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AVALIACAO FISIOTERAPEUTICA DA FUNCIONALIDADE

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Curso de Fisioterapia 
 
 
 
 
 
 
GABRIELLE SIDRIM DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DA FUNCIONALIDADE DO 
IDOSO COM BASES NO ÍNDICE KATZ E ESCALA MIF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2008 
 
 1
GABRIELLE SIDRIM DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DA FUNCIONALIDADE DO 
IDOSO COM BASES NO ÍNDICE KATZ E ESCALA MIF 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Graduação em Fisioterapia da 
Universidade Veiga de Almeida como 
requisito para obtenção do título de 
Fisioterapeuta. 
 
 
 
Orientador: Profº Jorge Barboza 
 
Rio de Janeiro 
2008 
 
 2
 
GABRIELLE SIDRIM DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DA FUNCIONALIDADE DO 
IDOSO COM BASES NO ÍNDICE KATZ E ESCALA MIF 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia de Conclusão de Curso 
apresentada ao Curso de Fisioterapia da 
Universidade Veiga de Almeida, como 
requisito para obtenção do título de 
Fisioterapeuta. 
 
 
 
Aprovada em: ____/____/2008. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
Prof. Dr. Jorge Barboza 
Universidade Veiga de Almeida - Presidente da Banca Examinadora. 
 
 
Prof. Dr. ____________________________ 
Universidade Veiga de Almeida - Membro da Banca Examinadora. 
 
 
Prof. Dr. ____________________________ 
Universidade Veiga de Almeida - Membro da Banca Examinadora. 
 
 
 
 
 
 3
RESUMO 
 
O envelhecimento populacional mundial é um tema muito estudado nos 
dias atuais. Com o envelhecimento o corpo humano apresenta diversas 
modificações, podendo fazer com que a capacidade funcional do idoso 
diminua. O objetivo deste trabalho é uma revisão da literatura em relação a 
dois instrumentos de avaliação da capacidade funcional do idoso, o índice Katz 
e a escala de medida de independência funcional. Com base neste estudo 
conclui-se que uma avaliação correta da capacidade funcional do idoso é de 
fundamental importância para um bom programa de tratamento fisioterapêutico. 
 
Palavras-chave: Funcionalidade. Idoso. Índice de Katz. Medida de 
Independência Funcional (MIF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
 
 
 
ABSTRACT 
 
The worldwide population aging is a theme very studied in nowadays. 
With the aging the human body presents several modifications, that can 
decreases the senior’s functional capacity. The aim of this work is a revision 
about the literature between two instruments of evaluation of the senior's 
functional capacity: the Katz index and the scale of functional independence 
measure. Based on this study I have concluded that a correct evaluation of the 
senior's functional capacity is extremelly important for a good program of 
fisiotherapeutics treatment. 
 
Key-Words: Functionality. Elderly. Katz Index. Functional Independence 
Measure (FIM). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 06 
 
CAPÍTULO 1 ENVELHECIMENTO ...................................................................... 08 
1.1 Envelhecimento comum e bem-sucedido ................................................... 09 
1.1.1 Envelhecimento normativo ........................................................................... 10 
1.2 Senescência e Senilidade ............................................................................. 10 
1.3 Teorias sobre o envelhecimento.................................................................. 11 
1.3.1 Relógio Biológico.......................................................................................... 12 
1.3.2 Erro Catastrófico .......................................................................................... 13 
1.3.3 Proteínas Alteradas ...................................................................................... 14 
1.4 Fatores que influenciam no envelhecimento .............................................. 15 
1.4.1 Fatores intrínsecos ....................................................................................... 15 
1.4.2 Fatores extrínsecos ...................................................................................... 17 
1.5 Alterações que ocorre devido o envelhecimento ....................................... 19 
 
CAPÍTULO 2 CAPACIDADE E INCAPACIDADE FUNCIONAL .......................... 24 
2.1 Atividades da Vida diária .............................................................................. 26 
2.1.2 Atividades instrumentais da vida diária ........................................................ 27 
 
CAPÍTULO 3 AVALIAÇÂO FUNCIONAL ............................................................. 29 
3.1 Instrumentos de avaliação ........................................................................... 30 
3.1.1 Índice de Katz .............................................................................................. 30 
3.1.2 Escala de medida de independência funcional ............................................ 36 
 
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 40 
 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial característico 
de países desenvolvidos e em países em desenvolvimento (KALACHE et al, 
1987). No Brasil, a população idosa, idade maior ou igual à 60 anos, 
aumentou absurdamente, passou de 3 milhões em 1960 para 14 milhões em 
2002 (aumento de 500% em quarenta anos) e tem estimativa para alcançar 32 
milhões em 2020 (LIMA-COSTA & VERAS, 2003). 
Devido este envelhecimento da população, houve maior interesse por 
estudos sobre o tema e a preocupação por um envelhecimento saudável está 
cada vez mais presente na sociedade. 
Com este crescimento mundial da população idosa, a preocupação em 
relação à capacidade funcional vem aparecendo com destaque. Esse aumento 
gera maior probabilidade de ocorrência de doenças crônicas e, com isto, 
levando ao desenvolvimento de incapacidades associadas ao envelhecimento 
(RICCI at al, 2005). 
O envelhecimento biológico normal leva o indivíduo à uma diminuição 
das reservas funcionais do organismo, este efeito é observado em todos os 
aparelhos e sistemas do corpo humano: muscular, ósseo, nervoso, circulatório, 
pulmonar, endócrino e imunológico. Porém a velocidade do declínio varia muito 
entre os tecidos, assim como de uma pessoa para outra (VANDERVOORT, 
2000). Essas diversas modificações que ocorre no corpo, como as alterações 
físicas, fisiológicas e cognitivas tornam o indivíduo mais propenso à morte. 
Estas alterações podem ocorrer devido a fatores intrínsecos e extrínsecos 
(GARBELLINI, 2007). 
 Com o envelhecimento há uma diminuição da capacidade funcional da 
pessoa, tornando-a dependente em algumas atividades realizadas no dia-a-dia. 
Para mensurar essa dependência é necessária uma avaliação correta da sua 
funcionalidade, para identificação das principais deficiências e dificuldades. A 
partir desta avaliação correta do nível de incapacidade do individuo, é possível 
aumentar o efetivo das terapias propostas, através de uma prescrição 
complementar quanto aos cuidados necessários para amenizar e suprir as 
 
 7
deficiências funcionais e prevenir possíveis complicações queadvenham de 
uma dependência existente, visando a melhor qualidade de vida deste 
paciente, tornando sua vida mais confortável e independente possível. 
(YUASO & SGUIZZATTO, 1996). 
 O diagnóstico baseado somente na avaliação clínica torna-se 
inadequado com a real condição de saúde dos indivíduos idosos, já que nesta 
faixa etária os níveis de funcionalidade e independência são dados mais 
importantes do que apenas a presença de condições mórbidas (RICCI at al, 
2005). 
 Há diversos instrumentos para realização destas avaliações da 
funcionalidade do idoso, neste presente trabalho será abordado o Índice Katz 
de Independência nas atividades da vida diária e a escala de medida de 
independência funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
 
 
1 ENVELHECIMENTO 
 
 O envelhecimento é um processo lento, caracteriza-se pelas perdas 
progressivas e muitas vezes irreversíveis das capacidades fisiológicas e 
órgãos, dos sistemas e de adaptação e certas situações de estresse, inicia-se 
em algum momento da vida do ser humano e acentua-se em diferentes 
ocasiões (MIATELO, 1978; MOTTA 1989). 
Segundo Confort (1979), o envelhecimento se caracteriza por redução 
da capacidade de adaptação do equilíbrio homeostático perante situações de 
sobrecarga funcional do organismo. 
Filho & Alencar (2000) definem o envelhecimento como a redução da 
capacidade de sobreviver. O envelhecimento pode ser conceituado como um 
processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas 
como funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam progressiva 
perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, 
ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos 
que levam o individuo à morte. 
O termo envelhecimento é muito empregado para descrever as 
mudanças morfofuncionais ao longo da vida que ocorrem após a maturação 
sexual e que, progressivamente compromentem a capacidade de respostas 
dos indivíduos ao estresse ambiental e à manutenção da homeostasia 
(NETTO, 1996). 
Mobbs (2001) definiu envelhecimento como um processo gradual e 
espontâneo de mudanças biológicas do homem, que resulta na maturação e no 
crescimento durante a infância, puberdade e idade adulta, e no declínio durante 
a meia-idade e a idade tardia. 
Para Baltes & Baltes (1990), o envelhecimento é mundialmente 
reconhecido como um processo heterogêneo, “caracterizado por ampla 
variabilidade interindividual”, um processo multidimensional. 
Pode-se considerar o envelhecimento, como admite a maioria dos 
biogerontologistas, como a fase de todo um continuum que é a vida, 
começando esta com a concepção e terminando com a morte. Ao longo desse 
 9
continuum é possível observar fases de desenvolvimento, puberdade e 
maturidade, entre as quais podem ser identificados marcadores biofisiológicos 
que representam limites de transição entre as mesmas. O exemplo é a 
menarca como marcador do início da puberdade na mulher. Ao contrário do 
que acontece com as outras fases, o envelhecimento não possui um marcador 
biofisiológico de seu início. De qualquer forma, a demarcação entre maturidade 
e envelhecimento, a qual este período aparentemente segue, é arbitrariamente 
fixada, mais por fatores socioeconômicos e legais do que biológicos (NETTO, 
1996). 
A incapacidade de mensurar o fenômeno do envelhecimento, que está 
intimamente vinculada à dificuldade de definir a idade biológica, justifica a falta 
de segurança para adotar quaisquer das teorias existentes sobre o fenômeno. 
Os mesmos motivos justificam a inexistência de uma definição de 
envelhecimento que atenda aos múltiplos aspectos que o compõem. 
Respeitando-se as limitações assinaladas e dentro de uma visão 
prioritariamente biogerontológica, o envelhecimento é conceituado como um 
processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, 
funcionais, bioquímicas e psicológicas, que determinam perda da capacidade 
de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior 
vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por 
levá-lo à morte (NETTO, 1996). 
 
