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SENTIDOS DA PALAVRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Senti dos da Palavra Admin ist raç ão Públic a
DIREITO ADMINISTRATIVO
SENTIDOS DA PAL AVRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3.2. SENTIDOS DA PAL AVRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
A administração pública tem dois sentidos principais. No sentido subjetivo, orgânico
ou formal, refere-se às entidades, órgãos e agentes que compõem a estrutura adminis-
trativa. Esse sentido foca na composição da administração pública, ou seja, quem são os
elementos que a integram.
No sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública refere-se às ativida-
des e funções que ela realiza. Isso inclui funções como o fomento, o exercício do poder de
polícia administrativo, a prestação de ser viços públicos e a intervenção. Esse sentido enfa-
tiza as diversas atividades desempenhadas pela administração pública em prol da sociedade.
Fomento é o incentivo dado pelo Estado para que particulares desenvolvam atividades
de interesse público. Isso pode ocorrer através de repasses de verbas, cedência de servi-
dores para organizações sociais ou concessão de empréstimos e nanciamentos, como no
caso do BNDES apoiando atividades agrícolas ou a construção de habitações populares.
Além do fomento, o poder de polícia é outra função do Estado, que consiste em
restringir, condicionar ou limitar interesses privados em prol do interesse público. Por
exemplo, a Polícia Federal, um órgão do Executivo, controla a entrada e saída do país,
regulamenta a posse de armas e emite autorizações, demonstrando assim o exercício do
poder de polícia estatal.
Quando uma entidade como o Detran exerce o poder de polícia de trânsito, trata-se
de uma autarquia responsável por essa função especíca. Além do poder de polícia, o
Estado também presta serviços públicos, como é o caso dos Correios, uma Empresa Bra-
sileira de Correios e Telégrafos que oferece o serviço postal.
Existem diversos órgãos administrativos e empresas estatais que prestam serviços
públicos, como empresas de energia elétrica, metrô e aviação. Além disso, o Estado pode
intervir na economia, seja de forma direta, conforme estabelecido no art. 173, ou de
forma indireta, como previsto no art. 174, ambos da Constituição Federal de 1988.
Em suma, a intervenção direta do Estado ocorre através da concorrência no mercado
privado. Ele pode decidir competir com particulares em atividades comerciais especí-
cas, criando suas próprias empresas para isso, como previsto no art. 173 da Consti-
tuição. Essas empresas estatais são estabelecidas com o objetivo de concorrer direta-
mente com as iniciativas privadas, o que representa uma intervenção direta na atividade
econômica ao inuenciar o mercado.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Conforme mencionado, o art. 173 da Constituição, o Estado tem liberdade para criar
empresas estatais. No entanto, isso só é permitido se houver um caso de relevante inte-
resse coletivo ou segurança nacional. Produzir chocolates, por exemplo, não se enqua-
dra em nenhum desses critérios. Não há relevância coletiva signicativa ou questões de
segurança nacional relacionadas à produção de chocolates que justiquem a interven-
ção do Estado nesse mercado. Portanto, em tese, a União não pode criar uma empresa
estatal de chocolates, pois não atenderia aos critérios estabelecidos pelo art. 173.
O Estado pode atuar no mercado bancário criando suas próprias instituições nan-
ceiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que são uma empresa pública
e uma sociedade de economia mista da União, respectivamente. Essa inter venção se jus-
tica pelo relevante interesse coletivo, pois é importante que o Estado tenha seus pró-
prios bancos para competir com outras instituições bancárias. Esses bancos são funda-
mentais para operar programas governamentais, como o Minha Casa Minha Vida, e para
fornecer crédito em situações emergenciais, como durante a pandemia de Covid-19.
Além disso, apenas a Caixa e o Banco do Brasil têm a infraestrutura e o capital necessá-
rios para atender diversas regiões do Brasil e executar projetos de grande escala. Portanto,
a criação e operação desses bancos pelo Estado têm um papel crucial na economia nacional.
