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Aula 6.2 biodiversidade Brasileira Caatinga

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BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO
DISCIPLINA: PRÁT. CURRICULAR: MEIO AMBIENTE E
BIODIVERSIDADEBIODIVERSIDADE
PROFESSOR: FRANCISCO S. BASTOS
COELHO NETO
OUTUBRO/2017
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE COELHO NETO
DISCIPLINA: PRÁT. CURRICULAR: MEIO AMBIENTE E
BIODIVERSIDADEBIODIVERSIDADE
PROFESSOR: FRANCISCO S. BASTOS
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
BIODIVERSIDADE BRASILEIRABIODIVERSIDADE BRASILEIRA
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
Formações herbáceas e 
arbustivas
Bioma: CAATINGA (Caatinga (do tupi: caa(mata). 
+ finga (branca) = mata branca, aberta)
Clima: semiárido (seco durante todo o ano)
Localização: grande parte do sertão nordestino
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�Vegetação rica e diversificada : 
� Gramíneas 
� Vegetais rasteiros que servem de alimento para o gado
� Árvores frutíferas: umbu, murici e marmeleiro
� Cactáceas: plantas espinhentas
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Cactáceas:
� Espinhos protegem contra animais predadores
� Plantas xerófilas: xero em grego significa seco, 
secura. Conseguem viver com pouca água
� Possuem raízes muito próximas a superfície do 
solo – absorvem ao máximo a água das chuvas 
que armazenam nos seus caules grossosque armazenam nos seus caules grossos
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
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• A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. 
Isso significa que grande parte do patrimônio biológico 
dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo 
além de no Nordeste do Brasil. 
• Essa posição única entre os biomas brasileiros não foi 
suficiente para garantir à Caatinga o destaque que merece.
• Ao contrário, esta tem sido sempre colocada em segundo 
plano quando se discutem políticas para o estudo e a 
conservação da biodiversidade do país.
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• Alguns mitos foram criados em torno da biodiversidade da 
Caatinga e três deles são comumente mencionados: 
� (a) é homogênea;
� (b) sua biota é pobre em espécies e em endemismos; 
� (c) está ainda pouco alterada. 
• Esses três mitos podem agora ser considerados superados, 
pois a Caatinga não é homogênea; é sim extremamente pois a Caatinga não é homogênea; é sim extremamente 
heterogênea e inclui pelo menos uma centena de diferentes 
tipos de paisagens únicas. 
• A biota da Caatinga não é pobre em espécies e em 
endemismos, pois, apesar de ser ainda muito mal conhecida, 
é mais diversa que qualquer outro bioma no mundo, o qual 
esteja exposto às mesmas condições de clima e de solo. 
Enfim, a Caatinga não é pouco alterada; está entre os biomas 
brasileiros mais degradados pelo homem.
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
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• A vegetação do bioma é extremamente diversificada, 
incluindo, além das caatingas, vários outros ambientes 
associados.
• São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que 
chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de 
adaptações aos habitats semi-áridos. Tal situação pode 
explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies 
vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma. 
• Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram 
registradas para a região, sendo 380 endêmicas. 
• Endemismos são também encontrados em outros níveis 
taxonômicos, pois 20 gêneros de plantas são apenas 
conhecidos na Caatinga.
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• Merecem destaque as lagoas ou as áreas úmidas 
temporárias, nas terras mais baixas, que constituem um 
conjunto de habitats frágeis caracterizados por inúmeras 
espécies raras e endêmicas e os refúgios montanhosos, de 
formações rochosas, isolados no bioma. 
• Os enclaves de caatinga existentes fora do Nordeste têm, • Os enclaves de caatinga existentes fora do Nordeste têm, 
provavelmente, grande importância científica, mas requerem 
informações; nesse conjunto, destacam-se as áreas situadas 
em Minas Gerais.
• A falta de conhecimento da flora do bioma refletiu-se no 
elevado número de áreas indicadas como insuficientemente 
conhecidas, mas de provável importância biológica.
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• O Sistema Brasileiro de classificação de solos define o solo 
da caatinga como raso rico em minerais, mas pobre em 
matéria orgânica devido às características da região. 
• Ainda define esse solo como pedregoso, com fragmentos 
de rochas na superfície. 
•Por isso, dificilmente armazena as águas das chuvas.
• Na caatinga os solos são variados, e suas colorações 
variam entre rosa-avermelhado até um tom cinzento.
