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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS BACHARELADO EM ODONTOLOGIA THAYLA ZELANTE SILVA REABILITAÇÃO ORAL I SÃO PAULO 2024 THAYLA ZELANTE SILVA RA:1919000 APS Atividade apresentada ao curso de Odontologia no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, turno matutino, 5° semestre. Orientadora: Profa. Dra. Mara Rejane SÃO PAULO 2024 Atividade 1 Diferenciar RC de MIH: A principal diferença entre a Relação Cêntrica (RC) e a Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) está na natureza de cada posição. A RC refere-se a uma posição anatômica estável dos côndilos, que se encontram na parte mais fina e avascular do disco articular, na porção mais anterossuperior da fossa articular. Essa posição é ortopedicamente estável e não depende do contato entre os dentes. Por outro lado, a MIH é uma posição funcional dos dentes, em que há o máximo contato entre eles, sem levar em consideração a posição dos côndilos. Ela é uma acomodação mandibular, comumente adotada para evitar contatos prematuros. Diferente da RC, a MIH ocorre com os côndilos deslocados, e não coincide necessariamente com a posição da RC. Assim, a RC é uma posição condilar e muscular estável, enquanto a MIH representa a máxima oclusão dentária. Diferenciar DVR, DVO e EFL: DVR (Dimensão Vertical de Repouso): Refere-se ao comprimento ou altura da face quando a mandíbula está em posição de repouso. Essa posição é variável, dependendo das condições musculares do paciente no momento do registro, bem como da saúde e idade do paciente. DVO (Dimensão Vertical de Oclusão): É a altura da face quando os dentes, ou planos de cera, estão em contato oclusal. Essa dimensão é utilizada para transferir a relação para o articulador e posteriormente para a confecção da prótese total. EFL (Espaço Funcional Livre): Representa o espaço entre as superfícies oclusais dos dentes quando a mandíbula está em posição de repouso. Geralmente varia entre 1 e 10 mm, com uma média de 2 a 4 mm. Determinar os métodos mais adequados para determinação da DVO (dimensão vertical de oclusão) em prótese total: A determinação da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) em próteses totais pode ser feita através de métodos que se dividem em dois grupos: com ou sem registros prévios. A escolha do método deve levar em consideração a precisão, complexidade, reprodutibilidade, facilidade de uso, tempo, experiência do profissional e o perfil do paciente. Métodos com Registros Prévios Esses métodos são utilizados antes da extração dos dentes, baseando-se em referências como máscaras faciais, fotografias, modelos dentados ou registros oclusais existentes. Métodos sem Registros Prévios Esses são aplicados em pacientes totalmente edêntulos, onde não há dentes para servir como referência. A DVO é ajustada para garantir estética, função e conforto. Os principais métodos incluem: Método Métrico: Mede-se a distância entre dois pontos faciais (maxila e mandíbula) quando o paciente está em posição de repouso, pronunciando a letra “M”. A diferença entre a dimensão de repouso e o espaço funcional livre determina a DVO. Esse método é rápido, mas exige habilidade clínica. Método Fonético: Baseia-se na pronúncia de sons sibilantes, como o “s”. Durante a fala, os planos de cera não devem se tocar, mantendo um espaço mínimo de 1 mm. É um método simples e prático, mas pode ser inadequado para pacientes com dificuldades de fala. Método da Deglutição: Utiliza o ato de engolir para ajustar a altura do plano de cera até que a DVO seja compatível com a função de deglutição. Pequenos cones de cera são ajustados até alcançar a altura correta. Método Estético: Ajusta-se os planos de cera para garantir harmonia facial e estética, restabelecendo o equilíbrio visual do paciente. Método das Proporções Faciais: Compara-se a distância do mento ao ponto subnasal com a distância do canto do olho à comissura labial. É o método sem registros prévios mais utilizado, embora possa ser influenciado pela variação das proporções faciais e pela espessura dos tecidos moles. Atividade 2: Confecção de Moldeira Individual Superior Materiais Utilizados: • Isolante (vaselina) • Acrílico autopolimerizante (pó e líquido) • Cera 7 • Pote Paladon • Dappen • Lecron • Espátula nº 36 • Pincel • Duas placas de vidro Passo a Passo: 1. Preparação do Modelo: Após a confecção dos modelos, faça alívios nas áreas retentivas para garantir conforto na futura prótese. 