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TRIGLICÉRIDES LIQUIFORM 
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TRIGLICÉRIDES LIQUIFORM 
 
INDICAÇÃO MÉDICA DO EXAME 
A determinação dos Triglicérides em amostras de sangue é empregada na abordagem laboratorial das 
hiperlipidemias. 
 
PRINCÍPIO 
Os Triglicérides são determinados de acordo com as seguintes reações: 
 
 Lipase da 
lipoproteína 
Triglicérides Glicerol + Ácidos Graxos 
 
Glicerolquinase 
Glicerol + ATP Glicerol-3-Fosfato + ADP 
 Mg +2 
 
Glicerol-3-fosfato 
Glicerol-3-Fosfato + O2 Dihidroxiacetona + H2O2 
 Oxidase 
 Peroxidase 
2 H2O2 + 4 Aminoantipirina + 4-Clorofenol Quinoneimina + 4 H2O 
 
A intensidade da cor vermelha formada é diretamente proporcional à concentração dos Triglicérides na 
amostra. 
 
AMOSTRA 
Preparo do paciente 
As orientações para obtenção e conservação da amostra estão padronizadas segundo as 
recomendações do National Cholesterol Education Program10. 
O paciente deve estar com peso e dieta estáveis por três semanas e em jejum de 12 a 14 horas (O 
jejum não é imprescindível para a dosagem de Colesterol total, mas o é para a determinação dos 
Triglicérides e frações do Colesterol). A abstinência alcoólica é desejável nas 72 horas que antecedem o 
teste. Obter a amostra com o paciente assentado. O torniquete não deve ser mantido por tempo maior 
que um minuto e deve-se obter a amostra de sangue após liberar o torniquete. 
Tipos de amostra 
Usar soro ou plasma com EDTA. O analito é estável por dois dias entre 2 - 8 ºC. Armazenamento 
prolongado da amostra não é recomendado, porque várias substâncias podem ser hidrolizadas 
liberando glicerol, levando à obtenção de resultados falsamente elevados. 
A heparina promove a ativação in vivo ou in vitro da lipase da lipoproteína, fazendo com que a 
concentração dos triglicérides se reduza gradativamente em amostras contendo heparina. Este 
fenômeno ocorre também em amostras de soro obtidas em pacientes recebendo doses terapêuticas de 
heparina. 
Armazenamento e estabilidade da amostra 
O analito é estável por 2 dias entre 2 – 8 ºC. 
Volume mínimo 
(Definir o volume mínimo a ser encaminhado para análise) 
Volume ideal 
(Definir o volume ideal a ser encaminhado para análise) 
Critérios para rejeição da amostra 
Fazer referência ao manual ou POP de colheita, separação e distribuição de material. 
 
PRODUTO UTILIZADO 
Triglicérides Liquiform, Catálogo 87 ANVISA - 10009010070 
Labtest Diagnóstica 
Av. Paulo Ferreira da Costa, 600 
Lagoa Santa, MG, 33400-000 
 
Reagentes 
Reagente 1 - Armazenar entre 2 - 8 ºC. Contem tampão 50 mmol/L, pH 6,9; acetato de magnésio 4 
mmol/L; 4-clorofenol 5 mmol/L; 4-aminoantipirina 300 µmol/L ATP 1,0 mmol/L; lipase da lipoproteína ≥ 
1400 U/L; glicerolquinase ≥ 1000 U/L e azida sódica 7 mmol/L. 
 
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Padrão - 200 mg/dL - Armazenar entre 2 - 30 ºC. Contém triglicérides 200 mg/dL e azida 
sódica 7 mmol/L.Após o manuseio sugere-se armazenar bem vedado, para evitar evaporação. 
 
Precauções e cuidados especiais 
1. Como as amostras utilizadas são potencialmente infectantes, sugerimos manuseá-las 
seguindo as normas estabelecidas para Biossegurança. 
2. Os cuidados habituais de segurança devem ser aplicados na manipulação do reagente. Fazer 
referência ao manual ou POP de segurança. 
3. Os reagentes não abertos, quando armazenados nas condições indicadas são estáveis até a 
data de expiração impressa no rótulo. Durante o manuseio, os reagentes estão sujeitos à 
contaminação de natureza química e microbiana que podem provocar redução da 
estabilidade. O laboratório deve estabelecer a estabilidade em suas condições operacionais. 
4. O Reagente 1 e o padrão contêm azida sódica, que é tóxica. Deve-se tomar cuidado para 
evitar a ingestão e, no caso de contato com os olhos, lavá-los imediatamente com grande 
quantidade de água e procurar auxílio médico. A azida pode formar compostos altamente 
explosivos com tubulações de chumbo e cobre. Utilizar grandes volumes de água para 
descartar o reagente. Fazer referência ao manual ou POP de segurança. 
5. Para preservar o desempenho do Reagente 1, este deve permanecer fora da geladeira 
somente o tempo necessário para se obter o volume a ser utilizado. Evite exposição à luz 
solar direta. O reagente de cor é usualmente amarelo claro ou ligeiramente rosa e deve ser 
desprezado quando sua absorbância, medida contra a água, for igual ou maior que 0,300. 
 