• Os afloramentos rochosos existentes se tornam uma 
característica comum na região, que associada com os solos 
rasos, propiciam as condições ideais para os cactos, que 
crescem nas pedras, em fissuras, ou em depressões onde 
há a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, 
como o húmus.
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• Apesar dessas características, ainda sim são usados em 
atividades como a criação de gado, corte da vegetação 
nativa para a produção de carvão vegetal, além das 
indústrias siderúrgicas e olarias e das lavouras e represas 
que contaminam os solos com agrotóxicos.
• Todos esses fatores somados têm trago problemas.
• Entre os principais estão a salinização do solo, e a • Entre os principais estão a salinização do solo, e a 
desertificação de 40 mil km² nos últimos 15 anos. 
• As técnicas de irrigação no vale do São Francisco tem sido 
desastrosas, pois com elas vem o calor, a falta de água e a 
falta de nutrientes.
• Nesses locais, a agricultura já está impraticável.
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• A Salinização dos Solos
• Salinidade do solo é o termo utilizado para se designar o 
processo de acúmulo de sais na camada superficial do solo, 
sendo estes prejudiciais para as culturas que nele crescem, 
tanto cultivadas como nativas.
• O que pode levar a salinização de um solo são vários 
fatores ocorrendo em áreas úmidas ou semi-áridas, que tem 
como influencia o solo, e temperaturas da região.
• Esses seriam os processos naturais, mas a salinização 
também pode ocorrer através das intervenções antrópicas.
• No nordeste brasileiro, o fato tem transformado extensas 
áreas em um deserto de sal.
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• A Salinização dos Solos
• Sendo o solo da caatinga raso e pedregoso, o clima muito 
quente, colaboram para o processo de salinização.
• Mas as ações humanas têm influenciado negativamente 
com as práticas de manejo inadequado da água, 
desmatamento da vegetação original que deixa o solo 
exposto a altas temperaturas da região forçando a exposto a altas temperaturas da região forçando a 
transpiração do mesmo, monocultura e pecuária.
• Um dos causadores da salinização na caatinga é a 
fertirrigação, conduzida maciçamente nos projetos de 
irrigação.
• Essa tecnologia é um dos principais meios responsável 
pelas altas concentrações de sais em áreas irrigadas da 
região.
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• A Salinização dos Solos
• As fertirrigações utilizadas cada vez mais em busca da 
maior produtividade das culturas exploradas nos perímetros 
irrigados da região semiárida contêm elevados teores de 
sais solúveis que gradativamente vão alterando o cenário 
dos Sertões. 
•O problema é que esses sais são levados pelos sistemas 
de drenagem dos projetos e descartados em rios, riachos e 
lagoas, onde provocam o surgimento dos 
processos de salinidade no perfil do solo da caatinga.
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• Hidrografia
• Os rios que compõem a Caatinga brasileira são em sua 
maioria de planalto e intermitentes,ou seja, rios que secam 
em certos períodos do ano.
• Na Caatinga, existem duas estações bem definidas, e por 
isso os rios ficam secos por longos períodos devido à isso os rios ficam secos por longos períodos devido à 
escassez de chuvas.
• Em meio a tanta aridez, os rios São Francisco e Parnaíba 
surgem como fundamentais para a vida na Caatinga, por ser 
uma forma de sustenta da população além de fornecer os 
recursos hídricos para grande parte da população. 
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• Hidrografia
• Para contornar a aridez, os moradores da Caatinga 
constroem poços e açudes, e ainda sim, obtêm na maioria 
das vezes, água imprópria para o consumo.
• O lençol freático é muito pobre, pois o solo da caatinga 
(cristalino) é pouco permeável. A água que cai na região (cristalino) é pouco permeável. A água que cai na região 
permanece na superfície e logo evapora devido à 
temperatura alta da região.
• Mesmo com a pobreza do lençol freático da região, quando 
chove no início do ano, a paisagem se transforma 
totalmente. 
• Os rios da região saem das chapadas e percorrem 
extensas depressões até desembocarem no mar.
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• Clima árido e vegetação adaptada à falta de água.
• Essa região é bastante árida devido à escassez de 
chuvas.
• Seus rios permanecem secos a maior parte do ano, com 
exceção do rio São Francisco.exceção do rio São Francisco.
• O clima é quente e os solos férteis, apesar de 
improdutivos pela falta de água.
• Nesse ambiente, desenvolve-se uma vegetação 
adaptada à falta de água. 
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• As plantas apresentam raízes desenvolvidas, para poder 
retirar o máximo de água do solo; caules suculentos, que 
armazenam água, e folhas pequenas, muitas vezes 
muitas vezes transformadas em espinhos, que caem 
durante a seca (verão) para reduzir a perda de água por 
transpiração. 
