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www.gustavobrigido.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |1| www.gustavobrigido.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |2| www.gustavobrigido.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |3| POLÍCIA CIVIL.CE SUMÁRIO GERAL LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................ 5 INFORMÁTICA ................................................................................. 131 RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO ............................................... 235 DIREITO CONSTITUCIONAL + DIREITO HUMANOS .......................... 291 DIREITO PENAL ................................................................................ 363 DIREITO PROCESSUAL PENAL .......................................................... 493 DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................. 523 LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ......................................................... 571 www.gustavobrigido.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |4| www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |5| LÍNGUA PORTUGUESA www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |6| www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |7| PARTE I: LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO AULA 1: Tipologias Textuais ................................................................................................................................................ 8 AULA 2: Semântica ............................................................................................................................................................. 11 AULA 3: Ortografia - emprego de palavras ....................................................................................................................... 14 AULA 4: Ortografia - Emprego do hífen ............................................................................................................................ 17 Aula 5: Acentuação gráfica ................................................................................................................................................ 19 Aula 6: Formação das Palavras.......................................................................................................................................... 21 Aula 7: Pronomes ................................................................................................................................................................ 23 Aula 8: Colocação Pronominal ........................................................................................................................................... 28 Aula 9: Verbos ..................................................................................................................................................................... 31 Aula 10: Substantivo e Artigo............................................................................................................................................. 38 Aula 11: Adjetivo e Numeral ............................................................................................................................................... 43 Aula 12: Conjunção, Advérbio, Preposição e Interjeição................................................................................................. 48 Aula 13: Termos da Oração ................................................................................................................................................ 51 Aula 14: Orações Coordenadas ......................................................................................................................................... 56 Aula 15: Oração Subordinadas .......................................................................................................................................... 57 Aula 16: Pontuação ............................................................................................................................................................. 61 Aula 17: Concordância Nominal ......................................................................................................................................... 65 Aula 18: Concordância Verbal ............................................................................................................................................ 69 Aula 19: Regência ................................................................................................................................................................ 74 Aula 20: Crase ..................................................................................................................................................................... 81 Aula 21: Funções do QUE ................................................................................................................................................... 85 Aula 22: Funções do SE ...................................................................................................................................................... 87 PARTE II: EXERCÍCIOS ....................................................................................................................................................... 