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Diagnóstico por Imagem
Radiologia
Registro fotográfico sob ação dos raios X em
estruturas e objetos por ele sensibilizados. Variam
entre o branco e o preto total.
Os raios X atravessam o s corpos e sensibilizam a
placa/filme, os locais na plac a que for am
sensibilizados pelos raios X ficam mais pretos
(radioluscente) e os raios que são absorvidos pelo
objeto e não sensibilizam a placa vão formar uma
imagem mais branca/clara (radiopaco).
A composição do objeto interfere na projeção del e
na placa, quanto maior o número anatômico do
elemento estudado, mais raio X será bloqueado. O
chumbo, por exemplo, bloqueia completamente a
passagem de raio X.
Formação da imagem
A ampola de raio X contém um alvo com carg a
positiva, o anodo, e um filamento de c arga negativa
(fonte de elétrons), o catodo, em um envoltório de
vidro. A ampola de raio X acelera os elétrons da
porção negativa para a porção posi tiva, onde o
formados os raios. Para criar as fontes de elétrons,
uma corrente elétrica passa pelo filamento e
aumenta sua tempe ratura, o calor permite que sej a
criada uma nuvem de elétrons livres com carga
negativa. Como os elétrons são negativos são
atraídos pelo alvo que tem carga positiva. A energia
dos raios X produ zidos dependem da energia dos
elétrons que atingem o alvo. Os elét rons atingem o
alvo e os raios X são produzidos por dois
mecanismos: interações colisionais e r adioativas.
As interações colisionais ocor rem quando os
elétrons incident es atingem um elétron orbital
(nuvem) e o ejeta do átomo alvo, a energia é
liberada subsequ entemente como raios X (menor
quantidade). As interações radioativas ocorrem
quando o elétron incidente passa próximo ao
nucelo do átomo alvo de tungstênio, atraído pela
carga oposta. O elétron incidente não atinge ou
ejeta outro elétron ou tem qualquer iter ação com o
átomo alvo, mas perde sua velocidade (freia) a o
curvar sua tr ajetória perto do núcleo e libera
energia em forma de raios x. A maioria dos elétrons
incidentes sofrem múltiplas interações de frenagem
com o alvo e, assim, um único elétron pode levar a
produção de múltiplos raios X (maioria).
Quilovoltagem (kVp): velocidade dos elétrons.
O aumento do kVp aumenta a diferença de
voltagem entre o filamento e o alvo e os
elétrons são acelerados a velocidade
maiores e têm mais energia ao atingir o
alvo.
Os elétrons de maior energia podem
produzir raios X de mai or energia > maior
penetração.
Miliamperagem/tempo (mA): temperatura do
filamento do catodo.
Quanto maior a mA, maior o número de
elétrons que vão viajar d e um polo para o
outro > maior a radiação gerada.
Trabalhar com o mínimo de mA possível,
para diminuir a exposição a radiação.
Fatores importantes:
Nitidez: depende da distância da placa d e
imagem e objeto de estudo; quanto mais
próximo o objeto estiver da placa, mais
nítida será a imagem.
Tamanho: quanto mais próximo da fonte de
radiação maior o grau de ampliação; quanto
mais próximo mais forte é a distorção do
tamanho.
Distância padrão: 1m ou 75cm.
Delinear o obj eto em pelo menos dois
planos (2 projeções, uma perpendicular a
outra) para ter uma visão de 2 faces da
estrutura (representação tridimensional).
O foco radiográfico sempre deve estar
posicionado ao centro da placa.
Densidade: quanto mais densa a estrutura, maior a
absorção de raios; menor sensibiliza a placa >
imagem mais clara (radiopaco); ex: ossos,
músculos e gordura.
Opacidade: mais clara/branca radiopaco
absorveu m ais raio X, não sensibilizou a placa;
mais escuro/preto radioluscente absorveu
menos raio X, sensibi lizou a placa. Algumas
estruturas/substâncias são usadas para dizer a
opacidade:
Metal: bloqueio total do raio X mais
branco de todos
Osso/mineral (Ca++).
Líquido/tecido mole (sangue, quilo,
transudato, exsudato).
Gordura (tendão).
Gás: mais preto de todos.
Efeito somatório : quando tem duas estruturas com
a mesma opacidade se sobrepondo, as opacidades
se somam; em ossos, por exemplo, ficam mais
radiopacas; não confundir com mineralização
excessiva.
Efeito de subtração: qu ando tem duas estruturas
com opacidades opostas se sobrepondo, as
opacidades diminuem; por exemplo, gás e osso se
sobrepondo, a imagem fica mais escura; o
confundir com desmineralização (fraturas,
neoplasias).
Sinais de Roentgen: tudo o que é avaliado na
radiologia. Tamanho, forma, localização, número,
contorno e radiopacidade.
Posição radiográfica:
Ventrodorsal (VD) e dorsoventral (DV):
o primeiro, exemplo dorso é onde entra a
imagem, e o final, ventral, é onde sai.
Laterais: cabeça do pa ciente fica para a
esquerda do examinador. Raio X de
membro em grandes animais é, quase
sempre, lateromedial.
Para avaliar uma radiografia:
Avaliar todo o filme, da periferia ao centro.
Fazer a primeira avaliação sem o histórico
do paciente. E depois com o histórico.
Como avali ar: identificar estruturas na
imagem > elaborar possíveis explicações
para anomalias observadas > correlacionar
imagem com as manifestações cínicas e
exames complementares > listar possíveis
diagnósticos.
Diferentes doenças podem produzir
imagens radiográficas semelhantes e a
mesma doença pod e se manifestar de v ários
modos.
Ultrassonografia
Produção de ondas sonor as, inaudíveis pelo ouvido
humano (morcegos es cutam). Essas ondas o
medidas em mega-hertz (MHz).
A frequência é o núme ro de vezes em qu e uma onda
é repetida por segunda.
O comprimento de onda é a distância percorrida por
uma onda sonora em u m ciclo, o comprimento é
expresso em milímetros (mm). O comprimento da
onda é importante para a resolução da imagem.
O aumento da frequência de uma onda
sonora, aumenta a resolução da imagem.
Uma menor frequência, ou seja, maior
penetração da onda no corpo, leva a uma
pior resolução de imagem.
A profundidade de penetração da onda varia
de forma inversa à frequência. Maior
frequência > menor penetração e menor
frequência > maior penetração.
Na ult rassonografia, os transdu tores convertem a
corrente elétrica em ondas sonoras e vice-versa. A
conversão é feita em um cristal piezelétrico, que
após a aplicação de uma carga elétrica, o cristal se
deforma (vibra) e gera u ma onda sonora. As ondas
sonoras são criadas na superfície corporal ,
atravessam os tecidos, atinge a superfície refletora
e volta ao transdutor. O tr ansdutor emite em menos
de 1% do tempo e as recebe em mais de 99% do
tempo.
Convexos (macro ou micro), lineares,
frequência única ou múltipla, setoriais,
atenuação.
maior fr, menos penetra, melhor img
Sinal de retorno (eco): o eco é a imagem que volt a
para o projetor e está totalmente relacionada com a
estrutura que está sendo examinada.
Menos eco > imagem mais preta.
Mais eco > mais branca/cinza.
Os ecos de estruturas mais profundas são
mais fracos do que os originários de
estruturas mais próximas ao transdutor.
No monitor, a imagem se posiciona com relação
ao tempo que leva par a voltar. Como exemplo, a
pele aparece na parte superior, o fígado no meio e
o rim na parte inferior.
Vantagens do US: método não invasivo, imagem
em tempo real, avaliação de função dinâmica
(motilidade intestinal, coração, feto), não requer
anestesia ou sedação, pe rmite colheita de amostra
para biopsia.
Desvantagens do US: investimento no
equipamento, pr esença de art efatos qu e podem
dificultar a interpretação , não permite a avaliação
interna de estruturas mineralizadas.
Uma das desvantagens do US é o preparo do
paciente: tricotomia e limpeza da pele, gel, jejum
alimentar, eliminação de gases (dimeticona),
bexiga cheia, posições de decúbito D ou L (ECO –
cães e gatos), decúbito external ou posição
quadrupedal.
Modo de exibição: modo B (mais usado) é a
imagem dinâmica em te mpo real, e o modo M é
usado para avaliar como as estruturas se movem
(avaliação cardíaca).
Doppler: marca as vascularizações.
Vermelho: fluxo que vai em direção ao
transdutor.
Azul: fluxo que vai ao contrário do
transdutor.
Impedância acústica: dificuldade que um tecid o
oferece a transmissão do som, a diferença
determina a reflexão do som/eco, maior > mais eco,
menor > menos eco.
Anecoico: completamente preto (eco não retorna).
Hipoecoico: cinza escuro (volta pouco eco leve
impedância acústica).
Ecogênico: cinza mais claro (maior retorno do e co
– maior impedância acústica).
Hipercoico: branco claro (grande retorno de eco).
Sequência de ecogenicidade (do preto > branco ):
urina, bile > medula renal > m úsculo > rtex r enal
> fígado > gordura de reserva > baço > próstata >
pelve r enal > gordura estrutural > osso, gás e limite
dos órgãos.
Artefatos ultrassonográficos: erros na
apresentação da imagem.
Sombras acústicas: regiões de menor
ecogenicidade (+ pretas) dist ais a estruturas
de alta refletividade, naturalmente
encontradas em tecido mole com gás
(intestino e pulmão) e patologicamente
encontrado em cálculos renais e
vesiculares.
cálculo renal
Espelho: duplicação de uma estrutura do
lado oposto.
Intensificação acústica ou reforço
posterior: área de maior ecogenicidade
atrás de uma estrutura d e baixa atenuação
(mais escura, ex. vesícula biliar).
Reverberação: ondas sonoras se r efletem
várias vezes, ocorre em órgãos com
presença de gás.
Cauda de cometa: é uma variação da
reverberação, são linhas finas ou em
formado triangulas mais claras (cinza
claro).
Interpretação (parâmetros avaliados): protocolo
de obtenção de imagens padronizado,
ecogenicidade (homogênea ou
uniforme/heterogênea), textura ou ecotextura
(homogênea ou uniforme/heterogênea),
localização, tamanho e forma, motilidade e função.
Noções sobre Termografia e Endoscopia
A endoscopia é uma técnica de imagem que uti liza
fonte de luz e câmera (fibra óptica que leva a
imagem a algum visualizador).
Endoscopia significa “olhar dentro do paciente”.
É usado um fibroscópi o (aparelho - tubo fino,
formado de fibras ópticas flexíveis com câmera
conectada a um monitor) e um videoendoscópio
(monitor de vídeo) para a realização do
procedimento.
Os endoscópios podem ser flexíveis ou rígidos.
Aplicações e indicações:
Rinoscopia;
Laringoscopia;
Traqueoscopia;
Broncoscopia;
Cistoscopia;
Histeroscopia;
Uretroscopia;
Esofagoscopia;
Gastroscopia;
Colonoscopia;
Artroscopia;
Tonoscopia;
Laparoscopia;
Toracoscopia.
Tomografia Computadorizada e Resson ância
Magnética
A TC e R M oferecem possibilidades diagnósticas
superiores à radiografia convencional por causa de
duas vantagens, a natureza tomográfica e maio r
resolução de contraste.
A TC e a RM examinam os tecidos em cortes finos ,
o que elimina a sobreposição, facilitando a
identificação e a diferenciação de órgãos e outras
estruturas.
Os conjuntos de dados de volume da TC e da RM
podem ser reformatados em qualquer plano de
imagem ou como projeções tridi mensionais (3D),
melhorando as representações das relações
estruturais anatômicas.
Resolução de contraste: capacidade do sistema de
representação precisa das diferenças e m
características teciduais, físicas e bioquími cas, que
são associadas à atenuação dos raios X (TC) ou à
intensidade de sinal (RM).
Quanto melhor a resolu ção de contraste,
maior a probabilidade das variações suti s
dos componentes do tecido sejam exibidas
como pixels de diferentes tonalidades de
cinza.
Resolução espacial: corresponde a separaçã o
mínima resolvível entre objetos de alto contraste, é
mais limitada na TC e RM, do que na radiografia.
Radiografia é m elhor, pois a eliminação de
sobreposição e a resolução de contraste
superiores compensa essa limitação.
Cada imagem d e TC ou RM representa um fino
corte do corpo e é composta por uma matriz d e
pequenos cortes cúbicos, conhecidos como voxels
ou elementos de volume. Cada vox el associado a
maior int ensidade de si nal do tecido à RM ou à
atenuação de raios X à TC é mostrado como um
pixel mais brilhante ou mais branco, enquanto a
ausência d e sinal ou atenuação de raios X , como
exemplo no ar, parece escuro.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
As imagens podem ser adquiridas apenas
paralelamente ao portal do sistema, assim, as
imagens normalmente o transversais às partes do
corpo que repousam na mesa de TC.
Pode diferenciar líquidos puros de tecidos moles.
Conceito fundamental da TC: um feixe de raios
X com colimação fina em rotação ao redor do
paciente, podem gerar finos cortes de tecidos pelo
computador, cada um c om sua própria matriz d e
voxels associados a valores definitivos de
atenuação.
Tecnológica da TC: possibilidade de produção da
imagem de um objeto por meio de um número
infinito de projeções.
Equipamento: unidade de escaneamento (portal)
com uma ampola de emissão de r aios X e u m
sistema detector, mesa e computador sofisticado.
Os dispositivos eletromecânicos com anel
deslizante, possi bilitaram a rot ação ininterrupta da
ampola, que abriu portas para o escaneamento
helicoidal (espiral).
Na T C h elicoidal, uma região inteira do corpo
pode ser examinada se m interrupção e em alta
velocidade. Esses exames são muito r ápidos,
reduzindo a ocorrência de artefatos de
movimentação e permitindo a realização de
procedimentos angiogr áficos que requerem o
rastreamento preciso do contraste. É p adrão na
medicina veterinária.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
É possível a obtenção d e cortes d e imagens em
qualquer plano: plano transversal, sagital, dorsal ou
qualquer plano oblíquo.
Grande resolução d e contraste, que pode ser
aumentado pelo uso combinado de diferentes
sequencias de ima gens, permitindo a
caracterização dos teci dos moles com maior
sensibilidade do que a T C.
A alta resolução de contraste se pelas
propriedades eletromagnéticas dos núcleos
(prótons) de hid rogênio, que são abundantes no s
