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BIODIVERSIDADE BRASILEIRA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO DISCIPLINA: PRÁT. CURRICULAR: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADEBIODIVERSIDADE PROFESSOR: FRANCISCO S. BASTOS COELHO NETO OUTUBRO/2017 BIODIVERSIDADE BRASILEIRA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO DISCIPLINA: PRÁT. CURRICULAR: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADEBIODIVERSIDADE PROFESSOR: FRANCISCO S. BASTOS BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRABIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA Formações herbáceas e arbustivas Bioma: CAATINGA (Caatinga (do tupi: caa(mata). + finga (branca) = mata branca, aberta) Clima: semiárido (seco durante todo o ano) Localização: grande parte do sertão nordestino BIODIVERSIDADE BRASILEIRA �Vegetação rica e diversificada : � Gramíneas � Vegetais rasteiros que servem de alimento para o gado � Árvores frutíferas: umbu, murici e marmeleiro � Cactáceas: plantas espinhentas BIODIVERSIDADE BRASILEIRA Cactáceas: � Espinhos protegem contra animais predadores � Plantas xerófilas: xero em grego significa seco, secura. Conseguem viver com pouca água � Possuem raízes muito próximas a superfície do solo – absorvem ao máximo a água das chuvas que armazenam nos seus caules grossosque armazenam nos seus caules grossos BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isso significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil. • Essa posição única entre os biomas brasileiros não foi suficiente para garantir à Caatinga o destaque que merece. • Ao contrário, esta tem sido sempre colocada em segundo plano quando se discutem políticas para o estudo e a conservação da biodiversidade do país. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Alguns mitos foram criados em torno da biodiversidade da Caatinga e três deles são comumente mencionados: � (a) é homogênea; � (b) sua biota é pobre em espécies e em endemismos; � (c) está ainda pouco alterada. • Esses três mitos podem agora ser considerados superados, pois a Caatinga não é homogênea; é sim extremamente pois a Caatinga não é homogênea; é sim extremamente heterogênea e inclui pelo menos uma centena de diferentes tipos de paisagens únicas. • A biota da Caatinga não é pobre em espécies e em endemismos, pois, apesar de ser ainda muito mal conhecida, é mais diversa que qualquer outro bioma no mundo, o qual esteja exposto às mesmas condições de clima e de solo. Enfim, a Caatinga não é pouco alterada; está entre os biomas brasileiros mais degradados pelo homem. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A vegetação do bioma é extremamente diversificada, incluindo, além das caatingas, vários outros ambientes associados. • São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos habitats semi-áridos. Tal situação pode explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma. • Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas. • Endemismos são também encontrados em outros níveis taxonômicos, pois 20 gêneros de plantas são apenas conhecidos na Caatinga. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Merecem destaque as lagoas ou as áreas úmidas temporárias, nas terras mais baixas, que constituem um conjunto de habitats frágeis caracterizados por inúmeras espécies raras e endêmicas e os refúgios montanhosos, de formações rochosas, isolados no bioma. • Os enclaves de caatinga existentes fora do Nordeste têm, • Os enclaves de caatinga existentes fora do Nordeste têm, provavelmente, grande importância científica, mas requerem informações; nesse conjunto, destacam-se as áreas situadas em Minas Gerais. • A falta de conhecimento da flora do bioma refletiu-se no elevado número de áreas indicadas como insuficientemente conhecidas, mas de provável importância biológica. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O Sistema Brasileiro de classificação de solos define o solo da caatinga como raso rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica devido às características da região. • Ainda define esse solo como pedregoso, com fragmentos de rochas na superfície. •Por isso, dificilmente armazena as águas das chuvas. • Na caatinga os solos são variados, e suas colorações variam entre rosa-avermelhado até um tom cinzento. • Os afloramentos rochosos existentes se tornam uma característica comum na região, que associada com os solos rasos, propiciam as condições ideais para os cactos, que crescem nas pedras, em fissuras, ou em depressões onde há a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, como o húmus. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Apesar dessas características, ainda sim são usados em atividades como a criação de gado, corte da vegetação nativa para a produção de carvão vegetal, além das indústrias siderúrgicas e olarias e das lavouras e represas que contaminam os solos com agrotóxicos. • Todos esses fatores somados têm trago problemas. • Entre os principais estão a salinização do solo, e a • Entre os principais estão a salinização do solo, e a desertificação de 40 mil km² nos últimos 15 anos. • As técnicas de irrigação no vale do São Francisco tem sido desastrosas, pois com elas vem o calor, a falta de água e a falta de nutrientes. • Nesses locais, a agricultura já está impraticável. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A Salinização dos Solos • Salinidade do solo é o termo utilizado para se designar o processo de acúmulo de sais na camada superficial do solo, sendo estes prejudiciais para as culturas que nele crescem, tanto cultivadas como nativas. • O que pode levar a salinização de um solo são vários fatores ocorrendo em áreas úmidas ou semi-áridas, que tem como influencia o solo, e temperaturas da região. • Esses seriam os processos naturais, mas a salinização também pode ocorrer através das intervenções antrópicas. • No nordeste brasileiro, o fato tem transformado extensas áreas em um deserto de sal. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A Salinização dos Solos • Sendo o solo da caatinga raso e pedregoso, o clima muito quente, colaboram para o processo de salinização. • Mas as ações humanas têm influenciado negativamente com as práticas de manejo inadequado da água, desmatamento da vegetação original que deixa o solo exposto a altas temperaturas da região forçando a exposto a altas temperaturas da região forçando a transpiração do mesmo, monocultura e pecuária. • Um dos causadores da salinização na caatinga é a fertirrigação, conduzida maciçamente nos projetos de irrigação. • Essa tecnologia é um dos principais meios responsável pelas altas concentrações de sais em áreas irrigadas da região. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A Salinização dos Solos • As fertirrigações utilizadas cada vez mais em busca da maior produtividade das culturas exploradas nos perímetros irrigados da região semiárida contêm elevados teores de sais solúveis que gradativamente vão alterando o cenário dos Sertões. •O problema é que esses sais são levados pelos sistemas de drenagem dos projetos e descartados em rios, riachos e lagoas, onde provocam o surgimento dos processos de salinidade no perfil do solo da caatinga. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Hidrografia • Os rios que compõem a Caatinga brasileira são em sua maioria de planalto e intermitentes,ou seja, rios que secam em certos períodos do ano. • Na Caatinga, existem duas estações bem definidas, e por isso os rios ficam secos por longos períodos devido à isso os rios ficam secos por longos períodos devido à escassez de chuvas. • Em meio a tanta aridez, os rios São Francisco e Parnaíba surgem como fundamentais para a vida na Caatinga, por ser uma forma de sustenta da população além de fornecer os recursos hídricos para grande parte da população. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Hidrografia • Para contornar a aridez, os moradores da Caatinga constroem poços e açudes, e ainda sim, obtêm na maioria das vezes, água imprópria para o consumo. • O lençol freático é muito pobre, pois o solo da caatinga (cristalino) é pouco permeável. A água que cai na região (cristalino) é pouco permeável. A água que cai na região permanece na superfície e logo evapora devido à temperatura alta da região. • Mesmo com a pobreza do lençol freático da região, quando chove no início do ano, a paisagem se transforma totalmente. • Os rios da região saem das chapadas e percorrem extensas depressões até desembocarem no mar. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Clima árido e vegetação adaptada à falta de água. • Essa região é bastante árida devido à escassez de chuvas. • Seus rios permanecem secos a maior parte do ano, com exceção do rio São Francisco.exceção do rio São Francisco. • O clima é quente e os solos férteis, apesar de improdutivos pela falta de água. • Nesse ambiente, desenvolve-se uma vegetação adaptada à falta de água. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • As plantas apresentam raízes desenvolvidas, para poder retirar o máximo de água do solo; caules suculentos, que armazenam água, e folhas pequenas, muitas vezes muitas vezes transformadas em espinhos, que caem durante a seca (verão) para reduzir a perda de água por transpiração. • Predominam árvores e arbustos baixos e um grande número de cactáceas. • Entre as espécies encontradas na região destacam-se a barriguda, a catingueira, a umburana, o juazeiro e o mandacaru BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O relevo da caatinga apresenta duas formações dominantes, os planaltos e as grandes depressões, formados de fragmentos de rochas, muitas vezes de grandes dimensões. • As depressões são terrenos aplainados, normalmente mais baixos que as áreas em seu entorno. As maiores depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a do Meio Norte. • O planalto da Borborema é uma formação que varia em média entre 650 e 1000 metros. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O planalto da Borborema é uma grande barreira para as nuvens carregadas de umidade que vêm do oceano Atlântico em direção ao interior. • Quando essas nuvens encontram este “paredão”, elas se condensam, provocando chuvas nas regiões mais baixas do lado voltado para o oceano. • As nuvens não conseguem ultrapassar o planalto da Borborema. Isto dificulta a ocorrência de chuvas do lado oeste, que é marcado pela seca. • Este lado seco é o que faz parte do bioma caatinga. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA Esquema do efeito orográfico BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA � A vegetação do domínio apresenta três tipos de estratos diferentes: � Estrato arbóreo (De 8m a 12m de altura) � Estrato arbustivo (De 2m a 5m de altura) � Estrato Herbáceo (Abaixo de 2m de altura) • Além da característica Xerófita da região, a vegetação usa de outros artifícios para sobreviver às condições rigorosas de outros artifícios para sobreviver às condições rigorosas da caatinga: � A microfilia (folhas pequenas) � A presença de raízes tuberosas, que ficam mais próximas do solo, para facilitar a captação da água e de outros recursos minerais. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Todas essas adaptações da vegetação, como as folhas transformadas em espinhos e os caules suculentos, dão a essa vegetação a denominação de xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto). •Entre as principais espécies ameaçadas de extinção na região são: Aroeira, Mororó do Sertão e a Braúna.região são: Aroeira, Mororó do Sertão e a Braúna. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Quanto ainda resta da Caatinga? • Para responder a esta pergunta, a seguinte metodologia foi utilizada para identificar as áreas alteradas no bioma. � A Caatinga foi dividida em 4.384 quadrículas de 0,125 x 0,125 graus. � A partir do Mapa de Vegetação do Brasil, na escala � A partir do Mapa de Vegetação do Brasil, na escala 1:5.000.000 publicado pelo IBGE, todas as áreas classificadas como atividades agrícolas no bioma Caatinga foram selecionadas e consideradas como áreas alteradas. � A essas áreas foram acrescentadas aquelas sob influência da rede de estradas que existe na região, pois se sabe que as estradas alteram significativamente a paisagem de determinada região. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Não há dúvida alguma de que a Caatinga é um dos biomas brasileiros mais alterados pelas atividades humanas. É nesta região que estão localizadas as maiores áreas brasileiras que passam hoje por processo de desertificação. • As causas das modificações são múltiplas e complexas, • As causas das modificações são múltiplas e complexas, variando desde a exploração de madeira para combustível até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas inapropriadas. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O MMA já informou que o total de caatinga desmatado no Brasil saltou de 43,38% em 2002 para 45,39% em 2008, o que significa que 16.576 km² de vegetação já foram extraídos. A área equivale a onze vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Entre 2002 e 2008, a taxa média de desmatamento foi de 2.763 km² por ano. • Segundo mapeamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a área da caatinga é de 826.411,23 km². A precisão na identificação dos desmatamentos foi de 98,4%. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Para o MMA, os números são "assustadores". “ • É muito. Isso tem de ser reduzido", disse o ministro do Meio Ambiente, na época, Carlos Minc. "Podemos dizer que equivale proporcionalmente à área desmatada na Amazônia, se considerarmos que a Amazônia é cinco vezes maior que a Caatinga".a Caatinga". • Os Estados que mais desmataram foram a Bahia e o Ceará. Juntos, eles desmataram quase 9.000 km² em seis anos. Em terceiro lugar veio o Piauí, com 2.586 km² no mesmo período. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Os resultados indicam que 68% da área da Caatinga está antropizada em algum grau. • As áreas extremamente antropizadas correspondem a 35,3% do bioma, as muito antropizadas a 13,7% e as pouco antropizadas a 19,4%. • As áreas não-antropizadas correspondem a 31,6% do bioma e estão distribuídas na forma de ilhas no interior do bioma.bioma. • As porcentagens apresentadas são possivelmente subestimadas, pois as áreas alteradas no mapa do IBGE foram identificadas na década de 1970 e de 1980. • De qualquer forma, é claro que grande parte da Caatinga necessita urgentemente de ações de restauração ambiental e que as opções para a criação de novas áreas de conservação em regiões pouco alteradas pelo homem são bastante limitadas. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Desertificação � Conforme define a Agenda 21, na Conferência Rio-92 (BRASIL, 2004), a desertificação é o processo de degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de diferentes fatores, dentre eles as variações climáticas e as atividades humanas, sendo que por "degradação da terra" se entende a degradaçãodos solos, da fauna e flora e da terra" se entende a degradação dos solos, da fauna e flora e dos recursos hídricos, com a consequente redução da qualidade de vida da população. � No Brasil, o Plano Nacional de Combate à Desertificação (PNCD), por meio da Resolução nº 238, instituída em 1997, considerou que grande parte das terras com níveis de susceptibilidade à desertificação de moderada a muito alta se encontra nas áreas semiáridas e subúmidas do Nordeste, o que corresponde a cerca de 181.000 km2, abrangendo, aproximadamente, 20% do semiárido nordestino. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Desertificação • De forma geral, as causas da desertificação no Nordeste não são diferentes daquelas normalmente encontradas em outras áreas do mundo. • Quase sempre se referem à exploração dos recursos naturais, a agricultura irrigada de forma insustentável (como por exemplo, a transposição do rio São Francisco), a práticas indevidas do uso do solo (superpastoreio e cultivo excessivo) e, sobretudo, a modelos de desenvolvimento regionais imediatistas. • O aumento da intensidade do uso do solo e a redução da cobertura vegetal nativa têm levado, em especial, à redução da sua fertilidade, o que demonstra a fragilidade desse ecossistema. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Desertificação • Atualmente esse problema vem se agravando graças às recentes secas que assolaram o Nordeste. • Na maior parte dessas áreas predominam solos rasos e uma cobertura vegetal esparsa de caatinga hiperxerófila. • Sob estas condições e nos locais onde os agroecossistemas são dependentes de chuva, a perda de solo por erosão é o principal fator que conduz as perdas das terras produtivas do semiárido. • Os fatores que envolvem a desertificação reduzem a capacidade produtiva da terra, diminuindo a produtividade agrícola e, portanto, impactando as populações. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Desertificação • O meio ambiente também é prejudicado com este processo. • A formação de desertos elimina a vida de milhares de espécies de animais e vegetais, pois modifica radicalmente o ecossistema da região afetada. • Os prejuízos sociais podem ser caracterizados pelas • Os prejuízos sociais podem ser caracterizados pelas importantes mudanças que a crescente perda da capacidade produtiva provoca nas unidades familiares. • As migrações desestruturam as famílias e impactam as zonas urbanas, que quase sempre não estão em condições de oferecer serviços às massas de migrantes que para lá se deslocam. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A população afetada caracteriza-se por alta vulnerabilidade, já que estão entre os mais pobres da região, e com índices de qualidade de vida muito abaixo da média nacional. • As principais consequências da desertificação são: � eliminação da cobertura vegetal; � redução da biodiversidade; � intensificação do processo erosivo; � intensificação do processo erosivo; � redução da disponibilidade e da qualidade dos recursos hídricos; � diminuição na fertilidade e produtividade do solo; � redução das terras agricultáveis; � redução da produção agrícola; � desenvolvimento de fluxos migratórios; � crescimento da pobreza; � aumento das doenças devido a falta de água potável e subnutrição. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A desertificação altera todo o ciclo do bioma: a fauna, a flora, a vegetação. • E com isso, surge outro problema crucial que afeta o homem do campo: a subsistência. •Sem animais para caçar e sem chão fértil para plantar, a •Sem animais para caçar e sem chão fértil para plantar, a comunidade rural acabará migrando de vez para a zona urbana. •De acordo com alguns geógrafos, esse fenômeno ainda não aconteceu pela nova forma de sustento da maioria das famílias pobres no Brasil: a Bolsa Família. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Relação Fauna x Flora • A flora da Caatinga tem por características a folhagem xerófila, com adaptações ao clima seco, como raízes tuberosas, folhas convertidas em espinhos para diminuir a evapotranspiração e o predatismo. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Já a fauna da Caatinga tem por característica a casca grossa para diminuir a transpiração e resistir a seca, hábitos noturnos que diminuem sua exposição ao rigor da região, e porte médio ou pequeno. • Por isso a fauna da Caatinga é basicamente composta de aves e peixes, mas também com vários mamíferos, répteis e anfíbios. • Pode não parecer, mas a fauna e a flora tem uma intrínseca • Pode não parecer, mas a fauna e a flora tem uma intrínseca relação na Caatinga. Como exemplo temos as adaptações da flora para evitar o predatismo, e as adaptações na dieta dos animais, que tem que se alimentar basicamente de frutas e animais pequenos. • Essa relação nos é dada com clareza no livro da escritora Gerda Nickel Maia, que relata com minúcia essa relação, apresentando aspectos que nos mostram como a fauna e a flora tem uma relação mútua e cíclica entre eles. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Reservas Particulares do Patrimônio Natural • O foco principal das estratégias para a conservação da biodiversidade é o criar áreas protegidas nas áreas conservadas de caatinga que ainda restam, as chamadas unidades de conservação. • Elas são espaços definidos para que a natureza em seu interior e todos os recursos que nela se encontram tenha garantias de proteção. • No quesito unidades de conservação, a caatinga é um dos biomas menos protegidos do país. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Reservas Particulares do Patrimônio Natural • Apenas 7,8% do território da Caatinga está protegido por unidades de conservação dos quais 1,3% por áreas de proteção integral; um número abaixo da meta nacional de 10%, conforme compromisso do Brasil como signatário da Convenção Internacional de Diversidade Biológica. • Isso mostra que maiores esforços de conservação precisam ser priorizados na Caatinga. • O setor privado tem contribuído para a conservação voluntária do bioma através da criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Reservas Particulares do Patrimônio Natural • As RPPN são áreas privadas, com compromisso perpétuo do proprietário de protegê-las, e cujo objetivo principal da área é conservar a diversidade biológica existente, sendo permitidas apenas pesquisa científica e visitação turística, recreativa e educacional. As unidades de conservação são uma medida para garantir a preservação das florestas nativas de caatinga. RPPN Francy Nunes e RPPN Serra das Almas BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Dispersão de sementes • Na natureza, a dispersão de sementes ocorre de várias maneiras, possibilitando assim a perpetuação de cada espécie. • Por outro lado, muitas espécies vegetais perderam a necessidade da dispersão natural de suas sementes por necessidade da dispersão natural de suas sementes por causa da ação do homem, que passou a cultivá-las realizando desta forma a propagação das mesmas. • Atualmente,são os animais frutívoros - aves, mamíferos e peixes - que comem a polpa dos frutos, engolem as sementes e devolvem-nas à terra por meio das fezes. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Dispersão de sementes • Assim, as sementes podem brotar e garantir a continuidade da espécie. • Cerca de 10% das plantas utilizam os fatores abióticos (chuvas, ventos e rios) na dispersão e 90% delas aproveitam os animais frutívoros. aproveitam os animais frutívoros. •A cooperação é essencial para que as plantas mantenham determinadas espécies de animais na região. • Os animais dependem das plantas para se alimentar, e elas deles para se reproduzir. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA Pássaros como a pega ou xexeu-da-bananeira e periquito vaqueiro ajudam na reprodução das plantas espalhando sementes pela caatinga. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Índices de Desenvolvimento • Estima-se que 28 milhões de brasileiros habitam o bioma Caatinga, das quais 38% vivem em áreas rurais. • A Caatinga abriga a população mais pobre do Nordeste e uma das mais pobres do Brasil. • Cerca de 51% da população nordestina ou 22,9 milhões de pessoas • Cerca de 51% da população nordestina ou 22,9 milhões de pessoas são pobres, comportando 42% da população pobre do Brasil. • Na maioria dos municípios a renda média per capita não excede meio salário mínimo. • Em apenas 4,6% dos municípios da região o IDH é igual ou superior a 0,5 e a taxa de analfabetismo para maiores de 15 anos é bastante elevada, sendo entre 40 e 60 % em quase todos os municípios. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Índices de Desenvolvimento • O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) avalia os países do mundo em três aspectos: PIB per capita, Nível de escolaridade e Expectativa de vida. • Os países são classificados em outras três categorias, conforme a sua nota, que é entre 0 e 1. � Baixo IDH (0 a 0,499)� Baixo IDH (0 a 0,499) � Médio (0,500 a 0,799) � Elevado (0,800 a 1,000) � IDH = Índice de Desenvolvimento Humano � Vida = Expectativa de vida � MAE = Média de anos de estudo � AEE = Anos esperados de escolaridade � PPC = Renda nacional bruta per capita ($) BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Índices de Desenvolvimento Posição País (IDH) Vida MAE AEE PPC $ 1 Noruega 0.955 81.3 12.6 17.5 48688 2 Austrália 0.938 82 12 19.6 34340 3 Estados Unidos 0.937 78.7 13.3 16.8 43480 4 Países Baixos 0.921 80.8 11.6 16.9 372824 Países Baixos 0.921 80.8 11.6 16.9 37282 5 Alemanha 0.92 80.6 12.2 16.4 35431 6 Nova Zelândia 0.919 80.8 12.5 19.7 24358 7 Irlanda 0.916 80.7 11.6 18.3 28671 7 Suécia 0.916 81.6 11.7 16 36143 9 Suíça 0.913 82.5 11 15.7 40527 10 Japão 0.912 83.6 11.6 15.3 32545 85 Brasil 0.73 73.8 7.2 14.2 10152 BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Movimentos Sociais • A seca e a miséria do sertão foram alguns dos fatores que propiciaram a existência de movimentos populares de resistência/revolta. • Os mais famosos e conhecidos são Canudos e o Cangaço. • O Cangaço surgiu entre o final do século XIX e começo do • O Cangaço surgiu entre o final do século XIX e começo do XX (início da República). • Os grupos de cangaceiros apareceram em função, principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Movimentos Sociais • O latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade a maioria da população. • Seus participantes eram nômades, não possuíam moradia fixa, e passavam pelas cidades realizando roubos, sequestros e muitas vezes assassinatos. • Por alguns eram vistos como justiceiros e por outros como bandidos, o fato é que tentavam compensar as desigualdades sociais enfrentadas de maneira violenta e com ‘’as próprias mãos’’. • A chamada Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou Insurreição de Canudos foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Movimentos Sociais • A Guerra de Canudos foi fruto da grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, da crença na salvação milagrosa e a exclusão econômica e social. • Motivos semelhantes ao do Cangaço, com exceção da crença no milagre.milagre. • Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando dos representantes do poder vigente, Canudos, nome dado à comunidade por seus opositores, se tornou uma ameaça ao interesse dos poderosos. • Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas militares. Somente na última expedição, que contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A exploração descontrolada: mineração • Devido ao crescimento populacional na região nordeste do país e ao fato de estar bastante próximo ao litoral, a caatinga já foi muito modificada pelo homem. • A devastação tem se acentuada nas últimas décadas. As perdas do bioma representam metade do que existia originalmente.originalmente. • O consumo mundial acelerado, impulsionado pela China e pelos países emergentes, inclusive o Brasil, dobra as descobertas de jazidas minerais no País, nos últimos dez anos. • Os preços dos metais estão quatro vezes maiores. É visível em toda a Bacia do São Francisco a abertura de exploração mineral. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A exploração descontrolada: mineração • O Complexo Minerário-Siderúrgico-Madeireiro não só domina o Alto São Francisco, como também é o principal eixo da economia de Minas Gerais. • O setor siderúrgico demanda enorme quantidade de energia e carbono, grande parte suprida pelo carvão vegetal. • Atualmente as siderúrgicas são abastecidas por carvão produzido nos Cerrados e Caatingas das Regiões do Norte de Minas, Bahia, Goiás e Mato Grosso. • A monocultura do eucalipto também abastece esse setor e 75,7% do carvão proveniente dessa atividade são produzidos em Minas Gerais. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A exploração descontrolada: mineração • A atividade mineradora vem causando enormes prejuízos à Bacia do São Francisco. • Na retirada do minério a vegetação é suprimida, os solos retirados, os lençóis freáticos rebaixados, causando poluição, erosão e assoreamento. • Há grande ocorrência de desmatamentos ilegais, em larga escala, sem qualquer licenciamento ambiental, comprometendo o cerrado brasileiro. • Aí atua o crime organizado, com falsificação de notas para habilitar o desmate, venda e transporte do carvão, gerando danos ambientais e prejuízos econômicos e tributários ao Estado. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A exploração descontrolada: mineração • A face ainda mais sombria, porém, é a exploração do trabalho infantil e escravo. •No Brasil, muitas siderúrgicas usam o carvão vegetal para a produção do aço. • Nesses termos, para cada tonelada de ferro produzida, são consumidos mais de 600 quilos de carvão vegetal – aproximadamente uma tonelada de árvores. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA •A Caatinga e o problema da exploração predatória • Segundo o Ministério do Meio Ambiente, devido ao uso inadequado do solo, à prática de extração dos recursos por parte da própria população, ao consumo de lenha nativa e a devastação de áreas para a criação agropecuária, grandes áreas da Caatinga já foram desertificadas. • O MMA estima que 46% do bioma já foi devastado. • O MMA estima que 46% do bioma já foi devastado. Estima-se também que 70% da caatinga já tenha sido alterado por conta do homem, e este é um dado preocupante. • "Falta planejamento no uso dos recursos naturais da caatinga. A população depende deles, mas semuso planejado, observa-se a repetição do círculo degradação do solo/pobreza", relatou o Dr. Marcelo Tabarelli, consultor do Grupo Boticário de Proteção à Natureza. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A Caatinga e o problema da exploração predatória • "As ações (oficiais) têm sido pontuais, falta uma política de desenvolvimento sustentável", lamentou. • Tabarelli ainda critica a falta de investimentos em pesquisas e de unidades de conservação integral na caatinga, que apesar de importantes para preservá-la, caatinga, que apesar de importantes para preservá-la, protegem apenas 1% do bioma. • Para Tabarelli, são prioridades da região criar novas unidades de conservação, promover o ecoturismo e melhorar as atividades produtivas, com agropecuária sustentável substituindo o extrativismo (exploração do solo sem reposição dos nutrientes). BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • A Caatinga e o problema da exploração predatória BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O Imbu • Embora a região semi-arida do nordeste tenha sofrido bastante com a seca que afetou a agricultura e a pecuária, a safra do imbuzeiro trouxe animo para os que fazer extrativismo da fruta. • Os pequenos agricultores processam vários produtos • Os pequenos agricultores processam vários produtos derivados do fruto como geleia, doces, sucos, compotas, etc. • Essa atividade gera renda e ocupação de mão de obra no meio rural nordestino. • Mesmo em anos de seca severa a colheita e venda do imbu é uma das principais fontes de renda para os pequenos agricultores. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • Caatingueira • O uso desta planta pelos agricultores é caracterizado pela extração da lenha para a produção de carvão vegetal e para construção, principalmente de apriscos. • A Caatingueira também é utilizada na medicina caseira para tratar casos de descontrole intestinal e processos para tratar casos de descontrole intestinal e processos inflamatórios. •Além de fornecer alimento para os animais, já que é uma das primeiras plantas a emitir brotação depois da seca. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA Imbu Caatingueira BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e as chuvas • Para o sertanejo que vive em plena caatinga, longe dos rios permanentes, o grande problema é mesmo a falta de água, nas estiagens prolongadas, ou o seu excesso, quando as chuvas são muito fortes. • Os rios pequenos, e até os de grande porte, que nascem no próprio sertão e atravessam a caatinga, secam no próprio sertão e atravessam a caatinga, secam completamente nos períodos em que não chove. • Quando as chuvas chegam, muito copiosas, esses rios se enchem quase repentinamente e transbordam, inundando plantações, casas, currais e povoados inteiros. • Quando a estiagem é prolongada, os pequenos poços ou cacimbas secam completamente. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e as chuvas • O sertanejo é então obrigado a caminhar muitos quilômetros à procura de água. • Suas histórias e suas lembranças giram em torno das grandes chuvas ou das secas muito prolongadas. • Sua memória, a perda de um filho, de seu rebanho, de sua plantação, está ligada sempre aos longos e calcinantes estios ou às borrascas e inundações avassaladoras. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e as chuvas • Ao ver adoecer e morrer o gado, ou mesmo os filhos, pela falta de água e comida, o sertanejo abandona suas terras, em busca de abrigo e trabalho na Zona da Mata Nordestina. • Nesse caso ele acaba retornando, logo que obtém notícias de que as chuvas chegaram.de que as chuvas chegaram. • A maioria dos que se aventuram em regiões mais distantes, nas grande cidades do Sudeste brasileiro, acaba tendo que ficar por ali mesmo, fora do seu ambiente. • Vivendo como estrangeiros, muitos nordestinos raramente se adaptam às novas condições de vida. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e o sertão • Se a caatinga é adaptada à seca, o sertanejo é um homem adaptado à caatinga. • O sertanejo consegue caminhar ou cavalgar com desembaraço, em meio aos espinheiros tortuosos dos mandacarus, à procura de água, da caça ou de uma mandacarus, à procura de água, da caça ou de uma novilha fugitiva. • Geralmente veste uma roupa de couro, que o protege dos acúleos afiados e, por vezes, venenosos, que o agridem, na sua rápida e silenciosa passagem. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e o sertão • Para cuidar do gado, ele corta em pequenos pedaços a palmatória ou o conduz aos barrancos de sal ou ao umbuzeiro distante, em busca de folhas verdes que contenham água. • A Palmatória ou Palma é uma espécie de cacto que solta • A Palmatória ou Palma é uma espécie de cacto que solta uma água pegajosa e amarga quando mastigada, mitigando a fome e a sede do boi, apesar de ferir-lhe os beiços com seus espinhos. • É no solo ressequido do sertão que o sertanejo cava suas cacimbas ou poços rasos para obter a água lamacenta com que satisfaz sua sede e cozinha seu alimento. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e o sertão • Desse solo ele também extrai o sal com que prepara sua comida, conserva a carne e alimenta o gado. • Esse sal, originário de antigos mares que outrora existiam na região e secaram há milhões de anos, está presente em quase todos os barrancos que margeiam os rios secos, constituindo, ao mesmo tempo, uma riqueza e um flagelo.constituindo, ao mesmo tempo, uma riqueza e um flagelo. • Muitos açudes, construídos por represamento para conservar água na época de seca, formam grandes e promissores lagos. • Mas, se a seca é muito intensa, o nível da água baixa, e o grau de salinidade vai ficando maior, até chegar ao ponto em que não serve mais para o consumo. BIODIVERSIDADE BRASILEIRA • O sertanejo e o sertão • Nos anos ruins, o que garante a sobrevivência do sertanejo é o gado. • No entanto, esse gado normalmente não lhe pertence. • Ele é apenas contratado pelo fazendeiro que, muitas • Ele é apenas contratado pelo fazendeiro que, muitas vezes, nem sequer conhece suas próprias terras. • Em troca desse serviço, recebe uma parte das crias que, depois de crescidas, vende ou mata para consumo. • O principal meio de transporte no sertão nordestino é o jegue: um pequeno burro, muito resistente à sede e à fome. 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