Buscar

Revestimento em fachada

Prévia do material em texto

Taubaté 
2017 
JONATAS GEORGE RANGEL 
 
 
 
 
 
 
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM PLACAS 
CERÂMICAS: 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
 
 
 
Taubaté 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA 
 
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM PLACAS 
CERÂMICAS: 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade Anhanguera Educacional, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Engenharia Civil 
Orientador: Ariadne Tiepo 
 
JONATAS GEORGE RANGEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JONATAS GEORGE RANGEL 
 
REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM PLACAS 
CERÂMICAS: 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade Anhanguera Educacional, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Engenharia Civil 
 
 
 
Aprovado em: __/__/____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais e familiares pelo estímulo; 
aos professores que acreditaram no meu trabalho; 
e aos amigos que me acompanharam. 
... 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço aos educadores que ao longo desses cinco anos contribuíram para 
meu enriquecimento cultural. 
 
Aos colegas de sala e a todos que, direta ou indiretamente, foram de extrema 
importância nessa fase da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu faço da dificuldade a minha motivação. A volta 
por cima, vem na continuação. (Charlie Brown Jr). 
 
 
 
 
 
RANGEL, JONATAS GEORGE. REVESTIMENTOS DE FACHADAS COM PLACAS CERÂMICAS: 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS. 2017. 27 FLS. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO. 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL. FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL. TAUBATÉ. 
2017. 
 
RESUMO 
 
Muitas são as aplicações dos revestimentos cerâmicos dentro da construção civil, 
isto devido a sua grande durabilidade e diversidade de estampas. Estes elementos 
atualmente são vistos muito mais do que simples itens de decoração, mas sim, como 
itens de decoração e acabamento. Sua função é proteger e preservar a estrutura 
das edificações e das alvenarias, de intemperes, cuidando dos revestimentos 
cerâmicos das fachadas e, dando um acabamento arquitetônico perfeito a 
edificação. Esses revestimentos devem ser escolhidos adequadamente, 
obedecendo o projeto arquitetônico da edificação e, levando-se em conta a 
localização geográfica do mesmo. O surgimento de patologias nas fachadas de 
edificações causa um impacto negativo, trazendo com isso, uma desvalorização do 
imóvel, trazendo prejuízos financeiros, até mesmo óbitos e ferimento em usuários e 
transeuntes. Percebe-se que é muito importante que haja um desempenho de 
excelência nas fachadas, não apenas pelo quesito estético, mas também, pelo ponto 
de vista técnico, as manifestações patológicas nesses revestimentos trazem sérios 
problemas para os usuários no que se refere a custos e insatisfação. É evidente que 
muitas das edificações apresentam algum tipo de manifestação patológica, 
principalmente, em fachadas. O objetivo principal do estudo será pesquisar sobre as 
manifestações patológicas mais frequentes em revestimentos cerâmicos em 
fachadas, assim como, as características peculiares aos mesmos. A revisão de 
literatura foi a metodologia usada para a elaboração deste estudo. 
 
Palavras-Chave: Revestimento de Fachada; Patologias; Acabamentos 
 
 
RANGEL, JONATAS GEORGE. COVERINGS OF FACADES WITH CERAMIC PLATES: 
PATHOLOGICAL MANIFESTATIONS. 2017. 27 FLS. COMPLETION OF COURSE WORK. 
GRADUATION IN CIVIL ENGINEERING. FACULTY ANHANGUERA EDUCATIONAL. TAUBATÉ. 
2017. 
 
ABSTRACT 
 
Many applications of ceramic tiles within the construction industry are due to their 
great durability and diversity of patterns. These elements are currently seen much 
more than simple decorating items, but rather as decorating and finishing items. Its 
function is to protect and preserve the structure of the buildings and the masonry, of 
intemperes taking care of the ceramic coverings of the facades and, giving a perfect 
architectural finishing the edification. These coatings must be chosen properly, 
obeying the architectural design of the building and taking into account the 
geographical location of the same. The emergence of pathologies in the facades of 
buildings causes a negative impact, bringing with it a devaluation of the property, 
bringing financial losses, even death and injury to users and passers-by. It is noticed 
that it is very important that there is a performance of excellence in the façades, not 
only by the aesthetic aspect, but also, from the technical point of view, the 
pathological manifestations in these coatings bring serious problems for the users 
with regard to costs and dissatisfaction. It is evident that many of the buildings 
present some type of pathological manifestation, mainly in façades. The main 
objective of the study will be to investigate the most frequent pathological 
manifestations in facade ceramic coatings, as well as the characteristics peculiar to 
them. The literature review was the methodology used for the preparation of this 
study. 
 
