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Língua Portuguesa / Aula 1 - Linguagem Coloquial e Norma Culta 
Língua Portuguesa
Aula 1 - Linguagem Coloquial e Norma Culta
Introdução
Introducción
Nesta primeira aula, apresentaremos alguns conceitos básicos para a boa e efetiva comunicação a partir da norma culta da Língua Portuguesa. Por isso, definiremos noções como língua, linguagem, variação linguística e norma-padrão. Bons estudos! 
Objetivos
Reconhecer os registros formal e informal da língua; 
Refletir sobre seu modo de organização; 
Relacionar seus elementos aos usos cotidianos; 
Identificar diversas formas de comunicação dependentes da norma culta. 
Língua Portuguesa: um bem cultural
Língua Portuguesa: um bem cultural
Você sabia que é por meio da Língua Portuguesa que nos apropriamos do mundo ao nosso redor e de tudo aquilo que nos faz mover a vida?
Por exemplo, por meio dela, você adquiriu sua bagagem intelectual no decorrer de sua vida acadêmica e, neste momento, consegue compreender esta aula.
Agora que você chegou à Universidade, queremos ajudá-lo no que diz respeito a algumas questões relativas ao uso desse nosso maior patrimônio cultural: a Língua Portuguesa.
Esta disciplina será muito importante para que, daqui em diante, você utilize a língua em situações comunicativas que exigem um pouco mais de cuidado, de monitoramento e de formalidade.
Você sabia que é por meio da Língua Portuguesa que nos apropriamos do mundo ao nosso redor e de tudo aquilo que nos faz mover a vida?
Por exemplo, por meio dela, você adquiriu sua bagagem intelectual no decorrer de sua vida acadêmica e, neste momento, consegue compreender esta aula.
Agora que você chegou à Universidade, queremos ajudá-lo no que diz respeito a algumas questões relativas ao uso desse nosso maior patrimônio cultural: a Língua Portuguesa.
Esta disciplina será muito importante para que, daqui em diante, você utilize a língua em situações comunicativas que exigem um pouco mais de cuidado, de monitoramento e de formalidade.
Você sabia que é por meio da Língua Portuguesa que nos apropriamos do mundo ao nosso redor e de tudo aquilo que nos faz mover a vida?
Fonte da Imagem: 
Por exemplo, por meio dela, você adquiriu sua bagagem intelectual no decorrer de sua vida acadêmica e, neste momento, consegue compreender esta aula.
Agora que você chegou à Universidade, queremos ajudá-lo no que diz respeito a algumas questões relativas ao uso desse nosso maior patrimônio cultural: a Língua Portuguesa.
Esta disciplina será muito importante para que, daqui em diante, você utilize a língua em situações comunicativas que exigem um pouco mais de cuidado, de monitoramento e de formalidade.
Emprego da língua
Uma das funções da universidade é prepará-lo para o mercado de trabalho. Você, inclusive, já deve ter imaginado como seria atuar fora do ambiente acadêmico – quem sabe em uma grande empresa?
Mas e se você tiver de escrever um texto simples, tal como um breve relatório? Será que você colocará todas as vírgulas em seus devidos lugares?
E quanto à crase? Você saberá empregá-la corretamente?
Não se sinta menosprezado se não souber fazê-lo. Afinal, a disciplina de Língua Portuguesa está aqui exatamente para auxiliá-lo a compreender um pouco melhor os usos formais da língua.
Para iniciar esse estudo, vamos aprender alguns conceitos importantes.
Emprego da língua
Uma das funções da universidade é prepará-lo para o mercado de trabalho. Você, inclusive, já deve ter imaginado como seria atuar fora do ambiente acadêmico – quem sabe em uma grande empresa?
Mas e se você tiver de escrever um texto simples, tal como um breve relatório? Será que você colocará todas as vírgulas em seus devidos lugares?
E quanto à crase? Você saberá empregá-la corretamente?
Não se sinta menosprezado se não souber fazê-lo. Afinal, a disciplina de Língua Portuguesa está aqui exatamente para auxiliá-lo a compreender um pouco melhor os usos formais da língua.
Para iniciar esse estudo, vamos aprender alguns conceitos importantes.
Emprego da língua
Fonte da Imagem: 
Uma das funções da universidade é prepará-lo para o mercado de trabalho. Você, inclusive, já deve ter imaginado como seria atuar fora do ambiente acadêmico – quem sabe em uma grande empresa?
Mas e se você tiver de escrever um texto simples, tal como um breve relatório? Será que você colocará todas as vírgulas em seus devidos lugares?
E quanto à crase? Você saberá empregá-la corretamente?
Não se sinta menosprezado se não souber fazê-lo. Afinal, a disciplina de Língua Portuguesa está aqui exatamente para auxiliá-lo a compreender um pouco melhor os usos formais da língua.
Para iniciar esse estudo, vamos aprender alguns conceitos importantes.
Saiba mais
Para saber mais sobre o valor do conhecimento linguístico, leia o texto A importância da Língua Portuguesa para a carreira.
Tipos de linguagem
Antes de estudarmos os usos de verbos, os sinais de pontuação etc., precisamos entender alguns conceitos importantes. Para começar:
Só podemos afirmar que vivemos em sociedade porque nos comunicamos, certo? Todo e qualquer ato comunicativo se dá por meio do uso de alguma linguagem.
Existem dois tipos de linguagens: a verbal e a não verbal.
Tipos de linguagem
Antes de estudarmos os usos de verbos, os sinais de pontuação etc., precisamos entender alguns conceitos importantes. Para começar:
Só podemos afirmar que vivemos em sociedade porque nos comunicamos, certo? Todo e qualquer ato comunicativo se dá por meio do uso de alguma linguagem.
Existem dois tipos de linguagens: a verbal e a não verbal.
Tipos de linguagem
Fonte da Imagem: 
Antes de estudarmos os usos de verbos, os sinais de pontuação etc., precisamos entender alguns conceitos importantes. Para começar:
Só podemos afirmar que vivemos em sociedade porque nos comunicamos, certo? Todo e qualquer ato comunicativo se dá por meio do uso de alguma linguagem.
Existem dois tipos de linguagens: a verbal e a não verbal.
Vejamos alguns exemplos:
Então, a linguagem verbal é aquela que se vale de palavras – sejam estas faladas, sejam estas escritas. Nesse caso, o código utilizado para manter a comunicação é a própria língua (portuguesa, inglesa, francesa etc.). Logo, o diálogo no WhatsApp e o bate papo são exemplos de linguagem verbal.
Já a linguagem não verbal é aquela que utiliza outros códigos diferentes da língua. Essa linguagem pode se manifestar por meio das cores, dos gestos, de um olhar, da música etc. No exemplo do semáforo, a comunicação ocorre através das cores e, no caso da orquestra, através da música instrumental.
Antes de dar continuidade a seus estudos, assista a este vídeo, que utiliza cenas do filme O negociador, no qual um dos personagens fala da relevância da linguagem não verbal.
Vejamos alguns exemplos:
Então, a linguagem verbal é aquela que se vale de palavras – sejam estas faladas, sejam estas escritas. Nesse caso, o código utilizado para manter a comunicação é a própria língua (portuguesa, inglesa, francesa etc.). Logo, o diálogo no WhatsApp e o bate papo são exemplos de linguagem verbal.
Já a linguagem não verbal é aquela que utiliza outros códigos diferentes da língua. Essa linguagem pode se manifestar por meio das cores, dos gestos, de um olhar, da música etc. No exemplo do semáforo, a comunicação ocorre através das cores e, no caso da orquestra, através da música instrumental.
Antes de dar continuidade a seus estudos, assista a este vídeo, que utiliza cenas do filme O negociador, no qual um dos personagens fala da relevância da linguagem não verbal.
Vídeo
Como você viu, o policial detectou a mentira do personagem acusado ao analisar não sua fala – linguagem verbal –, mas seu olhar e suas expressões corporais e faciais.
Esses gestos “dizem” muito – às vezes, mais que diversas palavras proferidas.
Nesse caso, saber interpretar a linguagem não verbal é muito importante!
Como você viu, o policial detectou a mentira do personagem acusado ao analisar não sua fala – linguagemverbal –, mas seu olhar e suas expressões corporais e faciais.
Esses gestos “dizem” muito – às vezes, mais que diversas palavras proferidas.
Nesse caso, saber interpretar a linguagem não verbal é muito importante!
Agora que você já conheceu os diferentes tipos de linguagem, vamos nos ater àquele que, de fato, é de nosso interesse: a linguagem verbal – no nosso caso, a Língua Portuguesa.
A partir de agora, você vai conhecer algumas regras para falar e escrever de forma adequada, isto é, de acordo com os contextos de uso do idioma.
A propósito: adequação é uma palavra que deve fazer parte do nosso dia a dia.
Para exemplificar, analise as falas deste personagem em situações cotidianas distintas...
Agora que você já conheceu os diferentes tipos de linguagem, vamos nos ater àquele que, de fato, é de nosso interesse: a linguagem verbal – no nosso caso, a Língua Portuguesa.
A partir de agora, você vai conhecer algumas regras para falar e escrever de forma adequada, isto é, de acordo com os contextos de uso do idioma.
A propósito: adequação é uma palavra que deve fazer parte do nosso dia a dia.
Para exemplificar, analise as falas deste personagem em situações cotidianas distintas...
Mas que tipo de linguagem os ambientes formal e informal envolvem: a escrita, a fala?
Como você percebeu, a Língua Portuguesa foi utilizada em ambas as situações, mas o registro não foi o mesmo. O personagem adequou sua fala ao ambiente em que se encontrava: mais ou menos formal.
Mas que tipo de linguagem os ambientes formal e informal envolvem: a escrita, a fala?
Como você percebeu, a Língua Portuguesa foi utilizada em ambas as situações, mas o registro não foi o mesmo. O personagem adequou sua fala ao ambiente em que se encontrava: mais ou menos formal.
Ambiente formal e informal
Você sabe a diferença entre ambiente formal e informal? Vamos descobrir?
Ambiente formal e informal
Você sabe a diferença entre ambiente formal e informal? Vamos descobrir?
Ambiente formal
Imagine-se em uma entrevista de emprego. Se o entrevistador lhe perguntar sobre sua disponibilidade de tempo para desempenhar suas funções, o mais adequado para a ocasião será responder:
	