tecidos do corpo. A trans ferência de en ergia entres
estes prótons pode s er espacialmente localiz ada
(voxels) e é a fonte de formação da imagem.
A RM é usada principalmente na investigação d e
doeas neurológicas, mas pode ser usada em
qualquer parte do corpo , bastante usada em
equinos.
Energia de radiofrequência: o imã gera u m
campo magnético externo em que o paciente é
coloco. A corrente elétrica passa por um fio
gerando um campo magnético perpendicular
proporcional a sua potência.
Formação da imagem: cada próton d e hidrogênio
tem carga positiva e gira em seu eixo, como um
pião. Cada um destes prótons em rota ção (spins)
age como um minúsculo imã. As movimentações e
colisões moleculares geram interações magnéticas
entre spins que flutuam de forma constante ,
afetando o comportamento destes spins , gerando
sinais durante o processo de escaneamento.
Sistema Musculoesquelético – Fraturas
Avali ação – Sinais de Roentgen:
Tamanho.
Forma.
Localização (luxações).
Número (ex. dedos).
Contorno (reação periosteal).
Radiopacidade (destrui ção da cortical
óssea, atrofia por desuso reações que
causam aumento ou diminuição da
calcificação do osso, alterando a cor).
Estruturas ósseas:
Diáfise: osso compacto, denso.
Metáfise: osso esponjoso entre a diáfise e a
epífise.
Epífise: extremidades, centros de
crescimento.
Cartilagem: são radioluscente (preto).
Osso: tecido vivo com remodelação constante
(cicatrização).
Osteoblastos: matriz osteóide, mineralização,
fosfatase alcalina (fraturas), ficam localiz ados nas
regiões de cartilagem de crescimento e periósteo.
Osteoclastos: reabsorção óssea, ficam nas regiões
de cartilagem de crescimento e periósteo.
Osteócitos: em casos de fratura, voltam a ser
osteoclastos na matriz calcificada.
O forame nutrício (caminho percorrido pelo vaso
que irriga o osso) é r adioluscente e pode se r
confundido com fratura.
Exame radiográfico:
Projeções perpendiculares (ortogonais
duas no mínimo).
Estudo padronizado
Membros (craniocaudal,
dorsopalmar/plantar).
Oblíquas.
Flexionadas.
Sob apoio/peso (quando em apoio – espaço
articular maior, quando sem espaço
menor).
Estresse later al/medial (puxa medialmente
para radiografar o ligamento lateral).
Resposta óssea a lesão:
1. Opacidade diminuída – lise óssea
- Ponto menos radiopaco do que o osso
normal seria (m ais preto/escuro que o
normal).
- Traumas, desuso, neoplasias, doenças
metabólicas ou infecciosas.
- Comparar contralateral.
2. Opacidade aumentada – esclerose óssea
- Local fica mais radiopaco que o resto
(mais branco).
- Neoformação óssea, t rauma constante,
atrito, aumento da mineralização.
FRATURAS
Avali ação da fratura: considerar o oss o
envolvido, considerar as alterações de tecidos
moles (quanto mais tecido mole, mais radiopaco),
estruturas normais podem simular fratura (forame
nutrício, ossos sesamoides, fises abertas).
Classificação:
Fratura aberta: contaminação do tecido
ósseo.
Fratura fechada: pele integra em todo o
redor da fratura – melhores prognósticos.
Fratura completa: se estendem através de
todo o osso.
Fratura incompletas: acomete somente
um córtex do osso, não causa separação em
fragmentos.
Fratura simples: somente uma linha de
fratura, divide o osso em dois fragmentos
(proximal e distal).
Fratura cominutiva: possui mais de uma
linha de fratura que se comunicam em um
ponto ou plano e dividem o osso em 3 ou
mais fragmentos.
Fratura múltipla: mais de um foco de
fratura no mesmo osso, não se comunicam.
Fraturas epifiseais: acomete a plac a
epifisária em um paciente em crescimento
(aberta), classificação segundo Salter-
Harris.
o Tipo I: ocorrem ao longo da placa
epifisária.
o Tipo II : ocorrem ao longo da placa
epifisária e em uma porção d a
metáfise.
o Tipo III: ocorrem ao longo da placa
epifisária e epífise, s ão usualmente
fraturas articulares.
o Tipo IV: ocorre na epífise,
atravessam a placa epifisária e
acometem a metáfise, usualmente
fraturas articulares.
o Tipo V: o fraturas de
esmagamento ou compressão que
envolvem a placa epifisária; causam
fechamento prematuro da placa,
levando a deformidade de
crescimento.
Fratura por avulsão: ocorrem em locais de
ligação de tendões, li gamentos ou capsulas
articulares, são causadas por força
excessiva sobre essa estrutura.
Fratura patológica: ocorrem sem trauma
anormal ou evidente, como resultado de
enfraquecimento secundário do osso por
uma doença adj acente; relacionada com
hiperparatireoidismo e neoplasias ósseas.
Fratura transversa: seguem
perpendiculares (diâmetro) ao eixo longo
do osso.
Fratura oblí qua: seguem em menos de 90º
(entra subindo) com relação ao eixo longo.
Fratura espirais/elíptica/helicoidal:
associadas a trauma por torção
significativa, fr aturas oblíquas que se
enrolam ao redor do eixo longitudinal do
osso longo.
Neoplasia óssea tem mai or envolvimento do tecido
mole (edema), mas é difícil de diferenciar d e
infecção óssea.
Cicatrização óssea:
Padrão primário, onde ocorre a substit uição por
tecido ósseo, ocorre sob rígid a fixação
(procedimentos ortopédicos).
Ausência de calo ósseo.
Perda gradual da radiopacidade nas
extremidades da fratura.
Desaparecimento prog ressivo da linha da
fratura.
Restabelecimento r ápido da cortical e
medular.
Padrão secundário, mais frequente (tala).
semana: perda das margens dos
fragmentos e discreto aumento dos espaços
entre os fragmentos.
semana: calo ó sseo levemente
mineralizado sob re os fragmentos, margens
irregulares e pouco dist antes do espaço da
fratura.
semana: li nha de fratura estreita, calo
ósseo iniciando ponte óssea sobre a linha de
fratura, calo ósseo liso e levemente opaco.
Após semana: linha de fratura obliter ada,
calo ósseo ligado a f ratura e de densidade
semelhante ao osso.
Não un ião de fratura: ocorre por mobilidade d e
foco de fratura, suprimento sanguíneo insuficiente,
infecção (cães de pequeno porte = causa incerta).
Hipertrófica:
1- Linha visível muito tempo após trauma.
2- Calo não forma ponte.
3- Extremidades arredondadas.
4- Esclerose da cavidade medular.
Atrófica: 1 e 4 - Po uca ou nenhuma
formação de calo ósseo, extremidades
tendem a estreitamento.
Pseudoartrose: a fr atura não mostra
evidências radiográficas de progressão do
processo de consolidação, indicadas por
esclerose nas extremidades da fratura.
Lesões ósseas agressivas: a presença de qualquer
uma das três alterações indica lesão agressiva
destruição cortical, reação periosteal, distinção do
limite entre lesão óssea e osso normal. Exemplo s:
neoplasias e infeções.
Lesões ósseas n ão agressivas: exemplo cistos
ósseos.
Destruição
cortical
Reação
periosteal
Zona de
transição
Sim
Ativa -
irregular
Não distinta
Nenhuma
Nenhuma
Distinguível
Destruição da cortical:
Perda da definição da cortical óssea.
Região da destruição deve ser atingida
tangencialmente.
Nem toda destruiç ão óssea caus a destruição
da cortical.
Subclassificação: ruído de tr aça (lesões
irregulares pequenas, tamanhos diferentes),
permeativo (circulares) e lesão geog ráfica
(grande e d efinida). Mais agressivo
ruído de traça e permeativo.
Reação periosteal:
Pode ser espiculada, em coluna, explosão
solar.
Ativa: margens irregulares (agressiva).
Margem suave: recuperação óssea.
Doenças Ósseas em Cães e Gatos
Osteocondrose e Osteocondrose Dissecante
Falha na ossificação endocondral normal;
progressão da condromalácia.
Decorrente da necrose da cartilagem epifisária.
Osteocondrose defeito no osso subcondral.
Osteocondrose dissecante presença de flaps
(fragmentos/ retalhos de cartilagem ou osso)
devido o defeito do osso subcondral.
Localização: aspecto c audal da cabeça proximal
do úmero, aspecto distomedial da tróclea do úmero,
côndilos femorais lateral e medial, tróclea femoral,
crista troclear medial e lateral do tálus.
Sinais radiográficos:
Aplainamento ou concavidade da superfície
do osso subcondral (radioluscente).
Esclerose do osso subcondral adjacente
(radiopaco).
Efusão articular ou espessamento da
capsula articular 9aumento de volume).
Lesão em beijo (defeito no osso subcondral
é ocasionalmente observado envolvendo a
superfície articular oposta à lesão primária).
DAD.
Fenômeno de vácuo (gás no espaço
articular osteocondrose no ombro de
cães).
Flap calcificado ou mineralizado ao lado d a
lesão ou no espaço articular.
Displasia do Cotovelo
Causas: não união do ancôneo, fragmentação d o
processo coronoide medial da ulna e a
osteocondrose do aspecto distomedial da tróclea
umeral.
Normalmente acomete as duas articulações
(contralateral).
A incongruência da articulação do cotovelo lev a a
não união ou fratura do processo ancôneo,
fragmentação ou fratura do processo coronoide
medial.
Não união do processo ancôneo: radiografia
lateral do cotovelo em flexão, projeções
laterais e craniocaudal.
o Sinais radiográficos: linha
radioluscente entre processo
ancôneo e olecrano – faixa irregular
e larga; DAD.
Fragmentação do processo coronoide
medial: normalmente bilateral, alguns casos
são cartilaginosos.
o Sinais radiográficos: contorno
anormal ou mal definido da margem
cranial do processo coronoide
medial à projeção lateral;
incongruência ou subluxação
articular; osteofítos na margem
proximal do processo ancôneo;
esclerose do osso subcondral.
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur
Comprometimento do suplemento sanguíneo à
epífise da cabeça do f êmur causa necrose do osso
subcondral.
Pode ser bilateral.
Sinais radiográficos:
Transparências lineares abaixo da cabeç a
do fêmur (radioluscente).
Achatamento e a irregularidade do colo e
cabeça femorais.
Remodelamento da cabeça do fêmur.
Áreas de menor opa cidade na epífise e
metáfise do fêmur.
Aumento do espaço a rticular e subluxação
coxofemoral.
Atrofia muscular.
DAD.
Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional
Causado pela dieta com deficiência de cálcio ou
desequilíbrio de cálcio e fosforo, aument a
paratormônio > retira cálcio do osso reabsorção
de cálcio ósseo e osteomalácia generalizada.
Sinais radiográficos:
Opacidade óssea diminuída.
Corticais ósseas delgadas.
Perda de definição da densa lâmina que
circunda os dentes.
Deformidades da coluna vertebral e fraturas
patológicas.
Panosteíte
Doença idiopática que afeta ossos longos. Machos
são mais predispostos.
Lesões originadas e mais pronunciadas próximo ao
forame nutrício.
Sinais radiográficos:
Manchas e acentuação d a trabeculação do
osso afetado.
Opacidade nodulares circuncristas
(radiopaca, ti po osso) na cavidade medular
da diáfise.
Reação periosteal suave.
Osteopetrose
Doença metabólica hereditária rara, causada po r
uma anomalia na função dos osteoclastos.
Animais afetados tem aumento na opacidade óssea
com comprometimento específico das cavidades
medulares.
Sinais radiográficos:
Aumento da opacidade generalizada.
Padrão trabecular diminui.
Acomete vertebras e costelas.
Raquitismo
Defeito na mineralização da matriz óssea devido
inadequação da vit amina D ou doenças h ereditárias
que afetam o metabolismo ou deficiência de
vitamina D.
Sinais radiográficos:
Extensa dilatação das fises com grandes
fendas não mineralizadas com alargamento
e concavidade das epífises e metáfises
adjacentes.
Dilatação das junções osteocondrais das
costelas – rosário raquítico.
Osteopenia difusa com córtex fino >
fraturas em dobradura.
Osteodistrofia Hipertrófica
Suplementação excessiva de minerais e vitaminas,
hipovitaminose C e a inflamação supurativa se m
isolamento de agentes infecciosos.
Histo: resposta inflamatória neutrofílica.
Sinais clínicos: febre, diarreia e hiperqueratose dos
coxins.
Cinomose canina.
Sinais radiográficos:
Zonas transparentes em orientação
transversal na metáfise.
Esclerose do osso subcondral.
Sinal fisário duplo (po rção distal rádio e
ulna).
Reações periosteal irregular ao redor d a
metáfise.
Aumento do volume de tecidos moles.
Dilatação, concavidade e aumento da
opacidade das extremidades distais das
costelas.
Zona de transição indistinta.
Retenção do Centro Cartilaginoso
Ocorre na metáfise ulnar distal ou no côndilo
femoral lateral.
Causada pela perda da progressão normal da
ossificação endocondral com retenção de células
cartilaginosas hipertrofiadas na metáfise central.
Sinais radiográficos:
Área cônica radiotransparente na metá fise
ulnar distal ou no côndilo femoral lateral.
Esclerose pode cercar área
radiotransparente.
Deformidade angular do membro.
DAD do cotovelo e do carpo.
Artropatias em Cães
Doença Articular Degenerativa
Doença lentamente progressiva das articulações
sinoviais na qual efusão sinovial e degradação da
cartilagem são componentes principais.
É uma anormalidade comum em pequenos animais.
Sinovite discreta não supurativa com
aumento de massa sinovi al e com alteração
do formato do coxim de gordura
infrapatelar (joelho).
Degeneração focal da c artilagem articular
com aumento do espaço articular.
Osteofitose.
Displasia Coxofemoral
Desenvolvimento anormal da articulação
coxofemoral.
É uma condição hereditária, onde os fatores
ambientais influenciam no desenvolvimento e a
supernutrição também influencia.
Erosão da cartilagem peritoneal.
Hipertrofia do ligamento redondo da cabeça
do fêmur.
Efusão sinovial.
Sinovite.
Teste da frouxidão articular (precoce).
Alterações que causam DAD: osteofítos,
remodelamento d a cabeça e colo femoral,
remodelamento do acetábulo, linha de Morgan,
esclerose.
Em gatos: subluxação coxofemoral, entesofítos na
margem acetabular, remodelamento e alteraç ão
degenerativa da cabeça e colo femoral.
Métodos de avaliação: identificar de forma
precoce a frouxidão articular, buscar evidências
radiográficas de DAD, método de obtenção da
projeção da articulação coxofemoral estendida
OFA, método PennHIP (precoce).

