, foi-lhe exigido como requisito para obtenção da referida licença a apresentação de certificado de conclusão de, no mínimo, ensino fundamental (1º grau). Desesperado por não ter o certificado exigido e, também, por ter omitido este fato a Cláudio, Adalto decide falsificar o documento e o entrega juntamente com os demais. Descoberta a conduta de Adalto pelos órgãos competentes do Serviço Regional de Aviação Civil, este foi denunciado como incurso nos delitos previstos nos art. 297, caput, e art. 304, caput, em concurso de crimes, todos do Código Penal. Com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a fé pública, está correta capitulação feita na denúncia? Responda, de forma justificada, consoante entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. 
Caso Concreto 2
 
Claudionor, decidido a convencer sua noiva Orieta a se casar, inventa que fora contratado para exercer uma função de gerência em uma rede de estabelecimentos comerciais e, como forma de provar seu feito, mostra-lhe seu cartão de crédito internacional e o talonário de cheques de conta corrente no qual consta ser “cliente preferencial”. Ante o exposto, sendo certo que Claudionor subtraiu a cédula de identidade de seu primo Cláudio, trocou a foto deste pela sua e utilizou a carteira de identidade como se fosse sua para obter a aprovação da abertura da citada conta corrente e respectivo cartão de crédito, é correto afirmar que sua conduta caracteriza o delito de falsa identidade? Responda fundamentadamente com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a fé pública. 
Questões Objetivas
1) Antonio e João são sócios de uma empresa. Antonio, sem conhecimento de João, para que a empresa pagasse valor menor de imposto sobre circulação de mercadorias, anota, falsamente, na segunda via da nota fiscal, valor diferente daquele que correspondia à transação realizada. Com isso, pagou imposto menor do que era devido. Em face de sua conduta, Antônio: (SINAES/ ENADE 2006).
a) comete crime contra a ordem tributária, não podendo João ser responsabilizado pelo crime porque, no direito penal, a responsabilidade é subjetiva.
b) não comete crime contra a ordem tributária, mas falsidade, punida mais gravemente, não podendo João ser responsabilizado pelo crime, porque, no direito penal, a responsabilidade é subjetiva.
c) comete crime contra a ordem tributária, podendo João ser responsabilizado pelo crime, porque, sendo sócio da empresa, usufruiu da sonegação.
d) não comete crime contra a ordem tributária, mas falsidade, punida mais gravemente, podendo João ser responsabilizado pelo crime, porque, sendo sócio da empresa, usufruiu da sonegação.
e) e, também, João poderão ser acusados pelo crime contra a ordem tributária se, também, for acusada a empresa, pessoa jurídica.
2) Aquele que omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devesse constar, ou nele inserir ou fizer inserir declaração falsa ou diversa da que devesse ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante praticará o crime de: (136° Exame OAB/SP Cespe- UnB, 1ª Fase)
a) falsificação de papéis públicos.
b) falsificação do selo ou sinal público.
c) falsidade ideológica.
d) falsificação de documento público.
 59
SEMANA 10
Crimes contra a Administração Pública.
Crimes praticados por Funcionário Público. Peculato. Figuras típicas: Peculato furto, peculato culposo, peculato desvio, peculato mediante erro de outrem. Inserção de dados falsos em sistema de informação. Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento. Emprego irregular de rendas ou verbas públicas. Excesso de exação.
Objetivos Específicos: 
O aluno deverá ser capaz de:
 ● compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais de modo a analisar a aplicação de princípios constitucionais aos crimes contra Administração Pública, inclusive, o principio da insignificância.
 ● solucionar os casos concretos apresentados corretamente em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais atribuindo a responsabilidade penal ao agente conforme sua culpabilidade de modo a tipificar os delitos contra a Administração Pública diferenciando os crimes funcionais próprios e impróprios para fins de aplicação do preceito estabelecido no art. 30, do Código Penal acerca da comunicabilidade das circunstâncias pessoais nos caso de concurso de pessoas.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a analisar a tipificação dos crimes contra a Administração Pública por meio de seus elementos objetivos, subjetivos e normativos, bem como aplicar os conceitos de funcionário público e, funcionário público por equiparação, previstos no Código Penal.
solucionar os casos concretos apresentados de modo a diferenciar o conceito de funcionário público, previsto no Código Penal, de autoridade pública, prevista na Lei n 4898/1965 por meio da natureza das funções exercidas; aplicação do princípio da especialidade e derrogação tácita de dispositivos do Código Penal.
● solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de Peculato furto, peculato culposo, peculato desvio, peculato mediante erro de outrem. 
● solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de peculato, falsificação de documento, furto e apropriação indébita.
● solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento e corrupção passiva.
● solucionar os casos concretos apresentados, nos casos de conflito aparente de normas ou concurso de crimes entre os delitos de emprego irregular de rendas ou verbas públicas e peculato.