	
	
1. Disponho de tempo integral para assumir o cargo.
	
	
	
2. Qualquer hora é hora. É só chamar que tô dentro!
Ambiente informal
Agora, imagine-se em um restaurante, em um bate-papo com um(a) amigo(a). Se ele(a) lhe fizer uma pergunta sobre as novidades que você tem para contar, o mais adequado para a ocasião será responder:
	
	
	
1. Atualmente, em termos de inovação em minha vida, estou fadada à monotonia.
	
	
	
2. Nada de novo. Continuo seguindo a mesma vidinha de sempre.
Ambiente formal
Imagine-se em uma entrevista de emprego. Se o entrevistador lhe perguntar sobre sua disponibilidade de tempo para desempenhar suas funções, o mais adequado para a ocasião será responder: 
	
	
	
1. Disponho de tempo integral para assumir o cargo.
	
	
	
2. Qualquer hora é hora. É só chamar que tô dentro!
Ambiente informal
Agora, imagine-se em um restaurante, em um bate-papo com um(a) amigo(a). Se ele(a) lhe fizer uma pergunta sobre as novidades que você tem para contar, o mais adequado para a ocasião será responder: 
	
	
	
1. Atualmente, em termos de inovação em minha vida, estou fadada à monotonia.
	
	
	
2. Nada de novo. Continuo seguindo a mesma vidinha de sempre.
O ambiente formal é aquele em que usamos a norma culta da língua, cujo registro segue o que está prescrito na gramática normativa. Trata-se de um padrão de linguagem adequado a situações como uma entrevista de emprego, uma reunião de trabalho ou mesmo uma palestra em um congresso. Já o ambiente informal é aquele em que usamos a linguagem coloquial, que dispensa formalidade. Trata-se da linguagem do cotidiano, adequada a situações como uma conversa entre amigos, uma festa, um bilhete que deixamos para nossa família na porta da geladeira ou mesmo uma troca de mensagens nas redes sociais.
O ambiente formal é aquele em que usamos a norma culta da língua, cujo registro segue o que está prescrito na gramática normativa. Trata-se de um padrão de linguagem adequado a situações como uma entrevista de emprego, uma reunião de trabalho ou mesmo uma palestra em um congresso. Já o ambiente informal é aquele em que usamos a linguagem coloquial, que dispensa formalidade. Trata-se da linguagem do cotidiano, adequada a situações como uma conversa entre amigos, uma festa, um bilhete que deixamos para nossa família na porta da geladeira ou mesmo uma troca de mensagens nas redes sociais.
Como você percebeu, utilizamos determinado tipo de linguagem de acordo com a ocasião em que nos encontramos.
Isso significa que o emprego dos diferentes registros da língua depende de seus contextos de uso.
Por exemplo, suponha que você trabalhe em uma empresa multinacional. Falar com seu chefe imediato (1) – aquele com quem tem algum nível de intimidade – não é o mesmo que falar com o diretor da companhia (2), certo?
Para cada situação, provavelmente, você usará um vocabulário distinto, conforme podemos observar nos diálogos ao lado.
Como você percebeu, utilizamos determinado tipo de linguagem de acordo com a ocasião em que nos encontramos.
Isso significa que o emprego dos diferentes registros da língua depende de seus contextos de uso.
Por exemplo, suponha que você trabalhe em uma empresa multinacional. Falar com seu chefe imediato (1) – aquele com quem tem algum nível de intimidade – não é o mesmo que falar com o diretor da companhia (2), certo? 
Para cada situação, provavelmente, você usará um vocabulário distinto, conforme podemos observar nos diálogos ao lado. 
Variação linguística
A expressão linguística pode se realizar em diferentes modalidades: a escrita e a fala. Mas existem algumas diferenças entre elas.
Na língua falada, há entre falante e ouvinte trocas sucessivas e simultâneas, o que não ocorre na língua escrita, na qual a comunicação acontece, geralmente, na ausência de um dos participantes.
Além disso, na fala, as marcas de planejamento do texto costumam não aparecer, porque sua produção e execução se dão ao mesmo tempo. Justamente por isso, a linguagem oral é marcada por pausas, interrupções, retomadas, correções etc., o que não observamos na escrita, porque o texto se apresenta acabado, e há um tempo para sua elaboração.
Variação linguística
A expressão linguística pode se realizar em diferentes modalidades: a escrita e a fala. Mas existem algumas diferenças entre elas. 
Na língua falada, há entre falante e ouvinte trocas sucessivas e simultâneas, o que não ocorre na língua escrita, na qual a comunicação acontece, geralmente, na ausência de um dos participantes. 
Além disso, na fala, as marcas de planejamento do texto costumam não aparecer, porque sua produção e execução se dão ao mesmo tempo. Justamente por isso, a linguagem oral é marcada por pausas, interrupções, retomadas, correções etc., o que não observamos na escrita, porque o texto se apresenta acabado, e há um tempo para sua elaboração. 
Mas o que isso quer dizer?
Em outras palavras, que a língua varia de acordo com o lugar, com a situação comunicativa ou, até mesmo, com nosso interlocutor – a pessoa com quem falamos ou a quem escrevemos. Isso é o que chamamos de VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.
Mas o que isso quer dizer?
Em outras palavras, que a língua varia de acordo com o lugar, com a situação comunicativa ou, até mesmo, com nosso interlocutor – a pessoa com quem falamos ou a quem escrevemos. Isso é o que chamamos de VARIAÇÃO LINGUÍSTICA. 
Para entender melhor o assunto, assista ao vídeo a seguir.
Para entender melhor o assunto, assista ao vídeo a seguir.
Vídeo
A variação linguística corresponde a diferentes realizações de uma mesma língua. Ela pode ser:
A variação linguística corresponde a diferentes realizações de uma mesma língua. Ela pode ser:
Podemos citar as diferenças entreo falar:
Carioca: Caraca! Esse curso é muito maneiro.
Cearense: Êta que esse curso é bem arretado!
Mineiro: Nossinhora! Esse curso é bom demais da conta, sô!
ATENÇÃO!
NÃO podemos dizer que determinada região do país fale “o português mais correto”. Tal afirmação é falsa, pois o que há são variações da Língua Portuguesa. A pronúncia do cearense ou do carioca, por exemplo, não é errada ou certa, mas, simplesmente, o modo de articular os sons daquela comunidade linguística.
Podemos citar as diferenças entre o falar:
Carioca: Caraca! Esse curso é muito maneiro.
Cearense: Êta que esse curso é bem arretado!
Mineiro: Nossinhora! Esse curso é bom demais da conta, sô!
ATENÇÃO!
NÃO podemos dizer que determinada região do país fale “o português mais correto”. Tal afirmação é falsa, pois o que há são variações da Língua Portuguesa. A pronúncia do cearense ou do carioca, por exemplo, não é errada ou certa, mas, simplesmente, o modo de articular os sons daquela comunidade linguística.
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Podemos citar as diferenças entre o falar:
Carioca: Caraca! Esse curso é muito maneiro.
Cearense: Êta que esse curso é bem arretado!
Mineiro: Nossinhora! Esse curso é bom demais da conta, sô!
ATENÇÃO!
NÃO podemos dizer que determinada região do país fale “o português mais correto”. Tal afirmação é falsa, pois o que há são variações da Língua Portuguesa. A pronúncia do cearense ou do carioca, por exemplo, não é errada ou certa, mas, simplesmente, o modo de articular os sons daquela comunidade linguística.
Analise as situações a seguir:
1) Estácio informa: Já estão abertas as inscrições para o curso de Graduação em Letras - Licenciatura em Língua Portuguesa. Fique atento às datas de ingresso e não perca o período de matrícula nas disciplinas.
2) Vocês leram na web, pessoal? Para quem quer ser letrado e dar aula de português ou de literatura, a hora é essa. A gente precisa se inscrever na Estácio. Os dias de inscrição e de matrícula nas disciplinas estão lá. Vamos?
Comentário
Nesse caso, a mesma informação foi transmitida a partir de duas modalidades da língua – a escrita e a falada – e através de registros distintos – o formal e o informal.
Analise as situações a seguir:
1) Estácio informa: Já estão abertas as inscrições para o curso de Graduação em Letras - Licenciatura em Língua Portuguesa. Fique atento às datas de ingresso e não perca o período de matrícula nas disciplinas.
2) Vocês leram na web, pessoal? Para quem quer ser letrado e dar aula de português ou de literatura, a hora é essa. A gente precisa se inscrever na Estácio. Os dias de inscrição e de matrícula nas disciplinas estão lá. Vamos?
Comentário
Nesse caso, a mesma informação foi transmitida a partir de duas modalidades da língua – a escrita e a falada – e através de registros distintos – o formal e o informal.
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Analise as situações a seguir:
1) Estácio informa: Já estão abertas as inscrições para o curso de Graduação em Letras - Licenciatura em Língua Portuguesa. Fique atento às datas de ingresso e não perca o período de matrícula nas disciplinas.
2) Vocês leram na web, pessoal? Para quem quer ser letrado e dar aula de português ou de literatura, a hora é essa. A gente precisa se inscrever na Estácio. Os dias de inscrição e de matrícula nas disciplinas estão lá. Vamos?
Comentário
Nesse caso, a mesma informação foi transmitida a partir de duas modalidades da língua – a escrita e a falada – e através de registros distintos – o formal e o informal.
O uso de determinado vocabulário marca os grupos sociais e as comunidades linguísticas.
Você se lembra do “surfista-executivo” que apresentamos anteriormente? Como vimos, sua fala e sua roupa não estavam adequadas ao ambiente em que se encontrava: a praia.
Para se inserir nesse grupo específico e validar-se nesse meio de forma decisiva, ele deveria não apenas vestir um figurino típico mas também adaptar o uso da língua.
Associada à vestimenta, a fala mais apropriada à situação seria:
Que onda cabulosa, cara! E aí? Bora pegar agora ou depois?
O uso de determinado vocabulário marca os grupos sociais e as comunidades linguísticas.
Você se lembra do “surfista-executivo” que apresentamos anteriormente? Como vimos, sua fala e sua roupa não estavam adequadas ao ambiente em que se encontrava: a praia.
Para se inserir nesse grupo específico e validar-se nesse meio de forma decisiva, ele deveria não apenas vestir um figurino típico mas também adaptar o uso da língua.
Associada à vestimenta, a fala mais apropriada à situação seria:
Que onda cabulosa, cara! E aí? Bora pegar agora ou depois?
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O uso de determinado vocabulário marca os grupos sociais e as comunidades linguísticas.
Você se lembra do “surfista-executivo” que apresentamos anteriormente? Como vimos, sua fala e sua roupa não estavam adequadas ao ambiente em que se encontrava: a praia.
Para se inserir nesse grupo específico e validar-se nesse meio de forma decisiva, ele deveria não apenas vestir um figurino típico mas também adaptar o uso da língua.
Associada à vestimenta, a fala mais apropriada à situação seria:
Que onda cabulosa, cara! E aí? Bora pegar agora ou depois?
As mudanças linguísticas sobre as quais discutimos até agora começam na fala – como você pode observar no diálogo ao lado –, passam para a escrita e chegam ao sistema da língua. Por exemplo, até hoje, a expressão “a gente” – sobre a qual nos deteremos mais adiante – ainda é rejeitada pela gramática normativa. Entretanto, usamos o termo “conforme” como conjunção sem nos darmos conta de que se trata de uma forma verbal que ampliou sua função na língua e passou a essa classificação de conjunção.
Exemplo: Conforme ele disse, chegaremos lá na hora.
Mas todas as formas em variação passam para um uso mais formal da língua?
Não! Como a linguagem é utilizada por pessoas, haverá tanta variação quanto suas necessidades comunicativas. Essas problemáticas aparecem na escrita acadêmica quando consideramos as variações linguísticas e a adequação. Mas e quanto às gírias? Como evitá-las em ambientes formais? Assista ao vídeo a seguir e entenda melhor a questão da adequação vocabular.
As mudanças linguísticas sobre as quais discutimos até agora começam na fala – como você pode observar no diálogo ao lado –, passam para a escrita e chegam ao sistema da língua. Por exemplo, até hoje, a expressão “a gente” – sobre a qual nos deteremos mais adiante – ainda é rejeitada pela gramática normativa. Entretanto, usamos o termo “conforme” como conjunção sem nos darmos conta de que se trata de uma forma verbal que ampliou sua função na língua e passou a essa classificação de conjunção. 
Exemplo: Conforme ele disse, chegaremos lá na hora. 
Mas todas as formas em variação passam para um uso mais formal da língua?
Não! Como a linguagem é utilizada por pessoas, haverá tanta variação quanto suas necessidades comunicativas. Essas problemáticas aparecem na escrita acadêmica quando consideramos as variações linguísticas e a adequação. Mas e quanto às gírias? Como evitá-las em ambientes formais? Assista ao vídeo a seguir e entenda melhor a questão da adequação vocabular. 
Vídeo
Norma culta
Quando pensamos em variação linguística, referimo-nos a todos os exemplos que acabamos de ver. No entanto, independente das diferenças citadas, há uma variedade da língua considerada de prestígio e que deve ser utilizada em determinadas situações comunicativas: a norma culta.
É aquela formada por um conjunto de estruturas concebidas como corretas, que podem ser usadas tanto para falar quanto para escrever. Trata-se da chamada variante padrão. Essa norma é tão valorizada socialmente que, quando estão em um ambiente mais formal, os indivíduos com alto nível de escolaridade procuram monitorar sua fala. Vamos entender melhor essa questão...
Norma culta
Quando pensamos em variação linguística, referimo-nos a todos os exemplos que acabamos de ver. No entanto, independente das diferenças citadas, há uma variedade da língua consideradade prestígio e que deve ser utilizada em determinadas situações comunicativas: a norma culta.
É aquela formada por um conjunto de estruturas concebidas como corretas, que podem ser usadas tanto para falar quanto para escrever. Trata-se da chamada variante padrão. Essa norma é tão valorizada socialmente que, quando estão em um ambiente mais formal, os indivíduos com alto nível de escolaridade procuram monitorar sua fala. Vamos entender melhor essa questão...
Em sua opinião, que frase está CORRETA?
A gente vai até lá para conferir de perto.
Nós vamos até lá para conferir de perto.
Gabarito
As duas formas estão corretas, mas há uma diferença entre elas: a primeira é coloquial, e a segunda segue a gramática normativa.
Corrigir 
Em sua opinião, que frase está CORRETA?
	