1.1 Envelhecimento Comum e Bem-Sucedido 
 
Hoje em dia, admite-se duas formas distintas de envelhecimento: usual 
ou comum e bem-sucedido ou saudável. 
No envelhecimento comum estão presentes fatores extrínsecos (tipo de 
dieta, sedentariedade, dentre outros) que aumentam os efeitos adversos que 
ocorrem com o passar dos anos, já no envelhecimento bem-sucedido estes 
fatores estão presente em menor intensidade e importância ou até mesmo não 
estariam presentes. 
Para Rowe e Kahn (2001), a definição de envelhecimento bem-sucedido 
se dá quando as pessoas apresentam um baixo risco de doença e 
incapacidades (que apresentam, por exemplo, fatores de estilo de vida 
 10
saudável, tais como dieta adequada, ausência do hábito de fumar e prática de 
atividades físicas); que estão utilizando ativamente habilidades de resolução de 
problemas, conceitualização e linguagem; que estão mantendo contatos sociais 
e estão participando em atividades produtivas (voluntariado; trabalho 
remunerado ou não remunerado). 
Rowe e Kahn (1998) apresentam três indicadores de envelhecimento 
saudável: baixo risco de doenças e de incapacidades funcionais; 
funcionamento mental e físico excelentes; e envolvimento ativo com a vida. 
 
1.1.1 Envelhecimento Normativo 
 
De acordo com Odenheimer et al (2004), o conceito de envelhecimento 
normal alterou-se ao longo das últimas gerações. 
Segundo Fox & Hollander (1990), desde que o normal não pode ser 
adequadamente definido, é impossível selecionar “pessoas idosas normais” 
como controle ou como material para estudo dos efeitos da idade. Afirmam 
inclusive que a expressão envelhecimento normativo representaria o processo 
natural de desenvolvimento em fases avançadas da vida. 
Este envelhecimento pode ser dividido em dois tipos: primário e 
secundário. 
O envelhecimento normativo primário seria definido como universal 
presente em todas as pessoas, geneticamente determinado ou pré-
programado. 
Já o envelhecimento normativo secundário representa o resultado de 
algumas influências externas e variável entre indivíduos em diferentes meios, 
seria decorrente de fatores cronológicos, geográficos e culturais. 
 
1.2. Senescência e Senilidade 
 
 Senescência é o período da vida que inicia após os 30 anos quando 
começam a ocorrer alterações que refletem as diminuições normais em todos 
os sistemas orgânicos (HARRIS, 2005). 
A senescência e a senilidade freqüentemente são acompanhadas do 
declínio da mobilidade (OLIVEIRA, GORETTI, & PEREIRA, 2006). 
 11
A senescência é um fenômeno fisiológico, arbitrariamente identificado 
pela idade cronológica, sendo considerado um envelhecimento sadio porque o 
declínio físico e mental é lento e compensado pelo organismo (DUARTE, 
SANTOS & GONÇALVES, 2002). 
O termo senescência pode ser empregado para descrever as mudanças 
que ocorrem no organismo humano relacionado com a idade, alterando e 
afetando adversamente suas funções e vitalidade, aumentando assim a taxa de 
mortalidade em função do tempo. Senescência pode ser considerado um 
somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas próprias do 
envelhecimento normal, natural (NETO & CUNHA, 2006). 
Jamet et al (2004) relataram que a senescência, afeta 
desfavoravelmente o equilíbrio, produzindo mudanças em todos os níveis do 
controle postural, propiciando desordens nas três funções principais: os 
receptores sensoriais, o processamento cognitivo central ea execução da 
resposta motora. 
Senilidade é caracterizada por um declínio gradual no funcionamento de 
todos os sistemas do corpo humano e por modificações determinadas por 
afecções que freqüentemente acometem a pessoa idosa. A senilidade seria o 
estágio final da senescência, quando o risco de mortalidade beira os 100% 
(NETO & CUNHA, 2006). 
Segundo a senilidade caracteriza-se pelo declínio físico associado à 
desorganização mental. Curiosamente, a senilidade não é exclusiva da idade 
avançada, mas pode ocorrer prematuramente porque é identificada com uma 
perda considerável do funcionamento físico e cognitivo, observável pelas 
alterações na coordenação motora, a alta irritabilidade, além de uma 
considerável perda de memória (DUARTE, SANTOS & GONÇALVES, 2002). 
 
1.3 Teorias sobre envelhecimento 
 
Diversas teorias são estudas para tentar explicar e entender o processo 
de envelhecimento, algumas não apresentam qualquer base científica, outras 
ainda não foram testadas. 
1.3.1 Relógio Biológico 
 
 12
 Teoria que sugere que todas as pessoas possuem uma quantidade finita 
de substância vital que quando esgotada resulta em envelhecimento e morte 
(HARRIS, 2005). 
Há várias evidências que estabelecem o fato que fatores genéticos são 
fundamentais no processo de envelhecimento. Assim, acredita-se que cada 
espécie de ser vivo apresenta uma duração máxima de vida, que seria 
determinada pelo seu padrão genético (NETTO & BORGONOVI, 1996). 
Nos processos de crescimento e desenvolvimento observa-se que 
certos gens apresentam uma ação definida em certas fases da vida. Assim, o 
envelhecimento seria a continuação do programa de diferenciação que teria a 
morte como fase derradeira (FILHO & ALENCAR, 2000). 
Alguns autores seguem a hipótese do envelhecimento estar relacionado 
com os genes responsáveis por esse fato e, assim sendo, a duração máxima 
da vida das espécies seria determinada por um relógio biológico controlado por 
seu padrão genético. O relógio seria administrado pelas histonas, proteínas 
que decidem se a atividade de determinado gene será ou não expressa 
(LUSTRI & MORELLI, 2007). 
Este relógio biológico é regulado de maneira diferente nas várias 
espécies, procurando manter sempre a relação entre os eventos (FILHO & 
ALENCAR, 2000). 
É importante ressaltar que em algumas pesquisas foram separados o 
núcleo do citoplasma e verificou-se que o núcleo vive mais tempo. Da mesma 
forma, verificaram a capacidade de divisão dessas células juntando núcleos 
jovens com citoplasmas jovens. Esses estudos demonstraram que o controle 
do relógio pode estar no núcleo celular (LUSTRI & MORELLI, 2007). 
Os autores que defendem esta teoria, admitem que as células teriam um 
relógio biológico intrínseco, ou seja, uma seqüência de eventos programados 
dentro do genoma, que dariam origem ao processo de envelhecimento, que 
seria a continuação do programa de diferenciação, isto é, uma extensão do 
programa de crescimento e desenvolvimento (NETTO & BORGONOVI, 1996). 
 Outros estudos propõem que a coordenação do processo de 
envelhecimento se localiza no sistema nervoso central, sugerindo que esse 
controle encontrava-se na hipófise, pois em estudo de hipofisectomia em ratos, 
contrariando as expectativas, os ratos apresentaram maior sobrevida. Também 
 13
houve melhora na capacidade de síntese de RNA a partir do DNA, fato muito 
reduzido com o envelhecimento (LUSTRI & MORELLI, 2007). 
 