Keywords: Facade Coating; Pathologies; Finishing 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 
2 REVESTIMENTOS ................................................................................................. 15 
2.1PATOLOGIA DE CONSTRUÇÃO / ACABAMENTO E REVESTIMENTOS INTERIORES / MATERIAIS CAUSAS E 
MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO....................................................................................................................16 
2.1.1 Causas Diretas ...............................................................................................................................16 
2.1.2 Causas Indiretas .............................................................................................................................17 
2.3CAUSAS DE DESLOCAÇÃO EM REVESTIMENTOS ...........................................................................................18 
3 PATOLOGIAS E MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL…………………………………………………………………………………………20 
3.1 FATORES INFLUENCIADORES DAS PATOLOGIAS ...........................................................................................20 
3.2PATOLOGIAS EM FACHADAS COM REVESTIMENTO CERÂMICO ....................................................................21 
4 DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS ENCONTRADAS NOS SISTEMAS 
CONSTRUTIVOS ...................................................................................................... 22 
4.1AS CAUSAS DAS PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ..................................................................................23 
4.2FUNDAÇÕES ...............................................................................................................................................23 
4.3NORMATIZAÇÕES .......................................................................................................................................24 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
13 
1 INTRODUÇÃO 
 
Muitas são as aplicações dos revestimentos cerâmicos dentro da construção 
civil, isto devido a sua grande durabilidade e diversidade de estampas. Estes 
elementos atualmente são vistos muito mais do que simples itens de decoração, 
mas sim, como itens de decoração e acabamento. Sua função é proteger e 
preservar a estrutura das edificações e das alvenarias, de intemperes, cuidando dos 
revestimentos cerâmicos das fachadas e, dando um acabamento arquitetônico 
perfeito a edificação. Esses revestimentos devem ser escolhidos adequadamente, 
obedecendo o projeto arquitetônico da edificação e, levando-se em conta a 
localização geográfica do mesmo. 
O surgimento de patologias nas fachadas de edificações causa um impacto 
negativo, trazendo com isso, uma desvalorização do imóvel, trazendo prejuízos 
financeiros, até mesmo óbitos e ferimento em usuários e transeuntes. Percebe-se 
que é muito importante que haja um desempenho de excelência nas fachadas, não 
apenas pelo quesito estético, mas também, pelo ponto de vista técnico, as 
manifestações patológicas nesses revestimentos trazem sérios problemas para os 
usuários no que se refere a custos e insatisfação. É evidente que muitas das 
edificações apresentam algum tipo de manifestação patológica, principalmente, em 
fachadas. Os revestimentos cerâmicos de fachada são preferência do mercado 
consumidor, isto porque, apresenta várias vantagens em relação aos outros 
revestimentos tradicionais, tais como: durabilidade, estética, facilidade de limpeza, 
pouca manutenção, maior conforto térmico e acústico entre outros. 
Desta forma, este trabalho se justifica devido a importância que se obtém com 
o conhecimento sobre as manifestações patológicas que podem ocorrer nestes 
revestimentos e, suas precauções preventivas, para que se evite os desperdícios e 
retrabalhos posteriores a sua aplicação. 
A questão de pesquisa deste trabalho foi: “Quais as principais manifestações 
patológicas encontradas nos revestimentos de fachada com emprego de placas 
cerâmicas? ” 
O objetivo principal do estudo será pesquisar sobre as manifestações 
patológicas mais frequentes em revestimentos cerâmicos em fachadas, assim como, 
as características peculiares aos mesmos. Os objetivos secundários estudados 
foram: (i) realizar uma releitura na literatura sobre o que já foi publicado à respeito de 
 
 
 