89 Transformando sonhos em aprovações! www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |8| AULA 1: TIPOLOGIAS TEXTUAIS TIPOLOGIAS TEXTUAIS Principais Tipologias Textuais: I. Narração II. Descrição III. Dissertação IV. Injunção I. NARRAÇÃO O texto narrativo tem o objetivo principal de contar um fato ou de relatar fatos ocorridos ou imaginados. Além disso, num tempo e espaços determinados pelo narrador, a história pressupõe a finalidade de divertir ou de ensinar, embora assuma o fictício, tendo como ponto de partida o mundo real. Em qualquer narração, o mundo é artisticamente real. Tragédia brasileira Misael, Funcionário da Fazenda, com sessenta e três anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou a Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou medico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a policia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio. 1973. pp. 146-7) Pertencem ao gênero narrativo: conto, novela, romance, crônica, fábula, apólogo, parábola, depoimento, relato, história em quadrinhos, tirinhas, charge... II. DESCRIÇÃO O que é descrever? é caracterizar detalhadamente seres, objetos, acontecimentos, cenários, lugares, situações; é construir imagens, utilizando linguagem verbal, daquilo que pode ser visto, sentido ou imaginado; é fazer um “retrato verbal” do mundo físico, psicológico ou imaginário. Este foi meu primeiro brinquedo que ganhei na infância: uma os seres de uma mesma espécie: criança, continente. b) Substantivos próprios designam os seres de uma espécie de forma particular: Pedro, Europa. c) Substantivos concretos designam o ser que existe (mundo real), que imaginamos existir (mundo fictício/imaginário), independentemente de outros seres: tempo, luz, universo, fada, Zeus, duende, mesa, copo, água. d) Substantivos abstratosdesignam concepções, doutrinas, estado, qualidade, sentimentos, ações, condição. Nomeiam o que depende de outros seres para existir: capitalismo, espiritismo, felicidade, paz, ódio, jardinagem, vida. e) Substantivos coletivosdesignam um conjunto de seres da mesma espécie: Coletivo de objetos: bateria (de canhões), biblioteca (de livros), feixe (de lenha), pinacoteca (de quadros/pinturas), resma (de papel), molho (de chaves). Coletivos de pessoas: banca (de examinadores), clero (de padres/sacerdotes), elenco (de atores/artistas), farândola (de mendigos), prole (de filhos), súcia (de desonestos), time (de jogadores). Coletivos de plantas:buquê/ramalhete (de flores), cacho/penca (de frutas), pomar (de árvores frutíferas), bosque (de árvores), réstia (de alho/cebola). Coletivos de animais:alcateia (de lobos), cáfila (de camelos/dromedários), colmeia/enxame (de abelhas), fato (de cabras), Nuvem (de gafanhotos), vara (de porcos). FLEXÃO DO SUBSTANTIVO Os substantivos podem variar em GÊNERO (masculino e feminino), NÚMERO (singular e plural) e GRAU (aumentativo e diminutivo). 1) GÊNERO: os gêneros do substantivo podem ser uniformes,biformes ou epicenos. a) Uniformes podem ser comuns de dois ou sobrecomuns. Comuns de dois a designação de gênero é feita por meio de um determinante (artigo, pronome, adjetivo ou numeral): o jovem, a jovem; meu dentista, minha dentista; gerente atencioso, gerente atenciosa; dois assistentes, duas assistentes. Sobrecomunsexiste somente uma forma para masculino ou feminino. Por essa razão, o gênero do substantivo é definido pelo contexto: o ídolo, a pessoa, a criatura, a criança, a testemunha, o carrasco, a vítima, o cônjuge, o algoz. b) Biformes apresentam uma forma para o masculino e para o feminino:ator, atriz; bacharel, bacharela; cavalheiro, dama; cavaleiro, amazona; capitão, capitã; filho, filha; galo, galinha; monge, monja; oficial, oficiala; obstetra, obstetriz; perdigão, perdiz. c) Epicenossão aqueles que nomeiam espécies vegetais e animais. Seu gênero é identificado por determinantes (masculino e feminino). O sexo é identificado pelas palavras “macho” e “fêmea”:a cobra macho / a cobra fêmea; o jacaré macho/ o jacaré fêmea; o mamoeiro macho / o mamoeiro fêmea; a jiboia macho / a jiboia fêmea; a serpente macho / a serpente fêmea. OBSERVAÇÕES 1. São substantivos masculinos: o alvará, o aneurisma, o apêndice, o clarinete, o eczema, o estratagema, o herpes, o púbis, o pernoite. 2. São substantivos femininos: a alface, a apendicite, a cal, a comichão, a derme, a dinamite, a sentinela, a mascote, a musse. 3. São substantivos masculinos ou femininos: o/a avestruz, o/a agravante, o/a cataplasma, o/a componente, o/a diabetes, o gambá, a gambá, o/a gênesis, o/a omelete, o/a pijama, o/a sabiá, o/a usucapião. 4. O feminino de “o todo-poderoso” é “a todo-poderosa”. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |39| MUDANÇA DE SENTIDO COM MUDANÇA DE GÊNERO O águia (pessoa esperta), a águia (ave) O cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo) O caixa (funcionário), a caixa (recipiente, objeto) O capital (dinheiro), a capital (cidade) O cisma (separação religiosa), a cisma (desconfiança) O coral (cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra) O crisma (óleo usado durante a administração da crisma e dos demais sacramentos), a crisma (tipo de sacramento) O cura (pároco), a cura (ação de curar) O estepe (pneu reserva), a estepe (tipo de vegetação) O guia (pessoa que guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves) O grama (unidade de peso), a grama (vegetal) A lotação (capacidade), o lotação (automóvel) O lente (professor), a lente (vidro de aumento) O moral (ânimo), a moral (ética, conclusão) O nascente (leste), a nascente (fonte) O pala (poncho), a pala (parte anterior do boné, anteparo) O rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora) 2) NÚMERO: os substantivos podem apresentar singular e plural. a)PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES Os substantivos terminados em -ão fazem o plural de três maneiras: Substituindo-se o -ão por -ões: coração – corações Substituindo-se o -ão por -ães: pão -pães Substituindo -se o -ão por -ãos: cidadão – cidadãos ●Algunssubstantivosapresentammaisdeumaformanoplural.Exemplos: »ancião:anciãos,anciães,anciões; »aldeão:aldeãos,aldeães,aldeões; »cirurgião:cirurgiães,cirurgiões; »charlatão:charlatães,charlatões; »corrimão:corrimãos,corrimões; »guardião:guardiães,guardiões; »refrão:refrães,refrões. Os substantivos terminados em -r e -z fazem o plural pelo acréscimo de -es: juiz – juízes; revólver – revólveres. Opluraldecaráterécaracteres. Os substantivos terminados em ditongo e vogal fazem o plural com o acréscimo de -s: história – histórias; degrau – degraus; troféu – troféus; casa – casas. Os substantivos terminados em -al, -el, -ol, -ul flexionam-se no plural, substituindo o -l por -is: letal – letais; coronel – coronéis; caracol – caracóis; paul – pauis. Exceções:cônsul-cônsules;mal–males.Alémdessesvocábulos,valeoregistrodosseguintesplurais:mel(méis/meles);aval(avais/avales). Os substantivos terminados em -il fazem o plural de duas maneiras: Quando oxítonos, em -is. Por exemplo: perfil – perfis Quando paroxítonos, em -eis. Por exemplo: fóssil – fósseis www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |40| Os substantivos terminados em n fazem o plural em-s ou -es: abdômen – abdomens ou abdômenes hífen hifens ou hífenes nêutron nêutrons ou nêutrones pólen polens ou pólenes. Noentanto,opluraldecânonéapenascânones. Substantivos terminados em -m fazem o plural em –ns: armazém – armazéns; dom – dons. Substantivos terminados em -s fazem o plural de duas maneiras: Quando monossilábicos ou oxítonos, com o acréscimo de -es: lilás – lilases; revés – reveses. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, são invariáveis: o lápis - os lápis; o ônibus - os ônibus. Substantivos terminados em –x são invariáveis: o látex - os látex / o tórax – os tórax. MUDANÇA DE SENTIDO COM O PLURAL DO SUBSTANTIVO ar (substância atmosférica) e ares (condição climática, aparência) bem (virtude) e bens (propriedades) costa (litoral) e costas (dorso) féria (remuneração diária) e férias (período de afastamento do trabalho) sentimento (sensibilidade) e sentimentos (pêsames) vencimento (data limite) e vencimentos (salário) PLURAL METAFÔNICO Certos substantivos fazem o plural com mudança de timbre. Exemplos: caroço (ô) – caroços (ó); corpo(ô) – corpos (ó); esforço(ô) – esforços (ó), fogo (ô) – fogos (ó); forno (ô) – fornos (ó) ; imposto (ô) – impostos (ó); olho (ô) – olhos (ó); osso (ô) – ossos (ó); ovo (ô) – ovos (ó); poço(ô) – poços (ó); porto (ô) – portos (ó); tijolo (ô) – tijolos (ó). No entanto, muitos substantivos mantêm o timbre fechado no plural, tais como: adorno – adornos; almoço – almoços; cachorro – cachorros; dorso – dorsos; esposos – esposos; estojo – estojos; gosto- gostos; morro – morros; rosto – rostos; sogro – sogros; www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |41| b) PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS Para se obter o plural de substantivos compostos, é preciso observar o seguinte: São variáveis: adjetivos, numerais e substantivos. São invariáveis: advérbios e verbos. Exemplos: o guarda-chuva os guarda-chuvas (verbo + substantivo) o abaixo-assinado os abaixo-assinados (advérbio + adjetivo) a segunda-feira as segundas-feiras (numeral + substantivo) o guarda-noturno os guardas-noturnos (substantivo + adjetivo) o bota-fora os bota-fora (verbo + advérbio) o alto-falante os alto-falantes (advérbio + adjetivo) o cachorro-quente os cachorros-quentes (substantivo + adjetivo) o beija-flor os beija-flores (verbo + substantivo) o guarda-roupa os guarda-roupas (verbo + substantivo) 3) GRAU: Os substantivos flexionam-se nos graus aumentativo e diminutivo. A variação de grau representa, portanto, a forma aumentada ou diminuída dos seres. Grau aumentativo: pode ser sintético ou analítico. Sintético: casarão, copázio. Analítico: casa grande, copo grande. Grau diminutivo: pode ser sintético ou analítico. Sintético: casinha, copinho. Analítico: casa pequena, copo pequeno. OBSERVAÇÕES 1. Plural de substantivos no grau diminutivo: a) coloca-se o substantivo no plural; b) retira-se o S final; c) acrescenta-se o sufixo (zito, zinho) no plural. Exemplos: farol faróis faroi + zinhos faroizinhos bar bares bare + zinhos barezinhos coração corações coraçõe + zinhos coraçõezinhos cão cães cãe+zitos cãezitos 2. Com o tempo, em toda língua viva, palavras e termos costumam ser ressignificados. Sendo assim, muitos substantivos perderam a noção de grau, mesmo com sufixo indicando grau aumentativo ou diminutivo. Exemplos: o bandeirinha, a calcinha, o calção, a cartilha, o cavalete, o flanelinha, o portão. II. ARTIGO O artigo é uma classe de palavra variável em gênero e em número. CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS Os artigos podem ser definidos ou indefinidos. Artigos definidos: o, os, a, as. Artigos indefinidos: um, uns, uma, umas. Semanticamente, há diferença entre eles. Observe: O filme começou. Um filme começou. Perceba que, na primeira frase (O filme começou), o filme que começa é aquele esperado pelo espectador; na segunda frase (Um filme começou), um filme qualquer começou. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |42| Quando o artigo é indefinido, costuma revelar (1) generalização ou desconhecimento, (2) proximidade ou (3) origem familiar. Uns fiscais da prefeitura estiveram aqui hoje. Eles me fizeram umas dez perguntas sobre a obra. Ele não era um Rockefeller. O artigo pode ser contraído com preposição. à(s), ao(s) do(s), da(s), dum, duns, duma(s) no(s), na(s), num, nuns, numa(s) pelo(s), pela(s) No entanto, é preciso considerar o seguinte: Se o artigo introduz o sujeito da oração, ele não se contrai com preposição: Eles fugiram antes de os guardas chegarem. (correto) Eles fugiram antes dos guardas chegarem. (errado) Se o artigo faz parte de nome de obras (jornal, livro, revista, por exemplo), ele não se contrai com preposição. A seca é abordada em “O Quinze” e em “Os sertões”, respectivamente obras de Rachel de Queiroz e de Euclides da Cunha. Li em “Os Lusíadas”, do poeta clássico Luiz Vaz de Camões, a saga lusitana pelos mares bravios. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |43| AULA 11: ADJETIVO E NUMERAL I. ADJETIVO O adjetivo expressa uma qualidade ou uma característica do substantivo. É a classe de palavra variável em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). O adjetivo é um modificador de sentido, isto é, caracteriza o substantivo, uma vez que pode indicar diversas características, tais como estado, condição, defeito, qualidade: Criança feliz (estado) comunidade pobre (condição) indivíduo arrogante (defeito) mulher resiliente (qualidade) CLASSIFICAÇÃO O adjetivo pode ser simples ou composto, primitivo ou derivado, gentílico ou pátrio, restritivo ou explicativo. 