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NT 39 EVENTOS TEMPORÁRIOS

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EVENTOS TEMPORÁRIOS
NORMA TÉCNICA nº 39/CBMRR/2010
6541 OBJETIVO 
1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para a realização de eventos temporários em locais que possuam projetos técnicos aprovados e liberados e em situações especiais de áreas públicas ou privadas não edificadas para este fim. 
1.2 Proteção da vida humana e do patrimônio público e privado. 
2 APLICAÇÃO 
2.1 A presente Norma aplica-se a todos os recintos e/ou setores situados em edificações permanentes ou temporárias, fechadas ou abertas, cobertas ou descobertas, plana e ao nível do terreno circundante que abrigam eventos, shows e similares e cuja população seja superior a 500 pessoas. 
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS 
Para compreensão desta Norma Técnica é necessário consultar as seguintes normas, levando em consideração todas as suas atualizações e outras que vierem a substituí-las: 
BRASIL. Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003. Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outras providências.
BRASIL. Decreto nº 6.795, de 16 de março de 2009. Regulamenta o art. 23 da Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003.
_________. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 – Direito a Acessibilidade de pessoa deficiente. 
COELHO, Antônio Leça. Modelação matemática do abandono de edifícios sujeitos à ação de um incêndio. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal.
RORAIMA. Lei Complementar nº 052, de 28 de dezembro de 2001. Lei Orgânica do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
RORAIMA. Lei Complementar nº 082, de 17 de dezembro de 2004 que dispõe sobre a proteção contra incêndio e emergência no Estado de Roraima. 
NORMA TÉCNICA nº 01/05 – Procedimentos Administrativos. Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NORMA TÉCNICA nº 04/05 - símbolos gráficos para projetos de segurança contra incêndio. Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NORMA TÉCNICA nº 11/05 – saídas de emergências. Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NORMA TÉCNICA nº 12/05 – Dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição. Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NORMA TÉCNICA nº 18/05 – Iluminação de emergência. Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NORMA TÉCNICA nº 20/05 - sinalização de segurança contra incêndio e pânico (sinalização de emergência). Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NORMA TÉCNICA nº 21/05 – Sistema de proteção por extintores de incêndio. Corpo de Bombeiros Militar de Roraima.
NBR 9050 – acessibilidade, portadores de deficiência.
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão.
NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
R-105 Regulamento para fiscalização de produtos controlados. Exército Brasileiro. 
- COELHO, Dr. Antônio Leça. Modelação matemática do abandono de edifícios à ação de um incêndio. Portugual: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
4 DEFINIÇÕES
- Evento Temporário: Para atendimento desta norma define-se evento temporário qualquer acontecimento de especial interesse público ou privado, ocorrendo em período limitado capaz de concentrar pessoas em determinado espaço físico construído ou preparado para a atividade. Poderá ser momentâneo, quando realizado em horas, e continuado, quando realizado em dias.
- Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída para se alcançar uma escada, ou uma rampa, ou uma área de refúgio, ou descarga para saída do recinto. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços.
- Acesso lateral: é um corredor de circulação paralelo às filas (fileiras) de assentos ou arquibancadas, geralmente possui piso plano ou levemente inclinado (rampa).
- Acesso radial: é um corredor de circulação que dá acesso direto na área de acomodação dos espectadores (patamares das arquibancadas), podendo ser inclinado (rampa) ou com degraus. Deve ter largura mínima de 1,20m.
- Arquibancadas: série de assentos em filas sucessivas, cada uma em plano mais elevado que a outra, à maneira de escada, e que se destina a dar melhor visibilidade aos assistentes, em estádios, anfiteatros, circos, auditórios etc. Os assentos podem ser em cadeiras ou poltronas, ou diretamente nos degraus da arquibancada. Há também a modalidade de arquibancadas para público em pé.
- Setor: espaço delimitado por elementos construtivos que condicionam a circulação das pessoas para outras partes do recinto, permitindo ainda a lotação ordenada do local.