INFLUÊNCIAS PRÉ-ANALÍTICAS 
Variação Biológica: como a concentração de triglicérides é influenciada por hábitos dietéticos recentes, 
consumo de álcool, variações do peso corporal e exercício físico, os valores dos triglicérides em um 
mesmo indivíduo são bastante variáveis. Usando um método com um CV analítico de 3,0%, os dados 
obtidos dentro de um mês mostram que a variância biológica pode chegar a valores maiores que 90% 
da variância intraindividual total. Mesmo nos estados de jejum, ocorre considerável variação biológica, 
podendo mostrar diferenças de 21% em medições repetidas no mesmo indivíduo. Portanto ao comparar 
resultados repetidos de triglicérides com intervalos de semanas ou meses deve-se considerar o efeito da 
variação biológica. 
Amostras colhidas com heparina podem fornecer resultados falsamente diminuídos. 
Obter a amostra com o paciente assentado. O torniquete não deve ser mantido por tempo maior que um 
minuto e deve-se obter a amostra de sangue após liberar o torniquete. 
A contaminação do material utilizado com glicerol fornece valores falsamente elevados. 
Níveis elevados de ascorbato (vitamina C) produzem interferências negativas por competição com o 
cromogênio na reação da peroxidase. Se houver suspeita da presença de ácido ascórbico deixar o soro 
em repouso durante 90 minutos antes de iniciar a dosagem para não obter resultados falsamente 
diminuídos. 
 
EQUIPAMENTOS 
Procedimento manual 
1. Fotômetro capaz de medir com exatidão a absorbância em 505 nm ou filtro verde (490 a 520 nm). 
2. Banho-maria mantido à temperatura constante (37 ºC). 
3. Pipetas para medir amostras e reagentes. 
4. Cronômetro. 
Procedimento automatizado 
Indicar o nome, modelo e o local onde se encontra o equipamento analítico; fazer referência ao manual 
ou POP para utilização do mesmo. 
Procedimento alternativo 
Indicar o equipamento alternativo e os procedimentos para medição dos ensaios. Enumerar as 
diferenças esperadas quando procedimentos manuais substituem procedimentos automatizados. 
 
CONTROLE DA QUALIDADE 
Materiais 
Identificar os materiais para controle interno e externo da qualidade (fabricante, número de catálogo), 
instruções de preparo e frequência da utilização dos mesmos. 
Limites de tolerância 
Descrever o procedimento para definição dos limites de tolerância, o sistema adotado para utilização do 
mapa de Levey-Jennings e das regras de controle e as providências a serem tomadas diante de valores 
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que ultrapassem tais limites. Fazer referência ao manual ou POP para utilização dos materiais de 
controle. 
Verificação de novo lote de controles e/ou reagentes 
Descrever o procedimento de verificação de novos lotes de controles e de reagentes. 
Gerenciamento dos dados 
Definir como os dados relativos ao controle da qualidade são arquivados e gerenciados. 
Fazer referência ao manual ou POP de garantia da qualidade. 
 
PROCEDIMENTO 
Procedimento manual 
1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: 
 
 Branco Teste Padrão 
Amostra ----- 0,01 mL ----- 
Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL 
Reagente 1 (nº 1) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL 
 
2. Misturar e colocar no banho-maria 37 ºC por 10 minutos. O nível da água no banho deve ser 
superior ao nível do reagente nos tubos de ensaio. 
3. Determinar as absorbâncias doteste e padrão em 505 nm ou filtro verde (490 a 520 nm) acertando 
o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. 
Procedimento automatizado 
Fazer referência ao manual ou POP para utilização do equipamento analítico. Anexar o guia de 
aplicação dos reagentes para o sistema automático. 
 