	A gente vai até lá para conferir de perto.
	
	Nós vamos até lá para conferir de perto.
Justificativa
Saiba mais
Para saber mais sobre esse padrão de linguagem:
 Leia o conceito de Norma culta;
 Acesse o portal Norma culta – Gramática online da Língua Portuguesa;
Forma marcada da língua
Vamos entender, agora, como a norma de prestígio funciona.
Como vimos anteriormente, uma das formas em variação no português brasileiro contempla a oposição das estruturas a gente x nós.
A ideia básica é de que a expressão A GENTE pode ser usada em ambientes informais e o pronome pessoal do caso reto NÓS – prescrito pela gramática normativa –, em ambientes formais.
No entanto, precisamos considerar que, quando usada, a forma “a gente” deve ser acompanhada do verbo na 3ª pessoa do singular: a gente vai.
Lembra-se daquela variação social sobre a qual conversamos? Ela nos mostra que há pessoas, falantes de uma variedade da língua chamada de não padrão, que dizem “a gente vamos”.
Forma marcada da língua
Vamos entender, agora, como a norma de prestígio funciona.
Como vimos anteriormente, uma das formas em variação no português brasileiro contempla a oposição das estruturas a gente x nós. 
A ideia básica é de que a expressão A GENTE pode ser usada em ambientes informais e o pronome pessoal do caso reto NÓS – prescrito pela gramática normativa –, em ambientes formais. 
No entanto, precisamos considerar que, quando usada, a forma “a gente” deve ser acompanhada do verbo na 3ª pessoa do singular: a gente vai. 
Lembra-se daquela variação social sobre a qual conversamos? Ela nos mostra que há pessoas, falantes de uma variedade da língua chamada de não padrão, que dizem “a gente vamos”. 
Mas qual é o problema desse uso?
Isso é o que chamamos de forma marcada, e usá-la permite que aqueles que nos ouvem nos definam como parte de um grupo com baixo nível de escolaridade.
Por exemplo, quando uma emissora de televisão quer delimitar, linguisticamente, uma personagem desse tipo, introduz, em sua fala, algumas marcas.
É comum, por exemplo, que essa personagem diga:
“Falano” em lugar de “falando” – suprimindo o “d” do gerúndio;
“Eu vou TE falar pra você” em lugar de “Eu vou falar para você”;
“Ni mim” em lugar de “em mim”;“Eu tavo” em lugar de “eu estava”;
“Pá nóis” em lugar de “para nós”.
Mas qual é o problema desse uso?
Isso é o que chamamos de forma marcada, e usá-la permite que aqueles que nos ouvem nos definam como parte de um grupo com baixo nível de escolaridade.
Por exemplo, quando uma emissora de televisão quer delimitar, linguisticamente, uma personagem desse tipo, introduz, em sua fala, algumas marcas.
É comum, por exemplo, que essa personagem diga:
“Falano” em lugar de “falando” – suprimindo o “d” do gerúndio;
“Eu vou TE falar pra você” em lugar de “Eu vou falar para você”;
“Ni mim” em lugar de “em mim”;“Eu tavo” em lugar de “eu estava”;
“Pá nóis” em lugar de “para nós”.
Clique aqui e assista a uma cena da novela Alto Astral, da Rede Globo, e analise as formas marcadas da língua nas falas do personagem Afeganistão.
Indicação de Link
Clique aqui e assista a uma cena da novela Alto Astral, da Rede Globo, e analise as formas marcadas da língua nas falas do personagem Afeganistão.
Observe que, embora as formas “nós tá nos ponto” ou “nós tá atrasado” envolvam o uso do pronome pessoal “nós”, a ausência da conjugação adequada – de acordo com a norma culta – na cena anterior marca a fala do personagem Afeganistão do mesmo modo.
Por isso, em se tratando de variação linguística, é importante considerarmos nosso papel social.
Observe que, embora as formas “nós tá nos ponto” ou “nós tá atrasado” envolvam o uso do pronome pessoal “nós”, a ausência da conjugação adequada – de acordo com a norma culta – na cena anterior marca a fala do personagem Afeganistão do mesmo modo.
Por isso, em se tratando de variação linguística, é importante considerarmos nosso papel social.
Imagine que um professor universitário entra em sala de aula e diz a seus alunos acerca de um encontro com a coordenadora...
Você acha que essa frase está errada? Reflita um pouco antes de checar a resposta.
Gabarito
Embora o uso do pronome ELA como objeto direto seja comum na fala de muitas pessoas – mesmo escolarizadas –, ele não é prescrito pela gramática normativa.
A forma adequada seria “Eu a vi no corredor”. Usar o pronome oblíquo “a” é formal, mas, dependendo do ambiente, o falante pode optar por: “Eu vi a coordenadora no corredor”.
Corrigir 
Imagine que um professor universitário entra em sala de aula e diz a seus alunos acerca de um encontro com a coordenadora...
Você acha que essa frase está errada? Reflita um pouco antes de checar a resposta.
Resposta Correta
Fala x escrita
A norma culta deve ser utilizada tanto na fala quanto na escrita. Mas será que essas modalidades da língua possuem as mesmas características?
Certamente, NÃO! Precisamos ter CUIDADO para não levar para a escrita aspectos da fala.
Analise a manchete ao lado.
Nela, observamos um erro ortográfico – resultado, provavelmente, da influência da oralidade.
Esse equívoco pode ter sido cometido porque, em várias regiões do Brasil, costuma-se não pronunciar o R final em verbos no infinitivo, conforme explicamos quando tratamos do regionalismo.
Fala x escrita
A norma culta deve ser utilizada tanto na fala quanto na escrita. Mas será que essas modalidades da língua possuem as mesmas características? 
Certamente, NÃO! Precisamos ter CUIDADO para não levar para a escrita aspectos da fala. 
Analise a manchete ao lado. 
Nela, observamos um erro ortográfico – resultado, provavelmente, da influência da oralidade. 
Esse equívoco pode ter sido cometido porque, em várias regiões do Brasil, costuma-se não pronunciar o R final em verbos no infinitivo, conforme explicamos quando tratamos do regionalismo. 
Saiba mais
Para saber mais sobre os equívocos cometidos com relação à norma culta, leia os seguintes textos.
 Os 10 erros de ortografia mais comuns da Língua Portuguesa;
 Erros gramaticais comuns na Língua Portuguesa – Parte I.
Mesmo que utilizemos a norma culta para falar e para escrever, fala e escrita são modalidades diferentes de uma mesma língua.
Não escrevemos como falamos nem falamos como escrevemos, certo?
Embora passemos boa parte do tempo diante do computador – seja nas redes sociais, seja trabalhando e estudando –, no final, utilizamos mais a fala do que a escrita.
Vamos entender, então, a diversidade entre tais modalidades linguísticas.
Mesmo que utilizemos a norma culta para falar e para escrever, fala e escrita são modalidades diferentes de uma mesma língua.
Não escrevemos como falamos nem falamos como escrevemos, certo?
Embora passemos boa parte do tempo diante do computador – seja nas redes sociais, seja trabalhando e estudando –, no final, utilizamos mais a fala do que a escrita.
Vamos entender, então, a diversidade entre tais modalidades linguísticas.
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Mesmo que utilizemos a norma culta para falar e para escrever, fala e escrita são modalidades diferentes de uma mesma língua.
Não escrevemos como falamos nem falamos como escrevemos, certo?
Embora passemos boa partedo tempo diante do computador – seja nas redes sociais, seja trabalhando e estudando –, no final, utilizamos mais a fala do que a escrita.
Vamos entender, então, a diversidade entre tais modalidades linguísticas.
Nunca escrevemos ou lemos tanto devido à internet: podemos nos comunicar via SMS e WhatsApp, através de posts nas redes sociais etc. Mas essa escrita e essa leitura excessivas apresentam alguma qualidade em termos de padrões linguísticos? O que dizer das abreviaturas que conferem agilidade no ambiente da web?
A tendência a abreviações é muito grande pela necessidade de comunicação rápida, mas, como um caso de variação linguística, essas formas abreviadas devem se restringir a tais ambientes em que são requeridas. Por isso, é importante conhecer conceitos como adequação ao ambiente, formalidade, informalidade e variação.
Quando nos familiarizamos com tais noções, compreendemos que não há nada de errado no uso do “internetês”, desde que ele se restrinja aos ambientes em que é adequado. Como mais um exemplo de variação linguística, esse tipo de linguagem é mais apropriado a certos contextos do que a outros.
Nunca escrevemos ou lemos tanto devido à internet: podemos nos comunicar via SMS e WhatsApp, através de posts nas redes sociais etc. Mas essa escrita e essa leitura excessivas apresentam alguma qualidade em termos de padrões linguísticos? O que dizer das abreviaturas que conferem agilidade no ambiente da web?
A tendência a abreviações é muito grande pela necessidade de comunicação rápida, mas, como um caso de variação linguística, essas formas abreviadas devem se restringir a tais ambientes em que são requeridas. Por isso, é importante conhecer conceitos como adequação ao ambiente, formalidade, informalidade e variação.
Quando nos familiarizamos com tais noções, compreendemos que não há nada de errado no uso do “internetês”, desde que ele se restrinja aos ambientes em que é adequado. Como mais um exemplo de variação linguística, esse tipo de linguagem é mais apropriado a certos contextos do que a outros.
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Nunca escrevemos ou lemos tanto devido à internet: podemos nos comunicar via SMS e WhatsApp, através de posts nas redes sociais etc. Mas essa escrita e essa leitura excessivas apresentam alguma qualidade em termos de padrões linguísticos? O que dizer das abreviaturas que conferem agilidade no ambiente da web?
A tendência a abreviações é muito grande pela necessidade de comunicação rápida, mas, como um caso de variação linguística, essas formas abreviadas devem se restringir a tais ambientes em que são requeridas. Por isso, é importante conhecer conceitos como adequação ao ambiente, formalidade, informalidade e variação.
Quando nos familiarizamos com tais noções, compreendemos que não há nada de errado no uso do “internetês”, desde que ele se restrinja aos ambientes em que é adequado. Como mais um exemplo de variação linguística, esse tipo de linguagem é mais apropriado a certos contextos do que a outros.
Diante de tudo o que já estudamos até o momento, não há como negar: vivemos em uma sociedade que dá um alto valor a quem escreve.
Na verdade, a escrita é muito importante em nossas complexas relações sociais e práticas culturais. Isso quer dizer que o comportamento do homem – principalmente urbano – é regulado pela escrita.
Se pensarmos na esfera pública, por exemplo, vamos nos deparar com ofícios, requerimentos, memorandos etc.: todos esses documentos têm de ser escritos com extremo rigor linguístico, com base na norma culta da língua, porque os contextos em que circulam exigem esse padrão. Mas nós, brasileiros, ainda temos dificuldade de seguir tais regras da Língua Portuguesa por não atentarmos para a diversidade sobre a qual discutimos entre fala e escrita.
De acordo com Silva (2007):
Diante de tudo o que já estudamos até o momento, não há como negar: vivemos em uma sociedade que dá um alto valor a quem escreve.
Na verdade, a escrita é muito importante em nossas complexas relações sociais e práticas culturais. Isso quer dizer que o comportamento do homem – principalmente urbano – é regulado pela escrita.
