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A Influência do Pai no Desempenho Esportivo do filho atleta

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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA 
EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
ALEX PENA DO ESPÍRITO SANTO 
NOSLEN SOARES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO ATLETA NA 
MODALIDADE ESPORTIVA FUTSAL DURANTE TREINOS E COMPETIÇÕES: 
UM ESTUDO DE CASO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
2009 
 
ALEX PENA DO ESPÍRITO SANTO 
NOSLEN SOARES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO ATLETA NA 
MODALIDADE ESPORTIVA FUTSAL DURANTE TREINOS E 
COMPETIÇÕES:UM ESTUDO DE CASO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de TCC I 
do curso de Educação Física Bacharelado 
do Centro Metodista – IPA. 
 
 
Orientador: Prof. Sólon de Campos 
Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
2009 
 
 
RESUMO 
 
È possível perceber em algumas situações seja ela pessoas adultas ou 
crianças, a mudança de comportamento ou de habito cotidiano, quando estão na 
presença dos seus pais ou responsável. 
Um fator importante para a qualidade de participação da criança no esporte 
é o comportamento do pai quando presente na atividade física em que seu filho 
pratica. 
 No futsal no não é diferente. Tendo como relevância esta mudança de 
comportamento, o objetivo principal desta pesquisa foi o de identificar se a 
presença dos pais em treinos e jogos dos filhos atletas na modalidade esportiva 
futsal influencia de maneira positiva ou negativa respectivamente seus 
desempenhos em quadra. Para tanto, realizou-se diversas observações de treinos 
e jogos no qual estes jogos fizeram parte de um torneio e um questionário de 
respostas abertas com doze alunos do Centro Esportivo Ararigbóia, que praticam 
a modalidade esportiva futsal e que se encontravam regularmente matriculados 
em escolas de ensino regular e sendo seus pais freqüentadores assíduos do local. 
 Os resultados nos mostraram que as crianças quando na presença do pai, 
aparentam uma maior motivação para jogar e que acabam influenciando de 
maneira positiva no seu desempenho técnico em quadra. As crianças, na sua 
grande maioria, responderam que preferem à presença do pai na quadra em 
treinos e jogos, sendo que o mesmo, ainda participa de maneira muito positiva em 
treinos e jogos com seu apoio paternal e orientações não prejudiciais aos filhos. 
Palavras-Chave: Pai; Filho; Interferência no desempenho esportivo; 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................5 
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................7 
2.1 HISTÓRICO DO ESPORTE NO MUNDO .............................................................7 
2.1.1 A história do esporte no Brasil........................................................................8 
2.2 HISTÓRICO DO FUTSAL ...................................................................................10 
2.2.1 Regras do futsal .............................................................................................12 
2.2.2 Fundamentos técnicos do futsal...................................................................13 
2.3 A CRIANÇA E SEU DESENVOLVIMENTO BIOLÓGICO ....................................14 
2.3.1 Habilidades sensoriais...................................................................................15 
2.3.2 Desenvolvimento motor.................................................................................16 
2.3.3 A criança no esporte ......................................................................................17 
2.4 O PAI ...................................................................................................................18 
2.4.1 Os papéis dos pais.........................................................................................20 
2.4.2 Os diferentes estilos de pais.........................................................................21 
2.4.3 A influência dos pais nos programas esportivos ........................................21 
2.4.4 Pais que amam seus filhos não erram? .......................................................22 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................24 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................24 
3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...........................................................................24 
3.3 TÉCNICA E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................25 
3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS ...................................................................25 
3.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS...............................................................................25 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA 
5 CONCLUSÕES 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................29 
APÊNDICE A - Questionário aos Atletas ...............................................................33 
APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido............................34 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 De acordo com Sassaki (1997) o esporte é um dos meios ao qual podemos 
de alguma forma realizar inclusão social, basta o praticante ter um vigor físico 
necessário e habilidade suficiente para desempenhar tal esporte. 
 Segundo estudos, cada vez mais as pessoas vem praticando esporte com o 
objetivo de alcançar equilíbrio físico e emocional, com essa conscientização os 
pais colocam seus filhos em alguma atividade esportiva pelo mesmo objetivo. 
 Conforme estudos, a criança representa o maior público participante no 
esporte entre todas as faixas etárias. 
 Na modalidade esportiva futsal participam vários atletas de todas as idades, 
porém as crianças vêm cada vez mais cedo praticando este esporte de 
rendimento. 
 Segundo Becker (2000), os pais têm uma função extremamente importante 
com a qualidade na participação da criança nas atividades esportivas, já que eles 
são as pessoas mais próximas desta criança. 
 Os pais cada vez mais vem participando dos programas esportivos dos 
filhos com o objetivo de apóia-los e estar acompanhando o mesmo. Porém 
existem outros pais que colocam seus filhos em alguma atividade esportiva pelo 
fato de não disponibilizar tempo para acompanhá-lo e outros colocam seus filhos 
em determinadas atividades para que os pais vejam neles a sua realização 
esportiva. 
 Através desta contextualização acontecem diversas modificações 
psicológicas tanto no pai como no filho, sendo elas positivas ou negativas para o 
rendimento do atleta. 
Na modalidade esportiva de Futsal esta mudança também é sentida, pois as 
crianças, quando na presença de seus pais, querem demonstrar todo o seu 
desempenho técnico e físico, alterando o seu comportamento cotidiano. Nesta 
mudança comportamental algumas crianças acabam tendo um rendimento muito 
inferior, cometendo erros que normalmente não cometem; para outras crianças a 
presença de seu pais, serve de motivação tornando melhor o seu desempenho em 
quadra. 
Nesta pesquisa pretendi mostrar a influência do pai no desempenho 
esportivo do filho atleta na modalidade esportiva futsal, tendo como base a 
discussão do rendimento da criança, com a presença do pai, nas suas atividades 
esportivas. 
No primeiro capítulo do trabalho abordamos o histórico do esporte no Brasil 
e no mundo, onde procuramos falar sobre os principais acontecimentos e 
evoluções. Já no segundo capítulo falamos sobre o histórico do futsal, onde teve 
início da modalidade e como estão nos tempos de hoje. No terceiro descrevemos 
as regras do futsal, habilidades sensoriais, desenvolvimentomotor da criança, 
falamos também sobre a criança no esporte. No quarto e último capitulo falamos 
sobre o pai e seu contato com o filho desde os primeiros dias de vida até a pré-
adolescência. 
O presente projeto de pesquisa teve como metodologia estudo de caso de 
doze crianças que participavam da escolinha de futsal do parque esportivo de 
porto alegre, com abordagem qualitativa, através de um questionário aplicado a 
cada atleta com sete perguntas de respostas abertas e através de observações de 
treinos e torneio com o sem a presença do pai no parque esportivo. 
É dentro deste contexto que procuramos propor o trabalho a fim de 
esclarecer o desempenho do filho atleta com a presença do pai durante jogos e 
competições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 HISTÓRICO DO ESPORTE NO MUNDO 
 
