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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA EDUCAÇÃO FÍSICA ALEX PENA DO ESPÍRITO SANTO NOSLEN SOARES DA SILVA A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO ATLETA NA MODALIDADE ESPORTIVA FUTSAL DURANTE TREINOS E COMPETIÇÕES: UM ESTUDO DE CASO PORTO ALEGRE 2009 ALEX PENA DO ESPÍRITO SANTO NOSLEN SOARES DA SILVA A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO ATLETA NA MODALIDADE ESPORTIVA FUTSAL DURANTE TREINOS E COMPETIÇÕES:UM ESTUDO DE CASO Trabalho apresentado à disciplina de TCC I do curso de Educação Física Bacharelado do Centro Metodista – IPA. Orientador: Prof. Sólon de Campos Rodrigues PORTO ALEGRE 2009 RESUMO È possível perceber em algumas situações seja ela pessoas adultas ou crianças, a mudança de comportamento ou de habito cotidiano, quando estão na presença dos seus pais ou responsável. Um fator importante para a qualidade de participação da criança no esporte é o comportamento do pai quando presente na atividade física em que seu filho pratica. No futsal no não é diferente. Tendo como relevância esta mudança de comportamento, o objetivo principal desta pesquisa foi o de identificar se a presença dos pais em treinos e jogos dos filhos atletas na modalidade esportiva futsal influencia de maneira positiva ou negativa respectivamente seus desempenhos em quadra. Para tanto, realizou-se diversas observações de treinos e jogos no qual estes jogos fizeram parte de um torneio e um questionário de respostas abertas com doze alunos do Centro Esportivo Ararigbóia, que praticam a modalidade esportiva futsal e que se encontravam regularmente matriculados em escolas de ensino regular e sendo seus pais freqüentadores assíduos do local. Os resultados nos mostraram que as crianças quando na presença do pai, aparentam uma maior motivação para jogar e que acabam influenciando de maneira positiva no seu desempenho técnico em quadra. As crianças, na sua grande maioria, responderam que preferem à presença do pai na quadra em treinos e jogos, sendo que o mesmo, ainda participa de maneira muito positiva em treinos e jogos com seu apoio paternal e orientações não prejudiciais aos filhos. Palavras-Chave: Pai; Filho; Interferência no desempenho esportivo; SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................5 2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................7 2.1 HISTÓRICO DO ESPORTE NO MUNDO .............................................................7 2.1.1 A história do esporte no Brasil........................................................................8 2.2 HISTÓRICO DO FUTSAL ...................................................................................10 2.2.1 Regras do futsal .............................................................................................12 2.2.2 Fundamentos técnicos do futsal...................................................................13 2.3 A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO BIOLÓGICO ....................................14 2.3.1 Habilidades sensoriais...................................................................................15 2.3.2 Desenvolvimento motor.................................................................................16 2.3.3 A criança no esporte ......................................................................................17 2.4 O PAI ...................................................................................................................18 2.4.1 Os papéis dos pais.........................................................................................20 2.4.2 Os diferentes estilos de pais.........................................................................21 2.4.3 A influência dos pais nos programas esportivos ........................................21 2.4.4 Pais que amam seus filhos não erram? .......................................................22 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................24 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................24 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...........................................................................24 3.3 TÉCNICA E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................25 3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS ...................................................................25 3.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS...............................................................................25 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA 5 CONCLUSÕES REFERÊNCIAS.........................................................................................................29 APÊNDICE A - Questionário aos Atletas ...............................................................33 APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido............................34 1 INTRODUÇÃO De acordo com Sassaki (1997) o esporte é um dos meios ao qual podemos de alguma forma realizar inclusão social, basta o praticante ter um vigor físico necessário e habilidade suficiente para desempenhar tal esporte. Segundo estudos, cada vez mais as pessoas vem praticando esporte com o objetivo de alcançar equilíbrio físico e emocional, com essa conscientização os pais colocam seus filhos em alguma atividade esportiva pelo mesmo objetivo. Conforme estudos, a criança representa o maior público participante no esporte entre todas as faixas etárias. Na modalidade esportiva futsal participam vários atletas de todas as idades, porém as crianças vêm cada vez mais cedo praticando este esporte de rendimento. Segundo Becker (2000), os pais têm uma função extremamente importante com a qualidade na participação da criança nas atividades esportivas, já que eles são as pessoas mais próximas desta criança. Os pais cada vez mais vem participando dos programas esportivos dos filhos com o objetivo de apóia-los e estar acompanhando o mesmo. Porém existem outros pais que colocam seus filhos em alguma atividade esportiva pelo fato de não disponibilizar tempo para acompanhá-lo e outros colocam seus filhos em determinadas atividades para que os pais vejam neles a sua realização esportiva. Através desta contextualização acontecem diversas modificações psicológicas tanto no pai como no filho, sendo elas positivas ou negativas para o rendimento do atleta. Na modalidade esportiva de Futsal esta mudança também é sentida, pois as crianças, quando na presença de seus pais, querem demonstrar todo o seu desempenho técnico e físico, alterando o seu comportamento cotidiano. Nesta mudança comportamental algumas crianças acabam tendo um rendimento muito inferior, cometendo erros que normalmente não cometem; para outras crianças a presença de seu pais, serve de motivação tornando melhor o seu desempenho em quadra. Nesta pesquisa pretendi mostrar a influência do pai no desempenho esportivo do filho atleta na modalidade esportiva futsal, tendo como base a discussão do rendimento da criança, com a presença do pai, nas suas atividades esportivas. No primeiro capítulo do trabalho abordamos o histórico do esporte no Brasil e no mundo, onde procuramos falar sobre os principais acontecimentos e evoluções. Já no segundo capítulo falamos sobre o histórico do futsal, onde teve início da modalidade e como estão nos tempos de hoje. No terceiro descrevemos as regras do futsal, habilidades sensoriais, desenvolvimentomotor da criança, falamos também sobre a criança no esporte. No quarto e último capitulo falamos sobre o pai e seu contato com o filho desde os primeiros dias de vida até a pré- adolescência. O presente projeto de pesquisa teve como metodologia estudo de caso de doze crianças que participavam da escolinha de futsal do parque esportivo de porto alegre, com abordagem qualitativa, através de um questionário aplicado a cada atleta com sete perguntas de respostas abertas e através de observações de treinos e torneio com o sem a presença do pai no parque esportivo. É dentro deste contexto que procuramos propor o trabalho a fim de esclarecer o desempenho do filho atleta com a presença do pai durante jogos e competições. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 HISTÓRICO DO ESPORTE NO MUNDO De acordo com Tubino (1996), para começarmos a falar da origem do esporte, temos que vinculá-lo aos jogos. Pois a história do esporte se dará na evolução dos jogos. Melo (1999) segue a mesma linha de raciocínio de Tubino (1996), falando que no Brasil este assunto ainda não foi tratado efetivamente. Para Tubino (1996) existem duas opiniões diferentes com relação à origem do esporte, uma é que o surgimento do esporte tem origem desde os tempos dos primatas, com fins educacionais e a outra opinião entende o esporte como um fenômeno biológico e não histórico. Porém as duas idéias têm uma opinião em comum, que para haja o esporte tem que haver competição. Tubino (1996) fala que a origem do esporte no mundo vem dos tempos da Pré-história com os jogos Gregos, sendo uma das maiores manifestações esportivas daquela época. Antes do surgimento do esporte, existiam atividades físicas como rituais e atividades educativas. Alguns anos mais tarde, surgiram os Jogos Olímpicos, que eram realizados em Olímpia, na Elida, de quatro em quatro anos, em homenagem a Júpiter. Nesta época existia muito preconceito com as mulheres, pois elas não podiam assistir aos jogos. Os vencedores das provas ganhavam uma coroa de ramos de oliveira, e também diversos outros prêmios, tais como: escravos, pensões vitalícias, isenção de impostos, entre outros. Desde os primeiros jogos olímpicos os atletas gregos faziam alongamento, usavam cargas para os músculos, dieta, ciclos de treinamento, massagens e treinadores especializados para preparação dos jogos (TUBINO, 1996) No esporte moderno, no final do século XIX, Pierre de Coubertin, vendo as dificuldades do mundo para o convívio humano, achou que o esporte seria uma maneira de diminuir os conflitos nacionais e internacionais. Em 1896, Coubertin reformulou os Jogos Olímpicos, tomando como base os jogos da antigüidade. Com estas mudanças nos Jogos Olímpicos, ele conseguiu alcançar seu objetivo. Nesta época com os jogos houve até a paralisação das guerras durante o período de sua realização (TUBINO, 1996). Em 1896, ocorreram os primeiros Jogos Olímpicos modernos, em Atenas, com o total de 285 atletas, nesta época já existia o ritual Olímpico. Até o final do século XIX, como esporte, era compreendido apenas o atletismo, o remo, o futebol e a natação. Na Academia Militar Real no Brasil foram introduzidas algumas modalidades esportivas, tais como: esgrima, natação, equitação, tiro ao alvo, porém o mais praticado dentre eles era o remo. As práticas esportivas, no Brasil, começaram a aumentar a partir de 1920, pelo fato de haver a oportunidade de fazer intercâmbio em outros países. A primeira competição mais importante do Brasil foi nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, já estando em sua sétima edição, embora o Brasil tendo ido com uma pequena delegação conseguiu três medalhas na modalidade esportiva de tiro. Nesta mesma época, o futebol brasileiro já se encaminhava para as disputas internacionais, como o Campeonato Sul-Americano, de Valparaíso, terminando o campeonato em terceiro lugar (TUBINO, 1996). Nas décadas de 30, Hitler viu no esporte uma maneira de fazer divulgação política. Em 1936, foram organizados os Jogos Olímpicos em Berlim, com a intenção de mostrar para o mundo a superioridade da raça ariana entre as outras. Porém não consegui comprovar este fato, pois o negro americano Jesse Owens, nesta edição dos Jogos Olímpicos, conquistou quatro medalhas de ouro, frustrando o plano de Hitler (TUBINO, 1996). Em 1941, foi um ano que o Brasil limitou-se a institucionalizar o esporte, criando diversas leis a fim da organização geral do esporte (TUBINO, 1996). Durante muito tempo no mundo, o esporte era somente visto com aspecto de rendimento. A partir de 1964 surgiram outras manifestações esportivas a não ser o de rendimento. Em 1978, o esporte aumentou seu conceito, quando a Unesco publicou a Carta Internacional de Educação Física, falando no seu primeiro artigo que “a atividade física ou prática esportiva era um direito de todos, bem como saúde e educação, não importando a classe social ou raça”. A partir daí o esporte no mundo começou ter um novo conceito e foram divididas em esporte-educação, esporte-participação e esporte performance (TUBINO, 1996). Após uma grande crise política, o esporte de rendimento revigorou-se extraordinariamente, começou a surgir os ídolos. O esporte era visto como espetáculo, sendo muito divulgado pela mídia. O esporte também foi visto como fonte de divulgação de produtos e serviços, sendo assim tendo um maior apoio de investidores, tornando o esporte mais fortalecido financeiramente (TUBINO, 1996). 2.2 HISTÓRICO DO FUTSAL Existe uma grande polêmica para saber onde surgiu o futsal. Muitos dizem que surgiu nos anos 30 no Uruguai, que implantou as primeiras regras. Mas ninguém discute que foi no Brasil que esse esporte cresceu e ordenou como modalidade esportiva (VOSER, 1999). A modalidade esportiva futebol de salão nasceu no Uruguai e foi criada na Associação Cristã de Moços em Montevidéu, pelo professor Juan Carlos Ceriani (VOSER, 1999). A dúvida reside no fato de que não se sabe se foram os brasileiros que, ao visitarem a ACM de Montevidéu, levaram do Brasil o hábito de jogar futebol em quadras de basquete, ou se foram os brasileiros que conheceram a novidade ao ali chegarem e, ao retornarem, difundiram a prática em território nacional (VOSER, 1999, p. 15). Naquela época, o Uruguai era uma potência no futebol de campo, pois era atual bicampeã olímpica e também campeã da Copa do Mundo. Com isso o estímulo pelo futebol era muito grande, todos queriam praticar, pois havia se tornado a grande paixão dos uruguaios. Tamanha era a quantidade de pessoas interessadas nessa atividade que não havia campos suficientes para abrigar a todos. Então a solução encontrada foi ocupar quadras menores como as de basquete, por exemplo. Para isso, o jogo sofreu adaptações, já que o tamanho da quadra de basquete é muito inferior comparado ao campo de futebol (VOSER, 1999). No Brasil, o primeiro relato oficial sobre o futebol de salão, surgiu em 1936, enquanto que mundialmente o futebol de salão já dominava a todos. Nos anos 50, houve grandes mudanças no futebol de salão. Em 1954, foi criada a Federação Carioca de Futebol de Salão, tendo como presidente Ammy de Moraes, logo após o seu surgimento vieram outras federações pelo Brasil como as de Minas gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (VOSER, 1999). Segundo Voser (1999), nessa década, mais precisamente em 1958, a então Confederação Brasileira de Desporto oficializou a prática do Futebol de Salão no país, fundando o Conselho Técnico de Futebol de Salão, tendo as federações estaduais como filiadas. Em 1959, realizou-se o primeiro Campeonato Brasileiro de Seleções, com o Rio de Janeiro sendo o grande campeão. Na década seguinte, em 1969, esse esporte começava a tomar conta da América,grande era o interesse e a paixão das pessoas por essa modalidade esportiva, por todo este interesse foi Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão (VOSER, 1999). Em 1979, foi o ano em que o futebol de salão se expandiu, ganhando o mundo. Nesse ano foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão, cujo presidente foi Aécio de Borba Vasconcelos. Na década de 80, começam as realizações de confrontos internacionais nestes diversos campeonatos mundiais e pan-americanos. A seleção brasileira consegue um destaque muito grande com excelentes resultados (VOSER, 1999). Da fusão do futebol de cinco (FIFA) e do futebol de salão (praticado pela FIFUSA), surgiu o futsal. Em função desta aproximação as regras sofreram e sofrem alterações até os dias de hoje. Atualmente o Brasil no cenário mundial possui o maior número de praticantes desta modalidade, esporte que possui praticantes em inúmeros locais, tais como: praças, escolas, clubes e outros. Atualmente são mais de setenta países que praticam esta modalidade, alguns com maior visibilidade como a Espanha, Paraguai, Itália, Rússia, entre outros (VOSER, 1999). De acordo com Voser (2001), no ano de 2000, a modalidade esportiva ganhou notoriedade ao ser incluído como esporte olímpico pela primeira vez na história. Segundo Voser (2001): O futsal tem sofrido inúmeras alterações na sua forma de jogo, impostas pelas alterações das regras, pela evolução da preparação física (melhora da capacidade de marcação das equipes e maior movimentação dos jogadores) e também pela profissionalização dos atletas e de toda a comissão técnica (VOSER, 2001, p. 15). 