Se pensarmos na esfera pública, por exemplo, vamos nos deparar com ofícios, requerimentos, memorandos etc.: todos esses documentos têm de ser escritos com extremo rigor linguístico, com base na norma culta da língua, porque os contextos em que circulam exigem esse padrão. Mas nós, brasileiros, ainda temos dificuldade de seguir tais regras da Língua Portuguesa por não atentarmos para a diversidade sobre a qual discutimos entre fala e escrita.
De acordo com Silva (2007):
“Todos se queixam de que português é difícil. O brasileiro é chorão? Não me parece que possa ser definida como chorona uma nacionalidade marcada pelo carnaval, pelo humor e pelo riso purificador com os quais suporta males seculares. A queixa pode ser assim resumida: a língua falada é uma, mas a língua escrita é outra.”
“Todos se queixam de que português é difícil. O brasileiro é chorão? Não me parece que possa ser definida como chorona uma nacionalidade marcada pelo carnaval, pelo humor e pelo riso purificador com os quais suporta males seculares. A queixa pode ser assim resumida: a língua falada é uma, mas a língua escrita é outra.”
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“Todos se queixam de que português é difícil. O brasileiro é chorão? Não me parece que possa ser definida como chorona uma nacionalidade marcada pelo carnaval, pelo humor e pelo riso purificador com os quais suporta males seculares. A queixa pode ser assim resumida: a língua falada é uma, mas a língua escrita é outra.”
Com base em Koch e Elias (2009, p. 16), podemos estabelecer algumas diferenças entre as modalidades FALA e ESCRITA. Vejamos:
Isso significa que, quando falamos, planejamos menos do que quando escrevemos. Além disso, a fala nos permite deixar informações mais implícitas, em função do contexto que está ali, diante dos falantes, o que não ocorre na escrita. Por isso, a escrita deve ser mais elaborada, planejada e explícita.
Com base em Koch e Elias (2009, p. 16), podemos estabelecer algumas diferenças entre as modalidades FALA e ESCRITA. Vejamos: 
Isso significa que, quando falamos, planejamos menos do que quando escrevemos. Além disso, a fala nos permite deixar informações mais implícitas, em função do contexto que está ali, diante dos falantes, o que não ocorre na escrita. Por isso, a escrita deve ser mais elaborada, planejada e explícita. 
Para saber mais sobre as diferenças entre tais modalidades da língua, leia o texto Continnum tipológico: um estudo da oralidade e da escrita.
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Para saber mais sobre as diferenças entre tais modalidades da língua, leia o texto Continnum tipológico: um estudo da oralidade e da escrita.
Norma-padrão X Coloquialismo
Agora que você já entendeu a diversidade entre fala e escrita, vamos nos ater às diferenças entre os registros coloquial e culto da língua. Alguns fenômenos são típicos da escrita e merecem um pouco mais de cuidado por parte de quem escreve – principalmente em ambientes de maior formalidade. Vamos analisar o quadro ao lado e identificar tais aspectos.
Norma-padrão X Coloquialismo
Agora que você já entendeu a diversidade entre fala e escrita, vamos nos ater às diferenças entre os registros coloquial e culto da língua. Alguns fenômenos são típicos da escrita e merecem um pouco mais de cuidado por parte de quem escreve – principalmente em ambientes de maior formalidade. Vamos analisar o quadro ao lado e identificar tais aspectos.
ONDE x AONDE
Ainda que tenhamos conhecimento da norma culta da língua, há termos que provocam dúvidas na hora de falar e escrever de acordo com esse padrão.
Por exemplo, você sabe quando utilizar ONDE e AONDE?
Vamos fazer um teste. Qual, entre as frases a seguir, está CORRETA?
 (   ) Onde nós vamos? 
 (   ) Aonde nós vamos? 
ONDE x AONDE
Ainda que tenhamos conhecimento da norma culta da língua, há termos que provocam dúvidas na hora de falar e escrever de acordocom esse padrão. 
Por exemplo, você sabe quando utilizar ONDE e AONDE?
Vamos fazer um teste. Qual, entre as frases a seguir, está CORRETA? 
 (   ) Onde nós vamos?  
 (   ) Aonde nós vamos?  
Outra dúvida bastante frequente na hora de escrever diz respeito ao uso de HÁ e A. Mas saná-la é algo bem simples! Veja...
HÁ = flexão do verbo HAVER, que pode ser usada no sentido de:
Outra dúvida bastante frequente na hora de escrever diz respeito ao uso de HÁ e A. Mas saná-la é algo bem simples! Veja...
HÁ = flexão do verbo HAVER, que pode ser usada no sentido de:
HÁ X A
Analise, agora, o seguinte exemplo:
Se o verbo HAVER já indica tempo passado, não há necessidade de dizer, por exemplo, “HÁ dez minutos atrás” ou “HÁ anos atrás”, pois isso é classificado como PLEONASMO, ou seja, repetição desnecessária de ideias. Basta afirmar “HÁ dez minutos” ou “HÁ dez anos”.
HÁ X A
Analise, agora, o seguinte exemplo:
Se o verbo HAVER já indica tempo passado, não há necessidade de dizer, por exemplo, “HÁ dez minutos atrás” ou “HÁ anos atrás”, pois isso é classificado como PLEONASMO, ou seja, repetição desnecessária de ideias. Basta afirmar “HÁ dez minutos” ou “HÁ dez anos”.
Usamos A nas seguintes situações:
Usamos A nas seguintes situações:
Analise, agora, o seguinte exemplo:
Se “Daqui há pouco” indica futuro, houve um equívoco na escrita com o verbo HAVER. O correto seria: “Daqui a pouco”.
Analise, agora, o seguinte exemplo:
Se “Daqui há pouco” indica futuro, houve um equívoco na escrita com o verbo HAVER. O correto seria: “Daqui a pouco”.
Vídeo
MAU X MAL
Para não se equivocar quanto ao uso de MAU e MAL, lembre-se:
MAL é o oposto de BEM.
MAU é o oposto de BOM.
Partir desse conhecimento para evitar enganos é válido, mas podemos compreender os motivos do emprego de cada termo em determinadas sentenças.
Vamos entender melhor...
MAU X MAL
Para não se equivocar quanto ao uso de MAU e MAL, lembre-se:
MAL é o oposto de BEM.
MAU é o oposto de BOM.
Partir desse conhecimento para evitar enganos é válido, mas podemos compreender os motivos do emprego de cada termo em determinadas sentenças.
Vamos entender melhor...
Atenção
A palavra MAL também pode ser um substantivo
Exemplo: Este é um mal necessário.Mas, nesse caso, haverá sempre um determinante qualquer – como o artigo indefinido UM.
Além disso, considerando tal substantivação – acompanhada de um artigo definido ou indefinido –, o mesmo vocábulo pode variar em número.
Exemplo: Os males da vida são muitos.
MENOS X MENAS
Por fim, para acabar com suas dúvidas – e de muitos – quanto ao uso de alguns termos, de antemão, lembre-se:
Isso já facilita nossa vida! Vejamos alguns exemplos de seu emprego:
MENOS é um advérbio, ou seja, uma palavra que exprime uma circunstância – nesse caso, de quantidade ou intensidade. E, como já vimos, advérbios são invariáveis!
Para entender suas funções na língua e a diferença entre advérbio e pronome indefinido, assista ao vídeo a seguir.
MENOS X MENAS
Por fim, para acabar com suas dúvidas – e de muitos – quanto ao uso de alguns termos, de antemão, lembre-se:
Isso já facilita nossa vida! Vejamos alguns exemplos de seu emprego:
MENOS é um advérbio, ou seja, uma palavra que exprime uma circunstância – nesse caso, de quantidade ou intensidade. E, como já vimos, advérbios são invariáveis!
Para entender suas funções na língua e a diferença entre advérbio e pronome indefinido, assista ao vídeo a seguir.
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As noções de língua, linguagem, variação linguística e norma-culta;
As diversas formas de uso da língua;
A amplitude do uso da norma culta para o cotidiano.
Referências desta aula
Referencias de esta clase
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.
SILVA, D. da. A língua nossa de cada dia. São Paulo: Novo Século, 2007.
Próximos passos
Próximos pasos
Noções de sintaxe;
Usos do verbo;
Regências nominal e verbal.
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Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, acesse os seguintes dicionários:
Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa;
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
Glossário
× 
Onde nós vamos?
Que pena, você errou! Quando há, na oração, um verbo que indica movimento – como o verbo IR, por exemplo –, o correto é usar AONDE. Mas, se a pergunta fosse feita com o verbo ESTAR, o correto seria: Onde você está? Sabe por quê? Simples! O verbo ESTAR não indica movimento.
Onde nós vamos?
Que pena, você errou! Quando há, na oração, um verbo que indica movimento – como o verbo IR, por exemplo –, o correto é usar AONDE. Mas, se a pergunta fosse feita com o verbo ESTAR, o correto seria: Onde você está? Sabe por quê? Simples! O verbo ESTAR não indica movimento.
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Aonde nós vamos?
Parabéns, você acertou! Quando há, na oração, um verbo que indica movimento – como o verbo IR, por exemplo –, o correto é usar AONDE. Mas, se a pergunta fosse feita com o verbo ESTAR, o correto seria: Onde você está? Sabe por quê? Simples! O verbo ESTAR não indica movimento.
Aonde nós vamos?
Parabéns, você acertou! Quando há, na oração, um verbo que indica movimento – como o verbo IR, por exemplo –, o correto é usar AONDE. Mas, se a pergunta fosse feita com o verbo ESTAR, o correto seria: Onde você está? Sabe por quê? Simples! O verbo ESTAR não indica movimento.
Língua Portuguesa / Aula 2 - Verbo 
Língua Portuguesa
Aula 2 - Verbo
Introdução
Introducción
Na aula anterior, estudamos os conceitos de língua, linguagem e variação.
Nesta aula, vamos conversar um pouco sobre gramática e sintaxe.
Você já parou para pensar no que é a gramática? E você sabia que todas as línguas têm uma gramática própria?
Aqui, vamos entender por que isso é possível.
Objetivos
Definir noções de sintaxe;
Distinguir regência nominal da verbal;
Reconhecer verbos transitivos e intransitivos.
Créditos
Flavia Teófilo
Redatora
Nathalia Rangel
Designer Instrucional
Roberta Meireles
Web Designer
Rostan Silva
Programador
Intro
Objetivos
Créditos
Introducción
Objetivos
Créditos
Introdução
Na aula anterior, estudamos os conceitos de língua, linguagem e variação. 
Nesta aula, vamos conversar um pouco sobre gramática e sintaxe. 
Você já parou para pensar no que é a gramática? E você sabia que todas as línguas têm uma gramática própria? 
Aqui, vamos entender por que isso é possível. 
Objetivos
Definir noções de sintaxe; 
Distinguir regência nominal da verbal; 
Reconhecer verbos transitivos e intransitivos. 
Gramática
Para entendermos o conceito de gramática, vamos analisar o diálogo a seguir:
Gramática
Para entendermos o conceito de gramática, vamos analisar o diálogo a seguir:
Como você percebeu, a personagem Júlia afirma que o namorado de Camila não conhece gramática, porque utiliza algumas estruturas consideradas inadequadas em termos de norma culta da língua.
Mas a que noção de gramática Júlia se refere?
Vejamos...
Como você percebeu, a personagem Júlia afirma que o namorado de Camila não conhece gramática, porque utiliza algumas estruturas consideradas inadequadas em termos de norma culta da língua.
Mas a que noção de gramática Júlia se refere?
Vejamos...
Tipos de gramática
Há várias formas de definirmos gramática, mas vamos apresentar aqui somente duas classificações. São elas:
Tipos de gramática
Há várias formas de definirmos gramática, mas vamos apresentar aqui somente duas classificações. São elas:
Gramática internalizada
É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem.
Por que, por exemplo, uma criança fala “Eu já fazi” no lugar de “Eu já fiz”?
Simples: porque ela ainda não conhece asexceções à regra de manutenção do radical do verbo nas conjugações.
Se a criança diz “Eu já bebi” e “Eu já comi”, seguindo os radicais dos verbos BEBER e COMER, respectivamente, acrescidos de um [i] final, ela dirá “Eu já fazi” (FAZER).
Isso significa que ela criou uma regra em que [i] seria uma forma de expressar o passado.
Gramática internalizada
É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem. 
Por que, por exemplo, uma criança fala “Eu já fazi” no lugar de “Eu já fiz”? 
Simples: porque ela ainda não conhece as exceções à regra de manutenção do radical do verbo nas conjugações. 
Se a criança diz “Eu já bebi” e “Eu já comi”, seguindo os radicais dos verbos BEBER e COMER, respectivamente, acrescidos de um [i] final, ela dirá “Eu já fazi” (FAZER). 
Isso significa que ela criou uma regra em que [i] seria uma forma de expressar o passado. 
Gramática normativa
Muitos associam esta expressão à imagem de um livro – seja impresso, seja virtual.
Mas será que devemos interpretar a gramática normativa somente dessa forma?
A gramática normativa é um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego deve se adequar aos contextos formais de uso da língua.
Na verdade, essa gramática indica a formalidade de uso da língua.
Gramática normativa
Muitos associam esta expressão à imagem de um livro – seja impresso, seja virtual. 
Mas será que devemos interpretar a gramática normativa somente dessa forma?
A gramática normativa é um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego deve se adequar aos contextos formais de uso da língua. 
Na verdade, essa gramática indica a formalidade de uso da língua. 
Agora, observe um exemplo de como a gramática normativa indica a formalidade de uso da língua...
Agora, observe um exemplo de como a gramática normativa indica a formalidade de uso da língua...
Frequentemente, ouvimos na fala do indivíduo considerado culto, a seguinte frase:
Fonte: studiostoks / Shutterstock
No entanto, a gramática normativa prescreve uma construção diferente:
Fonte: studiostoks / Shutterstock
Frequentemente, ouvimos na fala do indivíduo considerado culto, a seguinte frase: 
Fonte: studiostoks / Shutterstock 
No entanto, a gramática normativa prescreve uma construção diferente: 
Fonte: studiostoks / Shutterstock 
Essa prescrição é baseada no fato de que, de acordo com a norma-padrão, a regência do verbo GOSTAR exige a preposição “de”.
Exemplo: Eu gosto disso.
O estudo da gramática de uma língua divide-se em quatro partes, quais sejam:
Essa prescrição é baseada no fato de que, de acordo com a norma-padrão, a regência do verbo GOSTAR exige a preposição “de”.
Exemplo: Eu gosto disso.
O estudo da gramática de uma língua divide-se em quatro partes, quais sejam:
Vamos entender melhor o que é a sintaxe.
Vamos entender melhor o que é a sintaxe.
Sintaxe
Fonte: Yuri Turkov / Shutterstock
Você observou como o personagem fala?
Ele não pronuncia as palavras em ordem direta:
Mas inverte os termos da oração, o que dificulta seu entendimento.
Para que possamos comunicar nossas ideias, os enunciados da língua devem aparecer em determinada ordem e estabelecer uma relação coerente entre si. Em outras palavras, nosso discurso precisa ser organizado com base em uma estrutura sintática que nos permita formar frases claras e objetivas.
A seguir, vamos entender melhor os conceitos de frase e de verbo.
Você observou como o personagem fala?
Ele não pronuncia as palavras em ordem direta:
Mas inverte os termos da oração, o que dificulta seu entendimento.
Para que possamos comunicar nossas ideias, os enunciados da língua devem aparecer em determinada ordem e estabelecer uma relação coerente entre si. Em outras palavras, nosso discurso precisa ser organizado com base em uma estrutura sintática que nos permita formar frases claras e objetivas.
A seguir, vamos entender melhor os conceitos de frase e de verbo.
Tipos de frase
A FRASE é um enunciado que possui sentido completo. Há dois tipos de frase:
Tipos de frase
A FRASE é um enunciado que possui sentido completo. Há dois tipos de frase:
Frase nominal
Aquela que não apresenta verbo.
Frase verbal
Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo.
Frase nominal
Aquela que não apresenta verbo. 
Frase verbal
Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo. 
De agora em diante, vamos conversar um pouco mais sobre o verbo.
De agora em diante, vamos conversar um pouco mais sobre o verbo.
Modo e tempos verbais
Como vimos, o VERBO  é a unidade que significa ação ou processo organizado para expressar o modo, o tempo, a pessoa e o número. Mas o que isso significa? Vamos descobrir a partir da análise do diálogo a seguir.
O diálogo que acabamos de ver  apresenta os tópicos mencionados que envolvem o verbo. São eles: Modo, Tempo, Número e Pessoas do discurso.
Modo e tempos verbais
Como vimos, o VERBO  é a unidade que significa ação ou processo organizado para expressar o modo, o tempo, a pessoa e o número. Mas o que isso significa? Vamos descobrir a partir da análise do diálogo a seguir.
O diálogo que acabamos de ver  apresenta os tópicos mencionados que envolvem o verbo. São eles: Modo, Tempo, Número e Pessoas do discurso.
Modo
Modo
Tempo
Tempo
Número
Número
As formas verbais podem se apresentar no singular ou no plural. No caso do diálogo, elas aparecem somente no singular. Vejamos: “Acertei”, “estudei”, “soubesse”, “tinha estudado”, “podia”, “está”, “melhorará”, “aprovará”.
As formas verbais podem se apresentar no singular ou no plural. No caso do diálogo, elas aparecem somente no singular. Vejamos: “Acertei”, “estudei”, “soubesse”, “tinha estudado”, “podia”, “está”, “melhorará”, “aprovará”.
Pessoas do Discurso
Pessoas do Discurso
Os pronomes de tratamento “você(s)”, “senhor(a)” e “senhores(as)”, que fazem referência à 2ª pessoa, mas que se manifestam, formalmente, na 3ª, conjugam-se nesta última. A tabela a seguir apresenta essa conjugação:
Os pronomes de tratamento “você(s)”, “senhor(a)” e “senhores(as)”, que fazem referência à 2ª pessoa, mas que se manifestam, formalmente, na 3ª, conjugam-se nesta última. A tabela a seguir apresenta essa conjugação:
Atividade
1 - Identifique o modo da forma verbal presente na propaganda a seguir:
Gabarito
Imperativo afirmativo.
Corrigir 
Atividade
1 - Identifique o modo da forma verbal presente na propaganda a seguir:
Resposta Correta
Transitividade verbal
A partir deste momento, vamos tratar de outra característica dos verbos: a transitividade.
A transitividade indica se o verbo necessita ou não de complemento. O significado do verbo pode precisar ser completado por uma estrutura, ou seja, transitar até seu complemento. Quer ver um exemplo? Veja a seguir:
Como você percebeu, João fica irritado com a ausência de informação por parte de Paulo, porque este não completa, de imediato, a frase que inicia com o verbo PRECISAR, o que a deixa momentaneamente sem sentido.
Mas por que isso acontece?
Vejamos a seguir...
Transitividade verbal
A partir deste momento, vamos tratar de outra característica dos verbos: a transitividade.
A transitividade indica se o verbo necessita ou não de complemento. O significado do verbo pode precisar ser completado por uma estrutura, ou seja, transitar até seu complemento. Quer ver um exemplo? Veja a seguir:
Como você percebeu, João fica irritado com a ausência de informação por parte de Paulo, porque este não completa, de imediato, a frase que inicia com o verbo PRECISAR, o que a deixa momentaneamente sem sentido.
Mas por que isso acontece?
Vejamos a seguir...
Você pode não conhecer o nome técnico do fenômeno linguístico que envolve o caso apresentado, mas, provavelmente,você sabe que “quem precisa” precisa DE ALGO. Essa noção já faz parte de nosso conhecimento enciclopédico sobre a Língua Portuguesa. Por isso, se tal verbo não for acrescido de uma sequência de ideias que torne seu significado completo, não o entenderemos por si só.
Você observou que, na história, Paulo disse a João que comprou “um carro”?
Assim como PRECISAR, o verbo COMPRAR também exige complemento. A diferença entre eles baseia-se no fato de que COMPRAR não exige complemento preposicionado, mas PRECISAR requer o uso da preposição. Por isso, esse verbo é transitivo indireto – classificação sobre a qual discutiremos adiante.
Na verdade, usamos as preposições o tempo todo – como você pode observar nos diálogos abaixo –, mas não nos damos conta disso. A preposição é a palavra que tem a função de relacionar termos ou orações.
Você pode não conhecer o nome técnico do fenômeno linguístico que envolve o caso apresentado, mas, provavelmente, você sabe que “quem precisa” precisa DE ALGO. Essa noção já faz parte de nosso conhecimento enciclopédico sobre a Língua Portuguesa. Por isso, se tal verbo não for acrescido de uma sequência de ideias que torne seu significado completo, não o entenderemos por si só. 
Você observou que, na história, Paulo disse a João que comprou “um carro”? 
Assim como PRECISAR, o verbo COMPRAR também exige complemento. A diferença entre eles baseia-se no fato de que COMPRAR não exige complemento preposicionado, mas PRECISAR requer o uso da preposição. Por isso, esse verbo é transitivo indireto – classificação sobre a qual discutiremos adiante. 
Na verdade, usamos as preposições o tempo todo – como você pode observar nos diálogos abaixo –, mas não nos damos conta disso. A preposição é a palavra que tem a função de relacionar termos ou orações. 
Para entender melhor o assunto, assista ao vídeo a seguir sobre a etimologia e o valor semântico das preposições.
Para entender melhor o assunto, assista ao vídeo a seguir sobre a etimologia e o valor semântico das preposições.
Vídeo
O diálogo que lemos anteriormente nos mostra que alguns verbos precisam de complemento – os chamados transitivos – e outros não – os chamados intransitivos. Quanto à transitividade, os verbos podem ser:
O diálogo que lemos anteriormente nos mostra que alguns verbos precisam de complemento – os chamados transitivos – e outros não – os chamados intransitivos. Quanto à transitividade, os verbos podem ser:
Atividade
2. Na propaganda a seguir, há dois verbos: TOMOU e SUMIU. Como esses verbos são classificados, respectivamente, quanto à transitividade?
Transitivo direto e intransitivo.
Transitivos indireto e intransitivo.
Transitivo direto e indireto e intransitivo.
Gabarito
Transitivo direto e intransitivo
Na primeira propaganda, o verbo SUMIR é intransitivo, porque seu significado não transita para outra estrutura da frase: ele traz a ideia completa da ação sem necessitar de complemento.
O verbo TOMAR, por sua vez, é transitivo direto, pois possui complemento sem preposição, e seu significado transita para o substantivo Doril, de modo a expressar uma ideia completa.
Corrigir 
Atividade
2. Na propaganda a seguir, há dois verbos: TOMOU e SUMIU. Como esses verbos são classificados, respectivamente, quanto à transitividade?
	
