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cAPÍTuLo 16Força elástica Capítulo 16304 1. Lei de Hooke1. Lei de Hooke Consideremos uma mola de comprimento natural L 0 , estando fi xa uma de suas extremidades, como indica a fi gura 1a. Apliquemos à outra extremidade da mola uma força F de mesma direção da mola, de modo que seu comprimento aumente para o valor L (fi g. 1b). (a) (b) L 0 x F L Figura 1. A diferença x entre L e L 0 é denominada deformação da mola. A experiência mos- tra que, desde que x não seja muito grande em comparação com L 0 (e esse “muito grande” vai depender de cada mola), a intensidade de F é proporcional a x, isto é: F = k · x em que k é uma constante que depende da mola. esse resultado é conhecido como Lei de Hooke. A constante k é chamada constante elástica da mola (ou “constante de força da mola”), e sua unidade no SI é o newton por metro (N/m). A Lei de Hooke vale também para o caso em que a mola é comprimida, como no caso da fi gura 2 (desde que x não seja “muito grande”). L 0 F L x IL u St R A ç õ eS : ZA Pt Figura 2. Para a mola alongada ou comprimida, vale a equação: F = k · x sendo o valor de k o mesmo tanto no alongamento como na compressão de uma mesma mola. Força elástica 305 Como F = k · x, o gráfi co de F em função de x deve ser retilíneo, como indica a fi gura 3. tanto no caso em que a mola é “esticada” quanto no caso em que é comprimida, ao retirarmos a força F que causou a deformação, a tendência da mola é voltar ao seu comprimento inicial; em alguns casos pode acontecer de a mola voltar a um comprimento diferente, mas nós só consideraremos aqui os casos em que a mola volta rigorosamente ao seu comprimento inicial, ao ser retirada a força F que causou a deformação x. Quando isso ocorre e é obedecida a Lei de Hooke, dizemos que a defor- mação x é elástica. Quando uma força F é aplicada na mola, provocando sua deformação, a mola reage com uma força F el , que é chamada de força elástica e está aplicada no “agente” que aplica a força F ; pelo Princípio da Ação e Reação, F e F el devem ter o mesmo módulo, a mesma direção e sentidos opostos. Na fi gura 4 representamos um bloco B preso a uma das extremidades de uma mola, cuja outra extremidade está presa a um suporte S, estando a mola não deformada. temos ainda um eixo cuja origem (0) corresponde à posição de uma das extremidades da mola; nessa posição temos uma situação de equilíbrio. Vamos tirar o bloco B da posição de equilíbrio puxando-o para a direita (fi g. 5a), de modo que o comprimento da mola aumente, sendo x a deformação. Nessa posição, o bloco exerce sobre a mola uma força F (fi g. 5b) e a mola exerce a força F el sobre o bloco. A força F el tende a trazer o bloco B de volta a sua posição de equilíbrio e, por isso, costuma-se dizer que a força F el é uma força de restauração, isto é, ela procura restaurar a situação inicial de equilíbrio. 0 x F Figura 3. 0 B S Figura 4. Figura 5. Figura 6. 0 S x B (a) 0 B S x (a) S F F el B (b) B S F F el (b) IL u St R A ç õ eS : ZA Pt Vamos agora deslocar o bloco de modo que a mola seja comprimida (fi g. 6a); em relação ao eixo adotado, temos xde Posicionamento Global) não pode ser utilizada, esses sistemas são empregados para determinar o posicio- namento. Fundamentalmente eles se baseiam em sensores que medem aceleração. A figura a seguir mostra um sistema massa-mola repre- sentando o sensor de um aparelho de navega- ção inercial, em duas configurações em que a massa m permanece imóvel dentro do sensor. Considere que não há atrito no movimento da massa ligada à mola dentro do invólucro, e o movimento ocorre sobre um trecho retilíneo. m sensor em repouso sensor em movimentom Considerando, exclusivamente, este modelo, é correto afirmar que: a) o que permite medir a aceleração é o fato de ela ser diretamente proporcional ao quadrado da deformação da mola. b) a configuração indicada para o “sensor em movimento” ocorre se o sensor está sendo acelerado para a direita. c) a configuração de repouso é diferente da con- figuração de movimento uniforme. d) a deformação na mola independe da massa m do sensor. Capítulo 16308 10. (Mackenzie-SP) Um corpo de peso 30 N repousa sobre uma superfície horizontal de coeficiente de atrito estático 0,4. Por meio de uma mola de massa desprezível, de comprimento natural 20 cm e constante elástica 20 N m , prende-se esse corpo em uma parede como