1.Adjetivo Simples: é formado por apenas um radical. Jovem responsável Abraço sincero Pessoa humilde 2. Adjetivo Composto: é formado por mais de um radical. Lente côncavo-convexa Vestido vermelho-sangue Produto luso-brasileiro 3. Adjetivo Primitivo: não apresenta prefixo nem sufixo. Dia feliz Homem cruel Povo culto 4. Adjetivo Derivado: apresenta afixos (prefixo ou sufixo). Bolo delicioso Problema dificílimo Resposta corretíssima 5. Adjetivo Gentílico ou Pátrio: o adjetivo gentílicoou étnico refere-se a raça e a povo, indicando origem; o adjetivo pátrio se refere a nomes de lugar (continentes, países, regiões, estado, cidade). nação israelense povo americano estudante capixaba jovem potiguar mulheres asiáticas tribos indígenas atleta canadense crianças africanas humoristas nordestinos 6. Adjetivo Restritivo: particulariza o significado do substantivo a que se refere, exprimindo qualidade que não é própria do substantivo. Pressão alta Estudante brasileiro Céu avermelhado www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |44| 7. Adjetivo Explicativo: exprime característica própria do substantivo. Fogo quente Gelo frio Céu azul OBSERVAÇÕES 1. Quanto à posição, o adjetivo pode vir antes ou depois do substantivo. Em alguns casos, pode haver mudança de significado com a anteposição ou a posposição do adjetivo. a) sem mudança de significado: lindo entardecer / entardecer lindo dia chuvoso / chuvoso dia experiência vasta / vasta experiência b) com mudança de significado: carro novo / novo carro homem pobre / pobre homem amigo velho / velho amigo médico falso / falso médico ADJETIVODERELAÇÃO Éaqueleque »nãovariaemgrausuperlativo,istoé,nãopodeserintensificado; »vempospostoaosubstantivo; »éderivadodeumsubstantivoporsufixação; »éobjetivo,ouseja,nãoexpressapontodevista,poisnãotemvalorsemânticosubjetivo; »podeindicarorigem,procedênciaoufinalidade. Exemplos: »vinhochileno,reformaestudantil,paláciopresidencial,plataformapetrolífera,charutocubano,revistamensal,bandeiraamericana,economiamundial. LOCUÇÃO ADJETIVA Ocorre locução adjetiva quando há mais de uma palavra funcionando como adjetivo (qualificando ou especificando o substantivo). Pessoa sem discrição reunião de hoje apartamento para alugar vida dos dois terra de ninguém FLEXÃO DO ADJETIVO O adjetivo flexiona-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). 1. FLEXÃO DE GÊNERO O gênero do adjetivo pode ser uniforme ou biforme. Gênero uniforme: é aquele que apresenta apenas uma forma para o masculino e para o feminino. homem/ mulher audaz, capaz, feliz (adjetivos terminados em Z) rapaz / moça simples, reles (adjetivos terminados em S) problema / força superior, maior, interior(adjetivos terminados em OR) comportamento / atitude ímpar, exemplar(adjetivos terminados em AR) indivíduo / pessoa cruel, frágil (adjetivos terminados em L) comportamento / atitude excelente, inteligente, nobre (adjetivos terminados em E) povo / comunidade indígena, israelita (adjetivos terminados em A) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |45| Gênero biforme: é aquele que apresenta uma forma para o masculino e para o feminino. cheio / cheia lindo / linda severo / severa traidor / traidora tranquilo / tranquila plebeu / plebeia 2. FLEXÃO DE NÚMERO O adjetivo é variável em número (singular e plural). educado / educados capaz / capazes caro / caros hediondo / hediondos fabulosa / fabulosas OBSERVAÇÕES 1. Não há flexão de substantivo usado como adjetivo. camisetas cinza cerâmicas musgo ternos vinho 2. Estes adjetivos nunca variam: verde-musgo, ultravioleta, furta-cor, sem-terra, zero-quilômetro, sem-sal, azul-marinho, azul-celeste, político-social. PLURAL DE ADJETIVO COMPOSTO Adjetivo composto é aquele que apresenta mais de um radical. Assim, é preciso observar o seguinte: 1. Varia apenas o último elemento. tratados franco-italianos lentes côncavo-convexas olhos castanho-escuros 2. É invariável se elemento do adjetivo composto é um substantivo adjetivado. ternos marrom-café tecidos verde-abacate olhos verde-mar saias vermelho-sangue uniformes amarelo-ouro 3. Com o adjetivo “surdo-mudo”, os dois radicais variam em gênero e em número. garoto surdo-mudo / garotos surdos-mudos menina surda-muda / meninas surdas-mudas Comoadjetivo“claro-escuro”,osdoisradicaisvariamemgêneroeemnúmero. »ambienteclaro-escuro/ambientesclaros-escuros »salaclara-escura/salasclaras-escuras www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |46| 3. FLEXÃO DE GRAU O grau do adjetivo pode ser Comparativo ou Superlativo. I) Grau Comparativo: pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Aqui, são comparadas as características do mesmo ser ou características entre seres. Ela é tão esforçado quanto ele. (comparativo de igualdade – tão...quanto/como) Ela é mais esforçado (do) que ele. (comparativo de superioridade – mais...(do) que) Ela é menos esforçado (do) que ele. (comparativo de inferioridade – menos...(do) que) OBSERVAÇÕES a) As formas “mais bom” e “mais grande” só estão corretamente empregadas quando comparam características do mesmo ser. Este apartamento é mais grande do que ventilado. (CERTO) Este apartamento é mais grande do que aquele. (ERRADO) b) Os adjetivos pequeno, grande, bom, mau/ruim só têm a forma sintética. Observe: menor, maior, melhor, pior. II) Grau Superlativo: o grau superlativo pode ser absoluto ou relativo. Superlativo absoluto analítico Ele é muito rico. (o adjetivo é modificado por um advérbio) Superlativo absoluto sintético Ele é riquíssimo. (ocorre uso dos sufixos: íssimo, imo, érrimo) Superlativo relativo de superioridade: a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Ela é a mais inteligente da sala. Ele é o mais atencioso dentre todos da sala. No superlativo relativo de superioridade, ocorrem estas construções: o mais + adjetivo+de/dentre; a mais + adjetivo+de/dentre. Superlativo relativo de inferioridade: a qualidade de um ser é desvalorizada. Ele é o menos esperto do grupo. Ela é a menos inteligente da equipe. Aqui, ocorrem as seguintes construções: o menos + adjetivo+ de/dentre; a menos + adjetivo+ de/dentre. II. NUMERAL O numeral é a classe de palavra variável em gênero e em número que acompanha substantivo, indicando quantidade. CLASSIFICAÇÃO DOS NUMERAIS Eles podem ser cardinal, ordinal, multiplicativo, fracionário e coletivo. a) Numerais cardinais: indicam