14 
Revestimentos de Fachadas, os tipos de revestimentos e, suas características, como 
desempenho, racionalização de manutenção, vida útil e, aplicabilidade dos mesmos; 
(ii) apontar as causas diretas e indiretas das patologias dos revestimentos 
cerâmicos; (iii) apresentar as principais manifestações patológicas desses 
revestimentos, e sua frequência. 
A metodologia adotada para o cumprimento da pesquisa foi um levantamento 
bibliográfico que se constituiu no estudo de bases teóricas para facilitar o 
entendimento sobre o tema estudado como monografias, artigos, livros, manuais, 
revistas técnicas, e meios eletrônicos, entre outras fontes que forneceram 
embasamento para o trabalho. Limitou-se a pesquisa ao período de 10 anos. 
O material coletado consistiu numa pesquisa bibliográfica, visando 
considerações referentes aos conceitos pertinentes ao tema, seno que o material 
consultado abrange basicamente documentos dos seguintes autores: Nos capítulos 
sobre as normas técnicas das placas cerâmicas para revestimentos, o referencial 
teórico será às NBR 13816 e NBR 13817. BAUER (2008) dará o referencial sobre os 
materiais cerâmicos e suas especificações, vantagens e aplicação. Sobre os 
projetos e execução dos revestimentos cerâmicos a bibliografia consultada estará 
em CAMPANTE e BAÍA (2003). ESQUIVEL (2001) fornecerá referencial sobre a 
avaliação do uso de revestimento de fachada em residenciais. Já LUZ (2004) 
referenciar as manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos de fachada de 
edifícios. 
 
 
 
 
 
 
15 
2 REVESTIMENTOS 
 
Segundo Bauer (2008), a origem etimológica do termo revestimento, emana 
do latim, uma vez que é constituído por duas partes daquele idioma: o prefixo “re-“, 
que indica o que seria “repetição”, e o verbo “vestire”, que pode ser traduzido como 
“cobrir, colocar como cobertura”. 
O revestimento é a ação e efeito de cobrir, disfarçar, simular. Este conceito é 
muito usado para nomear a capa ou camada que permite decorar ou proteger uma 
superfície. Para a construção e a decoração, o revestimento é uma camada de um 
material específico que é usado para proteção ou adorno das paredes, teto ou piso. 
É usual que, quando a passagem do tempo afeta a superfície, surjam 
manifestações patológicas que obrigam a se instalar um revestimento novo, que 
esconda o dano. 
Para Rezende (2003), salienta que os revestimentos incluem cerâmica, 
madeira, papel (que é usado para papel de parede) e, pintura. É possível colocar 
revestimentos dentro e fora da casa (fachadas). 
Se a ideia é aplicar um revestimento, a primeira coisa a se fazer é remover as 
camadas anteriores até a superfície ficar lisa. Caso contrário, o resultado estético 
não será satisfatório. 
No caso de revestimentos de piso, os mais modernos não requerem cola, são 
instalados de forma flutuante, fixando-os a alguns painéis. Os revestimentos 
exteriores, por outro lado, também são importantes para a proteção das construções. 
São eles: tijolos, mármores e azulejos que estão entre os materiais mais 
populares. No entanto, não se pode ignorar muitos outros tipos de revestimentos 
para o exterior e a fachada de qualquer edifício. 
Além das casas e edifícios, piscinas também precisam de um revestimento. 
No seu caso, há também uma multiplicidade de materiais para se adaptar a esse, 
embora a cerâmica e o forro especialmente se destaquem. Isso é criado a partir de 
PVC e, nos últimos anos, conseguiu-se uma grande variedade de projetos no 
mercado, isso porque encontra-se uma oferta muito grande de qualidade e preço. 
(REZENDE, 2003). 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
2.1 PATOLOGIA DE CONSTRUÇÃO / ACABAMENTO E REVESTIMENTOS 
INTERIORES / MATERIAIS CAUSAS E MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO 
 
Segundo Luz (2004), causa das deteriorações é definida como aquele agente, 
ativo ou passivo, que atua como a origem do processo patológico e leva a uma ou 
mais lesões, embora às vezes várias causas possam atuar juntas para produzir uma 
mesma lesão. Desta forma, pode-se estabelecer uma primeira divisão entre causas 
diretas e indiretas: as primeiras são as que produzem a origem imediata do processo 
patológico (forças mecânicas, agentes atmosféricos, poluição, etc.); por outro lado, 
as causas indiretas são aquelas nas quais os diferentes aspectos patológicos que 
correspondem a um design inadequado ou a uma execução construtiva do trabalho 
podem ser incluídos. 
 