	Transitivo direto e intransitivo.
	
	Transitivos indireto e intransitivo.
	
	Transitivo direto e indireto e intransitivo.
Justificativa
3. Analise as propagandas e identifique as formas verbais nelas presentes quanto à transitividade.
Gabarito
Já nessa propaganda, o verbo MOSTRAR é bitransitivo, pois apresenta um complemento direto – “a leveza da Hortifruti” – e um indireto – “a uma família”.
Corrigir 
3. Analise as propagandas e identifique as formas verbais nelas presentes quanto à transitividade.
Resposta Correta
Para finalizarmos nossa discussão sobre a transitividade verbal, assista ao vídeo a seguir.
Para finalizarmos nossa discussão sobre a transitividade verbal, assista ao vídeo a seguir.
Vídeo
Regência verbal
Em uma visão bem tradicional, a regência verbal é o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus complementos. Lidamos o tempo todo com verbos que precisam ou não de complemento: é tão normal que não nos damos conta disso.  Agora, parando para refletir, você já pensou que usar ou não uma preposição pode alterar o significado de um verbo?  Por exemplo, considere que um juiz diga as frases a seguir:
Regência verbal
Em uma visão bem tradicional, a regência verbal é o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus complementos. Lidamos o tempo todo com verbos que precisam ou não de complemento: é tão normal que não nos damos conta disso.  Agora, parando para refletir, você já pensou que usar ou não uma preposição pode alterar o significado de um verbo?  Por exemplo, considere que um juiz diga as frases a seguir:
Eu assisto
o jogo.
Nesta frase, temos o sentido de “prestar assistência, ajudar, socorrer”: usa-se sem preposição.
Eu assisto
ao jogo.
Já nesta, temos o sentido de “ver, presenciar” e, nesse caso, a preposição é obrigatória.''
Eu assisto
o jogo.
Nesta frase, temos o sentido de “prestar assistência, ajudar, socorrer”: usa-se sem preposição. 
Eu assisto
ao jogo.
Já nesta, temos o sentido de “ver, presenciar” e, nesse caso, a preposição é obrigatória.'' 
Observe os significados do verbo assistir em relação a sua regência:
Observe os significados do verbo assistir em relação a sua regência:
Atividade
4. (Conc. Escrivão de Polícia) Assinale a alternativa em que o significado do verbo apontado entre parênteses NÃO corresponde à sua regência:
a) Com sua postura séria, o diretor assistia todos os funcionários dos departamentos da empresa. (ajudar)
b) No grande auditório, o público assistiu às apresentações da Orquestra Experimental. (ver)
c) Esta é uma medida que assiste aos moradores da Vila Olímpia. (caber)
d) Estudantes brasileiros assistem na Europa durante um ano. (observar)
Gabarito
Resposta correta: alternativa d
Letra (a). O verbo ASSISTIR é transitivo direto, ou seja, possui complemento sem preposição quando significa 'prestar assistência' ou  'ajudar.
Letra (b). O verbo ASSISTIR é transitivo indireto com o significado de presenciar, ver.
Letra (c). O verbo ASSISTIR é transitivo indireto, ou seja, possui complemento com preposição quando significa' caber'.
Letra (d). O verbo ASSISTIR é intransitivo com o significado de morar, residir ('na Europa' é adjunto adverbial de lugar). Assim, seguindo o que se prescreve deveríamos ter como significado MORAR.
Corrigir 
Atividade
4. (Conc. Escrivão de Polícia) Assinale a alternativa em que o significado do verbo apontado entre parênteses NÃO corresponde à sua regência:
	
	a) Com sua postura séria, o diretor assistia todos os funcionários dos departamentos da empresa. (ajudar)
	
	b) No grande auditório, o público assistiu às apresentações da Orquestra Experimental. (ver)
	
	c) Esta é uma medida que assiste aos moradores da Vila Olímpia. (caber)
	
	d) Estudantes brasileiros assistem na Europa durante um ano. (observar)
Justificativa
Aqui, há o uso de:
NA = preposição EM + artigo A
Embora vejamos a preposição “em” regendo o verbo “pisar”, sob o olhar normativo, existe um problema na sentença. A prescrição indica que o adequado seria:
Não pise a grama.
Aqui, há o uso de: 
NA = preposição EM + artigo A
Embora vejamos a preposição “em” regendo o verbo “pisar”, sob o olhar normativo, existe um problema na sentença. A prescrição indica que o adequado seria: 
Não pise a grama.
Vamos pensar, agora,
em uma música?
Tim Maia canta:
[...] Pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você [...]
Mas a norma prescreve “lugar qualquer em que não exista”.
Vamos pensar, agora,
em uma música?
Tim Maia canta: 
[...] Pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento emvocê [...]
Mas a norma prescreve “lugar qualquer em que não exista”. 
E nas campanhas publicitárias? Veja o que aconteceu na campanha da Mercedes Benz de 2011:
A propaganda destaca:
Mercedes-Benz: A marca que todo mundo confia.
No entanto, o verbo “confiar” é regido pela preposição EM. Logo, a frase deveria ser escrita desta forma:
Mercedes-Benz: A marca EM que todo mundo confia.
E nas campanhas publicitárias? Veja o que aconteceu na campanha da Mercedes Benz de 2011:
A propaganda destaca:
Mercedes-Benz: A marca que todo mundo confia.
No entanto, o verbo “confiar” é regido pela preposição EM. Logo, a frase deveria ser escrita desta forma:
Mercedes-Benz: A marca EM que todo mundo confia.
Saiba mais
Muito ainda se discute sobre o tema. Antes de dar continuidade a seus estudos, leia o texto O valor semântico das preposições.
O verbo “lembrar” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – lembrar algo;
• Transitivo indireto – lembrar-se de algo.
Nesta tirinha, há um problema quanto à colocação pronominal. Vejamos:
• “Se lembra de” → linguagem coloquial;
• “Lembra-se de” → norma-padrão prescrita pela gramática.
Embora isso aconteça, a regência do verbo está correta, pois, em sua fala, a esposa usa a preposição “de” associada à partícula “se”.
O verbo “lembrar” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser: 
• Transitivo direto – lembrar algo;
• Transitivo indireto – lembrar-se de algo.
Nesta tirinha, há um problema quanto à colocação pronominal. Vejamos: 
• “Se lembra de” → linguagem coloquial;
• “Lembra-se de” → norma-padrão prescrita pela gramática. 
Embora isso aconteça, a regência do verbo está correta, pois, em sua fala, a esposa usa a preposição “de” associada à partícula “se”. 
Assim como o verbo “lembrar”, o verbo “esquecer” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – esquecer algo;
• Transitivo indireto – esquecer-se de algo.
Nesta tirinha, a regência do verbo está incorreta, pois a menina usa a preposição “de” SEM a partícula “se”. A prescrição indica que o correto é:
Minha mãe se esqueceu de comprar seu presente...
Assim como o verbo “lembrar”, o verbo “esquecer” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser: 
• Transitivo direto – esquecer algo;
• Transitivo indireto – esquecer-se de algo.
Nesta tirinha, a regência do verbo está incorreta, pois a menina usa a preposição “de” SEM a partícula “se”. A prescrição indica que o correto é: 
Minha mãe se esqueceu de comprar seu presente...
O verbo “preferir” tem o sentido de “escolher” e possui dois objetos. São eles:
Objeto direto, sem preposição – aquilo que escolhemos;
Objeto indireto, com preposição “a” – aquilo que deixamos em segundo plano.
Nesta tirinha, então, a sentença deveria ter sido redigida da seguinte forma:
Eu prefiro pizza a cachorro quente.
O verbo “preferir” tem o sentido de “escolher” e possui dois objetos. São eles: 
Objeto direto, sem preposição – aquilo que escolhemos;
Objeto indireto, com preposição “a” – aquilo que deixamos em segundo plano.
Nesta tirinha, então, a sentença deveria ter sido redigida da seguinte forma: 
Eu prefiro pizza a cachorro quente.
Atividade
5. (UNIMEP – SP) Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir” como consequência, constrói-se a oração com objeto direto, como se vê em:
Quando era pequeno, todos sempre implicaram comigo.
Muitas patroas costumam implicar com as empregadas domésticas.
Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.
O banqueiro implicou-se em negócios escusos.
Um novo congelamento de salários implicará uma reação dos trabalhadores.
Gabarito
O verbo “implicar” é transitivo direto com o sentido de “acarretar”, “ocasionar”, e seu complemento – um objeto direto – não deve ser introduzido por preposição. O uso correto desse verbo pode ser observado no seguinte fragmento:
“GETÚLIO VARGAS tornou-se muito popular por vários motivos, mas, sobretudo, por saber utilizar a palavra como ferramenta política. O uso implicou, também, silenciamento dos discordantes.
O rádio serviu-lhe de meio eficaz para consolidar seu prestígio junto aos mais pobres. Ele gostava de ser conhecido como pai dos pobres, mas foi qualificado, também, como mãe dos ricos”.
Fonte: O PORTUGUÊS dos presidentes. In: SILVA, D. da. A língua nossa de cada dia. Osasco: Novo Século Editora, 2007.
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Atividade
5. (UNIMEP – SP) Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir” como consequência, constrói-se a oração com objeto direto, como se vê em:
	
	Quando era pequeno, todos sempre implicaram comigo.
	
	Muitas patroas costumam implicar com as empregadas domésticas.
	
	Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.
	
	O banqueiro implicou-se em negócios escusos.
	
	Um novo congelamento de salários implicará uma reação dos trabalhadores.
Justificativa
6. (FGV – SP) Assinale a alternativa em que há ERRO de regência verbal:
Os padres das capelas que mais dependiam do dinheiro desfizeram-se em elogios à garota.
As admoestações que insisti em fazer ao rábula acabaram por não produzir efeito algum.
Nem sempre, o imigrante, em cujas faces se refletia a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
Era uma noite calma que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais.
Nem sempre, o migrante, cujas faces refletiam a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
Gabarito
O verbo GOSTAR é regido pela preposição DE. Embora o apagamento da preposição nesse tipo de oração aconteça com frequência na fala de indivíduos considerados cultos, a gramática normativa nos prescreve o uso da preposição DE:
Era uma noite calma DE que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais.
Há, ainda, uma terceira possibilidade, considerada como forma marcada por ser utilizada por indivíduos de menor escolaridade:
Era uma noite calma que as pessoas gostavam DELA, nem fria nem quente demais.
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6. (FGV – SP) Assinale a alternativa em que há ERRO de regência verbal:
	
	Os padres das capelas que mais dependiam do dinheiro desfizeram-se em elogios à garota.
	
	As admoestações que insisti em fazer ao rábula acabaram por não produzir efeito algum.
	
	Nem sempre, o imigrante, em cujas faces se refletia a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
	
	Era uma noite calma que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais.
	
