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Erro de tipo: ocorre quando o equívoco recai sobre a situação fática prevista como elemento constitutivo do tipo legal do crime. Essencial, Invencível, Escusável: o agente não consegue evitar o resultado, exclui dolo e culpa. Ex; o caçador atira no arbusto para matar uma fera, mas sem querer mata seu amigo que estava zuando. Evitável, Vencível, Inescusável: o agente poderia evitar o resultado se tivesse tomado cautela, exclui o dolo, mas permanece a culpa. Ex; o caçador que precisa de óculos, mas não utiliza. Acidental Erro sobre objeto (Erro in objecto): o agente imagina atingir um objeto, mas atingi outo bem. Ex o autor quer furta um DVD, mas sem saber furta uma pasta de joia (R P VONT) Erro sobre pessoa (Erro in persona): o agente visa acerta uma pessoa, mas atingi outra pessoa. A confusão sobre a vítima. Erro na execução (Aberratio ictus Art 73 CP): o agente visa acerta uma pessoa, mas por má pontaria atinge pessoa diversa. NÂO a confusão sobre a vítima. Resultado diverso do pretendido (Aberratio criminis Art 74 CP): o agente quer atingir um bem jurídico, mas atinge outro de natureza diversa. Ex; atira uma pedra na vidraça, mas por erro de pontaria atingi uma pessoa. Responde modalidade culposa. Erro sobre o nexo causal: quando o agente imagina já ter consumado o crime e realiza nova conduta que venha ser causa de consumação. Ex; o marido da 17 facada na vítima e depois passa por cima e em seguida enterra a vítima. A perícia criminal constata q o atropelamento não gerou fratura as facada seria incapaz de levar a vítima a óbito, então a morte acorreu por asfixia em razão do sepultamento. Iter criminis: é o caminho do crime, cogitação NÃO é punível. Atos preparatório: o agente adquiri os acessórios para pratica do crime NÃO é punível, exceto se o acessório for algo ilícito. Atos de execução: quando o agente inicia o crime, é punível pela consumação ou tentativa. Exaurimento: é a fase após a consumação do crime. Há divergência se essa fase existe. OBS: iter criminis é especifico para crimes dolosos. Tentativa de consumação: (Art 14 II CP) considere tentado crime quando o agente inicia a execução, mas não consegue consuma-lo. Classificação de tentativa Tentativa imperfeita ou inacabada: quando o agente não pratica todos atos de execução. Ex; uma pessoa querendo matar a vítima efetua um disparo, mas é interrompido de efetuar outro disparo. Tentativa perfeita ou acabada: o agente pratica todos atos executórios, mas não consegue executar o crime. Ex; sujeito descarregar uma arma contra a vítima, mas não consegue atingir de forma fatal. Quanto o resultado Tentativa branca: quando o agente efetua o disparo, mas NÃO atingi o corpo da vítima. Tentativa cruenta: quando o disparo atingi o corpo da vítima. Quanto à possibilidade de alcançar a consumação Tentativa idônea: quando o sujeito pode alcançar a consumação, mas não por circunstância alheia a sua vontade. Tentativa inidônea: o sujeito inicia o crime, mas a consumação é impossível. Infração Penal que não admite tentativa Crime tentado: na modalidade culposa. Preterdoloso: é composto por dolo na conduta e culpa no resultado, em razão da culpa na admiti tentativa. Contravenção penal: Art 4 lei de contravenções penais. Não é possível a tentativa. Crime de atentado: a tentativa é punida da mesma forma que a consumação. Crime habitual: havendo a conduta o crime será consumado (prostituição). Crime omissivo próprios: se o sujeito se omite o crime está consumado. Desistência voluntaria e Arrependimento eficaz Desistência voluntaria: durante a pratica dos atos de execução, o agente desisti voluntariamente de prosseguir. Respondera pelos atos até então praticados. Obs: a desistência tem que ser voluntaria e não espontânea. Arrependimento eficaz: (Art 15 CP) é quando se esgota todos os meios para chegar a consumação, mas o agente se arrependi e atua em sentido contrário do delito, evitando a produção do resultado inicialmente pretendido.Ex João joga Pedro no rio querendo causar a morte por afogamento, João arrependido volta e salva Pedro. Obs 1: arrependimento eficaz e desistência voluntaria tem excludente em tipicidade em relação ao crime que desejava praticar. Obs 2: diferença entre desistência e arrependimento. Desistência o agente ainda está praticando atos de execução. Arrependimento o agente esgota todas as possibilidade para alcançar o resultado. Arrependimento posterior: Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços (Art. 16 CP). Ainda que se encerre a conclusão do inquérito é possível o autor reparar o dano. Obs: pode ser aplicado aos crimes culposos (Item 15 da exposição dos motivos da nova parte geral do CP). Crime impossível: Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime (Art. 17 CP) Crime impossível ocorre quando o autor não pode chegar a consumação do delito Ineficácia absoluta do meio: é a escolha de execução que nunca levara o crime de consumação. Ex: usar uma arma de brinquedo para matar alguém. Impropriedade absoluta do objeto: ocorre quando a conduta do agente não é capaz provocar qualquer resultado lesivo à vítima. Ex matar um cadáver. Teoria objetiva temperada: só há crime impossível quando tem ineficácia do meio ou a impropriedade do objeto for absoluta (o agente respondera por tentativa). Antijuricidade/Ilicitude: tudo que vai contra o ordenamento jurídico. Causas supralegais: não são limitadas, é fundadas por analogia para beneficiar o reu são decorrente de doutrina e jurisprudência. Excludentes legais de ilicitude: Art 23 CP Estado de necessidade A: Perigo atual é a agressão que ocorre no exato momento Quando ao perigo eminente há dois entendimentos. 