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Diagnóstico por Imagem 
Radiologia 
Registro fotográfico sob ação dos raios X em 
estruturas e objetos por ele sensibilizados. Variam 
entre o branco e o preto total. 
Os raios X atravessam os corpos e sensibilizam a 
placa/filme, os locais na placa que foram 
sensibilizados pelos raios X ficam mais pretos 
(radioluscente) e os raios que são absorvidos pelo 
objeto e não sensibilizam a placa vão formar uma 
imagem mais branca/clara (radiopaco). 
A composição do objeto interfere na projeção dele 
na placa, quanto maior o número anatômico do 
elemento estudado, mais raio X será bloqueado. O 
chumbo, por exemplo, bloqueia completamente a 
passagem de raio X. 
Formação da imagem 
A ampola de raio X contém um alvo com carga 
positiva, o anodo, e um filamento de carga negativa 
(fonte de elétrons), o catodo, em um envoltório de 
vidro. A ampola de raio X acelera os elétrons da 
porção negativa para a porção positiva, onde são 
formados os raios. Para criar as fontes de elétrons, 
uma corrente elétrica passa pelo filamento e 
aumenta sua temperatura, o calor permite que seja 
criada uma nuvem de elétrons livres com carga 
negativa. Como os elétrons são negativos são 
atraídos pelo alvo que tem carga positiva. A energia 
dos raios X produzidos dependem da energia dos 
elétrons que atingem o alvo. Os elétrons atingem o 
alvo e os raios X são produzidos por dois 
mecanismos: interações colisionais e radioativas. 
As interações colisionais ocorrem quando os 
elétrons incidentes atingem um elétron orbital 
(nuvem) e o ejeta do átomo alvo, a energia é 
liberada subsequentemente como raios X (menor 
quantidade). As interações radioativas ocorrem 
quando o elétron incidente passa próximo ao 
nucelo do átomo alvo de tungstênio, atraído pela 
carga oposta. O elétron incidente não atinge ou 
ejeta outro elétron ou tem qualquer iteração com o 
átomo alvo, mas perde sua velocidade (freia) ao 
curvar sua trajetória perto do núcleo e libera 
energia em forma de raios x. A maioria dos elétrons 
incidentes sofrem múltiplas interações de frenagem 
com o alvo e, assim, um único elétron pode levar a 
produção de múltiplos raios X (maioria). 
Quilovoltagem (kVp): velocidade dos elétrons. 
• O aumento do kVp aumenta a diferença de 
voltagem entre o filamento e o alvo e os 
elétrons são acelerados a velocidade 
maiores e têm mais energia ao atingir o 
alvo. 
• Os elétrons de maior energia podem 
produzir raios X de maior energia > maior 
penetração. 
Miliamperagem/tempo (mA): temperatura do 
filamento do catodo. 
• Quanto maior a mA, maior o número de 
elétrons que vão viajar de um polo para o 
outro > maior a radiação gerada. 
• Trabalhar com o mínimo de mA possível, 
para diminuir a exposição a radiação. 
Fatores importantes: 
• Nitidez: depende da distância da placa de 
imagem e objeto de estudo; quanto mais 
próximo o objeto estiver da placa, mais 
nítida será a imagem. 
• Tamanho: quanto mais próximo da fonte de 
radiação maior o grau de ampliação; quanto 
mais próximo mais forte é a distorção do 
tamanho. 
• Distância padrão: 1m ou 75cm. 
• Delinear o objeto em pelo menos dois 
planos (2 projeções, uma perpendicular a 
outra) para ter uma visão de 2 faces da 
estrutura (representação tridimensional). 
• O foco radiográfico sempre deve estar 
posicionado ao centro da placa. 
Densidade: quanto mais densa a estrutura, maior a 
absorção de raios; menor sensibiliza a placa > 
imagem mais clara (radiopaco); ex: ossos, 
músculos e gordura. 
Opacidade: mais clara/branca → radiopaco – 
absorveu mais raio X, não sensibilizou a placa; 
mais escuro/preto → radioluscente – absorveu 
menos raio X, sensibilizou a placa. Algumas 
estruturas/substâncias são usadas para dizer a 
opacidade: 
• Metal: bloqueio total do raio X – mais 
branco de todos 
• Osso/mineral (Ca++). 
• Líquido/tecido mole (sangue, quilo, 
transudato, exsudato). 
• Gordura (tendão). 
• Gás: mais preto de todos. 
Efeito somatório: quando tem duas estruturas com 
a mesma opacidade se sobrepondo, as opacidades 
se somam; em ossos, por exemplo, ficam mais 
radiopacas; não confundir com mineralização 
excessiva. 
Efeito de subtração: quando tem duas estruturas 
com opacidades opostas se sobrepondo, as 
opacidades diminuem; por exemplo, gás e osso se 
sobrepondo, a imagem fica mais escura; não 
confundir com desmineralização (fraturas, 
neoplasias). 
Sinais de Roentgen: tudo o que é avaliado na 
radiologia. Tamanho, forma, localização, número, 
contorno e radiopacidade. 
Posição radiográfica: 
• Ventrodorsal (VD) e dorsoventral (DV): 
o primeiro, exemplo dorso é onde entra a 
imagem, e o final, ventral, é onde sai. 
• Laterais: cabeça do paciente fica para a 
esquerda do examinador. Raio X de 
membro em grandes animais é, quase 
sempre, lateromedial. 
Para avaliar uma radiografia: 
• Avaliar todo o filme, da periferia ao centro. 
• Fazer a primeira avaliação sem o histórico 
do paciente. E depois com o histórico. 
• Como avaliar: identificar estruturas na 
imagem > elaborar possíveis explicações 
para anomalias observadas > correlacionar 
imagem com as manifestações cínicas e 
exames complementares > listar possíveis 
diagnósticos. 
• Diferentes doenças podem produzir 
imagens radiográficas semelhantes e a 
mesma doença pode se manifestar de vários 
modos. 
 
