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GNATHOSTOMATA (gr. Gnathos = Mandíbula / Stomata = Boca ) Classe Condrichthyes (gr . Chondros = Cartilagem / Ichthys = Peixe) Os peixes cartilaginosos são representados pelos tubarões, peixes-serras, raias e quimeras. Todos são predadores, habitando principalmente as águas marinhas. A características que mais chamam a atenção, é o esqueleto desses animais, que é completamente cartilaginoso, o que originou o nome da classe. Principais Peixes Cartilaginosos do Brasil Tubarão-branco, Cação, Peixe serra, Peixe-martelo, Raia-do-mar, Raia de água doce. Classe Osteichthyes A classe recebeu este nome porque é constituída de peixes cujo esqueleto é ósseo . Esses peixes estão bem adaptados a qualquer meio aquático, e por essa razão, a grande maioria dos peixes existentes atualmente tanto nos mares como nos rios, são ósseos DIFERENÇAS ENTRE PEIXES CARTILAGINOSOS E PEIXES ÓSSEOS PEIXES CARTILAGINOSOS PEIXES ÓSSEOS Escama placóide Escama ctenóide, ciclóide ou ganóide Boca ventral Boca frontal Ausência de opérculo * Presença de opérculo 5 a 7 pares de fendas branquiais 1 fenda branquial de cada lado Cada fenda tem 1 brânquia Cada fenda tem 4 brânquias Linha Lateral Linha Lateral Presença de cloaca Apresenta ânus Ausência de bexiga natatória Presença de bexiga natatória Nadadeira caudal heterocerca Nadadeira caudal homocerca * Exceto as quimeras Alguma dúvida sobre o conteúdo? Dê uma olhada no site Portal São Francisco (http://www.portalsaofrancisco.com.br/) que teem todo o conteúdo sobre peixes cartilaginosos, ósseos e ainda vários outros temas dentro da Biologia Características Gerais dos Condríctes São os primeiros registros fósseis de Gnathostomata com características semelhantes aos Ostracodermi por possuírem placas ósseas no corpo. Muitos registros em água doce e com as facilidades que adquiriram de locomoção encontraram-se registros marinhos. As placas ósseas servem principalmente como depósito de cálcio metabolizado. Os Placodermi eram animais grandes e pesados apresentando mandíbulas e maxilas, placas ósseas, nadadeiras pares, manutenção da notocorda, formação inicial das estruturas internas sejam elas cartilaginosas ou ósseas (com objetivo de formar o endoesqueleto) e a presença de uma estrutura existente nos peixes até os dias atuais, a bexiga natatória. O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. São os tubarões, as quimeras e as raias. A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Como aquisição em relação aos ciclóstomos, possuem mandíbula, nadadeiras pares e mais desenvolvidas e um esqueleto melhor estruturado. O corpo é recoberto por escamas. Esqueleto formado por cartilagem (no máximo ossificada), estruturada por condrócitos mais fibras colágenas mais matriz com glicoproteínas chamadas condromucinas (formação protéica com colágeno bastante resistente e maleável). Não há formação de tecido ósseo, a cartilagem pode sofrer apenas calcificação (retenção dos caracteres de jovem no adulto). São cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado por cartilagem. São pecilotérmicos (poiquilotérmicos) ou heterotérmicos. São aquáticos, respiram por brânquias, possuem 5 ou 7 fendas branquiais, mas não apresentam opérculo. Diferem dos peixes ósseos por apresentarem a boca na posição ventral, a nadadeira caudal heterocerca e no tubo digestivo a válvula espiral. As escamas são do tipo placóides, de origem dermo-epidérmicas, semelhantes aos dentes. Sistema Nervoso dos Condríctes No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta). O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal. Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal. O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos. O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos. O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno. Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos. Fonte: www.pucrs.br Classe Chondrichthyes Os peixes formam o grupo de vertebrados mais numeroso e mais diversificado, superando a cifra de 40.000 espécies viventes sendo divididos em Agnatha, Chondrichthyes (tubarões e raias) e Ostheichthyes (peixes ósseos). Os peixes apresentam tamanhos e formas variados, a maioria das espécies são marinhas, embora existam muitas de água doce e ainda, toleram grandes variações de temperatura, sendo que algumas espécies podem sobreviver em fontes termais de 42° C enquanto outras podem viver em ambientes com temperaturas próximas a do congelamento. Os primeiros peixes, representados pelos já extintos ostracodermos e os peixes Agnatha (sem mandíbulas) surgiram, provavelmente no Cambriano. Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes, surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente. Sendo assim, os tubarões e formas similares apareceram no planeta Terra na Era Paleozóica, Período Devoniano, cerca de 408 milhões de anos atrás. Neste ambiente aquático os peixes, dentre eles os cações, experimentaram uma grande variedade de formas. Ao longo de sua existência, esses seres sofreram especializações evolutivas, adquirindo vários hábitos de vida, ocupando, igualmente, diversos habitats. Uma coisa, porém, ocorreu - mantiveram a tipologia de seus ancestrais, por isso são considerados, por alguns, como animais primitivos, desprezando-se todos os avanços conseguidos em milhões de anos, especificamente com relação aos sentidos e estratégias reprodutivas. O nome Chondrichthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. São os tubarões, as quimeras e as raias. CARACTERÍSTICAS Grandes (média de 2 m) Corpo fusiforme ou deprimido dorsoventralmente Nadadeira caudal heterocerca (dificerca em quimeras) Nadadeiras peitorais e pélvicas pareadas 2 Nadadeiras dorsais medianas Nadadeiras pélvicas transformadas em Clásperes Boca ventral, 2 bolsas olfatórias Pele com escamas placóides ou nuas em elasmobrânquios e nua em quimeras Dentes de escamas placóides substituídos em série. Dentes em plavas trituradoras em quimeras Endoesqueleto cartilaginoso (notocorda persistente mas reduzida) Crânios sem suturas Sistema muscular Blocos de músculos em miômeros, que permitem as ondulações, principalmente na cauda, desenvolvendo a natação. Há músculos que se especializam para o funcionamento de outros órgãos dos corpo, tais como os que movimentam as nadadeiras e promovem a locomoção. Sistema digestívo A boca é ventral com várias fileiras de dentes laminares e pontiagudos, que são substituídos frequentemente. Esses dentes são, muitas vezes, transformações das escamas placóides. A línguas espessa é presa ao assoalho bucal. Segue-se a faringe com 5 a 7 pares de fendas branquiais. O esôfago curto conduz o alimento ao estômago que apresenta a forma de letra J . O intestinoé curto, mas para compensar, possui internamente as válvulas espirais ou tiflossolis para remover o excesso de sais. A terminação do intestino é a cloaca. Há glândulas como o pâncreas e um enorme fígado bilobado com vesícula biliar, não tem glândulas salivares. Fileiras de dentes laminares e pontiados frequentemente substituídos Estômago em forma de J e Fígado grande preenchido com óleo para auxiliar a flutuação Sistema sanguíneo O sangue possui hemácias grandes, ovais e nucleadas. O coração é envolvido pelo pericárdio e tem forma de letra S. Apresenta 4 cavidades: seio venoso de paredes finas, um átrio ou aurícula, um ventrículo e um cone ou bulbo arterial de onde sai a aorta ventral. Circulação fechada. Coração com 4 câmaras: Seio venoso Átrio Ventrículo Cone arterial Respiração É branquial. Possuem 5 a 7 pares de branquias localizadas em câmaras separadas, com fendas que se abrem para o exterior. Não há opérculo para proteger as brânquias. Tem um par de orifícios: os espiráculos. A água entra pela boca, banha as brânquias e sai pelas fendas e espiráculos. Quando o animal se encontra em grandes profundidades, a água entra pelo espiráculo. 5 a 7 pares de brânquias conduzindo a fendas branquiais expostas em elasmobrânquios 4 pares de brânquias cobertas em quimeras Sem pulmões ou bexiga natatória Sistema excretor No embrião existem rins pronefro e no adulto mesonefro . Os excretos nitrogenados são uréia e amônia. A urina possui poucos sais devido a pouca capacidade dos rins em torná-la concentrada. Eles armazenam no sangue sais, uréia e trimetil-amina para equilibrar a pressão osmótica com a água do mar. Rim opistonéfrico Sangue isosmótico ou ligeiramente hiperosmótico Alta concentração de uréia no sangue Sistema nervoso Encéfalo com 2 hemisférios cerebrais, 2 lobos olfatórios, 2 lobos ópticos 10 pares de nervos cranianos 3 pares de canais semicirculares Na faringe há botões gustativos. O olfato e a visão são muito desenvolvidos. Existe apenas o ouvido interno com função de equilíbrio. Em cada lado do corpo, desde o tronco até a cauda, existe uma linha para a percepção da correnteza e pressão da água. Na cabeça encontram-se as ampolas de Lorenzini, funcionam como termorreceptores e também como eletrorreceptores. São pequenas câmaras contendo células sensitivas ligadas a fibras nervosas. Estão ligados a um pequeno canal que se abre para o exterior através de poros. Existe órgãos elétricos nas raias. Sentidos: olfato, recepção de vibrações (linha lateral), visão e eletrorecepção, ouvido interno abre-se para o exterior Sistema reprodutor Dióicos Gônadas pares Ductos reprodutores abrem-se na cloaca (abertura urogenital e retal separadas em quimeras) Podem ser: ovíparos, ovovivíparos ou vivíparos Desenvolvimento direto Fecundação interna Sistemática Filo Chordata Animais com notocorda em algum estágio da vida Subfilo vertebrata Animais craniados com vértebras Classe Chondrichthyes Peixes cartilaginosos Cerca de 850 espécies Apenas 28 espécies são de água doce Subclasse Elasmobranchii Tubarões e Raias Ordem Squaliformes e outras: Tubarões Ordem Rajiformes: Raias Subclasse Holocephali Quimeras Ordem Chimaeriformes: Quimeras CLASSE CHONDRICHTHYES Grupo antigo altamente desenvolvido, apresentam uma incrível combinação de órgãos dos sentidos bem desenvolvidos, maxilas poderosas, musculatura muito forte para natação e hábitos predadores que lhes garantem um lugar seguro e duradouro na comunidade aquática. São os maiores vertebrados atuais (excetuando-se as baleias). Podem alcançar até 12 m de comprimento, mas em média apresentam 2m. SubClasse Elasmobranchii (Tubarões e Arraias) 9 ordens 815 espécies Dominam as águas costeiras TUBARÕES Corpo fusiforme com rostro pontudo. Narinas pares anteriores a boca. Olhos laterais sem pálpebras. Cinco fendas branquiais anteriores a cada nadadeira peitoral. Nadadeiras dorsais com espinho. Nadadeira pélvica modificada nos machos em Clasper (para a cópula). Cauda heterocerca. Pele coriácea com escamas placóides semelhantes a dentes (reduzir a turbulência das águas) Predação Localizam as presas inicialmente (1 Km ou mais) através de seus órgãos olfatórios (localizam partículas em uma concentraçào de uma parte por 10 bilhões) Localizam também por percepção de vibraçòes de baixa frequência com mecano receptores na linha lateral. (órgãos receptores especiais: neuromastos) Em menores distância utiliza a sua visão (excelente visão) Estágio final do ataque: Campo bioelétrico que circunda os animais () Ampolas de Lorenzini), localizados na cabeça. Podem localizar animais enterrados por eletrorecepção. Seus maxilares apresentam fileiras de dentes triangulares afiados. A fileira anterior é funcional, e é seguida posteriormente por fileiras de dentes em desenvolvimento. Ambiente marinho (Soluções para a fisiológia osmótica) Para evitar que a água seja osmóticamente retirada do corpo eles retém compostos nitrogenados (uréia e óxido trimetilamina) no sangue. Estes elevam a concentração de solutos sanguíneos de maneira a exceder ligeiramente a concentração marinha Declínio das espécies A pesca mundial de tubarões exerce uma pressão muito grande nas populações, devido ao alto preço de suas nadadeiras usadas na sopa de nadadeiras de tubarão (prato oriental fino vendido a 50 dólares a porção). Populações costeiras sofreram um decl’;inio tão grande que os EUA estão prestes a tornar ilegal o corte das nadadeiras. Mesmo nas Reserva Marinha das Ilhas de Galápagos dezenas de milhares de tubarões foram mortos ilegalmente para o comércio asiático de nadadeiras. Contribuindo com este fator para o declínio das espécies está a baixa fecundidade e o longo período até que os tubarões atinjam a maturidade, algumas espécies levam até 35 anos. RAIAS Raias bentônicas, raias elétricas, Peixes-serra, Raias de Agulhão, Raias-ticonha e Jamantas Apresentam, como uma adaptação à vida bentônica, um achatamento dorso-ventral e nadadeiras peitorais bem desenvolvidas, achatadas e fundidas à cabeça (utilizadas como asas na natação). As aberturas branquiais ficam no lado inferior da cabeça, mas os espiráculos estão no topo. Apresentam dentes adaptados para triturar as presas: moluscos, crustáceos e pequenos peixes. Raias com ferrão possuem uma cauda delgada em forma de chicote que apresenta um ou mais espinhos serrilhados com glândulas de veneno em sua base. Ferimentos feitos com estes são extremamente dolorosos e levam