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RESUMOS MEDICINALOGIA 
Cirurgia de cabeça e pescoço 
➔ Anatomia: a região de cabeça e pescoço pode ser 
dividida em 06 partes: cavidade oral, glândulas 
salivares (representada principalmente pela 
parótida), laringe, cavidade nasal e seios 
paranasais, faringe (subdividida em nasofaringe, 
orofaringe e hipofaringe) e laringe. 
CANCERIZAÇÃO DE CAMPO 
➔ Definição: é um termo da oncologia o qual afirma 
que um fator de risco que passa por várias regiões 
ao mesmo tempo, quando é suficiente para gerar 
tumor em uma delas, pode ter gerado tumor em 
alguma das outras regiões. 
➔ Como o tabagismo e o etilismo são um fator causal 
para todas essas regiões, é necessário investigar 
tumores sincrônicos, que consiste em: 
o Cavidade oral: oroscopia 
o Orofaringe: oroscopia 
o Nasofaringe: nasofibroscopia flexível 
o Laringe: videolaringoscopia 
o Esôfago: endoscopia digestiva alta 
o Pulmão: broncoscopia. 
➔ Histologia da neoplasia: é o carcinoma 
epidermoide em todas elas (exceto nas glândulas 
parótidas). 
➔ Metástases cervicais 
o N0: é necessário realizar profilaxia pois a 
probabilidade do paciente ter uma 
micrometástase é muito alta. A conduta 
pode ser: 
▪ Conservadora: radioterapia 
▪ Cirúrgica: esvaziamento cervical 
seletiva (é uma linfadenectomia 
minimamente invasiva pois apenas 
há a retirada dos primeiros sítios 
de drenagem da região) 
o N+: é necessário realizar intervenção 
terapêutica. A conduta pode ser: 
▪ Conservadora: radioterapia + 
quimioterapia 
▪ Cirúrgica: esvaziamento cervical 
radical modificado. 
O esvaziamento cervical radical consiste na retirada do 
nervo acessório, músculo esternocleidomastóideo e 
veia jugular interna. Dessa forma, o esvaziamento 
cervical modificado é dividido em 03 tipos e cada um 
diz respeito ao quanto é possível preservar dessas 
estruturas: 
Tipo Estrutura preservada 
01 Preserva o nervo acessório 
02 
Preserva o nervo acessório e o músculo 
esternocleidomastóideo 
03 
Preserva o nervo acessório, o músculo 
esternocleidomastóideo e a veia jugular interna. 
 
CAVIDADE ORAL 
➔ Epidemiologia: é o principal sítio da cabeça e 
pescoço, sendo a parte lateral do terço médio da 
língua a região mais acometida 
➔ Fator de risco: além do tabagismo e etilismo, é a 
má higiene bucal. 
➔ Quadro clínico: úlceras orais crônicas 
➔ Diagnóstico: oroscopia com biópsia incisional 
➔ Tratamento: preferencialmente cirúrgico, com A 
linfadenectomia supraomo-hioide (I, II e III) 
podendo ou não ser associado a uma radioterapia, 
sendo: 
o Língua: glossectomia 
o Assoalho: pelvectomia 
o Mandíbula: cirurgia de Commando 
(Combined Mandibulectomy and Neck 
Dissection Operation) 
Como são mais bem diferenciados, não respondem tão 
bem à quimioradioterapia. 
NASOFARINGE 
➔ Fator de risco: além do tabagismo e etilismo, é a 
infecção pelo Epstein-Barr vírus 
➔ Quadro clínico: obstrução nasal unilateral e 
epistaxe. 
➔ Diagnóstico: nasofibroscopia flexível + biópsia 
incisional 
➔ Tratamento: 
o Se tumor inicial: radioterapia exclusiva. 
o Se tumor avançado: radioterapia + 
quimioterapia. 
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
RESUMOS MEDICINALOGIA 
O angiofibroma juvenil é um tumor vascular benigno 
com aspecto perolado (aspecto de tumor vascular) 
localizado na nasofaringe. Localmente, ele é 
extremamente agressivo, sangra bastante e costuma 
acometer indivíduos jovens do sexo masculino. O 
diagnóstico desse tumor NÃO é com biósia, mas sim 
pela história clínica e exame de imagem compatível. O 
tratamento será sempre cirúrgico (Cheek Flap 
superior). 
OROFARINGE 
➔ Fator de risco: além do tabagismo e etilismo, 
consiste na infecção pelo HPV. 
➔ Epidemiologia: o principal sítio é a amígdala. 
➔ Quadro clínico: não há. Geralmente é 
assintomático com nódulo cervical suspeito. 
➔ Diagnóstico: roscopia com biópsia incisional 
É obrigatório realizar a pesquisa do P16 (um marcador 
de infecção por HPV) pois pacientes com essa infecção 
apresentam melhor prognóstico e, portanto, possui uma 
conduta diferente 
➔ Tratamento: 
o Tumor inicial: radioterapia exclusiva 
o Tumor avançado: radioterapia + 
quimioterapia. 
LARINGE 
➔ Fator de risco: o principal é o tabagismo, além do 
etilismo. 
➔ Epidemiologia: o local mais acometido é na glote. 
➔ Quadro clínico: rouquidão e obstrução respiratória 
(em casos avançados). 
➔ Diagnóstico: videolaringoscopia + biópsia 
incisional. 
➔ Tratamento: O principal objetivo é a preservação 
vocal: 
o Radioquimioterapia: costuma ser a 1ª 
opção. 
o Laringectomia parcial: é uma alternativa 
o Tumor avançado: laringectomia total 
o Recidiva: laringectomia total ou 
radioquimioterapia. 
Muitos pacientes, devido ao vício no tabago e álcool, 
preferem a conduta cirúrgica pois realizam uma 
laringectomia parcial e, caso haja recidiva, é feita uma 
radioterapia de resgate ao invés de uma cirurgia de 
resgate (que seria a laringectomia total). 
 
