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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ CAMPUS ALENQUER CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ADENILSON LOPES ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ALENQUER-PARÁ 2023 ADENILSON LOPES ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Trabalho com obtenção de nota para a disciplina de Economia I do curso de Administração: Universidade Federal do Oeste do Pará, Campus Universitário de Alenquer. Professora: Dra. Andréa Leão ALENQUER-PARÁ 2023 1. APRESENTAÇÃO Os temas apresentados neste breve resumo serão Administração, Gestão e Desenvolvimento Sustentável, abordando os seus contextos, desafios e perspectivas. Será realizada uma síntese em torno apontando suas origens e como os contextos se relacionam, e a importância destes assuntos para o ramo da economia. Com as mudanças do sistema capitalista surgem novos formatos de organizações que demandam da Administração uma reflexão sobre a sua postura diante dos grandes problemas sociais. Entre as mudanças que se vive, processa-se uma revisão profunda dos modelos de desenvolvimento, até há pouco tempo vigentes. Verifica-se hoje certo abandono das duas visões segmentadas e opostas de desenvolvimento: o modelo socialista e o modelo neoliberal. O primeiro consagrou o Estado como único agente de desenvolvimento. O segundo fez do Mercado o senhor absoluto. Pela visão contemporânea, o desenvolvimento é decorrente da ação enérgica de três agentes principais: Estado, Mercado e Sociedade. As questões ambientais vêm adquirindo força em decorrência da maior conscientização ambiental da sociedade. Toda essa importância se deu porque o homem percebeu que ao destruir a natureza está destruindo a si mesmo e comprometendo as gerações futuras. A adoção de um estilo de vida que respeita os limites naturais, a mudança de valores, de comportamento e atitude ocasionou no surgimento de cidadãos conscientes e ecologicamente corretos. Acima um pequeno resumo de como os temas se encontra na atualidade, apesar de ser um contexto de muitos anos, mas que sempre precisam estar em pauta, para que um todo compreenda como é importante frisar nas questões. 2. ADMINISTRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO: CONTEXTOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS Embora ainda não exista um arcabouço teórico sistematizado sobre administração para o desenvolvimento, ou como preferimos chamar: acompanhando o posicionamento da economia e da sociologia de Administração do Desenvolvimento, é importante registrar que ela tem origem no pós-guerra, mais especificamente, em 1950, quando buscava programar programas elaborados pelo pensamento anglo-saxão para combater e/ou diminuir as grandes desigualdades socioeconômicas existentes em algumas regiões. Sobre isso Caiden & Caravantes (1981) afirmam: [...] a administração do desenvolvimento teve sua origem neste desejo dos países ricos de auxiliar as nações pobres em seu desenvolvimento e, mais especialmente, nas evidentes necessidades dos novos Estados de transformar suas burocracias do tipo colonial em instrumentos de mudanças social. O esforço coletivo em pautar os grandes problemas da humanidade na agenda de pesquisa da ciência administrativa passa necessariamente pela sistematização e consolidação da Administração do Desenvolvimento como disciplina científica. Para tanto, requer o esclarecimento de seu objeto de estudo, das suposições acerca da realidade em que se situa do alcance de suas contribuições e, também, dos métodos e técnicas para justificar o seu espaço na ciência administrativa. Em princípio, encontramos divergências quanto ao nome concedido à disciplina. Motta (1972), nos seus estudos, aplica o título Administração para o Desenvolvimento, acompanhando o posicionamento de Heady Ferrel e Fred Riggs uns dos primeiros estudiosos da questão, cujo título é posteriormente retomado por Martins (2004) e Saravia (2004). Nesse caso, a preposição para estabelece uma relação entre as palavras, conduz o conceito administração para um destino semântico, um ponto, um cenário, um estágio denominado desenvolvimento. Talvez a aplicabilidade da preposição para seja justificada pelo momento histórico do nascedouro da Administração do Desenvolvimento, quando se imaginava o desejo dos países ricos de auxiliar os países pobres em seu desenvolvimento. Daí deparamo- nos com um conjunto de teorias e práticas gerenciais, amplamente distintas, típicas dos países do Primeiro Mundo, mas aplicadas nos países pobres, configurando uma administração prescritiva em detrimento de uma administração participativa. Sobre isso, Thomas, apud Cooke (2004, p. 65), afirma que “administração para o desenvolvimento sempre será mais um ideal do que uma descrição da realidade”. Para Cooke (2004), Administração do Desenvolvimento é hoje comumente conhecida como Gestão do Desenvolvimento ou como Administração e Gestão do Desenvolvimento - AGD (Development Administration and Management). O argumento