2.2.1 Regras do futsal De acordo com Bello (1998), o futsal é englobado por várias regras e demarcações, tal qual o comprimento da quadra, que, obrigatoriamente, tem que ser retangular, com o comprimento máximo de 42 metros e mínimo de 25 metros, com largura variando de 15 a 20 metros. A distância do pênalti é de 6 metros da linha de meta no ponto central. A marcação do tiro livre sem barreira é de 12 metros da linha de meta no ponto medial. O piso da quadra pode ser tanto de material sintético quanto de cimento. A bola tem que ser esférica, de couro ou de algum outro material aprovado. Nas categorias principal e juvenil a bola deve ter a circunferência entre 61 e 64 centímetros e peso de 390 a 430 gramas, e nas categorias feminina e infantil deve ter a circunferência de 55 a 59 centímetros e o peso diminui, tendo entre 350 a 380 gramas. Para haver uma partida, o jogo tem que estar dividido em duas equipes, cada equipe pode ter no máximo doze atletas, com cinco jogadores jogando (ou no mínimo três), e cada equipe, obrigatoriamente, deve jogar com um goleiro. As substituições não têm limite, podendo ser feita somente com a bola em jogo, com exceção do goleiro, que a bola tem que estar obrigatoriamente parada. Para a substituição ser legal, o atleta que irá entrar tem que estar na área demarcada para substituição e deverá esperar o seu companheiro de equipe sair da quadra. Os árbitros terão que estar obrigatoriamente com camisas de manga longa ou curta, com as cores da entidade determinada, sendo diferentes das equipes, e também de calça, cinto, meias e tênis ou sapatos brancos. Eles devem estar munidos de cartões nas cores vermelha e amarela (BELLO, 1998). Bello (1998) também diz que nas categorias principal e juvenil o tempo total da partida é de 40 minutos, sendo dividido em dois períodos de 20 minutos, e tendo intervalo de 10 minutos. Já na categoria juvenil o tempo total de jogo é de 30 minutos, dividido em dois períodos de 15 minutos, com intervalo máximo de 10 minutos. Cada equipe tem o direito de pedir tempo duas vezes durante o jogo, um pedido por tempo, não cumulativo, e o pedido pode ser feito somente quando a bola estiver parada. O gol será validado quando a bola ultrapassar por total a linha de meta entre os postes de meta sob o travessão (goleira), e ela não pode ser carregada pela mão ou braço dos atletas do time de ataque. Existem três tipos de falta: a) a técnica, que é quando o atleta da um pontapé no adversário, pula ou atira-se contra ele ou ainda tranca-o de maneira violenta e perigosa. A punição é de a equipe adversária bater um tiro livre direto de onde ocorreu a infração; b) a falta pessoal, que ocorre quando o atleta comete uma jogada perigosa, como quando o jogador obstrui a passagem do oponente sem a posse da bola. A punição é a cobrança de um tiro direto livre da onde ocorreu a infração contra a equipe infratora; e c) as faltas disciplinares, que ocorrem quando um dos componentes da equipe infringe alguma das regras do jogo, quando xinga outros jogadores ou o árbitro com palavrões ou troca seu número de camisa sem avisar o árbitro (BELLO, 1998). A penalidade máxima é um tiro livre direto, onde o disparo é feito na linha da marca do pênalti, e a cobrança só pode ser feita para frente. O goleiro não pode se mover para frente, podendo apenas se mover de um lado para o outro, em cima da linha de meta da goleira. Ele pode ficar com a posse da bola por no máximo quatro segundos, após se desfazer da bola o goleiro poderá recebê-la com os pés apenas uma vez, sendo que poderá receber novamente após a sua equipe ter ultrapassado o meio da quadra, ou a equipe adversária ter tocado na bola (BELLO, 1998). No arremesso lateral, a bola tem que estar em cima da linha lateral da quadra, e o pé de apoio do cobrador podem estar em cima da linha lateral ou fora da quadra, mas não pode estar por completo dentro da quadra. O arremesso de meta acontecerá quando o time que estiver atacando, ultrapassar a bola pela linha de fundo. A execução do tiro de meta é obrigatoriamente cobrada pelo goleiro e com as mãos, sendo que para o atleta de seu time receber a bola tem que estar fora da área do goleiro (BELLO, 1998). E para finalizar, Bello (1998) diz que o arremesso de canto acontece quando o time que está defendendo joga a bola para a sua linha de fundo, este pode ser cobrado por qualquer atleta da equipe. A cobrança obrigatoriamente tem que ser feita com o pé. 2.2.2 Fundamentos técnicos do futsal Conforme Voser (1999), técnica é todo movimento feito por atletas em jogos e treinos. Durante uma partida é muito utilizado o uso da técnica sendo inclusive como base dos fundamentos de jogo. A técnica obedece a princípios de ordem científica com base na análise de movimentos, na sua mecânica e na ação de alguns grupamentos musculares, principalmente dos membros inferiores. Para aplicar as técnicas em crianças, caberá ao orientador conhecer muito bem a criança, suas capacidades físicas, psíquicas e sociais e verificar seus interesses pelo esporte, dando atenção a sua capacidade motora. Certificado isso, pode-se ter uma visão da criança, se ela terá capacidade para exercer as técnicas que o futsal exige (VOSER, 1999). A técnica com bola divide-se diversos fundamentos, tais como: condução, que é estar com a bola, conduzi-la próxima, correndo ou caminhando, por toda extensão da quadra; o passe, que é dar a bola ao colega de equipe ou colocá-la em um espaço que não tenha ninguém, tanto adversário quanto companheiro de equipe; o chute se baseia em Ir de encontro à bola com os pés, tendo em situação de jogo o objetivo de fazer o gol; o domínio, a recepção, o abafamento ou amortecimento que se baseia em receber a bola do companheiro ou adversário e proteger ela para que o adversário não tire sua posse de bola; o drible tem que estar com a bola sobre seu domínio e passar pelo adversário levando-a sob seu controle; a finta, o atleta faz um movimento sem a bola para confundir a marcação adversária; o deslocamento, é usado para se desvencilhar da marcação; a marcação, é exercida para interceptar a posse de bola do adversárioe evitar que o mesmo vá em direção ao gol; por fim o cabeceio, que é Ir com a cabeça. de encontro à bola (VOSER, 1999). 2.3.1 Habilidades sensoriais Segundo os estudos de Papalia e Olds (2000), o primeiro sentido a se desenvolver em uma criança é o tato. É através do mesmo que as pessoas percebem a dor. De acordo com a idéia dos autores, alguns médicos deixam de aplicar anestesia em recém-nascidos quando a necessidade de uma cirurgia, alegando que o bebê recém-nascido não sente dor; outros autores alegam que na verdade eles sentem dor desde o primeiro minuto de vida. Mais uma habilidade sensorial é o olfato, que é desenvolvida desde o primeiro dia de vida, sabendo diferenciar o bom cheiro do mau cheiro. Os recém- nascidos sabem identificar os sabores doces, amargos e azedos. Eles têm preferência pelos líquidos adocicados, rejeitando os alimentos com gosto ruins. A percepção da audição do bebê começa no útero da mãe, antes do nascimento, ele tem a capacidade de responder aos sons emitidos pelas pessoas que os estimulam. Logo após o nascimento do bebê, a audição corre o risco de diminuir pelo fato do ouvido ser envolvido por um líquido do parto, voltando a sua audição normal após alguns dias. Os bebês com apenas três dias de vida têm a capacidade de diferenciar a voz da sua mãe a de um estranho, podendo ser pelo fato de escutar a voz de sua mãe durante a gestação (PAPALIA; OLDS, 2000). A visão é a última habilidade sensorial. É a habilidade com menor aprimoramento no nascimento, se dando ao fato de que os olhos dos recém- nascidos são muito inferiores ao dos adultos. Porém a capacidade de deslocamento da visão como estímulo de algum objeto em movimento é observado nos primeiros meses de vida, assim como também a identificação de cores (PAPALIA; OLDS, 2000). 