	Nem sempre, o migrante, cujas faces refletiam a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
Justificativa
7. (UFSCar - SP) Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência verbal:
a) A peça que assistimos foi muito boa.
b) Estes são os livros que precisamos.
c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.
d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.
e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
Gabarito
a) A peça a que assistimos foi muito boa.(O verbo “assistir” é regido pela preposição “a”.)
b) Estes são os livros de que precisamos.(O verbo “precisar” é regido pela preposição “de”.)
c) Esse foi um ponto de que todos se esqueceram.(O verbo “esquecer”, quando pronominal, é regido por preposição.)
d) O verbo “apreciar” é transitivo direto. Logo, não é regido por preposição.
e) O ideal a que aspiramos é conhecido por todos. O verbo “aspirar” é regido pela preposição “a”.
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7. (UFSCar - SP) Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência verbal:
	
	a) A peça que assistimos foi muito boa.
	
	b) Estes são os livros que precisamos.
	
	c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.
	
	d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.
	
	e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
Justificativa
Regência nominal
Assim como acontece com os verbos, os nomes também podem ser transitivos, ou seja, podem necessitar de complementos para que apresentem significação completa.
Observe a transitividade dosnomes a seguir:
Regência nominal
Assim como acontece com os verbos, os nomes também podem ser transitivos, ou seja, podem necessitar de complementos para que apresentem significação completa.
Observe a transitividade dos nomes a seguir:
Uso das preposições: casos especiais
Em SILVA (2003), há diversos casos interessantes acerca do uso das preposições. Escolhemos apenas alguns para discutir nesta aula.
Conheça alguns desses casos especiais do uso das preposições.
Uso das preposições: casos especiais
Em SILVA (2003), há diversos casos interessantes acerca do uso das preposições. Escolhemos apenas alguns para discutir nesta aula.
Conheça alguns desses casos especiais do uso das preposições.
1. A expressão correta é EM NÍVEL
Exemplo: Essa questão será resolvida em nível federal.
Lembramos que a expressão “a nível de” é um modismo a ser evitado.
2. DELE ou DE ELE?
O segredo é o verbo no INFINITIVO. Só podemos usar DE ELE quando houver esse verbo.
Exemplo: Fizemos a surpresa antes de ele chegar ao curso.
Essa regra também se aplica em outros casos, tais como:
PREPOSIÇÃO + ARTIGO:
Exemplo: As contratações cessaram depois de a polícia ter descoberto todo o golpe.
PREPOSIÇÃO + PRONOME DEMONSTRATIVO:
Exemplo: O médico comprou o equipamento, apesar de essa empresa não garantir a troca.
3. A forma prescrita é TEM DE.
Embora o uso da forma “tem que” esteja consagrado e muitos autores considerem as duas formas aceitáveis, devemos utilizar, preferencialmente, a forma “tem de”.
Exemplo: A família tem de pagar todas as dívidas.
4. PARA MIM ou PARA EU? 
Devemos observar que:
a) “Eu” é um pronome pessoal do caso reto e exerce a função de sujeito;
b) “Mim” é um pronome pessoal oblíquo tônico, NUNCA exerce a função de sujeito e, obrigatoriamente, deve ser usado com preposição: “a mim”, “de mim”, “entre mim”, “para mim”, “por mim” etc.
Exemplos
Ana trouxe o livro PARA EU ler. (= sujeito)
Ana trouxe o livro para MIM. (= não é sujeito)
No primeiro caso, há duas orações:
“Ana trouxe o livro” = oração principal
“para EU ler” = oração reduzida de infinitivo (= para que eu lesse)
Nesse caso, devemos usar o pronome pessoal do caso reto (EU), porque este exerce a função de sujeito do verbo infinitivo (LER).
Em síntese, a diferença entre PARA MIM e PARA EU está na presença ou não de um verbo (sempre no infinitivo) após o pronome.
Portanto, sempre que houver um verbo no infinitivo, devemos usar os pronomes pessoais retos. Isso ocorrerá com qualquer preposição.
Exemplos
Minha irmã saiu da festa antes DE MIM.
Ela voltou para o escritório antes DE EU chegar.
Nossos professores fizeram isso POR MIM.
Mariana fez isso POR EU estar cansada.
Observe, no entanto, a mudança no significado trazida pelo uso da vírgula:
PARA EU sair de casa, foi preciso organizar minhas finanças.
PARA MIM, vender meu primeiro imóvel foi uma grande conquista.
Na primeira frase, o pronome pessoal reto (EU) é o sujeito do infinitivo (SAIR).
Já na segunda frase, a vírgula indica que PARA MIM está deslocado. Nesse caso, devemos usar o pronome oblíquo (MIM), pois este não é o sujeito do verbo VENDER.
5. Não há nada ENTRE EU E VOCÊ ou ENTRE MIM E VOCÊ?
Como explicamos anteriormente, “Eu” é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito:
Com verbo no infinitivo – Não há nada ENTRE EU sair e você ficar em casa;
Sem verbo no infinitivo – Não há nada ENTRE MIM E VOCÊ.
6. A QUEM
Quando o substantivo que antecede o pronome relativo é pessoa, podemos usar o pronome “quem”.
Exemplo: Aquele é o professor A QUEM enviei o trabalho.
7. DE QUE, DE QUEM ou DO QUAL?
Estes são os processos DE QUE (ou DOS QUAIS) o escritório dispõe.
(= o escritório dispõe DOS PROCESSOS)
Estes são os advogados DE QUEM ou DOS QUAIS o escritório dispõe.
(= a empresa dispõe DOS ADVOGADOS)
ATENÇÃO!
O pronome relativo QUAL deve ser usado sempre que vier antecedido de preposição que não seja monossílaba (“após”, “contra”, “desde”, “entre”, “para”, “perante”, “sobre” etc.).
Exemplos
Este é o livro SOBRE O QUAL falei ontem.
Esta é a ocasião PARA A QUAL eles se prepararam tanto.
8. CUJO
O pronome relativo “cujo” deve ser usado sempre que houver ideia de posse.
Exemplos:
Ali está o cozinheiro DE CUJO bolo ninguém gostou.
A preposição “de” é exigência do verbo “gostar”.
vEste é o autor A CUJA obra eu me referi.
A preposição “a” é regida pelo verbo “referir”.
Aquele é o filósofo COM CUJAS ideias eu não concordo.
A preposição “com” é regida pelo verbo “concordar”.
Veja a revista EM CUJAS páginas li sobre aquela nova dieta.
(= eu li sobre aquela nova dieta NAS PÁGINAS)
Encontrei na livraria o romancista CUJA obra foi premiada.
(= A OBRA foi premiada -> sem preposição)
ATENÇÃO!
Não usamos artigo definido entre o pronome “cujo” e o substantivo.
Exemplo: Na próxima rua, temos a universidade CUJO aluno inventou o novo chip.
9. Pronomes relativos
Os pronomes relativos aparecem precedidos de preposição quando os verbos que acompanham são regidos por preposições.
Exemplos
Compro sempre naquela loja os doces DE QUE eu gosto tanto.
O mecânico A QUEM eu chamei mais cedo já chegou.
Dr. Jorge é o médico EM QUEM meus avós tanto confiam.
10. Pronome QUE
O pronome “que” pode aparecer:
Com ou sem preposição – quando substituir coisa;
Sem preposição – quando substituir pessoa (equivale a QUEM);
Exemplos
Os refrigerantes QUE compramos acabaram rápido.
Os refrigerantes DE QUE precisávamos para a festa não chegaram.
As senhoras QUE cumprimentamos eram muito simpáticas.
As senhoras A QUEM convidamos para a festa não vieram.
Língua Portuguesa / Aula 3 - Concordância 
Língua Portuguesa
Aula 3 - Concordância
Introdução
Introducción
Nesta aula, você reverá alguns conceitos gramaticais básicos para a boa e efetiva comunicação a partir da norma culta da língua.
Aqui, trataremos, especificamente, de concordância nominal e verbal.
Objetivos
Reconhecer algumas regras de concordância verbal e nominal;
Refletir acerca dos usos da língua quanto à concordância;
Relacionar seus elementos aos usos cotidianos da língua;
Identificar diversas formas de comunicação dependentes da norma culta da língua.
Créditos
Flavia Teófilo
Redatora
Nathalia Rangel
Designer Instrucional
Roberta Meireles
Web Designer
Rostan Silva
Programador
Intro
Objetivos
Créditos
Introducción
Objetivos
Créditos
Introdução
Nesta aula, você reverá alguns conceitos gramaticais básicos para a boa e efetiva comunicação a partir da norma culta da língua. 
Aqui, trataremos, especificamente, de concordância nominal e verbal. 
Objetivos
Reconhecer algumas regras de concordância verbal e nominal; 
Refletir acerca dos usos da língua quanto à concordância; 
Relacionar seus elementos aos usos cotidianos da língua; 
Identificar diversas formas de comunicação dependentes da norma culta da língua. 
Concordância = adequação da língua
Nesta segunda aula, vamos ampliar nosso saber linguístico com base no estudo das noções de concordância nominal e verbal.
Concordância = adequação da língua
Nesta segunda aula, vamos ampliar nosso saber linguístico com base no estudo das noções de concordância nominal e verbal.
Mas o que é concordância?
Mas o que é concordância?
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA. 
Mais adiante, vamos estudar um pouco de teoria  para que possamos compreender melhor esse tema. Mas, antes, teste seus conhecimentos através da atividade a seguir.
Agora, as frases possuem CONCORDÂNCIA. 
Mais adiante, vamos estudar um pouco de teoria  para que possamos compreender melhor esse tema. Mas, antes, teste seus conhecimentos através da atividade a seguir.
Atividade
1 - Com base no que vimos anteriormente, identifique os equívocos de concordância nas frases a seguir e reescreva-as corretamente:
Segue anexa as atas de registro de preço.
Gabarito
Seguem anexas as atas de registro de preço.
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Atividade
1 - Com base no que vimos anteriormente,

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