• Predominam árvores e arbustos baixos e um grande 
número de cactáceas. 
• Entre as espécies encontradas na região destacam-se a 
barriguda, a catingueira, a umburana, o juazeiro e o 
mandacaru
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• O relevo da caatinga apresenta duas formações 
dominantes, os planaltos e as grandes depressões, 
formados de fragmentos de rochas, muitas vezes de 
grandes dimensões.
• As depressões são terrenos aplainados, normalmente mais 
baixos que as áreas em seu entorno. As maiores 
depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a 
do Meio Norte.
• O planalto da Borborema é uma formação que varia em 
média entre 650 e 1000 metros.
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• O planalto da Borborema é uma grande barreira para as 
nuvens carregadas de umidade que vêm do oceano 
Atlântico em direção ao interior.
• Quando essas nuvens encontram este “paredão”, elas se 
condensam, provocando chuvas nas regiões mais baixas do 
lado voltado para o oceano.
• As nuvens não conseguem ultrapassar o planalto da 
Borborema. Isto dificulta a ocorrência de chuvas do lado 
oeste, que é marcado pela seca.
• Este lado seco é o que faz parte do bioma caatinga.
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Esquema do efeito orográfico
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� A vegetação do domínio apresenta três tipos de estratos 
diferentes:
� Estrato arbóreo (De 8m a 12m de altura)
� Estrato arbustivo (De 2m a 5m de altura)
� Estrato Herbáceo (Abaixo de 2m de altura)
• Além da característica Xerófita da região, a vegetação usa 
de outros artifícios para sobreviver às condições rigorosas de outros artifícios para sobreviver às condições rigorosas 
da caatinga:
� A microfilia (folhas pequenas) 
� A presença de raízes tuberosas, que ficam mais próximas 
do solo, para facilitar a captação da água e de outros 
recursos minerais.
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• Todas essas adaptações da vegetação, como as folhas 
transformadas em espinhos e os caules suculentos, dão a 
essa vegetação a denominação de xeromorfismo (do grego 
xeros, seco, e morphos, forma, aspecto). 
•Entre as principais espécies ameaçadas de extinção na 
região são: Aroeira, Mororó do Sertão e a Braúna.região são: Aroeira, Mororó do Sertão e a Braúna.
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• Quanto ainda resta da Caatinga? 
• Para responder a esta pergunta, a seguinte metodologia foi 
utilizada para identificar as áreas alteradas no bioma. 
� A Caatinga foi dividida em 4.384 quadrículas de 0,125 x 
0,125 graus.
� A partir do Mapa de Vegetação do Brasil, na escala � A partir do Mapa de Vegetação do Brasil, na escala 
1:5.000.000 publicado pelo IBGE, todas as áreas 
classificadas como atividades agrícolas no bioma Caatinga 
foram selecionadas e consideradas como áreas alteradas. 
� A essas áreas foram acrescentadas aquelas sob 
influência da rede de estradas que existe na região, pois se 
sabe que as estradas alteram significativamente a paisagem 
de determinada região.
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• Não há dúvida alguma de que a Caatinga é um dos biomas 
brasileiros mais alterados pelas atividades humanas. É 
nesta região que estão localizadas as maiores áreas 
brasileiras que passam hoje por processo de desertificação.
• As causas das modificações são múltiplas e complexas, • As causas das modificações são múltiplas e complexas, 
variando desde a exploração de madeira para combustível 
até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas 
inapropriadas.
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• O MMA já informou que o total de caatinga desmatado no 
Brasil saltou de 43,38% em 2002 para 45,39% em 2008, o 
que significa que 16.576 km² de vegetação já foram 
extraídos. A área equivale a onze vezes o tamanho da 
cidade de São Paulo. Entre 2002 e 2008, a taxa média de 
desmatamento foi de 2.763 km² por ano.
• Segundo mapeamento do Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a 
área da caatinga é de 826.411,23 km². A precisão na 
identificação dos desmatamentos foi de 98,4%.
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• Para o MMA, os números são "assustadores". “
• É muito. Isso tem de ser reduzido", disse o ministro do 
Meio Ambiente, na época, Carlos Minc. "Podemos dizer que 
equivale proporcionalmente à área desmatada na Amazônia, 
se considerarmos que a Amazônia é cinco vezes maior que 
a Caatinga".a Caatinga".