2.3.2 Desenvolvimento motor Na visão de Gallahue (2003), o desenvolvimento motor é o aprimoramento do movimento que começa na infância e se perdura ao longo da vida, pelo fato das necessidades de o indivíduo estar sempre em movimento. Haywood e Getchell (2004) também confirmam que o desenvolvimento motor na fase inicial da criança é muito rico. De acordo com Papalia e Olds (2000), na primeira fase da vida os bebês quando nascem já são ricos em movimento, quanto mais espaços para eles tiverem, mais serão explorados os movimentos. A partir do quarto mês de vida é que eles começam a fazer movimentos mais repetitivos, tornando-os cada vez mais perfeitos. O aprimoramento dos movimentos segue dos mais simples aos mais complexos. Na segunda fase, a criança fica mais magra e comprida, perdendo a sua forma arredondada, crescendo de 5 a 7,5 cm e ganhando 1,8 a 2,7 kg. A partir dos três anos de idade é que elas começam a desenvolver as suas habilidades motoras gerais, tais como: pular, saltar, trepar, agarrar, empurrar, chutar e correr. Mas esta progressão pode variar de acordo com sua herança genética e com sua vivência, como, por exemplo, uma criança que pratica atividade física e a outra não. Nesta mesma fase, começa a progressão do aprendizado das habilidades motoras finas como abotoar a camisa, amarrar os tênis e desenhar figuras. As crianças com dois anos de idade tendem a fazer desenhos maus traçados como linhas verticais ou em zigue-zague; já com três anos de idade elas tendem a fazê- los mais padronizados como círculos, quadrados, retângulos e cruzes. Já na terceira fase, suas habilidades continuam a melhorar tornando-as seus movimentos mais coordenados. É nesta fase que as crianças começam a brincar com impetuosidade, que envolvem brincadeiras de luta e pega-pega. São nestas brincadeiras que as crianças iniciam a medir forças com as outras para avaliação das mesmas. Durante esta fase, as crianças crescem de estatura aproximadamente de 2,5 a 2,7 cm ao ano e ganham cerca de 2,2 a 3,6 kg de peso. Os dentes de leite começam a cair aproximadamente aos 6 anos de idade, e a partir dai é que começa a nascer os dentes permanentes. No fim dessa fase, normalmente entre as idades de 12 e 13 os meninos começam seu “salto” no crescimento. Os meninos possuem menos tecidos gordurosos comparado com as meninas, que vai até a fase adulta (PAPALIA; OLDS, 2000). 2.3.3 A criança no esporte De acordo com Becker (2000), nos últimos anos teve um grande aumento de crianças ingressando nos programas de iniciação esportiva. A mídia vem relacionando cada vez mais o esporte à saúde. Aproveitando esta situação, vem surgindo vários estudos científicos relatando os benefícios do esporte para a criança. As crianças das primeiras séries do Ensino Fundamental têm como disciplina favorita a Educação Física. Muitas destas crianças estão envolvidas em atividades esportivas extras escolares. Foram feitos vários estudos, por vários pesquisadores, evidenciando que os motivos de participação das crianças em atividades esportivas são: alegria; aquisição de habilidade; competência e desenvolvimento de habilidades, status social, saúde, liberação de energia e influência de outros (BECKER, 2000). Aos doze anos de idade a criança atinge o grau máximo de participação no esporte e a partir dos treze anos em diante reduz este interesse, chegando aos dezoito anos, diminui ainda mais, restando muito pouca vontade pela prática do esporte (BECKER, 2000). Para que a criança escolha realmente seu esporte favorito, ela teria que vivenciar diversas modalidades esportivas. Porém algumas não têm esta oportunidade, pelo fato de seus pais terem muitos compromissos acaba matriculando seu filho em um horário em que não pode estar com ela. O pai por não ter realizado no passado seu desejo de ser atleta esportivo em uma determinada modalidade, acaba transferindo sua vontade para seu filho, matriculando-o no mesmo desporto. Por este fato, o pai acaba colocando muita cobrança, algumas delas correspondem às expectativas do pai, outras não gerando o abandono do esporte precocemente (BECKER, 2000). Para entrar no esporte de competição, muitas delas são submetidas a diversos testes, com o objetivo de ficar com os melhores atletas, e os que não atenderam as expectativas da escolinha são dispensados. Porém nas escolinhas pagas não acontece este tipo de seleção, o objetivo é de manter o maior número de crianças para que o clube obtenha lucros. Becker (2000) ainda fala que os professores de escolinha têm aperfeiçoado a sua metodologia de ensino, porém acaba deixando de lado a parte psicológica, sentimental, o convívio social e a educação da criança, preocupando-se somente com o desempenho esportivo. Para a criança notar a sua evolução, ela correlaciona a sua marca ou seu resultado com as de outras crianças, para analisar seu nível de capacidade. Estas crianças preferem fazer testes com crianças do seu nível de aptidão física, para por em teste o seu desempenho. Algumas crianças quando perdem no jogo, demoram a assimilar a derrota, ficando muitos dias chateados com o fato, podendo ser pelo resultado do jogo ou pela não compreensão dos pais. Por outro lado, existem crianças que lidam melhor com o resultado negativo, pelo fato de uma maior compreensão dos pais, onde os mesmos passam uma maior segurança para seus filhos (BECKER, 2000). Becker (2000) destaca que a família tem grande influência no caráter da criança quando está na iniciação esportiva. Isto depende de como a família absorve os resultados dos jogos e de como eles demonstram para a criança. Isto pode acarretar no fracasso esportivo ou levar a melhorar o seu desempenho. Estes fatores podem influenciar na sua conduta no dia-a-dia. 2.4 O PAI Segundo Bee (2003), o pai tem o mesmo apego da mãe pelo filho, porem é demonstrado de formas diferentes. Nos primeiros dias de vida os pais procuram acariciar, conversar com seufilho. Até seus batimentos cardíacos ficam da mesma forma acelerados. A partir da primeira semana é que se começa a notar as diferenças de comportamento dos pais perante o filho. A autora coloca que através de estudos nos Estados Unidos, comprovam que o pai passa mais tempo brincando com muito entusiasmo, algumas vezes até com brincadeiras físicas. Já a mãe fica mais atenta aos cuidados do bebê e da casa, como trocar as fraldas, ver se a criança não está doente, nos compromissos do lar, mas sempre sorri e lança olhares de afeto para o recém nascido. Isto pode ser um dos fatores que comprovem as diferenças de apego dos pais com o filho. Esta conclusão não é uma verdade única, pois pode estar ligado diretamente com a cultura de uma região. Pois através de outros estudos feitos na Suécia, Israel Itália, China e outros mais, não obtiveram as mesmas respostas (BEE, 2003). Como os pais têm um apego ao filho, o filho também se apega aos pais, porém este processo é um pouco mais lento. Neste processo existem três fases, a orientação e sinalização não formalizada. Nesta fase a criança não demonstra nenhum tipo de afeto pelos pais e que apenas diferencia-os das outras pessoas (BEE, 2003). Na segunda fase, lá pelo terceiro mês de idade, a criança se foca em uma