Ultrassonografia 
Produção de ondas sonoras, inaudíveis pelo ouvido 
humano (morcegos escutam). Essas ondas são 
medidas em mega-hertz (MHz). 
A frequência é o número de vezes em que uma onda 
é repetida por segunda. 
O comprimento de onda é a distância percorrida por 
uma onda sonora em um ciclo, o comprimento é 
expresso em milímetros (mm). O comprimento da 
onda é importante para a resolução da imagem. 
• O aumento da frequência de uma onda 
sonora, aumenta a resolução da imagem. 
• Uma menor frequência, ou seja, maior 
penetração da onda no corpo, leva a uma 
pior resolução de imagem. 
• A profundidade de penetração da onda varia 
de forma inversa à frequência. Maior 
frequência > menor penetração e menor 
frequência > maior penetração. 
Na ultrassonografia, os transdutores convertem a 
corrente elétrica em ondas sonoras e vice-versa. A 
conversão é feita em um cristal piezelétrico, que 
após a aplicação de uma carga elétrica, o cristal se 
deforma (vibra) e gera uma onda sonora. As ondas 
sonoras são criadas na superfície corporal, 
atravessam os tecidos, atinge a superfície refletora 
e volta ao transdutor. O transdutor emite em menos 
de 1% do tempo e as recebe em mais de 99% do 
tempo. 
• Convexos (macro ou micro), lineares, 
frequência única ou múltipla, setoriais, 
atenuação. 
maior fr, menos penetra, melhor img
Sinal de retorno (eco): o eco é a imagem que volta 
para o projetor e está totalmente relacionada com a 
estrutura que está sendo examinada. 
• Menos eco > imagem mais preta. 
• Mais eco > mais branca/cinza. 
• Os ecos de estruturas mais profundas são 
mais fracos do que os originários de 
estruturas mais próximas ao transdutor. 
→No monitor, a imagem se posiciona com relação 
ao tempo que leva para voltar. Como exemplo, a 
pele aparece na parte superior, o fígado no meio e 
o rim na parte inferior. 
Vantagens do US: método não invasivo, imagem 
em tempo real, avaliação de função dinâmica 
(motilidade intestinal, coração, feto), não requer 
anestesia ou sedação, permite colheita de amostra 
para biopsia. 
Desvantagens do US: investimento no 
equipamento, presença de artefatos que podem 
dificultar a interpretação, não permite a avaliação 
interna de estruturas mineralizadas. 
Uma das desvantagens do US é o preparo do 
paciente: tricotomia e limpeza da pele, gel, jejum 
alimentar, eliminação de gases (dimeticona), 
bexiga cheia, posições de decúbito D ou L (ECO – 
cães e gatos), decúbito external ou posição 
quadrupedal. 
Modo de exibição: modo B (mais usado) é a 
imagem dinâmica emtempo real, e o modo M é 
usado para avaliar como as estruturas se movem 
(avaliação cardíaca). 
Doppler: marca as vascularizações. 
• Vermelho: fluxo que vai em direção ao 
transdutor. 
• Azul: fluxo que vai ao contrário do 
transdutor. 
Impedância acústica: dificuldade que um tecido 
oferece a transmissão do som, a diferença 
determina a reflexão do som/eco, maior > mais eco, 
menor > menos eco. 
Anecoico: completamente preto (eco não retorna). 
Hipoecoico: cinza escuro (volta pouco eco – leve 
impedância acústica). 
Ecogênico: cinza mais claro (maior retorno do eco 
– maior impedância acústica). 
Hipercoico: branco claro (grande retorno de eco). 
Sequência de ecogenicidade (do preto > branco): 
urina, bile > medula renal > músculo > córtex renal 
> fígado > gordura de reserva > baço > próstata > 
pelve renal > gordura estrutural > osso, gás e limite 
dos órgãos. 
Artefatos ultrassonográficos: erros na 
apresentação da imagem. 
• Sombras acústicas: regiões de menor 
ecogenicidade (+ pretas) distais a estruturas 
de alta refletividade, naturalmente 
encontradas em tecido mole com gás 
(intestino e pulmão) e patologicamente 
encontrado em cálculos renais e 
vesiculares. 
cálculo renal 
 