• Os Estados que mais desmataram foram a Bahia e o 
Ceará. Juntos, eles desmataram quase 9.000 km² em seis 
anos. Em terceiro lugar veio o Piauí, com 2.586 km² no 
mesmo período.
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• Os resultados indicam que 68% da área da Caatinga está 
antropizada em algum grau.
• As áreas extremamente antropizadas correspondem a 
35,3% do bioma, as muito antropizadas a 13,7% e as pouco 
antropizadas a 19,4%. 
• As áreas não-antropizadas correspondem a 31,6% do 
bioma e estão distribuídas na forma de ilhas no interior do 
bioma.bioma.
• As porcentagens apresentadas são possivelmente 
subestimadas, pois as áreas alteradas no mapa do IBGE 
foram identificadas na década de 1970 e de 1980. 
• De qualquer forma, é claro que grande parte da Caatinga 
necessita urgentemente de ações de restauração ambiental 
e que as opções para a criação de novas áreas de 
conservação em regiões pouco alteradas pelo homem são 
bastante limitadas.
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• Desertificação
� Conforme define a Agenda 21, na Conferência Rio-92 
(BRASIL, 2004), a desertificação é o processo de degradação da 
terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, 
resultante de diferentes fatores, dentre eles as variações 
climáticas e as atividades humanas, sendo que por "degradação 
da terra" se entende a degradaçãodos solos, da fauna e flora e da terra" se entende a degradação dos solos, da fauna e flora e 
dos recursos hídricos, com a consequente redução da qualidade 
de vida da população.
� No Brasil, o Plano Nacional de Combate à Desertificação 
(PNCD), por meio da Resolução nº 238, instituída em 1997, 
considerou que grande parte das terras com níveis de 
susceptibilidade à desertificação de moderada a muito alta se 
encontra nas áreas semiáridas e subúmidas do Nordeste, o que 
corresponde a cerca de 181.000 km2, abrangendo, 
aproximadamente, 20% do semiárido nordestino.
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• Desertificação
• De forma geral, as causas da desertificação no Nordeste 
não são diferentes daquelas normalmente encontradas em 
outras áreas do mundo.
• Quase sempre se referem à exploração dos recursos 
naturais, a agricultura irrigada de forma insustentável (como 
por exemplo, a transposição do rio São Francisco), a práticas 
indevidas do uso do solo (superpastoreio e cultivo excessivo) 
e, sobretudo, a modelos de desenvolvimento regionais 
imediatistas.
• O aumento da intensidade do uso do solo e a redução da 
cobertura vegetal nativa têm levado, em especial, à redução 
da sua fertilidade, o que demonstra a fragilidade desse 
ecossistema.
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• Desertificação
• Atualmente esse problema vem se agravando graças às 
recentes secas que assolaram o Nordeste.
• Na maior parte dessas áreas predominam solos rasos e 
uma cobertura vegetal esparsa de caatinga hiperxerófila. 
• Sob estas condições e nos locais onde os 
agroecossistemas são dependentes de chuva, a perda de 
solo por erosão é o principal fator que conduz as perdas 
das terras produtivas do semiárido.
• Os fatores que envolvem a desertificação reduzem a 
capacidade produtiva da terra, diminuindo a produtividade 
agrícola e, portanto, impactando as populações.
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• Desertificação
• O meio ambiente também é prejudicado com este processo.
• A formação de desertos elimina a vida de milhares de 
espécies de animais e vegetais, pois modifica radicalmente o 
ecossistema da região afetada.
• Os prejuízos sociais podem ser caracterizados pelas • Os prejuízos sociais podem ser caracterizados pelas 
importantes mudanças que a crescente perda da capacidade 
produtiva provoca nas unidades familiares. 
• As migrações desestruturam as famílias e impactam as 
zonas urbanas, que quase sempre não estão em condições 
de oferecer serviços às massas de migrantes que para lá se 
deslocam. 
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• A população afetada caracteriza-se por alta vulnerabilidade, 
já que estão entre os mais pobres da região, e com índices 
de qualidade de vida muito abaixo da média nacional.
• As principais consequências da desertificação são: 
� eliminação da cobertura vegetal;
� redução da biodiversidade; 
� intensificação do processo erosivo; � intensificação do processo erosivo; 
� redução da disponibilidade e da qualidade dos recursos 
hídricos; 
� diminuição na fertilidade e produtividade do solo;
� redução das terras agricultáveis;
� redução da produção agrícola; 
� desenvolvimento de fluxos migratórios;
� crescimento da pobreza;
� aumento das doenças devido a falta de água potável e 
subnutrição.