 
De acordo com Tubino (1996), para começarmos a falar da origem do 
esporte, temos que vinculá-lo aos jogos. Pois a história do esporte se dará na 
evolução dos jogos. 
Melo (1999) segue a mesma linha de raciocínio de Tubino (1996), falando 
que no Brasil este assunto ainda não foi tratado efetivamente. 
Para Tubino (1996) existem duas opiniões diferentes com relação à origem 
do esporte, uma é que o surgimento do esporte tem origem desde os tempos dos 
primatas, com fins educacionais e a outra opinião entende o esporte como um 
fenômeno biológico e não histórico. Porém as duas idéias têm uma opinião em 
comum, que para haja o esporte tem que haver competição. 
Tubino (1996) fala que a origem do esporte no mundo vem dos tempos da 
Pré-história com os jogos Gregos, sendo uma das maiores manifestações 
esportivas daquela época. Antes do surgimento do esporte, existiam atividades 
físicas como rituais e atividades educativas. 
Alguns anos mais tarde, surgiram os Jogos Olímpicos, que eram realizados 
em Olímpia, na Elida, de quatro em quatro anos, em homenagem a Júpiter. Nesta 
época existia muito preconceito com as mulheres, pois elas não podiam assistir 
aos jogos. Os vencedores das provas ganhavam uma coroa de ramos de oliveira, 
e também diversos outros prêmios, tais como: escravos, pensões vitalícias, 
isenção de impostos, entre outros. Desde os primeiros jogos olímpicos os atletas 
gregos faziam alongamento, usavam cargas para os músculos, dieta, ciclos de 
treinamento, massagens e treinadores especializados para preparação dos jogos 
(TUBINO, 1996) 
No esporte moderno, no final do século XIX, Pierre de Coubertin, vendo as 
dificuldades do mundo para o convívio humano, achou que o esporte seria uma 
maneira de diminuir os conflitos nacionais e internacionais. Em 1896, Coubertin 
reformulou os Jogos Olímpicos, tomando como base os jogos da antigüidade. 
Com estas mudanças nos Jogos Olímpicos, ele conseguiu alcançar seu objetivo. 
Nesta época com os jogos houve até a paralisação das guerras durante o período 
de sua realização (TUBINO, 1996). 
Em 1896, ocorreram os primeiros Jogos Olímpicos modernos, em Atenas, 
com o total de 285 atletas, nesta época já existia o ritual Olímpico. Até o final do 
século XIX, como esporte, era compreendido apenas o atletismo, o remo, o futebol 
e a natação. 
Na Academia Militar Real no Brasil foram introduzidas algumas modalidades 
esportivas, tais como: esgrima, natação, equitação, tiro ao alvo, porém o mais 
praticado dentre eles era o remo. As práticas esportivas, no Brasil, começaram a 
aumentar a partir de 1920, pelo fato de haver a oportunidade de fazer intercâmbio 
em outros países. A primeira competição mais importante do Brasil foi nos Jogos 
Olímpicos de Antuérpia, já estando em sua sétima edição, embora o Brasil tendo 
ido com uma pequena delegação conseguiu três medalhas na modalidade 
esportiva de tiro. Nesta mesma época, o futebol brasileiro já se encaminhava para 
as disputas internacionais, como o Campeonato Sul-Americano, de Valparaíso, 
terminando o campeonato em terceiro lugar (TUBINO, 1996). 
Nas décadas de 30, Hitler viu no esporte uma maneira de fazer divulgação 
política. Em 1936, foram organizados os Jogos Olímpicos em Berlim, com a 
intenção de mostrar para o mundo a superioridade da raça ariana entre as outras. 
Porém não consegui comprovar este fato, pois o negro americano Jesse Owens, 
nesta edição dos Jogos Olímpicos, conquistou quatro medalhas de ouro, 
frustrando o plano de Hitler (TUBINO, 1996). 
Em 1941, foi um ano que o Brasil limitou-se a institucionalizar o esporte, 
criando diversas leis a fim da organização geral do esporte (TUBINO, 1996). 
Durante muito tempo no mundo, o esporte era somente visto com aspecto 
de rendimento. A partir de 1964 surgiram outras manifestações esportivas a não 
ser o de rendimento. 
Em 1978, o esporte aumentou seu conceito, quando a Unesco publicou a 
Carta Internacional de Educação Física, falando no seu primeiro artigo que “a 
atividade física ou prática esportiva era um direito de todos, bem como saúde e 
educação, não importando a classe social ou raça”. A partir daí o esporte no 
mundo começou ter um novo conceito e foram divididas em esporte-educação, 
esporte-participação e esporte performance (TUBINO, 1996). 
Após uma grande crise política, o esporte de rendimento revigorou-se 
extraordinariamente, começou a surgir os ídolos. O esporte era visto como 
espetáculo, sendo muito divulgado pela mídia. O esporte também foi visto como 
fonte de divulgação de produtos e serviços, sendo assim tendo um maior apoio de 
investidores, tornando o esporte mais fortalecido financeiramente (TUBINO, 1996). 
 
2.2 HISTÓRICO DO FUTSAL 
 
 
Existe uma grande polêmica para saber onde surgiu o futsal. Muitos dizem 
que surgiu nos anos 30 no Uruguai, que implantou as primeiras regras. Mas 
ninguém discute que foi no Brasil que esse esporte cresceu e ordenou como 
modalidade esportiva (VOSER, 1999). 
A modalidade esportiva futebol de salão nasceu no Uruguai e foi criada na 
Associação Cristã de Moços em Montevidéu, pelo professor Juan Carlos Ceriani 
(VOSER, 1999). 
A dúvida reside no fato de que não se sabe se foram os brasileiros que, 
ao visitarem a ACM de Montevidéu, levaram do Brasil o hábito de jogar 
futebol em quadras de basquete, ou se foram os brasileiros que 
conheceram a novidade ao ali chegarem e, ao retornarem, difundiram a 
prática em território nacional (VOSER, 1999, p. 15). 
Naquela época, o Uruguai era uma potência no futebol de campo, pois era 
atual bicampeã olímpica e também campeã da Copa do Mundo. Com isso o 
estímulo pelo futebol era muito grande, todos queriam praticar, pois havia se 
tornado a grande paixão dos uruguaios. Tamanha era a quantidade de pessoas 
interessadas nessa atividade que não havia campos suficientes para abrigar a 
todos. Então a solução encontrada foi ocupar quadras menores como as de 
basquete, por exemplo. Para isso, o jogo sofreu adaptações, já que o tamanho da 
quadra de basquete é muito inferior comparado ao campo de futebol (VOSER, 
1999). 
No Brasil, o primeiro relato oficial sobre o futebol de salão, surgiu em 1936, 
enquanto que mundialmente o futebol de salão já dominava a todos. Nos anos 50, 
houve grandes mudanças no futebol de salão. Em 1954, foi criada a Federação 
Carioca de Futebol de Salão, tendo como presidente Ammy de Moraes, logo após 
o seu surgimento vieram outras federações pelo Brasil como as de Minas gerais, 
São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (VOSER, 1999). 
Segundo Voser (1999), nessa década, mais precisamente em 1958, a então 
Confederação Brasileira de Desporto oficializou a prática do Futebol de Salão no 
país, fundando o Conselho Técnico de Futebol de Salão, tendo as federações 
estaduais como filiadas. Em 1959, realizou-se o primeiro Campeonato Brasileiro 
de Seleções, com o Rio de Janeiro sendo o grande campeão. 
Na década seguinte, em 1969, esse esporte começava a tomar conta da 
América,grande era o interesse e a paixão das pessoas por essa modalidade 
esportiva, por todo este interesse foi Confederação Sul-Americana de Futebol de 
Salão (VOSER, 1999). 
Em 1979, foi o ano em que o futebol de salão se expandiu, ganhando o 
mundo. Nesse ano foi fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão, 
cujo presidente foi Aécio de Borba Vasconcelos. Na década de 80, começam as 
realizações de confrontos internacionais nestes diversos campeonatos mundiais e 
pan-americanos. A seleção brasileira consegue um destaque muito grande com 
excelentes resultados (VOSER, 1999). 
Da fusão do futebol de cinco (FIFA) e do futebol de salão (praticado pela 
FIFUSA), surgiu o futsal. Em função desta aproximação as regras sofreram e 
sofrem alterações até os dias de hoje. Atualmente o Brasil no cenário mundial 
possui o maior número de praticantes desta modalidade, esporte que possui 
praticantes em inúmeros locais, tais como: praças, escolas, clubes e outros. 
Atualmente são mais de setenta países que praticam esta modalidade, alguns com 
maior visibilidade como a Espanha, Paraguai, Itália, Rússia, entre outros (VOSER, 
1999). 
De acordo com Voser (2001), no ano de 2000, a modalidade esportiva 
ganhou notoriedade ao ser incluído como esporte olímpico pela primeira vez na 
história. 
Segundo Voser (2001): 
O futsal tem sofrido inúmeras alterações na sua forma de jogo, impostas 
pelas alterações das regras, pela evolução da preparação física (melhora 
da capacidade de marcação das equipes e maior movimentação dos 
jogadores) e também pela profissionalização dos atletas e de toda a 
comissão técnica (VOSER, 2001, p. 15). 
 
