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TEXTO-Complementação Pedagógica - Guia de Estágio Supervisionado IBRA 2024 1 - EDIVAR MARCOS DA SILVA - 27 03

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ESTRUTURA DA PASTA DE ESTÁGIO – MATEMÁTICA BÁSICA (EJA)
1. CAPA
· Identificação do estágio (nome do aluno, instituição, curso, período, etc.).
2. FOLHA DE ROSTO
· Dados completos do estágio, aluno, supervisor e instituição de ensino.
3. SUMÁRIO
· Lista numerada das seções do documento com páginas correspondentes.
4. CARTA DE APRESENTAÇÃO
· Carta formal de apresentação do estagiário à instituição onde o estágio foi realizado.
5. TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO
· Documento assinado pela instituição de ensino, local de estágio e aluno, com todas as folhas rubricadas.
6. FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO
· Avaliação preenchida pelo supervisor do estágio.
7. DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO
· Comprovação da realização do estágio, emitida pela instituição concedente.
8. INTRODUÇÃO
· Contexto, objetivos e justificativa do estágio em Matemática Básica para o EJA.
9. CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
· Descrição da escola/instituição onde o estágio foi realizado (metodologia, perfil dos alunos, estrutura, etc.).
10. RELATO DE EXPERIÊNCIA
· Reflexão crítica sobre as atividades desenvolvidas, desafios e aprendizados.
11. CERTIFICADOS DE CURSOS (EXTENSÃO/CAPACITAÇÃO)
· Cópias dos certificados relevantes para a formação (se aplicável).
OBSERVAÇÕES:
· Todos os documentos devem estar devidamente assinados quando necessário.
· A formatação deve seguir as normas da sua instituição (ABNT, se for o caso).
· A pasta pode ser física ou digital, conforme exigido.
INTRODUÇÃO
Contexto, objetivos e justificativa do estágio em Matemática Básica para o EJA.
Introdução – Estágio em Matemática Básica para o EJA
Contexto
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que visa garantir o direito à educação para aqueles que não tiveram acesso ou continuidade nos estudos na idade regular. A Matemática Básica é um componente essencial nesse processo, pois desenvolve habilidades fundamentais para o cotidiano, o trabalho e a autonomia dos estudantes.
O estágio em Matemática Básica para o EJA permitiu ao futuro educador vivenciar os desafios e particularidades desse público, que muitas vezes apresenta defasagem de aprendizagem, baixa autoestima em relação à matemática e necessidade de metodologias diferenciadas.
Objetivos
· Geral:
Vivenciei a prática docente em Matemática Básica no EJA, aplicando estratégias pedagógicas que facilitem a aprendizagem e promovam a inclusão educacional.
· Específicos:
· Observei e analisei o perfil dos alunos do EJA e suas dificuldades em matemática.
· Desenvolvi e apliquei aulas contextualizadas, relacionando a matemática ao cotidiano dos estudantes.
· Utilizei metodologias ativas e recursos didáticos adequados à realidade do EJA.
· Discutir sobre a prática docente, identificando desafios e possíveis melhorias.
Justificativa
O estágio em Matemática Básica para o EJA foi fundamental para a formação docente, pois:
· Permitiu ao estagiário compreender as especificidades do ensino de matemática para jovens e adultos, que exigem abordagens mais práticas e significativas.
· Contribuiu para a redução do chamado "analfabetismo matemático", que limita oportunidades sociais e profissionais.
· Ofereceu ao futuro professor a oportunidade de desenvolver criatividade pedagógica, adaptando-se a diferentes realidades educacionais.
· Fortaleceu o compromisso com uma educação inclusiva e de qualidade, alinhada às necessidades do público da EJA.
Este estágio, portanto, não só cumpre exigências acadêmicas, mas também preparou-me para atuar com responsabilidade social e didática eficiente na educação matemática de jovens e adultos.
Caracterização do Estabelecimento para Matemática Básica no EJA
Descrição da Escola/Instituição
O estágio foi realizado em uma escola pública (ou instituição parceira) que oferece a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendendo alunos que não tiveram acesso ou continuidade na educação básica durante a idade regular. A instituição segue uma metodologia flexível, adaptada às necessidades dos estudantes, com turmas no período noturno para facilitar a frequência de trabalhadores.
Metodologia de Ensino
· Abordagem contextualizada: A matemática básica é trabalhada a partir de situações do cotidiano, como finanças pessoais, medidas, porcentagem e interpretação de dados, visando a aplicabilidade prática.
· Aulas dialogadas e participativas: Prioriza-se a interação e a resolução de problemas em grupo, considerando a diversidade de experiências dos alunos.
· Uso de tecnologias simples: Quando disponível, são utilizadas calculadoras, materiais concretos (como réguas e objetos de medição) e recursos visuais para facilitar a compreensão.
· Avaliação contínua: Valoriza-se o progresso individual, com atividades formativas que permitem revisões e correções ao longo do processo.