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• A desertificação altera todo o ciclo do bioma: a fauna, a 
flora, a vegetação.
• E com isso, surge outro problema crucial que afeta o 
homem do campo: a subsistência. 
•Sem animais para caçar e sem chão fértil para plantar, a •Sem animais para caçar e sem chão fértil para plantar, a 
comunidade rural acabará migrando de vez para a zona 
urbana. 
•De acordo com alguns geógrafos, esse fenômeno ainda não 
aconteceu pela nova forma de sustento da maioria das 
famílias pobres no Brasil: a Bolsa Família.
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• Relação Fauna x Flora
• A flora da Caatinga tem por características a folhagem 
xerófila, com adaptações ao clima seco, como raízes 
tuberosas, folhas convertidas em espinhos para diminuir a 
evapotranspiração e o predatismo.
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• Já a fauna da Caatinga tem por característica a casca 
grossa para diminuir a transpiração e resistir a seca, hábitos 
noturnos que diminuem sua exposição ao rigor da região, e 
porte médio ou pequeno. 
• Por isso a fauna da Caatinga é basicamente composta de 
aves e peixes, mas também com vários mamíferos, répteis e 
anfíbios.
• Pode não parecer, mas a fauna e a flora tem uma intrínseca • Pode não parecer, mas a fauna e a flora tem uma intrínseca 
relação na Caatinga. Como exemplo temos as adaptações 
da flora para evitar o predatismo, e as adaptações na dieta 
dos animais, que tem que se alimentar basicamente de 
frutas e animais pequenos.
• Essa relação nos é dada com clareza no livro da escritora 
Gerda Nickel Maia, que relata com minúcia essa relação, 
apresentando aspectos que nos mostram como a fauna e a 
flora tem uma relação mútua e cíclica entre eles.
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• Reservas Particulares do Patrimônio Natural
• O foco principal das estratégias para a conservação da 
biodiversidade é o criar áreas protegidas nas áreas 
conservadas de caatinga que ainda restam, as chamadas 
unidades de conservação. 
• Elas são espaços definidos para que a natureza em seu 
interior e todos os recursos que nela se encontram tenha 
garantias de proteção.
• No quesito unidades de conservação, a caatinga é um dos 
biomas menos protegidos do país. 
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• Reservas Particulares do Patrimônio Natural
• Apenas 7,8% do território da Caatinga está protegido por 
unidades de conservação dos quais 1,3% por áreas de 
proteção integral; um número abaixo da meta nacional de 
10%, conforme compromisso do Brasil como signatário da 
Convenção Internacional de Diversidade Biológica. 
• Isso mostra que maiores esforços de conservação 
precisam ser priorizados na Caatinga.
• O setor privado tem contribuído para a conservação 
voluntária do bioma através da criação de Reservas 
Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).
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• Reservas Particulares do Patrimônio Natural
• As RPPN são áreas privadas, com compromisso perpétuo 
do proprietário de protegê-las, e cujo objetivo principal da 
área é conservar a diversidade biológica existente, sendo 
permitidas apenas pesquisa científica e visitação turística, 
recreativa e educacional.
As unidades de conservação são uma medida para garantir a preservação das 
florestas nativas de caatinga. RPPN Francy Nunes e RPPN Serra das Almas
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• Dispersão de sementes
• Na natureza, a dispersão de sementes ocorre de várias 
maneiras, possibilitando assim a perpetuação de cada 
espécie. 
• Por outro lado, muitas espécies vegetais perderam a 
necessidade da dispersão natural de suas sementes por necessidade da dispersão natural de suas sementes por 
causa da ação do homem, que passou a cultivá-las 
realizando desta forma a propagação das mesmas.
• Atualmente,são os animais frutívoros - aves, mamíferos e 
peixes - que comem a polpa dos frutos, engolem as 
sementes e devolvem-nas à terra por meio das fezes.
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• Dispersão de sementes
• Assim, as sementes podem brotar e garantir a 
continuidade da espécie.
• Cerca de 10% das plantas utilizam os fatores abióticos 
(chuvas, ventos e rios) na dispersão e 90% delas 
aproveitam os animais frutívoros. aproveitam os animais frutívoros. 
•A cooperação é essencial para que as plantas mantenham 
determinadas espécies de animais na região.
• Os animais dependem das plantas para se alimentar, e 
elas deles para se reproduzir.
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Pássaros como a pega ou xexeu-da-bananeira e periquito 
vaqueiro ajudam na reprodução das plantas espalhando 
sementes pela caatinga.