2.2.1 Regras do futsal 
 
 
De acordo com Bello (1998), o futsal é englobado por várias regras e 
demarcações, tal qual o comprimento da quadra, que, obrigatoriamente, tem que 
ser retangular, com o comprimento máximo de 42 metros e mínimo de 25 metros, 
com largura variando de 15 a 20 metros. A distância do pênalti é de 6 metros da 
linha de meta no ponto central. A marcação do tiro livre sem barreira é de 12 
metros da linha de meta no ponto medial. O piso da quadra pode ser tanto de 
material sintético quanto de cimento. A bola tem que ser esférica, de couro ou de 
algum outro material aprovado. Nas categorias principal e juvenil a bola deve ter a 
circunferência entre 61 e 64 centímetros e peso de 390 a 430 gramas, e nas 
categorias feminina e infantil deve ter a circunferência de 55 a 59 centímetros e o 
peso diminui, tendo entre 350 a 380 gramas. Para haver uma partida, o jogo tem 
que estar dividido em duas equipes, cada equipe pode ter no máximo doze atletas, 
com cinco jogadores jogando (ou no mínimo três), e cada equipe, 
obrigatoriamente, deve jogar com um goleiro. 
As substituições não têm limite, podendo ser feita somente com a bola em 
jogo, com exceção do goleiro, que a bola tem que estar obrigatoriamente parada. 
Para a substituição ser legal, o atleta que irá entrar tem que estar na área 
demarcada para substituição e deverá esperar o seu companheiro de equipe sair 
da quadra. Os árbitros terão que estar obrigatoriamente com camisas de manga 
longa ou curta, com as cores da entidade determinada, sendo diferentes das 
equipes, e também de calça, cinto, meias e tênis ou sapatos brancos. Eles devem 
estar munidos de cartões nas cores vermelha e amarela (BELLO, 1998). 
Bello (1998) também diz que nas categorias principal e juvenil o tempo total 
da partida é de 40 minutos, sendo dividido em dois períodos de 20 minutos, e 
tendo intervalo de 10 minutos. Já na categoria juvenil o tempo total de jogo é de 
30 minutos, dividido em dois períodos de 15 minutos, com intervalo máximo de 10 
minutos. Cada equipe tem o direito de pedir tempo duas vezes durante o jogo, um 
pedido por tempo, não cumulativo, e o pedido pode ser feito somente quando a 
bola estiver parada. O gol será validado quando a bola ultrapassar por total a linha 
de meta entre os postes de meta sob o travessão (goleira), e ela não pode ser 
carregada pela mão ou braço dos atletas do time de ataque. 
Existem três tipos de falta: a) a técnica, que é quando o atleta da um 
pontapé no adversário, pula ou atira-se contra ele ou ainda tranca-o de maneira 
violenta e perigosa. A punição é de a equipe adversária bater um tiro livre direto de 
onde ocorreu a infração; b) a falta pessoal, que ocorre quando o atleta comete 
uma jogada perigosa, como quando o jogador obstrui a passagem do oponente 
sem a posse da bola. A punição é a cobrança de um tiro direto livre da onde 
ocorreu a infração contra a equipe infratora; e c) as faltas disciplinares, que 
ocorrem quando um dos componentes da equipe infringe alguma das regras do 
jogo, quando xinga outros jogadores ou o árbitro com palavrões ou troca seu 
número de camisa sem avisar o árbitro (BELLO, 1998). 
A penalidade máxima é um tiro livre direto, onde o disparo é feito na linha da 
marca do pênalti, e a cobrança só pode ser feita para frente. O goleiro não pode 
se mover para frente, podendo apenas se mover de um lado para o outro, em 
cima da linha de meta da goleira. Ele pode ficar com a posse da bola por no 
máximo quatro segundos, após se desfazer da bola o goleiro poderá recebê-la 
com os pés apenas uma vez, sendo que poderá receber novamente após a sua 
equipe ter ultrapassado o meio da quadra, ou a equipe adversária ter tocado na 
bola (BELLO, 1998). 
No arremesso lateral, a bola tem que estar em cima da linha lateral da 
quadra, e o pé de apoio do cobrador podem estar em cima da linha lateral ou fora 
da quadra, mas não pode estar por completo dentro da quadra. O arremesso de 
meta acontecerá quando o time que estiver atacando, ultrapassar a bola pela linha 
de fundo. A execução do tiro de meta é obrigatoriamente cobrada pelo goleiro e 
com as mãos, sendo que para o atleta de seu time receber a bola tem que estar 
fora da área do goleiro (BELLO, 1998). 
E para finalizar, Bello (1998) diz que o arremesso de canto acontece quando 
o time que está defendendo joga a bola para a sua linha de fundo, este pode ser 
cobrado por qualquer atleta da equipe. A cobrança obrigatoriamente tem que ser 
feita com o pé. 
 
 
2.2.2 Fundamentos técnicos do futsal 
 
 
Conforme Voser (1999), técnica é todo movimento feito por atletas em jogos 
e treinos. Durante uma partida é muito utilizado o uso da técnica sendo inclusive 
como base dos fundamentos de jogo. 
A técnica obedece a princípios de ordem científica com base na análise de 
movimentos, na sua mecânica e na ação de alguns grupamentos musculares, 
principalmente dos membros inferiores. Para aplicar as técnicas em crianças, 
caberá ao orientador conhecer muito bem a criança, suas capacidades físicas, 
psíquicas e sociais e verificar seus interesses pelo esporte, dando atenção a sua 
capacidade motora. Certificado isso, pode-se ter uma visão da criança, se ela terá 
capacidade para exercer as técnicas que o futsal exige (VOSER, 1999). 
A técnica com bola divide-se diversos fundamentos, tais como: condução, 
que é estar com a bola, conduzi-la próxima, correndo ou caminhando, por toda 
extensão da quadra; o passe, que é dar a bola ao colega de equipe ou colocá-la 
em um espaço que não tenha ninguém, tanto adversário quanto companheiro de 
equipe; o chute se baseia em Ir de encontro à bola com os pés, tendo em situação 
de jogo o objetivo de fazer o gol; o domínio, a recepção, o abafamento ou 
amortecimento que se baseia em receber a bola do companheiro ou adversário e 
proteger ela para que o adversário não tire sua posse de bola; o drible tem que 
estar com a bola sobre seu domínio e passar pelo adversário levando-a sob seu 
controle; a finta, o atleta faz um movimento sem a bola para confundir a marcação 
adversária; o deslocamento, é usado para se desvencilhar da marcação; a 
marcação, é exercida para interceptar a posse de bola do adversárioe evitar que o 
mesmo vá em direção ao gol; por fim o cabeceio, que é Ir com a cabeça. de 
encontro à bola (VOSER, 1999). 
 
 
 
2.3.1 Habilidades sensoriais 
 
 
Segundo os estudos de Papalia e Olds (2000), o primeiro sentido a se 
desenvolver em uma criança é o tato. É através do mesmo que as pessoas 
percebem a dor. De acordo com a idéia dos autores, alguns médicos deixam de 
aplicar anestesia em recém-nascidos quando a necessidade de uma cirurgia, 
alegando que o bebê recém-nascido não sente dor; outros autores alegam que na 
verdade eles sentem dor desde o primeiro minuto de vida. 
Mais uma habilidade sensorial é o olfato, que é desenvolvida desde o 
primeiro dia de vida, sabendo diferenciar o bom cheiro do mau cheiro. Os recém-
nascidos sabem identificar os sabores doces, amargos e azedos. Eles têm 
preferência pelos líquidos adocicados, rejeitando os alimentos com gosto ruins. A 
percepção da audição do bebê começa no útero da mãe, antes do nascimento, ele 
tem a capacidade de responder aos sons emitidos pelas pessoas que os 
estimulam. Logo após o nascimento do bebê, a audição corre o risco de diminuir 
pelo fato do ouvido ser envolvido por um líquido do parto, voltando a sua audição 
normal após alguns dias. Os bebês com apenas três dias de vida têm a 
capacidade de diferenciar a voz da sua mãe a de um estranho, podendo ser pelo 
fato de escutar a voz de sua mãe durante a gestação (PAPALIA; OLDS, 2000). 
A visão é a última habilidade sensorial. É a habilidade com menor 
aprimoramento no nascimento, se dando ao fato de que os olhos dos recém-
nascidos são muito inferiores ao dos adultos. Porém a capacidade de 
deslocamento da visão como estímulo de algum objeto em movimento é 
observado nos primeiros meses de vida, assim como também a identificação de 
cores (PAPALIA; OLDS, 2000). 
 