 
 
 
• Espelho: duplicação de uma estrutura do 
lado oposto. 
 
 
 
 
 
• Intensificação acústica ou reforço 
posterior: área de maior ecogenicidade 
atrás de uma estrutura de baixa atenuação 
(mais escura, ex. vesícula biliar). 
 
 
• Reverberação: ondas sonoras se refletem 
várias vezes, ocorre em órgãos com 
presença de gás. 
 
 
• Cauda de cometa: é uma variação da 
reverberação, são linhas finas ou em 
formado triangulas mais claras (cinza 
claro). 
 
Interpretação (parâmetros avaliados): protocolo 
de obtenção de imagens padronizado, 
ecogenicidade (homogênea ou 
uniforme/heterogênea), textura ou ecotextura 
(homogênea ou uniforme/heterogênea), 
localização, tamanho e forma, motilidade e função. 
Noções sobre Termografia e Endoscopia 
A endoscopia é uma técnica de imagem que utiliza 
fonte de luz e câmera (fibra óptica que leva a 
imagem a algum visualizador). 
Endoscopia significa “olhar dentro do paciente”. 
É usado um fibroscópio (aparelho - tubo fino, 
formado de fibras ópticas flexíveis com câmera 
conectada a um monitor) e um videoendoscópio 
(monitor de vídeo) para a realização do 
procedimento. 
Os endoscópios podem ser flexíveis ou rígidos. 
Aplicações e indicações: 
• Rinoscopia; 
• Laringoscopia; 
• Traqueoscopia; 
• Broncoscopia; 
• Cistoscopia; 
• Histeroscopia; 
• Uretroscopia; 
• Esofagoscopia; 
• Gastroscopia; 
• Colonoscopia; 
• Artroscopia; 
• Tonoscopia; 
• Laparoscopia; 
• Toracoscopia. 
 
Tomografia Computadorizada e Ressonância 
Magnética 
A TC e RM oferecem possibilidades diagnósticas 
superiores à radiografia convencional por causa de 
duas vantagens, a natureza tomográfica e maior 
resolução de contraste. 
A TC e a RM examinam os tecidos em cortes finos, 
o que elimina a sobreposição, facilitando a 
identificação e a diferenciação de órgãos e outras 
estruturas. 
Os conjuntos de dados de volume da TC e da RM 
podem ser reformatados em qualquer plano de 
imagem ou como projeções tridimensionais (3D), 
melhorando as representações das relações 
estruturais anatômicas. 
Resolução de contraste: capacidade do sistema de 
representação precisa das diferenças em 
características teciduais, físicas e bioquímicas, que 
são associadas à atenuação dos raios X (TC) ou à 
intensidade de sinal (RM). 
• Quanto melhor a resolução de contraste, 
maior a probabilidade das variações sutis 
dos componentes do tecido sejam exibidas 
como pixels de diferentes tonalidades de 
cinza. 
Resolução espacial: corresponde a separação 
mínima resolvível entre objetos de alto contraste, é 
mais limitada na TC e RM, do que na radiografia. 
• Radiografia é melhor, pois a eliminação de 
sobreposição e a resolução de contraste 
superiores compensa essa limitação. 
Cada imagem de TC ou RM representa um fino 
corte do corpo e é composta por uma matriz de 
pequenos cortes cúbicos, conhecidos como voxels 
ou elementos de volume. Cada voxel associado a 
maior intensidade de sinal do tecido à RM ou à 
atenuação de raios X à TC é mostrado como um 
pixel mais brilhante ou mais branco, enquanto a 
ausência de sinal ou atenuação de raios X, como 
exemplo no ar, parece escuro. 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
As imagens podem ser adquiridas apenas 
paralelamente ao portal do sistema, assim, as 
imagens normalmente são transversais às partes do 
corpo que repousam na mesa de TC. 
Pode diferenciar líquidos puros de tecidos moles. 
Conceito fundamental da TC: um feixe de raios 
X com colimação fina em rotação ao redor do 
paciente, podem gerar finos cortes de tecidos pelo 
computador, cada um com sua própria matriz de 
voxels associados a valores definitivos de 
atenuação. 
Tecnológica da TC: possibilidade de produção da 
imagem de um objeto por meio de um número 
infinito de projeções. 
Equipamento: unidade de escaneamento (portal) 
com uma ampola de emissão de raios X e um 
sistema detector, mesa e computador sofisticado. 
Os dispositivos eletromecânicos com anel 
deslizante, possibilitaram a rotação ininterrupta da 
ampola, que abriu portas para o escaneamento 
helicoidal (espiral). 
Na TC helicoidal, uma região inteira do corpo 
pode ser examinada sem interrupção e em alta 
velocidade. Esses exames são muito rápidos, 
reduzindo a ocorrência de artefatos de 
movimentação e permitindo a realização de 
procedimentos angiográficos que requerem o 
rastreamento preciso do contraste. É padrão na 
medicina veterinária. 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
É possível a obtenção de cortes de imagens em 
qualquer plano: plano transversal, sagital, dorsal ou 
qualquer plano oblíquo. 
Grande resolução de contraste, que pode ser 
aumentado pelo uso combinado de diferentes 
sequencias de imagens, permitindo a 
caracterização dos tecidos moles com maior 
sensibilidade do que a TC. 
A alta resolução de contraste se dá pelas 
propriedades eletromagnéticas dos núcleos 
(prótons) de hidrogênio, que são abundantes nos 
tecidos do corpo. A transferência de energia entres 
estes prótons pode ser espacialmente localizada 
(voxels) e é a fonte de formação da imagem. 
A RM é usada principalmente na investigação de 
doenças neurológicas, mas pode ser usada em 
qualquer parte do corpo, bastante usada em 
equinos. 
Energia de radiofrequência: o imã gera um 
campo magnético externo em que o paciente é 
coloco. A corrente elétrica passa por um fio 
gerando um campo magnético perpendicular 
proporcional a sua potência. 
Formação da imagem: cada próton de hidrogênio 
tem carga positiva e gira em seu eixo, como um 
pião. Cada um destes prótons em rotação (spins) 
age como um minúsculo imã. As movimentações e 
colisões moleculares geram interações magnéticas 
entre spins que flutuam de forma constante, 
afetando o comportamento destes spins, gerando 
sinais durante o processo de escaneamento. 
 