quantidade absoluta. zero, cinco, vinte, quarenta, duzentos... b) Numerais ordinais: indicam ordem, sequência, posição. Também variam em gênero e em número. Primeiro – 1º / Primeira – 2ª Segundo – 2º / Segunda – 2ª Décimo – 10º / Décima – 10ª c) Numerais multiplicativos:indicam multiplicação. dobro, duplo, dúplice – 2x www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |47| triplo, tríplice - 3x quádruplo – 4x quíntuplo – 5x d) Numerais fracionários: indicam fração. Meio, metade – 2 Terço – 3 Quarto – 4 Nono – 9 Décimo – 10 e) Numerais coletivos: fazem referência ao conjunto de algo, indicando o número exato de seres. Variam em número. Novena - 9 Dezena – 10 Dúzia – 12 Bimestre - 2 meses Semestre - 6 meses Biênio - 2 anos Grosa - conjunto de 144 unidades EMPREGO DOS NUMERAIS 1. Para designar príncipes, reis, imperadores, papas, séculos, partes de uma obra, utilizam-se os numerais ordinais até o décimo. A partir daí, usam- se os cardinais. Dom Pedro I (primeiro) Carlos X (décimo) Capítulo IX (nono) Papa Pio VI (sexto) Papa Bento XVI (dezesseis) Século XIX (dezenove) Canto VIII (oitavo) 2. Em textos jurídicos (decretos, leis, portarias, artigos, incisos, parágrafos), utilizam-se os numerais ordinais até o nono. A partir daí, usam-se os cardinais. Artigo 9º (nono) Artigo 10 (dez) OBSERVAÇÕES 1. Se o numeral vem antes do substantivo, utilizam-se sempre os ordinais, independentemente do que vimos acima. Décimo sexto papa Vigésimo quarto decreto 2. Para designar o primeiro dia do mês, usa-se o numeral ordinal, e não o cardinal. 1º de janeiro (e não 1 de janeiro) 1º de maio (e não 1 de maio) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |48| AULA 12: CONJUNÇÃO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO 1. CONJUNÇÃO Classe de palavra inviável que geralmente liga orações. Elas podem ser classificadas em COORDENATIVAS e SUBORDINATIVAS. A) COORDENATIVAS Classificam-se as conjunções coordenativas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS. I) ADITIVAS: servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função, dando ideia de soma: e, nem, não só...mas/como (também), tanto...quanto/como Ex. Meu pai trabalha no quartel e minha mãe cuida de casa. Aquele rapaz não estudava nem trabalhava. II) ADVERSATIVAS: ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste, oposição, advertência: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante. Ex. Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta. O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam. A rodovia é bem sinalizada, no entanto é muito perigosa. III) ALTERNATIVAS: ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou..., ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, etc. Ex. Ou eu me retiro ou tu te afastas. Ora chorava ora sorria. IV) CONCLUSIVAS: servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, consequência: logo, pois (= portanto), portanto, por conseguinte, por isso, assim, então. Ex. Ele não é favorável à lei e à ordem; é, pois, um rebelde. Aprova será difícil, portanto devemos estudar. V) EXPLICATIVAS: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira: que, porque, pois (= porque). Ex: Volte logo, pois já é tarde. Choveu, porque as ruas estão alagadas. B) SUBORDINATIVAS São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. * O baile já tinha começado: oração principal * quando: conjunção subordinativa * ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: I. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |49| Por exemplo: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) II. Adverbiais Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), visto que, uma vez que, porquanto, já que, na medida em que, etc. Por exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, sebem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.Por exemplo: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano, mesmo que todos me abandonem. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,desde que, a menos que, sem que, etc.Por exemplo: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (=conforme), segundo, consoante, etc.Por exemplo: O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor. e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Por exemplo: Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos...(menos), quantomenos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. Por exemplo: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo: A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal qual o irmão. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |50| i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. A dor era tamanha que a moça desmaiou. 2. ADVÉRBIO É uma palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio Ele fala bem. Ele fala muito bem. Ela é muito esperta. Classificação dos Advérbios Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente. Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente. Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. 3.PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Classificação das Preposições a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre. b) Acidentais: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por). 4. INTERJEIÇÃO Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Ex: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Atenção! Coragem! Adiante! Firme! Cruzes! www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |51| AULA 13: TERMOS DA ORAÇÃO Nesta aula, damos início ao estudo da sintaxe do período simples. Nosso ponto de partida são os termos da oração: essenciais, integrantes e acessórios. 1. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO SUJEITO PREDICADO SUJEITO O sujeito é o termo da oração com o qual o verbo concorda. Nos exemplos abaixo, você pode observar isso: O aluno passou no concurso. (sujeito: o aluno) Os carros são novos. (sujeito: os carros) De sorvete a menina gosta. (sujeito: a menina) OBSERVAÇÕES I. Para identificar o sujeito, pergunte ao verbo: QUÊ? QUEM? A resposta será o sujeito. O vaso quebrou. (O que quebrou? Resposta: o vaso) II. O sujeito não pode ser expresso por ADJETIVO, ADVÉRBIO, TERMO PREPOSICIONADO. Você é inteligente. (O adjetivo inteligente exerce, na frase, função sintática de predicativo do sujeito. Aqui se estuda muito. (Os advérbios aqui e muito exercem, respectivamente, funções sintáticas de adjunto adverbial de lugar e de intensidade. Referi-me a você. (O termo a você exerce função sintática de objeto indireto do verbo referir-se.) III. Quando o sujeito é representado por um grupo de palavras, o verbo concorda com o núcleo. O pensamento dos grevistas se manteve o mesmo. (O sujeito é o termo “o pensamento dos grevistas, e o núcleo é o substantivo “pensamento”. Vale lembrar que termo preposicionado não pode ser núcleo do sujeito.) CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO I) Sujeito Simples: apresenta apenas um núcleo explícito, que pode estar no singular ou no plural. Exemplos: Meu tio era professor. (sujeito simples: meu tio / núcleo: tio) Meus pais cuidaram de nossa educação. (sujeito: meus pais / núcleo: pais) II) Sujeito Composto: apresenta mais de um núcleo explícito. Exemplos: Meu avô e minha avó eram naturais de São Paulo. (sujeito: meu avô e minha avó / núcleos: “avô” e “avó”) OBSERVAÇÃO Se o sujeito não foi grafado na frase, ou seja, se ele está implícito, é chamado de oculto, desinencial ou elíptico. Saímos antes do horário previsto. (sujeito oculto: nós) Fale sempre a verdade. (sujeito oculto: você) III) Sujeito Indeterminado: não se pode identificar pelo contexto ou pela desinência do verbo. Ocorre em três situações: a) Com verbo na terceira pessoa do plural sem referente no texto Estão falando muito sobre isso na feira. b) Com VI+SE, VTI+SE, VL +SE, VTD+SE+TERMO PREPOSICIONADO: VI + SE: Vive-se bem por aqui. VTI + SE: Aspira-se a dias melhores. VL + SE: Só se é feliz dessa maneira. VTD + SE + TERMO PREPOSICIONADO: Ama-se a Deus. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |52| c) Com infinitivo impessoal: infinitivo impessoal é aquele tem sentido genérico ou indefinido. Para viver plenamente, é preciso abstrair toda negatividade. OBSERVAÇÃO Se verbos transitivos diretos são tratados como verbos intransitivos, acompanhados do SE, o sujeito é indeterminado. Comia-se muito nas férias. IV. Oração sem Sujeito a) Com verbos que indicam fenômenos naturais. Choveu durante a tarde. Nevou à noite. Escureceu de repente. b) Com verbo SER indicando data, hora, distância, aspectos naturais e tempo vago. Hoje são 15 de agosto. Já são 16h. Daqui a minha casa são doze quilômetros. Era muito calor naquele verão. Era uma vez, uma linda princesa de cachinhos dourados. c) Com as construções BASTA DE, CHEGA DE, PASSA DE. Basta de risos tolos! Chega de fingimento! Já passa da meia-noite. d) Com verbo HAVER no sentido de EXISTIR, de OCORRER ou de TEMPO DECORRIDO. Haverá muitas aprovações. Houve problemas naquele dia por causa da chuva. Há dias não a vejo. e) Com verbo FAZER indicando tempo meteorológico ou cronológico. Faz invernos rigorosos na Rússia. Faz meses desde sua partida. PREDICADO O predicado é o que se declara a respeito do sujeito. Identificado o sujeito, os demais termos da oração são o predicado. Se o sujeito é indeterminado ou não existe, toda a frase é o predicado. A seguir, o predicado está destacado em toda as orações. O Brasil tem dimensão continental. No meu entender, a questão merecia atenção especial. Já era madrugada quando começou a nevar. Acredita-se em discos voadores em muitas regiões do país. TIPOS DE PREDICADO 1. Predicado Nominal: apresenta verbo de ligação + predicativo (qualidade/atributo). O núcleo do predicado nominal é o predicativo. Ele parecia feliz. Eles eram muito amáveis e solidários. OBSERVAÇÕES 1. Mesmo com oração sem sujeito, pode haver predicado nominal. Eram cinco horas da tarde. Estava frio. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |53| 2. O predicativo (núcleo do predicado nominal) pode ser expresso por locução adjetiva. Nossa aliança é de ouro. 3. O predicativo pode ser expresso ainda por pronome, adjetivo, substantivo, numeral e verbo. Eu não sou você. (pronome) Você é diferente. (adjetivo) Isto é vida. (substantivo) Eles são cinco. (numeral) Isso é viver. (verbo) 2. Predicado Verbal: apresenta verbo nocional(verbo de ação: intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto) sem predicativo. No predicado verbal, o núcleo é o verbo. Ele adormeceu. Comprei um carro. Preciso do emprego. Devolvi o dinheiro ao dono. 3. Predicado Verbo-Nominal: apresenta verbo nocional (de ação)+ predicativo. Esse predicativo pode ser do sujeito ou do objeto. No predicado verbo- nominal, há dois núcleos: o verbo de ação e o predicativo. Ele chegou animado. Eu considero-as inteligentes. 2. INTEGRANTES DA ORAÇÃO Os termos integrantes da oração são estes: objeto direto e objeto indireto (complementos verbais), complemento nominal e agente da passiva. Neste bloco, estudaremos somente os complementos verbais. COMPLEMENTOS VERBAIS OBJETO DIRETO Termo que complementa o sentido de um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto sem preposição exigida pelo verbo. Ele visitou seus familiares. Ela ofereceu seu apoio aos manifestantes. OBSERVAÇÃO Os pronomes o, a, os,as, me, te, nos, vos podem funcionar sintaticamente como objetos diretos. Eu o aguardo. Ele me esperou por muito tempo? OBJETO INDIRETO Termo que complementa o sentido de um verbo transitivo indireto ou de um verbo transitivo direto e indireto. Quando não é representado por pronome oblíquo átono, vem acompanhado sempre de uma destas preposições: A, DE, EM PARA, COM, POR. Necessito de sua ajuda. Ela pensava sempre em você. Ela se preocupava com os filhos. OBSERVAÇÃO 1. Os pronomes me, te, nos, vos, lhe e lhes podem funcionar sintaticamente como objetos indiretos. Eles sempre me obedeceram. Entreguei-lhe flores. 