2.3.2 Desenvolvimento motor 
 
Na visão de Gallahue (2003), o desenvolvimento motor é o aprimoramento 
do movimento que começa na infância e se perdura ao longo da vida, pelo fato 
das necessidades de o indivíduo estar sempre em movimento. Haywood e 
Getchell (2004) também confirmam que o desenvolvimento motor na fase inicial da 
criança é muito rico. 
De acordo com Papalia e Olds (2000), na primeira fase da vida os bebês 
quando nascem já são ricos em movimento, quanto mais espaços para eles 
tiverem, mais serão explorados os movimentos. 
A partir do quarto mês de vida é que eles começam a fazer movimentos 
mais repetitivos, tornando-os cada vez mais perfeitos. O aprimoramento dos 
movimentos segue dos mais simples aos mais complexos. 
Na segunda fase, a criança fica mais magra e comprida, perdendo a sua 
forma arredondada, crescendo de 5 a 7,5 cm e ganhando 1,8 a 2,7 kg. A partir dos 
três anos de idade é que elas começam a desenvolver as suas habilidades 
motoras gerais, tais como: pular, saltar, trepar, agarrar, empurrar, chutar e correr. 
Mas esta progressão pode variar de acordo com sua herança genética e com sua 
vivência, como, por exemplo, uma criança que pratica atividade física e a outra 
não. 
Nesta mesma fase, começa a progressão do aprendizado das habilidades 
motoras finas como abotoar a camisa, amarrar os tênis e desenhar figuras. As 
crianças com dois anos de idade tendem a fazer desenhos maus traçados como 
linhas verticais ou em zigue-zague; já com três anos de idade elas tendem a fazê-
los mais padronizados como círculos, quadrados, retângulos e cruzes. 
Já na terceira fase, suas habilidades continuam a melhorar tornando-as 
seus movimentos mais coordenados. É nesta fase que as crianças começam a 
brincar com impetuosidade, que envolvem brincadeiras de luta e pega-pega. São 
nestas brincadeiras que as crianças iniciam a medir forças com as outras para 
avaliação das mesmas. Durante esta fase, as crianças crescem de estatura 
aproximadamente de 2,5 a 2,7 cm ao ano e ganham cerca de 2,2 a 3,6 kg de 
peso. 
Os dentes de leite começam a cair aproximadamente aos 6 anos de idade, 
e a partir dai é que começa a nascer os dentes permanentes. No fim dessa fase, 
normalmente entre as idades de 12 e 13 os meninos começam seu “salto” no 
crescimento. Os meninos possuem menos tecidos gordurosos comparado com as 
meninas, que vai até a fase adulta (PAPALIA; OLDS, 2000). 
 
 
2.3.3 A criança no esporte 
 
 
De acordo com Becker (2000), nos últimos anos teve um grande aumento 
de crianças ingressando nos programas de iniciação esportiva. A mídia vem 
relacionando cada vez mais o esporte à saúde. Aproveitando esta situação, vem 
surgindo vários estudos científicos relatando os benefícios do esporte para a 
criança. 
As crianças das primeiras séries do Ensino Fundamental têm como 
disciplina favorita a Educação Física. Muitas destas crianças estão envolvidas em 
atividades esportivas extras escolares. Foram feitos vários estudos, por vários 
pesquisadores, evidenciando que os motivos de participação das crianças em 
atividades esportivas são: alegria; aquisição de habilidade; competência e 
desenvolvimento de habilidades, status social, saúde, liberação de energia e 
influência de outros (BECKER, 2000). 
Aos doze anos de idade a criança atinge o grau máximo de participação no 
esporte e a partir dos treze anos em diante reduz este interesse, chegando aos 
dezoito anos, diminui ainda mais, restando muito pouca vontade pela prática do 
esporte (BECKER, 2000). 
Para que a criança escolha realmente seu esporte favorito, ela teria que 
vivenciar diversas modalidades esportivas. Porém algumas não têm esta 
oportunidade, pelo fato de seus pais terem muitos compromissos acaba 
matriculando seu filho em um horário em que não pode estar com ela. O pai por 
não ter realizado no passado seu desejo de ser atleta esportivo em uma 
determinada modalidade, acaba transferindo sua vontade para seu filho, 
matriculando-o no mesmo desporto. Por este fato, o pai acaba colocando muita 
cobrança, algumas delas correspondem às expectativas do pai, outras não 
gerando o abandono do esporte precocemente (BECKER, 2000). 
Para entrar no esporte de competição, muitas delas são submetidas a 
diversos testes, com o objetivo de ficar com os melhores atletas, e os que não 
atenderam as expectativas da escolinha são dispensados. Porém nas escolinhas 
pagas não acontece este tipo de seleção, o objetivo é de manter o maior número 
de crianças para que o clube obtenha lucros. 
Becker (2000) ainda fala que os professores de escolinha têm aperfeiçoado 
a sua metodologia de ensino, porém acaba deixando de lado a parte psicológica, 
sentimental, o convívio social e a educação da criança, preocupando-se somente 
com o desempenho esportivo. 
Para a criança notar a sua evolução, ela correlaciona a sua marca ou seu 
resultado com as de outras crianças, para analisar seu nível de capacidade. Estas 
crianças preferem fazer testes com crianças do seu nível de aptidão física, para 
por em teste o seu desempenho. Algumas crianças quando perdem no jogo, 
demoram a assimilar a derrota, ficando muitos dias chateados com o fato, 
podendo ser pelo resultado do jogo ou pela não compreensão dos pais. Por outro 
lado, existem crianças que lidam melhor com o resultado negativo, pelo fato de 
uma maior compreensão dos pais, onde os mesmos passam uma maior 
segurança para seus filhos (BECKER, 2000). 
Becker (2000) destaca que a família tem grande influência no caráter da 
criança quando está na iniciação esportiva. Isto depende de como a família 
absorve os resultados dos jogos e de como eles demonstram para a criança. Isto 
pode acarretar no fracasso esportivo ou levar a melhorar o seu desempenho. 
Estes fatores podem influenciar na sua conduta no dia-a-dia. 
 