A intervenção indireta está descrita no art. 174 da Constituição, no qual o Estado exerce
o papel de agente normativo e regulador da atividade econômica. Isso signica que o Estado
tem a função de estabelecer normas e regular a atividade econômica para garantir estabili-
dade e segurança. A regulação envolve tanto a elaboração de normas quanto a scalização para
normalizar o funcionamento da atividade econômica. Essa intervenção difere da intervenção
direta, que envolve a criação de empresas estatais para competir com empresas privadas.
Para realizar a regulação, o Estado pode designar órgãos como o Ministério da Fazenda
para regulamentar setores especícos através de portarias, ou estabelecer agências
reguladoras dedicadas à regulação de setores econômicos especícos.
A Anvisa é a agência de vigilância sanitária responsável por regular o mercado relacio-
nado à saúde. Da mesma forma, a Anatel regula o setor de telecomunicações, enquanto
a ANS normatiza e scaliza os planos de saúde. Essas agências são exemplos de interven-
ção indireta do Estado na atividade econômica, em que o governo cria entidades regula-
doras para estabelecer normas e scalizar setores especícos. Compreender esses con-
ceitos não só amplia o entendimento sobre Direito Econômico, mas também prepara
para responder questões em concursos públicos.
Sempre haverá órgãos, entidades com seus agentes, exercendo uma das funções da
administração pública. O sentido subjetivo, orgânico ou formal, refere-se à composição
da administração, enquanto o sentido objetivo, material ou funcional, diz respeito às
atividades que ela desempenha. Com essa explicação, é possível compreender que não
se trata apenas de decorar conceitos abstratos, mas sim de entender suas aplicações
práticas em situações concretas, evitando erros ao responder questões em provas.
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1. (CESPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) Em sentido
objetivo, a administração pública se identica com as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes
públicos e, em sentido subjetivo, com a natureza da função administrativa desempenhada.
Lembre-se de que o sentido subjetivo identica as pessoas jurídicas, órgãos e agentes, e
não o sentido objetivo.
3.3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EXTROVERSA E INTROVERSA:
No caso de as relações jurídicas administrativas serem constituídas em face dos
administrados, teremos a chamada Administração Extroversa, pois nela existem ações
extroversas (EXTERNAS), que incidem para fora do núcleo estatal atingindo os adminis-
trados, a exemplo de ações de polícia administrativa, que frenam a atividade particular,
em benefício do bem comum.
Essas relações extroversas são fundamentadas, portanto, nos princípios administra-
tivos implícitos da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e na Indisponibili-
dade, pela Administração, dos interesses dos administrados.
Por outro lado, temos as relações introversas, que compõem a Administração Introversa,
materializando-se pelos atos administrativos realizados entre os Entes Políticos (União, Estado,
Municípios e DF), entre esses e os órgãos da Administração Direta e entre esses entre si.
Trata-se, assim, das relações jurídicas administrativas realizadas internamente, no
âmbito da estrutura interna administrativa e, por isso, são considerados instrumentais
em relação à Administração Extroversa, já que os órgãos e pessoas jurídicas devem se
organizar relacionando-se, a m de efetivar as políticas públicas e atividades diversas de
execução material, em prol do bem comum.
Desse modo, conforme diz Diogo de Figueiredo Moreira Neto, enquanto a adminis-
tração pública extroversa é nalística, na medida em que é atribuída especicamente a
cada ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a admi-
nistração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída, genericamente, a
todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.
Resumindo, a administração extroversa refere-se à relação da administração com os
particulares. Já a administração introversa diz respeito à relação da administração entre
seus entes políticos e entre esses entes e seus órgãos internos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
2. (2017/BANCA: IBADE/ÓRGÃO: PC-AC/PROVA: DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Fala-se
em Administração Pública Introversa para frisar a relação existente entre Administração
Pública e administrados.
O conceito estabelecido pelo enunciado trata da administração pública extroversa, e não
introversa.
