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RESUMO
A educação psicomotora é mediada pelo corpo para harmonizar as funções afetivas, intelectuais e motoras do participe, considerando o corpo como um meio privilegiado para que todos possam expressar seus pensamentos, conhecimentos e emoções.
Em educação psicomotora considera-se que as funções motoras estão interligadas as funções sensoriais, ao estado psíquico, afetivo e relacional, sendo indissociáveis, propondo experiências corporais específicas que promovam o desenvolvimento e a adaptação do participe ao seu ambiente. 
Com base em uma visão holística do ser humano – significa que leva em consideração o desenvolvimento físico, mental, emocional, familiar, social, cultural, espiritual – o termo psicomotricidade integra interações cognitivas, emocionais, simbólicas e palpáveis na capacidade de ser e agir do individuo em um contexto psicossocial. 
O ser humano é percebido através de suas três dimensões: biológicas, psicológicas e sociais.
Assim, a educação psicomotora tende a harmonizar o desenvolvimento e adaptação da pessoa, levando em conta sua personalidade e ambiente. Ela ajuda a ter consciência do seu corpo para torná-lo um instrumento de expressão e comunicação. As emoções, desejos, fraquezas, mas também a história do participe são considerados para que ele avance por uma vida melhor.
A unidade entre o corpo e a mente é fortalecida, a auto-expressão é privilegiada. O participe procura ou redescobre o prazer do movimento, o prazer de seu corpo, de ser você mesmo, expressa desejos e emoções através do corpo, se conecta uns com os outros e com o mundo.
Atenuam certos distúrbios psicomotores, permitem-se investir no espaço controlando gestos, minimizando comportamentos estereotipados.
A educação psicomotora favorece o despertar da imaginação e percepção, experiências perceptivas, sensoriais, atividades sinestésicas que auxiliam na transformação de conflitos internos em representações conscientes, recuperando a confiança em si e no outro.
O objetivo é, portanto, incentivar, habilitar ou restaurar a harmonia global do equilíbrio psicomotor.
A abordagem da educação psicomotora com cavalo permite usar o cavalo como mediador, imergindo o participe em uma relação corporal exclusiva e profunda sobre o plano afetivo. É por isso que o cavalo é um mediador particularmente interessante na educação psicomotora, estimula o potencial, libera os gestos ao mesmo tempo em que a imaginação e desenvolve novas capacidades de mover-se livremente. 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 05
MÉTODOS................................................................................................................. 11
Participantes.................................................................................................................. 11
Instrumentos.................................................................................................................. 11
Aparatos de pesquisa..................................................................................................... 11
Procedimentos para coleta de dados............................................................................. 12
Procedimentos para análise dos dados.......................................................................... 12
Ressalvas éticas............................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 14
INTRODUÇÃO
“A linguagem corporal dos cavalos oferece profundas lições para a comunicação entre humanos.” Monty Roberts
O Cavalo, uma jornada pela história
A utilização dos animais como auxiliares no trabalho caracteriza-se em uma escolha favorável ao desenvolvimento das sociedades humanas. Desde as mais remotas origens, muito além daquilo que os vestígios arqueológicos hoje disponíveis podem evidenciar, a utilização de certos animais como “meios” auxiliares nas diferentes atividades humanas de subsistência caracterizou-se como um dos fatores que aceleraram fundamentalmente o desenvolvimento dos grupos humanos que precocemente extrapolaram os limites, contingentes e intransigentemente, deterministas das relações entre as espécies.
Consciente de si mesmo, segundo ELIADE, a postura vertical marca a superação da condição dos primatas e que é graças à postura vertical que o espaço é organizado em quatro direções horizontais projetada a partir de um eixo central “alto”/”baixo”, em outros termos, o espaço deixa-se organizar em volta do corpo humano como se ele estendesse à frente, atrás, à direita, à esquerda, em cima e embaixo. 
A partir desse constato o homem moderno passou a impor à natureza, i.c, ao agenciamento natural dos seres vivos, das coisas, os fins que para ele pareciam “bons”, pois responderiam melhor às suas novas necessidades resultantes do processo de sedentarização que seguiu com a Revolução agrícola. 