Os eventos temporários são subdivididos em: 
4.1 Eventos de Alto Impacto 
4.1.1 São considerados eventos de alto-impacto todos os eventos realizados em edificações ou áreas públicas ou privadas não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento com previsão de publico superior a 10.000 (dez mil) pessoas que não se enquadrem no item 4.4.1.
4.2 Eventos de impacto 
4.2.1 São considerados eventos de impacto todos os eventos realizados em edificações ou áreas publicas ou privadas não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento com previsão de público igual ou superior a 5.000 (cinco mil) e abaixo de 10.000 (dez mil) pessoas que não se enquadrem no item 4.4.1.
4.3 Eventos de médio impacto 
4.3.1 São considerados eventos de médio impacto todos os eventos realizados em edificações ou áreas públicas ou privadas não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento com previsão de público igual ou superior a 500 (quinhentos) e abaixo de 5.000 (cinco mil) pessoas que não se enquadrem no item 4.4.1.
4.4 Eventos de baixo impacto 
4.4.1 Serão considerados eventos de baixo impacto: 
a) os eventos realizados em espaços abertos sem delimitação com barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas e não sejam realizadas atividades que envolvam risco de incêndio e pânico às pessoas; 
b) eventos em que não haja previsão de trios elétricos ou similares; 
c) eventos que não sejam realizados sobre estruturas de madeira e/ou metálicas montados temporariamente para receber o público.
4.4.2 Será admitida a montagem de estruturas temporária de madeira e/ou metálica, assim considerado palcos e similares para uso específico da coordenação do evento e apresentações artísticas e culturais, sendo os mesmos protegidos por guarda-corpo, de acordo com NT específica. 
5 PROCEDIMENTOS 
5.1 Condições gerais 
5.1.1 Além do disposto nesta Norma Técnica deverão ser observadas as demais exigências referentes ás medidas de segurança contra incêndio e emergência contidas em normas especificas do CBMRR, ABNT, CREA e outros órgãos reguladores.
5.1.2 Para os eventos especificados nesta norma será exigido o Projeto Técnico para Instalação e ocupação Temporária, aprovado e liberado pelo setor técnico do Corpo de Bombeiros, conforme normas em vigor. 
5.1.3 A edificação e área de risco permanente devem atender todas as exigências de segurança contra incêndio previstas no Código Estadual de Proteção Contra Incêndio e Emergência nas edificações e áreas de risco no Estado de Roraima, juntamente com as exigências para a atividade temporária que se pretende nela desenvolver. 
5.1.4 A edificação permanente ou área de risco deverá atender as alíneas b e c do item 5.1.5 da NT 01 para atividade temporária, que se pretende nela desenvolver. 
5.1.5 Se no interior da edificação permanente for acrescida instalação temporária tais como boxe, estande, entre outros, prevalece à proteção da edificação permanente desde que atenda aos requisitos para a atividade em questão. 
5.1.6 A aprovação e liberação em vistoria final do Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária não eximem o empreendedor na aprovação e liberação de outros órgãos.
5.1.7 O cálculo das saídas de emergência em edificações permanentes deverá obedecer à Norma Técnica nº 11 e/ou 12 do CBMRR e item 5.3 da presente norma.
5.1.8 Para todo evento público e privado é obrigatória a presença de um responsável técnico (RT) pela segurança do evento e dossistemas preventivos existentes ou projetados, que conheça o projeto de segurança, o plano de emergência e que esteja pronto para atender o Corpo de Bombeiros durante fiscalização. 
5.1.9 Para o público acima de 10.000 (dez mil) pessoas, será exigida a presença de uma brigada de incêndio, destinada a garantir a rápida saída da população presente, em face de uma situação de emergência, utilizando-se do conhecimento adquirido em treinamento e conhecimento teórico, conforme prescrito na NT nº 017/CBMRR/05 e NBR 14.276, bem como o plano específico elaborado pelo RT, que deverá estar anexado ao Processo de Segurança, constando também relação de brigadistas. 