muito tempo para cicatrizar. Raias elétricas são lentas e com grandes órgãos elétricos em cada lado de cabeç. A voltagem produzida é relativamente baixa (50 volts), mas a saída da força pode chegar a 1 quilowatt (suficiente para paralisar presas ou assustar predadores) SubClasse Holocephali (Quimeras ou peixes-rato, peixe-coelho ou peixe-fantasma) 31 espécies Em vez de uma boca com dentes, suas maxilas apresentam placas achatadas. A maxila é superior é fundida ao crânio. Alimenta-se de algas, moluscos, equinodermes, crustáceos e peixes. Fonte: www.fag.edu.br Classe Chondrichthyes Peixes Cartilaginosos Chondrus, cartilagem; ichthyes, peixes São classificados em dois grupos: Holocephali: Quimeras Brânquias protegidas por opérculo Cauda longa e flexível Olhos grandes Sem escamas Peixes Cartilaginosos Elasmobranchii: Tubarões e Raias (~ 760 espécies) Elasmobranchii: (~ 760 espécies) Fendas branquiais (5 a 7) não recobertas Nadadeira caudal bem desenvolvida Corpo recoberto por escamas placóides Boca ventral Arco mandibular frouxamente ligado ao crânio Alimentação Os dentes refletem seus hábitos alimentares- nos tubarões são triangulares, serrilhados Nas raias são pequenos, obtusos, usados para quebrar e triturar. Órgãos dos sentidos Olfato Narinas na região cefálica com quimiorreceptores Linha Lateral Com neuromastos (detectam as vibrações), e transmitem-nas às células nervosas Quimioe Mecanorrecepção Percepção a grandes distâncias Visão Quando próximos àpresa. Olhos sem pálpebras.Audição Ouvido interno, com canais semicirculares Ampolas de Lorenzini São eletrorreceptores(detectam campo elétrico) não possuem bexiga natatória Teores óleo no fígado Esquema de um Ampole Reprodução Macho com par de nadadeiras pélvicas transformado em órgão copulatório (clásper) Reprodução dos Cordados Fecundação interna e desenvolvimento direto Háespécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas Elasmobranchii: anatomia interna Boca ventral Coração com 2 câmaras Excreção por rins metanéfricos Esqueleto cartilaginoso Notocorda persistente Anatomia dos Cordados Fonte: www.biologia.ifsc.usp.br Classe Chondrichthyes Possuem mandíbulas, que possibilitam a maior variedade de alimentos. Características Esqueleto totalmente cartilaginoso. Pele revestida por dinimutas camadas placóides. Boca ventral e as fendas faringeanas estão reduzidas a cinco pares. Circulação fechada. Circulação simples e completa. Possuem grupos segmentares pelo corpo nadadeiras pares, peitorais e pélvica e uma nadadeira caudal. Peixes Ósseos São tanto de águas doce quanto de salgadas: Boca é terminal e as fendas branquiais são em quatro pares, e não exteriores. Pele com escamas de origem dérmica é lubrificada com mucos. Linha lateral capta as variações de pressão e pequenas vibrações Esqueleto formado por crânio. Possui bexigas natatória. Escamas Ciclóides Normalmente arredondadas e lisas Ctenóides Mais ou menos rugosas e com a margem denteada Ganóides Em forma de placa rombóide Placóides As escamas típicas dos Chondrichthyes, têm a base de dentina. Nutrição Chondrichthyes Boca ventral Fileiras de dentes com substituição periódica Intestino curto com válvulas espirais (tiflossolis) Apresenta pâncreas e grande fígado Termina na cloaca. Exemplos de Chondrichthyes Tubarão Arraia Anatomia da Arraia Clásper - Órgão copulador Fonte: www.fortium.com.br Classe Chondrichthyes Grego: chondros = cartilagem, ichthys = peixe Tubarões, raias e quimeras Devoniano inferior São os vertebrados viventes mais inferiores que têm vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e extremidades pares Predadores Praticamente todos são habitantes de oceanos Fósseis São de grande interesse biológico, uma vez que algumas de suas características anatômicas básicas aparecem em embriões jovens dos vertebrados superiores Vantagens sobre os ciclóstomos Escamas 2 pares de nadadeiras laterais Mandíbulas móveis articuladas com o crânio Dentes cobertos com esmalte 3 canais semicirculares em cada ouvido Os canais semicirculares fornecem informações sobre os movimentos giratórios. Cada um permanece em ângulo reto em relação aos outros dois. A movimentação do líquido, um ou mais dos canais, desloca a cúpula, com a conseqüente curvatura de seus pêlos sensoriais. Órgãos e ductos reprodutores pares Vértebras Desvantagem em relação aos peixes ósseos Esqueleto cartilaginoso Escamas placóides Fendas branquiais separadas Um par de espiráculos comunicando-se com a faringe Ausência de bexiga natatória Tamanho Cações: 90 cm (até 18 m) Raias: 30-90 cm Quimeras: menos de 1m 1. Aspecto Externo Orifício retal entre as nadadeiras pélvicas. As nadadeiras variam de forma, tamanho e localização. Peitorais: inclinam-se para cima, provocando a elevação das partes anteriores contrabalançando a ação da cauda pélvicas Dorsal: pode ser única, múltipla ou contínua no dorso Anal: pode estar modificada em órgão copulador O efeito combinado das nadadeiras caudal e peitorais permite a elevação do peixe (ausência da bexiga natatória) 2. Tegumento Escamas placóides 3. Esqueleto ( Condocrânio ) Caixa craniana abrigando o encéfalo Cápsulas pares para os órgãos olfativos, ópticos e auditivos Esqueleto visceral Mandíbulas, arco hióide, 5 pares de arcos branquiais Esqueleto apendicular Cintura peitoral Cintura pélvica Rraios dérmicos Coluna vertebral Vértebras anficélicas Notocorda nos espaços intervertebrais 4. Sistema Muscular Músculos segmentares no tronco Músculos especializados movem as nadadeiras pares, a região branquial e estruturas da cabeça 5. Celoma Septo transvesal separa o celoma da cavidade que contém o coração 6. Sistema Digestório Boca Dentes Língua Faringe Fendas branquiais Esôfago curto Estômago em J, que termina na válvula pilórica Intestino, com válvula espiral Cloaca Orifício retal Fígado: 2 lobos Vesícula biliar e ducto biliar (parte anterior do intestino) Pâncreas bilobado (entre o estômago e o intestino) 7. Sistema Circulatório Coração – pericárdio Seio venoso Atrio Ventrículo Cone arterial Vasos relacionados com o transporte de sangue para hematose Aorta ventral Artérias branquiais aferentes Aorta dorsal Artérias branquiais eferentes Artérias Carótidas pares Internas Externas Subclávias pares Celíaca (estômago, fígado e intestino) Mesentéricas Anterior (baço e intestino posterior) Posterior (glândula retal)renais Genitais Ilíacas pares (nadadeiras pélvicas) Aorta caudal Veias Veia caudal Porta-renais pares Veias pós-cardinais pares Veias abdominais pares Jugulares pares Cardinais anteriores pares Porta-hepática Hepáticas 8. Respiratório Brânquias Mecanismo Corrente de água > boca > bolsas branquiais > fendas branquiais 9. Excretor Rins mesonéfricos Ureter Papila urogenital Glândula retal 10. Glândulas endócrinas Hipófise – 4 subdivisões Tireóide – língua ou faringe Ilhotas de Langerhans - pâncreas Adrenais Supra-renais – adrenalina (dentro das veas pós-cardinais) 11. Sistema Nervoso Encéfalo Hemisférios cerebrais pares Medula espinal Nervos espinais pares Sistema nervoso simpático – gânglios sobre as veias pós-cardinais 12. Órgãos dos sentidos Narinas Botões gustativos – faringe Olhos Ouvido Linha lateral Canais sentitivos – ampola de Lorenzini 13. Reprodução dióicos aparelho reprodutor macho 2 testículos Ducto eferente Ureter (ducto deferente) Seio urogenital Clásperes Fêmeas 2 ovários 2 ovidutos Glândula da casca Útero (ovovivíparos) Cloaca Fecundação interna Comportamento pré-nupcial Vivíparas – placenta 14. Relações com o homem Alimento Fígado Indústria: capas de livros, abrasivo (marfim e madeira), couro (sapatos e bolsas) Pesca Turismo 15. Bibliografia Recomendada ORR, R. T. Biologia dos Vertebrados. Livraria Roca: são Paulo, 1986, 508p. ROMER, A. S. Anatomia Comparada: Vertebrados. Interamericana: México. 1973 435p. STORER, T. I., USINGER, R. L., STEBBINS, R. C. & NYBAKKEN, J. W. Zoologia Geral. Companhia Editora Nacional: São Paulo. 1986, 816p. Fonte: www.dbi.uem.br Classe Chondrichthyes Chondros: cartilagem + ichthys: peixe Tubarões (cações), Raias e Quimeras Maioria dos tubarões e raias é marinha, mas alguns vivem em rios e lagos tropicais. Tubarões (pelágicos) e Raias (fundo do mar), porém algumas são filtradoras e portanto pelágicas Ex: Raia Jamanta. Formas Atuais são divididas em dois Grupos 1. Holocephali Com apenas uma abertura branquial de cada lado da cabeça, ex: quimera ou peixe coelho. 2. Elasmobranchii Várias aberturas branquiais de cada lado da cabeça Ex: Tubarões e raias, sendo: Cações com corpo fusiforme, com 5 a 7 pares de fendas branquiais de cada lado da cabeça. Raias com corpo achatado dorsoventralmente e 5 pares de fendas branquiais na face ventral do corpo. CARACTERÍSTICAS GERAIS Pele rija, coberta de pequenas escamas placóides, que reduzem o atrito com a água, aumentando a eficiência natatória. Na pele há ainda a presença de muitas glândulas mucosas. Boca ventral coberta por esmalte; narinas não comunicadas com a cavidade bucal; presença de mandíbula e maxila, olhos bem desenvolvidos (baixa intensidade de luz) e com a presença de membrana nictitante (ataques) – Considerados grandes predadores. Filtradores também Ex: Tubarão baleia. Esqueleto cartilaginoso, sem ossos verdadeiros. Coração com duas câmaras (1 aurícula e 1 ventrículo). Neste caso, o sangue passa somente uma vez em cada circuito do corpo eé venoso (não oxigenado e escuro). Respiração por brânquias presas às paredes opostas de bolsas com forma de fendas, tendo cada bolsa uma abertura independente; ausência de bexiga natatória. Ausência de bexiga natatória: o fígado (onde o volume de óleo é regulado pela absorção e produção do mesmo pelo organismo) serve para contrabalançar o peso das escamas placóides, dentes e cartilagens calcificadas. Excreção por meio de rins mesonéfricos, sendo o principal produto excretado a uréia. Temperatura do corpo variável, ou seja, ectotérmicos. Vibrações na água: existência de mecanorreceptores na linha lateral. Esta, um fino sulco ao longo de cada lado do tronco e da cauda e responde a estímulos de pressão na água (resposta táctil). Ampolas de Lorenzini: pequenos tubos preenchidos com muco, e em sua base localizam-se cel. sensoriais e neurônios aferentes à sinais elétricos emitidos pelas presas. Quimiorecepção: devido ao acurado sentido olfatório. CELOMA Estômago, intestino e outros órgãos internos situam-se na grande cavidade do corpo ou celoma, sendo que este e revestido por uma membrana lisa e brilhante denominada peritônio, que também cobre os órgãos. Obs: um septo transversal separa o celoma da cavidade que contém o coração. SISTEMA DIGESTIVO Boca com fileiras de dentes pontiagudos não ligados à mandíbula e maxila como nos peixes ósseos e vertebrados superiores. Fileiras de dentes se desenvolvem atrás dos funcionais para substituição. Esquema Boca - Esôfago (curto) - Estômago (forma de J, que termina num esfíncter, músculo circular ou válvula pilórica) - Intestino (presença de válvula espiral) - Cloaca e Ânus. REPRODUÇÃO Sexos separados; gônadas pares; ovíparos ou ovovivíparos e desenvolvimento direto. Ovíparos Ovos grandes com casca rígida e abertura para trocas com o meio. Ovovivíparos Retêm o jovem em desenvolvimento no interior do oviduto, a casca é menos resistente. Há uma vascularização dos ovidutos e sacos vitelínicos. FECUNDAÇÃO INTERNA EM TODAS AS SPP. MODERNAS. Obs.: Durante a cópula apenas um clásper é introduzido no interior da cloaca da fêmeapor meio de ganchos. RELAÇÕES COM O HOMEM Alimento (carne e nadadeiras ou galha, usado em sopas e afrodisíaco). Fígado (óleo contendo vitamina A). Conflitos com o homem Fonte: www.avesmarinhas.com.br Classe Chondrichthyes Os tubarões, raias e quimeras (peixes de águas profundas, também são designados peixes-rato) desta classe (gr. chondros = cartilagem + ichthys = peixe) são os vertebrados vivos mais primitivos com vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e barbatanas pares. Este grupo é antigo e representado por numerosos restos fósseis. Pertencem-lhe alguns dos maiores e mais eficientes predadores marinhos. Todos possuem um esqueleto cartilagíneo, dentes especializados que se renovam ao longo da vida e uma pele densamente coberta por escamas em forma de dente. Praticamente todos são marinhos, embora existam espécies de tubarões e raias que penetram regularmente em estuários e rios, e, em regiões tropicais, espécies de água doce. Todos os peixes cartilagíneos são predadores, embora os filtradores também ingiram fitoplâncton. Neste caso existem projecções rígidas dos arcos branquiais, que funcionam como filtros. Grande parte da sua dieta é composta por presas vivas, embora consumam igualmente cadáveres, quando disponíveis. A maioria dos tubarões não apresenta mais de 2,5 m de comprimento mas alguns atingem 12 m e o tubarão-baleia 18 m, sendo estes os maiores vertebrados vivos, com excepção das baleias. Morfologia do Tubarão As raias são igualmente pequenas, com cerca de 60-90 cm de comprimento mas a raia-jamanta atinge 5 m de comprimento e 6 m de envergadura Raia Raia CARACTERIZAÇÃO DA CLASSE Os tubarões, com o seu corpo fusiforme e aerodinâmico, têm grande interesse biológico pois apresentam características anatómicas básicas