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• Índices de Desenvolvimento
• Estima-se que 28 milhões de brasileiros habitam o bioma Caatinga, das 
quais 38% vivem em áreas rurais.
• A Caatinga abriga a população mais pobre do Nordeste e uma das mais 
pobres do Brasil.
• Cerca de 51% da população nordestina ou 22,9 milhões de pessoas • Cerca de 51% da população nordestina ou 22,9 milhões de pessoas 
são pobres, comportando 42% da população pobre do Brasil.
• Na maioria dos municípios a renda média per capita não excede meio 
salário mínimo.
• Em apenas 4,6% dos municípios da região o IDH é igual ou superior a 
0,5 e a taxa de analfabetismo para maiores de 15 anos é bastante 
elevada, sendo entre 40 e 60 % em quase todos os municípios.
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• Índices de Desenvolvimento
• O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) avalia os 
países do mundo em três aspectos: PIB per capita, Nível de 
escolaridade e Expectativa de vida. 
• Os países são classificados em outras três categorias, 
conforme a sua nota, que é entre 0 e 1.
� Baixo IDH (0 a 0,499)� Baixo IDH (0 a 0,499)
� Médio (0,500 a 0,799)
� Elevado (0,800 a 1,000)
� IDH = Índice de Desenvolvimento Humano
� Vida = Expectativa de vida
� MAE = Média de anos de estudo
� AEE = Anos esperados de escolaridade
� PPC = Renda nacional bruta per capita ($)
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• Índices de Desenvolvimento
Posição País (IDH) Vida MAE AEE PPC $
1 Noruega 0.955 81.3 12.6 17.5 48688
2 Austrália 0.938 82 12 19.6 34340
3
Estados
Unidos 0.937 78.7 13.3 16.8 43480
4
Países
Baixos 0.921 80.8 11.6 16.9 372824
Países
Baixos 0.921 80.8 11.6 16.9 37282
5 Alemanha 0.92 80.6 12.2 16.4 35431
6
Nova
Zelândia 0.919 80.8 12.5 19.7 24358
7 Irlanda 0.916 80.7 11.6 18.3 28671
7 Suécia 0.916 81.6 11.7 16 36143
9 Suíça 0.913 82.5 11 15.7 40527
10 Japão 0.912 83.6 11.6 15.3 32545
85 Brasil 0.73 73.8 7.2 14.2 10152
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• Movimentos Sociais
• A seca e a miséria do sertão foram alguns dos fatores que 
propiciaram a existência de movimentos populares de 
resistência/revolta.
• Os mais famosos e conhecidos são Canudos e o Cangaço.
• O Cangaço surgiu entre o final do século XIX e começo do • O Cangaço surgiu entre o final do século XIX e começo do 
XX (início da República).
• Os grupos de cangaceiros apareceram em função, 
principalmente, das péssimas condições sociais da região 
nordestina.
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• Movimentos Sociais
• O latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, 
deixava as margens da sociedade a maioria da população.
• Seus participantes eram nômades, não possuíam moradia fixa, e 
passavam pelas cidades realizando roubos, sequestros e muitas vezes 
assassinatos.
• Por alguns eram vistos como justiceiros e por outros como bandidos, o 
fato é que tentavam compensar as desigualdades sociais enfrentadas de 
maneira violenta e com ‘’as próprias mãos’’.
• A chamada Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou 
Insurreição de Canudos foi o confronto entre um movimento popular de 
fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 
1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia.
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• Movimentos Sociais
• A Guerra de Canudos foi fruto da grave crise econômica e social em 
que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela 
presença de latifúndios improdutivos, da crença na salvação milagrosa e 
a exclusão econômica e social.
• Motivos semelhantes ao do Cangaço, com exceção da crença no 
milagre.milagre.
• Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando dos 
representantes do poder vigente, Canudos, nome dado à comunidade 
por seus opositores, se tornou uma ameaça ao interesse dos poderosos.
• Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu 
resistir a quatro investidas militares. Somente na última expedição, que 
contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o 
combate (homens e rapazes) foi massacrada.
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• A exploração descontrolada: mineração
• Devido ao crescimento populacional na região nordeste do 
país e ao fato de estar bastante próximo ao litoral, a caatinga 
já foi muito modificada pelo homem.
• A devastação tem se acentuada nas últimas décadas. As 
perdas do bioma representam metade do que existia 
originalmente.originalmente.
• O consumo mundial acelerado, impulsionado pela China e 
pelos países emergentes, inclusive o Brasil, dobra as 
descobertas de jazidas minerais no País, nos últimos dez 
anos. 