1.3.2 Erro Catastrófico 
 
 Teoria proposta por Orgel (1963), afirma que erros na síntese de uma 
proteína podem ser utilizados na síntese de outras proteínas, levando à uma 
diminuição progressiva da fidelidade e à eventual acumulação de proporções 
de proteínas aberrantes, potencialmente letais. Estes erros assumem 
significado especial quando afetam proteínas envolvidas na síntese de DNA, 
resultando na perda de fidelidade do DNA replicado, aumentando, 
conseqüentemente, as mutações somáticas e originando, eventualmente, 
patologias e disfunção celular (MOTA, FIGUEIREDO & DUARTE, 2004). 
A transcrição por uma enzima alterada poderia determinar suspensão 
e/ou inversão de uma ou mais seqüências de bases purínicas ou pirimidínicas 
que constituem o código genético. A conseqüência da transcrição do equivoco 
seria reunião de seqüências incorretas de aminoácidos, levando à produção de 
proteínas anormais, que terminariam por levar à deterioração orgânica e à 
morte (NETTO & BORGONOVI, 1996). 
Processos incorretos de transcrição e/ou de tradução dos ácidos 
nucléicos reduziriam a eficiência celular a um nível incompatível com a vida. 
Essa hipótese diverge das teorias de mutação somática e de dano ao DNA, 
pois afirma que o erro na informação incide sobre outras moléculas que não o 
DNA. A idéia básica contida nessa teoria é de que a capacidade da célula de 
produzir seu conjunto normal de proteínas funcionais depende não apenas da 
correta especificação genética das seqüências polipeptídicas, mas também da 
fidelidade do aparato de síntese protéica. Mesmo que o genoma não contenha 
nenhuma mutação somática ou dano no DNA, erros poderiam acontecer 
durante o processo de tradução (NETO & CUNHA, 2006). 
Se as proteínas ou RNAs erroneamente traduzidos tivessem função na 
síntese protéica, esses erros seriam transmissíveis e cumulativos, levando a 
um efeito exponencial chamado de “erro catastrófico”. Um erro catastrófico 
aconteceria quando a freqüência de erros alcançasse um valor no qual um ou 
mais processos vitais para a célula assumissem uma ineficiência letal. Se 
 14
morrerem células em quantidades suficientes para causar esse efeito, o 
resultado seria o decréscimo na capacidade funcional que caracteriza o 
envelhecimento (NETO & CUNHA, 2006). 
Além disto, outros argumentos se contrapõem à hipótese de Orgel, pois 
pesquisas básicas sobre o envelhecimento têm mostrado que: 1) a transcrição 
e translação mantêm-se inalteradas com o avançar da idade; 2) o 
envelhecimento é caracterizado pela constância da seqüência de aminoácidos 
de uma grande variedade de proteínas fisiologicamente importantes (NETTO & 
BORGONOVI, 1996). 
 
1.3.3 Proteínas Alteradas 
 
É a possibilidade que mudanças na estrutura da proteína podem ocorrer 
após serem produzidas, mudando a atividade enzimática e assim, 
comprometendo a eficiência da célula, podendo ocorrer acúmulo de proteínas 
alteradas com o avançar da idade. Tais alterações poderiam, constituir fator 
fundamental para redução da função celular. Essas modificações que surgem 
na pós-síntese seriam resultantes de alterações enzimáticas que ocorreriam 
com a idade. A presença de moléculas protéicas anormais em células idosas 
poderia ser também resultado da redução da degradação (NETTO & 
BORGONOVI, 1996). 
Possivelmente, as enzimas alteradas são moléculas de longa vida e 
residem que na célula por um longo tempo, o bastante para sofrerem uma 
desnaturação sutil no ambiente citoplasmático. Proteínas alteradas 
representariam um caso especial do conceito de ligações cruzadas, 
envolvendo mudanças conformacionais que poderiam ser tanto reversíveis 
(como no uso de pontes de hidrogênio para alterar a forma) como irreversíveis 
(uso de ligações covalentes para estabelecer ligações com outras moléculas) 
(NETO & CUNHA, 2006). 
Um outro fator a ser levado em conta na hipótese de proteínas alteradas 
é o processamento de proteínas. Essa atividade parece ficar mais lenta com a 
idade, devido a mudanças desconhecidas nas vias citoplasmáticas de 
degradação. A idéia de que proteínas anormais se acumulam com o passar do 
tempo é comprovada pelo aumento da probabilidade de as proteínas de vida 
 15longa sofrerem uma modificação pós-tradução e de se alterarem com a idade, 
ao mesmo tempo em que a taxa de degradação diminui. Assim, a alteração das 
propriedades enzimáticas pode afetar a célula de modo mais abrangente do 
que o reduzido número de enzimas mostraria (NETO & CUNHA, 2006). 
A agressão contínua das células somáticas durantes dias, meses e 
anos, por diferentes fatores, pode determinar mutações ou alterações ao acaso 
de alguns genes e, como conseqüência, haveria acúmulo progressivo de 
alterações cromossômicas e, portanto, na síntese de várias moléculas 
protéicas. As células divisíveis parecem apresentar maior capacidade de 
reparar o DNA alterado. No entanto, nas células cerebrais e nas fibras 
cardíacas, os danos são irrecuperáveis, pois elas não são substituídas (FILHO 
& ALENCAR, 2000). 
 
1.4 Fatores que influenciam o envelhecimento 
 
São diversos fatores que podem influenciar o envelhecimento, nos 
fatores intrínsecos têm-se os fatores genéticos, radicais livres, ligações 
cruzadas, ligação de DNA-Histona e outros. Nos fatores extrínsecos têm a 
radiação, temperatura, poluição, alimentação e tensão emocional. Muitos 
destes fatores internos e externos ainda precisam ser mais estudos. 
 
1.4.1 Fatores intrínsecos 
 
- Genético 
 
 Os genes podem ser úteis para promover a longevidade ou prejudiciais 
encurtando o ciclo de vida (HARRIS, 2005). 
 As características do envelhecimento e a duração da vida são próprias 
de cada espécie. Os progressos tecnológicos, o avanço da medicina, a 
melhora das condições sócio-econômicas têm influenciado e prolongado a 
expectativa média de vida, porém o tempo máximo de vida do ser humano 
permanece em torno de 120 anos, o que demonstra que todo o progresso 
médico e tecnológico não influenciou o processo de envelhecimento. Acredita-
se que cada espécie de ser vivo apresente uma duração máxima de vida que 
 16
seria determinada pelo seu padrão genético. No entanto, a avaliação da 
herança genética é difícil, pois o envelhecimento é processo complexo, soma 
de vários fatores que agem durante a vida (FILHO & ALENCAR, 2000). 
 
- Radicais Livres 
 
Entende-se por radical livre de maneira simples, qualquer átomo ou 
molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua 
última camada eletrônica (FERREIRA & MATSUBARA, 1997). 
 Isto torna esse átomo ou molécula altamente reagente, combinando-se 
com as moléculas próximas, principalmente aminoácidos contendo grupo 
sulfidril e ácidos graxos insaturados. Os radicais livres surgiriam no organismo 
em reações metabólicas normais e também em resposta a influencias internas 
e externas, como isquemia, radiação e drogas. Os radicais livres provocariam 
alterações orgânicas devido às reações com enzimas, lípides, colágeno, 
hormônios e também com DNA e RNA. Em conseqüência dessas reações 
ocorreriam alterações celulares, teciduais e também genéticas que estariam 
relacionadas com o processo de envelhecimento (FILHO & ALENCAR, 2000). 
 
- Ligações Cruzadas 
 
 O colágeno é uma proteína de tecido conectivo encontrada 
principalmente nos ligamentos, tendões, cartilagens, músculos, válvulas 
cardíacas e vasos sangüíneos. À medida que o indivíduo envelhece, mais 
colágeno é formado, surgindo ligações cruzadas que tornam a estrutura mais 
resistente e quase inflexível. Com o aumento da rede de ligações cruzadas no 
envelhecimento, os processos de difusão seriam alterados, a permeabilidade 
dos vasos sangüíneos se modificaria, resultando na passagem menos eficiente 
de nutrientes e metabólitos entre as células e os vasos sangüíneos (FILHO & 
ALENCAR, 2000). 
 
 
- Ligação DNA-Histona 
 
 17
 As histonas são proteínas básicas pequenas que consistem de um 
domínio globular, em que o filamento de DNA se enrola, porém se separa 
facilmente também, deixando-o livre para transcrição do RNA. No 
envelhecimento, as ligações de DNA-histona seriam mais estáveis, 
determinando modificações em algumas propriedades físico-químicas do DNA 
e causando alterações na transcrição. Estas alterações na expressão do gen 
seriam responsáveis pelas modificações na síntese protéica (MENDITI & 
KANG, 2007). 
 
1.4.2 Fatores Extrínsecos 
 
É muito difícil avaliar o real valor de um fator ambiental ou externo, pois 
os dados obtidos em laboratório não são observados no homem (FILHO & 
ALENCAR, 2000). 
 