presentes em embriões de vertebrados superiores, nomeadamente: Esqueleto cartilagíneo Sem ossos verdadeiros mas compostos por cartilagem resistente e flexível, mais ou menos reforçados por depósitos calcários, o esqueleto é composto por um crânio ligado a uma coluna vertebral e cinturas peitoral e pélvica. A mandíbula (não fundida ao crânio) e a maxila estão presentes. A notocorda é persistente nos espaços intervertebrais. Algumas espécies possuem coluna vertebral rija, em tudo semelhante à dos peixes ósseos. Este tipo de esqueleto apenas suporta animais com mais de 10 metros de comprimento em meio aquático, cuja densidade é superior à do ar Escamas placóides A pele é rija e está coberta com escamas semelhantes a dentes (são compostas por uma placa de dentina na derme, revestida por esmalte) com um espinho orientado para trás, bem como numerosas glândulas mucosas. Este revestimento confere à pele uma textura de lixa, o que torna o animal mais hidrodinâmico. Algumas espécies de raias apresentam escamas grandes e espinhosas, enquanto outras não apresentam escamas de todo Barbatanas pares e impares Além das tradicionais barbatanas medianas, surgem barbatanas pares (peitorais e pélvicas), todas sustentadas por raios dérmicos. Ao contrário das barbatanas dos peixes ósseos, as barbatanas dos tubarões são rígidas, não podendo ser dobradas ou flectidas. A origem das barbatanas pares é pouco clara. Alguns autores consideram-nas derivadas de dobras longitudinais latero-ventrais sustentadas por raios, teoria que parece apoiada por estudos do desenvolvimento embrionário de tubarões atuais e de peixes fósseis. O anfioxo apresenta igualmente dobras deste tipo, que se unem á cauda. Dado que estes animais são mandibulados, têm necessidade de orientar o corpo em relação ao objeto a morder. Assim, surgem as barbatanas, tanto pares (impedem o balançar cima/baixo) como impares (impedem o rolar esquerda/direita). Nos tubarões machos geralmente as barbatanas pélvicas apresentam órgãos copulatórios designados clásperes. A cauda é heterocerca (com lobos assimétricos, pois a coluna vertebral penetra no lobo dorsal maior). Nas raias e afins a cauda é longa e fina, podendo terminar num espinho farpado com glândulas de veneno, como forma de defesa; Celoma A cavidade do corpo é perivisceral, forrada pelo peritoneu e subdividida por uma membrana, separando o coração das restantes vísceras; Sistema nervoso e órgãos dos sentidos Olho de tubarão cinzento dos recifes Aberturas das ampolas de Lorenzini na zona ventral do focinho de um tubarão cinzento dos recifes Encéfalo distinto e órgãos sensoriais muito desenvolvidos, que lhes permitem localizar presas mesmo quando muito distantes ou enterradas no lodo do fundo. Estes órgãos incluem: Narinas: localizadas ventralmente na extremidade arredondada da cabeça, capazes de detectar moléculas dissolvidas na água em concentrações mínimas; Ouvidos: com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores); Olhos: laterais e sem pálpebras, cuja retina geralmente apenas contém bastonetes (fornecendo uma visão a preto-e-branco mas bem adaptada á baixa luminosidade); Linha lateral: um fino sulco ao longo dos flancos contendo muitas pequenas aberturas, contém células nervosas sensíveis á pressão (algo como um sentido do tato á distância); Ampolas de Lorenzini: localizadas na zona ventral da cabeça, são outros canais sensitivos ligados a pequenas ampolas que contém eletrorreceptores capazes de detectar as correntes eléctricas dos músculos de outros organismos; Sistema digestivo A boca é ventral com fileiras de dentes revestidos de esmalte (desenvolvidos de escamas placóides). Os dentes estão implantados na carne e não na mandíbula, sendo substituídos continuamente a partir da parte traseira da boca, à medida que são perdidos. A forma dos dentes revela os hábitos alimentares dos animais, dentes pontiagudos e serrilhados nos tubarões, que os usam para agarrar e cortar, e pequenos e em forma de ladrilho nas raias, que os usampara partir as carapaças e conchas dos moluscos e crustáceos de que se alimentam no fundo. As narinas não comunicam com a cavidade bucal mas com a faringe. O intestino apresenta válvula em espiral (para aumentar a área de absorção) e fígado, grande e muito rico em óleo o que confere grande flutuabilidade, chegando por vezes a compor 20% do peso do corpo. No entanto, em algumas espécies tal não é suficiente, pois se pararem de nadar afundam-se. O orifício retal abre para a cloaca; Sistema circulatório Coração com 2 câmaras (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso; Sistema respiratório As brânquias estão presas à parede de 5 a 7 pares de sacos branquiais, cada um com uma abertura individual em forma de fenda, abrindo á frente da barbatana peitoral nos tubarões ou na superfície ventral das raias. Nas quimeras apenas existe uma fenda branquial. Os sacos branquiais podem contrair-se para expelir a água ou, como acontece na maioria dos tubarões, o animal usa uma espécie de respiração a jato, nadando ativamente com a boca e as fendas branquais abertas, mantendo um fluxo constante de água. Por esse motivo, é frequente os tubarões afogarem-se quando presos em redes de pesca perdidas. Geralmente existe um par de espiráculos atrás dos olhos, em ligação á faringe, que, nas espécies bentónicas, permitem a entrada de água sem detritos para as brânquias. Não existe bexiga natatória. O sistema excretor é formado por rins mesonéfricos. Reprodução Embrião de tubarão-martelo, uma espécie vivípara Os tubarões e raias têm os sexos separados, gónadas tipicamente pares, em que os ductos abrem na cloaca e a fecundação é interna. Os clásperes, barbatanas ventrais modificadas, são introduzidos na cloaca da fêmea e o esperma escorre pelo canal formado pelas duas estruturas unidas. Podendo ser ovíparos (ovos são libertados envoltos em cápsulas semi-rigídas), vivíparos (jovens desenvolvem-se dentro de uma estrutura semelhante a uma placenta, o que lhes permite ser alimentados diretamente pelo corpo da mãe) ou ovovivíparos (retêm os ovos no interior da fêmea, nascendo filhotes completamente formados, cauda primeiro), produzem ovos são muito ricos em vitelo mas sem anexos embrionários. O desenvolvimento é direto, não existindo nunca estados larvares. Os filhotes nascem com os dentes funcionais e são capazes de caçar de imediato, embora, devido ao seu tamanho, sejam eles próprios potenciais presas. Fêmea de tubarão de Portugal aberta, mostrando os ovos nos oviductos, onde os filhotes se desenvolvem Embrião de tubarão ovovivíparo, que se desenvolve a partir de ovos retidos no oviducto da fêmea Os tubarões são perseguidos, por pura ignorância ou para a obtenção das suas barbatanas (para sopa e utilização em poções "afrodisíacas" asiáticas) ou mortos por acidente em redes de arrasto, correndo grande número de espécies sério perigo de extinção atualmente. Com o aumento da população humana e a redução dos cardumes de peixes ósseos, os peixes cartilagíneos têm sido pescados em grande número. Todos os anos se matam cerca de 100 milhões de tubarões e afins, dos quais cerca de 6 milhões são tubarões azuis, mortos apenas pelas suas barbatanas. Sendo estes animais fundamentais ao correto "funcionamento" do ecossistema marinho, esta matança deve terminar ou os desequilíbrios podem ser muito graves. Tubarões-martelo mortos devido á utilização de redes de arrasto Barbatanas de tubarão azul prontas para a seca Tubarões mortos por pesca desportiva Bem mais dignos de admiração que de receio, os tubarões apresentam comportamentos complexos, revelando-se bem mais que máquinas de matar indiscriminadas, como antes eram descritos. Um exemplo desse fato é o extraordinário comportamento dos grandes tubarões-brancos sul-africanos, na zona da Ilha das Focas, saltando da água mais de 2 metros (daí a alcunha dada pelos locais de tubarões voadores ou jumping Jacks) para capturar focas mas ignorando outros organismos, nomeadamente o Homem ... Fonte:curlygirl.naturlink.pt Classe Chondrichthyes PEIXES COMESTÍVEIS LITORAL ALAGOANO Arraia Também chamada raia. Classe Chondrichthyes. Tem o corpo achatado, em forma de disco, com uma cauda fina e alongada. Vive no fundo e pode enterrar-se para se defender ou cavar a areia em busca de alimento.Habita perto da costa e pode entrar em estuários e lagoas com a maré enchente. Praias: Dasyatis guttata e Aetobatis narinari. Agulha Inclui animais da Classe Osteichthyes, Famílias Exocoetidae e Belonidae. Habitam águas costeiras e entram nos estuários e lagoas. Ocorrem no litoral alagoano a agulhinha, que tem a maxila inferior alongada, como se fosse um bico, e maxila superior curta; e o agulhão com as duas maxilas do mesmo tamanho, mas sempre formando um bico longo. Carne muito apreciada como tira-gosto, embora considerada de qualidade inferior. Praias: Hyporhamphus roberti (agulhinha) e Strongylura marina (agulhão). Bagre Classe Osteichtyhes, Familia Ariidae. Peixe de couro, com barbilhões nas maxilas. vive em fundos lodosos ou arenosos de pouca profundidade. Importante fonte de renda para os pescadores. Nos estuários e lagoas temos Bagre bagre (bagre-bandeira), Bagre marinus, Cathorops spixii e Selenaspis herzbergii. Cação Também cação-panã e cação-lixa, peixes da Classe Chondrichthyes. Têm corpo alongado e cabeça achatada. Alguns apresentam os lados da cabeça salientes, com olhos nas extremidades, lembrando um martelo. Nadadeiras evidentes. São marinhos, mas podem entrar em estuários e lagoas com maré enchente. Nas praias, Sphyrna sp (cação-martelo) e Rhizopriondon porosus. Cação martelo Camurim ou robalo Classe Osteichthyes, Família Centropomidae. Peixe carnívoro, relativamente grande, com a mandíbula saliente. Carne de boa qualidade, mas pouco consumida em Alagoas. Estuários e lagoas, Centropomus undecimalis (camurim-açu) e Centropomus paralellus Carapeba Classe Osteichthyes, Família Gerreidae. Tem o corpo ovalado, prateado. Grande fonte de renda para pescadores. Encontra-se principalmente em estuários, ou perto da costa, em praias arenosas. Carne de primeira, muito apreciada em Alagoas. Estuários e lagoas, Eugerres brasilianus. Cioba ou vermelho Classe Osteichthyes, Família Lutjanidae. Peixe costeiro, cabeça grande, com espinhos na nadadeira dorsal. Cor avermelhada, com pequena mancha escura nas laterais. pode-se encontrar em estuários e lagoas, mas principalmente nas praias: Lutjanus sp. Curimã ou tainha Classe Osteichthyes, Família Mugilidae. Peixe de bom tamanho, vivem em mar aberto perto da costa. Em certas épocas do ano aparece aos cardumes perto da praia, onde é possível pescá-lo com facilidade. Fonte de renda para os pescadores. Estuários, lagoas e praias: Mugil sp. Manjuba Classe Osteichthyes, Família Engraulidae. Peixe pequeno, com uma faixa prateada na lateral do corpo. É pescado em grandes quantidades, principalmente no verão, consumido frito ou seco e salgado. Carne apreciada, mas não muito conhecida no litoral alagoano. Estuários e lagoas, Anchoviella lepidentostole. Pescada ou pescada branca Classe Osteichthyes, Família Sciaenidae. Peixe importante para a produção pesqueira, principalmente no verão. De tamanho médio a grande, apresenta escamas maiores na linha lateral. Estuários, lagoas e praias, Cynoscion acoupa. Peixe-galo Classe Osteichthyes, Família Carangidae. Comum no litoral alagoano. Cor prateada, apresenta forte achatamento lateral e por vezes um filamento na nadadeira dorsal. Carne apreciada pela população local. Estuários, lagoas e praias, Selene vomer e Selene setapinnis. Sardinha Classe Osteichthyes, Família Glupeidae. Peixe pequeno de cor prateada, observado na região litorânea, aos cardumes. Pode-se encontrar também em estuários e lagoas. Importante como alimento e fonte de renda para os pescadores. Opisthonema oglinum e Harengula clupeola. Xaréu Classe Osteichthyes, Família Carangidae. Corpo curto e alto, pode atingir grande tamanho. A população aprecia a carne,mas o xaréu não tem importância econômica destacada em Alagoas. Estuários e lagoas, Caranx hippos. Fonte: www.frigoletto.com.br Classe Chondrichthyes PEIXES CARTILAGINOSOS A classe Chondrichthyes (grego Chondros, cartilagem + ichthys, peixe), também conhecida por Elasmosbranchii, éra dos peixes cartilaginosos. Cartilagem é o tecido elástico do nosso nariz e orelhas. Apareceram no final do Devônio e desenvolveram-se no Carbônico. Os peixes desta classe não possuem ossos verdadeiros, seu esqueleto é feito dç cartilagem fracamente calcificada. Todos predadores, tem a pele rija coberta de pequenas escamas placóides. Também não possuem bexiga natatória, órgão membranoso que o animal enche e esvazia de gás (02, N2 ou C02) permitindo que seu corpo fique neutro na água, como o colete equilibrador de mergulho autônomo. Por isso, a maioria das espécies desta classe ficam em constante movimento para não afundar, os que não nadam ficam apoiados no fundo. O figado abrange mais ou menos 20% do peso do corpo e é rico em vitamina A. Possuem de 5 a 7 fendas branquiais de cada lado da cabeça. Figura 1: Tubarões, os reis dos mares. Os três representantes vivos da classe são Tubarão, Raia e Quimera. A Quimera é um animal de diftcil