• Os preços dos metais estão quatro vezes maiores. É visível 
em toda a Bacia do São Francisco a abertura de exploração 
mineral.
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• A exploração descontrolada: mineração
• O Complexo Minerário-Siderúrgico-Madeireiro não só 
domina o Alto São Francisco, como também é o principal 
eixo da economia de Minas Gerais.
• O setor siderúrgico demanda enorme quantidade de 
energia e carbono, grande parte suprida pelo carvão vegetal.
• Atualmente as siderúrgicas são abastecidas por carvão 
produzido nos Cerrados e Caatingas das Regiões do Norte 
de Minas, Bahia, Goiás e Mato Grosso.
• A monocultura do eucalipto também abastece esse setor e 
75,7% do carvão proveniente dessa atividade são 
produzidos em Minas Gerais.
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• A exploração descontrolada: mineração
• A atividade mineradora vem causando enormes prejuízos à 
Bacia do São Francisco.
• Na retirada do minério a vegetação é suprimida, os solos 
retirados, os lençóis freáticos rebaixados, causando 
poluição, erosão e assoreamento.
• Há grande ocorrência de desmatamentos ilegais, em larga 
escala, sem qualquer licenciamento ambiental, 
comprometendo o cerrado brasileiro.
• Aí atua o crime organizado, com falsificação de notas para 
habilitar o desmate, venda e transporte do carvão, gerando 
danos ambientais e prejuízos econômicos e tributários ao 
Estado.
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• A exploração descontrolada: mineração
• A face ainda mais sombria, porém, é a exploração do 
trabalho infantil e escravo.
•No Brasil, muitas siderúrgicas usam o carvão vegetal para a 
produção do aço.
• Nesses termos, para cada tonelada de ferro produzida, são 
consumidos mais de 600 quilos de carvão vegetal –
aproximadamente uma tonelada de árvores.
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•A Caatinga e o problema da exploração predatória
• Segundo o Ministério do Meio Ambiente, devido ao uso 
inadequado do solo, à prática de extração dos recursos por 
parte da própria população, ao consumo de lenha nativa e a 
devastação de áreas para a criação agropecuária, grandes 
áreas da Caatinga já foram desertificadas.
• O MMA estima que 46% do bioma já foi devastado. • O MMA estima que 46% do bioma já foi devastado. 
Estima-se também que 70% da caatinga já tenha sido 
alterado por conta do homem, e este é um dado 
preocupante.
• "Falta planejamento no uso dos recursos naturais da 
caatinga. A população depende deles, mas semuso 
planejado, observa-se a repetição do círculo degradação do 
solo/pobreza", relatou o Dr. Marcelo Tabarelli, consultor do 
Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
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• A Caatinga e o problema da exploração predatória
• "As ações (oficiais) têm sido pontuais, falta uma política de 
desenvolvimento sustentável", lamentou.
• Tabarelli ainda critica a falta de investimentos em 
pesquisas e de unidades de conservação integral na 
caatinga, que apesar de importantes para preservá-la, caatinga, que apesar de importantes para preservá-la, 
protegem apenas 1% do bioma.
• Para Tabarelli, são prioridades da região criar novas 
unidades de conservação, promover o ecoturismo e 
melhorar as atividades produtivas, com agropecuária 
sustentável substituindo o extrativismo (exploração do solo 
sem reposição dos nutrientes).
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• A Caatinga e o problema da exploração predatória
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• O Imbu
• Embora a região semi-arida do nordeste tenha sofrido 
bastante com a seca que afetou a agricultura e a pecuária, a 
safra do imbuzeiro trouxe animo para os que fazer 
extrativismo da fruta.
• Os pequenos agricultores processam vários produtos • Os pequenos agricultores processam vários produtos 
derivados do fruto como geleia, doces, sucos, compotas, etc.
• Essa atividade gera renda e ocupação de mão de obra no 
meio rural nordestino.
• Mesmo em anos de seca severa a colheita e venda do imbu 
é uma das principais fontes de renda para os pequenos 
agricultores.
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• Caatingueira
• O uso desta planta pelos agricultores é caracterizado 
pela extração da lenha para a produção de carvão vegetal 
e para construção, principalmente de apriscos.
• A Caatingueira também é utilizada na medicina caseira 
para tratar casos de descontrole intestinal e processos para tratar casos de descontrole intestinal e processos 
inflamatórios. 
•Além de fornecer alimento para os animais, já que é uma 
das primeiras plantas a emitir brotação depois da seca.