Sistema Musculoesquelético – Fraturas 
Avaliação – Sinais de Roentgen: 
• Tamanho. 
• Forma. 
• Localização (luxações). 
• Número (ex. dedos). 
• Contorno (reação periosteal). 
• Radiopacidade (destruição da cortical 
óssea, atrofia por desuso – reações que 
causam aumento ou diminuição da 
calcificação do osso, alterando a cor). 
Estruturas ósseas: 
• Diáfise: osso compacto, denso. 
• Metáfise: osso esponjoso entre a diáfise e a 
epífise. 
• Epífise: extremidades, centros de 
crescimento. 
• Cartilagem: são radioluscente (preto). 
Osso: tecido vivo com remodelação constante 
(cicatrização). 
Osteoblastos: matriz osteóide, mineralização, 
fosfatase alcalina (fraturas), ficam localizados nas 
regiões de cartilagem de crescimento e periósteo. 
Osteoclastos: reabsorção óssea, ficam nas regiões 
de cartilagem de crescimento e periósteo. 
Osteócitos:em casos de fratura, voltam a ser 
osteoclastos na matriz calcificada. 
O forame nutrício (caminho percorrido pelo vaso 
que irriga o osso) é radioluscente e pode ser 
confundido com fratura. 
Exame radiográfico: 
• Projeções perpendiculares (ortogonais – 
duas no mínimo). 
• Estudo padronizado 
• Membros (craniocaudal, 
dorsopalmar/plantar). 
• Oblíquas. 
• Flexionadas. 
• Sob apoio/peso (quando em apoio – espaço 
articular maior, quando sem – espaço 
menor). 
• Estresse lateral/medial (puxa medialmente 
para radiografar o ligamento lateral). 
Resposta óssea a lesão: 
1. Opacidade diminuída – lise óssea 
- Ponto menos radiopaco do que o osso 
normal seria (mais preto/escuro que o 
normal). 
- Traumas, desuso, neoplasias, doenças 
metabólicas ou infecciosas. 
- Comparar contralateral. 
2. Opacidade aumentada – esclerose óssea 
- Local fica mais radiopaco que o resto 
(mais branco). 
- Neoformação óssea, trauma constante, 
atrito, aumento da mineralização. 
 
FRATURAS 
Avaliação da fratura: considerar o osso 
envolvido, considerar as alterações de tecidos 
moles (quanto mais tecido mole, mais radiopaco), 
estruturas normais podem simular fratura (forame 
nutrício, ossos sesamoides, fises abertas). 
Classificação: 
• Fratura aberta: contaminação do tecido 
ósseo. 
• Fratura fechada: pele integra em todo o 
redor da fratura – melhores prognósticos. 
• Fratura completa: se estendem através de 
todo o osso. 
• Fratura incompletas: acomete somente 
um córtex do osso, não causa separação em 
fragmentos. 
• Fratura simples: somente uma linha de 
fratura, divide o osso em dois fragmentos 
(proximal e distal). 
• Fratura cominutiva: possui mais de uma 
linha de fratura que se comunicam em um 
ponto ou plano e dividem o osso em 3 ou 
mais fragmentos. 
• Fratura múltipla: mais de um foco de 
fratura no mesmo osso, não se comunicam. 
• Fraturas epifiseais: acomete a placa 
epifisária em um paciente em crescimento 
(aberta), classificação segundo Salter-
Harris. 
o Tipo I: ocorrem ao longo da placa 
epifisária. 
o Tipo II: ocorrem ao longo da placa 
epifisária e em uma porção da 
metáfise. 
o Tipo III: ocorrem ao longo da placa 
epifisária e epífise, são usualmente 
fraturas articulares. 
o Tipo IV: ocorre na epífise, 
atravessam a placa epifisária e 
acometem a metáfise, usualmente 
fraturas articulares. 
o Tipo V: são fraturas de 
esmagamento ou compressão que 
envolvem a placa epifisária; causam 
fechamento prematuro da placa, 
levando a deformidade de 
crescimento. 
 
• Fratura por avulsão: ocorrem em locais de 
ligação de tendões, ligamentos ou capsulas 
articulares, são causadas por força 
excessiva sobre essa estrutura. 
• Fratura patológica: ocorrem sem trauma 
anormal ou evidente, como resultado de 
enfraquecimento secundário do osso por 
uma doença adjacente; relacionada com 
hiperparatireoidismo e neoplasias ósseas. 
• Fratura transversa: seguem 
perpendiculares (diâmetro) ao eixo longo 
do osso. 
• Fratura oblíqua: seguem em menos de 90º 
(entra subindo) com relação ao eixo longo. 
• Fratura espirais/elíptica/helicoidal: 
associadas a trauma por torção 
significativa, fraturas oblíquas que se 
enrolam ao redor do eixo longitudinal do 
osso longo. 
 
Neoplasia óssea tem maior envolvimento do tecido 
mole (edema), mas é difícil de diferenciar de 
infecção óssea. 
Cicatrização óssea: 
Padrão primário, onde ocorre a substituição por 
tecido ósseo, ocorre sob rígida fixação 
(procedimentos ortopédicos). 
• Ausência de calo ósseo. 
• Perda gradual da radiopacidade nas 
extremidades da fratura. 
• Desaparecimento progressivo da linha da 
fratura. 
• Restabelecimento rápido da cortical e 
medular. 
Padrão secundário, mais frequente (tala). 
• 1ª semana: perda das margens dos 
fragmentos e discreto aumento dos espaços 
entre os fragmentos. 
• 2ª semana: calo ósseo levemente 
mineralizado sobre os fragmentos, margens 
irregulares e pouco distantes do espaço da 
fratura. 
• 4ª semana: linha de fratura estreita, calo 
ósseo iniciando ponte óssea sobre a linha de 
fratura, calo ósseo liso e levemente opaco. 
• Após 4ª semana: linha de fratura obliterada, 
calo ósseo ligado a fratura e de densidade 
semelhante ao osso. 
Não união de fratura: ocorre por mobilidade de 
foco de fratura, suprimento sanguíneo insuficiente, 
infecção (cães de pequeno porte = causa incerta). 
• Hipertrófica: 
1- Linha visível muito tempo após trauma. 
2- Calo não forma ponte. 
3- Extremidades arredondadas. 
4- Esclerose da cavidade medular. 
• Atrófica: 1 e 4 - Pouca ou nenhuma 
formação de calo ósseo, extremidades 
tendem a estreitamento. 
• Pseudoartrose: a fratura não mostra 
evidências radiográficas de progressão do 
processo de consolidação, indicadas por 
esclerose nas extremidades da fratura. 
Lesões ósseas agressivas: a presença de qualquer 
uma das três alterações indica lesão agressiva → 
destruição cortical, reação periosteal, distinção do 
limite entre lesão óssea e osso normal. Exemplos: 
neoplasias e infeções. 
Lesões ósseas não agressivas: exemplo → cistos 
ósseos. 
Classificação Destruição 
cortical 
Reação 
periosteal 
Zona de 
transição 
Agressiva Sim Ativa - 
irregular 
Não distinta 
Não 
agressiva 
Nenhuma Nenhuma Distinguível 
 
Destruição da cortical: 
• Perda da definição da cortical óssea. 
• Região da destruição deve ser atingida 
tangencialmente. 
• Nem toda destruição óssea causa destruição 
da cortical. 
• Subclassificação: ruído de traça (lesões 
irregulares pequenas, tamanhos diferentes), 
permeativo (circulares) e lesão geográfica 
(grande e definida). Mais agressivo → 
ruído de traça e permeativo. 
 