5.1.10 O número de brigadistas, em relação ao público estimado, obedecerá à proporção de 01 (um) brigadista para cada 1000 (um mil) pessoas. 
5.1.11 É dever do responsável pela organização do evento disponibilizar equipe médica - composta por 01 médico (a), 01 enfermeiro (a) e 02 técnicos (as) de enfermagem - e uma ambulância para cada 10.000 (dez) mil pessoas. 
5.1.12 No Projeto Técnico Temporário deverá constar uma certidão, registrada em cartório de ofício, do proprietário ou responsável pelo evento assumindo, junto ao Corpo de Bombeiros, o compromisso de controlar o número máximo de pessoas no evento, bem como as demais medidas de prevenção previstas no processo. 
5.1.13 Será exigido sistema de controle de público (catraca ou similar) nos shows e eventos, exceto nos eventos de baixo impacto. 
5.1.14 Nos casos em que o Corpo de Bombeiros se fizer presente na atividade de prevenção contra incêndio e emergência do evento, o empreendedor, no final do evento, deverá entregar ao Comandante das Operações de Bombeiros um documento que certifique o público presente. 
5.1.15 Os Projetos Técnicos Temporário deverão ser protocolados no setor de análise do Corpo de Bombeiros com prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis de antecedência. A solicitação de vistoria, no mínimo de 72 (setenta e duas) horas de antecedência ao evento. 
5.1.16 Para todos os eventos, o empreendedor/organizador deverá ter executado o Projeto Técnico Temporário conforme as exigências desta norma, e outras que a complementam, até no máximo 6h (seis horas) antes do inicio, não incluído nesse cálculo o horário das 18h às 06h.
5.1.17 Caso o evento ocorra na parte da manhã ou no final de semana, todas as providencias deverão ser tomadas até as 12 horas do dia anterior ou da sexta-feira, se o evento ocorrer durante o final de semana. Após este prazo fica o CBMRR, impossibilitado de executar a liberação devido a: 
a) ausência de prazos para correções de irregularidades; 
b) exposição do público alvo a um ambiente de risco potencial; 
c) possíveis transtornos de uma interdição poucas horas antes do evento; 
d) falta de tempo para trâmites operacionais e administrativos. 
5.1.18 Os espaços vazios abaixo das arquibancadas atenderão as seguintes prescrições: 
a) deverão ser mantidos limpos, isentos de qualquer material combustível, sendo proibida qualquer forma de cocção naquele espaço; 
b) poderão ser utilizados como depósito de materiais não combustíveis. 
5.1.19 Os vãos (espelhos) entre os assentos das arquibancadas que possuam alturas superiores a 0,30m devem ser fechados com materiais de resistência mecânica de forma que impeça a passagem de pessoas.
5.1.20 Em ocupações temporárias (desmontáveis) são aceitos pisos em madeira na rota de fuga, desde que possuam resistência mecânica compatível, características antiderrapantes e sejam afixados de forma que não permita sua remoção sem auxílio de ferramentas. 
5.1.21 Nos locais destinados aos espectadores e rotas de fuga, todas as fiações e circuitos elétricos devem estar embutidos, além de devidamente isolados. 
5.1.22 Nas barreiras ou alambrados que separam a arena dos locais acessíveis ao público, devem ser previstos acessos ou passagens que permitam aos espectadores sua utilização em caso de emergência, mediante sistema de abertura acionado pelos componentes do serviço de segurança ou da brigada de incêndio. 
5.1.23 Os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível com as ações e solicitações a que são sujeitos, prevendo-se inclusive as ações das intempéries, especialmente do vento – cálculo realizado pelo Responsável Técnico do evento – engenheiro.