Falemos um pouco da domesticação quanto técnica utilizada pelo homem nos primórdios que objetivou o domínio de processos como a agricultura e a pecuária. O ambiente submetia o homem aos processos naturais como seres vulneráveis as demandas ambientais a disposição de predadores, plantas venenosas, expostos a animais peçonhentos e etc. Em decorrência disso, as primeiras sociedades humanas eram nômades, as condições climáticas e os territórios inóspitos obrigavam esses grupos a migrar em busca de alimentos. 
As adversidades ambientais e a decisão do homem de matar para poder sobreviver, de cultivar e cativar como providências, foram as primeiras intenções técnicas que qualificam e direcionam a manipulabilidade e transformação do meio ambiente, segundo GALIMBERTI, originalmente o homem nasce “técnico” devido a sua capacidade de previsão.
Em todos os processos de criação de técnicas o homem não observa o ambiente para contemplá-lo, mas para adaptá-lo a sobrevivência.
Comecemos por analisar o inicio das civilizações a partir desses grupos que ao desenvolver técnicas passaram a manipular o ambiente e a domesticar as primeiras espécies, essa nova configuração transformou esses grupos humanos permitindo que eles se fixassem em territórios propícios, proporcionando o sedentarismo.
O sedentarismo permitiu que essas comunidades se desenvolvessem as margens de rios aperfeiçoando e concedendo novas funções para elementos básicos, como a água para o plantio através de um complexo esquema de irrigação, para o fogo que anteriormente era utilizado na caça, passou a cozer alimentos, iluminar e fundir outros minerais; com a domesticação de animais, o cultivo e aumento na produção e a armazenagem dos alimentos tornou-se necessário o aprimoramento de outras habilidades, com isso o advento da linguagem para a transmissão dos conhecimentos, organização e controle. 
Apesar de todas essas novas conquistas o sedentarismo restringiu o homem ao espaço. Os homens acomodaram-se as reservas: plantio de alimentos, animais presos em currais servindo aos homens como estoque de proteínas, as funções básicas foram supridas, aparentemente o homem finalmente conseguiu conter algumas das adversidades ambientais se agrupando e fixando-se.
Ao descrevermos o percurso de conquistas das comunidades sedentárias devemos introduzir-lhes aos conflitos com os outros grupos que mantinham as características nômades, deslocando-se a procura de alimentos. Os povos do tipo caçadores-coletores, os nômades, representavam uma ameaça para as sociedades de pastores ou agrícolas, afinal, invadiam territórios onde essas comunidades haviam se estabelecido para extração de recursos necessários para sua subsistência. 
Conflito por alimento é recorrente em todos os vínculos e em toda trajetória humana, por esse motivo os alimentos tiveram importante participação no avanço dos primeiros homens como papel relevante na constituição,organização e sobrevivência, assim como exerceu influencia nas relações em diversos aspectos, segundo ELIADE, a incessante perseguição e morte da presa acabaram por criar um sistema de relações sui generis entre o caçador e os animais abatidos, as práticas culturais ou religiosas com animais reforçaram a “hominização”.
O destino dos animais capturados essencialmente era alimentar, a criação de animais não era praticada. Os primeiros animais capturados pelo homem foram às cabras, os bois, os porcos e o burro. Utilizaremos o termo capturar inicialmente por ajustar-se adequadamente a esse período. Capturar é prender e domesticar é, como seguinte passo, amansar para convívio.
Domesticação
A domesticação dos animais foi um evento singular e múltiplo. Singular na medida em que tem alterado as relações entre homem e natureza através do conjunto de processos que ocorreram em lugares distantes, em momentos diferentes e por muitas razões complexas. Uma das primeiras consequências da domesticação é que o homem interrompe a distribuição natural de espécies. 
O animal domesticado é submetido a autoridade e proteção do homem que age sobre as suas habilidades, sobre a sua manutenção (moradia, alimentação) e exerce controle sobre a sua reprodução. Ele difere-se de seus semelhantes ancestrais que eram selvagens.
A Domesticação do Cavalo
A relação simbiótica entre o cavalo e o homem deu-se somente após anos de domesticação.
A domesticação do cavalo se deu tardiamente, se considerarmos a domesticação de animais com o propósito alimentar como vaca, a cabra e o porco. Há 1,8 milhões de anos, Equus, o ancestral do cavalo moderno, fez sua aparição na terra. Os cavalos selvagens estavam presentes em todo o hemisfério Norte, mas eles desapareceram do continente americano por razões climáticas de aproximadamente 10000 antes da nossa era que implicou em seu desaparecimento dos estepes.