 
2.4 O PAI 
 
 
Segundo Bee (2003), o pai tem o mesmo apego da mãe pelo filho, porem é 
demonstrado de formas diferentes. Nos primeiros dias de vida os pais procuram 
acariciar, conversar com seufilho. Até seus batimentos cardíacos ficam da mesma 
forma acelerados. 
A partir da primeira semana é que se começa a notar as diferenças de 
comportamento dos pais perante o filho. A autora coloca que através de estudos 
nos Estados Unidos, comprovam que o pai passa mais tempo brincando com 
muito entusiasmo, algumas vezes até com brincadeiras físicas. Já a mãe fica mais 
atenta aos cuidados do bebê e da casa, como trocar as fraldas, ver se a criança 
não está doente, nos compromissos do lar, mas sempre sorri e lança olhares de 
afeto para o recém nascido. Isto pode ser um dos fatores que comprovem as 
diferenças de apego dos pais com o filho. Esta conclusão não é uma verdade 
única, pois pode estar ligado diretamente com a cultura de uma região. Pois 
através de outros estudos feitos na Suécia, Israel Itália, China e outros mais, não 
obtiveram as mesmas respostas (BEE, 2003). 
Como os pais têm um apego ao filho, o filho também se apega aos pais, 
porém este processo é um pouco mais lento. Neste processo existem três fases, a 
orientação e sinalização não formalizada. Nesta fase a criança não demonstra 
nenhum tipo de afeto pelos pais e que apenas diferencia-os das outras pessoas 
(BEE, 2003). 
Na segunda fase, lá pelo terceiro mês de idade, a criança se foca em uma 
ou mais figuras. Ela começa a demonstrar o seu afeto de uma maneira mais clara 
para os pais, através de sorrisos e outros gestos e que para outras pessoas ela 
não demonstra os mesmos gestos com tanta facilidade. Porém a afetividade pelos 
pais ainda não está totalmente completo. Nesta fase a criança ainda não 
demonstra nenhum medo de estranhos. É a partir da terceira fase, por volta dos 
seis meses de idade, que o bebê forma um apego pelos pais. É nesta fase que a 
criança usa uma pessoa como base de segurança. Este fato é o acontecimento 
primordial do apego do bebê pelos pais (BEE, 2003). 
A partir do segundo ano de vida da criança que os apegos da criança pelos 
pais continuam, não na mesma intensidade, pois o pai já não passa tanto tempo 
em casa por causa de suas atividades do dia-a-dia, porém a criança entende essa 
ausência, que pelo fato de os pais terem que trabalhar (BEE, 2003). 
No Ensino Fundamental ainda se vê sentimentos de apegação do filho 
pelos pais. Na hora de levar a criança para a escola, o filho sente muito a sua 
partida. Pois ainda não se sente seguro em um ambiente diferente do qual está 
acostumado (BEE, 2003). 
Na adolescência, as atitudes de comportamentos do filho com os pais 
mudam, eles tendem a ter uma maior autonomia de sua vida. Esta autonomia 
surge quando há discórdia entre pais e filhos nas maneiras de pensar, de agir, 
entre outroa, através destes fatores acabam surgindo muitos conflitos entre eles 
(BEE, 2003). 
É normal existirem conflitos no âmbito familiar entre pais e filhos, porém tem 
que tomar cuidados para que seus relacionamentos não se esgotem. A autora cita 
uma pesquisa sobre deterioração de relacionamento entre pais e filhos nos 
Estados Unidos, apenas 5 a 10% das famílias pesquisadas foram constatadas a 
deterioração de relacionamento entre pais e filhos (BEE, 2003). 
O mau relacionamento de pais para com os filhos é de que os pais não 
tiveram uma criação de muito afeto e carinho com seus pais. Este fato no passado 
pode acabar prejudicando o relacionamento com seus filhos. Os conflitos entre 
pais e filhos estão longe de serem acontecimentos negativos, pois pode ser uma 
maneira de aproximá-los, e também uma forma do adolescente criar uma 
identidade. Para se tornar uma pessoa de idéias e opiniões, o adolescente tem 
que passar por desafios, testar seus limites (BEE, 2003). 
A felicidade dos adolescentes está centrada mais no bom convívio com os 
pais do que com os amigos. Quanto mais carinho, amor e afeto os pais derem 
para seus filhos, mais difícil será o envolvimento deles com a delinqüência (BEE, 
2003). 
 
 
2.4.1 Os papéis dos pais 
 
 
Conforme Davidoff (2001), o pai é o que menos participa na educação 
durante a infância, pelo fato da maioria das vezes ser o “chefe” de casa. Através 
de estudos, apenas 20% dos pais assumem a responsabilidade de criação de 
seus filhos. 
Segundo as idéias de Davidoff (2001), em 1980, fizeram um estudo e 
apontaram que o pai é tão sensível quanto à mãe perante a cada aprendizagem e 
evolução do filho bebe. Após o amadurecimento do filho, por volta dos 5 anos, os 
pais tendem a tomar uma posição de “paizão”, companheiro. 
O pai tem um papel muito importante com relação à socialização da criança 
quando maior, se dando ao fato de a “maneira” a qual foi criado, se foi muito 
autoritário, se foi mais sensível. Os pais desenvolvem um papel mais importante 
do que as mães, quando o assunto tratado é sexualidade, pois o homem tem uma 
maior pré-disposição para tratar do assunto (DAVIDOFF, 2001). 
 
 
2.4.2 Os diferentes estilos de pais 
 
 
Segundo Cole e Cole (2004), em uma pesquisa feita nos Estados Unidos, 
com o propósito de analisar os diferentes comportamentos dos pais, 77% se 
adequaram ao padrão de paternidade/maternidade autoritária, que tendem a impor 
regras e seguir a educação padrão da sociedade, sempre os punindo quando o 
comportamento for diferente dos que lhe foi ensinado; padrão de 
paternidade/maternidade com autoridade, são os tipos de pais que discutem a 
educação com seus filhos, deixando-os opinar, embora diversas vezes não 
aceitem o argumento. São pais que incentivam seus filhos a serem mais 
independente; e o padrão de paternidade/maternidade permissivo, são os pais que 
não impõem muitas regras, deixam os filhos aprenderem com o cotidiano do dia-a-
dia. 
 
 
2.4.3 A influência dos pais nos programas esportivos 
 
 
Becker (2000) fala que a conduta do pai exerce uma influência muito grande 
na qualidade esportiva do filho. Os pais são as pessoas mais próximas dela, 
portanto em uma situação de estresse da criança o pai automaticamente teria que 
dar um apoio incondicional para ela. Este comportamento é de suma importância 
para o filho, pelo fato de ainda não saber encarar os problemas como adulto. O 
autor ainda fala que através de estudos analisaram condutas dos pais de jovens 
desportistas, verificaram-se os pais que se dedicam apoiar com sobriedade, os 
que não estão presentes e os que só perturbam com sua conduta desequilibrada. 
Becker (2000) cita uma pesquisa feita em 171 clubes, com professores de 
Educação Física, sobre a participação dos pais durante jogos e competições de 
iniciação esportiva. Os resultados apontaram que 76,7% dos entrevistados não 
estavam satisfeitos com a conduta dos pais. Feito uma pesquisa com os pais, 
mostrou que muitos deles têm vontade de assumir responsabilidades esportivas, 
porém não são solicitados pela comissão técnica. 
A influência do pai é muito grande perante aos resultados esportivos dos 
filhos. Muitas crianças no esporte individual, quando estão jogando e percebem a 
presença do pai, o seu emocional é bastante afetado e acaba influenciando o seu 
rendimento no esporte. Uma grande maioria reage positivamente, porém outras 
acabam reagindo negativamente. Alguns pais tentam apoiar seu filho frente a um 
resultado negativo no jogo, mas sua linguagem não verbal é muito mais forte que 
a criança acaba percebendo a frustração do pai, sendo assim ficando magoada e 
também muito insegura (BECKER, 2000). 
 