ou mais figuras. Ela começa a demonstrar o seu afeto de uma maneira mais clara para os pais, através de sorrisos e outros gestos e que para outras pessoas ela não demonstra os mesmos gestos com tanta facilidade. Porém a afetividade pelos pais ainda não está totalmente completo. Nesta fase a criança ainda não demonstra nenhum medo de estranhos. É a partir da terceira fase, por volta dos seis meses de idade, que o bebê forma um apego pelos pais. É nesta fase que a criança usa uma pessoa como base de segurança. Este fato é o acontecimento primordial do apego do bebê pelos pais (BEE, 2003). A partir do segundo ano de vida da criança que os apegos da criança pelos pais continuam, não na mesma intensidade, pois o pai já não passa tanto tempo em casa por causa de suas atividades do dia-a-dia, porém a criança entende essa ausência, que pelo fato de os pais terem que trabalhar (BEE, 2003). No Ensino Fundamental ainda se vê sentimentos de apegação do filho pelos pais. Na hora de levar a criança para a escola, o filho sente muito a sua partida. Pois ainda não se sente seguro em um ambiente diferente do qual está acostumado (BEE, 2003). Na adolescência, as atitudes de comportamentos do filho com os pais mudam, eles tendem a ter uma maior autonomia de sua vida. Esta autonomia surge quando há discórdia entre pais e filhos nas maneiras de pensar, de agir, entre outroa, através destes fatores acabam surgindo muitos conflitos entre eles (BEE, 2003). É normal existirem conflitos no âmbito familiar entre pais e filhos, porém tem que tomar cuidados para que seus relacionamentos não se esgotem. A autora cita uma pesquisa sobre deterioração de relacionamento entre pais e filhos nos Estados Unidos, apenas 5 a 10% das famílias pesquisadas foram constatadas a deterioração de relacionamento entre pais e filhos (BEE, 2003). O mau relacionamento de pais para com os filhos é de que os pais não tiveram uma criação de muito afeto e carinho com seus pais. Este fato no passado pode acabar prejudicando o relacionamento com seus filhos. Os conflitos entre pais e filhos estão longe de serem acontecimentos negativos, pois pode ser uma maneira de aproximá-los, e também uma forma do adolescente criar uma identidade. Para se tornar uma pessoa de idéias e opiniões, o adolescente tem que passar por desafios, testar seus limites (BEE, 2003). A felicidade dos adolescentes está centrada mais no bom convívio com os pais do que com os amigos. Quanto mais carinho, amor e afeto os pais derem para seus filhos, mais difícil será o envolvimento deles com a delinqüência (BEE, 2003). 2.4.1 Os papéis dos pais Conforme Davidoff (2001), o pai é o que menos participa na educação durante a infância, pelo fato da maioria das vezes ser o “chefe” de casa. Através de estudos, apenas 20% dos pais assumem a responsabilidade de criação de seus filhos. Segundo as idéias de Davidoff (2001), em 1980, fizeram um estudo e apontaram que o pai é tão sensível quanto à mãe perante a cada aprendizagem e evolução do filho bebe. Após o amadurecimento do filho, por volta dos 5 anos, os pais tendem a tomar uma posição de “paizão”, companheiro. O pai tem um papel muito importante com relação à socialização da criança quando maior, se dando ao fato de a “maneira” a qual foi criado, se foi muito autoritário, se foi mais sensível. Os pais desenvolvem um papel mais importante do que as mães, quando o assunto tratado é sexualidade, pois o homem tem uma maior pré-disposição para tratar do assunto (DAVIDOFF, 2001). 2.4.2 Os diferentes estilos de pais Segundo Cole e Cole (2004), em uma pesquisa feita nos Estados Unidos, com o propósito de analisar os diferentes comportamentos dos pais, 77% se adequaram ao padrão de paternidade/maternidade autoritária, que tendem a impor regras e seguir a educação padrão da sociedade, sempre os punindo quando o comportamento for diferente dos que lhe foi ensinado; padrão de paternidade/maternidade com autoridade, são os tipos de pais que discutem a educação com seus filhos, deixando-os opinar, embora diversas vezes não aceitem o argumento. São pais que incentivam seus filhos a serem mais independente; e o padrão de paternidade/maternidade permissivo, são os pais que não impõem muitas regras, deixam os filhos aprenderem com o cotidiano do dia-a- dia. 2.4.3 A influência dos pais nos programas esportivos Becker (2000) fala que a conduta do pai exerce uma influência muito grande na qualidade esportiva do filho. Os pais são as pessoas mais próximas dela, portanto em uma situação de estresse da criança o pai automaticamente teria que dar um apoio incondicional para ela. Este comportamento é de suma importância para o filho, pelo fato de ainda não saber encarar os problemas como adulto. O autor ainda fala que através de estudos analisaram condutas dos pais de jovens desportistas, verificaram-se os pais que se dedicam apoiar com sobriedade, os que não estão presentes e os que só perturbam com sua conduta desequilibrada. Becker (2000) cita uma pesquisa feita em 171 clubes, com professores de Educação Física, sobre a participação dos pais durante jogos e competições de iniciação esportiva. Os resultados apontaram que 76,7% dos entrevistados não estavam satisfeitos com a conduta dos pais. Feito uma pesquisa com os pais, mostrou que muitos deles têm vontade de assumir responsabilidades esportivas, porém não são solicitados pela comissão técnica. A influência do pai é muito grande perante aos resultados esportivos dos filhos. Muitas crianças no esporte individual, quando estão jogando e percebem a presença do pai, o seu emocional é bastante afetado e acaba influenciando o seu rendimento no esporte. Uma grande maioria reage positivamente, porém outras acabam reagindo negativamente. Alguns pais tentam apoiar seu filho frente a um resultado negativo no jogo, mas sua linguagem não verbal é muito mais forte que a criança acaba percebendo a frustração do pai, sendo assim ficando magoada e também muito insegura (BECKER, 2000). 2.4.4 Pais que amam seus filhos não erram? De acordo com Tenroller (2004), é muito grande e agitada a participação de diversos pais em atividades extraclasses de seus filhos que participam de uma escolinha de futsal. Essa participação é muito maior quando os pais vêem em seus filhos a realização do sonho em que eles não conseguiram atingir o objetivo no passado. Seus educadores são obrigados a no mínimo saber desse fato. É pretendido mudaralguns hábitos em relação às atitudes destes pais, solicitando algumas idéias para os educadores físicos que vão lidar ou estão lidando com esses tipos de clientes diariamente, nas escolinhas de futsal. Segundo Tenroller (2004), com sua experiência em diferentes escolas de futsal tanto as pagas como não pagas, foi presenciada diversas irregularidades em atitudes partindo de pais para os professores ou vice e versa. Muito importante para tirar qualquer dúvida que os pais não estejam cometendo um erro, essa é uma maneira de respeitar o amor e carinho que os pais têm respectivamente com seus filhos. É muito importante saber que esse fenômeno paternal quando o mesmo está no ginásio insultando e reclamando do time em que o treinador resolveu por em quadra ou das substituições feitas pelo treinador, ele tem essas atitudes por impulsos de ser pai. Então é preciso o profissional de Educação Física ter um jogo de cintura muito grande para manter o equilíbrio necessário com os pais ou responsáveis pelos alunos (TENROLLER, 2004). O pai ao colocar seu filho em uma escola ou escolinha de futsal, tem por objetivo que a criança desenvolva atividades voltadas para o lazer, recreação, ou por motivos de saúde, distração ou pela socialização. Mas na maioria das vezes matricula a criança pelo objetivo que ele se torne um grande craque da modalidade no futuro. Por terem esses objetivos já formados em seus pensamentos, os pais já vão para as quadras e adotam comportamentos inadequados. Não é em todas as escolinhas que existem esses fatos, mas a maioria das escolinhas