central para essa escolha, talvez esteja pautado no questionamento sobre qual seria a função da ciência administrativa nas questões de desenvolvimento. Se tomarmos como referência a tese de Santos (2004) sobre a definição do objeto de estudo da administração, fica evidente que a contribuição da ciência administrativa nas questões de desenvolvimento deve ser o estudo da gestão. Tania Fischer (2002) acrescenta mais um adjetivo ao título Gestão do Desenvolvimento, quando em seus estudos faz o recorte para Gestão do Desenvolvimento Social. Assim, ela se refere às novas formas de organização da produção, distribuição e consumo de bens e/ou serviços fora da esfera governamental e da iniciativa privada, possibilitando amplas dimensões para estudo como Gestão do Desenvolvimento Local, Territorial, Global, entre outros. Outro argumento para a escolha do título Administração do Desenvolvimento e/ou Gestão do Desenvolvimento vem da sistematização histórica de outras áreas de conhecimentos que também estudam as questões do desenvolvimento, como a economia, a sociologia, a psicologia. 2.1 SÍNTESE DO TEXTO Entende-se que mesmo sendo um tema abordado nos anos 50 do século 20, ainda é um assunto que não existe um sistema teórico sobre a administração para o desenvolvimento, foram os países ricos que levantaram as questões do desenvolvimento, com o intuito de auxiliar os mais pobres, evitando transformar as burocracias coloniais em instrumentos de mudanças sociais. Alguns autores divergem com ralação ao nome do tema administração do desenvolvimento, para um deles administração do desenvolvimento nos dias de hoje é conhecida como gestão do desenvolvimento ou como administração e gestão do desenvolvimento. Outro titulo tem a sistematização histórica com demais áreas do conhecimento, no qual elas também estudam as questões do desenvolvimento, como as que foram mencionadas no tópico anterior. 3. ECONOMIA NA ADMINISTRAÇÃO: ORIGENS, O QUE ESTUDAM E COMO SE RELACIONAM As reflexões e a conscientização sobre a importância da conservação do meio ambiente têm trazido grandes questionamentos a respeito do papel das empresas perante a sociedade. A partir da década de 1980 com os novos conceitos do desenvolvimento sustentável abordados, acentuou-se a relações entre a preservação ambiental e desenvolvimento econômico. As questões ambientais, incorporadas na estrutura da empresa tornaram-se elementos bastante consideráveis nas estratégias de crescimento das empresas, podendo ocasionar novas oportunidades e vantagem competitiva ou então ameaça para as não adeptas, uma vez que o mercado está a cada dia mais aberto e competitivo. Sendo assim, a mudança além de inevitável é necessária à sobrevivência.Apesar de haver resultado ao longo prazo após adoção deste novo comportamento, os motivos que encorajam as empresas a preservar os recursos naturais são pressão no mercado, requisitos legais, responsabilidade ecológica, melhoria da imagem institucional, qualidade de vida, maior credibilidade, redução em processos e consequentemente maior lucro. A incorporação da variável ambiental na gestão geral de uma empresa levou à programação do Sistema de Gestão Ambiental como estratégia de negócio. Diante das novas exigências mundiais, as empresas devem se comprometer e estabelecer metas ambientais, adotando procedimentos para a reciclagem, garantia de ciclo de vida dos produtos, redução de CO2 e de efluentes nos seus processos. O caminho mais evidente para a sobrevivência de uma empresa no mercado é a melhoria da gestão ambiental de forma sistêmica e sólida. É necessário planejar, analisar e organizar corretamente cada passo dado, para que a empresa possa atingir a excelência ambiental e competir no mercado. É necessário investir em processos e tecnologias de produção mais limpa e praticamente sem resíduos. Por muitos anos não havia preocupação com os recursos disponibilizados pela natureza, os quais eram abundantes e de fácil aquisição. A partir da ampla exploração e da escassez dos recursos naturais, juntamente com o crescimento populacional, a questão ambiental passou a ser um assunto indispensável, gerada pelo conflito de sistemas naturais e econômicos. A poluição não era um tema focado pela sociedade. Entretanto, após a percepção do problema em relação a isto, o ser humano começou a entender a importância de reformular conceitos e atitudes ambientais. O grande desafio é inserir a gravidade que o sistema oferece e demonstrar que a conscientização é o maior aliado para realizar a mudança que o planeta tanto necessita. É fundamentalmente uma questão de reeducação. A conscientização ambiental pode ser entendida como uma mudança de comportamento, tanto de atividades quanto em aspectos da vida, dos indivíduos e da sociedade em relação ao meio ambiente (BUTZKE et al., 2001). Segundo Cerati e Lazarini (2009) “essa consciência é despertada por meio da Educação Ambiental, que tem como desafio promover a mudança de valores, posturas e atitudes”. É preciso adotar estilos de vida