 
 
 
 
 
2.4.4 Pais que amam seus filhos não erram? 
 
 
De acordo com Tenroller (2004), é muito grande e agitada a participação de 
diversos pais em atividades extraclasses de seus filhos que participam de uma 
escolinha de futsal. Essa participação é muito maior quando os pais vêem em 
seus filhos a realização do sonho em que eles não conseguiram atingir o objetivo 
no passado. Seus educadores são obrigados a no mínimo saber desse fato. 
É pretendido mudaralguns hábitos em relação às atitudes destes pais, 
solicitando algumas idéias para os educadores físicos que vão lidar ou estão 
lidando com esses tipos de clientes diariamente, nas escolinhas de futsal. 
Segundo Tenroller (2004), com sua experiência em diferentes escolas de 
futsal tanto as pagas como não pagas, foi presenciada diversas irregularidades em 
atitudes partindo de pais para os professores ou vice e versa. 
Muito importante para tirar qualquer dúvida que os pais não estejam 
cometendo um erro, essa é uma maneira de respeitar o amor e carinho que os 
pais têm respectivamente com seus filhos. É muito importante saber que esse 
fenômeno paternal quando o mesmo está no ginásio insultando e reclamando do 
time em que o treinador resolveu por em quadra ou das substituições feitas pelo 
treinador, ele tem essas atitudes por impulsos de ser pai. Então é preciso o 
profissional de Educação Física ter um jogo de cintura muito grande para manter o 
equilíbrio necessário com os pais ou responsáveis pelos alunos (TENROLLER, 
2004). 
O pai ao colocar seu filho em uma escola ou escolinha de futsal, tem por 
objetivo que a criança desenvolva atividades voltadas para o lazer, recreação, ou 
por motivos de saúde, distração ou pela socialização. Mas na maioria das vezes 
matricula a criança pelo objetivo que ele se torne um grande craque da 
modalidade no futuro. Por terem esses objetivos já formados em seus 
pensamentos, os pais já vão para as quadras e adotam comportamentos 
inadequados. Não é em todas as escolinhas que existem esses fatos, mas a 
maioria das escolinhas deveria oferecer um questionário e informações que 
tivessem perguntas básicas (TENROLLER, 2004). 
Ao longo dos meses, diversas aulas depois e, principalmente, com 
amistosos com outras escolinhas com a presença dos pais que sonham com seus 
filhos sejam futuros craques, surgem a pressão sobre o educador. Essa cobrança 
tem início quando o treinador começa a fazer as substituições para que todos 
atuem, e os pais na arquibancada não aceitam isso fazendo diversos comentários 
como “meu filho é bom e aquele é ruim”. Essa é a realidade que acontece 
diariamente em vários períodos durante um trabalho em escolinhas de futsal. 
Então fica a dúvida de como o educador vai lidar com esse tipo de pai; e quando 
for mais de dois pais colocando pressão para que seu filho atue que ele jogue 
mais tempo, qual a postura que o educador deve ter (TENROLLER, 2004). 
Conforme Tenroller (2004), a primeira coisa que temos a fazer é mostrar aos 
pais que quando concordaram com os serviços oferecidos pela escolinha, a 
mesma ofereceu trabalhos didático-pedagógicos, sendo que a finalidade é de 
passar conhecimento, sem fins em nível de competição. 
Então, que atitudes deveríamos ter nessa situação de protesto dos pais? É 
servir de modelos e elogiar a atitude dos pais, por certo, estão no ginásio 
demonstrando grande educação, sendo observados pelos seus filhos e passando 
a servir de exemplos para os mesmos, mesmo que o time da escolinha esteja 
perdendo, é um jogo de integração que faz parte de um processo, onde o 
educador seguira a falar palavras de gratidão e, fundamentalmente, a parabenizar 
pelos grandes jogos e lembrar os aspectos, sempre mantendo o respeito pela 
escola adversária, por que sem ela não teria amistoso (TENROLLER, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Neste capítulo, são apresentados os procedimentos metodológicos desta 
pesquisa. 
 
 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
 
Segundo Oliveira (2001), existem dois métodos de abordagem no projeto de 
pesquisa: o quantitativo e o qualitativo. 
O método qualitativo não busca projetar dados para a população, e nem tem 
o objetivo de mostrar dados numéricos, e sim de ter como objetivo abordar 
realidades múltiplas, exigindo do pesquisador muita atenção na interpretação dos 
fatos. Mas há pesquisadores que afirmam que um método de pesquisa completa o 
outro, não podendo descartar nenhum dos métodos em uma pesquisa (OLIVEIRA, 
2001). 
Para Lüdke e André (1986), o estudo de caso pode ser simples e direto, 
mas também pode ser amplo e complexo. O estudo de caso pode ser parecido 
com outros, porém com finalidades e objetivos diferentes, por isso chamado de 
estudo de caso. 
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso pode ser tanto único quanto 
múltiplo e a abordagem pode ser qualitativa ou quantitativa. 
Tendo em conta as posições dos autores apresentados, esta pesquisa se 
enquadrou no tipo estudo de caso. O tipo de abordagem foi da seguinte maneira: 
qualitativo, analisar a melhora ou o déficit da criança no rendimento esportivo com 
e sem a presença do pai. 
 
 
3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 
 
População consiste em um conjunto definido de elementos que possuem 
determinadas características, e amostra é qualquer subconjunto dos elementos da 
população (Gil,1999). 
Este projeto de pesquisa foi realizado com um grupo de doze atletas, quatro 
atletas em cada faixa etária de nove, dez e onze anos do parque esportivo 
Ararigbóia, situado na cidade de Porto Alegre, rua.Saycã nº6.no bairro Jardim 
Botânico. Os alunos estavam regularmente matriculados nas escolas no Ensino 
Fundamental e possuíam uma freqüência satisfatória. 
Fizeram parte do projeto de pesquisa crianças que estavam participando da 
escolinha de futsal em um período mínimo de tempo de dois anos, que 
participavam com freqüência regular de jogos e treinos, crianças nos quais os pais 
também tinham presença regular aos treinos e jogos, crianças que aparentemente 
demonstravam uma condição de saúde boa e que quisessem participar deste 
projeto. 
Não participaram do projeto de pesquisa crianças aos quais os pais não se 
faziam presentes aos treinos e jogos, crianças que possuíam um tempo muito 
curto de participação na atividade, crianças que não apresentavam uma condição 
boa de saúde e crianças que não tinham assiduidade aos jogos e treinos. 
 
 
3.3 TÉCNICA E INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 
 
 
A avaliação foi feita no local onde os atletas executam suas atividades 
práticas. No primeiro semestre do ano de 2009, foi aplicado questionário aos 
atletas participantes, abordando aspectos motivacionais (APÊNDICE A). Foi feita 
uma entrevista semi-estruturada, cujo autor Marconi e Lakatos(2004) falam que 
para se enquadrar neste tipo de entrevista o entrevistado têm a liberdade para 
expor as suas idéias livremente, sem seguir um roteiro previamente estabelecido. 
As entrevistas foram realizadas no ginásio do parque Ararigbóia. 
 
 Este questionário serviu para a verificação dos aspectos motivacionais, de 
interesse dos dois e o motivo, talvez, pelo qual há tantas oscilações de seu 
desempenho nas quadras. Esta entrevista ocorreu no ginásio de esportes. 
 Ao questionário foi anexado um Termo de consentimento Livre Esclarecido 
(Anexo), contendo o nome da instituição do quais os atletas fazem parte, os 
autores da pesquisa (acadêmico e orientador), justificativa do estudo, como 
iríamos fazer, os riscos que os mesmos corriam em participar deste estudo, o que 
eles ganhariam com este estudo, quais seriam os seus direitos e por ultimo, este 
termo, depois de lido pelos participantes e responsável pela criança, teria que 
assinar o termo como prova de autorização para que décimos continuidade a 
pesquisa 
 Anteriormente à aplicação desta pesquisa, foi solicitado a instituição 
participante o consentimento para a realização da mesma. Para a aplicação do 
questionário primeiramente foi contatados o supervisor do local, que assinou um 
Termo de Autorização Institucional (Anexo A) para a realização do projeto. Este 
documento apresenta o nome da instituição de ensino, os autores da pesquisa 
(acadêmico e orientador), título da pesquisa, objetivos, procedimentos, períododa 
realização da pesquisa e data da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa do Centro Universitário Metodista IPA. 
 
 
3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS 
 
 
Para chegarmos à resposta primordial de nosso projeto de pesquisa, as 
respostas da entrevista aplicados às crianças e as observações foram 
correlacionados com a literatura feita, em cima deste cruzamento, chegamos a 
uma resposta final 
A fase seguinte, em continuação a esta, é o processo de analisar e 
interpretar as informações obtidas e denomina-se análise e interpretação de 
dados. 
Segundo Yin (2005) A técnica de análise de dados consiste em examinar e 
a classificar os dados coletados 
Este estudo teve um total de doze alunos/atletas participantes regularmente 
de uma escolinha que desenvolve a modalidade de futsal mais a participação de 
seus pais nos jogos e treinos. Eram atletas do sexo masculino com uma faixa 
etária entre 09 e onze anos de idade. Por ser este o grupo de estudo de nossa 
curiosidade e interesse. 
 Segundo estudos, a predominância de haver mais meninos do que meninas 
nas escolinhas e em equipes de futsal se da pelo fator da modalidade apresentar 
muito contato físico e em função da faixa etária ser pequena estas meninas 
sentirem muito desconforto. 
 