encontro e não nos oferece risco, nos interessam o Tubarão e a Raia. Ambos costumam ter a companhia de duas espécies de peixes, o Piloto , que nada na frente ou ao lado da cabeça e a Rêmora, que através de uma ventosa dorsal se fixa indo de carona. A rêmora também se fixa em tartarugas, cetáceos e em cascos de barcos. Identificação Superclasse: Peixes Classe: Chondrichthyes (Cartilaginosos) Subclasse: Selachii (Tubarão e raia) Ordem: Squaliformes / Pleurotremata (Tubarão) Ordem: Rajiformes / Hypotremata (Raia) Subclasse: Holocephali Ordem: Chimaeriforrnes (Quimera) TUBARÃO Quando ouvimos esta palavra logo imaginamos um terrível e implacável devorador que, ao ver um ser humano, não hesita em atacá-lo até a morte. Porém, apesar do ceticismo popular, a realidade é totalmente diferente. Não há dúvida que na água ele é um verdadeiro rei, apareceu na Terra no Período Devoniano há mais de 300 milhões de anos, antes dos dinossauros, sendo que habita o mar até hoje. Teve durante todos estes milhões de anos apenas poucas mudanças biológicas, o que demostra ser um animal perfeitamente evoluído e adaptado em seu meio. No Brasil foi encontrado um fóssil de 220 milhões de anos. Vive em todos os oceanos do mundo podendo-se encontrar algumas espécies em rios e lagos, como no lago Nicarágua, norte da América do Sul. No mar vive desde a superficie até a profundidades de mais de 1.800 metros, possuindo neste caso orgãos luminosos como o Dwarf-shark(Squaliolus Iaticaudus). Figura 2: Arcadas dentárias de tubarão. São fusiformes e perfeitamente hidrodinâmicos, atingindo grandes velocidades. Espécies como o Mako e o Branco atingem até 70 km/h. A pele é acinzentada no dorso e esbranquiçada no ventre. Possuí a barbatana dorsal em forma de ponta de asa e o corpo revestido por pequenas escamas placóídes dentadas que não se sobrepõem. Possui uma aguçada sensibilidade do meio. A visão, que é melhor que a do gato, focaliza objetos sete vezes melhor que um mergulhador. Sua linha lateral sente perfeitamente qualquer variação hidrostática. Seu órgão conhecido como Ampolas de Lorenzini, que têm os pontos de sensibilidade sob o focinho, são sensíveis a mínimas variações elétricas e magnéticas. Pressentem descargas de 1,5 Volts a 1.500 Km de distância. Percebe a presença humana a enormes distâncias. O cérebro é pequeno e quase insensível à dor. Figura 3: Tubarão martelo - órgãos sensoriais complexos. Tem uma boca ventral com enorme mandíbula que pode conter, dependendo da espécie, de 10 (tubarão de 7 fendas) a mais de 100 (tubarão Baleia) dentes dispostos em 5 ou 6 fileiras. Quando ele perde um dente, o de traz se desloca para a frente até tomar seu lugar, este deslocamento pode demorar de 24 horas (tubarão Branco) a uma semana (cação Limão). O tubarão troca de dentes com certa freqüência, são milhares os trocados durante sua vida. Algumas espécies típicas de regiões bentônicas possuem o corpo achatado como o caso do tubarão Anjo. Há cerca de 360 espécies e seu tamanho varia de 20 cm, tubarão Bicudo (Squaliolus laticaudus) de 150 a 200 gramas de peso até 18 metros, tubarão Baleia com 15 a 20 toneladas, o maior peixe do mundo. A maioria é pequena, 65% medem até 1,2 metros, 29% ficam entre 1,2 e 3,7 metros e apenas 60% medem mais que 3,7 metros. O macho se distingue da fêmea por possuir um par de apêndices copuladores formados por expansões de cada uma das suas barbatanas pélvicas. Figura 4: Tubarão Baleia - o maior peixe do mundo é inofensivo para o homem. Predadores por excelência, se alimentam de tudo o que for comestível, até do que não o é, vivendo cerca de 25 anos. A carne deste peixe está cada vez mais sendo aceita para consumo e suas nadadeiras secas são muito apreciadas no oriente. Os orientais são inclusive grandes responsáveis pela aniquilação da espécie. Vi um filme deprimente e revoltante de pescadores japoneses em grandes barcos matando uma quantidade enorme de tubarões só para retirar as nadadeiras, jogando o corpo sem condições de sobrevivência de volta ao mar, um absurdo de desperdício de recursos naturais. Figura 5: Tubarão Tigre - ataques a surfistas no Nordeste do Brasil. CAÇÃO - TUBARÃO Sabe qual é a diferença entre cação e tubarão? Há mais de 14 anos, digo aos meus alunos que depende do agente devorador. Se o encontramos na água onde ele nos devora, étubarão e, se o compramos na peixaria, situação que somos nós que o devoramos, é cação. Na verdade o que existe na nomenclatura é uma diferença regional, o animal que échamado de cação no Sudeste/Sul, é conhecido como tubarão no Nordeste. Os pescadores costumam chamar de cação os pequenos tubarões, inclusive havendo o lado psicológico da venda, é muito mais fácil vendê-lo chamando de cação. Um “cação” comum no nosso litoral e comercializado sem alarde, o Martelo, é um dos mais perigosos tubarões que existem. A realidade é que o animal é um só, principalmente se o avistamos na água, com certeza, independente do tamanho, vai ser sempre um tubarão. Figura 6: Tubarão branco - personagem de filmes de Spielberg. ENCONTRO / ATAQUE É certo que o temor que temos de um ataque é exagerado, principalmente pela imagem que sempre nos foi passada pela imprensa e filmes. Em 1972, foi publicado um artigo por uma conceituada editora onde dizia que o Tubarão atacava por esporte, um absurdo a imagem que se fazia. O da série Tubarão — de Spielberg, que na verdade eram três bonecos mecânicos de poliuretano com 7 metros, tinha até sentimento de vingança, uma coisa inadmissível em um peixe. Sempre se cultuou a idéia de um animal feroz, agressivo e que atacava por prazer. Lógico que temos que ter respeito e evitar o encontro, mas, este ocorrendo, não significa um ataque iminente, O risco entre mergulhadores é maior para caçadores submarinos que, devido ao sangue do peixe arpoado, estimulam os esqualos. Um trecho de Bernard Gorsky, caçador da expedição Moana, “...Nada os deteve, nem os berros, nem o barulho que fazíamos batendo com a palma da mão na água. Roger puxou a faca. Nadávamos recuando, com quanta força tínhamos. A goela aberta de um tubarão alcançou uma das nadadeiras de Roger. Outra perseguia as minhas, cheguei a sentí-la. Batíamos violentamente com os pés, provocando um borbulhar em que tudo desaparecia. Todos os nossos sonhos e esperanças dependiam do movimento daquelas fauces de tubarão. Momentos Atrozes...”. Este trecho mostra um “ataque” de tubarões a caçadores submarinos que se salvaram sem ferimentos. Isto se deu devido ao estímulo: todo animal com fome, medo, ou provocado tende a atacar. Figura 7: Mako - agressividade. O encontro com um tubarão certamente é algo inesquecível e vai causar um tremendo susto. Só que este susto muitas vezes é recíproco, o animal provavelmente vai embora. Um encontro de HansHass, “. . .Só reparou em mim depois de ter passado. Com uma ligeireza de um gato — quase impossível de imaginar num corpo tão grande e maciço voltou-se, virando para mim um dos lados de sua cabeça disforme. Ainda hoje recordo a extremidade achatada do martelo e o olho redondo e sem brilho. Parecia olhar-me espantado. Senti um calafrio atravessar-me o corpo. Mas o estranho é que o animal assustou-se tanto quanto eu: o seu corpo foi atravessado por um calafrio semelhante. Voltou-se e fugiu como um coelho acossado...”. Este encontro foi com um dos mais perigosos tubarões, o Martelo, de uns quatro metros de comprimento e num local de grande incidência de “ataques”, Austrália. Mesmo assim o esqualo fugiu. Um cachorro ameaçado ataca mais, nem por isso deixamos de sair à rua com medo de um encontro com um. Assim, não se deve deixar de mergulhar pelo fato de um dia poder se encontrar um tubarão. A probabilidade de uma pessoa ser “atacada” é de 1 em 300 milhões e de vir a falecer devido a este “ataque” 1 em 1,5 bilhão, bem menor que ser abatido por um raio que é 1 em 1 milhão. De 50 a 100 ataques” anuais no mundo apenas 15 a 25 pessoas morrem. Um dado comparativo é que animais como abelhas, cobras e porcos matam mais humanos que tubarões. “Ataques” de tubarões a mergulhadores são raríssimos e não há um só caso comprovado no Brasil de “ataque” a um mergulhador autônomo. O tubarão não costuma atacar o ser humano e sim morde-o quando é incomodado, estimulado ou por engano. Mesmo após uma mordida normalmente a pessoa consegue se salvar, se o esqualo fosse assim tão abominável ficaria até “palitar os dentes com os ossos”. Os casos de morte que ocorrem costumam ser por hemorragia, perda de sangue. Além disso, é importante frisar que os “ataques” costumam ser a surfistas e nadadores, além de haver regiões delimitadas em que ocorrem. Sabe-se que os ataques” a surflstas se dão pelo animal confundi-los com uma tartaruga ou foca, pratos de seu cardápio. Por debaixo da água é esta a visão que se tem. O mesmo ocorre com nadadores ou pessoas na água se agitando. Os maiores responsáveis pelas mortes são o Branco, o Tigre e o Cabeça Chata. Figura 8: Tubarão lixa - praticamente inofensivo. No Brasil, onde há aproximadamente 70 espécies, já ocorreram cerca de 80 “ataques” com mais ou menos 28 vítimas fatais. O primeiro “ataque” a surfista se deu na Praia do ltararé — São Vicente. A maioria dos “ataques” se deu em Recife a partir de 1992, após a construção do Porto de Suape, com certeza uma resposta do meio a interferência do homem. Os casos estudados mostraram que os tubarões responsáveis foram o Tigre e o Cabeça Chata. Há diversos estudiosos no mundo que trabalham levantando dados a cerca dos “ataques”. Em nosso país temos o grande pesquisador Otto Bismarck Gadig. O risco de um “ataque” é maior para mergulhos no oceano Pacífico; mais da metade ocorreram na Austrália além de haverem vários casos na Califórnia — EUA. A África também é outro ponto de grande número de “ataques”. A temperatura da água também influi, o ponto crítico é em torno de 21 graus. Existem estímulos que atraem os esqualos, dentro eles variações elétricas, variações mecânicas da água como explosões e, sem dúvida, o sangue. Além de seus dentes, podem provocar graves escoriações sua pele, revestida de escamas cortantes, e sua barbatana. O tubarão não precisa, como muitos pensam, virar de lado para morder, ele pode fazê-lo em qualquer posição. Na hora da mordida, sua mandíbula se desloca para frente e seus dentes para fora. E uma mudança grande, rápida e eficiente. Segundos antes da mordida, o tubarão fecha a membrana protetora dos olhos (a maioria possui esta membrana). Certamente, quem já viu uma cena de uma tubarão mordendo, o que a maioria já deve ter visto por interesse de mídia, ficou com uma imagem marcante e assustadora. PROCEDIMENTOS Se ele for visto antes do mergulho, aborte-o, pois a presença de um na água não é nada convidativo e, se for visto durante o mergulho procure ficar perto do costão ou do fundo e imóvel, o que é até fácil devido ao medo. O ideal édeixarmos os braços junto ao corpo e as pernas fechadas. Normalmente o esqualo vai embora, pois não fazemos parte de seu cardápio, mas, se ele não se afastar, começar a fazer círculos ou se aproximar demonstrando um “ataque” iminente, lembre-se sempre que a única coisa que voce não pode fazer é tentar fugir batendo as nadadeiras desesperadamente, pois, para ele, suas pernas vão, parecer um animal ferido em fuga e isto o atrai, desperta o seu instinto de caça. Se ele chegar demasiadamente perto, a parte que podemos tentar atingir é o focinho. Se o mergulhador já for para a imersão sabendo da existência de esqualos na região, é conveniente levar um bastão comprido com uma ponta metálica para, no caso de aproximação, cutucá-lo. O ideal, sem dúvida, é não freqüentar lugares que tenham tubarões, a não ser em mergulhos específicos para isto, com guia qualificado. Se ocorrer uma mordida, a primeira providência é estancar o sangue, compressa para o tronco e torniquete para membros. Tomar analgésicos e líquidos. Se tiver soro é melhor. Tudo vai depender da mordida e conseqüentemente da perda de sangue. Mergulho a 15 anos em mar aberto e nunca vi nenhum durante o mergulho. Não nego que já vi barbatanas durante a viagem, mas isso sempre ocorreu no meio do mar, longe de costão. Um que muitos mergulhadores se gabam de terem visto e chegado perto é o tubarão Lixa (Lambarú — gênero Ginglymostoma) que é inofensivo, ficando parado no fundo até alguém o incomodar e o espantar. Inclusive este é o tubarão preferido dos grandes aquários pois, além de ficar parado, possibilitando um volume menor de água, não oferece risco aos tratadores. Figura 9: Tubarão dos recifes caribenhos - "Shark-dive". Uma espécie de mergulho que está se difundindo muito é a do mergulho com tubarões. Mergulhadores ficam em um círculo enquanto o guia, no centro, alimenta tubarões. Apesar da atividade já ter sido apreciada por milhares de pessoas, nunca se registrou nenhum “ataque”. ESPÉCIES PERIGOSAS Somente poucas espécies são consideradas potencialmente perigosas. Algumas das mais agressivas são: Destas o Branco é o mais temido, considerado o maior predador. Estas espécies costumam ter de 2 a 4 metros. Assim como temos espécies potencialmente perigosas também temos as inofensivas como o Marracho, Peregrino (até 10 metros de comprimento), Baleia (até 18 metros), Anjo e Lixa (Lambarú). O tubarão Baleia, assim como o Peregrino, é comedor de plâncton e pequenos organismos. Para quem não conhece sua passividade, é um verdadeiro monstro. Imagine encontrar um gigantesco tubarão com mais de 15 metros. No Brasil, um exemplar de 10,60 metros e 10 toneladas encalhou no litoral do Rio de Janeiro. Ele vive em grandes profundidades, subindo raramente à superficie, normalmente na primavera para se alimentar de plâncton. Assim como nos mamíferos, os maiores são mansos e inofensivos. INIMIGOS Os inimigos naturais do tubarão que podem ferí-lo ou até matá-lo são a Orca, Cachalote, grupo de Golfinhos, Crocodilo marinho e Lula gigante. O homem se tornou um grande se não o maior inimigo do tubarão, inclusive gerando preocupação com relação à pesca predatória deles. Há possibilidade de serem extintas diversas espécies, devido àpesca indiscriminada e descontrolada. IDENTIFICAÇÃO Ordem — Squaliformes/Pleurotremata (TUBARÃO) Principais Famílas Orectolobidae (Lambarú) Alopiidae (Raposa) Carchariidae (Mangona) Lamnidae (Branco/Mako) Sphyrnidae (Martelo) Carcharminidae (AzulIGalha Branca/Tigre) Rhincodontidae (Baleia) Cetorhinidae (Peregrino) Triakidae (Canejo) Squalidae (Prego) Squatinidae (Anjo) RAIA Figura 10: Raia Jamanta - Laje de Santos, 2001. Como o Tubarão, existem desde a era Primária há mais de 300 milhões de anos. Possuem o corpo achatado, nadadeiras peitoraís muito desenvolvidas no mesmo plano do corpo formando um disco e cauda normalmente fina onde se alojam os ferrões. Estes, quando presentes, são omaior risco, pois possuem a forma de ponta de flecha, todo farpado. Povos da Oceania usavam estes ferrões, que alcançam até 40 cm, na ponta de lanças. Alimentam-se ao entardecer e reproduzem-se de março a abril. O maior risco de ferimento é com relação às raias que vivem em fundos arenosos. Quando ela sente-se ameaçada, levanta o ferrão que fica perpendicular ao fundo. Uma pessoa, entrando ou saindo do mar por uma praia, pode ter o pé espetado por este eficiente dardo de defesa, que causa muita dor e, às vezes, séria inflamação. E lógico que a raia não vai ficar parada à espera de ser pisada, isso só acontece quando ela é acuada. A raia não pode, como muitos já me perguntaram, disparar o ferrão contra o mergulhador. Existe raia em água doce e no mar. Das marinhas, destaco as 4 espécies mais comentadas e temidas. RAIA MANTEIGA De pequeno porte, comum de 50 cm a um metro, possui 2 ferrões na cauda. Fica semi enterrada na areia à espera da presa. O risco é pisarmos em cima de uma, machucando o pé no ferrão. A carne desta raia é uma das poucas apreciadas, entre as raias, para se comer. Figura 11: Raia Manteiga - comestível. RAIA ELÉTRICA Também é conhecida como Treme-Treme, pois dá descargas elétricas. São aproximadamente 38 espécies em 10 gêneros. De 40 a 50 cm, possui o corpo quase circular, cauda grossa com nadadeiras e a parte ventral com manchas. Vivendo em fundos arenosos ou de cascalho, fica semi-enterrada à espera da presa. Não possui ferrão mas possui dois orgãos entre a cabeça e a nadadeira peitoral, com células geradoras de corrente elétrica, que descarregam 150 choques por segundo de 45 a 220 Volts e com 2.000 W. Após a descarga, a raia precisa de um grande tempo para se recarregar. Esses choques podem levar, além da tontura, ao desmaio. Ela se utiliza da descarga elétrica para defesa e algumas vezes para captura de presas. É de difícil aproximação. Em 1985, em Ilha Bela, fiquei bem uns 15 minutos atrás de uma para conseguir fotografá-la. É lógico que devemos manter uma distância respeitável, pois uma descarga elétrica sob a água pode causar afogamento. Figura 12: Raia Elétrica. RAIA CHITA Tem este nome pois seu dorso possui manchas redondasclaras. E de grande porte e formato losangular, alcançando 2,50 metros com 250 Kg. De natação livre, possui de 1 a 5 ferrões na cauda, tendo a cabeça saliente com um focinho parecido com um bico de pato. Também é de dificil aproximação. Fica perto da superffcie, como as Jamantas, e se alimenta de pequenos moluscos. Por vezes pula fora da água. Já encontrei algumas grandes, mas nunca consegui chegar muito perto, o que é ideal, devemos manter boa distância. Figura 13: Raia Chita RAIA JAMANTA A raia Jamanta, apesar de não oferecer risco com relação a ferrão, pode ser perigosa devido ao seu grande tamanho. Há dois gêneros muito parecidos: a Manta e a Mobula. As do gênero Manta são as maiores, chegando a medir 5 metros de comprimento por 8 de largura, com peso de 3 toneladas. A Mobula atinge cerca de 2 metros e possui um ferrão pouco desenvolvido. O corpo da Jamanta é em formato losanguiar, como a chita, só que possui duas projeções carnosas ao lado da boca, que é terminal e não ventrai. Devido a estas projeções em forma de chifre, que são, na verdade, nadadeiras cefáiicas, era conhecida como diabo marinho ou demônio do mar. Um dos livros que narra aventuras com este peixe, do grande pesquisador submarino Hans Hass, tem o título de “Demônio do Mar Vermelho”. Possui coloração preto-escuro no dorso e branca no ventre. Nada lentamente perto da superfície inclusive por vezes deixando sair as pontas das nadadeiras para fora. Quando nos deparamos com uma Jamanta, nos impressio. na não só o seu enorme tamanho, como o fato dela vir em nossa direção, passando a uma distância muitas vezes inferior a 2 metros. Devido à localização e abertura de sua boca, é nos dado a sensação de que vamos ser engolidos, o que é irreal, pois o animal tem dentes muito pequenos e só se alimenta de plânctons e pequenos crustáceos, utilizando, por vezes, o par de nadadeiras cefálicas para direcionar o alimento à sua boca. As menores são mais curiosas e ficam mais tempo em nossa volta. O meu primeiro contato com uma Jamanta, em 1981, foi assustador. Eu estava começando na atividade e não fazia idéia do que era um peixe daquele tamanho. Mergulhava calmamente na ilha Laje de Santos, um pouco afastado do costão, quando senti um enorme vulto por cima de mim. Quando levantei a cabeça, deu-me a impressão de um filme espacial, onde aquelas enormes naves ficam passando na teia como se não tivessem fim. Aquele vulto, a poucos metros da minha cabeça, passava sem parar, pois ainda tive a sorte de logo deparar com uma raia de uns 5 metros de largura. Eu me apavoreí e nadei feito um doido para tentar me enfiar entre as pedras. Tive, além de uma intoxicação por Dióxido de Carbono (Gás Carbônico), um encontro realmente marcante. Com o tempo, acostumei-me inclusive, a pegar carona no animal e garanto que é uma emoção indescritível, imagino como um vôo de asa deita submarino. Para quem vai se aventurar a pegar carona, quatro conselhos úteis: o primeiro é nunca se aproximar pela frente, pois isso assusta a raia que pode dar uma guinada brusca para o lado pondo em risco o mergulhador, uma “asada” de sua nadadeira deve equivaler a um soco de Mike Tyson (!). Devemos nos aproximar por cima e por trás, deitando suavemente sobre seu dorso. O segundo conselho é não abusar no malabarismo sobre ela pois, depois que pegamos confiança, começamos a fazer estripulías que podem assustar o animal. O terceiro é tomar cuidado com a variação de profundidade, na excitação da carona descuidamos da compensação e, como a Jamanta varia muito a profundidade, perto da superficie, pode facilmente nos ocorrer um barotrauma, principalmente de ouvido. O último é: só se aventure se tiver boa experiência de mergulho e se sentir perfeitamente seguro. Figura 14: Raia Jamanta - dócil. OUTRAS RAIAS Há outras raias, normalmente de pequeno porte, Sapo, Ticonha, Borboleta, Lixa, Pintada e Santa, que ficam nadando perto do fundo e raia Amarela que fica semi-enterrada na areia. Estas pouco encontramos. Figura 15: Raia de pintas azuis. Identificação Ordem: Rajiformes / Hypotremata (Raia) Subordem: Batoidea Principais Famílias Myliobatidae (Chita, Ticonha, Sapo) Dasyatidae (Manteiga, Borboleta) Mobulidae (Jamanta) Subordem: Narcobatoidea Família: Torpedinidae (Elétrica) Fonte: www.anestesiologia.com.br Parte superior do formulário Características Gerais dos Osteíctes Os peixes da classe Osteichthyes (do grego osteos, osso, e ichthyos, peixe) possuem esqueleto ósseo. Ocupam ambientes de água doce ou marinhos. As escamas que recobrem o corpo dos osteíctes são de origem dérmica, diferentemente das escamas dos condríctes, de origem epidérmica. São osteíctios da ordem teléosteos a maioria dos peixes conhecidos: pescada, bagre, sardinha, carpa, corvina, piranha, truta, cavalo-marinho, pirambóia, poraquê (peixe-elétrico), enguia e vários outros exemplos. As características comuns a todos os peixes ósseos, com aproximadamente 21.000 espécies atuais, são: Cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado principalmente por tecido ósseo. São pecilotérmicos. Aquáticos e respiração por brânquias, que estão protegidas pelo opérculo (placa articulada e flexível). Nos peixes dipnóicos, a membrana da bexiga natatória é vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior e o sangue. Esses "peixes pulmonados" podem resistir a longos períodos de seca, quando permanecem entocados em buracos no fundo lamacento dos rios. A pirambóia, encontrada no Brasil, é um exemplo de peixe dipnóico. A boca fica localizada anteriormente. Cecos pilóricos do estômago produzem enzimas digestivas, melhorando a capacidade digestória. A nadadeira caudal é homocerca ou dificerca. A bexiga natatória é um órgão hidrostático (regula a densidade do peixe).Em algumas espécies a bexiganatatória não está ligada ao tubo digestivo (peixes fisoclistos). Quando a bexiga natatória está ligada ao tubo digestivo os peixes são do tipo fisóstomos. As escamas são de origem dérmica e dos tipos ciclóide e ctenóide. A forma do corpo em geral é hidrodinâmica, contendo glândulas que secretam muco na pele, facilitando a locomoção no meio aquático. São dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é sexuada e em geral com fecundação externa. Nas espécies de fecundação interna a nadadeira caudal modificada atua como órgão de cópula. A maioria é ovípara. Há porém, espécies vivíparas. Possuem apenas o anexo saco vitelino. A forma jovem (larval) é o alevino. Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto é, sobem os rios na época da reprodução (= anádromos). Sistema Nervoso dos Osteíctes No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta). O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal. Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal. O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos. O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos. O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido interno. Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos. Fonte: www.pucrs.br Classe Osteichthyes Os peixes ósseos são o grupo mais vasto (correspondem a 9 em cada 10 espécies) e diverso de peixes actuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC). Esta é a classe mais recente do ponto de vista filogenético, bem como a considerada mais evoluída. A taxonomia dentro desta classe tem sido frequentemente alterada, devido à descoberta de novas espécies, bem como de novas relações entre as já conhecidas. Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento mas existem formas reduzidas (certos gobies apenas têm 10 mm de comprimento) e gigantescas (espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900 Kg de peso). Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude, zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em oxigénio, etc. Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar. Peixes palhaço Caracterização da classe As suas características principais são: Forma do corpo Corpo é fusiforme, mais alto que largo, de corte oval o que facilita a deslocação através da água. A cabeça estende-se da ponta do focinho á abertura do opérculo, o tronco daí ao reto, para trás do qual se tem a cauda. O corpo apresenta uma forte musculatura segmentar - miómeros -, separados por delicados septos conjuntivos; Esqueleto ósseo O esqueleto é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam apresentar ossos cartilagíneos (esturjão, por exemplo), com numerosas vértebras distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços intervertebrais. O esqueleto apresenta 3 partes principais: coluna vertebral crânio raios das barbatanas Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica, ligando-se essas barbatanas por meio de tendões, sem ligação á coluna vertebral). Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas. O crânio é articulado com as maxilas e mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos branquiais. A articulação do crânio com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não podem virar a cabeça. A cauda é geralmente homocerca Escamas mesodérmicas A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção facilita o deslizar através da água e protege contra infecções, e escamas no tronco e cauda, de várias formas mas sempre de origem dérmica. Algumas espécies não apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte. As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças. Em algumas espécies, esta camada de pele ajuda a manter a humidade quando o animal está emerso. Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em cada espécie, esta é uma importante característica sistemática desta classe; Barbatanas pares e impares Barbatanas são sustentadas por raios ósseos ou por vezes cartilagíneos. As barbatanas impares são duas dorsais e uma retal, bem como a caudal simétrica. A forma da barbatana caudal altera a forma de deslocação do animal: barbatanas arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes velocidades. A barbatana dorsal tem suporte esquelético e varia grandemente de forma, de acordo com os hábitos do animal. As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do opérculo, e as pélvicas. Cada barbatana tem o seu próprio conjunto de músculos, o que permite um movimento independente, aumentando a capacidade de manobra. Ao contrário dos peixes cartilagíneos, e devido à presença de bexiga natatória, os peixes ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas para manobrar na água; Sistema nervoso Encéfalo distinto e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente: Olhos Grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objectos próximos mas que percebem facilmente movimentos distantes, incluindo acima da superfície da água. A retina contém cones e bastonetes, o que permite visão a cores na maioria dos casos; Ouvidos Com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores), permitem uma audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja esfregando partes do corpo entre si, seja com a bexiga natatória; Narinas Localizadas na parte dorsal do focinho, comunicam com uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água; Anatomia externa de um peixe teleósteo Linha lateral Localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se encontram mecanorreceptores. A eficácia deste sistema para detectar movimentos e vibrações por ele causadas na água permite a formação de cardumes, fundamental como estratégia de defesa destes animais; Sistema digestivo A boca grande é terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas, onde estão implantados dentes cónicos e finos. Existem outros dentes, localizados nos primeiros arcosbranquiais, úteis para prender e triturar o alimento. Na boca existe uma pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos respiratórios; Sistema circulatório Coração com duas cavidades (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso. O sangue é pálido e escasso, quando comparado com um vertebrado terrestre; Sistema respiratório Tipicamente com brânquias em forma de pente sustentadas por arcos branquiais sseos ou cartilagíneos, no interior de câmara comum de cada lado da faringe, coberta por um opérculo, fino e margens livres abaixo e atrás. Os arcos branquiais apresentam expansões que protegem os filamentos branquiais de partículas duras e evitam a passagem de alimento pelas fendas branquiais. Nas branquias existe um mecanismo de contracorrente entre a água e o sangue que as irriga, aumentando a eficiência das trocas gasosas. Geralmente existe bexiga natatória, um grande saco de paredes finas e irrigadas derivado da zona anterior do intestino, que ocupa a zona dorsal da cavidade do corpo. Esta cavidade está preenchida com gases (O2, N2, CO2), actuando como um órgão hidrostático, ajustando o peso do corpo do peixe consoante a profundidade. O ajuste faz-se por secreção ou absorção dos gases para o sangue. A capacidade da bexiga natatório é superior nos peixes de água doce pois esta é menos densa que a salgada, não podendo sustentar o peixe com a mesma facilidade. A bexiga natatória pode ajudar na respiração (peixes pulmonados) ou como caixa de ressonância de órgãos dos sentidos ou produção de sons; Sistema excretor Rins mesonéfricos Ectotérmicos Reprodução Sexos separados, gónadas geralmente pares, grande maioria ovíparos com fecundação externa, embora existam espécies com fecundação interna e hermafroditas. Algumas espécies passam por mudanças de sexo, machos passam a fêmeas aumentando de tamanho e as fêmeas tornam-se dominantes nos cardumes ao passarem a machos. Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com quantidade de vitelo muito variável. As espécies de mar alto produzem enormes quantidades de ovos, pois a maioria não sobrevive, que passam a fazer parte do plâncton, enquanto espécies costeiras os colocam entre detritos e folhas ou no fundo. Algumas espécies cuidam dos ovos e/ou dos juvenis, guardando os ninhos e mantendo-os oxigenados com jorros de água. Outros incubam os ovos na boca ou permitem que os jovens lá se recolham quando ameaçados. Várias espécies migram grandes distâncias (tanto de água salgada para doce, como algumas espécies de salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar. Cardume de Peixes Os peixes ósseos são os únicos que formam cardumes, por vezes com dezenas de milhar de indivíduos. Nos cardumes os peixes deslocam-se sincronizadamente, como se fossem um só. Cada peixe segue paralelamente ao seu vizinho, a uma distância de cerce de um comprimento do corpo e mantém a sua posição devido à acção da visão, audição e linha lateral. A cor prateada da maioria dos peixes que fazem cardumes é fundamental pois ajuda a detectar os movimentos uns dos outros (uma pequena mudança de direcção produz uma grande diferença a nível da luz reflectida). Num cardume os peixes estão mais seguros pois há mais sentidos atentos a um potencial predador e torna-se mais difícil escolher a presa no meio de tantos corpos em movimento. A vida em grupo também ajuda a encontrar alimento e parceiros sexuais. Espécies ameaçadas parece pequena, quando comparada com outros grupos de vertebrados, mas tende a aumentar à medida que estudos mais cuidados são realizados e que o aquecimento da água do mar se intensifica. Os peixes, principalmente os peixes ósseos, têm sido um aparentemente inesgotável armazém de alimentos para a espécie humana. A pesca tem vindo a intensificar-se ao longo dos anos, numa tentativa de compensar a demanda de peixe para a alimentação humana e animal (para o fabrico de farinha de peixe, usada em rações de engorda). Assim, a pesca tradicional deixou de satisfazer e surgiu a pesca intensiva com redes flutuantes e de arrasto no fundo, pois as águas superficiais começaram a ser esgotadas. Estas redes, além de serem por vezes abandonadas em alto mar, onde permanecem décadas, aprisionando todo o tipo de animais que acaba por morrer, causam enormes danos ao fundo do mar. As bolas que são usadas para fazer peso na rede podem pesar até 10 Kg, ajudando a arrancar tudo o que está no fundo, seja rocha ou coral. A pesca de arrasto recolhe indiscriminadamente todos os animais que encontra, a maioria dos quais são depois rejeitados, pois não pertencem à espécie pretendida, e atirados ao mar (mas já mortos), mesmo que sejam comestíveis. A largura das malhas de pesca tem sido outra batalha que tem sido difícil de vencer na luta pela conservação da diversidade nos oceanos, pois os armadores recusam quase sempre usar malha de maior diâmetro, que permitiria aos juvenis escapar à captura e permitiria a manutenção e recuperação dos stocks pesqueiros. Mesmo quando legislação nesse sentido é aprovada, como na União Europeia, raramente é cumprida ou são punidos os infractores. Quando mesmo estes métodos são insuficientes ou em locais pobres, está a tornar-se comum a utilização de dinamite ou cianeto para capturar grandes quantidades de peixe, principalmente em zonas baixas, como recifes de coral. A devastação causada já arrasou mais de 80% dessas zonas no sudeste asiático. sca excessiva, a poluição de rios e mares, são apenas algumas das causas deste problema, que parece apresentar uma solução complicada, sob a pressão da industria pesqueira e à falta de informação dos pescadores. Peixe morto devido á poluição de um rio Fonte: curlygirl.naturlink.pt Classe Osteichthyes Características Gerais dos Peixes A designação de peixes (lat. pisces) é extensiva a nada menos que 4 classes de vertebrados, cada qual possuindo características próprias. Mas para os cientistas um peixe é simplesmente definido como um vertebrado aquático de sangue frio (o que sabe-se nem sempre é verdade). Isso significa que os peixes possuem coluna vertebral, vivem na água e sua temperatura sangüínea se equilibra com o ambiente. A maioria dos peixes respira por brânquias ou guelras, se locomove por meio de nadadeiras, se reproduz pondo ovos e é coberta por escamas protetoras (peixes atuais). Certos grupos extintos foram dotados de um escudo ósseo protetor, além do esqueleto interno. Sua pele possui duas camadas: por fora a epiderme e sob ela, a derme. As glândulas da epiderme secretam um muco protetor contra fungos e bactérias. As escamas, que formam um escudo mais resistente, são feitas de ossos transparentes enraizados na derme. Como os anéis das árvores, elas registram a idade e o crescimento do peixe. As nadadeiras são classificadas em ímpares (dorsal, caudal e retal) e pares (peitorais e pélvicas). Três são os principais tipos de nadadeiras caudais: TIPOS DE NADADEIRAS CAUDAIS DESCRIÇÃO Homocerca A coluna vertebral não se prolonga através da nadadeira que é bilobada e simétrica Dificerca A coluna vertebral não se prolonga através da nadadeira que é bilobada e simétrica Heterocerca A porção terminal da coluna vertebral normalmente encurva-se para cima e a nadadeira é assimétrica As nadadeiras pares são de dois tipos: TIPOS DE NADADEIRAS PARES DESCRIÇÃO Actinopterígeas Possuem base larga e seu esqueleto consiste em uma série de barras (raios) ósseas ou cartilaginosas paralelas, relativamente curtas. Crossopterígeas Têm a forma de uma folha e seu esqueleto consiste num eixo central com ramos laterais dispostos simetricamente As escamas são de quatro tipos: placóide ganóide ciclóide ctenóide Escamas placóides: ocorre nos peixes cartilaginosos e apresenta estrutura similar à dos dentes; são placas pequenas em geral rômbicas; Escamas ganóides: são maiores; tem geralmente, forma rômbica ou arredondada; a superfície esposta é coberta por uma camada de esmalte (ganoína); Escamas ciclóides:são delgadas, elásticas e de forma variável; Escamas ctenóides: diferem em relação às ciclóides, apenas na ocorrência de denticulação na parte posterior. Segundo Mendes (1977) o maxilar superior dos peixes é formado por uma cartilagem chamada de palatoquadrado e o maxilar inferior por uma cartilagem chamada de cartilagem de Meckel. No tipo de suspensão dito hiolístico, esses maxilares ligam-se ao crânio por meio do hiomandibular, ou seja, pela porção superior do primeiro arco branquial. No tipo de suspensão anfistílico, o maxilar superior articula-se diretamente com o crânio e recebe, ao mesmo tempo, apoio do hiomandibular. No tipo de suspensão autostílico, o maxilar superior articula-se diretamente com o crânio, sem intervensão do hiomandibular; o maxilar inferior articula-se com o superior sem interferência também do hiomandibular. OSTEICHTHYES São os chamados peixes ósseos. São os mais evoluídos de todos os outros peixes. No Devoniano médio eram dulcícolas e só vieram invadir os mares no final do Paleozóico. Hoje ocupam os dois habitats. Os peixes mais antigos apresentavam dupla respiração (branquial e pulmonar). Seus hábitos alimentares são variáveis: tanto podem ser herbívoros como comedores de lamas. Sua resistência devido a sua estrutura é a maior entre todos os peixes. Dividem-se em duas subclasses: Actinopterígeos (peixes dominantes) e Sarcopterygii (peixes pulmonados). Fonte: www.reinaldoribela.pro.br Classe Osteichthyes 73% da superfície terrestre está coberta por água, que oferece diferentes habitats, desde os oceanos até lagos e rios. Os habitats aquáticos estão entre os mais produtivos do planeta. PEIXES > adaptações para todos estes diferentes habitats, sendo que a diversidade do grupo reflete as especializações selecionadas pelos diferentes habitats. 