- Radiação 
 
 A radiação em doses pequenas ou em única dose pode aumentar o 
número de aberrações cromossômicas em animais. São importantes a idade 
em que aconteceu a exposição, a quantidade recebida, o tempo e o número de 
exposições. Os efeitos da radiação sobre o DNA variam segundo o agente 
(NETTO & BORGONOVI, 1996). 
 Em sobreviventes das explosões atômicas no Japão, em 1945, verificou-
se maior incidência de neoplasias relacionadas à proximidade do local da 
explosão, porém não foram observadas manifestações precoces de 
envelhecimento através de variáveis morfológicas e funcionais (FILHO & 
ALENCAR, 2000). 
 
- Temperatura 
 
O ser humano, devido à sua capacidade de termorregulação e à 
utilização de meios de proteção contra variações da temperatura. No entanto, o 
homem submetido a temperaturas próximas a 50ºC ou a 0ºC e sem meios de 
proteção, tolera-se por pouco tempo, surgindo precocemente alterações 
 18
orgânicas que podem até levá-lo à morte. Verifica-se, portanto, que é difícil 
estabelecer para o homem relação entre temperatura e longevidade, mas 
parece que o clima temperado, sujeito a pequenas variações, seria o mais 
propício à espécie humana (FILHO & ALENCAR, 2000). 
 
- Poluição 
 
 A contaminação do ar pelo monóxido de carbono, bastante intensa nas 
grandes cidades é a maior causa de incidência de doenças pulmonares 
crônicas e de suas complicações, aumentando o índice de mortalidade por 
problemas respiratórios, contudo, não está provado que este fator interfira no 
processo de envelhecimento propriamente dito (FILHO & ALENCAR, 2000). 
 
- Alimentação 
 
Inúmeros estudos têm demonstrado que a alimentação pode, em certos 
casos, afetar o processo de envelhecimento. 
 Segundo Confort (1979), o mecanismo pelo qual agiria este fator 
dietético ainda é obscuro, embora se suspeite de que atuaria nos mecanismos 
de síntese protéica, retardando os processos que levariam à sua deterioração. 
 
- Tensão Emocional 
 
 O estado de tensão emocional é responsabilizado pela maior incidência 
de diversas infecções como, por exemplo, a aterosclerose, porém discute-se 
sua influência no processo de envelhecimento. Em estudos, Bourlière analisou 
este fato e observou dentro de um grupo de 40 idosos, os indivíduos ulcerosos 
tinham menos capacidade física, declínio mais rápido da capacidade intelectual 
e maior estado de tensão, assim pode-se descartar a tensão emocional como 
aceleradora do processo de envelhecimento. O envelhecimento é um 
fenômeno extremamente complexo, que pode ser influenciado por inúmeros 
fatores, muitos dos quais ainda permanecem obscuros (FILHO & ALENCAR, 
2000). 
 
 19
1.5 Alterações que ocorre devido ao envelhecimento 
 
Marca-se o envelhecimento biológico pela diminuição da taxa 
metabólica, o que se reflete na demora do intercâmbio de energia do 
organismo nervoso, a energia (capacidade de reserva), usada em excesso, não 
é totalmente recuperada, uma vez que o aumento da idade celular decorrente 
de menor capacidade para a divisão celular resulta em desaceleracão 
funcional. Assim, o envelhecimento do tecido resultado da mudança das 
células renováveis para não renováveis. (MCARDLE & KATCH, 1998). 
À medida que aumentaa idade cronológica as pessoas tornam-se 
menos ativas, suas capacidades físicas diminuem e, com alterações 
psicológicas que acompanham a idade (depressão, estresse, sentimento de 
velhice), existe ainda a diminuição maior da atividade física que 
consequentemente facilita a aparição de doenças crônicas, que, contribuem 
para deteriorar o processo de envelhecimento. A maioria dos efeitos do 
envelhecimento acontece por imobilidade e má adaptação e não somente por 
doenças crônicas (MATSUDO et al,2000). 
Uma das mais evidentes alterações que ocorrem com o aumento da 
idade cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o processo de 
envelhecimento, existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na 
composição corporal. 
Com o envelhecimento existe uma diminuição da estatura, esta perda é 
de aproximadamente 1 cm por década e começa acontecer por volta de 40 
anos de idade. Essa perda de estatura se deve à diminuição do arco do pé, ao 
aumento das curvaturas da coluna, a uma diminuição no tamanho da coluna 
vertebral devido à perda de água nos discos intervertebrais decorrentes dos 
esforços de compressão a que são submetidos (figura 1). (LUSTRI & 
MORELLI, 2007). 
Fiatarone-Singh (1998), fala que este evento se deve à compressão 
vertebral, o estreitamento dos discos e a cifose. Este processo parece ser mais 
rápido nas mulheres do que nos homens, devido principalmente, a prevalência 
de osteoporose na pós-menopausa. 
 
 
 20
 Figura 1. Diferença de estatura entre um adulto e um idoso 
 
 Fonte: LUSTRI & MORELLI, 2007. 
 
A pele e os pêlos seguem direções próprias conforme suas linhas de 
tensão, a pele fica menos elástica por causa da alteração da elastina e ocorre a 
diminuição da sua espessura e do tecido subcutâneo, levando ao aparecimento 
das rugas. Observa-se uma diminuição da atividade das glândulas sudoríparas 
e sebáceas, resultando em uma pele áspera e seca, mais sujeita a lesões e 
infecções. Os melonócitos podem sofrer alterações no seu funcionamento e, 
consequentemente, levar à formação de manchas hiperpigmentadas, marrons, 
lisas e achatadas, principalmente na face e no dorso da mão. Há diminuição 
geral dos pêlos, por todo o corpo, exceto narinas, orelha e sobrancelhas. As 
células do córtex, com o envelhecimento perdem pigmento, resultando cabelos 
brancos (LUSTRI & MORELLI, 2007). 
O indivíduo idoso apresenta um aumento dos diâmetros da caixa 
torácica e do crânio, a continuidade de crescimento do pavilhão auditivo e do 
 21
nariz. Aumenta-se também o tecido adiposo, principalmente na região 
abdominal. O teor de água corporal diminui pela perda hídrica intracelular e 
também há perda de potássio, principalmente pela diminuição do número de 
células nos órgãos. Isto leva o idoso a perda de massa corporal, afetando 
vários órgãos e músculos. Os músculos são os que mais sofrem com essa 
perda de massa, ocorre também perda de massa óssea (LUSTRI & MORELLI, 
2007). 
De acordo com Matsudo e Matsudo (1992), para ambos sexos, o início 
do decréscimo ósseo se dá com uma perda massa óssea de menos de 0,5% 
ao ano, sendo alterada na pós menopausa para 3% a 10% para o osso 
trabecular e 1% a 2% para o cortical. 
O envelhecimento é marcado por uma perda aproximada de 2 a 3% de 
massa corporal magra por década. A sarcopenia – perda gradativa de massa 
do músculo esquelético que ocorre com o avanço da idade – contribui para 
diminuições na força muscular, alterações no modo de andar e equilíbrio, perda 
de função física e risco aumentado de doenças crônicas (DUTTA, 1997). 
A sarcopenia foi associada, em ambos os sexos, a três a quatro vezes 
mais chances de incapacidade física e funcional, independente da idade, sexo, 
raça, hábitos de saúde, nível sócio-econômico e doenças crônicas (MATSUDO 
et al, 2000). 
A perda de massa corporal magra, o tecido mais ativo metabolicamente, 
é acompanhada freqüentemente por aumento da gordura corporal e diminuição 
proporcional na taxa metabólica (HURLEY, 1997). 
A perda da massa muscular e consequentemente da força muscular é a 
principal responsável pela deterioração na mobilidade e na capacidade 
funcional do índividuo idoso. A sarcopenia que indica perda da massa, força e 
qualidade do músculo esquelético tem um impacto significante na saúde 
pública, pelas suas bem reconhecidas conseqüências funcionais ao andar e no 
equilíbrio, aumentando o risco de queda e perda da independência física 
funcional, além disto contribui para aumentar o risco de doenças crônicas 
(MATSUDO et al, 2000). 
A taxa metabólica de repouso diminui aproximadamente 15 a 20% 
durante a vida. Essas alterações na massa corporal magra, gordura corporal e 
taxa metabólica podem reduzir as necessidades de energia, diminuir a 
 22
capacidade de atuar independentemente na vida diária e aumentar o risco de 
várias doenças crônicas associadas à obesidade (HARRIS, 2005). 
Além destas alterações na composição corporal, de acordo com 
Garbellini (2007), o envelhecimento está frequentemente associado ao 
comprometimento do desempenho cognitivo e fisiológico, o que torna as 
pessoas mais susceptíveis à morte. 
O sistema nervoso central (SNC) é o sistema biológico mais 
comprometido com o processo de envelhecimento, pois é o responsável pela 
vida de relação (sensações, movimentos, funções psíquicas, entre outros) e 
pela vida vegetativa (funções biológicas internas). O comprometimento do 
SNC, quando ocorre, é preocupante, pelo fato de ser formado, em sua maioria, 
por unidades morfofuncionais pós-mitóticas sem possibilidade reprodutora 
(CANÇADO & HORTA, 2006). 
O cérebro do idoso apresenta alterações significativas na função 
fisiológica, principalmente relacionadas com o comprometimento da memória, o 
retardo das funções centrais e a diminuição do peso cerebral. A força muscular 
diminuída marcha retardada com diminuição de movimentos associados, 
reflexos profundos hiporresponsivos e alterações de sensibilidade estão 
associadas às modificações no nível anatômico macroscópico, celular e 
molecular do sistema nervoso (SN). Em relação ao psiquismo, os distúrbios de 
memória são os mais comuns, conhecidos como “esquecimento benigno do 
idoso” (GARBELLINI, 2007). 
A aquisição de novas informações e sua conversão pela memória de 
trabalho em memória de longa duração diminuem significativamente com a 
idade. Além disso, à medida que envelhecem, as pessoas apresentam 
dificuldade para dormir, aumento da insônia e interrupções do sono 
(GARBELLINI, 2007). 
As quantidades menores de neurotransmissores podem predispor um 
indivíduos a depressão e distúrbios do sono. As alterações no sistema nervoso 
central (SNC) podem causar menor coordenação e equilíbrio, alterações de 
humor e dificuldades na recuperação de informações (HARRIS, 2005). 
Com o envelhecimento, acontecem mudanças nos tecidos corpóreos 
que se manifestam de vários modos. Essas mudanças envolvem alterações 
bioquímicas na composição do tecido e alterações causadas secundariamente 
 23
pelos danos acumulados em estruturas com potencial de reparação limitado 
(OLIVEIRA, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24
2 CAPACIDADE E INCAPACIDADE FUNCIONAL 
 