Perfil dos Alunos
· Faixa etária variada: Jovens a partir de 18 anos e adultos, incluindo idosos, muitos com históricos de evasão escolar devido a trabalho precoce ou dificuldades de aprendizagem.
· Experiências diversas: Alguns possuem conhecimentos práticos (como cálculos de troco, orçamentos domésticos), mas apresentam defasagem em conceitos formais.
· Motivações distintas: Buscam certificação para melhores oportunidades no mercado de trabalho, conclusão pessoal dos estudos ou desenvolvimento de habilidades básicas.
Estrutura Física e Recursos
· Sala de aula simples: Equipada com quadro, projetor (em alguns casos) e materiais básicos como livros didáticos adaptados para EJA.
· Ambiente acolhedor: A escola busca criar um espaço de inclusão, com horários acessíveis e professores capacitados para lidar com as especificidades da EJA.
· Limitações: Falta de laboratório de informática ou recursos tecnológicos avançados, exigindo criatividade nas atividades propostas.
Dificuldades e Desafios
· Rotina cansativa dos alunos: Muitos trabalham durante o dia, chegando às aulas com disposição reduzida.
· Heterogeneidade da turma: Níveis distintos de conhecimento exigem estratégias diferenciadas.
· Falta de familiaridade com abstrações matemáticas: Necessidade de reforçar conceitos básicos (operações, frações, geometria) de forma lúdica e concreta.
Considerações Finais
A instituição demonstra compromisso com a inclusão educacional, adaptando-se às necessidades do público da EJA. O ensino de matemática básica é focado na funcionalidade, incentivando a autonomia e a confiança dos alunos em seu processo de aprendizagem.
Relato de Experiência – Matemática Básica no EJA
Introdução
Durante o estágio em Matemática Básica na Educação de Jovens e Adultos (EJA), tive a oportunidade de vivenciar desafios e aprendizados significativos ao trabalhar com um público diversificado, cujas trajetórias de vida influenciam diretamente no processo de ensino e aprendizagem. Este relato apresenta uma reflexão crítica sobre as atividades desenvolvidas, os obstáculos enfrentados e as conquistas alcançadas.
Atividades Desenvolvidas
1. Diagnóstico Inicial
· Realizei uma sondagem para identificar os conhecimentos prévios dos alunos, utilizando problemas simples do cotidiano (cálculo de troco, medidas caseiras, interpretação de preços).
· Percebi que muitos tinham habilidades práticas, mas dificuldades em formalizar conceitos matemáticos.
2. Aulas Contextualizadas
· Utilizei situações reais (como orçamento doméstico, cálculo de descontos e juros) para ensinar porcentagem e operações básicas.
· Materiais concretos (como notas e moedas falsas) ajudaram na compreensão de soma e subtração.
3. Trabalho em Grupo
· Propus atividades colaborativas, como resolver problemas em duplas, o que facilitou a troca de experiências entre alunos com diferentes níveis de conhecimento.
4. Uso de Tecnologias Acessíveis
· Como a escola não tinha muitos recursos digitais, utilizei a calculadora do celular (quando permitido) para exercícios de fixação, o que aumentou o engajamento.
Desafios Encontrados
· Diferentes Níveis de Aprendizagem: Alguns alunos dominavam conceitos básicos, enquanto outros tinham dificuldades até em operações simples, exigindo atenção individualizada.· Falta de Familiaridade com a Língua Portuguesa: Alguns estudantes tinham dificuldade em interpretar problemas escritos, o que impactava no entendimento da matemática.
· Cansaço dos Alunos: Muitos chegavam exaustos após um dia de trabalho, afetando a concentração.
· Evasão: A rotina pesada levava alguns a faltarem com frequência, dificultando a continuidade do ensino.
Aprendizados e Superações
· Flexibilidade Pedagógica: Aprendi a adaptar as aulas conforme as necessidades da turma, usando exemplos do dia a dia para manter o interesse.
· Paciência e Respeito ao Tempo do Aluno: Compreendi que muitos precisavam revisar conteúdos várias vezes, e isso fazia parte do processo.
· Valorização do Saber Prévio: Percebi que os alunos traziam conhecimentos úteis (como cálculos manuais no trabalho), que poderiam ser pontos de partida para o ensino formal.
· Importância do Vínculo Afetivo: Criar um ambiente acolhedor e de confiança foi essencial para motivá-los a persistir nos estudos.
Conclusão
A experiência no EJA reforçou a importância de uma matemática significativa, que dialogue com a realidade do aluno. Os desafios foram muitos, mas cada pequeno progresso (como um aluno que finalmente entendeu frações ou outro que perdeu o medo de equações) mostrou o impacto da educação na vida dessas pessoas. Saio dessa vivência com a certeza de que o ensino deve ser inclusivo, adaptável e, acima de tudo, humano.

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