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Angiostrongylus costaricensis e cantonensis Deboráh Aparecida Maria Cecília Moraes Mariana Parangaba Nicole Vilela Angiostrongilíase DUAS ESPÉCIES PODEM PARASITAR O HOMEM A. cantonensis – Região Indo-pacífica, Madagascar, Japão, até norte da Austrália Produz lesões no SNC → meningite eosinofílica Angiostrongilíase A. costaricensis – Primeiro caso diagnosticado em 1952, helminto descrito em 1971. Manifestações abdominais (ascite, tiflite) Heteroxênicos Hospedeiro definitivo- roedores silvestres Hosp. Intermediário- lesmas da família Veronicellidae Angiostrongylus costaricensis Verme filiforme Extremidade cefálica arredondada e provida de três pequenos lábios Nos lábios encontram-se papilas sensoriais dispostas em dois círculos Cutícula – transparente e lisa, e nas extremidades é mais espessa e ligeiramente estriada Macho – 20mm, possui bolsa copuladora provida de dois espículos delgados Ciclo de vida Os vermes habitam ramos da artéria mesentérica superior Depositam ovos que são arrastados para a mucosa-intestinal onde eclodem Larvas L1 penetram a mucosa e se misturam com as fezes do roedor Moluscos ingerem as larvas- transformam-se em L3 Roedor alimenta-se do molusco infectado e contrai a angiostrongilíase, começando a eliminar larvas L1 Patologia no homem O homem é infectado ao ingerir moluscos parasitados ou ao ingerir legumes e frutas cobertos com a secreção mucosa dos moluscos As lesões são devidas aos ovos retidos nos tecidos provocando intensa reação inflamatória Inflamação da serosa, espessamento da parede intestinal e zonas de necrose Luz do orgão reduz causando obstrução parcial ou completa Em torno dos ovos formam-se microgranulomas Sinais e Sintomas Sinais começam entre 3 a 30 dias no Brasil e de 8 a 120 dias em outros países Dor abdominal difusa ou localizada no flanco direito Astenia Anorexia Emagrecimento Náuseas e vômito Tratamento Recorre-se a cirurgia Não há droga eficiente contra o A. costaricensis Angiostrongylus cantonensis Fêmea- 30mm, sendo maiores e mais robustas, cauda curta e arredondada Túbulos uterinos espiralados e de coloraçao escura devido a ingestão de hemoglobina Macho- 20mm Hospedeiro definitivo- roedores Hosp. Intermediário- Caracol Causador – meningite eosinófilica Ciclo de vida Helminto fêmea faz a postura de ovos nas artérias pulmonares, que são levados até o pulmão Invadem os alvéolos, viram L1e eclodem São deglutidas e excretadas com as fezes Moluscos infectam-se com as fezes Roedor alimenta-se do molusco com L3 Larva chega ao SNC e transforma-se em L5( verme adulto) no espaço subaracnóide Depois atingem o coração onde tornam-se sexualmente maduros No homem O helminto não completa o ciclo de vida em humanos, permanecendo no SNC, ou migrando para o globo ocular Infectam-se ao ingerir alimentos contaminados com a larva L3 Hospedeiros paratênicos podem infectar humanos- carangueijos, camarões, sapos, peixes) Sinais e Sintomas Dor de cabeça forte e intermitente Febre alta Sensação de formigamento, queimação Rigidez na nuca Podem causar perda parcial da visão ou total Em raros casos, paralisia facial, falta de coordenação motora Tratamento Objetivo de aliviar os sintomas e complicações e sequelas Uso de anti-inflamatórios à base de corticoides, e analgésicos.