GABARITO
1. E
2. E
��������������������������������������������������� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

Prévia do material em texto

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3.2. SENTIDOS DA PALAVRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
A administração pública tem dois sentidos principais. No sentido subjetivo, orgânico 
ou formal, refere-se às entidades, órgãos e agentes que compõem a estrutura adminis-
trativa. Esse sentido foca na composição da administração pública, ou seja, quem são os 
elementos que a integram.
No sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública refere-se às ativida-
des e funções que ela realiza. Isso inclui funções como o fomento, o exercício do poder de 
polícia administrativo, a prestação de serviços públicos e a intervenção. Esse sentido enfa-
tiza as diversas atividades desempenhadas pela administração pública em prol da sociedade.
Fomento é o incentivo dado pelo Estado para que particulares desenvolvam atividades 
de interesse público. Isso pode ocorrer através de repasses de verbas, cedência de servi-
dores para organizações sociais ou concessão de empréstimos e financiamentos, como no 
caso do BNDES apoiando atividades agrícolas ou a construção de habitações populares.
Além do fomento, o poder de polícia é outra função do Estado, que consiste em 
restringir, condicionar ou limitar interesses privados em prol do interesse público. Por 
exemplo, a Polícia Federal, um órgão do Executivo, controla a entrada e saída do país, 
regulamenta a posse de armas e emite autorizações, demonstrando assim o exercício do 
poder de polícia estatal. 
Quando uma entidade como o Detran exerce o poder de polícia de trânsito, trata-se 
de uma autarquia responsável por essa função específica. Além do poder de polícia, o 
Estado também presta serviços públicos, como é o caso dos Correios, uma Empresa Bra-
sileira de Correios e Telégrafos que oferece o serviço postal.
Existem diversos órgãos administrativos e empresas estatais que prestam serviços 
públicos, como empresas de energia elétrica, metrô e aviação. Além disso, o Estado pode 
intervir na economia, seja de forma direta, conforme estabelecido no art. 173, ou de 
forma indireta, como previsto no art. 174, ambos da Constituição Federal de 1988.
Em suma, a intervenção direta do Estado ocorre através da concorrência no mercado 
privado. Ele pode decidir competir com particulares em atividades comerciais especí-
ficas, criando suas próprias empresas para isso, como previsto no art. 173 da Consti-
tuição. Essas empresas estatais são estabelecidas com o objetivo de concorrer direta-
mente com as iniciativas privadas, o que representa uma intervenção direta na atividade 
econômica ao influenciar o mercado.
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Conforme mencionado, o art. 173 da Constituição, o Estado tem liberdade para criar 
empresas estatais. No entanto, isso só é permitido se houver um caso de relevante inte-
resse coletivo ou segurança nacional. Produzir chocolates, por exemplo, não se enqua-
dra em nenhum desses critérios. Não há relevância coletiva significativa ou questões de 
segurança nacional relacionadas à produção de chocolates que justifiquem a interven-
ção do Estado nesse mercado. Portanto, em tese, a União não pode criar uma empresa 
estatal de chocolates, pois não atenderia aos critérios estabelecidos pelo art. 173.
O Estado pode atuar no mercado bancário criando suas próprias instituições finan-
ceiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que são uma empresa pública 
e uma sociedade de economia mista da União, respectivamente. Essa intervenção se jus-
tifica pelo relevante interesse coletivo, pois é importante que o Estado tenha seus pró-
prios bancos para competir com outras instituições bancárias. Esses bancos são funda-
mentais para operar programas governamentais, como o Minha Casa Minha Vida, e para 
fornecer crédito em situações emergenciais, como durante a pandemia de Covid-19. 
Além disso, apenas a Caixa e o Banco do Brasil têm a infraestrutura e o capital necessá-
rios para atender diversas regiões do Brasil e executar projetos de grande escala. Portanto, 
a criação e operação desses bancos pelo Estado têm um papel crucial na economia nacional.