3.5 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 
 Ao questionário foi anexado um Termo de consentimento Livre Esclarecido 
(Anexo), contendo o nome da instituição do quais os atletas fazem parte, os 
autores da pesquisa (acadêmico e orientador), justificativa do estudo, como 
iríamos fazer, os riscos que os mesmos corriam em participar deste estudo, o que 
eles ganhariam com este estudo, quais seriam os seus direitos e por ultimo, este 
termo, depois de lido pelos participantes e responsável pela criança, teria que 
assinar o termo como prova de autorização para que décimos continuidade a 
pesquisa 
 Anteriormente à aplicação desta pesquisa, foi solicitado a instituição 
participante o consentimento para a realização da mesma. Para a aplicação do 
questionário primeiramente foi contatados o supervisor do local, que assinou um 
Termo de Autorização Institucional (Anexo A) para a realização do projeto. Este 
documento apresenta o nome da instituição de ensino, os autores da pesquisa 
(acadêmico e orientador), título da pesquisa, objetivos, procedimentos, período da 
realização da pesquisa e data da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa do Centro Universitário Metodista IPA. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA 
Com as observações feitas no que diz respeito aos fundamentos técnicos 
dos atletas, nos treinos e jogos foi percebida a seguinte constatação: 
Nas observações dos seis treinos, em um primeiro momento sem a 
participação dos pais, ou seja, quatro treinos verificaram-se um nível muito baixo 
de erros na execução dos fundamentos técnicos como passe, chute, drible e 
domínio. Essa observação foi percebida em função do volume de jogo que a 
equipe apresentava durante os coletivos dos treinos. Este volume vazia que com a 
bola permanece-se mais tempo em jogo com poucos laterais e poucas faltas e 
quase sempre as equipes terminavam o seu tempo de bola com finalização ao gol. 
Acredita-se também que em função dos atletas possuírem um bom tempo de 
escolinha nesta modalidade, no mínimo dois anos, e terem os fundamentos bem 
trabalhados fez com que houvesse um numero menor de erros. Nas outras três 
observações dos treinos aí com a presença dos pais notou-se praticamente o 
mesmo nível técnico de acertos e erros, o que houve de diferença foram às 
atitudes de mais empenho e dedicação, presenciamos situações de atletas com 
um pouco mais de garra e motivação. Salientamos que isto se deva em função da 
presença dos pais, pois foi notado também que as atitudes dos pais foram sempre 
de motivação a ajuda aos filhos/atletas e não de cobrança. 
Nas observações dos seis jogos, no primeiro momento com a presença dos 
pais, ou seja, nos dois primeiros jogos foi notado que havia muito empenho, muita 
dedicação e entusiasmo por parte dos atletas e pais, mais uma vez não se 
percebeu uma mudança expressiva com relação ao nível técnico dos atletas ou 
seja na sua melhora ou na sua queda de rendimento. As atitudes das crianças 
mesmo com um algo a mais que foram os jogos com toda a sua estrutura de 
competição que é a premiação, fardamento, arbitragem equipes buscando 
resultado, raros foram os momentos de descontrole por parte dos atletas e pais. 
Nos três jogos seguintes sem a presença dos pais houve uma queda de produção 
e rendimento por parte dos atletas, vários passes errados algumas faltas 
desnecessárias, falta de atenção e motivação por parte dos atletas. Um ou outro 
filho/atleta aparentou um descontrole emocional (chorou) quando o resultado da 
partida não os favorecia. Os jogos tiveram seu desenvolvimento dentro do 
possível com uma tranqüilidade e serenidade que em alguns momentos pareciam 
treinos. Acredita-se que isto se deva a não presença dos pais e talvez ao cansaço. 
Através da análise do questionário desenvolvida para o estudo, foi 
encontrados um grande índice de aprovação pelos filhos com relação a presença 
dos pais como torcedores e também a sua presença servia como fonte de 
inspiração para a melhora nesta modalidade esportiva, conforme segue os 
resultados a baixo. 
Na pergunta numero um, conforme mostra o gráfico a baixo, nove crianças 
responderam que praticam esporte porque gosta, um respondeu que é para fazer 
amigos, um respondeu que o esporte faz bem a saúde e um respondeu por que 
futuramente pretende ajudar a sua família financeiramente, ou seja, a grande 
maioria pratica esporte pelo prazer de jogar. 
 
Gráfico 1. Porque você pratica esporte? 
8%
8% 8%
76%
Gosta
Socialização
Saúde
Financero
 
 Na pergunta numero dois todas as crianças responderam que gostam que 
seu pai assista a seus jogos e, conforme becker (2000), as crianças de seis a 
dose anos, necessitam da aprovação dos pais em algumas tarefas do dia-a-dia e 
o esporte é uma delas, pode ser por isso que as crianças gostem que seu pai seja 
presente neste tipo de atividade. 
 A questão numero três perguntava se o pai conversava sobre seus treinos e 
jogos, dez responderam que sim e apenas dois responderam que não. Conforme 
Becker Júnior (2000), existem diversos tipos de comportamento dos pais diante 
aos jogos do filhos, pode-se encaixar nesta pergunta dois tipos: os pais 
interessados que foi a grande maioria e os pais desinteressados., que não 
demonstravam muito interesse pelos resultados obtidos pelo filho nas atividades 
esportivas, conforme segue descrito no gráfico a baixo. 
Gráfico 2. Seu pai conversa sobre seus treinos e jogos? 
 
83%
17%
Sim
Nâo
 
 A questão numero quatro abordava uma questão motivacional, perguntava 
se seu pai cobrava seu desempenho em quadra e se era de uma maneira boa ou 
ruim, sete crianças responderam que os pais cobravam o seu desempenho em 
quadra e cinco responderam que não, dos sete que cobravam o seu desempenho 
em quadra apenas um respondeu que era cobrado de maneira negativa, 
conforme o gráfico a baixo. 
Gráfico 3. Seu pai cobra seu desempenho em quadra? 
58%
42%
Sim
Não
 
 
Gráfico 4. Cobra de maneira positiva ou negativa? 
86%
14%
Negativa
Positiva
 
 Na questão numero cinco foi perguntado se eles gostavam que seu pai 
viesse aos seus treinos e jogos, onze dos doze participantes responderam que 
sim, gostavam que seus pais se fizessem presentes durante seus treinos e jogos e 
apenas um respondeu que não gostaria que seu pai comparecesse nessa 
atividade física. 
 A questão numero seis perguntava o que eles gostariam que seus pais 
conversassem após seus treinos e jogos. Sete responderam que gostariam que 
comentassem sobre o seu desempenho em quadra, um respondeuque falasse 
sobre seu posicionamento em quadra, dois gostaria que o incentivasse, um 
respondeu que gostaria que lhe desse orientação aos treinos e um respondeu que 
apenas conversassem após seus treinos e jogos. Conforme segue o gráfico a 
baixo 
 
Gráfico 5. O que você gostaria que seu pai conversasse com você 
após seus treinos e jogos? 
59%
8%
8%
17%
8%
Desempenho
Posicionament
o
Incentivo
Orientação
Conversar
77
 
 
A questão numero sete, conforme mostra o gráfico a baixo, abordava sobre 
o seu futuro no esporte, se pensavam em ser profissionais algum dia na 
modalidade esportiva futsal, onze responderam com convicção que gostariam de 
ser profissionais um dia e apenas um não tinha certeza. No Brasil, mais do que em 
outros países, o futebol, com seus jogos e resultados, está sempre entre as 
matérias de destaque no meio jornalístico (BECKER JÚNIOR, 2000), seguindo as 
idéias do autor, ser reconhecido e ter uma vida financeiramente boa pode ser o 
fator determinante para que os jovens de hoje em dia almejem ser profissionais. 
 