Cavidade 
oral 
Nasofaringe Orofaringe Laringe 
Fator de 
risco 
Etilismo e tabagismo 
Vínculo 
mental 
Higiene 
bucal 
Vírus (EBV) 
Vírus 
(HPV) 
Tabagismo 
Clínica 
Úlceras 
crônicas 
Epistaxe 
Obstrução 
 Rouquidão 
Diagnóstico Biópsia incisional 
Tratamento Cirurgia Radioquimioterapia 
Radioquimioterapia 
Cirurgia 
 
GLÂNDULAS SALIVARES 
➔ Anatomia: existem as chamadas glândulas 
maiores e menores: 
o Maiores: 
▪ Parótida: é a maior glândula salivar 
de todas. Os ramos do nervo facial 
adentram nela. 
▪ Submandibular 
▪ Sublingual 
o Menores: espalhadas por toda região que 
possui mucosa oral. 
Glândulas menores costumam ter tumores malignos e 
glândulas maiores costumam ter tumores benignos. 
➔ Epidemiologia: 80% dos tumores de glândula 
salivar são benignos, 80% estão na parótida e, 
desses, 80% está no lobo superficial. 
➔ Histologia: 
o Benignos: o mais comum é o adenoma 
pleomórfico. 
o Malignos: o mais comum é o carcinoma 
mucoepidermoide. 
O 2º tumor mais benigno mais comum da glândula 
parótida é o chamado cisto adenoma papilífero 
linfomatoso (também chamado de tumor de Warthin) 
que possui acometimento bilateral. 
➔ Diagnóstico: USG + PAAF + TC/RM 
➔ Tratamento: 
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina
RESUMOS MEDICINALOGIA 
o Sempre cirúrgico: geralmente a 
parotidectomia superficial. 
o Linfadenectomia: apenas para tumores 
malignos. 
➔ Complicações: paralisia facial (ocorre em 50% dos 
casos). 
CONDUTAS EM CASO DE NÓDULO CERVICAL 
A escolha pela punção aspirativa ou biópsia excisional 
depende se: 
 Punção aspirativa Biópsia excisional 
Idade Adulto Criança ou adulto 
História 
clínica 
Tabagista Febre 
Assintomático 
Refratário a 
antibioticoterapia 
Exame físico 
Exame 
orofaringolaringe 
(ORL) normal 
>2 cm e inflamado 
Hipóteses 
diagnósticas: 
Pode ser: metástase 
linfonodal, nódulo de 
tireoide, tumor de 
glândula salivar 
Pode ser: linfoma, 
tuberculose, 
bactéria ou fungo 
 
 
Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina

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