2.1.1 Causas Diretas 
 
De acordo com Esquivel (2001), é conhecido como causas diretas todos 
aqueles processos que correspondem ao gatilho que inicia a degradação dos 
diferentes elementos ou sistemas construtivos de uma unidade de trabalho 
executada ou em processo. Este acidental pode manifestar-se de maneiras 
diferentes, dependendo da origem do agente que afeta o elemento estudado, 
embora geralmente as causas diretas são caracterizadas pela perda de integridade 
do material exposto ao mesmo ou variando o seu aspecto a partir do seu estado 
original. As seguintes são as causas diretas mais comuns: 
 
 mecânicas, entendidas como ações mecânicas que têm interação 
descontrolada na superfície do material, seja por uma ação não prevista ou superior 
à calculada. Alguns dos exemplos mais comuns são: a transmissãopara os 
gabinetes e revestimentos de ações mecânicas por deformação da estrutura, 
 
 
 
17 
bloqueio ruim entre os elementos de cerco, impactos e fricções causados pelo uso 
(pisos, paredes inferiores); 
 
atuar no prédio e, sobretudo, o envelope (chuva, vento, sol, oscilações térmicas). O 
nível de afetação dos diferentes agentes variará de acordo com as condições únicas 
de cada edifício, como a orientação das fachadas ou a altura dos edifícios (maior 
impulso); 
 
a todos os tipos de produtos químicos e 
suas reações, acidentalmente aplicadas por organismos vivos ou que ocorrem no 
próprio ambiente. Nesse sentido, terá que atender aos diferentes poluentes 
ambientais que reagem com alguns elementos pedregosos das fachadas. 
 
secundária é uma anterior de origem primária, como pode ocorrer com umidade, 
deformações estruturais, rachaduras, fissuras, desprendimentos, corrosão ou 
diferentes organismos no prédio. 
 
2.1.2 Causas Indiretas 
 
Já as causas indiretas, ainda segundo Esquivel (2001), podem ser definidas 
como fatores inerentes à unidade construtiva (fatores de composição química, forma 
ou disposição) como consequência de sua seleção ou design defeituoso, e que, 
juntando ação direta, possibilita a aparência do processo patológico. Sua 
classificação é a seguinte: 
 
materiais adequados para executar o trabalho, bem como sobre o design pobre das 
unidades de construção. 
 
 
 
 
18 
desencadeamento uma implementação incorreta das instruções do projeto que eram 
adequadas. Em geral, é devido a uma fraca escolha da técnica construtiva para 
realizar a unidade construtiva que apresenta o problema. 
 
 
chegam que já chegam ao trabalho de forma defeituosa ou inadequada para uma 
colocação correta do mesmo. É necessário praticar controles de qualidade para 
verificar isso. 
 
 lado, o 
uso do edifício para o trabalho que não foi concebido no estado do projeto; por outro 
lado, a manutenção correta do mesmo pelos usuários e a não conformidade com os 
diferentes requisitos estabelecidos pela LOE em relação às revisões de edifícios 
(ITE) e as determinações incluídas no Livro de Construção. (ESQUIVEL, 2001). 
 
2.3CAUSAS DE DESLOCAÇÃO EM REVESTIMENTOS 
 
Os diferentes tipos de destacamentos que ocorrem nos revestimentos 
dependerão do sistema de acabamento, do material constituinte de seus elementos 
e do sistema de fixação ao suporte. Como as causas indiretas dependerão de cada 
sistema de acabamento, não faz sentido estudá-los juntos, mas procederemos 
diretamente a analisar as causas diretas mais comuns. (CAMPANTE, 2003). 
entre o acabamento e o suporte é teoricamente contínua, graças a uma vedação de 
superfície entre eles, ou intercalando um material de ligação que será chamado de 
"interface". Neste segundo caso, a perda de adesão pode ocorrer em três pontos; as 
duas juntas de superfície e a própria fase. 
 