1º o requisito de estado de necessidade é apenas perigo atual, pois foi a vontade do legislador. 2º há bom senso e por isso deve ser autorizado o estado de necessidade (entendimento majoritário). B: o perigo deve ameaçar direito próprio ou alheio. C: o perigo não pode ser causado pelo agente. D: inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. Requisitos ligados a conduta do agente A: inevitabilidade da conduta: a lesão ao bem alheio deve ser absolutamente inevitável. B: Razoabilidade do sacrifico: refere se ao bem jurídico que vai ser sacrificado. C: Conhecimento justificante: o agente deve saber que está agindo em estado de necessidade. Quanto a titularidade: refere se a pessoa que será beneficiada com a excludente. Quanto ao elemento subjetivo do agente: desrespeita a existência ou não da situação de perigo. Estado de necessidade real: situação de perigo existente. Estado de necessidade putativo: situação de perigo apenas na imaginação Estado de necessidade agressivos: é o bem jurídico sacrificado que pertence a pessoa que deu a causa de perigo. Estado de necessidade defensivo: ocorre quando o bem jurídico sacrificado pertence a terceiro inocentes. Legitima defesa: o uso de meios moderados para repelir agressão a direito próprio ou alheio. A: a agressão deve ser injusta B: a agressão deve ser atual ou eminente C: uso de meios necessários e moderados D: ter consciência que está agindo em legitima defesa Legitima defesa da honra: acorre em caso de infidelidade, atualmente os tribunais não aceitam essa teoria. Exercício regular do direito: todos que exerce um direito assegurado por lei, não pratica ato ilícito. Ex: possuir um imóvel, boxeador e etc. Estrito cumprimento do dever legal: a própria lei obriga o agente público realizar a conduta, dando lhe o poder para pratica do fato típico. Ex; o policial que tem o dever de prender criminosos em flagrantes. Culpabilidade: é a reprovação da conduta do agente. Requisito imputabilidade: trata se da capacidade mental do agente. Causas legais de exclusão da culpabilidade Doença mental,desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Requisitos para essa excludente. 1 Biológico; é a causa originaria da incapacidade. 2 Psicológico; é o efeito gerado pela causa. 3 Temporal: os efeitos da causa deve ter ocorrido no momento da conduta. Embriagues completa e voluntaria: caso de intoxicação provocado por consumo de álcool. Existem 3 estágios; excitação, depressão e letargia. Dependência ou intoxicação decorrente do consumo de drogas ilícitas Menoridade penal: os menos de 18 anos são inimputáveis. Potencial consciência da ilicitude: o indivíduo precisa ter consciência se a sua conduta é ilícita. Esta excludente está ligada a cultura. OBS: os costume não revoga a norma, mas auxilia na interpretação. Erro de proibição: o agente tem consciência sobre a situação, mas desconhece a sua ilicitude. Exigibilidade de conduta diversa: para dizer se o agente teve uma conduta reprovável é preciso saber se na situação havia uma segunda opção (conduta diversa) A: coação moral; o agente pratica um delito sob ameça de sofre um mal grave e injusto. A coação deve ser irresistível. B: obediência hierarquia; quando alguém cumpre a ordem de autoridade superior revestida de caráter criminoso. Emoção e Paixão (Art 28 CP) emoção e paixão não isenta a pena, mas serve para reduzir a pena. Concurso de Pessoas (concurso de agentes): ocorre quando o delito é cometido por duas ou mais pessoas. Requisitos A: Pluralidade de conduta; é o primeiro requisito do CP, exige mais de uma conduta para que haja concurso de pessoas. B: Relevância casual das condutas; a conduta tem que ser relevante para pratica do crime. C: Liame subjetivo; o agente deve estar ciente que está colaborando para pratica de um crime. D: Identidade de crimes para todos os envolvidos; havendo presença dos requisitos anteriores, os agentes responderão pelo mesmo crime. Teorias adotas pelo CP Pluralista: a quantidade de crimes refere se a quantidade de pessoas envolvidas. Ex; havendo 10 autores e 10 coautores =, haveriam dez crimes diferentes. Dualista: diz que há diferença entre os crimes praticados pelo autores, dos crime praticado pelos participes. Monista ou Unitária (Art 29 CP): as penas são aplicadas conforme a culpabilidade de cada indivíduo. OBS: para Luiz Regis Prado o CP adotou a teoria monista. Modalidades de concurso de pessoas Coautoria: duas pessoas ou mais pratica conjuntamente a conduta criminosa. Ex; duas pessoa desfere golpes de faca e obtém o resultado de morte de determinada pessoa. Participe: ele não atua diretamente, mas de alguma forma contribui para o resultado. Participação moral: aonde o participe incentiva outra pessoa cometer o crime. Participação material: o participe fornece meio para que o autor cometa o crime. Ex o participe empresta uma arma para o autor matar alguém