deveria oferecer um questionário e informações que tivessem perguntas básicas (TENROLLER, 2004). Ao longo dos meses, diversas aulas depois e, principalmente, com amistosos com outras escolinhas com a presença dos pais que sonham com seus filhos sejam futuros craques, surgem a pressão sobre o educador. Essa cobrança tem início quando o treinador começa a fazer as substituições para que todos atuem, e os pais na arquibancada não aceitam isso fazendo diversos comentários como “meu filho é bom e aquele é ruim”. Essa é a realidade que acontece diariamente em vários períodos durante um trabalho em escolinhas de futsal. Então fica a dúvida de como o educador vai lidar com esse tipo de pai; e quando for mais de dois pais colocando pressão para que seu filho atue que ele jogue mais tempo, qual a postura que o educador deve ter (TENROLLER, 2004). Conforme Tenroller (2004), a primeira coisa que temos a fazer é mostrar aos pais que quando concordaram com os serviços oferecidos pela escolinha, a mesma ofereceu trabalhos didático-pedagógicos, sendo que a finalidade é de passar conhecimento, sem fins em nível de competição. Então, que atitudes deveríamos ter nessa situação de protesto dos pais? É servir de modelos e elogiar a atitude dos pais, por certo, estão no ginásio demonstrando grande educação, sendo observados pelos seus filhos e passando a servir de exemplos para os mesmos, mesmo que o time da escolinha esteja perdendo, é um jogo de integração que faz parte de um processo, onde o educador seguira a falar palavras de gratidão e, fundamentalmente, a parabenizar pelos grandes jogos e lembrar os aspectos, sempre mantendo o respeito pela escola adversária, por que sem ela não teria amistoso (TENROLLER, 2004). 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo, são apresentados os procedimentos metodológicos desta pesquisa. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Segundo Oliveira (2001), existem dois métodos de abordagem no projeto de pesquisa: o quantitativo e o qualitativo. O método qualitativo não busca projetar dados para a população, e nem tem o objetivo de mostrar dados numéricos, e sim de ter como objetivo abordar realidades múltiplas, exigindo do pesquisador muita atenção na interpretação dos fatos. Mas há pesquisadores que afirmam que um método de pesquisa completa o outro, não podendo descartar nenhum dos métodos em uma pesquisa (OLIVEIRA, 2001). Para Lüdke e André (1986), o estudo de caso pode ser simples e direto, mas também pode ser amplo e complexo. O estudo de caso pode ser parecido com outros, porém com finalidades e objetivos diferentes, por isso chamado de estudo de caso. De acordo com Yin (2001), o estudo de caso pode ser tanto único quanto múltiplo e a abordagem pode ser qualitativa ou quantitativa. Tendo em conta as posições dos autores apresentados, esta pesquisa se enquadrou no tipo estudo de caso. O tipo de abordagem foi da seguinte maneira: qualitativo, analisar a melhora ou o déficit da criança no rendimento esportivo com e sem a presença do pai. 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA População consiste em um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características, e amostra é qualquer subconjunto dos elementos da população (Gil,1999). Este projeto de pesquisa foi realizado com um grupo de doze atletas, quatro atletas em cada faixa etária de nove, dez e onze anos do parque esportivo Ararigbóia, situado na cidade de Porto Alegre, rua.Saycã nº6.no bairro Jardim Botânico. Os alunos estavam regularmente matriculados nas escolas no Ensino Fundamental e possuíam uma freqüência satisfatória. Fizeram parte do projeto de pesquisa crianças que estavam participando da escolinha de futsal em um período mínimo de tempo de dois anos, que participavam com freqüência regular de jogos e treinos, crianças nos quais os pais também tinham presença regular aos treinos e jogos, crianças que aparentemente demonstravam uma condição de saúde boa e que quisessem participar deste projeto. Não participaram do projeto de pesquisa crianças aos quais os pais não se faziam presentes aos treinos e jogos, crianças que possuíam um tempo muito curto de participação na atividade, crianças que não apresentavam uma condição boa de saúde e crianças que não tinham assiduidade aos jogos e treinos. 3.3 TÉCNICA E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS A avaliação foi feita no local onde os atletas executam suas atividades práticas. No primeiro semestre do ano de 2009, foi aplicado questionário aos atletas participantes, abordando aspectos motivacionais (APÊNDICE A). Foi feita uma entrevista semi-estruturada, cujo autor Marconi e Lakatos(2004) falam que para se enquadrar neste tipo de entrevista o entrevistado têm a liberdade para expor as suas idéias livremente, sem seguir um roteiro previamente estabelecido. As entrevistas foram realizadas no ginásio do parque Ararigbóia. Este questionário serviu para a verificação dos aspectos motivacionais, de interesse dos dois e o motivo, talvez, pelo qual há tantas oscilações de seu desempenho nas quadras. Esta entrevista ocorreu no ginásio de esportes. Ao questionário foi anexado um Termo de consentimento Livre Esclarecido (Anexo), contendo o nome da instituição do quais os atletas fazem parte, os autores da pesquisa (acadêmico e orientador), justificativa do estudo, como iríamos fazer, os riscos que os mesmos corriam em participar deste estudo, o que eles ganhariam com este estudo, quais seriam os seus direitos e por ultimo, este termo, depois de lido pelos participantes e responsável pela criança, teria que assinar o termo como prova de autorização para que décimos continuidade a pesquisa Anteriormente à aplicação desta pesquisa, foi solicitado a instituição participante o consentimento para a realização da mesma. Para a aplicação do questionário primeiramente foi contatados o supervisor do local, que assinou um Termo de Autorização Institucional (Anexo A) para a realização do projeto. Este documento apresenta o nome da instituição de ensino, os autores da pesquisa (acadêmico e orientador), título da pesquisa, objetivos, procedimentos, períododa realização da pesquisa e data da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Metodista IPA. 3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS Para chegarmos à resposta primordial de nosso projeto de pesquisa, as respostas da entrevista aplicados às crianças e as observações foram correlacionados com a literatura feita, em cima deste cruzamento, chegamos a uma resposta final A fase seguinte, em continuação a esta, é o processo de analisar e interpretar as informações obtidas e denomina-se análise e interpretação de dados. Segundo Yin (2005) A técnica de análise de dados consiste em examinar e a classificar os dados coletados Este estudo teve um total de doze alunos/atletas participantes regularmente de uma escolinha que desenvolve a modalidade de futsal mais a participação de seus pais nos jogos e treinos. Eram atletas do sexo masculino com uma faixa etária entre 09 e onze anos de idade. Por ser este o grupo de estudo de nossa curiosidade e interesse. Segundo estudos, a predominância de haver mais meninos do que meninas nas escolinhas e em equipes de futsal se da pelo fator da modalidade apresentar muito contato físico e em função da faixa etária ser pequena estas meninas sentirem muito desconforto. 3.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS Ao questionário foi anexado um Termo de consentimento Livre Esclarecido (Anexo), contendo o nome da instituição do quais os atletas fazem parte, os autores da pesquisa (acadêmico e orientador), justificativa do estudo, como iríamos fazer, os riscos que os mesmos corriam em participar deste estudo, o que eles ganhariam com este estudo, quais seriam os seus direitos e por ultimo, este termo, depois de lido pelos participantes e responsável pela criança, teria que assinar o termo como prova de autorização para que décimos continuidade a pesquisa Anteriormente à aplicação desta pesquisa, foi solicitado a instituição participante o consentimento para a realização da mesma. Para a aplicação do questionário primeiramente foi contatados o supervisor do local, que assinou um Termo de Autorização Institucional (Anexo A) para a realização do projeto. Este documento apresenta o nome da instituição de ensino, os autores da pesquisa (acadêmico e orientador), título da pesquisa, objetivos, procedimentos, período da realização da pesquisa e data da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Metodista IPA. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA Com as observações feitas no que diz respeito aos fundamentos técnicos dos atletas, nos treinos e jogos foi percebida a seguinte constatação: Nas observações dos seis treinos, em um primeiro momento sem a participação dos pais, ou seja, quatro treinos verificaram-se um nível muito baixo de erros na execução dos fundamentos técnicos como passe, chute, drible e domínio. Essa observação foi percebida em função do volume de jogo que a equipe apresentava durante os coletivos dos treinos. Este volume vazia que com a bola permanece-se mais tempo em jogo com poucos laterais e poucas faltas e quase sempre as equipes terminavam o seu tempo de bola com finalização ao gol. Acredita-se também que em função dos atletas possuírem um bom tempo de escolinha nesta modalidade, no mínimo dois anos, e terem os fundamentos bem trabalhados fez com que houvesse um numero menor de erros. Nas outras três observações dos treinos aí com a presença dos pais notou-se praticamente o mesmo nível técnico de acertos e erros, o que houve de diferença foram às atitudes de mais empenho e dedicação, presenciamos situações de atletas com um pouco mais de garra e motivação. Salientamos que isto se deva em função da presença dos pais, pois foi notado também que as atitudes dos pais foram sempre de motivação a ajuda aos filhos/atletas e não de cobrança. Nas observações dos seis jogos, no primeiro momento com a presença dos pais, ou seja, nos dois primeiros jogos foi notado que havia muito empenho, muita dedicação e entusiasmo por parte dos atletas e pais, mais uma vez não se percebeu uma mudança expressiva com relação ao nível técnico dos atletas ou seja na sua melhora ou na sua queda de rendimento. As atitudes das crianças mesmo com um algo a mais que foram os jogos com toda a sua estrutura de competição que é a premiação, fardamento, arbitragem equipes buscando resultado, raros foram os momentos de descontrole por parte dos atletas e pais. Nos três jogos seguintes sem a presença dos pais houve uma queda de produção e rendimento por parte dos atletas, vários passes errados algumas faltas desnecessárias, falta de atenção e motivação por parte dos atletas. Um ou outro filho/atleta aparentou um descontrole emocional (chorou) quando o resultado da partida não os favorecia. Os jogos tiveram seu desenvolvimento dentro do possível com uma tranqüilidade e serenidade que em alguns momentos pareciam treinos. Acredita-se que isto se deva a não presença dos pais e talvez ao cansaço. Através da análise do questionário desenvolvida para o estudo, foi encontrados um grande índice de aprovação pelos filhos com relação a presença dos pais como torcedores e também a sua presença servia como fonte de inspiração para a melhora nesta modalidade esportiva, conforme segue os resultados a baixo. Na pergunta numero um, conforme mostra o gráfico a baixo, nove crianças responderam que praticam esporte porque gosta, um respondeu que é para fazer amigos, um respondeu que o esporte faz bem a saúde e um respondeu por que futuramente pretende ajudar a sua família financeiramente, ou seja, a grande maioria pratica esporte pelo prazer de jogar. Gráfico 1. Porque você pratica esporte? 8% 8% 8% 76% Gosta Socialização Saúde Financero Na pergunta numero dois todas as crianças responderam que gostam que seu pai assista a seus jogos e, conforme becker (2000), as crianças de seis a dose anos, necessitam da aprovação dos pais em algumas tarefas do dia-a-dia e o esporte é uma delas, pode ser por isso que as crianças gostem que seu pai seja presente neste tipo de atividade. A questão numero três perguntava se o pai conversava sobre seus treinos e jogos, dez responderam que sim e apenas dois responderam que não. Conforme Becker Júnior (2000), existem diversos tipos de comportamento dos pais diante aos jogos do filhos, pode-se encaixar nesta pergunta dois tipos: os pais interessados que foi a grande maioria e os pais desinteressados., que não demonstravam muito interesse pelos resultados obtidos pelo filho nas atividades esportivas, conforme segue descrito no gráfico a baixo. Gráfico 2. Seu pai conversa sobre seus treinos e jogos? 83% 17% Sim Nâo A questão numero quatro abordava uma questão motivacional, perguntava se seu pai cobrava seu desempenho em quadra e se era de uma maneira boa ou ruim, sete crianças responderam que os pais cobravam o seu desempenho em quadra e cinco responderam que não, dos sete que cobravam o seu desempenho em quadra apenas um respondeu que era cobrado de maneira negativa, conforme o gráfico a baixo. Gráfico 3. Seu pai cobra seu desempenho em quadra? 58% 42% Sim Não Gráfico 4. Cobra de maneira positiva ou negativa? 86% 14% Negativa Positiva Na questão numero cinco foi perguntado se eles gostavam que seu pai viesse aos seus treinos e jogos, onze dos doze participantes responderam que sim, gostavam que seus pais se fizessem presentes durante seus treinos e jogos e apenas um respondeu que não gostaria que seu pai comparecesse nessa atividade física. A questão numero seis perguntava o que eles gostariam que seus pais conversassem após seus treinos e jogos. Sete responderam que gostariam que comentassem sobre o seu desempenho em quadra, um respondeuque falasse sobre seu posicionamento em quadra, dois gostaria que o incentivasse, um respondeu que gostaria que lhe desse orientação aos treinos e um respondeu que apenas conversassem após seus treinos e jogos. Conforme segue o gráfico a baixo Gráfico 5. O que você gostaria que seu pai conversasse com você após seus treinos e jogos? 59% 8% 8% 17% 8% Desempenho Posicionament o Incentivo Orientação Conversar 77 A questão numero sete, conforme mostra o gráfico a baixo, abordava sobre o seu futuro no esporte, se pensavam em ser profissionais algum dia na modalidade esportiva futsal, onze responderam com convicção que gostariam de ser profissionais um dia e apenas um não tinha certeza. No Brasil, mais do que em outros países, o futebol, com seus jogos e resultados, está sempre entre as matérias de destaque no meio jornalístico (BECKER JÚNIOR, 2000), seguindo as idéias do autor, ser reconhecido e ter uma vida financeiramente boa pode ser o fator determinante para que os jovens de hoje em dia almejem ser profissionais. Gráfico 6. Você pesa em ser jogador profissional de futsal? 