 
 
 
Gráfico 6. Você pesa em ser jogador profissional de futsal? 
 
92%
8%
Sim
Indeciso
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 Após termos feito às observações, do rendimento com relação aos 
fundamentos técnicos das 12 crianças/atletas na faixa etária de 09 a 11 anos, em 
treinos e em jogos competição de futsal, no parque esportivo Arariboia, e 
analisado os questionários respondidos por eles, chegamos à conclusão que 
nesta pesquisa, a maioria dos pais exercem uma boa influência no rendimento 
técnico e motivacional dos filhos neste tempo em que observamos, e que grande 
parte das crianças/atletas gostam que seus pais se façam presentes, conforme 
entrevistas e observações realizada com os mesmos quando estão praticando 
esta modalidade esportiva. 
 Nos treinos e nos jogos estes realizados através de um torneio notamos 
que quando o pai estava presente, o filho demonstrava uma maior disposição no 
jogo, se mostrava mais determinado tinha um acerto maior de passes, dribles, 
chutes, tentavam muito mais a finalização em gol, pareciam sentir-se mais 
seguros. Sem a presença dos mesmos, pareciam não se importar muito com o 
resultado final, não demonstravam muita vontade de jogar, parecendo estar sem 
motivação para o jogo. 
 Em outros estudos realizados sobre os fatores de influência do pai no 
desempenho esportivo do filho, com uma faixa etária entre 15 e 18 anos, 
apresentou resultados diferentes da nossa pesquisa, podendo ser pelo fato de os 
atletas observados estarem num maior nível de exigência, sendo assim havendo 
uma maior cobrança por parte do pai. 
 Becker cita no livro que existem alguns tipos de conduta dos pais quando 
estão presentes em treinos e competições dos filhos tais quais os pais 
desinteressados, pais supercríticos, pais nervosos, pais treinadores, entre outros. 
Conseguimos nesse grupo observado enquadrá-los em algumas destas condutas. 
 Quando o filho esta participando de um jogo, onde o objetivo é a o resultado 
positivo, ou seja, a vitória notamos que em alguns casos os pais quando estão na 
arquibancada torcendo, não conseguem se conter com os erros cometidos pelo 
filho, e acabam se exaltando, extrapolando nas críticas, comprometendo o seu 
desempenho em quadra. Porém existem outros fatos muito mais importantes que 
não nos damos por conta, que nas arquibancadas não está presente somente este 
pai exaltado e sim vários outros que estão ali apoiando, incentivando de uma 
maneira positiva o seu filho e os companheiros de seu filho. Pelo fato de os pais 
serem as pessoas mais próximas dos filhos e terem o papel de educar, apoiar, 
incentivar, estimular, amar incondicionalmente (BECKER JÚNIOR, 2000) 
acabamos por prestar mais atenção neste pai que esta fazendo o papel contrario 
do que deveria fazer e deixamos de lado os pais que estão cumprindo com a sua 
parte, e ainda por ultimo, generalizamos a conduta e comportamento dos pais por 
causa de um ou outro caso dentro de um determinado grupo. Esta situação 
acontece em vários momentos de nossas vidas, damos muita mais importância e 
valor para os maus resultados, para os maus acontecimentos do que para os bons 
resultados e acontecimentos que temos ao longo de nossas vidas. 
 Ao final ratificamos nosso conhecimento de que é extremamente importante 
a participação e o comprometimento dos pais nas atividades ao qual os filhos 
estão envolvidos, queremos aqui também deixar uma mensagem de otimismo com 
relação a participação dos pais em atividades no qual somos responsáveis 
diretos, em nosso grupo de estudo foi percebido a importância e o valor desta 
participação e comprometimento. 
 Destacamos que a conclusão deste estudo não deve ser extrapolada para 
todas as faixas etárias, pois podem apresentar diversos tipos de resultados, 
levando em consideração o nível de exigência técnica em que eles se encontram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BECKER JÚNIOR, Benno. Manual de psicologia do esporte e exercício. Porto 
Alegre: Nova Prova, 2000. 
 
 
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. 9. ed. Porto Alegre: Artes médicas, 
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APÊNDICE A - Questionário aos Atletas 
 
 
1) Você prática esporte por quê? 
 
2) Você gosta que seu pai assista os seus treinos e jogos? 
 
3) Seu pai conversa sobre os seus treinos e jogos? 
 
4) Ele cobra sobre o seu desempenho em quadra? Se cobra é de uma maneira 
boa ou ruim? 
 
5) Você gosta que ele venha aos treinos e jogos? 
 
6) O que você diria para ele fazer ou conversar, que você goste, após os treinos e 
jogos? 
 
7) Você pensa no seu futuro como atleta de futsal?APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
 
PROJETO: A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO ATLETA NA 
MODALIDADE ESPORTIVA FUTSAL DURANTE TREINOS E COMPETIÇÕES 
 
Antes de sua participação neste estudo, é preciso esclarecer alguns 
detalhes importantes, para que possíveis dúvidas sejam resolvidas. Em caso de 
qualquer outra dúvida quanto à pesquisa ou sobre os seus direitos, você poderá 
contatar com professor orientador do projeto, SÓLON DE CAMPOS RODRIGUES 
responsável pelo estudo, pelo telefone (51) 8453-5988, ou com o(a) acadêmico(a) 
ALEX PENA DO ESPIRITO SANTO, telefone (51) 8514-3586 e o acadêmico(a). 
NOSLEN SOARES DA SILVA, telefone (51) 9292-1862. 
 
1- Qual o objetivo desta pesquisa? 
Analisar a influência do pai no rendimento do filho. 
Identificar o porquê do alto ou baixo rendimento do atleta nos treinos e jogos com 
ou sem a presença do pai. 
 
2- Como vamos fazer isso? 
Para chegarmos a uma resposta exata, os pais e os filhos responderam a um 
questionário com sete perguntas e também os filhos serão analisados pelos 
acadêmicos, durante jogos e competições, o seu desempenho técnico através de 
scalts, contendo os itens passe, chute, domínio e dríble, com e sem a presença 
dos pais. 
 
3- Quais os riscos em participar? 
Os participantes não correram nenhum tipo de risco de saúde física nesta 
pesquisa, porém podem sentir algum tipo de desconforto emocional. 
 
4- O que o paciente ganha com este estudo? 
Esta pesquisa não tem o objetivo de trazer benefícios a saúde para os 
participantes, porém podem trazer uma melhor relação entre pais e filhos dentro 
do esporte e também fora dele. 
5- Quais são os seus direitos? 
Os participantes, a qualquer momento podem desistir da pesquisa, sem aviso 
prévio. Terão direito às respostas dos estudos após a conclusão. Suas identidades 
não serão divulgadas. 
 
Eu, ____________________________________________, fui informado dos 
objetivos da pesquisa de maneira clara e detalhada. Recebi informação a respeito 
do tratamento e esclareci as minhas dúvidas. Sei que poderei solicitar novas 
informações a qualquer momento. 
Fui informado que caso existam danos à minha saúde, causados diretamente 
pela pequisa, terei direito a tratamento médico e indenização conforme estabelece 
a lei. Também sei que caso existam danos à minha saúde, estes serão absorvidos 
pelo orçamento da pesquisa. 
Delaro que recebi cópia do presente termo de consentimento. 
 
Este parecer foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro 
Universitário Metodista (IPA) em _______/_______/_______. O telefone para 
contato com o CEP-IPA é: (51) 3316-12-51. 
 
FORMULÁRIO DE CONSENTIMENTO PARA PACIENTES DE ACORDO EM 
PARTICIPAR DO ESTUDO 
 
Nome do indivíduo: __________________________________________________ 
Assinatura do paciente: ______________________________________________ 
Assinatura do professor orientador: _____________________________________ 
 
Assinatura do pesquisador auxiliar: _____________________________________ 
Data: _____________________________________________________________

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