A capacidade funcional (CF) do idoso é definida pela ausência de 
dificuldades no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida 
cotidiana. Os conceitos fazem parte de um sistema de Classificação 
Internacional de Comprometimento, Incapacidades e Desvantagens (ICIDH) da 
World Hearth Organization (WHO). 
O conceito de capacidadefuncional é amplo, trabalhando-se em geral de 
análises sobre o tema com a questão capacidade/incapacidade (ALENCAR et 
al, 2007). 
A capacidade funcional surge como um valor ideal para o idoso possa 
viver independente, sendo essa capacidade de o indivíduo realizar suas 
atividades físicas e mentais necessárias para manutenção de suas atividades 
básicas, como: tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se, 
alimentar-se, manter a continência, preparar refeições, ter o controle financeiro, 
tomar remédios, fazer compras, arrumar a casa, usar o telefone, caminhar a 
uma certa distância, etc (RAMOS, 2003). 
Van-Bilsen et al. usam em seu estudo o termo status funcional, 
analisando a assistência necessária em atividades domesticas, como: preparar 
comida, passar, lavar, movimentar-se fora de casa, fazer compras no 
supermercado (ALENCAR et al, 2007). 
Chaimowicz (1997) fala que as questões da capacidade funcional e 
autonomia do idoso podem ser mais importantes que a própria questão da 
morbidade, pois se relaciona com a qualidade de vida. 
A incapacidade funcional é definida pela presença de dificuldade no 
desempenho de atividades da vida cotidiana ou mesmo pela impossibilidade de 
desempenhá-las (TRELHA et al, 2005). 
A capacidade funcional diminui com a idade, mas nem sempre no 
mesmo ritmo para todas as pessoas. A funcionalidade pode ser influenciada 
beneficamente por vários fatores, tal como a atividade física, cuja prática 
regular retém níveis mais altos de capacidade funcional, fundamentalmente na 
função cardiovascular (SPIRDUSO 1995; SHEPHARD,1997). 
O processo normal do envelhecimento se caracteriza pela diminuição da 
capacidade funcional dos diversos órgãos e tecidos, o que acarreta um risco 
 25
aumentado de doenças, na sua maioria crônica-degenerativas, que estão se 
tornando cada vez mais prevalentes em nosso país. São afecções que não têm 
diagnóstico de resolutividade rápida e absorvem grandes quantidades de 
recursos materiais e de profissionais especializados. 
Existe perda da capacidade funcional com o avançar da idade. Este 
conceito é de grande importância, pois não somente a identificação de doenças 
o pilar de sustentação da atenção de saúde na velhice, mas a avaliação de 
incapacidades funcionais e sua causas, as quais nem sempre estão 
linearmente relacionadas às doenças presentes (YUASO & SGUIZZATTO, 
1996). 
 Quando ocorrem déficits em capacidades funcionais refletem-se na 
dependência funcional, a qual, contudo, é gradativa e pode não atingir todos os 
domínios do funcionamento dos idosos ao mesmo tempo. Assim dificuldades 
de locomoção, déficits sensoriais e até mesmo invalidez não implicam 
necessariamente descontinuidade do funcionamento intelectual e afetivo 
(NERI, 2007). 
 De acordo com Letti (2006), a capacidade funcional, especialmente a 
dimensão motora é um dos mais importantes marcadores de um 
envelhecimento bem sucedido e da qualidade de vida dos idosos. A perda 
dessa capacidade está associada à predição de fragilidade, dependência, 
institucionalização, trazendo complicações ao longo do tempo e gerando 
cuidados de longa permanência e alto custo. 
Embora o conceito de capacidade funcional seja bastante complexo 
abrangendo outros como os de deficiência, incapacidade, desvantagem, bem 
como os de autonomia e independência, na prática trabalha-se com o conceito 
de capacidade/incapacidade. A incapacidade funcional define-se pela presença 
de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida 
cotidiana ou mesmo pela impossibilidade de desempenhá-las (ROSA et al, 
2003). 
 Spirduso (1995) identifica cinco categorias hierárquicas que detectam os 
diferentes níveis de capacidade funcional de idosos: 
 
 26
a) fisicamente dependentes: pessoas que não podem executar atividades 
básicas da vida diária (como vestir-se, tomar banho, comer) e que dependem 
de outros para suprir as necessidades diárias; 
b) fisicamente frágeis: indivíduos que conseguem executar atividades básicas 
da vida diária, mas não todas as atividades instrumentais da vida diária; 
c) fisicamente independentes: podem realizar todas as atividades básicas e 
instrumentais da vida diária, mas são geralmente sedentários; 
d) fisicamente ativos: realizam exercícios regularmente e aparentam ser mais 
jovens que a idade cronológica; 
e) atletas: correspondem a pequena porcentagem da população, pessoas 
engajadas em atividades competitivas. 
 
A avaliação da capacidade funcional do paciente idoso é o contraponto 
do bom atendimento geriátrico, pois os objetivos terapêuticos deverão estar 
centrados na maioria da capacidade funcional, que nem sempre se tornam 
realidade em virtude das próprias limitações econômicas e sociais do idoso. É 
importante lembrar que a qualidade de vida está intimamente ligada ao status 
funcional que o paciente apresenta e, consequentemente, ao próprio progresso 
de qualquer programa de reabilitação. Portanto, a compreensão da avaliação 
do status funcional em geriatria deve pautar-se na revisão da maior parte das 
habilidades funcionais, divididas em duas categorias: as atividades de vida 
diária (AVDs) e as atividades instrumentais de vida diária (AIVDs) 
(SHIGUEMOTO, 2007). 
 
2.1 Atividades da Vida Diária (AVDs) 
 
 O conceito de atividades de vida diária é talvez um dos únicos conceitos 
em que se há consenso em geral. Existem muitas revisões sobre o conceito de 
AVDs e suas medidas (SHIGUEMOTO, 2007). 
 Entre as clássicas AVD propostas por Sidney Katz, incluem-se a 
capacidade para alimentar-se, transferir-se, vestir-se, ter continência, banhar-
se e usar o banheiro, denominadas pelos seus colaboradores como atividades 
básicas da vida diária (PASCHOAL, 1996; DIOGO, 2000). 
 27
 Grande porcentagem da população idosa tem dificuldade ou 
incapacidade de realizar atividades cotidianas (Abrams,1994 e Matsudo, 2000 
apud Letti et al, 2006). Essas atividades podem ser subdivididas em: atividades 
básicas da vida diária (ABVD’s) e atividades instrumentais da vida diária 
(AIVD’s). 
 Atividades de vida diária (AVDs) são atividades de cuidado pessoal que 
a própria pessoa pode realizar todos os dias, como comer, vestir-se, tomar 
banho, realizar transferências de posições, controlar a bexiga e o intestino. 
(WADE,1996 apud SHIGUEMOTO, 2007) 
 Compreendem as atividades de autocuidado e o desempenho das 
atividades rotineiras realizadas no âmbito restrito ao domicílio, que permitem a 
sobrevivência física da pessoa (NERI, 2007). 
Tarefas realizadas para os cuidados pessoais diários, como a 
alimentação, vestuário, higiene e mobilidade física (LETTI et al, 2006). 
Freitas & Miranda (2006) relata que as atividades básicas são aquelas 
que se referem ao autocuidado, ou seja, são as atividades fundamentais para a 
manutenção da independência: capacidade para alimentar-se, ter continência, 
locomover-se, tomar banho, vestir-se e usar o banheiro. Essas atividades 
foram denominadas atividades básicas de vida diária, ou simplesmente, 
atividades de vida diária (AVD). 
A independência na realização das AVDs é de grande importância na 
vida das pessoas pois envolve questões de natureza emocional, física e social. 
Independentemente da faixa etária, a dependência pode alterar a dinâmica 
familiar, os papéis desenvolvidos pelos seus membros, interferindo nas 
relações e no bem estar da pessoa dependente e dos seus familiares (DIOGO, 
2000). 
 