92% 8% Sim Indeciso 5. CONCLUSÃO Após termos feito às observações, do rendimento com relação aos fundamentos técnicos das 12 crianças/atletas na faixa etária de 09 a 11 anos, em treinos e em jogos competição de futsal, no parque esportivo Arariboia, e analisado os questionários respondidos por eles, chegamos à conclusão que nesta pesquisa, a maioria dos pais exercem uma boa influência no rendimento técnico e motivacional dos filhos neste tempo em que observamos, e que grande parte das crianças/atletas gostam que seus pais se façam presentes, conforme entrevistas e observações realizada com os mesmos quando estão praticando esta modalidade esportiva. Nos treinos e nos jogos estes realizados através de um torneio notamos que quando o pai estava presente, o filho demonstrava uma maior disposição no jogo, se mostrava mais determinado tinha um acerto maior de passes, dribles, chutes, tentavam muito mais a finalização em gol, pareciam sentir-se mais seguros. Sem a presença dos mesmos, pareciam não se importar muito com o resultado final, não demonstravam muita vontade de jogar, parecendo estar sem motivação para o jogo. Em outros estudos realizados sobre os fatores de influência do pai no desempenho esportivo do filho, com uma faixa etária entre 15 e 18 anos, apresentou resultados diferentes da nossa pesquisa, podendo ser pelo fato de os atletas observados estarem num maior nível de exigência, sendo assim havendo uma maior cobrança por parte do pai. Becker cita no livro que existem alguns tipos de conduta dos pais quando estão presentes em treinos e competições dos filhos tais quais os pais desinteressados, pais supercríticos, pais nervosos, pais treinadores, entre outros. Conseguimos nesse grupo observado enquadrá-los em algumas destas condutas. Quando o filho esta participando de um jogo, onde o objetivo é a o resultado positivo, ou seja, a vitória notamos que em alguns casos os pais quando estão na arquibancada torcendo, não conseguem se conter com os erros cometidos pelo filho, e acabam se exaltando, extrapolando nas críticas, comprometendo o seu desempenho em quadra. Porém existem outros fatos muito mais importantes que não nos damos por conta, que nas arquibancadas não está presente somente este pai exaltado e sim vários outros que estão ali apoiando, incentivando de uma maneira positiva o seu filho e os companheiros de seu filho. Pelo fato de os pais serem as pessoas mais próximas dos filhos e terem o papel de educar, apoiar, incentivar, estimular, amar incondicionalmente (BECKER JÚNIOR, 2000) acabamos por prestar mais atenção neste pai que esta fazendo o papel contrario do que deveria fazer e deixamos de lado os pais que estão cumprindo com a sua parte, e ainda por ultimo, generalizamos a conduta e comportamento dos pais por causa de um ou outro caso dentro de um determinado grupo. Esta situação acontece em vários momentos de nossas vidas, damos muita mais importância e valor para os maus resultados, para os maus acontecimentos do que para os bons resultados e acontecimentos que temos ao longo de nossas vidas. Ao final ratificamos nosso conhecimento de que é extremamente importante a participação e o comprometimento dos pais nas atividades ao qual os filhos estão envolvidos, queremos aqui também deixar uma mensagem de otimismo com relação a participação dos pais em atividades no qual somos responsáveis diretos, em nosso grupo de estudo foi percebido a importância e o valor desta participação e comprometimento. Destacamos que a conclusão deste estudo não deve ser extrapolada para todas as faixas etárias, pois podem apresentar diversos tipos de resultados, levando em consideração o nível de exigência técnica em que eles se encontram. REFERÊNCIAS BECKER JÚNIOR, Benno. Manual de psicologia do esporte e exercício. Porto Alegre: Nova Prova, 2000. BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 9. ed. Porto Alegre: Artes médicas, 2003. BELLO JÚNIOR, Nicolino. A ciência do esporte aplicada ao Futsal. Rio de janeiro: Sprint, 1998. COLE, Michael; COLE, Sheila R. O desenvolvimento da criança e do adolescente. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. DAVIDOFF, Linda L. Introdução à psicologia. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001. GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2003. GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999. HAYWOOD, Kathleen M.; GETCHELL, Nancy. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MARCONI, Andrade Mariana de; LAKATOS, Maria Eva. Metodologia científica. 4 ed.. São Paulo: Atlas, 2004 MELO, Victor Andrade de. História da educação física e do esporte no Brasil: panorama e perspectiva. São Paulo: Ibrasa, 1999. OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratando de metodologia científica: projetos de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 2001. PAPALIA, Daniel E.; OLDS, Sally Wendkos. Desenvolvimento humano. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. SASSAKI, Romeu Kazumi, Inclusão, coonstruindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: Wva, 1997 TENROLLER, Carlos Alberto. Futsal: ensino e prática. Canoas: Ulbra, 2004. TUBINO, M.J.G. O esporte no Brasil, do período colonial aos nossos dias. São Paulo: Ibrasa, 1996. VOSER, Rogério da Cunha. Futsal, princípios técnicos e táticos. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. VOSER, Rogério da Cunha. Iniciação ao futsal. 2. ed. Canoas: Ulbra, 1999. YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. YIN, Robert K. Planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2005 APÊNDICE A - Questionário aos Atletas 1) Você prática esporte por quê? 2) Você gosta que seu pai assista os seus treinos e jogos? 3) Seu pai conversa sobre os seus treinos e jogos? 4) Ele cobra sobre o seu desempenho em quadra? Se cobra é de uma maneira boa ou ruim? 5) Você gosta que ele venha aos treinos e jogos? 6) O que você diria para ele fazer ou conversar, que você goste, após os treinos e jogos? 7) Você pensa no seu futuro como atleta de futsal?APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido PROJETO: A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO ATLETA NA MODALIDADE ESPORTIVA FUTSAL DURANTE TREINOS E COMPETIÇÕES Antes de sua participação neste estudo, é preciso esclarecer alguns detalhes importantes, para que possíveis dúvidas sejam resolvidas. Em caso de qualquer outra dúvida quanto à pesquisa ou sobre os seus direitos, você poderá contatar com professor orientador do projeto, SÓLON DE CAMPOS RODRIGUES responsável pelo estudo, pelo telefone (51) 8453-5988, ou com o(a) acadêmico(a) ALEX PENA DO ESPIRITO SANTO, telefone (51) 8514-3586 e o acadêmico(a). NOSLEN SOARES DA SILVA, telefone (51) 9292-1862. 1- Qual o objetivo desta pesquisa? Analisar a influência do pai no rendimento do filho. Identificar o porquê do alto ou baixo rendimento do atleta nos treinos e jogos com ou sem a presença do pai. 2- Como vamos fazer isso? Para chegarmos a uma resposta exata, os pais e os filhos responderam a um questionário com sete perguntas e também os filhos serão analisados pelos acadêmicos, durante jogos e competições, o seu desempenho técnico através de scalts, contendo os itens passe, chute, domínio e dríble, com e sem a presença dos pais. 3- Quais os riscos em participar? Os participantes não correram nenhum tipo de risco de saúde física nesta pesquisa, porém podem sentir algum tipo de desconforto emocional. 4- O que o paciente ganha com este estudo? Esta pesquisa não tem o objetivo de trazer benefícios a saúde para os participantes, porém podem trazer uma melhor relação entre pais e filhos dentro do esporte e também fora dele. 5- Quais são os seus direitos? Os participantes, a qualquer momento podem desistir da pesquisa, sem aviso prévio. Terão direito às respostas dos estudos após a conclusão. Suas identidades não serão divulgadas. Eu, ____________________________________________, fui informado dos objetivos da pesquisa de maneira clara e detalhada. Recebi informação a respeito do tratamento e esclareci as minhas dúvidas. Sei que poderei solicitar novas informações a qualquer momento. Fui informado que caso existam danos à minha saúde, causados diretamente pela pequisa, terei direito a tratamento médico e indenização conforme estabelece a lei. Também sei que caso existam danos à minha saúde, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Delaro que recebi cópia do presente termo de consentimento. Este parecer foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Metodista (IPA) em _______/_______/_______. O telefone para contato com o CEP-IPA é: (51) 3316-12-51. FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO PARA PACIENTES DE ACORDO EM PARTICIPAR DO ESTUDO Nome do indivíduo: __________________________________________________ Assinatura do paciente: ______________________________________________ Assinatura do professor orientador: _____________________________________ Assinatura do pesquisador auxiliar: _____________________________________ Data: _____________________________________________________________