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Imbu Caatingueira
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• O sertanejo e as chuvas
• Para o sertanejo que vive em plena caatinga, longe dos 
rios permanentes, o grande problema é mesmo a falta de 
água, nas estiagens prolongadas, ou o seu excesso, quando 
as chuvas são muito fortes.
• Os rios pequenos, e até os de grande porte, que nascem 
no próprio sertão e atravessam a caatinga, secam no próprio sertão e atravessam a caatinga, secam 
completamente nos períodos em que não chove.
• Quando as chuvas chegam, muito copiosas, esses rios se 
enchem quase repentinamente e transbordam, inundando 
plantações, casas, currais e povoados inteiros.
• Quando a estiagem é prolongada, os pequenos poços ou 
cacimbas secam completamente.
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• O sertanejo e as chuvas
• O sertanejo é então obrigado a caminhar muitos 
quilômetros à procura de água. 
• Suas histórias e suas lembranças giram em torno das 
grandes chuvas ou das secas muito prolongadas.
• Sua memória, a perda de um filho, de seu rebanho, de sua 
plantação, está ligada sempre aos longos e calcinantes
estios ou às borrascas e inundações avassaladoras.
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• O sertanejo e as chuvas
• Ao ver adoecer e morrer o gado, ou mesmo os filhos, pela 
falta de água e comida, o sertanejo abandona suas terras, 
em busca de abrigo e trabalho na Zona da Mata Nordestina.
• Nesse caso ele acaba retornando, logo que obtém notícias 
de que as chuvas chegaram.de que as chuvas chegaram.
• A maioria dos que se aventuram em regiões mais 
distantes, nas grande cidades do Sudeste brasileiro, acaba 
tendo que ficar por ali mesmo, fora do seu ambiente.
• Vivendo como estrangeiros, muitos nordestinos raramente 
se adaptam às novas condições de vida.
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• O sertanejo e o sertão
• Se a caatinga é adaptada à seca, o sertanejo é um 
homem adaptado à caatinga.
• O sertanejo consegue caminhar ou cavalgar com 
desembaraço, em meio aos espinheiros tortuosos dos 
mandacarus, à procura de água, da caça ou de uma mandacarus, à procura de água, da caça ou de uma 
novilha fugitiva.
• Geralmente veste uma roupa de couro, que o protege dos 
acúleos afiados e, por vezes, venenosos, que o agridem, 
na sua rápida e silenciosa passagem.
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• O sertanejo e o sertão
• Para cuidar do gado, ele corta em pequenos pedaços a 
palmatória ou o conduz aos barrancos de sal ou ao 
umbuzeiro distante, em busca de folhas verdes que 
contenham água.
• A Palmatória ou Palma é uma espécie de cacto que solta • A Palmatória ou Palma é uma espécie de cacto que solta 
uma água pegajosa e amarga quando mastigada, 
mitigando a fome e a sede do boi, apesar de ferir-lhe os 
beiços com seus espinhos.
• É no solo ressequido do sertão que o sertanejo cava 
suas cacimbas ou poços rasos para obter a água 
lamacenta com que satisfaz sua sede e cozinha seu 
alimento.
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• O sertanejo e o sertão
• Desse solo ele também extrai o sal com que prepara sua 
comida, conserva a carne e alimenta o gado. 
• Esse sal, originário de antigos mares que outrora existiam 
na região e secaram há milhões de anos, está presente em 
quase todos os barrancos que margeiam os rios secos, 
constituindo, ao mesmo tempo, uma riqueza e um flagelo.constituindo, ao mesmo tempo, uma riqueza e um flagelo.
• Muitos açudes, construídos por represamento para 
conservar água na época de seca, formam grandes e 
promissores lagos.
• Mas, se a seca é muito intensa, o nível da água baixa, e o 
grau de salinidade vai ficando maior, até chegar ao ponto 
em que não serve mais para o consumo.
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• O sertanejo e o sertão
• Nos anos ruins, o que garante a sobrevivência do 
sertanejo é o gado.
• No entanto, esse gado normalmente não lhe pertence.
• Ele é apenas contratado pelo fazendeiro que, muitas • Ele é apenas contratado pelo fazendeiro que, muitas 
vezes, nem sequer conhece suas próprias terras.
• Em troca desse serviço, recebe uma parte das crias que, 
depois de crescidas, vende ou mata para consumo.
• O principal meio de transporte no sertão nordestino é o 
jegue: um pequeno burro, muito resistente à sede e à fome.
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