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Inclusão e Igualdade para Pessoas com Deficiência

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IGUALDADE NA DIFERENÇA
Resumo
O deficiente não pode ser desprovido de seus direitos, é necessário que todos lutem em prol da inclusão, não se deve conceber integração, segregação e menos ainda exclusão, existe leis que defende os direitos dos deficientes mais e que isso tem que ser repensado o modo de se dizer portador de deficiência, pois são todos diferentes, deficientes ou não têm direitos iguais. Com essa nova visão a uma mobilização por parte dos pais, professores e escola visando que o aluno com deficiência, possa frequentar a escola regular e ter seus direitos garantidos na sociedade. Onde em sala todos os alunos possam aprender uns com os outros.
Palavras-chave: Deficiência. Diferença. Inclusão.
Igualdade na diferença, a deficiência torna diferente o individuo aos olhos da maioria das pessoas. Mas afinal todas as pessoas têm suas características próprias como cor dos olhos, cabelos, cor da pele, uns são mais autos mais gordos mais bonitos ou vise versa. E todos têm os mesmos direitos e deveres de estar na escola, de ir e vir de fazer parte da sociedade em todos seus vieses.
Por muito tempo não foi aceito que o deficiente participasse da sociedade, frequentasse a rede de ensino regular, não foi acreditada a capacidade que essa pessoa tem de conviver em sociedade, isso por serem diferentes por terem deficiência, contudo como já referido anteriormente, todos são diferentes deficientes ou não, então ser diferente não é motivo para ser excluído do convívio na sociedade nem ter seus direitos subtraídos. Basta uma pequena reflexão sobre a história e como era a aceitação das pessoas com deficiência e pode ser observado, que até mesmo por parte dos familiares o deficiente sofria exclusão, eram escondidos da sociedades e quando os familiares não fazia isso a sociedades as escolas o faziam, negavam ao deficiente seus direitos básicos de ir e vir de estar na escola regular e de desenvolver suas habilidades.
Des da Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), ouve muitas melhorias ao se tratar do tema deficiente, com tudo muito só na teoria, pois ainda na atualidade a uma forte resistência em compreender a deficiência como diferença, esta que não faz com que o deficiente seja inferior ou tenha menos direito do que qualquer outra pessoa. A Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada entre 7 e 10 de junho de 1994, na cidade espanhola de Salamanca, já no inicio aborda os direitos humanos e a declaração mundial sobre a educação para todos e aponta os princípios de uma educação especial e de uma pedagogia centrada na criança e apresenta propostas, direções e recomendações da estrutura de ação em educação especial, um novo caminho em educação especial.
A exclusão escolar é uma realidade que vai muito além das deficiências, pois já no entender da palavra podemos defini-la como o ato de excluir, “Pôr fora; pôr de parte; não incluir; Não admitir; Privar da posse de alguma coisa.” (Aurélio). Assim fica ainda mais claro o quanto o ato de exclusão é inaceitável, frente aos tempos contemporâneos na sociedade. E quando buscam se mudanças não basta esperar somente dos órgãos administrativos e políticos tem sim que começar com cada individuo que faz parte desta sociedade.
A segregação é o ato de segregar por a parte os indivíduos diferentes, separando os deficientes dos chamados normais, isso é agrupando os deficientes em um grupo só de deficientes. Esta ação não põe fim ao preconceito tão pouco faz valer o direito da pessoa com deficiência, pois para eles continua restrito o acesso a seus direitos. E mesmo na integração que é o processo de Adaptação, incorporação de um indivíduo ou grupo externo numa comunidade, num meio. (Aurélio). Quer dizer aceitar uma pessoa de um grupo diferente (deficiente) no meio, mas que continuara sendo diferente. Mas pelo que já foi estudado até o momento isso também é preconceitos, pois não reconhece os direitos do deficiente e o reconhece como parte integrada da sociedade na qual ele esta inserido.