que respeitem os limites naturais. Conforme ABNT ISO 14001 (2004) impacto ambiental é qualquer modificação adversa ou benéfica do meio ambiente induzida por atividades humanas. Ruppenthal (2014) comenta que “o impacto deve ser entendido como uma alteração no valor de um determinado parâmetro ambiental ao longo do tempo, com relação ao seu valor, caso nenhuma atividade humana tivesse sido realizada”. Já Kraemer et al. (2013, p.10) descreve que: O que caracteriza o impacto ambiental, não é qualquer alteração nas propriedades do ambiente, mas as alterações que provoquem o desequilíbrio das relações constitutivas do ambiente, tais como as alterações que excedam a capacidade de absorção do ambiente considerado. A necessidade de conciliar a eficiência econômica com a conservação dos recursos naturais, possivelmente reflete ao conceito de desenvolvimento sustentável. Este foi definido pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987 como sendo “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”. Diversas organizações estão investindo em profissionais e processos com o objetivo de demonstrar um desempenho mais satisfatório em relação à questão ambiental. As novas exigências perante a práticas ambientais induzem as empresas a estabelecerem metas de produção com o mínimo de impacto ao ambiente e a sociedade, adotando procedimentos focados em reciclagem, emissão de poluentes reduzidos. Empresas adeptas a adoção de medidas ambientais mais cautelosas tendem a receber um retorno benéfico. Podem diminuir custos de produção, agregar valor a produtos, produzir novos materiais a base de reciclagem, aproveitamento de resíduos e melhoria da imagem institucional, sem mencionar os benefícios para saúde do meio ambiente e da população. 3.1 SÍNTESE DO TEXTO Questões ambientais, uma preocupação de muitos anos e sempre será devido às mudanças corriqueiras que acontecem no planeta. Se nos anos de 1980 as empresas já tinham essa preocupação, onde a tecnologia ainda não era avançada, imagina nos dias de hoje. Sabe-se que muitas dessas tragédias climáticas que ocorrem, é uma grande porcentagem pela irresponsabilidade da ação do homem. Os gestores responsáveis pela produção de produtos que poluem que maltratam o ambiente tem que ter uma grande sensibilidade para que não haja os impactos ambientais. O caminho mais evidente para que uma organização sobreviva no mercado, é intensificando a gestão ambiental da mesma. Se os procedimentos forem realizados corretamente, com total certeza que a empresa estará ajudando o ambiente e se fortalecendo no mercado. Para isso existem as ISOS 9000 E 14000, onde as mesmas tralham com a qualidade e a preocupação com o ambiental, essas juntas trabalhando de mãos dadas, não tem como uma empresa não obter êxito e sucesso no seu âmbito de sua atividade. 4. CONCLUSÃO Conclui-se que a administração do desenvolvimento e a gestão ambiental ambas sendo trabalhadas juntas de forma correta e assídua, não tem como existir grandes falhas e impactos nos setores empresariais. Assim como nos textos bases uma administração não pode ser alienada, e sim consciente, inovadora e não prescrita, flexível e não rígida, acolhedora e não excludente, revolucionaria e não conservadora. E juntamente com a percepção do homem em relação à natureza no decorrer do tempo, sob diferentes aspectos, nem sempre foi compatível com a necessidade de manter um ambiente equilibrado. E colocando todos esses aspectos em prática, o desenvolvimento e a sustentabilidade irão sempre numa crescente. 5. REFERÊNCIAS BUTZKE, I. C.; PEREIRA, G. R.; NOEBAUER, D. Sugestão de indicadores para avaliação do desempenho das atividades educativas do sistema de gestão ambiental– SGA da Universidade Regional de Blumenau–FURB. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 2001. CERATI, T. M.; DE MORAIS LAZARINI, R. A. A pesquisa-ação em educação ambiental: uma experiência no entorno de uma unidade de conservação urbana. Ciência & Educação, 2009. COOKE, Bill. Gerenciamento do Terceiro Mundo. São Paulo, RAE, vol. 44, n.o 3, 2004. FISCHER, Tânia. Gestão do desenvolvimento e poderes locais: marcos teóricos e avaliação. Salvador: Casa da Qualidade, 2002. KRAEMER, M. E. P.; Behling, G.; Rebelo, H. M.; Goede, W. Gestão Ambiental e Sua Contribuição para o Desenvolvimento Sustentável. Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2013. MARTINS, Humberto Falcão. Administração para o desenvolvimento: a relevância em busca da disciplina. Revista Governança & Desenvolvimento, n.o 1, abr. 2004. MOTTA, S. L. S; ROSSI, G. B. A influência do fator ecológico na decisão de compra de bens de conveniência: um estudo exploratório na cidade de São Paulo. Revista de Administração de Empresas,2003. SANTOS, Reginaldo Souza. A administração política como campo do conhecimento. São Paulo: Mandacaru, 2004. SARAVIA, Enrique. A nova administração para o desenvolvimento. Anais. . . IX Congresso Internacional del Clad sobre la Reforma del Estado y de la Adminstración, Madrid, España, 2-5 nov. 2004.