 
 
19 
Em qualquer caso, em uma junção de superfície contínua, a descamação 
ocorrerá quando o sistema de adesão, mecânico ou químico, quebrar. Este 
desprendimento nas articulações da superfície pode ser devido a várias causas: 
direções opostas dos dois elementos que compõem a junta da superfície, o que leva 
à perda de integridade da junta; 
microestrutura intermediária resulta em juntas de superfície com adesão mecânica. 
Este espaço é susceptível de acomodar algum elemento capaz de dilatar, como a 
água, com o consequente perigo de sofrer um aumento de volume após 
congelamento ou cristalização de sais. 
 aplicação 
da argamassa, o material de suporte não tinha sido molhado ou porque a superfície 
não era limpa de poeira. 
 nestes 
casos, a junção entre revestimento e suporte é baseada nos pontos de ancoragem 
e, portanto, a falha que causa o desprendimento também pode ser encontrada em 
três pontos (a fixação do elemento à ancoragem, a própria ancoragem e a fixação da 
ancoragem para o suporte), além do próprio elemento da unidade e terminado. 
ão do elemento de acabamento ou a 
ruptura pelo pensamento, e sua falha geralmente é causada no próprio elemento ao 
romper superando a capacidade de cortar na perfuração. 
segunda falha devido à corrosão do elemento metálico que o constitui ou 
porque a sua capacidade mecânica foi excedida. 
 
profunda ou o material de ligação não é aplicado corretamente. 
 
existência de impurezas, desempenhará um papel decisivo na limitação do seu 
trabalho mecânico. (CAMPANTE, 2003). 
 
 
 
20 
3 PATOLOGIAS E MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
A construção civil coexiste com a ocorrência de manifestações patológicas 
nas suas obras, originada pelos motivos mais variados. De acordo com o método de 
avaliação determinado pela ASTM E632-82 (1996), que analisa a durabilidade dos 
edifícios, existem vários fatores que influenciam o surgimento de patologias e, 
podem ser classificados em cinco grupos diferentes de acordo com sua natureza: 
fatores atmosféricos, biológico, de carga, incompatibilidade e características de uso. 
Entende – se, que as construções podem vir a ser prejudicadas ou não tendo 
em vista que na ocorrência de estudo histórico como parte fundamental na escolha 
da terapia e sua análise levará em consideração a data da construção, o 
responsável pela construção, o projeto executivo para revisão e análise, o 
conhecimento dos materiais utilizados para redução desses efeitos patológicos. 
3.1 FATORES INFLUENCIADORES DAS PATOLOGIAS 
Os fatores atmosféricos são definidos como os grupos de fatores associados 
ao meio ambiente, incluindo temperatura, radiação solar, poluentes do ar e umidade 
da chuva e neve ou gelo. Tais fatores sempre atuam nos edifícios e podem ter uma 
série de variações, dependendo das estações do ano e da localização geográfica do 
desenvolvimento. A variação de temperatura pode produzir uma variação 
dimensional do material (dilatação ou contração) (RESENDE, BARROS e CAMPOS, 
2001). 
Os agentes biológicos são caracterizados principalmente por fungos ou 
pequenas espécies de vegetação que precisam de condições especiais para se 
desenvolver, tais como: temperaturas entre 10 ° C e 35 ° C, alta umidade relativa, 
presença de nitrogênio, fósforo, carbono e menos ferro, cálcio, cloro, magnésio, 
entre outros componentes químicos (CAMPANTE, 2003). Isso demonstra que a 
presença de água, em qualquer estado, é fundamental para o desenvolvimento 
desses organismos e coloca as fachadas dos edifícios como uma das premissas 
mais favoráveis para sua aparência. 
Os fatores de carga podem ser representados pela ação física das chuvas e 
pelos ventos na fachada dos edifícios. Fatores de incompatibilidade podem ocorrer 
 
 
 