Restaram presentes cavalos selvagens na Eurasia: Cavalo de Przewalski. 
Segundo pesquisadores que identificaram ferimentos nas mandíbulas de cavalos criados por antigos Botai revelaram que esses povos domesticavam esses animais há 5.500 anos. Atualmente a genética demonstra que não houve uma única domesticação e que nossos ancestrais, repetidamente, capturavam cavalos para utilizá-los como animais de tração, alimentação e em montagens, demonstrando que esses animais vinham sendo aprimorados fisicamente anteriormente a Idade do Bronze e as modernas raças mongóis.
Com a aparição da escrita começam a surgir tratados com o objetivo de aprimorar essa relação. O tratado de equitação mais antigo do mundo remonta a 1 360 aC. Elaborado pelo adestrador e mestre Kikkulis, encontrado nas ruínas depois de milhares de anos na capital Hitita na Ásia. 
Ao longo dos anos esse animal é representado, observado e principalmente empregado pelo homem em diferentes incumbências como uma ferramenta útil de trabalho no campo, em fábricas, nas minas, em hipódromos ou batalhas, o cavalo prestou serviços inestimáveis para o homem. 
Interação Homem/Cavalo
A relação homem e Cavalo é longa e variada. A primeira razão para se domesticar cavalos era pela carne, progressivamente os cavalos passaram a servir como importantes “ferramentas” para o transporte e, como os outros animais domésticos, eles tornaram-se animais de companhia (J.P DIGARD, 2004).
Ao contrário de muitos outros ungulados domésticos, devido ao porte e a utilização no transporte de carga, produção de carne, outros na produção de lã e leite, os cavalos rapidamente adquiriram um status variável que (existe) até hoje: eles são fonte de alimento para alguns, lazer ou esporte para outros, ou cada vez menos freqüente, companheiro de trabalho em áreas rurais. 
Esta variedade de utilização corresponde a mesma variedade de pessoas: cavaleiros profissionais e amadores, criadores, treinadores, ferradores, veterinários etc. Um gradiente observado entre interações ocasionais de curta duração (o veterinário por exemplo) e em relações mais longas como entre o proprietário e seu cavalo. 
No entanto, em todos os casos apresentados são encontrados problemas, indicando dificuldades desta comunicação interespecífica. 
Estudos sugerem que acidentes com cavalos dependem da freqüência e da quantidade de interação com o cavalo do que do nível de competência, sugerindo uma necessidade de pesquisa especifica e de formação para os profissionais envolvidos sobre a melhor forma de abordar um cavalo (posição, postura, olhos etc.) os tipos de abordagens e quando fazê-los para desenvolver uma relação positiva, o que corresponde a educação dos profissionais para que todos possam promover suas competências.
As influências trocadas devem ser analisadas por oferecerem condições positivas na relação homem/cavalo, desenvolvendo consciência e atenção aos detalhes comportamentais do cavalo o que certamente contribui na manutenção de uma relação positiva.
Diversos estudos nos mostram uma lacuna nas condições de tratamento desses animais (habitação, alimentação, social, formação) que podem levar a problemas relacionais. 
Vários métodos têm sido utilizados para avaliar e aprimorar o relacionamento homem/cavalo, os métodos avaliam como os cavalos reagem a seres humanos indicando que o tipo de contato e o momento faz toda diferença, o momento da abordagem e o uso de congêneres como modelos sociais podem ser de grande ajuda para a adaptação. Uma grande variedade de abordagens tem sido desenvolvida, principalmente por via de testes comportamentais. 
Acreditamos ser significativo o trabalho do teórico HINDE (1979) que define essa relação como uma ligação que emerge de uma serie de interações e parceiros que nos farão presumir as próximas interações com base no que precede.
Para Monty Roberts, um treinador de cavalos deve ter em mente a idéia de que um cavalo não pode fazer mal nenhum; que qualquer ação cometida pelo cavalo, especialmente o cavalo jovem, que ainda não foi iniciado, foi muito provavelmente influenciada por ele. 
Compreende-se que uma é construída sobre a base de sucessivas interações é uma etapa importante porque implica a necessidade de olhar para o valor “positivo” ou “negativo” de cada interação como base da convivência. 
Neste contexto, as regras de aprendizagem são certamente necessárias, não somente para conduzir, mas também para contrabalançar os eventos negativos inevitáveis que pertencem aos procedimentos de rotina e, assim, reduzir seu impacto sobre o relacionamento com todos os envolvidos. 