5.1.24 Os elementos de suporte estrutural das tendas ou outras coberturas flexíveis devem possuir as mesmas características de resistência e/ou retardo de fogo, de forma a garantir a necessária evacuação do público. 
5.1.25 Em shows ou eventos de impacto ou alto-impacto, os equipamentos de som amplificados e iluminação de emergência, devem ser conectados a sistemas autônomos de alimentação elétrica para que, no caso de interrupção do fornecimento de energia, sejam mantidos em funcionamento por período mínimo de 60 minutos.
5.1.26 Os sistemas de iluminação e sinalização de emergência, alarme e detecção de incêndio, extintores e hidrantes devem ser executados obedecendo aos critérios das respectivas normas técnicas especificas. 
5.1.27 Os elementos decorativos e demais matérias de acabamento devem ser dispostos de maneira a não criar obstáculos nas áreas de circulação e rotas de fuga.
5.1.28 Os circuitos elétricos e fiação do sistema de iluminação devem ser instalados em conformidade com a NT especifica, e as demais instalações elétricas devem atender aos demais requisitos previstos na NBR 5410.
5.1.29 Os materiais utilizados nos acabamentos, elementos de decoração, coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário, principalmente, devem estar em conformidade com os requisitos da NT 10, de forma a restringir a propagação do fogo e o desenvolvimento de fumaça.
5.2. Das exigências específicas 
5.2.1. Para evento de Alto-impacto 
5.2.1.1 Os Processos de Segurança Contra Incêndio e Emergência deverão ser protocolados na Diretoria de Prevenção e Serviços Técnicos do CBMRR, constando, além dos documentos básicos e o termo de compromisso assinado pelo organizador e pelo responsável técnico do evento, assumindo o compromisso de cumprir a todas as exigências do sistema de prevenção contra incêndio e emergência, os seguintes: 
a) certidão assinada pelo responsável pelo evento, assumindo o compromisso de disponibilizar a equipe médica necessária, conforme público previsto; 
b) relação nominal dos brigadistas com carga-horária de treinamento, empresa certificadora e cópia do certificado de treinamento; 
c) plano de abandono, em caso de emergência; 
d) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de elaboração e execução do projeto de prevenção e combate a incêndio e emergência, bem como a ART de instalação elétrica, da lona de cobertura com material retardante a ignição, (quando houver), montagem de arquibancadas, arenas desmontáveis, brinquedos de parques de diversão, palcos/palanques de madeira e estrutura metálica, (quando houver), outras montagens eletroeletrônicas e do grupo moto-gerador;
e) cópia autenticada do requerimento, protocolado junto à Delegacia Especializada de Armas, Munições e Explosivos – DEAME para comercialização de fogos de artifício, juntamente com cópia da carteira de blaster, relação de fogos, contrato de queima de fogos, no qual conste o rescaldo sob responsabilidade da contratada, croqui da área em formato A3 ou A2, contendo planta baixa, cota dos perímetros, distância da rede elétrica, estacionamento, veículos, edificações, reservas ecológicas e quaisquer outras sensíveis a ação dos fogos de artifícios, área de segurança em escala e público estimado. Quando tratar de fotocópia, esta deverá ser autenticada em cartório; 
f) em complemento ao especificado na letra a, em caso de queima de fogos de artifícios, deverá ser observada ainda a Norma Técnica nº 030/2010, que trata da comercialização de fogos de artifício e realização de espetáculos pirotécnicos; 
g) no caso de utilização de “trio elétrico” e “veículo de apoio” para sonorização ou similares, deverá ser apresentadodocumento do órgão competente para fiscalização das condições de segurança para tráfego nas vias, que comprove a liberação do veículo para o evento. Neste caso, caberá ao Corpo de bombeiros verificar a proteção com aparelhos extintores nas áreas do palco e compartimentos que abriguem os geradores de energia e aparelhos de sonorização. A proteção de cada nível deverá ter, no mínimo, dois aparelhos extintores, com carga nominal de no mínimo 06 kg de agente extintor do tipo ABC; 
h) comprovantes de pagamento referentes às taxas para análise do processo e vistoria técnica da área do evento; 
i) o processo de segurança contra incêndio e emergência (projeto técnico) em duas via, em pasta com elástico; 
j) planta baixa em A1, A2 ou A3 com escala, contendo cota dos perímetros, área e largura da saída de emergência, disposição do sistema de segurança contra incêndio e pânico (sinalização de saída de emergência, iluminação de emergência, hidrantes, extintores, alarmes audiovisuais, etc). 
