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Profa. Dra.Raquel Muniz Engenharia Ambiental Conceitos básicos de irrigação Apresentação da disciplina Ementa Definição e importância da irrigação e da drenagem. Retenção de água nos solos. Qualidade da água para irrigação. Principais sistemas de irrigação e de drenagem. Projetos de irrigação e drenagem. Objetivos Gerais Conhecer os principais procedimentos para manejo de água em ambientes rurais e urbanos. Objetivos Específicos Conhecer os principais métodos de irrigação e drenagem. Estar capacitado a elaborar projetos de irrigação e de drenagem. Estar capacitado a avaliar a eficiência de projetos de irrigação e de drenagem. Conteúdos Unidade 1 – Introdução 1.1. Importância da irrigação e da drenagem 1.2. Vantagens e limitações da irrigação e da drenagem. Unidade 2 - Água no Solo 2.1. Retenção de água pelo solo 2.2. Disponibilidade de água no solo 2.3. Capacidade total de água no solo Unidade 3 - Relação Solo-Água-Planta-Atmosfera 3.1. Cálculo da infiltração de água no solo 3.2. Métodos para determinação da infiltração de água no solo 3.3. Cálculo da evapotranspiração de água 3.3. Métodos para determinação da evapotranspiração de água Unidade 4 - Qualidade da Água para Irrigação 4.1. Análise e amostragem de água para irrigação; 4.2. Classificação da água para irrigação; 4.3. Salinização do solo; Unidade 5 - Irrigação por Superfície 5.1. Irrigação por sulcos; 5.2. Irrigação por faixas; 5.3. Irrigação por inundação; 5.4. Dimensionamento de sistemas de irrigação por superfície; Unidade 6 - Irrigação por Aspersão 6.1. Sistemas convencionais: portátil, semi-portátil, fixo; 6.2. Sistemas mecanizados: auto-propelido, pivô-central, lateral móvel; 6.3. Seleção do aspersor; 6.4. Dimensionamento de sistemas de irrigação por aspersão; Unidade 7 - Irrigação Localizada 7.1. Gotejamento 7.2. Microaspersão 7.3. Dimensionamento de sistemas de irrigação localizada Unidade 8 – Sistemas de Drenagem 8.1. Drenagem superficial 8.2. Drenagem subterrânea 8.3. Dimensionamento de sistemas de drenagem O que é irrigação? Segundo Ferreira (2011), pode parecer que irrigação e a mesma coisa que molhar, mas não e simples assim. Molhar é simplesmente fornecer água de modo irregular sem se preocupar com a quantidade fornecida, até que o solo aparente estar molhado, ou mesmo úmido. Irrigação é um método artificial pelo qual se calcula a quantidade de água aplicada na planta, com o objetivo de suprir as necessidades hídricas totais ou suplementares da planta na falta de chuva. A irrigação viabiliza o cultivo de espécies de plantas em locais onde sem sua aplicação seria impossível, como em locais áridos, ou até em locais onde não ha uma disposição regular de chuvas. É a aplicação artificial, uniforme e oportuna de água, distribuída pontualmente na zona efetiva das raízes ou na área total, visando repor a água consumida pelas plantas, perdida por evaporação, transpiração e por infiltração profunda, com o objetivo de garantir as condições ideais ao bom desenvolvimento das plantas. Evaporação x Transpiração Histórico da irrigação Fonte: <http://sites.google.com/site/trabalhox/2542424527.jpg>. Histórico da irrigação no Brasil A história da irrigação no Brasil tem sua origem no Rio Grande do Sul, durante a colonização do pais (cultivo do arroz); O Brasil começou a ter uma expressiva ocupação das áreas irrigadas por volta de 1970 a 1980, devido à incentivos dos governos através de projetos e programas no combate a seca; Em meados dos anos 80, houve um grande avanço, tanto na fabricação como na modernização dos equipamentos de irrigação, isso devido a grande demanda por produtos mais modernos; Porque irrigar? Deve-se irrigar sempre que esta prática possibilitar: aumento da produtividade; obtenção de produtos de melhor qualidade e com melhor preço no mercado; possibilitar safras fora de época; Viabilizar culturas de alta rentabilidade em condições de ocorrência de chuvas mal distribuídas e/ou onde conhecidamente ocorrem períodos de estiagens prolongados. A irrigação, quando acompanhada do uso correto de outras práticas e cuidados com a lavoura, e desde que manejada corretamente, permite maior segurança e chance de sucesso da atividade agropecuária. A disponibilidade de água destinada à irrigação e demais atividades depende da conservação e recuperação de nascentes, conservação do solo e cobertura vegetal, de forma a preservar os recursos hídricos. Para isso, deve-se: Preservar a cobertura vegetal nas encostas ou parte destas com inclinação superior a 45º e manter a mata no terço superior nos topos dos morros. Estas práticas contribuem para manter as nascentes nas baixadas, encostas e reduzem as enxurradas e a erosão do solo, além de manter as áreas de recargas. Proteger as nascentes mantendo-as cercadas em um raio de 50 m, garantindo assim o crescimento da vegetação nativa ao seu redor. Importante também não permitir a entrada de animais, principalmente o gado, este procedimento evita que as nascentes sejam utilizadas como bebedouro, pisoteadas e contaminadas. Checar se os limites permanecem no novo código florestal Manter a faixa marginal com cobertura vegetal nativa, em função da largura do leito do rio, com a finalidade de evitar o assoreamento dos rios e a destruição do seu leito. O assoreamento pode ocasionar alagamentos nas propriedades durante período de chuvas fortes, e redução de vazão e até mesmo a extinção do rio em períodos de estiagem prolongada. Checar se os limites permanecem no novo código florestal