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ESTRUTURA DA PASTA DE ESTÁGIO – MATEMÁTICA BÁSICA (EJA) 1. CAPA · Identificação do estágio (nome do aluno, instituição, curso, período, etc.). 2. FOLHA DE ROSTO · Dados completos do estágio, aluno, supervisor e instituição de ensino. 3. SUMÁRIO · Lista numerada das seções do documento com páginas correspondentes. 4. CARTA DE APRESENTAÇÃO · Carta formal de apresentação do estagiário à instituição onde o estágio foi realizado. 5. TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO · Documento assinado pela instituição de ensino, local de estágio e aluno, com todas as folhas rubricadas. 6. FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO · Avaliação preenchida pelo supervisor do estágio. 7. DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO · Comprovação da realização do estágio, emitida pela instituição concedente. 8. INTRODUÇÃO · Contexto, objetivos e justificativa do estágio em Matemática Básica para o EJA. 9. CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO · Descrição da escola/instituição onde o estágio foi realizado (metodologia, perfil dos alunos, estrutura, etc.). 10. RELATO DE EXPERIÊNCIA · Reflexão crítica sobre as atividades desenvolvidas, desafios e aprendizados. 11. CERTIFICADOS DE CURSOS (EXTENSÃO/CAPACITAÇÃO) · Cópias dos certificados relevantes para a formação (se aplicável). OBSERVAÇÕES: · Todos os documentos devem estar devidamente assinados quando necessário. · A formatação deve seguir as normas da sua instituição (ABNT, se for o caso). · A pasta pode ser física ou digital, conforme exigido. INTRODUÇÃO Contexto, objetivos e justificativa do estágio em Matemática Básica para o EJA. Introdução – Estágio em Matemática Básica para o EJA Contexto A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que visa garantir o direito à educação para aqueles que não tiveram acesso ou continuidade nos estudos na idade regular. A Matemática Básica é um componente essencial nesse processo, pois desenvolve habilidades fundamentais para o cotidiano, o trabalho e a autonomia dos estudantes. O estágio em Matemática Básica para o EJA permitiu ao futuro educador vivenciar os desafios e particularidades desse público, que muitas vezes apresenta defasagem de aprendizagem, baixa autoestima em relação à matemática e necessidade de metodologias diferenciadas. Objetivos · Geral: Vivenciei a prática docente em Matemática Básica no EJA, aplicando estratégias pedagógicas que facilitem a aprendizagem e promovam a inclusão educacional. · Específicos: · Observei e analisei o perfil dos alunos do EJA e suas dificuldades em matemática. · Desenvolvi e apliquei aulas contextualizadas, relacionando a matemática ao cotidiano dos estudantes. · Utilizei metodologias ativas e recursos didáticos adequados à realidade do EJA. · Discutir sobre a prática docente, identificando desafios e possíveis melhorias. Justificativa O estágio em Matemática Básica para o EJA foi fundamental para a formação docente, pois: · Permitiu ao estagiário compreender as especificidades do ensino de matemática para jovens e adultos, que exigem abordagens mais práticas e significativas. · Contribuiu para a redução do chamado "analfabetismo matemático", que limita oportunidades sociais e profissionais. · Ofereceu ao futuro professor a oportunidade de desenvolver criatividade pedagógica, adaptando-se a diferentes realidades educacionais. · Fortaleceu o compromisso com uma educação inclusiva e de qualidade, alinhada às necessidades do público da EJA. Este estágio, portanto, não só cumpre exigências acadêmicas, mas também preparou-me para atuar com responsabilidade social e didática eficiente na educação matemática de jovens e adultos. Caracterização do Estabelecimento para Matemática Básica no EJA Descrição da Escola/Instituição O estágio foi realizado em uma escola pública (ou instituição parceira) que oferece a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendendo alunos que não tiveram acesso ou continuidade na educação básica durante a idade regular. A instituição segue uma metodologia flexível, adaptada às necessidades dos estudantes, com turmas no período noturno para facilitar a frequência de trabalhadores. Metodologia de Ensino · Abordagem contextualizada: A matemática básica é trabalhada a partir de situações do cotidiano, como finanças pessoais, medidas, porcentagem e interpretação de dados, visando a aplicabilidade prática. · Aulas dialogadas e participativas: Prioriza-se a interação e a resolução de problemas em grupo, considerando a diversidade de experiências dos alunos. · Uso de tecnologias simples: Quando disponível, são utilizadas calculadoras, materiais concretos (como réguas e objetos de medição) e recursos visuais para facilitar a compreensão. · Avaliação contínua: Valoriza-se o progresso individual, com atividades formativas que permitem revisões e correções ao longo do processo. Perfil dos Alunos · Faixa etária variada: Jovens a partir de 18 anos e adultos, incluindo idosos, muitos com históricos de evasão escolar devido a trabalho precoce ou dificuldades de aprendizagem. · Experiências diversas: Alguns possuem conhecimentos práticos (como cálculos de troco, orçamentos domésticos), mas apresentam defasagem em conceitos formais. · Motivações distintas: Buscam certificação para melhores oportunidades no mercado de trabalho, conclusão pessoal dos estudos ou desenvolvimento de habilidades básicas. Estrutura Física e Recursos · Sala de aula simples: Equipada com quadro, projetor (em alguns casos) e materiais básicos como livros didáticos adaptados para EJA. · Ambiente acolhedor: A escola busca criar um espaço de inclusão, com horários acessíveis e professores capacitados para lidar com as especificidades da EJA. · Limitações: Falta de laboratório de informática ou recursos tecnológicos avançados, exigindo criatividade nas atividades propostas. Dificuldades e Desafios · Rotina cansativa dos alunos: Muitos trabalham durante o dia, chegando às aulas com disposição reduzida. · Heterogeneidade da turma: Níveis distintos de conhecimento exigem estratégias diferenciadas. · Falta de familiaridade com abstrações matemáticas: Necessidade de reforçar conceitos básicos (operações, frações, geometria) de forma lúdica e concreta. Considerações Finais A instituição demonstra compromisso com a inclusão educacional, adaptando-se às necessidades do público da EJA. O ensino de matemática básica é focado na funcionalidade, incentivando a autonomia e a confiança dos alunos em seu processo de aprendizagem. Relato de Experiência – Matemática Básica no EJA Introdução Durante o estágio em Matemática Básica na Educação de Jovens e Adultos (EJA), tive a oportunidade de vivenciar desafios e aprendizados significativos ao trabalhar com um público diversificado, cujas trajetórias de vida influenciam diretamente no processo de ensino e aprendizagem. Este relato apresenta uma reflexão crítica sobre as atividades desenvolvidas, os obstáculos enfrentados e as conquistas alcançadas. Atividades Desenvolvidas 1. Diagnóstico Inicial · Realizei uma sondagem para identificar os conhecimentos prévios dos alunos, utilizando problemas simples do cotidiano (cálculo de troco, medidas caseiras, interpretação de preços). · Percebi que muitos tinham habilidades práticas, mas dificuldades em formalizar conceitos matemáticos. 2. Aulas Contextualizadas · Utilizei situações reais (como orçamento doméstico, cálculo de descontos e juros) para ensinar porcentagem e operações básicas. · Materiais concretos (como notas e moedas falsas) ajudaram na compreensão de soma e subtração. 3. Trabalho em Grupo · Propus atividades colaborativas, como resolver problemas em duplas, o que facilitou a troca de experiências entre alunos com diferentes níveis de conhecimento. 4. Uso de Tecnologias Acessíveis · Como a escola não tinha muitos recursos digitais, utilizei a calculadora do celular (quando permitido) para exercícios de fixação, o que aumentou o engajamento. Desafios Encontrados · Diferentes Níveis de Aprendizagem: Alguns alunos dominavam conceitos básicos, enquanto outros tinham dificuldades até em operações simples, exigindo atenção individualizada.· Falta de Familiaridade com a Língua Portuguesa: Alguns estudantes tinham dificuldade em interpretar problemas escritos, o que impactava no entendimento da matemática. · Cansaço dos Alunos: Muitos chegavam exaustos após um dia de trabalho, afetando a concentração. · Evasão: A rotina pesada levava alguns a faltarem com frequência, dificultando a continuidade do ensino. Aprendizados e Superações · Flexibilidade Pedagógica: Aprendi a adaptar as aulas conforme as necessidades da turma, usando exemplos do dia a dia para manter o interesse. · Paciência e Respeito ao Tempo do Aluno: Compreendi que muitos precisavam revisar conteúdos várias vezes, e isso fazia parte do processo. · Valorização do Saber Prévio: Percebi que os alunos traziam conhecimentos úteis (como cálculos manuais no trabalho), que poderiam ser pontos de partida para o ensino formal. · Importância do Vínculo Afetivo: Criar um ambiente acolhedor e de confiança foi essencial para motivá-los a persistir nos estudos. Conclusão A experiência no EJA reforçou a importância de uma matemática significativa, que dialogue com a realidade do aluno. Os desafios foram muitos, mas cada pequeno progresso (como um aluno que finalmente entendeu frações ou outro que perdeu o medo de equações) mostrou o impacto da educação na vida dessas pessoas. Saio dessa vivência com a certeza de que o ensino deve ser inclusivo, adaptável e, acima de tudo, humano.