5.2.1.2 O responsável pelo evento deverá apresentar à platéia, em telão, televisores ou sonorização, informações sobre os meios e formas de evacuação da edificação e/ou área de risco, informando as saídas de emergências, rotas de fuga e o sistema de prevenção disposto no evento, em intervalos regulares estabelecidos no Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária. 
5.2.2. Para eventos de impacto 
5.2.2.1 Da apresentação. 
Conforme item 5.2.1.1 
5.2.3. Para evento de médio impacto 
O Responsável Técnico (RT) deverá apresentar o Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária atendendo as alíneas a, d, e, f, g, h, i, j e l do item 5.2.1.1. 
5.2.4. Para eventos de baixo impacto 
Poderá ser dispensada a exigência de Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária, quando o evento atender a todos os requisitos especificados em 4.4.2. Caso contrário o Responsável Técnico (RT) deverá apresentar o Projeto, conforme especificado em 5.2.3. 
5.3 Saídas de Emergência
5.3.1 As saídas de emergência compreendem o seguinte:
a) acesso ou rotas de saídas horizontais, ou seja, acessos às portas ou ao espaço livre exterior; e
b) área de dispersão.
5.3.2 Em todos os locais de eventos deverá haver, no mínimo, duas alternativas de saída de emergência que possibilitem diferentes sentidos de fuga.
5.3.3 Os setores verticais tais como camarotes e camarins deverão atender a parâmetros de norma técnica especifica para dimensionamento de suas saídas de emergências.
5.4 Rotas de saídas horizontais – acessos e portas
5.4.1 Os acessos horizontais devem satisfazer as seguintes condições:
a) possuir no mínimo 3,0m de largura;
b) estar livres de obstáculos e permitir o acesso rápido e seguro do público às portas de saídas;
c) os acessos destinados aos portadores de deficiência devem observar ainda os demais critérios descritos na NBR/ABNT nº 9050;
d) ser iluminados e sinalizados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido e adotado em normas específicas.
5.4.2 As portas de saída de emergência devem atender aos seguintes requisitos:
a) abrir no sentido de fuga podendo, na impossibilidade, ser do tipo de correr, que deverá ser mantida aberta durante todo o evento;
b) possuir largura dimensionada para evacuação segura da população do recinto ou setor e nunca inferior a 3,00m;
c) serem distribuídas de forma eqüidistantes e de maneira a atender os fluxos a elas destinados;
d) não possuir peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros.
e) não é permitida a colocação de portas em rampas, sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento igual ou superior à da folha da porta de cada lado do vão.
f) em edificações permanentes do grupo F, com público acima de 100 pessoas, será obrigatória a instalação de barra antipânico nas portas de saídas de emergência, conforme NBR 11781, das salas, das rotas de saída, das portas de comunicação com os acessos às escadas e descargas, conforme item 5.5.4.6 da NT 11/CBMRR/05.
5.5 Áreas de dispersão 
5.5.1 A área de dispersão é a parte da saída de emergência que contempla o local fora dos limites do evento ou show na qual ocorre a dispersão das pessoas após o termino do evento.