O que vem sendo estudado e defendido cada vez com mais aceitação pela a sociedade e a inclusão. Pessotti (1984) afirma que mesmos com a necessidade da inclusão e com a universalização do ensino a inclusão ainda é um tema polemico. E necessário ter uma educação mais humana, que saiba respeitar as deficiências e diferenças de cada pessoa, Reis (2006), afirma a inclusão “requer uma nova visão das pessoas, uma mudança de mentalidade, de forma que todos sejam respeitados, independentemente de suas diferenças”.
Um processo inclusivo vai além de inserir o deficiente na rede regular de ensino, este processo traz um aspecto formador de conceitos onde todos os alunos aprenderam uns com os outros, conforme explana (MENDES, 2006).
[...] participar de ambientes de aprendizagem mais desafiadores; ter mais oportunidades para observar e aprender com alunos mais competentes; viver em contextos mais normalizantes e realistas para promover aprendizagens significativas; e ambientes sociais mais facilitadores e responsivos. Benefícios potenciais para os colegas sem deficiências seriam: a possibilidade de ensiná-los a aceitar as diferenças nas formas como as pessoas nascem, crescem e se desenvolvem, e promover neles atitudes de aceitação das próprias potencialidades e limitações.
Atualmente a inclusão visa uma mentalidade onde todos tem o dever em respeitar a diferença do próximo onde o deficiente aprende a estar no meio dos seus colegas de salas aprendendo uns com os outros, aceitando todos como seres semelhantes que têm os mesmos direitos e que devem ser respeitados em suas diferenças, pois são todos diferentes em suas peculiaridades. 
O relato da professora Marcia (nome fictício), ressalta que a inclusão vai muito além da acessibilidade, pois não bastam rampas de acesso, banheiros adaptados, livros em braile etc. Oque é realmente necessário é uma mobilização de todos em conjunto: professor, pais, diretores e funcionários em prol de fazer com que a inclusão aconteça, e se necessário cobrar dos órgãos responsáveis o direito que o aluno tem a inclusão, como exemplo professor auxiliar, material especializado para facilitar a aprendizagem e acessibilidade, ela diz que a escola deve estar de braços abertos para receber o aluno e incentivar a permaneça deste na escola. Com tudo certamente é um processo trabalhoso em que cada um deve sair da zona de conforto e fazer a sua parte para que no final tenham uma inclusão bem sucedida. Nesse ano letivo ela lecionando pra três alunos com necessidades especiais e que juntamente com os pais e coordenação da escola conseguiram o professor de apoio para auxiliar nas aulas. 
No caso da Valquíria (nome fictício), mãe de um aluno com autismo, ela explica que para conseguir por o filho na rede regular de ensino foi penoso, pois a orientação que ela teve logo no inicio foi para coloca-lo em uma escola especial que só atendesse alunos com deficiência, porque talvez ele não se adaptasse a escola regular, ou o professor não poderá atendê-lo de maneira especial, pois as salas são lotadas. Mas com muita determinação ela, pois ele na rede regular e em seguida com muita persistência fez valer seus direitos e conseguiu o professor auxiliar para seu filho. Agora vendo o desenvolvimento do filho ela constata que valeu a pena e acredita que se estivesse na escola especial talvez não tivesse desenvolvido desta forma. Contudo ela entristece, pois uma coisa que e direito da pessoa, não deveria ser tão difícil de conseguir realizar, além de lembrar que muitas outras pessoas não conseguem nem o mínimo de direito para seus filhos que seria uma escola inclusiva, que funcione.
Por fim fica evidente que a inclusão teve um grande avanço no passar do tempo, mais que ainda esta muito longe de ser perfeita, evidente que a lei de inclusão pode ajudar muito a melhorar esta transformação, mas somente com a união e um trabalho conjunto de todos a inclusão poderá acontecer de verdade.
Referências
PESSOTTI, I. Deficiência mental:da superstição à ciência. São Paulo: T. A. Queiroz: Editora da Universidade de São Paulo, 1984.
REIS, Marlene Barbosa de Freitas. Educação Inclusiva: limites e perspectivas. Goiânia: Deescubra, 2006.
MENDES, E. G. A Radicalização do Debate sobre Inclusão Escolar no Brasil. In: Revista Brasileira de Educação, v. 11, 2006.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 29  mai.  2018.