2.1.2 Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs) 
 
 Atividades como preparar as refeições, lavar roupa, cuidar da casa, fazer 
compras, usar o telefone, usar o transporte, controlar o dinheiro e os 
medicamentossão as “atividades instrumentais da vida diária” – AIVD, 
propostas por Lawton e Brody (PASCHOAL, 1996; PAULA et al., 1998; DIOGO, 
2000). 
 28
 Atividades instrumentais de vida diária (AIVDs) são atividades que 
possibilitam qualquer pessoa viver com independência em sua casa ou 
apartamento, como preparar refeições, realizar atividades caseiras, tomar 
medicamentos, usar o telefone, realizar atividades financeiras (SHIGUEMOTO, 
2007). 
 Relacionadas à capacidade de administração do ambiente de vida 
dentro e fora do lar (MARRA et al, 2007). 
Habilidades avançadas, consideradas vitais para viver 
independentemente na comunidade, inclusive direção de negócios pessoais, 
cozinhar, fazer compras, exercer tarefas domésticas e dirigir carro (LETTI et al, 
2006). 
 Para Freitas & Miranda (2006), para uma vida independente e ativa na 
comunidade, executando as atividades rotineiras do dia-a-dia, o idoso deve 
usar os recursos disponíveis no meio ambiente. O conjunto dessas atividades 
foi denominado atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Estão 
relacionadas à realização de tarefas mais complexas, como arrumar a casa, 
telefonar, controlar e tomar os remédios e controle financeiro. De acordo com a 
capacidade de realizar essas atividades, é possível determinar se o individuo 
pode viver sozinho. A escala de Lawton é uma é uma das mais frequentemente 
utilizadas. 
Os instrumentos mais conhecidos para avaliar a capacidade funcional 
são: Índice de Katz, índice de Kenny, índice de Barthel, Medida de 
Independência Funcional (MIF) e escala de atividades instrumentais de vida 
diária (AIVD) de Lawton. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29
3 AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
 
 A avaliação da capacidade funcional dos idosos permite aos membros 
da equipe multidisciplinar uma visão mais precisa quanto à severidade da 
doença e o impacto da comorbidade. Assim, entende-se como avaliação 
funcional, a designação dada para uma função específica, a capacidade de se 
autocuidar e atender as necessidades básicas diárias, ou seja, as “atividades 
da vida diária” (AVD) (DIOGO, 2000). 
A avaliação da capacidade funcional está relacionada aos aspectos 
práticos das atividades de cuidado pessoal e do grau de manutenção da 
capacidade para o desempenho das atividades básicas e mais complexas do 
cotidiano (VIANA, 2007). 
O desempenho funcional do idoso é importante preditor de saúde. Um 
dos recursos utilizados para verificar os níveis de independência ou 
dependência dos idosos para realizar as tarefas do cotidiano é por meio da 
Medida de Independência Funcional (MIF) e do Índex de Independência nas 
Atividades de Vida Diária (VIANA, 2007). 
Uma tentativa sistematizada de mensurar objetivamente os níveis nos 
quais uma pessoa está funcionando numa variedade de áreas tais quais 
integridade física, qualidade da auto-manutenção, qualidade no desempenho 
dos papéis, estado intelectual, atividades sociais, atitude em relação a si 
mesmo, e o estado emocional (LAWTON, 1971). 
É um método para descrever habilidades e atividades em ordem de 
mensurar o uso individual de uma variedade de habilidades incluídas no 
desempenho de tarefas necessárias na vida diária, nos compromissos 
vocacionais, nas interações sociais, nas atividades de lazer, e outros 
comportamentos requeridos (GRANGER, 1984). 
 Avaliação funcional pode ser definida como uma tentativa sistematizada 
de medir, de forma objetiva, os níveis nos quais uma pessoa é capaz de 
desempenhar determinadas atividades ou funções em diferentes áreas, 
utilizando-se de habilidades diversas para o desempenho das tarefas da vida 
cotidiana, para a realização de interações sociais, em suas atividades de lazer 
e em outros comportamentos requeridos em seu dia-a-dia. 
 30
De modo geral, representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou 
não capaz, de independentemente, desempenhar as atividades necessárias 
para cuidar de si mesma e de seu entorno e, caso, não seja, verificar se essa 
necessidade de ajuda é parcial (em maior ou menor grau) ou total. Com base 
nessa definição, o conceito de função pode ser definido como a capacidade do 
indivíduo para adaptar-se aos problemas de todos os dias apesar de possuir 
uma incapacidade física, mental e/ou social (DUARTE et al., 2006). 
 
3.1. Instrumentos de Avaliação Funcional 
 
 Devido ao grande aumento do número de idosos no mundo inteiro, a 
necessidade de meios para avaliar a capacidade funcional também aumenta. 
Hoje em dia existem diversos estudos e instrumentos que visam a avaliação da 
capacidade funcional, cada um relacionado à um tipo de atividades. O presente 
trabalho abordou o Índice de Katz e a Escala de medida de independência 
funcional (MIF). 
 
3.1.1 Índice de Katz 
 
O primeiro discernimento teórico e de padronização veio através de um 
grupo de Cleveland, Ohio, EUA, liderado por Sidney Katz. Este demonstrou 
que a seqüência de recuperação de seis atividades básicas da vida diária entre 
idosos incapacitados (alimentar-se, ter continência, transferir-se, usar o 
banheiro, vestir-se e banhar-se) se assemelhava à seqüência de 
desenvolvimento dessas mesmas funções no processo de crescimento e 
desenvolvimento neuropsicomotor da criança, bem como a padrões de 
comportamento de membros de sociedades primitivas (PASCHOAL, 1996). 
 O Índex de Independência nas Atividades da Vida Diária (AVD), 
desenvolvido por Sidney Katz em 1963, é um dos instrumentos mais antigos e 
tem como objetivo avaliar a capacidade funcional do idoso em relação as 
atividades básicas de vida diária (ABVD’s). 
 A escala de Katz está incluída na maioria das avaliações 
multidimensionais e tem mostrado sua validade nos quase 40 anos em que 
vem sendo utilizada. Pode ser modificada acrescentando-se outras atividades, 
 31
como, por exemplo, andar nos arredores da casa, arrumar-se, subir e descer 
escadas, cortar as unhas dos pés, etc (FREITAS & MIRANDA, 2006). 
É um instrumento de medida das atividades de vida diária 
hierarquicamente relacionadas e organizado para mensurar independência no 
desempenho de seis funções: banhar-se, vestir-se, ir ao banheiro, transferir-se, 
ser continente e alimentar-se. Esse instrumento representa a descrição de um 
fenômeno observado em um contexto biológico e social e, apesar do 
desenvolvimento de outros, ainda tem sido dos mais utilizados na literatura 
gerontológica para avaliar a funcionalidade dos idosos que hoje são 
denominadas Atividades Básicas de Vida Diária (DUARTE, 2007). 
De acordo com Katz (1963), os idosos eram classificados como 
independentes se eles desenvolvessem a atividade (qualquer das seis funções 
propostas) sem supervisão, orientação ou qualquer tipo de auxilio direto. A 
dependência para cada uma das seis funções estabelecidas foi previamente 
determinada a seguir: 
 