21 
devido a algum tipo de divergência química ou física; A química pode ocorrer devido 
a diferenças na composição química dos materiais de base e no revestimento ou na 
adição incorreta de algum material, como gesso na argamassa e física quando um 
revestimento fornece cargas insustentáveis a base ou o substrato, gerando 
deslocamentos. 
3.2 PATOLOGIAS EM FACHADAS COM REVESTIMENTO CERÂMICO 
A causa mais comum de patologias em fachadas revestidas com azulejos e 
cerâmicas é a possibilidade de desprendimento das peças, com ou sem material de 
agarrar incorporado, e o risco potencial de acidente que é gerado no caso que pode 
afetar os transeuntes ou os usuários do próprio prédio. 
 Sem dúvida, esse risco foi aumentado a partir do meio do século passado 
com a adoção usual de soluções de fachadas externas de maior deformabilidade e 
menor inércia térmica, causando maiores esforços de corte e nivelamento em 
materiais e planosde interface de telhas e materiais de revestimento. 
Para essa percepção de que os sistemas de posicionamento tradicionais com 
argamassa de cal nas paredes grossas ofereciam maior estabilidade térmica e, eram 
sistemas mais duráveis e adesivos seguros à base de argamassas, as mesmas 
passara a ser adotadas para neutralizar as tensões. 
Deve-se notar que, na prática, em vários casos, essas anomalias não são 
apresentadas isoladamente, mas combinam e se sobrepõem dando origem a 
imagens patológicas complexas que exigem uma coleta cuidadosa de dados, a 
coleta de amostras e o desempenho de testes e ensaios para determinar as causas 
que os geram e, quando apropriado, aqueles que podem ter sido determinantes na 
formação do dano. (LUZ, 2004). 
Deve também notar-se que, embora não existam estatísticas disponíveis que 
informações detalhadas sobre as causas que dão origem ao destacamento de 
peças, sabe-se que os fatores mais frequentemente reiterados são as deficiências 
em a aplicação dos produtos e a insuficiente preparação do suporte, juntamente com 
a tradição arranjo das peças com juntas muito estreitas, o que dificulta o ajuste 
movimento do revestimento para o induzido pelo invólucro e o adesivo. 
 
 
 
 
 
22 
4 DESCRIÇÃO DAS PATOLOGIAS ENCONTRADAS NOS SISTEMAS 
CONSTRUTIVOS 
 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia 
de São Paulo – IBAPE (2004), um dos objetivos do Lauto de Auto Vistoria Predial é 
identificar, relatar e recomendar procedimentos que possam cessar a evolução de 
patologias observadas nos sistemas construtivos. 
Fagundes Neto, Gomide e Puladas (2006), afirmam que todas as patologias 
observadas devem ser fotografadas e relatadas no relatório fotográfico. Deve-se 
atentar para a origem das patologias que podem ter diversas causas, tais como: 
infiltrações generalizadas, falta ou inadequada de impermeabilização dos sistemas 
construtivos, do revestimento externo, e principalmente, inobservância ou 
postergação da manutenção e adequação as normas e regulamentos atuais de 
alguns sistemas essenciais e fundamentais de uso e segurança de qualquer 
construção. 
Ainda, segundo Fagundes Neto, Gomide e Puladas (2006), outro fato que 
deve ser verificado é se a construção vistoriada está localizada em bairro de 
proximidade à região de relevo acentuado e de encostas, que capta ventos advindos 
do ambiente marinho, assim sendo, o mesmo está exposto a um ambiente altamente 
agressivo e nocivo aos sistemas construtivos, pois a atmosfera poluente e salínica 
(com moléculas de sais e cloretos no ar), o ar atmosférico impregnado por CO2 
(dióxido de carbono, devido a fumaça dos escapamentos dos carros) e possíveis 
infiltrações por intempéries (penetrações de águas de chuva) em pontos da 
edificação, aliadas a falta ou inadequada impermeabilização do sistema estrutural, 
do sistema de revestimento das fachadas, ataquem severamente as alvenarias, os 
revestimentos e as estruturas de concreto armado desses sistemas construtivos, 
comprometendo as suas integridades físicas e, por conseguinte as suas 
estabilidades e segurança, principalmente das suas armaduras de aço e 
revestimentos de argamassa e pintura que são danificados e vulnerabilizados nas 
suas capacidades de resistência de carga e durabilidade, devido à instauração de 
processos deletérios de seus componentes. 
Todas as consequências devido a essas patologias e, outras considerações, 
devem ser observadas e relatadas no relatório fotográfico. 
 