Reação periosteal: 
• Pode ser espiculada, em coluna, explosão 
solar. 
• Ativa: margens irregulares (agressiva). 
• Margem suave: recuperação óssea. 
 
Doenças Ósseas em Cães e Gatos 
Osteocondrose e Osteocondrose Dissecante 
Falha na ossificação endocondral normal; 
progressão da condromalácia. 
Decorrente da necrose da cartilagem epifisária. 
Osteocondrose → defeito no osso subcondral. 
Osteocondrose dissecante → presença de flaps 
(fragmentos/ retalhos de cartilagem ou osso) 
devido o defeito do osso subcondral. 
Localização: aspecto caudal da cabeça proximal 
do úmero, aspecto distomedial da tróclea do úmero, 
côndilos femorais lateral e medial, tróclea femoral, 
crista troclear medial e lateral do tálus. 
Sinais radiográficos: 
• Aplainamento ou concavidade da superfície 
do osso subcondral (radioluscente). 
• Esclerose do osso subcondral adjacente 
(radiopaco). 
• Efusão articular ou espessamento da 
capsula articular 9aumento de volume). 
• Lesão em beijo (defeito no osso subcondral 
é ocasionalmente observado envolvendo a 
superfície articular oposta à lesão primária). 
• DAD. 
• Fenômeno de vácuo (gás no espaço 
articular – osteocondrose no ombro de 
cães). 
• Flap calcificado ou mineralizado ao lado da 
lesão ou no espaço articular. 
Displasia do Cotovelo 
Causas: não união do ancôneo, fragmentação do 
processo coronoide medial da ulna e a 
osteocondrose do aspecto distomedial da tróclea 
umeral. 
Normalmente acomete as duas articulações 
(contralateral). 
A incongruência da articulação do cotovelo leva a 
não união ou fratura do processo ancôneo, 
fragmentação ou fratura do processo coronoide 
medial. 
• Não união do processo ancôneo: radiografia 
lateral do cotovelo em flexão, projeções 
laterais e craniocaudal. 
o Sinais radiográficos: linha 
radioluscente entre processo 
ancôneo e olecrano – faixa irregular 
e larga; DAD. 
• Fragmentação do processo coronoide 
medial: normalmente bilateral, alguns casos 
são cartilaginosos. 
o Sinais radiográficos: contorno 
anormal ou mal definido da margem 
cranial do processo coronoide 
medial à projeção lateral; 
incongruência ou subluxação 
articular; osteofítos na margem 
proximal do processo ancôneo;esclerose do osso subcondral. 
Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur 
Comprometimento do suplemento sanguíneo à 
epífise da cabeça do fêmur causa necrose do osso 
subcondral. 
Pode ser bilateral. 
Sinais radiográficos: 
• Transparências lineares abaixo da cabeça 
do fêmur (radioluscente). 
• Achatamento e a irregularidade do colo e 
cabeça femorais. 
• Remodelamento da cabeça do fêmur. 
• Áreas de menor opacidade na epífise e 
metáfise do fêmur. 
• Aumento do espaço articular e subluxação 
coxofemoral. 
• Atrofia muscular. 
• DAD. 
 
 
Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional 
Causado pela dieta com deficiência de cálcio ou 
desequilíbrio de cálcio e fosforo, aumenta 
paratormônio > retira cálcio do osso → reabsorção 
de cálcio ósseo e osteomalácia generalizada. 
Sinais radiográficos: 
• Opacidade óssea diminuída. 
• Corticais ósseas delgadas. 
• Perda de definição da densa lâmina que 
circunda os dentes. 
• Deformidades da coluna vertebral e fraturas 
patológicas. 
Panosteíte 
Doença idiopática que afeta ossos longos. Machos 
são mais predispostos. 
Lesões originadas e mais pronunciadas próximo ao 
forame nutrício. 
Sinais radiográficos: 
• Manchas e acentuação da trabeculação do 
osso afetado. 
• Opacidade nodulares circuncristas 
(radiopaca, tipo osso) na cavidade medular 
da diáfise. 
• Reação periosteal suave. 
Osteopetrose 
Doença metabólica hereditária rara, causada por 
uma anomalia na função dos osteoclastos. 
Animais afetados tem aumento na opacidade óssea 
com comprometimento específico das cavidades 
medulares. 
Sinais radiográficos: 
• Aumento da opacidade generalizada. 
• Padrão trabecular diminui. 
• Acomete vertebras e costelas. 
Raquitismo 
Defeito na mineralização da matriz óssea devido 
inadequação da vitamina D ou doenças hereditárias 
que afetam o metabolismo ou deficiência de 
vitamina D. 
Sinais radiográficos: 
• Extensa dilatação das fises com grandes 
fendas não mineralizadas com alargamento 
e concavidade das epífises e metáfises 
adjacentes. 
• Dilatação das junções osteocondrais das 
costelas – rosário raquítico. 
• Osteopenia difusa com córtex fino > 
fraturas em dobradura. 
Osteodistrofia Hipertrófica 
Suplementação excessiva de minerais e vitaminas, 
hipovitaminose C e a inflamação supurativa sem 
isolamento de agentes infecciosos. 
Histo: resposta inflamatória neutrofílica. 
Sinais clínicos: febre, diarreia e hiperqueratose dos 
coxins. 
→Cinomose canina. 
Sinais radiográficos: 
• Zonas transparentes em orientação 
transversal na metáfise. 
• Esclerose do osso subcondral. 
• Sinal fisário duplo (porção distal rádio e 
ulna). 
• Reações periosteal irregular ao redor da 
metáfise. 
• Aumento do volume de tecidos moles. 
• Dilatação, concavidade e aumento da 
opacidade das extremidades distais das 
costelas. 
• Zona de transição indistinta. 
Retenção do Centro Cartilaginoso 
Ocorre na metáfise ulnar distal ou no côndilo 
femoral lateral. 
Causada pela perda da progressão normal da 
ossificação endocondral com retenção de células 
cartilaginosas hipertrofiadas na metáfise central. 
Sinais radiográficos: 
• Área cônica radiotransparente na metáfise 
ulnar distal ou no côndilo femoral lateral. 
• Esclerose pode cercar área 
radiotransparente. 
• Deformidade angular do membro. 
• DAD do cotovelo e do carpo. 
 
Artropatias em Cães 
Doença Articular Degenerativa 
Doença lentamente progressiva das articulações 
sinoviais na qual efusão sinovial e degradação da 
cartilagem são componentes principais. 
É uma anormalidade comum em pequenos animais. 
• Sinovite discreta não supurativa com 
aumento de massa sinovial e com alteração 
do formato do coxim de gordura 
infrapatelar (joelho). 
• Degeneração focal da cartilagem articular 
com aumento do espaço articular. 
• Osteofitose. 
Displasia Coxofemoral 
Desenvolvimento anormal da articulação 
coxofemoral. 
É uma condição hereditária, onde os fatores 
ambientais influenciam no desenvolvimento e a 
supernutrição também influencia. 
• Erosão da cartilagem peritoneal. 
• Hipertrofia do ligamento redondo da cabeça 
do fêmur. 
• Efusão sinovial. 
• Sinovite. 
Teste da frouxidão articular (precoce). 
Alterações que causam DAD: osteofítos, 
remodelamento da cabeça e colo femoral, 
remodelamento do acetábulo, linha de Morgan, 
esclerose. 
Em gatos: subluxação coxofemoral, entesofítos na 
margem acetabular, remodelamento e alteração 
degenerativa da cabeça e colo femoral. 
Métodos de avaliação: identificar de forma 
precoce a frouxidão articular, buscar evidências 
radiográficas de DAD, método de obtenção da 
projeção da articulação coxofemoral estendida 
OFA, método PennHIP (precoce). 
Osteopatia Hipertrófica 
Distúrbio osteoprodutivo generalizado do periósteo 
que afeta osso tubulares longos e curtas dos 
membros. 
Causa: massa torácica, doença cardiopulmonar ou 
doenças pulmonares inflamatórias. 
 