a) Na função “Banhar-se” (uso de chuveiro, banheira e o ato de esfregar-se 
em qualquer uma dessas situações) - o idoso será classificado como 
independente caso precise ajuda somente para lavar uma única parte do 
corpo (como a região dorsal ou membro deficiente) ou toma banho sem 
auxílio. E terá denominação de dependência parcial caso receba 
assistência para banhar mais de uma parte do corpo ou necessita de 
auxilio para entrada e saída da banheira. E denominação de 
dependência total quando não são capazes de tomar banho sozinho. 
b) Na função “Vestir-se” - o idoso será classificado como independente 
quando ele realiza o ato de pegar as roupas no armário e vestir-se 
propriamente dito. As roupas estão classificadas como roupas externas 
e roupas íntimas, fechos e cintos. E serão classificados como 
dependentesquando recebem auxílio ou permaneciam parcialmente ou 
totalmente despidos. 
c) Na função “ir ao banheiro” – o idoso é considerado independente 
quando consegue realizar o ato de ir ao banheiro para excreções, 
higienizar-se e arrumar suas roupas. E considerado dependente quando 
 32
necessita de auxílio direto ou quando não desempenham a função. Uso 
de comadre ou similar, também classifica o idoso como dependente. 
d) Na função “Transferir-se” – o idoso é classificado como independente 
quando realiza o movimento para sair da cama, sentar-se em uma 
cadeira e vice-versa (pode usar um objeto de apoio). Uso de 
equipamentos ou suporte mecânico não altera a classificação de 
independência para a função. Dependentes são os pacientes que 
precisam de qualquer auxílio em qualquer transferência, ou quando não 
conseguem executar uma ou mais transferências. 
e) Na função “Continência” – o paciente é classificado como independente 
quando consegue realizar o ato inteiramente autocontrolado de urinar ou 
defecar. E é classificado como dependente quando tem incontinência 
total ou parcial em qualquer uma das funções. Uso regular de fraldas ou 
cateteres classifica o paciente como dependente. 
f) Na função “alimentar-se” – o paciente é classificado como independente 
quando realiza o ato de dirigir a comida até a boca. O preparo e corte 
dos alimentos estão excluídos da avaliação. São classificados como 
dependentes quando necessitam de qualquer assistência pessoal, 
aqueles que não se alimentam sem ajuda ou que utilizam sondas 
enterais são considerados dependentes bem como os que são nutridos 
por via parenteral. 
 
A avaliação de Katz abrange somente as atividades básicas de vida 
diária, refletindo apenas a capacidade ou não para o autocuidado básico, 
sendo utilizada mais para pacientes acamados em hospitais, em casas de 
repouso, ou mesmo em sua própria moradia, porém com um certo grau de 
dependência. 
O objetivo deste protocolo é de identificar o grau de disfunção, 
verificando o estado funcional atual, o planejamento de recursos de suporte e o 
acompanhamento evolutivo do grau de disfunção. 
Com a utilização de questionários simples, pode-se obter uma avaliação 
imediata quanto à capacidade funcional do indivíduo (YUASO & SGUIZZATTO, 
1996). (Quadro 1). 
 
 33
Quadro 1. Formulário de avaliação das atividades de vida diária. 
Nome: Data da Avaliação: ___/___/___ 
Para cada área de funcionamento listada abaixo assinale a descrição que melhor se aplica. A 
palavra “assistência” significa supervisão, orientação ou auxílio pessoal. 
 Banho - banho de leito, banheira ou chuveiro. 
( ) 
Não recebe assistência (entra 
e sai da banheira sozinho se 
essa é usualmente utilizada 
para banho) 
( ) 
Recebe assistência no 
banho somente uma 
parte do corpo (como 
costas ou uma perna) 
( ) 
Recebe assistência no banho em mais de 
uma parte do corpo 
Vestir – pega a roupa do armário e veste, incluindo roupas intimas, roupas externas e fechos e cintos 
(caso use) 
( ) 
Pega as roupas e se veste 
completamente sem 
assistência 
( ) 
Pega as roupas e se 
veste sem assistência, 
exceto para amarrar os 
sapatos 
( ) 
Recebe assistência para pegar as roupas 
ou para vestir-se ou permanece parcial ou 
totalmente despido 
Ir ao banheiro – dirigi-se ao banheiro para urinar ou evacuar: faz sua higiene e se veste após as 
eliminações 
( ) 
Vai ao banheiro, higieniza-se e 
se veste após as eliminações 
sem assistência (pode utilizar 
objetos de apoio como 
bengala, andador, barras de 
apoio ou cadeira de rodas e 
pode utilizar comadre ou urinol 
à noite esvaziando por si 
mesmo pela manhã) 
( ) 
Recebe assistência 
para ir ao banheiro ou 
para higienizar-se ou 
para vestir-se após as 
eliminações ou para 
usar urinol ou comadre 
à noite 
( ) 
 
Não vai ao banheiro para urinar ou 
evacuar 
Transferência 
( ) 
Deita-se e levanta-se da cama 
ou da cadeira sem assistência 
(pode utilizar um objeto de 
apoio como bengala ou 
andador) 
( ) 
Deita-se e levanta-se 
da cama ou da cadeira 
com auxílio 
 
( ) 
Não sai da cama 
 
 
 
Continência 
( ) 
Tem controle sobre as funções 
de urinar e evacuar 
( ) 
Tem “acidentes” * 
ocasionais 
*acidentes = perdas 
urinárias ou fecais 
( ) 
Supervisão para controlar urina e fezes, 
utiliza cateterismo ou é incontinente 
Alimentação 
( ) 
Alimenta-se sem assistência 
( ) 
Alimenta-se sem assistência, exceto para 
cortar ou passar manteiga no pão 
 
( ) 
Recebe assistência 
para se alimentar ou é 
alimentado parcial ou 
totalmente por sonda 
enteral ou parenteral 
FONTE: DUARTE, 2007. 
 34
No formulário, observam-se três categorias de classificação: 
independente, parcialmente dependente ou totalmente dependente. A coluna 
intermediária classifica os pacientes como independentes ou dependentes 
dependendo da função analisada. Segundo Katz, este formulário foi 
desenvolvido para facilitar a avaliação dos observadores e o registro mais 
preciso das informações. 
A tabela mostrou-se útil para evidenciar a dinâmica da instalação da 
incapacidade no processo de envelhecimento, estabelecer prognósticos, 
avaliar as demandas assistências, determinar a efetividade de tratamentos 
além de contribuir para o ensino do significado de “ajuda” na área de 
reabilitação (DUARTE, 2007). 
Como a escala visava classificar a independência nas atividades, 
recebeu o nome de Index of Independence in Activities of Daily Living, 
associando a independência/dependência dos pacientes à utilização de letras 
alfabéticas. Essa escala é uma versão modificada da original, publicada em 
1976 por Katz e Akpom. Nesta versão apresentada a seguir, a classificação do 
Index se dá pelo número de funções nas quais o indivíduo avaliado é 
dependente (Quadro 02). 
 
Quadro 02. Classificação do paciente quanto ao número de funções em que é 
dependente. 
Index de AVDS (Katz) Tipo de Classificação 
0 Independente nas seis funções (banhar-se, vestir-se, 
alimentação, ir ao banheiro, transferência e continência) 
1 Independente em cinco funções e dependente em uma 
função 
2 Independente em quatro funções e dependente em duas 
funções 
3 Independente em três funções e dependente em três 
funções 
4 Independente em duas funções e dependente em quatro 
funções 
5 Independente em uma função e dependente em cinco 
funções 
6 Dependente para todas as funções 
FONTE: DUARTE, 2007. 
 35
Em 1998, o Hartford Institute for Geriatric Nursing, publicou uma nova 
versão do Index de ADL de Katz (Quadro 03). 
 
Quadro 03. Versão do Índex publicado por Hartford Institute for Geriatric Nursing 
 
ATIVIDADES 
Pontos (1 ou 0) 
INDEPENDÊNCIA 
(1 ponto) 
SEM supervisão, orientação 
ou assistência pessoal 
DEPENDÊNCIA 
(0 pontos) 
COM supervisão, orientação ou 
assistência pessoal ou cuidado 
integral 
Banhar-se 
Pontos: ____ 
(1 ponto) Banhar-se 
completamente ou necessita 
de auxílio somente para lavar 
uma parte do corpo como as 
costas, genitais ou uma 
extremidade incapacitada. 
(0 pontos) Necessita de ajuda 
para banhar-se em mais de uma 
parte do corpo, entrar e sair do 
chuveiro ou banheira ou requer 
assistência total no banho. 
Vestir-se 
Pontos: ____ 
(1 ponto) Pega as roupas do 
armário e veste as roupas 
íntimas, externas e cintos. 
Pode receber ajuda para 
amarrar os sapatos. 
(0 pontos) Necessita de ajuda 
para vestir-se ou necessita ser 
completamente vestido. 
Ir ao banheiro 
Pontos: ____ 
(1 ponto) Dirigi-se ao 
banheiro, entra e sai do 
mesmo, arruma suas 
próprias roupas, limpa a área 
genital sem ajuda 
(0 pontos) Necessitade ajuda 
para ir ao banheiro, limpar-se ou 
usa urinol ou comadre. 
 