 
 
23 
4.1AS CAUSAS DAS PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Não apenas o controle de qualidade é garantia para a não ocorrências de 
patologias, muito menos achar-se que a padronização, normalização dos processos 
de construção também seriam soluções únicas para a não ocorrência delas, mas, 
segundo Almeida (2008), ressalta que em muitas obras as falhas e patologias 
construtivas que ocorrem durante e, após a construção, são erro não só técnicos, 
mas, também de âmbito humano, organizacional e até mesmo de gestão, visto que, 
o setor de compras, administrativo, e de recursos humanos afetam, e muito, a 
qualidade de um projeto, de uma construção. 
Neste trabalho em particular, será focado dois aspectos para a ocorrência de 
patologias: a qualidade do projeto num todo e, a umidade. 
 
4.2FUNDAÇÕES 
Para Marcelli (2007) quando se fala em fundações, é importante que se faça 
uma escolha bem-feita e adequada e, de que sua construção seja correta seguindo 
todas as normas técnicas necessárias para que se evite a instabilidade da edificação 
ao longo de sua vida útil. 
É importante também que, os ensaios de percussão sejam abrangentes para 
que se possa identificar as características do solo onde a edificação será feita, 
assim, a decisão sobre qual a fundação apropriada a ser utilizada será mais 
acertada e, assim, se contribuirá para o não surgimento de fenômenos patológicos 
(THOMAZ, 2009). 
A Norma técnica NBR 15575 (ABNT, 2013) estabelece que: 
(...) para edificações com local de implantação definido, os projetos devem 
ser desenvolvidos com base nas características geomorfológicas do local, 
avaliando-se riscos de deslizamentos, enchentes e erosões, também devem 
ser levados em conta a proximidade de pedreiras e britagens (ABNT, 2013). 
 
A estabilidade da edificação deve seguir os padrões mínimos exigidos para 
que não ocorra o surgimento de problemas de desempenho estrutural da 
 
 
 
24 
construção. Obras que são realizadas de forma errada e, sem a devida sondagem 
de reconhecimento do tipo de solo em que se efetuará a obra, consequentemente, 
irão manifestar patologias e ocorrência de problemas sérios na estrutura da mesma. 
Percebe-se que os problemas patológicos normalmente estão relacionados 
com a falta de qualidade das edificações e, esta queda de qualidade está 
diretamente aliada aos danos e vícios construtivos que surgem no decorrer do tempo 
(FIGUEIREDO, 2009). 
Gnipper e Mikaldo (2007) afirmam que um dos problemas mais complicados 
de serem corrigidos dentro da engenharia civil é a umidade, visto que a dificuldade 
de sua resolução é pela complexidade deste fenômeno e, dos elementos que nele 
estão envolvidos e, principalmente, à falta de estudos e pesquisas relativos ao 
mesmo. Sua incidência deriva muitas das vezes da má instalação dos sistemas 
prediais hidráulico-sanitários. 
 
4.3NORMATIZAÇÕES 
A resolução dos problemas patológicos é complexa e, envolve uma série de 
procedimentos e práticas profissionais. Essas práticas, segundo Souza (2008), 
infelizmente são caracterizadas pela falta, muitas das vezes, de uma metodologia 
cientifica especifica e reconhecida, onde se possa realmente comprovar que as 
medidas tomadas são garantias de uma resolução eficiente do problema. 
Muitas das tomadas de decisões sobre as manifestações patológicas, ou das 
patologias das edificações, são tomadas em cima de experiências obtidas ao longo 
dos anos e, pela utilização de métodos empíricos de análise prévia, porém, tal fato 
se torna relevante quando se tem a necessidade de uma análise mais 
pormenorizada e individualizada do problema e, quando estes se mostram mais 
complexos. 
A falta ou mesmo ausência de uma normatização sobre os materiais e 
procedimentos sobre as patologias e, a falta de uma fiscalização eficaz das normas 
já existentes por parte dos profissionais e responsáveis técnicos, é algo de extrema 
importância visto que, auxiliaria ao não surgimento de patologias, desta forma, é 
 