2. Aplicação do Isolante: Aplique uma fina camada de isolante (vaselina) nos modelos para evitar que a moldeira se prenda durante o processo. 3. Confecção do Espaçador: Dobre uma tira de cera 7 com cerca de 1 cm de largura e espessura de duas lâminas de cera para servir como espaçador. Coloque- a nas extremidades sobre a placa de vidro e isole as placas em seguida. 4. Manipulação do Material: Misture a resina acrílica utilizando a proporção de 1 medida de líquido para 3 medidas de pó. Adicione o líquido ao pote Paladon e, lentamente, acrescente o pó para evitar a formação de bolhas. Misture com a espátula nº 36 até atingir uma consistência adequada. 5. Aplicação da Resina: Espalhe a resina sobre a placa inferior até alcançar os espaçadores de cera, formando uma espessura uniforme. Abra as placas e transfira a resina da placa inferior para o modelo. 6. Recortes e Ajustes: Adicione um pouco de Jet em um dappen e, com auxílio de um lecron, umedeça a área e faça recortes nos limites da moldeira. Utilize os dedos molhados com o líquido para pressionar levemente a resina, garantindo uma boa adaptação ao modelo. 7. Confecção do Cabo: Com o restante da resina, confeccione um cabo delicado para a moldeira. Molhe o cabo com o líquido e acomode-o de forma que não interfira no posicionamento do lábio durante a moldagem. 8. Polimerização: Aguarde o processo de polimerização. Após concluído, a moldeira individual estará pronta. Materiais Utilizados: • Isolante (vaselina) • Acrílico autopolimerizante (pó e líquido) • Cera 7 • Pote Paladon • Dappen • Lecron • Espátula nº 36, 7, 31 • Pincel largo • Lapiseira • Lamparina • Brocas Maxicut • Mandril fendado • Ponta trimmer Passo a Passo: 1. Delimitação da Área: Use uma lapiseira para delimitar a área chapeável nos modelos de gesso, garantindo que a chapa seja recortada adequadamente. 2. Alívios: Realize alívios nas áreas retentivas, que são mais frequentes na face vestibular dos caninos e tuberosidades alveolares no maxilar, e na região de canino a canino, tanto vestibular quanto lingual, na mandíbula. 3. Isolamento: Aplique uma fina camada de vaselina nos modelos de gesso para evitar que o acrílico grude. 4. Manipulação do Acrílico: Misture o acrílico autopolimerizável na proporção de 3 medidas de pó para 1 de líquido. Misture lentamente com a espátula nº 36 para evitar bolhas. 5. Aplicação da Resina: Após a polimerização da resina, que passa das fases arenosa, fibrilar, até a fase plástica, corte uma tira de cera 7 e use-a como espaçador. Aplique a resina sobre os modelos superior e inferior, moldando-a uniformemente com o auxílio de um pincel e espátula. 6. Recorte e Finalização: Realize os recortes nos limites demarcados com o lecron e aguarde o processo de polimerização. Após isso, retire a chapa do modelo e faça o acabamento e polimento. Confecção dos Rolete de Cera Materiais Utilizados: • Espátula para gesso • Espátula nº 7, 31, 36 • Lecron • Lamparina • Cera 7 Passo a Passo: 1. Preparação do Rolete: Utilize uma cera e meia, dobrando-a com 1 cm de largura e formando um bloco com o auxílio de uma espátula aquecida. 2. Aquecimento e Modelagem: Aqueça o bloco de cera sob a lamparinae molde-o em formato de ferradura. Recorte a cera na região dos túberes bilateralmente. 3. União com a Resina: Una a cera à resina acrílica, alisando com uma espátula de gesso aquecida para garantir uma continuidade entre a cera e a resina. 4. Ajuste e Polimento: Mantenha a região oclusal uniforme e lisa. Caso seja necessário, adicione cera para corrigir áreas com menos material. Utilize algodão molhado para polir os roletes, deixando-os brilhantes.