Medir as reações do cavalo no contato com os humanos: Uma boa maneira de avaliar essa relação?
Notamos que apesar do fato de que muitos estudos convergem para procedimentos semelhantes, os detalhes destes procedimentos podem variar e isso não é sempre mencionado. 
Detalhes sobre a direção do olhar, postura, posicionamento, a velocidade de aproximação ou do tipo especifico de contato não são mais do que sumários ou mesmo ausentes.
	Assim, é indispensável ser prudente ao fazer comparações entre os estudos e os trabalhos em desenvolvimento, os trabalhos futuros tem por objetivo padronizar essas variáveis, porém, a priori estão igualmente ligados a falta de conhecimento dos testes seus efeitos sobre as reações dos cavalos. 
Além disso, de acordo com estudos, o pesquisador pode ser uma pessoa familiarizada ou externa para o animal. A utilização de tais testes para avaliar o cavalo “categorização” humana em termos de estímulos positivos, negativos e neutros (WAIBLINGER 2006) implica que os cavalos são considerados como capazes de generalização do seu contato cotidiano com os humanos, capazes de interagir com pessoas desconhecidas. 
Foi demonstrado que os cavalos são dotados de capacidades de generalização por certas capacidades cognitivas (HANGGI, 2003), mas pouco se sabe sobre possíveis associações emocionais.
Mais pesquisas são necessárias para avaliar a melhor forma de abordagem com o cavalo (posição, postura, olhos etc.), quais os tipos de abordagens e quando fazê-las para desenvolver uma relação positiva,qual influência a gestão humana tem sobre o relacionamento e como é possível adaptar isso para promover uma influência positiva sobre esse relacionamento.
	Por outro lado, a partir do conhecimento disponível já é suficiente para potencializar e melhorar esta situação. Desenvolver a percepção para os sinais comportamentais dadas pelos cavalos certamente ajudaria a reduzir acidentes entre profissionais ao interagir. A maior proporção dos acidentes entre os veterinários foi atribuída a um nível de diminuição da atenção (Jaeggin et al., 2005), enquanto os acidentes (empurrões, coices etc) envolvendo treinadores profissionais como cavaleiros e terapeutas destacam a necessidade de um melhor conhecimento e observação do cavalo (por exemplo, Kriss & Kriss, 1997). É interessante que esses acidentes não diminuem com a experiência ou nível de habilidade, demonstrando que existe uma necessidade real de uma nova formação.
Finalmente, profissionais e entusiastas devem ser incentivados e informados a respeito do desenvolvimento e manutenção de um relacionamento positivo. 
	Eles devem estar cientes de que déficits em condições de manutenção (moradia, alimentação, meio ambiente social), pode levar a distúrbios de comportamento do cavalo e, posteriormente, problemas de relacionamento.
	Somente a capacidade de observação efetivas, associadas ao conhecimento podem conduzir a um resultado positivo. 
MÉTODOS
Participantes:
A educação psicomotora com cavalos tem como objetivo, através do corpo e sua expressão, proporcionar a interação com o animal, desenvolvendo uma relação que oferecerá aumento das funções relacionais, emocionais e intelectuais do participe, e é indicada no tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, mentais, sociais, emocionais, e dificuldades escolares.
Os participantes da pesquisa, são alunos de uma Apae, mais especificamente crianças portadoras de autismo e síndrome de down, que saem do âmbito escolar e vão até um haras para essas aulas. Também foram realizadas observações do trabalho feito pela equipe responsável pela educação psicomotora, focado mais no trabalho do psicólogo e da médica veterinária, sendo feita com esta última uma coleta de dados em forma de entrevista.
Instrumentos:
Para a pesquisa foram utilizados como instrumentos, um roteiro de entrevista feito com uma médica veterinária responsável, com objetivo de ter um diálogo para coletar dados e obter informações. E uma visitação ao local para observação e acompanhamento da terapia, com intuito perceber o trabalho feito pela equipe, qual o tratamento dos alunos, e quais resultados e comportamentos são possíveis constatar de imediato. 
Os instrumentos de coleta de dados são de suma importância para que uma pesquisa tenha fidedignidade. Em nossa pesquisa este também tinha uma importância para obtermos as informações adequadas, além de podermos compreender de forma correta como são realizados os procedimentos da educação psicomotora com cavalos.