A intervenção indireta está descrita no art. 174 da Constituição, no qual o Estado exerce 
o papel de agente normativo e regulador da atividade econômica. Isso significa que o Estado 
tem a função de estabelecer normas e regular a atividade econômica para garantir estabili-
dade e segurança. A regulação envolve tanto a elaboração de normas quanto a fiscalização para 
normalizar o funcionamento da atividade econômica. Essa intervenção difere da intervenção 
direta, que envolve a criação de empresas estatais para competir com empresas privadas.
Para realizar a regulação, o Estado pode designar órgãos como o Ministério da Fazenda 
para regulamentar setores específicos através de portarias, ou estabelecer agências 
reguladoras dedicadas à regulação de setores econômicos específicos.
A Anvisa é a agência de vigilância sanitária responsável por regular o mercado relacio-
nado à saúde. Da mesma forma, a Anatel regula o setor de telecomunicações, enquanto 
a ANS normatiza e fiscaliza os planos de saúde. Essas agências são exemplos de interven-
ção indireta do Estado na atividade econômica, em que o governo cria entidades regula-
doras para estabelecer normas e fiscalizar setores específicos. Compreender esses con-
ceitos não só amplia o entendimento sobre Direito Econômico, mas também prepara 
para responder questões em concursos públicos.
Sempre haverá órgãos, entidades com seus agentes, exercendo uma das funções da 
administração pública. O sentido subjetivo, orgânico ou formal, refere-se à composição 
da administração, enquanto o sentido objetivo, material ou funcional, diz respeito às 
atividades que ela desempenha. Com essa explicação, é possível compreender que não 
se trata apenas de decorar conceitos abstratos, mas sim de entender suas aplicações 
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1. (CESPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) Em sentido 
objetivo, a administração pública se identifica com as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes 
públicos e, em sentido subjetivo, com a natureza da função administrativa desempenhada.
Lembre-se de que o sentido subjetivo identifica as pessoas jurídicas, órgãos e agentes, e 
não o sentido objetivo.
3.3 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EXTROVERSA E INTROVERSA:
No caso de as relações jurídicas administrativas serem constituídas em face dos 
administrados, teremos a chamada Administração Extroversa, pois nela existem ações 
extroversas (EXTERNAS), que incidem para fora do núcleo estatal atingindo os adminis-
trados, a exemplo de ações de polícia administrativa, que frenam a atividade particular, 
em benefício do bem comum.
Essas relações extroversas são fundamentadas, portanto, nos princípios administra-
tivos implícitos da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e na Indisponibili-
dade, pela Administração, dos interesses dos administrados.
Por outro lado, temos as relações introversas, que compõem a Administração Introversa, 
materializando-se pelos atos administrativos realizados entre os Entes Políticos (União, Estado, 
Municípios e DF), entre esses e os órgãos da Administração Direta e entre esses entre si.
Trata-se, assim, das relações jurídicas administrativas realizadas internamente, no 
âmbito da estrutura interna administrativa e, por isso, são considerados instrumentais 
em relação à Administração Extroversa, já que os órgãos e pessoas jurídicas devem se 
organizar relacionando-se, a fim de efetivar as políticas públicas e atividades diversas de 
execução material, em prol do bem comum.
Desse modo, conforme diz Diogo de FigueiredoMoreira Neto, enquanto a adminis-
tração pública extroversa é finalística, na medida em que é atribuída especificamente a 
cada ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a admi-
nistração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída, genericamente, a 
todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.
Resumindo, a administração extroversa refere-se à relação da administração com os 
particulares. Já a administração introversa diz respeito à relação da administração entre 
seus entes políticos e entre esses entes e seus órgãos internos.
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2. (2017/BANCA: IBADE/ÓRGÃO: PC-AC/PROVA: DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Fala-se 
em Administração Pública Introversa para frisar a relação existente entre Administração 
Pública e administrados.
O conceito estabelecido pelo enunciado trata da administração pública extroversa, e não 
introversa.
GABARITO
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