1/3 dos peixes vive exclusivamente em água doce. OS PRIMEIROS FÓSSEIS DE PEIXES ÓSSEOS > SILURIANO SUPERIOR. OS MECANISMOS ALIMENTARES FORAM UM DOS PRINCIPAIS ELEMENTOS NA EVOLUÇÃO DOS PEIXES. OBTENÇÃO DE O2 : BRÂNQUIAS protegidas no interior de bolsas faríngeas projeções vascularizadas situadas lateralmente sobre os arcos branquiais H2O >é bombeada por ação muscular através das brânquias: 1. expansão da cavidade oro-faríngea 2. movimento dos ossos operculares. Funcionam como válvulas que direcionam o fluxo da água no sentido da cavidade faríngea para as cavidades operculares e meio externo. Assim que a água sai da cavidade oro-faríngea > entra em íntimo contato com as superfícies vascularizadas. A troca gasosa ocorre nas lamelas secundárias (LAURENT & DUNEL, 1980) O bombeamento das cavidades oro-faríngea e operculares > pressão positiva através das brânquias. Peixes pelágicos tem capacidade de bombeamento que é perdido ou muito reduzido NATAÇÃO cria contracorrente d’água para dentro da boca que fica entreaberta (“ram respiration” > respiração forçada). O filamento branquial é irrigado por 2 artérias: 1. Aferente: sangue flui do arco para a extremidade do filamento; 2. Eferente: sangue flui da extremidade do filamento para o arco. Cada lamela 2ária > espaço de sangue envolto por epitélio muito fino através do qual ocorre a troca gasosa. Fluxo de sangue através da lamela 2ária é contrário ao da água que circunda a a brânquia SISTEMA DE CONTRACORRENTE Assegura o máximo de difusão para dentro das brânquias. Peixes pelágicos ativos que mantêm a atividade por longos períodos de tempo têm filamentos branquiais rígidos: Área respiratória é relativamente maior. Maior capacidade de transporte de O2 / mm de sangue. Aumento de temperatura reduz a solubilidade do O2 na água > peixes que vivem em ambientes de baixas concentrações de O2 >apresentam estruturas respiratórias acessórias > captar o O2 atmosférico. Electrophorus eletricus > abocanha de tempos em tempos o ao atmosférico e o O2 difunde-se rapidamente pela ucosa faríngea para dentro da corrente sanguínea. Outros peixes engolem ar e extraem o O2 através da mucosa de diferentes regiões do trato digestivo. Família Anabantidae (Ásia tropical) > têm câmaras vascularizadas na região posterior da faringe (labirinto) > trocas gasosas entre o ar e o sangue. Muitos peixes têm respiração aérea facultativa > desviam a captura do O2 feita pelas brânquias para órgãos acessórios quando a pressão do O2 do meio aquático fica muito baixa. Poraquê e anabantídeo > respiração aérea obrigatória. Peixes pulmonados sulamericanos e africanos > respiração aérea obrigatória > morrem afogados quando mantidos embaixo d’água. Peixes pulmonados > pulmões > estruturas derivadas de evaginações do trato digestivo embrionário. LOCOMOÇÃO NA ÁGUA É o resultado de contrações dos músculos de um lado do corpo e do relaxamento simultâneo dos músculos antagônicos correspondentes do outro lado do corpo. BREDER (1926) Classificou os movimentos ondulatórios dos peixes em 3 tipos: 1. anguiliforme: peixes alongados e flexíveis, capazes de curvar metade do corpo na forma de um semi-círculo. 2. carangiforme: ondulações limitadas à região caudal; curvatura do corpo é de menor amplitude que a do caso anterior. 3. ostraciforme: corpo inflexível; ondulações só ocorrem na nadadeira caudal. Especializações > forma do corpo, estrutura da superfície corpórea, nadaeiras e arranjo muscular > aumentam a eficiência natatória. Um peixe nadadndo deve vencer a força de gravidade produzindo uma força de ascenção, e a força de resistência da água produzindo uma força de impulso Ocorrem também gasto de energia muscular empurrando para trás a água ao seu redor para movimentar-se para frente Densidade média dos tecidos é maior que na água > afundam > reduzir a densidade total por meio de flutuador ou forças de ascensão (movimentos propulsores) Alguns peixes pelágicos > têm flutuabilidade negativa > nadam constantemente para neutralizar a gravidade (atum, cavala, espadarte, cação) Outros > a ascensão é acompanhada pela expansão das amplas nadadeiras peitorais num ângulo de ataque positivo para que a água flua sobre ela. Muitos peixes ósseoas têm flutuabilidade neutra e matêm sua posição na coluna d’água sem mover o corpo > região dorsal das nadadeiras peitorais se opõem a uma força que impulsiona o corpo para frente > gerada pela expulsão da água pelas fendas branquiais durante cada ciclo respiratório. Flutuabilidade neutra resultante da bexiga natatória cheia de ar > os peixes que mantêm-se parados na coluna d’água > bexiga natatória bem desenvolvida. BEXIGA NATATÓRIA Vesícula repleta de ar originária de uma evaginação dorsal do trato digestivo embrionário. Ocupam > 5% do volume do corpo Teleósteo não sobem nem desce na coluna d’água e gasta muito pouca energia para manter sua posição no meio aquático; entretanto, para manter a flutuabilidade neutra o volume da bexiga natatória deve se manter constante Corpo > sujeito a variação de pressão nas diferentes profundidades Pressão da coluna d’água aumenta quando > profundidade aumenta > besiga natatória tende a colapsar Pressão da coluna d’água dimunui quando > profundidade dimunui > bexiga natatória tende a se expandir Quando o peixe sobe na coluna d’água o ar de dentro da bexiga vai sendo expelido e quando o peixe afunda o ar vai sendo colocado dentro da bexiga Teleósteos mais primitivos > mantêm um ducto que conecta o esôfago à bexiga natatória (ducto-pneumático) = peixes fisóstomos >podem abocanhar o ar atmosférico na superfície da água para encher a bexiga natatória e expulsá-lo por meio de bolhas quando estão subindo na coluna d’água. Muitos peixes fisóstomos utilizam a bexiga nantória como um órgão de respiração aérea acessória > como um pulmão (neste caso o ducto-pneumático funciona análoga à traquéia dos vertebrados terrestres). Teleósteos mais diferenciados > ducto-pneumático = ausente > fisoclistos O gás não pode ser eliminado pelo trato digestivo como no caso dos fisóstomos > injetar gás para dentro da bexiga natatória >glândula de gás > muito vascularizada > rede mirabile = vasos que são responsáveis pela troca de gasesentre o sangue e a bexiga natatória, especialmente o oxigênio que é transportado pela HG dos glóbulos vermelhos. A GL. DE GÁS LIBERA ÁCIDO LÁTICO NO SANGUE > A ACIDEZ DO SANGUE NA REDE MIRABILE FACILITA A LIBERAÇÃO DO O2 PRESO NA HG. Devido a anatomia da rede mirabile existe um sistema de contracorrente múltiplo > O2 da HG é liberado e armazenado no sangue aumentando a pressão de O2 no sangue que ultrapassa a pressão do O2 existente no interior da bexiga natatória. Quando isso acontece > O2 se difunde do sangue para dentro da bexiga natatória > ajustando o volume desta vesícula. O comprimento dos capilares sanguíneos da rede mirabile multiplica a difusão do O2 livre no sangue. Para compensar a expansão do gás durante a ascensão na coluna d’água = os fisoclistos abrem uma válvula muscular = oval > a alta pressão interna dos gases na bexiga natatória promove a difusão dos mesmos para dentro do angue desta rede de capilar associada à glândula oval. Muitos peixes de profundidade > depósitos de óleo de baixa densidade dentro da bexiga natatória ou > bexiga natatória reduzida ou ausente > no seu lugar ricos depósitos de lipídios distribuídos pelo corpo. Lipídios > promovem a flutuabilidade > o volume de gás da bexiga natatória é pequeno, para o peixe afundar a quantidade necessária de gás para manter o volume deste órgão é pequena. Entretanto > é necessário que a rede mirabile tenha tenha um grande número de capilares para que a alta pressão de O2 exigida seja alcançada e a gl. oval dos peixes que vivem a grandes profundidades é muito desenvolvida. Peixes mesopelágicos que realizam grandes deslocamentos verticais > dependem mais dos lipídios (esteróis de cera) do que do gás para regular a flutuabilidade. PRODUÇÃO DE IMPULSO Os peixes nadam para frente empurrando para trás a coluna d’água A cada força de ação corresponde uma força de reação de igual intensidade e direção oposta Os anguiliformes e Carangiformes > aumentam a velocidade de natação aumentando a frequência das ondulações corpóreas (frequência do batimento caudal) > a velocidade aumenta porque o peixe aplica mais força sobre a água (por unidade de tempo). Enguias > corpo alongado limita a velocidade porque os vários movimentos ondulatórios aumentam o atrito da superfície do corpo com a água aumentando a força de resistência da água. Peixes que nadam mais rápidos nã são flexíveis > força gerada pela contração dos músculos segmentares anteriores > transferido para o pedúnculo caudal. Atum > estruturas especializadas para uma natação mais rápida > pedúnculo caudal é rígido e a nadadeira caudal é muito expandida verticalmente. A ÁGUA E O MUNDO SENSORIAL DOS PEIXES A água é 830 vezes mais densa que o ar ao nível do mar A luz têm uma penetração menor na água do que no ar Peixes > de maneira geral apresentam os olhos bem desenvolvidos Peixes > têm botões gustativos na boca e ao redor da cabeça e nadadeiras anteriores Botões quimiorreceptores > detectam a presença de substâncias solúveis na água Órgão olfatórios no focinho que detectam substâncias não tão solúveis na água. Cações e salmões são capazes de detectear compostos odoríferos dissolvidos numa concentração de até 1ppm Muitos peixes procuram alimento e se orientam no meio aquático > quimiorreceptores > posição e distância da presa. Migração do salmão > é direcionada para os cursos d’água onde nasceram; este percurso é encontrado > reconhecem os odores das drenagens por onde passou durante seu desenvolvimento, que ficaram impressos, no cérebro. Destruindo os órgãos olfatórios do salmão ele não consegue encontrar a drenagem onde nasceu (CROMIE, 1982). LINHA LATERAL Os neuromastos distribuem-se: 1. no interior de canais tubulares 2. no fundo de depressões epidérmicas Células ciliadas dos neuromastos têm um cinecílio Um neuromasto possui muitas células ciliadas com cinecílio Cada unidade do neuromasto > 2 terminações nervosas aferentes da linha-lateral: 1. transmite impulsos para as céls. ciliadas > cinecílio localiza-se numa det. posição 2. comunica-se com as céls. ciliadas > cinecílios numa posição oposta (de 180°) em relação aos anteriores. Todos os cinecílios e microvilosidades estão envoltos por estrutura gelatinosa oval = cúpula Deslocamento da cúpula > dobramento do cinecílio Toda vez que o cinecílio se dobra > pode estimular ou inibir o nervo associado FORÇAS QUE PROMOVEM O DESLOCAMENTO DA CÚPULA Correntes d’àgua que deslocam a cúpula > podem ser percebidas em diferentes regiões do corpo. Retirando-se os nervos aferentes da linha-lateral o peixe não apresenta qualquer resposta em relação ao fluxo externo d’água. NEUROMASTOS DA LINHA-LATERAL Também respondem aos sons de baixa frequência. Muitos peixes também ouvem baixas frequ6encias com o ouvido, mesmo depois dos neuromastos da linha-lateral serem destruídos. Muitos peixes que buscam alimento na superfície d’água > p. ex. , o inseto sobre a superfície da água atrae o peixe pq. cria ondas através dos movimentos. PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE, ELETRORRECEPÇÃO Raia elétrica, torpedo (Mediterrâneo), bagre elétrico (Nilo), poraquê (América do Sul) A corrente elétrica é gerada em tecidos musculares modificados Células > eletrócitos > perderam a capacidade de se contrair e se especializaram na produção de correntes iônicas Os eletrócitos estão arranjados em pilhas ou em série, como as de uma lanterna elétrica, porque os potenciais elétricos gerados em cada eletrócito somam-se aos dos adjacentes produzindo um potencial final de alta voltagem Também é necessário o sincronismo das descargas dos eletrócitos, que é conseguido pela simultaneidade dos impulsos nervosos que excitam essas células musculares Maioria das espécies de peixes elétricos estão limitadas às águas tropicais africanas e sul-americanas Formas marinhas são poucas : raia-torpedo (Torpedo); raia treme-treme (Narcine), algumas spp do gênero Raja, algumas espécies de Miracéu (Família Uranoscopidae) Atualmente se sabe que os peixes elétricos que produzem pequenos potenciais elétricos, utilizam as correntes elétricas de baixa intensidade na letrolocação e comunicações intraespecíficas O potencial elétrico da maioria dos peixes, que geram baixos potenciais elétricos, varia entre 50 e 300 hertz (ciclos por segundo); algumas spp (Apteronotus) produzem um potencial elétrico que alcança 1700 hertz Um peixe-elétrico de água doce pode detectar, por meio dos tipos de distorção em seu campo elétrico, a presença e posição dos objetos e organismos ao seu redor Pode perceber as descargas elétricas de outro peixe-elétrico (eletrocomunicação e/ou eletrolocação) A pele dos teleósteos que produzem descargas elétricas de baixa potência contêm receptores sensoriais especiais >órgãos ampulares e tuberosos > detectam, respectivamente, cargas tônicas (estáticas) e fásicas (variáveis) Fonte: www.avesmarinha.com.br Classe Osteichthyes Em geral, as escamas ósseas estão presentes, mas as camadas superficiais primitivas de ganoína e cosmina foram perdidas na maioria das espécies atuais. As partes mais internas do esqueleto sempre apresentam alguma ossificação; na maioria das espécies, o esqueleto é completamente ossificado. O olho pineal continua presente nas espécies primitivas. Pulmões ou bexigas natatórias estão pentes, exceto em poucas espécies bentônicas, que os perderam secundariamente. Como não poderia deixar de ser nos peixes de corpos ágeis, a cauda tornou-se homocerca na maioria das espécies atuais. As aberturas brânquiais se abrem numa câmara comum, coberta por um opérculo. A válvula espiral do intestino foi perdida em todas as espécies, exceto na maioria das primitivas. A área superficial é maior devido a um aumento do comprimento do intestino e cecos pilóricos. A maioria das espécies é ovípara e a fecundação é externa. Em algumas espécies vivíparas, nas quais a fecundação é interna, o órgão copulador do macho é uma parte modificada da nadadeira retal. Os peixes estão bem adaptados à vida aquática. Eles são aerodinâmicos. Seu esqueleto nãoé tão pesado como o dos vertebrados terrestres. Os músculos segmentados e a cauda proporcionam o impulso para a locomoção e as nadadeiras, a estabilidade e a habilidade de manobras A estrutura dos órgãos dos