 
 
25 
importante que se conscientize engenheiros e responsáveis sobre o controle de 
qualidade dos materiais e dos processos construtivos (SANTUCCI, 2015).26 
 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A utilização de programas eficientes de qualidade dentro do ambiente da 
construção oferece uma garantia de controle e redução das possibilidades de 
ocorrência de falhas durante as etapas da execução da obra, demonstrando os 
possíveis problemas patológicos que podem ocorrer ou mesmo, sanando os já 
existentes. 
O objetivo principal em pesquisar sobre as manifestações patológicas mais 
frequentes de revestimentos cerâmicos em fachadas bem como características 
peculiares restou satisfatório no decorrer da pesquisa. Os demais objetivos foram 
demonstrados na pesquisa. 
Foi possível realizar uma releitura na literatura sobre o que já foi publicado a 
respeito de Revestimentos de Fachadas, os tipos de revestimentos e suas 
características facilitaram para um entendimento mais abrangente sobre o assunto. 
Foram apontadas as causas diretas e indiretas das patologias dos revestimentos 
cerâmicos e apresentadas as principais manifestações patológicas desses 
revestimentos, e sua frequência. 
É válido ressaltar que, nem todas as patologias ou problemas patológicos são 
decorrentes de falhas na concepção ou da não existência de um programa de 
qualidade, mas, muitas dessas manifestações acontecem devido ao mal-uso de 
materiais ou mesmo, de uma manutenção falha na edificação. Para isso, existem as 
normas técnicas que auxiliam na prevenção antecipada das patologias ou das 
manifestações patológicas a fim de que tais problemas não ocorram (DAL MOLIN, 
2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
REFERÊNCIAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 13817 – Placa 
Cerâmica para Revestimento – Classificação 
 
 
BAUER, L. A. Materiais Cerâmicos, In: BAUER, L. A. Falcão. Materiais de 
Construção/2. 5.ed., cap.18. Rio de Janeiro: LCT, 2008. p.526-535. 
 
 
BARROS, M.M.S.B.; SABBATINI, F.H. Produção de Revestimentos Cerâmicos para 
paredes de vedação em Alvenaria. São Paulo, Brasil: EPUSP. Revista ALCONPAT, 
Volume 6, n. 2. Maio – agosto, 2016. Pp.145-156. 
 
 
CAMPANTE, Edmilson Freitas; BAÍA, Luciana Leone Maciel. Projeto e execução de 
revestimento cerâmico. São Paulo: O Nome da Rosa, 2003. p.104. 
 
 
ESQUIVEL, Juan Francisco Temoche. Avaliação do uso de Revestimento de 
Fachada em Edifícios Residenciais Multifamiliares em São Paulo. Estudo de caso 
região sul – 1.994 `a 1.998. Dissertação mestrado – USP – Faculdade de Arquitetura 
e Urbanismo. Novembro de 2.001. 
 
 
GALLETTO, A.; ANDRELLO, J.M. Patologia em Fachadas com Revestimentos 
Cerâmicos. In: CINPAR – IX Congresso Internacional sobre Patologia e Recuperação 
de Estruturas. João Pessoa (Brasil): 2013 
 
 
LUZ, Marcos De Almeida. Manifestações patológicas em revestimentos 
cerâmicos de fachada em três estudos de caso na cidade de balneário 
camboriú.Dissertação mestrado - Universidade Federal de Santa Catarina. 
Florianópolis, 2004 
 
 
RESENDE, M. M., Medeiros, J. S. Recuperação de revestimentos de fachada de 
edifícios: estudo de casos. São Paulo, 2003. Dissertação (Mestrado) – Escola 
Politécnica, Universidade de São Paulo. 
 
 
RESENDE, M. M.; BARROS, M. M. S. B.; CAMPOS J. S. A Influência da Manutenção 
na Durabilidade dos Revestimentos de Fachadas de Edifícios. In: Workdur – II 
Workshop sobre durabilidade das construções. São José dos Campos (Brasil), 
2001, pág. 144-154.

Mais conteúdos dessa disciplina