Precauções e Cuidados Especiais 
Precauções e cuidados especiais 
1. Para manusear e descartar reagentes e material biológico, aplicar as normas estabelecidas 
de segurança. Fazer referência ao manual ou POP de segurança. 
2. A limpeza e secagem adequadas do material são fatores fundamentais para a estabilidade 
dos reagentes e obtenção de resultados corretos. Fazer referência ao manual ou POP de 
limpeza e verificação da qualidade da limpeza dos materiais. 
3. A água utilizada no laboratório deve ter a qualidade adequada a cada aplicação. Assim, para 
preparar reagentes e usar nas medições, deve ter resistividade ≥1 megaohm ou 
condutividade ≤1 microsiemens e concentração de silicatos 500 
 
LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO 
Linearidade 
A reação é linear até 1100 mg/dL. Para valores maiores, diluir a amostra com NaCl 150 mmol/L, realizar 
nova determinação e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição. Diluir a amostra de tal modo 
que o valor encontrado se situe entre 100 e 250 mg/dL. Indicar o procedimento de diluição utilizado no 
laboratório. 
 
Interferências 
1- Valores de Bilirrubina até 10 mg/dL e Hemoglobina até 200 mg/dL não produzem interferências 
significativas. 
2- Valores de Bilirrubina maiores que 10 mg/dL produzem resultados falsamente diminuídos. 
3- Níveis elevados de ascorbato (vitamina C) produzem interferências negativas por competição com o 
cromogênio na reação da peroxidase. Se houver suspeita da presença de ácido ascórbico deixar o soro 
em repouso durante 90 minutos antes de iniciar a dosagem para não obter resultados falsamente 
diminuídos. 
4- Para uma revisão das fontes fisiopatológicas e medicamentosas de interferência nos resultados e na 
metodologia, sugere-se consultar Clin Chem 1975;21:1D-432D. 
 
SIGNIFICADO CLÍNICO 
A determinação dos triglicérides ocupa lugar de destaque no laboratório clínico moderno porque é dado 
importante e necessário para a classificação e fenotipagem das hiperlipoproteinemias. É também de 
importância a íntima correlação que se observa entre a hipertrigliceridemia e o aumento do risco 
coronariano nas mulheres. 
As causas de elevação dos triglicérides são as várias doenças de lípides chamadas hiperlipidemias ou 
hiperlipoproteínemias. Nestas, sejam de causa primária ou secundária, ocorre elevação dos triglicérides 
nos tipos I, IIb, III, IV e V. 
As hiperlipidemias podem estar associadas a doença cardio-vascular e ocorrem comumente no 
diabetes, alcoolismo, pancreatite, doença do armazenamento do glicogênio, síndrome nefrótica, 
hipotireoidismo, gravidez, uso de anticoncepcionais e mieloma múltiplo entre outras doenças. 
Várias mulheres em uso de estrógenos ou contraceptivos orais apresentam aumento nos níveis de 
triglicérides. Hipertrigliceremia também encontra-se associada ao uso de diuréticos tiazídicos e 
bloqueadores beta-adrenérgicos. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. Bucolo G, David H. Clin Chem 1973;19:475. 
2. Bull World Health Org 1970; 43:891. 
3. Fossati P, Prencipe L. Clin Chem 1982; 28:2077. 
4. Fredrickson DS, Levy RJ, Lee RS. New Eng Med 1967; 276: 34, 94, 148, 215, 276. 
5. Good NE, Winget GD, Winter W, Connoly TN, Isava S, Singh RMM. Biochemistry 1966;5:467. 
6. Inmetro – Boas Práticas de Laboratório Clínico e Listas de Verificação para Avaliação, Qualitymark 
eds, Rio de Janeiro, 1997. 
7. Mc Gowan MW, Artiss JD, Strandbergh DR, Zak B. Clin Chem 1983;29:538. 
8. Nagele V, Hagele E O, Sauer G, Wiedeman E, Lehmann P, Wahlefeld AW, Gruber W J Clin Chem 
Clin Biochem 1984;22:165. 
9. Narayanan S. Indian J Clin Biochem 1996; 11:12-16. 
10. Rifai N, Warnick GR, Dominiczak MH. Handbook of lipoprotein testing. AACC Press, Washington, 
1997: 75-97. 
11. Stein EA, Myers Gl. Clin Chem 1995: 41:1421-26 
12. Tonks DB. Quality Control in Clinical Laboratories, Warner Chilcott Laboratories, Diagnostic 
Reagents Division, Scarbourough, Canada, 1972. 
13. Trinder P. Ann Clin Biochem 1969;6:24. 
14. Westgard JO, Barry PL, Hunt MR, Groth T. Clin Chem 1981;27:493-501. 
15. Triglicérides GPO-ANA: Instruções de Uso, Labtest Diagnóstica. 
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