sentidos permite a detecção de mudanças ocorridas na água. Seu coração bombeia apenas sangue venoso através das brânquias. Uma língua muscular está ausente. Os peixes mais primitivos, que surgiram antes do período Cambriano superior, eram ostracodermos possuidores de armaduras resistentes e pertencentes à classe. Agnatha. A maioria era dulcicola e alimentava-se de sedimento com a boca sem mandíbulas. Eles não apresentavam nadadeiras pares bem desenvolvidas e não eram peixes muito ativos Os únicos vertebrados agnatos ainda existentes são as lampréias e peixes-bruxa da ordem Ciclostomata. Eles também não possuem mandíbulas nem apêndices pares. As mandíbulas, que surgiram primeiro nos acantódios, evoluíram de um arco visceral alargado, o arco mandibular. Ossos dérmicos podem unir-se ao arco mandibular. Os acantódios possuíam mais de dois aparelhos de apêndices pares, que eram sustentados por espinhos. Os placodermos são uma classe de peixes primitivos extintos, muitos dos quais possuíam mandíbulas semelhantes a machadinhas. Os peixes cartilaginosos da classe Chondrichthyes caracterizam-se por possuir pequenas escamas placóides, esqueleto sem osso, ausência de pulmões ou bexiga natatória, cauda heterocerca, intestino com válvula espiral e um clásper pélvico nos machos. A fecundação é interna. Eles podem ser ovíparos ou incubar os jovens internamente, com dependência variável de vitelo ou material nutritivo. Nos tubarões e raias da subclasse Elasmobranchii, cada bolsa branquial abre-se independentemente na superfície corporal. As quimeras da subclasse Holocephali possuem uma dobra opercular que recobre as bolsas branquiais Os tubarões são predadores: as raias são achatadas, vivendo no fundo do mar, onde alimentam-se de moluscos e crustáceos. Peixe Cartilaginoso: Tubarão A maioria dos peixes atuais é óssea e pertence à ciasse Osteichthyes. As escamas ósseas continuam na maioria dos casos. O esqueleto interno é, em parte ou quase totalmente, ossificado. Pulmões ou uma bexiga natatória estão presentes. A cauda em geral, é homocerca. A válvula espiral foi perdida na maioria das espécies e cecos pilóricos estão presentes. As brânquias são revestidas por um opérculo. A fecundação é externa e o desenvolvimento é ovíparo na maioria. 0s peixes ósseos ancestrais viviam em água doce sujeitos a estagnação sazonal e seca. 0s pulmões provavelmente evoluíram como um órgão de respiração acessório. 0s peixes pulmonados que permaneceram dulcícolas continuam a ter pulmões. Outros tornaram-se marinhos e os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória hidrostática. Muitos desses peixes voltaram à água doce e não perderam a bexiga natatória. A classe Osteichthyes está dividida em três subclasses. Os Acanthodii, um grupo extinto, apresentava nadadeiras pares com uma base larga, sustentadas por espinhos simples. Os Actinopterygii (percas e espécies assemelhadas) tem nadadeiras pares em forma de abano sustentadas por raios moles. Os Sarcopterygii (peixes pulmonados e crossopterígios) possuem nadadeiras pares lobuladas, sustentadas por um eixo central, carnoso e ósseo. A subclasse Actinopterygii está dividida em três infraclasses: Chondrostei, representada por algumas espécies consideradas relíquias (Polypterus e Acipeonser); Holostei, também representada por algumas espécies relíquias (Lepisosteus e Amia), e Teleostei, que inclui a maioria das espécies atuais. Durante a evolução dos condóstreos mais primitivos para teleósteos, os pulmões transformaram-se numa bexiga natatória, a cauda heterocerca tornou-se homocerca e as escamas ganóides modificaram-se para ciclóides. Os teleósteos, durante o curso de sua evolução, tornaram-se mais hábeis; a nadadeira original única dividiu-se; as nadadeiras pélvicas deslocaram-se para a frente; espinhos desenvolveram-se na maioria das nadadeiras; as escamas mudaram de ciclóide para ctenóide e estenderam-se pelo opérculo e cabeça; a bexiga natatória perdeu a conexão com o trato digestivo e a boca tornou-se bastante protrátil. Os teleósteos sofreram uma enorme adversidade adaptativa. Os sarcopterígios são agrupados em duas ordens. Os Dipnoi (peixes pulmonados) possuem o esqueleto ossificado e placas dentárias para esmagar o alimento, constituído de crustáceos e moluscos; três espécies sobrevivem atualmente nas áreas tropicais da América do Sul, África e Austrália. Os crossopterígios têm um esqueleto bastante forte e muitos dentes cônicos. A maioria está extinta, mas o celacanto marinho ainda sobrevive. Os vertebrados terrestres evoluíram a partir dos crossopterígios primitivos dulcícolas. Fonte: www.geocities.com Classe Osteichthyes . Formam a maior classe de vertebrados, com cerca de 23.800 espécies conhecidas, distribuídas em 56 ordens, 483 famílias e aproximadamente 4200 gêneros (Weitzman, 1995). Vivem em praticamente todos os habitats aquáticos do planeta, desde lagos de altitude às cavernas inundadas, riachos de montanha a rios de planície, pântanos, lagoas temporárias, oceanos, regiões polares e fontes térmicas de desertos. Portanto, estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a maioria dos peixes seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC). Seus fósseis são mais antigos que os dos peixes cartilaginosos. São craniados com maxilas e a maioria apresenta nadadeiras pares e ímpares e tem endoesqueleto e esqueleto dérmico ósseos. O esqueleto ósseo é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam apresentar "ossos" cartilaginosos (esturjão, por exemplo), com numerosas vértebras distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços intervertebrais. Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica). Possuem nadadeiras pares e ímpares, geralmente com raios ósseos ou cartilaginosos. A nadadeira caudal tem, normalmente, dois lobos simétricos, sendo classificada como homocerca. As barbatanas (nadadeiras) ímpares são duas dorsais e uma retal, bem como a caudal. A forma da barbatana caudal altera a forma de deslocamento do animal: barbatanas arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes velocidades. A barbatana dorsal tem suporte esquelético e varia grandemente de forma, de acordo com os hábitos do animal. As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do opérculo, e as pélvicas. São várias as funções das barbatanas: a da cauda impulsiona o peixe; retal e a dorsal funcionam como leme; as peitorais e ventrais atuam como estabilizadores. As escamas são mesodérmicas (ciclóides, ctenóides ou ganóides). Pele recobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção facilita o deslizar através da água e protege contra infecções. Escamas Algumas espécies não apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte. As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das escamas estão cobertas por uma fina camada de pele. Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em cada espécie, esta é uma importante característica sistemática desta classe. O Belennius sp. é um peixe sem escamas com corpo arredondado, e tem a capacidade de aguentar algum tempo fora de água porque os opérculos permanecem fechados nessa situação, mantendo as brânquias úmidas. A boca dos Osteichthyes é terminal e frontal e possuem, de cada lado da cabeça, uma só fenda branquial externa, situadaatrás do opérculo, placa óssea móvel de acordo com o teor de CO2 na circulação, que a reveste. Têm maxilas, geralmente com muitos dentes. Osteichthyes Possuem um encéfalo e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente: Os Olhos são grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objetos próximos mas que percebem movimentos distantes, incluindo os acima da superfície da água; Os Ouvidos apresentam três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores); As Narinas estão localizadas na parte dorsal do focinho e comunicam-se com uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água; A Linha lateral está localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se encontram mecanorreceptores. Registra as vibrações na águas que os rodeia. Este sistema é constituído por um canal cheio de muco e por células sensoriais. É situado sob a pele dos dois lados do corpo. Os peixes respiram por intermédio de brânquias, que são uma série de lâminas cutâneas finas dispostas em fileiras sustentadas por arcos ósseos ou cartilaginosos. São altamente irrigadas, sendo o local onde ocorrem às trocas gasosas. Depois de oxigenado o sangue passa para uma artéria que o distribui para o resto do corpo. O sangue venoso volta ao coração, que nos peixes é um órgão simples com apenas um ventrículo e uma aurícula. O coração vai bombear o sangue de volta para as brânquias onde a troca gasosa é novamente realizada. Circulação nos Peixes É simples tecidos > coração > brânquias > tecidos. É completa: pelo coração somente passa um tipo de sangue, venoso, dos tecidos do corpo e rico em gás carbônico. Nos peixes, o aparelho digestivo é composto por boca, faringe, esôfago, estômago (com cecos pilóricos) e intestino. Ainda encontramos o fígado. A boca grande é terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas, onde estão implantados dentes cônicos e finos. Existem outros dentes, localizados nos primeiros arcos branquiais, úteis para prender e triturar o alimento. Na boca existe uma pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos movimentos respiratórios. Os rins são muito primitivos, constituídos por uma série de canais excretores e vasos sangüíneos situados ao longo da espinha dorsal. A maioria das espécies possui um órgão com função hidrostática, a bexiga natatória, que permite modificar a capacidade de flutuação e adaptar-se à profundidade em que se encontra. Assim, podem elevar-se ou submergir na água adicionando gases à bexiga natatória ou expulsando-os através da corrente sanguínea. Ela é um grande saco de paredes finas e irrigadas, que ocupa a zona dorsal da cavidade do corpo. Esta cavidade está preenchida com gases (O2, N2, CO2), atuando como um órgão hidrostático, ajustando o peso do corpo do peixe consoante a profundidade. O ajuste faz-se por secreção ou absorção dos gases para o sangue. A bexiga natatória pode ajudar na respiração (peixes pulmonados) ou como caixa de ressonância de órgãos dos sentidos ou produção de sons. Grupos ancestrais apresentam originalmente pulmões Reprodução com sexos separados, dióicos, gônadas geralmente pares, grande maioria ovíparos com fecundação externa. Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com quantidade de vitelo muito variável. Várias espécies migram (tanto de água salgada para doce, como os salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar. O desenvolvimento é indireto com larvas denominadas alevinos. Em geral, são bem menores que os peixes cartilaginosos (um tubarão-baleia tem em média 15 m de comprimento, uma jamanta 5m de comprimento por 6 m de largura). Entre os maiores peixes ósseos estão o espadarte, com até 5 m, o peixe-lua, com no máximo 4 m, e o esturjão, com 3 m. O menor peixe ósseo é um gobiídeo (Pandaka), das Filipinas, de apenas 10 mm. Impressiona ainda o peso do peixe lua (Mola) que ocorre, até pelo menos, Torres (RS) com 900 Kg. Resumindo, o tamanho varia de 1 cm a 5 m (maioria entre 3 e 30 cm). Maioria das espécies é marinha (cerca de 60%), mas numerosas espécies vivem em água doce. * O nome científico do cavalo marinho é Hippocampus hippocampus da classe dos Osteichthyes da ordem dos Gasterosteiformes e da família Syngnathidae. O nome deste peixe vem da semelhança de sua cabeça com a do cavalo. Tudo nele é estranho. Nada com o corpo em posição vertical e a cabeça para frente, movimentando-se pela vibração das barbatanas dorsais. A cauda, longa e preênsil, permite-lhe agarrar-se às plantas submarinas enquanto come pequenos crustáceos. Vive nos fundos aquáticos, arenosos ou ludosos, em profundidades que variam de 8 a 45 metros. Seu habitat preferido são os campos de algas. É o macho que fica ''grávido": a fêmea deposita os óvulos numa bolsa da região ventral; ali eles são fecundados e depois incubados durante dois meses. O cavalo-marinho tem cerca de 15centímetros de comprimento. O tronco e a cauda são recobertos por anéis. A cabeça é separada do tronco por uma espécie de ''pescoço''. Cavalos Marinhos Fonte: www.marcobueno.net Classe Osteichthyes Os peixes ósseos (gr. osteon, osso + ichthys, peixe) são estruturalmente notáveis pelo esqueleto ósseo, finas e flexíveis escamas, mandíbulas complexas, bexiga natatória e pela estrutura encefálica, diversificados em cerca de 30.000 espécies, reunidas em 42 ordens, algumas fósseis e outras com poucos representantes atuais. Os peixes ósseos são os mais variados e comuns, vivendo tanto em água doce com em água salgada ou salobra, quente ou nas águas geladas dos pólos. Seus representantes mais procurados são o lambari, a traíra, o trairão, o robalo, os jundiás, a corvina, o papa-terra e o tucunaré, entre outros tantos. Characiformes Ex.: Piranha Clupeiformes Ex.: Sardinha verdadeira Cypriniformes Ex.: Carpas Osteoglossiformes Ex.: Pirarucu Siluriformes Ex.: Piramutaba, Pintado ou Surubim-pintado Fonte: www.ambientebrasil.com.br Parte inferior do formulário