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O estigma social do negro com base na visão de Rousseau

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: O ESTIGMA SOCIAL DO NEGRO
INTRODUÇÃO
	Neste trabalho será abordada a ideia, presente ainda no prefácio, de Rousseau em sua obra “O discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”; ideia essa que traz em seu conceito que o homem natural ainda não possuía nem concebia, mentalmente, a ideia sobre a desigualdade, ou seja, ele não relevava as dessemelhanças naturais a fim de agregar ou denegrir valores alheios. Usar-se-á tal ideia para discussão sobre uma questão social muito latente: o racismo contra a população negra.
1 O PRINCÍPIO FOI A PERFECTIBILIDADE HUMANA
	Pode-se citar a perfectibilidade e o desejo por acúmulo de propriedades, citados por Rousseau, os causadores de acontecimentos que levaram à descriminalização dos negros atualmente. Pois foram esses dois fatores que fizeram com que as grandes nações, desde o século XV, durante as explorações do Novo Mundo, escravizassem sociedades que denominavam primitivas, e como principal atingida estava a população negra.
2 BREVE HISTÓRICO POR TRÁS DO ESTIGMA SOCIAL
	O preconceito com a população de descendência africana, ou seja, os negros, dá-se em função da sua posição como escravos, usados como mão de obra para as supremacias europeias durante as épocas de colonização. Épocas essas conhecidas também como a era do Darwinismo Social, pois era feita uma analogia da teoria da seleção natural, onde essa analogia era usada como justificativa para a extinção das sociedades primitivas: “Assim, povos ditos civilizados (os europeus) têm o dever de ocupar, dominar e explorar as culturas “mais atrasadas”, a fim de levar-lhes desenvolvimento, progresso, avanços tecnológicos e permitir-lhes que alcancem os estágios superiores de civilização. ”
Outro motivo relevante para esse desfavorecimento e estigma social é a questão do apartheid, na África do Sul. Durante esse período de segregação racial a minoria branca era privilegiada em detrimento dos negros, que acabavam marginalizados. Esse período de marginalização com certeza foi o fator principal para o enraizamento da visão pejorativa sobre o indivíduo negro.
O Apartheid (em africâner significa "separação") foi um regime de segregação racial que ocorreu na África do Sul a partir de 1948, o qual privilegiava a elite branca do país, que perdurou até as eleições presidenciais de 1994, ano em que ascendeu ao poder Nelson Mandela, o maior ícone de liderança da África Negra, que pôs fim ao regime segregacionista, lutando pela igualdade racial na África do Sul. (Apartheid... 2013)
2.1 NO BRASIL 
	A escravidão foi um dos capítulos mais tristes da história do Brasil e da humanidade. No começo da escravidão no Brasil foram usados como mão de obra escrava os chamados negros da terra, ou melhor dizendo, os indígenas. Os indígenas acabaram sendo substituídos por negros, trazidos da África recém tomada por portugueses e espanhóis, pelo fato de que o comércio de escravos gerava renda para a coroa portuguesa através de impostos sobre esse mercado e também porque os índios começaram a ser catequizados e protegidos pela igreja.
Pode-se considerar como o motivo principal para o enraizamento desse estigma social aqui no Brasil a questão do não acolhimento do negro na sociedade após a abolição da escravatura. Pois, após a Princesa Isabel assinar e sancionar lei Áurea, os escravos, foram jogados na sociedade em condições de miséria. Essa situação que os levou a recorrer ao roubo e outros modos de subsistência. Resultado disso foi o estigma social outrora citado. 
3 POSSÍVEIS MÉTODOS PARA SANAR O ESTIGMA SOCIAL
	O racismo é algo que está espalhado de forma abrangente no mundo e para sanar esse problema é necessário tempo, mas com a colaboração de todos é possível. Entretanto, nesse tópico serão abordadas possíveis soluções para o racismo.
	Sabe- se que, a educação é à base de tudo, como dizia Mandela: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Então, essa educação deve começar em casa, com os filhos, pois as crianças normalmente têm os pais como exemplos e se elas forem educadas corretamente vão crescer sabendo que o racismo é algo grave, que deve ser sanado e, então, futuramente eles também dissiparão essa ideia para os filhos. Outra forma de educação é na escola, as escolas devem tentar de todas as maneiras realizar campanhas contra o racismo, dessa forma, instruindo o pensamento dos estudantes aos malefícios que ele traz para a sociedade. E para os adultos, mesmo que seja mais difícil influencia-los, devem ser feitas palestras abordando o assunto em questão, mostrando assim, como seria melhor o mundo em igualdade, sem preconceitos. As mídias também devem fazer parte dessa luta, pois sabemos que os seres humanos são totalmente ligados às tecnologias, então devem ser feitas propagandas para atingir a população em massa.
	Portanto, pode-se dizer que para sanar o racismo leva tempo e que é necessária a colaboração de todos, pois enquanto existir uma pessoa com preconceito, este, infelizmente, continuará presente na sociedade.
CONCLUSÃO 
	Com base em todo o conteúdo lido e abordado neste trabalho, conclui-se que, é de suma importância que a sociedade atual lute contra o preconceito racial, ainda presente na realidade de muitos negros mesmo após tantos séculos de sangue derramado. Esse preconceito, anteriormente citado, dá-se em decorrência de uma desigualdade natural, a qual Rousseau julgava não presente como característica do pensamento original humano e que, infelizmente, só se tornou presente após muitos acontecimentos políticos e sociais na história da humanidade.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Leandro. Tráfico negreiro; Brasil Escola. Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/historiab/trafico-negreiro.htm>. Acesso em 22 de mai. 2018.
MIRANDA, Juliana. História dos negros. Disponível em:< https://www.grupoescolar.com/pesquisa/historia-dos-negros.html>. Acesso em 22 de mai. 2018.
MIRANDA, Juliana. Apartheid. Disponível em:< https://www.grupoescolar.com/pesquisa/apartheid.html>. Acesso em 22 de mai. 2018.
SANTOS, Rodrigo. Darwinismo social, racismo e dominação – Uma visão geral. Disponível em: < https://www.geledes.org.br/darwinismo-social-racismo-e-dominacao-uma-visao-geral/?gclid=Cj0KCQjwlv_XBRDrARIsAH-iRJRYZfKS75Zz4RiSvT4heAPe5PV30ZmCuZlO23yaFxec1_RO2O356KoaAhMGEALw_wcB>. Acesso em 22 de mai. 2018.