Características de Tumores Ósseos 
• Quase todas as lesões ósseas neoplásicas e 
inflamatórias possuem aparência 
radiográfica agressiva. 
Osteossarcoma Canino 
É a neoplasia óssea mais comum, acomete cães de 
2 anos e depois da vida adulta. 
Localização: metáfise de ossos longos, mas pode 
originar em qualquer lugar. Mais comum no úmero 
proximal e radio distal. 
Podem ser líticos, produtivos ou mistos. 
Causa reação periosteal e apresenta área neoplásica 
óssea em tecido mole. 
Triângulo de Coodman (ocorre em infecção óssea 
também). 
 
Patologias de Crânio 
Hidrocefalia 
Acúmulo excessivo de LCE dentro do sistema 
ventricular do cérebro. 
Sinais radiográficos: 
• Abaulamento da calvaria e adelgaçamento 
da cortical. 
• Fontanela persistente. 
• Aparência homogênea do cérebro (perda da 
visualização de circunvoluções cerebrais 
normais). 
• US: avalia tamanho e aparência dos 
ventrículos. 
• TC e RM: avaliação do tamanho 
ventricular, capacidade de avaliar todo o 
cérebro na busca de causas para a 
hidrocefalia. 
Displasia Occipital 
É a extensão dorsal do forame magno, secundaria a 
um defeito de desenvolvimento do osso occipital. 
É mais comum/normal em cães braquiocefálicos. 
Raças miniaturas e toy. 
Tamanho e características do forame magno podem 
ser avaliados por TC e RM. 
Displasia da Articulação Temporomandibular 
Travamento da mandíbula com boca aberta, ocorre 
após hiperextensão da mandíbula, movimentação 
lateral excessiva do processo condilar e 
subsequente aprisionamento lateral do arco 
zigomático. 
A TC é mais usada para diagnóstico. 
ANOMALIAS METABÓLICAS 
Hiperparatireoidismo primário ou secundário 
Causas: adenoma ou carcinoma de paratireoide, 
hiperplasia adenomatosa de uma ou ambas as 
glândulas paratireoides, hiperparatireoidismo 1º ou 
2º de origem renal ou nutricional. 
Sinais radiográficos: 
• Perda da lâmina dura. 
• Desmielinização generalizada dos ossos do 
crânio. 
• Adelgaçamento cortical grau de osteólise 
generalizada e osteomalácia. 
• US: avaliar paratireoide. 
Tumores nasais 
Cães e gatos idosos. 
• 2/3: adenocarcinoma, carcinoma de células 
escamosas, carcinoma indiferenciado. 
• 1/3: fibrosarcoma, condrossarcoma, 
osteossarcoma, sarcoma indiferenciado. 
• Linfoma intranasal (gatos +). 
Possuem potencial metastático baixo, são 
localmente invasivos. 
• Aparência radiográfica agressiva, com 
invasão óssea e perda do detalhamento das 
conchas nasais. 
• Pode ser uni ou bilateral, causam aumento 
da opacidade de tecidos moles na cavidade 
nasal com destruição subjacente das 
conchas. 
• Destruição de ossos adjacentes e cavidade 
nasal também é comum. 
• Aumento da opacidade do seio frontal 
(muco > RM ou TC). 
Tumores Mandibulares e Maxilares 
Carcinomas de células escamosas, fibrosarcoma e 
melanoma maligno. 
Impossível determinar o tipo neoplásico pela 
radiografia. 
A mandíbula rostral é o local mais comum de 
carcinoma oral de células escamosas.• Variável lise óssea, metástase regional ou 
distante é rara. 
Fibrosarcoma oral pode afetar maxila ou 
mandíbula com uma predileção pelo palato. 
• Lise óssea. 
• Sobrevida média maior que outros 
sarcomas. 
Melanomas malignos em cães de raças grandes e 
pequenos. 
• Metastizam para linfonodos regionais e 
pulmões. 
• Variável lise óssea. 
Carcinoma de células escamosas em gatos afeta a 
mandíbula ou maxila. 
• Alterações escleróticas ou líticas ao osso. 
 
Anomalias da Coluna Vertebral 
Blocos Vertebrais 
Fusão de dois ou mais corpos vertebrais adjacentes. 
Os arcos vertebrais também podem se fundir. 
 
Hemivértebras 
Decorrente de um problema no desenvolvimento e 
na ossificação final de parte de uma vertebra. 
O formato da hemivértebra depende da parte em 
que não houve desenvolvimento. 
• Vertebra cuneiforme: desenvolvimento 
incompleto do aspecto ventral do corpo da 
vertebra. 
• Cifose: pode causar compressão extradural 
da medula espinhal. 
• Aspecto de borboleta: ausência do 
desenvolvimento do aspecto medial do 
corpo da vertebra. 
Vertebra de Transição 
Apresentam características de duas diferentes 
divisões anatômicas. 
Ocorre nas junções cervicotorácicas, 
toracolombares e lombossacras. 
• Costela de T13 malformadas, hipoplásicas 
ou ausentes. 
• L1 com costelas, simétricas ou 
assimétricas. 
Maior incidência de discopatia lombossacra e 
compressão da raiz nervosa em cães. 
Espinha Bífida 
Causada pela ausência do desenvolvimento do arco 
vertebral e pode ser associada a defeitos do tubo 
neural. 
• Fenda na parte dorsal do arco vertebral e 
ausência ou separação do processo 
espinhoso. 
• Defeito extenso no arco neural pode levar 
ao desenvolvimento de meningocele ou 
meningomielocele. 
Manifestação radiográfica: divisão do processo 
espinhoso. 
Alterações mais graves nas junções lombossacras, 
com defeito laminar e defeito do tubo neural. 
 
 
Subluxação Atlantoaxial 
Axis é dorsalmente deslocado em relação ao atlas. 
• Compressão extradural da medula espinhal. 
Decorrente de uma malformação congênita 
(ausência do processo odontoíde, deficiências nos 
ligamentos que sustentam a articulação 
Atlantoaxial e impedem a flexão) quanto por um 
trauma. 
Diagnosticada na projeção lateral. 
Espondilomielopatia Cervical 
Malformação do corpo vertebral e dos processos 
articulares, má articulação, instabilidade e mau 
alinhamento e a estenose do canal vertebral. 
Alterações secundarias: hipertrofia do ligamento 
dorsal e do ligamento flavo e a protusão do disco 
e/ou hérnia. 
• Achatamento cranioventral das vertebras 
acometidas. 
• Degeneração dos discos com protusão e/ou 
expulsão com hipertrofia concomitante do 
ânulo fibroso dorsal e do ligamento 
longitudinal. 
Doença do Disco Intervertebral 
Decorrente da extensão do disco intervertebral 
intacto ou do material nuclear do disco no canal 
vertebral, com compressão da medula espinhal ou 
das raízes dos nervos espinhais. 
Locais comuns: C2/C3, C3/C4, T12/T13 e T13/L1. 
Lesão discoide traumática ou em míssil: 
• Extrusão não progressiva aguda no núcleo 
pulposo. 
• Ocorre quando o disco não degenerado e 
saudável é submetido a uma pressão 
suprefisiológica. 
• Pode causar lesão por concussão da medula 
espinhal, geralmente acompanhada de 
resposta inflamatória secundaria no canal 
vertebral. 
 
Sinais radiográficos – protusão do disco 
intervertebral: 
• Estreitamento do espaço intervertebral. 
• Estreitamento do espaço intervertebral do 
espaço articular. 
• Forame intervertebral pequeno. 
• Maior opacidade no interior do forame 
intervertebral. 
• Material mineralizado discoide no canal 
vertebral. 
Mielografia é valiosa na identificação do local de 
protusão do disco e o grau de compressão. 
Discoespondilite 
Inflamação de um disco intervertebral e suas placas 
vertebrais terminais adjacentes. 
Causada por bactérias: E.coli, Brucella, 
Streptococcus e Staphylococcus. 
Características radiográficas: 
• Lise irregular da placa terminal com 
extensão no corpo vertebral. 
• Colapso do espaço intervertebral. 
• Esclerose periférica a lise da placa terminal. 
• Subluxação. 
Sinais clínicos: febre, leucocitose, parestesia, 
paresia e rara paralisia. 
Pode levar a meningite se houver extensão do 
processo inflamatório. 
Espondilose Deformante 
Anquilose de uma articulação vertebral. 
Ocorre pincipalmente na região toracolombar e 
lombossacra. 
Doença de inserções das articulações vertebrais, 
com acometimento das fibras que unem os disco 
intervertebrais as placas vertebrais terminais. 
• Formação de entesofítos vertebrais, que 
podem transpor o espaço intervertebral, 
levando a fusão.

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