Aparatos de pesquisa:
De inicio foram utilizados os seguintes equipamentos para investigação: computador e internet para ter acesso às primeiras informações sobre o tema escolhido, para compreender o que seria colocado em questão, como funcionam as terapias, e entender mais sobre o tema. Também foram utilizados alguns livros, para que pudéssemos entender melhor como funciona o desenvolvimento das crianças com a educação psicomotora com cavalos, que ainda é uma pratica pouco conhecida, além de podermos compreender qual a relação dessa prática de educação psicomotora com os processos de aprendizagem.
Foi utilizado também um gravador para que pudéssemos fazer a entrevista com a profissional responsável, que posteriormente seria feita a transcrição para o trabalho.
Procedimentos para Coleta de dados:
Para realização das coletas de dados, utilizou-se do processo de entrevista no qual é um método flexível de obtenção de informações qualitativas sobre o projeto proposto. Utilizamos de um roteiro de questionários que foram discutidos e desenvolvidos em grupo, acumulando um conhecimento prévio sobre o assunto, para conduzir a entrevista de maneira a ser enriquecedora para o trabalho a ser desenvolvido futuramente.
	O grupo se locomoveu até o ambiente de trabalho da equipe que realiza a educação psicomotora com cavalos, realizando assim a entrevista no dia 08 de Setembro. Contando com a participação de uma veterinária responsável pelo desenvolvimento deste trabalho. A principio ela nos conduziu pelo Haras, seu ambiente de trabalho, e mostrou todo aparato de matérias utilizados por ela no dia – a – dia pois, através da ação, a criança vai descobrindo as suas preferências e adquirindo a consciência do seu esquema corporal. Para isso é necessário que ela esteja vivenciando diversos momentos durante o seu desenvolvimento.
	No dia 22 de Setembro o grupo realizou uma segunda visita, tendo como intuito desenvolver a entrevista, já apresentando as 10 perguntas elaboradas, e assim iniciar a coleta de dados. Uma folha com as perguntas foram entregues ao entrevistado e uma copia ficou com o entrevistando. O integrante do grupo realizou a leitura das perguntas em voz alta seguindo das respostas do entrevistado. Abrindo espaço para possíveis discussões e colocações próprias do profissional que ali estava sendo entrevistado.
	O instrumento de coletada de dados mediante a entrevista, é de suma importância para garantia do anonimato e a facilidade do entrevistando pensar sobre suas respostas. Assim o projeto se torna mais uniforme e enriquecedor para o grupo.
Procedimentos para Análise dos dados:
Para analisarmos os dados coletados, utilizamos das respostas dadas na entrevista, que enriqueceram grandemente as informações que nos já havíamos obtido através de varias pesquisas que já haviam sido feitas.
Também foi de grande valia o contato que pudemos ter pessoalmente através da visita que fizemos ao local, podemos ver como acontece o trabalho feito por eles, como cada criança reage, pudemos ver o envolvimento das crianças com a terapia e com todos os profissionais que ali se encontravam. Pudemos ver o contato deles com o cavalo. E também pudemos tirar algumas dúvidas, os profissionais se colocaram à disposição para tirar duvidas e nos explicar sobre o assunto.
Ressalvas éticas:
A pesquisa em Psicologia Escolar impõe aos pesquisadores desafios e dilemas éticos peculiares, especialmente em se tratando de investigações que envolvem crianças, adolescentes e profissionais da área. 
	Desta forma o grupo apresentou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Através dele, o participante fica ciente do que acontecerá no estudo e recebe informações que podem afetar a sua decisão de participar. No qual também fica evidente, a autonomia do profissional entrevistado de ter total acesso ao projeto desenvolvido e suas implicações. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANZIEU, Didier. O eu-pele. Casa do psicólogo, 1º edição. Rio de Janeiro, 2000.
CARVALHO, Elda Maria Rodrigues de. Tendências da Educação Psicomotora sob o enfoque Walloniano. Ceará, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pcp/v23n3/v23n3a12.pdf > Acesso em: 28/08/2015 às 18:30 hrs.
DOLTO, Françoise. A imagem inconsciente do corpo. 1º edição. Brasil, 2001. 
ROBERTS, Monty. O homem que ouve cavalos. Editora Bertrand, 6º edição. 2004.
WINNICOTT, D, W. O brincar e a realidade. Imago Editora Ltda., Rio de Janeiro, 1975.