Transferência 
Pontos: ____ 
(1 ponto) Senta-se/deita-se e 
levanta-se da cama ou 
cadeira sem ajuda. 
Equipamentos mecânicos de 
ajuda são aceitáveis 
(0 pontos) Necessita de ajuda 
para sentar-se/deitar-se e 
levantar-se da cama ou cadeira. 
Continência 
Pontos: ____ 
(1 ponto) Tem completo 
controle sobre suas 
eliminações (urinar e 
evacuar) 
(0 pontos) É parcial ou 
totalmente incontinente do 
intestino ou bexiga. 
Alimentação 
Pontos: ____ 
(1 ponto) Leva a comida do 
prato à boca sem ajuda. 
Preparação da comida pode 
ser feita por outra pessoa 
(0 pontos) Necessita de ajuda 
parcial ou total com a 
alimentação ou requer 
alimentação parenteral. 
 
Total de Pontos 
= ________ 
6 = independente 
 
4 = dependência 
moderada 
2 ou menos = 
muito 
dependente 
 FONTE: DUARTE, 2007 
 
 36
 Após a avaliação das AVDs, deve-se realizar duas perguntas para 
complementação da mesma. 
 “O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo?”: possibilita 
preciosas informações quanto às necessidades funcionais do paciente do seu 
ponto de vista e, portanto, deve abranger a avaliação funcional. O aspecto do 
paciente é valorizado e usado na prescrição do plano de cuidados. 
“O que o senhor (a) fazia e deixou de fazer?” fornece informações quanto ao 
declínio funcional apresentado pelo paciente. 
 O comprometimento das AVDs básicas pode ser o reflexo de uma 
doença grave ou conjunto de doenças que afetam diretamente ou 
indiretamente a cognição, humor, mobilidade e comunicação, de forma isolada 
e associada (MORAES, 2008). 
Pode-se, a partir de uma avaliação correta, aumentar a efetividade das 
terapias propostas, através de uma prescrição complementar quanto aos 
cuidados especiais necessários para suprir as deficiências funcionais e 
prevenir possíveis complicações que advenham de uma dependência existente 
ou não satisfeita adequadamente (YUASO & SGUIZZATTO, 1996). 
 
3.1.2 Escala MIF (Medida de Independência Funcional) 
 
A Medida de Independência Funcional (MIF) é um instrumento que 
avalia a capacidade funcional e cognitiva em relação a seis dimensões: 
autocuidados, controle de esfíncteres, transferências, locomoção, comunicação 
e cognição social. 
 A Medida de Independência Funcional (MIF) foi desenvolvida na década 
de 1980 por uma força-tarefa norte-americana organizada pela Academia 
Americana de Medicina Física e Reabilitação. Seu objetivo foi criar um 
instrumento capaz de medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que 
o paciente portador de deficiência exige para realização de tarefas motoras e 
cognitivas. (RIBERTO et al, 2001). 
 A MIF verifica o desempenho do indivíduo de realização de um conjunto 
de 18 tarefas, referentes às subescalas de autocuidados, controle 
esfincteriano, transferências, locomoção, comunicação e cognição social. Cada 
item pode ser classificado em uma escala de graus de dependência de 7 
 37
níveis, sendo valor 0 correspondente à dependência total e o valor 7 
correspondente à normalidade na realização de tarefas de forma independente 
(BUFFALO, 1993; RIBERTO et al, 2001) 
 A MIF é uma medida que atende critérios de confiabilidade, validade, 
precisão, praticidade, facilidade. Tem como meta determinar quais os cuidados 
necessários a serem prestados para que o paciente realize as AVDs. 
(RIBERTO et al, 2001). 
 A MIF faz parte do Sistema Uniforme de Dados para Reabilitação 
Médica (SUDRM), sendo amplamente utilizada e aceita como medida de 
avaliação funcional internacionalmente (VIANA et al, 2007). 
Sua natureza é multidimensional, e pode ser utilizada para trazer 
resultados quanto ao tratamento, como forma de planejamento terapêutico, 
dentre outros. 
A revisão da literatura aponta que a MIF é utilizada principalmente em 
lesões neurológicas e também pode ser utilizada em crianças. A forma de se 
obter informações deriva da observação do desempenho do paciente, e/ou nas 
informações fornecidas pelo paciente/familiar/acompanhantes/equipe. Tem 
como vantagem o fato de não compreender somente as atividades motoras, 
mas também os aspectos cognitivos e capacidade de comunicação. 
A escala avalia 18 categorias pontuadas de um a sete e classificadas 
quanto ao nível de dependência para a realização da tarefa. As categorias são 
agrupadas em seis dimensões: autocuidados (alimentação, higiene pessoal, 
banho, vestir metade superior, vestir metade inferior, utilização do vaso 
sanitário), controle de esfíncteres (controle da urina e defecação), 
transferências (leito, cadeira, cadeira de rodas, vaso sanitário, banheiro, 
chuveiro), locomoção (marcha, cadeira de rodas, escadas), comunicação 
(compreensão, expressão) e cognição social (interação social, resolução de 
problemas, memória) (Tabela 1) (RICCI, KUBOTA, CORDEIRO, 2005). 
A Escala MIF é dividida em dois domínios, o motor e o cognitivo. 1) 
Motor: comer, aprontar-se, banho, vestir parte superior do corpo, vestir parte 
inferior do corpo, vaso sanitário, controle de bexiga, controle de intestino, 
transferência da cama para a cadeira de rodas, transferência da cadeira de 
rodas para o vaso sanitário, transferências no banheiro e chuveiro, 
 38
marcha/cadeira de rodas, escadas; 2) Cognitivo: compreensão, expressão, 
integração social, resolução de problemas, memória (Tabela 1). 
Cada dimensão é analisada pela soma de suas categorias referentes; 
quanto menor a pontuação, maior é o grau de dependência. Somando-se os 
pontos das dimensões da MIF, obtém-se um escore total mínimo de 18 e o 
máximo de 126 pontos, que caracterizam os níveis de dependência pelos 
subescores (RICCI, KUBOTA, CORDEIRO, 2005). 
 
Tabela 1. Tarefas Avaliadas pela Medida de Independência Funcional. 
 DIMENSÕES CATEGORIAS 
 
 
 
 
 
MIF TOTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIF motor 
 
 
 
 
Autocuidados 
 
 
 
 
 
Alimentação 
Higiene matinal 
Banho 
Vestir-se acima da cintura 
Vestir-se abaixo da cintura 
Uso do vaso sanitário 
Controles de esfíncteres 
 
Controle da Urina 
Controle das Fezes 
Transferências 
 
 
Leito, cadeira, cadeira de rodas 
Vaso sanitário 
Chuveiro ou banheira 
Locomoção 
 
Marcha / Cadeira de Rodas 
Escadas 
 
 
MIF cognitivo 
Comunicação Compreensão 
Expressão 
Cognição Social 
 
Interação social 
Resolução de problemas 
Memória 
FONTE: RIBERTO et al, 2001. 
 
A pontuação de cada categoria varia de um a sete (1 – 7), de acordo 
com o grau de dependência (Quadro 4): 7 - independência completa; 6 - 
independência modificada; 5 - supervisão; 4 - ajuda mínima (indivíduo realiza > 
75% da tarefa); 3 - ajuda moderada (indivíduo realiza > 50% da tarefa); 2 - 
ajuda máxima (indivíduo realiza > 25% da tarefa); 1 - ajuda total. 
 
 39
 Quadro 4. Pontuação de cada categoria. 
Pontos Descrição 
7 Independência completa 
6 Independência modificada 
5 Supervisão, estímulo ou preparo 
4 Dependência; ajuda mínima 
3 Dependência; ajuda moderada 
2 Dependência; ajuda máxima 
1 Dependência; ajuda total 
 
 
 
A MIF total pode ser dividida em quatro subescores, de acordo com a 
pontuação total obtida: a) 18 pontos: dependência completa (assistência total); 
b) 19 – 60 pontos: dependência modificada (assistência de até 50% da tarefa); 
c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da tarefa); 
d) 104 – 126 pontos: independência completa / modificada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40
CONCLUSÃOA expectativa de vida mundial aumentou de maneira relevante, e como 
conseqüência houve um aumento significativo da população idosa. Devido a 
este aumento fica evidente a necessidade de uma maior atenção a esta faixa 
etária. O processo de envelhecimento pode acarretar algumas dificuldades ao 
individuo, gerando assim um comprometimento da sua capacidade funcional, 
atrapalhando na realização de suas atividades do dia-a-dia. 
 Por conseguinte, este trabalho teve o objetivo de mostrar dois 
instrumentos de avaliação da capacidade funcional do idoso, o índice de Katz e 
a escala de medida de independência funcional (MIF), já que ambos visam 
identificar as possíveis dependências em relação a funcionalidade do paciente. 
O índice de Katz é um dos instrumentos mais antigos e está presente em 
praticamente todas as avaliações multidimensionais. A MIF avalia além da 
capacidade funcional, a capacidade cognitiva, tornando assim uns dos testes 
mais completos. 
Com o resultado destas avaliações é possível traçar um tratamento 
fisioterapêutico adequado e um plano de cuidados suplementares visando a 
maior independência possível deste individuo, melhorando assim sua qualidade 
de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41
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