5.5.2 As áreas de dispersão devem atender o seguinte:
a) dimensionadas a fim de evitar o acúmulo de pessoas considerando todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem.
b) não serem utilizadas como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotadas de divisores físicos que impeçam tal utilização;
c) ser mantida livre e desimpedida, não devendo ser dispostas dependências que, pela sua natureza ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de público, tais como bares, pistas de dança, lojas de souvenires ou outras ocupações;
d) não ser utilizada como depósito de qualquer natureza.
5.6 Cálculo da população
5.6.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população máxima no recinto e/ou setor do evento.
5.6.2 Para as edificações, o cálculo da população máxima será determinado pelos itens abaixo, adotando-se o mais restritivo:
a) A população do recinto e/ou setor do evento, como um todo, é calculada 2 (duas) pessoas por metro quadrado (m2) em área plana.
b) No caso de camarotes que não possuam cadeiras fixas, a densidade para fins de cálculo é de 2 pessoas por m² da área bruta do camarote.
5.7 Dimensionamento das saídas de emergência
5.7.1 A largura total das saídas (L) das edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos com população (P) de 500 e abaixo de 5000 pessoas (Evento de médio impacto) devem ser dimensionadas conforme o seguinte:
a) Locais Cobertos:
b) Locais Descobertos:
5.7.2 A largura total das saídas (L) das edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos com população (P) igual ou superior 5000 pessoas (Eventos de impacto e alto-impacto) devem ser dimensionadas conforme o seguinte:
a) Locais Cobertos:
b) Locais Descobertos:
7 DA VISTORIA E EMISSÃO DO AVCB 
7.1 O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) será emitido em até 24 horas após a entrada do processo de segurança contra incêndio e emergência, baseado nas documentações e plantas apresentadas, sendo que o cálculo de público será realizado pelas áreas dimensionadas no processo.
7.2 Será emitido um TERMO DE LIBERAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS - TLCB, que tem o objetivo de garantir o andamento do processo de liberação do evento na Delegacia de Diversões Públicas e dos ingressos na Secretaria de Economia, Planejamento e Finanças da Prefeitura Municipal de Boa Vista, baseado no projeto apresentado, que ficará retido no Departamento de Fiscalização da Secretaria de Economia, Planejamento e Finanças.
7.3 Será realizada vistoria técnica no local do evento, de acordo com os itens 5.1.16 e 5.1.17, onde será verificada a execução do projeto de prevenção contra incêndio e emergência e, caso não esteja instalado ou executado em desacordo com o apresentado e aprovado na DPST, o AVCB emitido anteriormente será cassado e o local interditado, impossibilitado a realização do evento.
7.4 Após a interdição do local, será encaminhado cópia do processo de interdição a Delegacia de Polícia Civil e ao Batalhão da Polícia Militar da área e a Delegacia de Diversões Públicas, que ficarão responsáveis em manter o local interditado até a regularização junto ao CBMRR.
8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 
8.1 Considerando que os veículos destinados a transportar equipamento de som e artistas, comumente chamados de “trio elétrico”, constituem, a rigor, um veículo de transporte, e que o Código Nacional de Trânsito atribui aos agentes de trânsito a responsabilidade da fiscalização das condições de segurança para tráfego nas vias, a vistoria nos referidos veículos deverá ser feita pelos órgãos competentes.
8.2 Paratodo evento privado que realizar-se-á em espaço público, deverá ser anexado ao processo a autorização pelo órgão competente, cedendo a área para a realização do mesmo.
8.3 A não observância dos prazos previstos nesta Norma Técnica para apresentação dos Processos de Segurança Contra Incêndio e Emergência será considerada intempestiva, cabendo ao responsável pelo evento a inteira responsabilidade das conseqüências advindas, tais como a não liberação por parte do Corpo de Bombeiros e interdição do local do evento.
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Quartel do Comando Geral, 29 de novembro de 2010
Boa Vista, Estado de Roraima.
Everson dos Santos CERDEIRA – CAP QOCBM
Diretor de Prevenção e Serviços Técnicos
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