mostra a figura. A máxima distância a que podemos manter esse corpo da parede e em equilíbrio será de: a) 26 cm d) 90 cm b) 40 cm e) 100 cm c) 80 cm 11. (Fuvest-SP) Uma mola pendurada num suporte apresenta comprimento igual a 20 cm. Na sua extremidade livre dependura-se um balde vazio, cuja massa é 0,50 kg. Em seguida coloca-se água no balde até que o comprimento da mola atinja 40 cm. O gráfico abaixo ilustra a força que a mola exerce sobre o balde, em função do seu comprimento. Pede-se a massa da água colocada no balde. (Adote g = 10 m/s2.) x (m)10 20 30 40 50 F (N) 20 60 40 80 100 0 12. (Vunesp-SP) As figuras 1 e 2 representam dois esquemas experimentais utilizados para a deter- minação do coeficiente de atrito estático entre um bloco B e uma tábua plana, horizontal. fio A tábua F g B Figura 1. fio A g B Figura 2. No esquema da figura 1, um aluno exerceu uma força horizontal no fio A e mediu o valor 2,0 cm para a deformação da mola, quando a força atin- giu seu máximo valor possível, imediatamente antes que o bloco B se movesse. Para determinar a massa do bloco B, este foi suspenso vertical- mente, com o fio A fixo no teto, conforme indi- cado na figura 2, e o aluno mediu a deformação da mola igual a 10,0 cm, quando o sistema estava em equilíbrio. Nas condições descritas, despre- zando a resistência do ar, o coeficiente de atrito entre o bloco e a tábua vale: a) 0,1 d) 0,4 b) 0,2 e) 0,5 c) 0,3 13. No sistema em equilíbrio representado na figura, os fios e a mola M são ideais, a massa de B é 12 kg e a mola está alongada 5,0 cm. A θ C Mg B IL u St R A ç õ eS : ZA Pt Sabendo que g = 10 m/s2, sen θ = 0,60 e cos θ = 0,80, determine: a) a tração no fio AC; b) a constante elástica da mola. 14. (Cesesp-PE) Duas molas têm o mesmo compri- mento de 10,0 cm quando em equilíbrio e com constantes elásticas k 1 e k 2 , respectivamente. Elas são usadas para fixar um pequeno cubo de aresta igual a 3,0 cm no fundo de uma caixa de largura igual a 20,0 cm, conforme indicado na figura. 3,0 cm 20,0 cm Se k 1 = 2k 2 , os comprimentos das molas 1 e 2 após a montagem do sistema são, em centíme- tros, respectivamente: a) 9,0 e 8,0 d) 6,3 e 10,7 b) 5,7 e 11,3 e) 7,3 e 9,7 c) 10,3 e 6,7 Força elástica 309 Exercícios de Aprofundamento 15. (FEI-SP) Os corpos A e B representados na figura possuem, respectivamente, massas m A = 2,0 kg e m B = 4,0 kg. A mola é ideal e tem constan- te elástica k = 50 N/m. Despreze os atritos. Aplicando-se ao conjunto uma força F constante e horizontal, verifica-se que a mola experimenta deformação de 20 cm. F A B Calcule as intensidades: a) da aceleração do conjunto; b) da força F . 16. (Fatec-SP) O conjunto dos blocos representados na figura está sujeito a uma força vertical para baixo, cuja intensidade é 200 N. A constante elástica da mola (ideal) que une os blocos vale 1 000 N/m e o movimento do sistema se dá na mesma linha vertical. Adote g = 10 m/s2. 100 N 100 N 200 N A deformação da mola, em centímetros, é: a) 10 d) 60 b) 5 e) 6 c) 0 17. (Mackenzie-SP) Sejam três molas com compri- mentos naturais de 10 cm cada uma, sustentando os corpos A, B e C, de acordo com a figura. O sistema está em equilíbrio e cada corpo tem peso igual a 4 kgf. Sendo as constantes elásticas das molas iguais a 2 kgf/cm e desprezando os pesos das molas, os novos comprimentos C 1 , C 2 e C 3 das molas serão, em centímetros: a) C 1 = 16; C 2 = 14; C 3 = 12 b) C 1 = C 2 = C 3 = 16 c) C 1 = C 2 = C 3 = 12 d) C 1 = 12; C 2 = 14; C 3 = 16 e) C 1 = C 2 = C 3 = 14 18. (FEI-SP) No sistema da figura, o corpo A tem peso 200 N, as molas M 1 e M 2 possuem constan- tes elásticas k 1 = 103 N/m e k 2 = 2 · 103 N/m. As molas e as polias são ideais. As deformações produzidas nas molas M 1 e M 2 valem, respectiva- mente: a) 10 cm e 5 cm b) 20 cm e 0 c) 20 cm e 10 cm d) 10 cm e 10 cm e) 5 cm e 5 cm M 1 M 2A 19. (ITA-SP) Sobre uma mesa sem atrito, uma bola de massa M é presa por duas molas alinhadas, de constante de mola k e o comprimento natural ℓ 0 , fixadas nas extremidades da mesa. Então, a bola é deslocada a uma distância x na direção perpen- dicular à linha inicial das molas, como mostra a figura, sendo solta a seguir. x M ℓ 0 ℓ 0 IL u St R A ç õ eS : ZA Pt Obtenha a aceleração da bola, usando a aproxima- ção (1 + a)α = 1 + αa. a) a = –kx M d) a = –kx3 2Mℓ2 0 b) a = –kx2 2Mℓ 0 e) a = –kx3 Mℓ2 0 c) a = –kx2 Mℓ 0 A C 1 B C 2 C C 3 Força elástica 309