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ABCDE do Trauma: tudo que você 
precisa saber 
Equipamentos Médicos 
ABCDE do trauma, o protocolo é o método mais utilizado por equipes de pronto 
atendimento, socorristas e bombeiros. 
Em casos de traumas causados por acidentes ou violência os primeiros socorros são 
cruciais para salvar a vida das vítimas. 
Protocolos específicos para não agravar o estado do paciente são seguidos pelos serviços 
de urgência e emergência, durante o socorro. Conduzi-lo o mais rápido possível à unidade 
de atendimento (hospital ou centro especializado). 
Neste artigo abordaremos: 
• Como começou 
• A – Airway: vias aéreas e coluna cervical 
• B – Breathing: respiração e ventilação 
• C – Circulation: circulação com controle de hemorragia 
• D – Disability: Exame neurológico sumário 
• E – Exposure: exposição com controle de hipotermia 
• Trauma: principal causa de morte no Brasil 
• A politica governamental na urgência e emergência 
• Casos de natureza traumática atendidas pelo SAMU 
História do ABCDE do trauma 
Em 1976 após um acidente sofrido, o cirurgião ortopédico Jim Styner percebeu que os 
procedimentos de primeiros socorros a vítimas de traumas não eram adequados. Assim 
ele desenvolveu o protocolo ABCDE do trauma. O protocolo foi adotado, a partir de 1978 
pelos serviços médicos de urgência e emergência em vários países. 
O curso sobre o protocolo ABCDE do trauma foi introduzido, em todas as regiões do 
Brasil, a partir da década de 90. Desde então, cerca de 30 mil médicos foram habilitados 
para seguir o protocolo ABCDE. 
O objetivo do protocolo ABCDE do trauma é a estabilização do paciente até a chegada 
ao pronto-socorro ou hospital. Com isso, visa-se reduzir as taxas de mortalidade e 
morbidade de vítimas de traumas. O método é dividido em cinco etapas: Airway (vias 
aéreas), Breathing (respiração), Circulation (circulação), Disability (incapacidade) e 
Exposure (exposição). 
Airway: vias aéreas e coluna 
cervical 
A verificação do funcionamento das vias aéreas corresponde a primeira etapa 
(airway/vias aéreas). O médico deve avaliar se existe obstrução das vias aéreas que 
impedem ou dificulta a respiração do paciente. Lesões da coluna cervical, fraturas de face, 
ruptura da traqueia e laringe, queda da língua, sangramentos, edemas e outros problemas 
que afetem as vias aéreas. Outra avaliação é se o paciente consegue falar, existe 
permeabilidade das vias aéreas. 
Após estas avaliações o paciente receberá o colar cervical. 
Breathing: respiração e ventilação 
A equipe médica deve confirmar se a vítima está respirando na segunda etapa 
(breathing/respiração). O socorrista irá examinar o tórax do paciente para verificar se 
existe lesão torácica e os movimentos da caixa torácica (inspiração e expiração). 
Havendo dificuldade na respiração pelo paciente, a equipe deve providenciar, com 
urgência, a ventilação mecânica. 
Circulation: circulação com 
controle de hemorragia 
Aa contenção de hemorragias é o passo seguinte (circulation/circulação sanguínea). De 
vital importância, este procedimento é imprescindível, pois a perda de sangue pode levar 
o paciente a sofrer choque hemorrágico e ir a óbito. 
É necessário verificar também o grau de consciência da vítima, frequência cardíaca, 
pressão arterial, coloração da pele, sudorese e perfusão periférica. 
Disability: Exame neurológico 
sumário 
A quarta etapa dos primeiros socorros avalia o nível de consciência da vítima 
(disability/incapacidade). Utiliza-se o método AVDI: Alerta e reações a estímulos Verbal, 
Doloroso, ou vítima Inconsciente. 
O paciente será submetido a outro teste para determinar o grau de consciência, chegando 
na unidade de atendimento. 
Exposure: exposição com controle 
de hipotermia 
No protocolo ABCDE a quinta fase do atendimento (exposure/exposição), visando 
prevenir a hipotermia, é necessário cobrir o paciente com manta térmica a fim de regular 
a temperatura do corpo durante o trajeto até a unidade de atendimento (pronto-socorro ou 
hospital). 
Trauma: principal causa de morte 
no Brasil 
Uma das principais causas de morte no Brasil é o trauma. O número de mortes 
causadas vem aumentando nas últimas décadas por acidentes e violência. 
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado, 
ocorreram 60 mil óbitos decorrentes de causas externas nos anos 70. Dez anos depois, a 
quantidade de mortes causadas por acidentes e violência aumentou 60%. 
A maior parte dos casos acontece, evidentemente, em áreas urbanas, com maior densidade 
demográfica. 
De acordo com dados do relatório (Situação Global sobre Segurança Rodoviária 2015), 
divulgado pela Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa a 56ª posição no ranking 
de mortalidade decorrente de acidentes de trânsito entre os 180 países pesquisados. A taxa 
de mortalidade no trânsito é de 23,4 para cada 100 mil habitantes. As principais vítimas 
são motociclistas, pedestres e ciclistas. 
Nos estados do Sul e Sudeste do Brasil, o trauma é a terceira causa de óbitos, superado 
apenas por doenças cardiovasculares e neoplasias malignas. No Norte e Nordeste, a 
doença é a segunda causa de morte, principalmente entre a população jovem. 
Em média, ocorrem, no Brasil, anualmente 130 mil mortes decorrentes de causas externas 
(acidentes e violência). Cerca de 400 mil vítimas de trauma sobrevivem, mas com 
sequelas. Isto, além de comprometer a qualidade de vida da pessoa, implica em muitos 
gastos para o sistema público de saúde com internação, cirurgia e reabilitação. 
Urgência e emergência: política 
governamental 
Destacando a importância do atendimento de urgência e emergência na rede pública de 
saúde, o Ministério da Saúde criou, em 2002, o Regulamento Técnico dos Sistemas 
Estaduais de Urgência e Emergência (Portaria GM/MS 2.048). 
Foram estabelecidos princípios e diretrizes para a classificação, cadastramento e 
funcionamento dos serviços de urgência e emergência; atendimento pré-hospitalar fixo e 
móvel; regulação médica; atendimento hospitalar, classificado conforme a complexidade 
do caso e a criação de núcleos de educação. 
No ano seguinte, o governo federal instituiu a Política Nacional de Atenção às Urgências 
(Portaria nº 1863/GM) com a finalidade de organizar o sistema de atendimento a 
urgências e emergências e desenvolver metodologia e processos para o registro de dados, 
organização e avaliação de informações estatísticas relativas aos atendimentos em 
unidades de urgência. 
SAMU atende casos de natureza 
traumática 
O SAMU foi criado para garantir um atendimento rápido, padronizado e, com isso, 
reduzir o número de óbitos, internações e sequelas dos pacientes. A primeira etapa desta 
política foi a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em 
todas as regiões do país. 
Após a ligação para o SAMU, o técnico, após identificar a emergência, transfere a ligação 
para o médico, que inicia o atendimento por telefone, dando orientações a quem solicitou 
o serviço. 
Dependendo do caso, uma ambulância do SAMU é encaminhada ao local, com auxiliar 
de enfermagem e o socorrista ou uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Ao mesmo 
tempo, o pronto-socorro ou hospital público é acionado para que o paciente traumatizado 
seja atendido com rapidez.

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