2. O pronome oblíquo lhe(s) jamais funciona como objeto direto. Eu lhe aguardo. (uso errado do lhe, pois o verbo aguardar é transitivo direto) Eu lhe admiro muito. (uso errado do lhe, pois o verbo admirar é transitivo direto) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |54| COMPLEMENTO NOMINAL É o termo que completa o sentido de nomes transitivos, que pedem complemento, tais como substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O complemento nominal liga-se a esses nomes por meio de preposição (a, de, em, para, com, por, contra). Tenho amor às artes. A decisão do diretor foi favorável aos alunos. Eles estavam longe de casa. O complemento nominal pode ser expresso por pronome oblíquo. Isso lhe será útil. A ideia nos pareceu interessante. AGENTE DA PASSIVA É o termo que pratica ação na voz passiva, sobretudo na voz passiva analítica (com verbo de ligação + verbo no particípio). É introduzido pelas seguintes preposições: de, por, pelo(s), pela(s). A casa foi vendida pelo dono. A rua estava cercada de policiais. OBSERVAÇÃO O agente da passiva, o objeto indireto e o complemento nominal são regidos por preposição. Muitas vezes, há dúvidas na diferenciação dos três. Quando isso acontecer, basta observar o sujeito da oração. Para ser agente da passiva o sujeito precisa ser paciente. O barco foi levado pelas ondas. Ela sentia-se livre do problema. Preciso de sua opinião. 3. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO Apesar de prescindíveis, são necessários para o entendimento do enunciado porque informam alguma característica ou circunstância dos substantivos, pronomes ou verbos que os acompanham. ADJUNTO ADNOMINAL São palavras que acompanham o substantivo (concreto ou abstrato) para caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo. O adjunto adnominal pode ser representado por diversas classes gramaticais, a saber: adjetivo, artigo, numeral, pronome adjetivo e locução adjetiva. As casas antigas eram mais trabalhadas. Três convidados não puderam vir. Aquelas alunas eram competentes. Suco de maçã é delicioso. OBSERVAÇÕES 1. O adjunto adnominal pode ser expresso por pronome oblíquo com ideia de posse. Levaram-nos o carro. Cortaram-me o cabelo. 2. Cuidado para não confundir adjunto adnominal com complemento nominal. Na dúvida, observe o seguinte: O complemento nominal é passivo, sofre ação. O adjunto adnominal é ativo, indica posse. A resposta ao aluno agradou. A resposta do aluno agradou. A reforma da casa foi comemorada. A reforma do engenheiro foi comemorada. 3. O complemento nominal não se liga a substantivo concreto, e sim o adjunto adnominal. porta de vidro relógio de ouro parede de gesso www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |55| ADJUNTO ADVERBIAL É o termo que se refere a verbo, a adjetivo ou a outro advérbio, indicando uma circunstância. Só obtivemos os gabaritos da prova no dia seguinte. (circunstância de tempo) O trânsito está engarrafado no centro da cidade. (circunstância de lugar) Comemos bastante no almoço. (circunstância de intensidade) Estávamos tremendo de frio. (circunstância de causa) Vou sair com você. (circunstância de companhia) Certamente chegaremos atrasados. (circunstância de afirmação) Olhe para cima. (circunstância de direção) Prefiro viajar de carro. (circunstância de meio) Conversamos sobre economia. (circunstância de assunto) Não farei isso. (circunstância de negação) Talvez eu vá. (circunstância de dúvida) Você agiu bem. (circunstância de modo) APOSTO É o termo que tem por objetivo explicar, resumir ou comentar algo sobre outro termo da oração. Exemplos: Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, recebe muitos turistas. Amigos, parentes, vizinhos, todos o ajudaram. O padre João é carismático. Comprei vários objetos: lápis, caneta, borracha, tesoura e régua. Machado de Assis e Drummond são grandes nomes da literatura nacional; este na poesia e aquele na prosa. OBSERVAÇÕES 1. O aposto pode aparecer anteposto ao termo a que se refere. Confiante e atenta, dona Maria sempre ia sozinha receber o dinheiro da sua aposentadoria. Bela cidade, Paris é um encanto o ano inteiro. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |56| AULA 14: ORAÇÕES COORDENADAS A coordenação envolve a relação de independência entre orações. Exemplo: Cheguei à empresa, cumprimentei uns colegas de trabalho, dirigi-me à minha sala, sentei e comecei a trabalhar. As orações coordenadas classificam-se de duas maneiras: assindéticas e sindéticas. ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS São aquelas em que não há a presença do síndeto (conjunção). Nesse caso, as orações são justapostas, ligando-se apenas por meio de algum sinal de pontuação. Exemplos: Ao rico, não faltes; ao pobre, não prometas. (provérbio popular) Bebeu, cantou, dançou. (Manuel Bandeira) Livre nasci, livre vivo, livre morrerei. (Pietro Aretino) Nos exemplos acima, todas as orações são independentes e justapostas. Por essa razão, são chamadas de assindéticas. OBSERVAÇÃO Mesmo com verbo em elipse, supresso, pode haver oração coordenada assindética. Observe: Eu estava com frio; ela, com calor. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS São as orações independentes, ligadas por conjunção ou locução conjuntiva coordenativa. Desse modo, a depender do conectivo presente na oração, elas podem ser classificadas em cinco grupos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. Assim, fica muito mais fácil reconhecer as orações e classificá-las. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS Exprimem ideia de soma, de adição. São introduzidas por conjunções coordenativas aditivas. Exemplos: O rapaz trabalha e estuda. O rapaz não só trabalha como também estuda. O rapaz não só trabalha mas também estuda. O rapaz tanto trabalha quanto estuda. O rapaz não trabalha nem estuda. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS Exprimem ideia de oposição. São introduzidas por conjunções coordenativas adversativas. Exemplos: Eles queriam passear, no entanto estava chovendo. Ela não estudou, porém se deu bem nas provas. Ele manteve silêncio; esperava, todavia, uma resposta. Trabalho bastante, não obstante sempre estou sem dinheiro. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS Exprimem ideia de alternância, de exclusão. São introduzidas por conjunções coordenativas alternativas. Exemplos Estude ou trabalhe. Ora chove, ora faz sol. Faça as pazes com seu irmão, quer queira, quer não queira. Nossa filha mais nova já ri, já chora. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS Exprimem ideia de conclusão ou de consequência. São introduzidas por conjunções coordenativas conclusivas. Exemplos: Ela é muito dedicada aos estudos, portanto será aprovada em breve no próximo concurso. Confio muito em você, por isso lhe emprestarei meu carro. Trabalhei a semana inteira, logo este descanso é merecido. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS Exprimem ideia de justificativa ou explicação. São introduzidas por conjunções coordenativas explicativas. Exemplos: Trabalhe duro, que você terá uma vida melhor! Ela parece estar muito feliz, porque esbanja um grande sorriso. Os pais voltaram logo do passeio, pois já estavam com saudade dos filhos. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |57| AULA 15: ORAÇÃO SUBORDINADAS 1. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS São aquelas que exercem função de adjetivo ou de locução adjetiva. Elas sempre se referem a um substantivo ou a um pronome substantivo da oração principal. Quando desenvolvidas, são iniciadas por pronomes relativos. Por exemplo: Reconheço uma pessoa inteligente de longe. (adjunto adnominal) Reconheço uma pessoa que é inteligente de longe. (oração subordinada adjetiva) Como dito acima, é condição essencial para identificação de uma oração adjetiva conhecer os pronomes relativos. Exemplos: Chegou o professor com o qual conversei semana passada. (pronome relativo: o qual) A pessoa a quem você procura foi vista ontem. (pronome relativo: quem) Já lhe disse o nome da rua onde moro. (pronome relativo: onde) A paciente, de cujo problema lhe falei, receberá alta hoje. (pronome relativo: cujo) O político que age assim merece ter seu mandato cassado. (pronome relativo: que) CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas. Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas são aquelas que não vêm separadas por nenhum sinal de pontuação. Elas exercem a função de limitar, restringindo o significado do termo a que se referem. Exemplos: O brasileiro que não gosta de trabalhar é preguiçoso. O indivíduo que é racista deve ser punido na forma da lei. Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas são aquelas que vêm separadas por algum sinal de pontuação (travessão, parênteses, vírgulas). Elas exercem o papel de explicar, de generalizar, funcionando como uma espécie de aposto da oração principal. Exemplos: O Brasil, que tem a maior parte de seu território no hemisfério sul, tem clima predominantemente tropical. O norte-americano, que nasceu em um país desenvolvido, tende a ter mais projeção de crescimento nas áreas de educação, ciência e tecnologia. OBSERVAÇÃO Mais do que diferença na classificação sintática, orações adjetivas restritivas e explicativas apresentam diferença semântica. Observe: (1) Meu tio que é médico salvou muitas vidas em 2020. (2) Meu tio, que é médico, salvou muitas vidas em 2020. 2. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem as mesmas funções que um substantivo exerce em um período, a saber: sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e aposto. Para exemplificar o que listamos acima, observe os exemplos abaixo: Todos tinham receio de sua renúncia. (complemento nominal) Todos tinham receio de que você renunciasse. (oração subordinada substantiva completiva nominal.) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |58| Vale destacar que as orações subordinadas substantivas são iniciadas pelas conjunções integrantes QUE ou SE. OBSERVAÇÃO Uma dica rápida para você saber se a oração subordinada é substantiva ou não: basta trocá-la por ISTO ou ISSO. Veja: Ele temia que soubessem seu segredo. (Ele temia isto.) É essencial que você seja pontual. (É essencial isto.) Desse modo, nota-se que as duas orações destacadas acima, sem dúvida, são substantivas: a primeira, objetiva direta; a segunda, subjetiva. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 1. SUBJETIVAS exercem função de sujeito da oração principal. Exemplos: É mentira que ele era um homem letrado. É necessário que ele decida isso logo. Viu-se que ele estava certo. No livro de ponto, não consta que ele veio trabalhar hoje. 2. PREDICATIVAS exercem função de predicativo da oração principal. Apresentam a seguinte estrutura: Sujeito + Verbo de Ligação + Oração Predicativa. O importante era que estudasses mais. O fato é que ele estava certo. 3. OBJETIVAS DIRETAS exercem função de objeto direto da oração principal. Apresentam a seguinte estrutura: Verbo Transitivo Direto + Oração Objetiva Direta. Quero que você pense nisso. Não sei se eles chegaram cedo ao local de prova. OBSERVAÇÃO A oração subordinada substantiva objetiva direta também pode aparecer com verbo transitivo direto e indireto. Anunciaram aos funcionários que haveria redução de salário. Comunicaram aos alunos que as provas foram adiadas. 4. OBJETIVAS INDIRETAS exercem função de objeto indireto da oração principal. Apresentam a seguinte estrutura: Verbo Transitivo Indireto + Oração Objetiva Indireta. Não te esqueças de que me deves uma carona. Lembre-se de que haverá represália. OBSERVAÇÃO A oração subordinada substantiva objetiva indireta também pode aparecer com verbo transitivo direto e indireto. Informei-os de que retornarias ainda hoje. Comuniquei o grupo de que isso poderia ocorrer. 5. COMPLETIVAS NOMINAIS exercem função de complemento nominal da oração principal. Apresentam a seguinte estrutura: Nome Transitivo + Oração Completiva Nominal. Todos tinham certeza de que ela seria aprovada. Tenho consciência de que fiz a coisa certa. Estou certo de que vencerás mais essa batalha. OBSERVAÇÃO Com orações subordinadas substantivas completivas nominais, a substituição da conjunção integrante QUE por SE dispensa a preposição. Não estava confiante de que ele venceria a corrida. Não estava confiante se que ele venceria a corrida. 6. APOSITIVAS exercem função de aposto da oração principal. Podem vir depois de dois-pontos ou entre vírgulas. Alimento o seguinte sonho: que você seja aprovado este ano. Meu sonho, que você seja provado este ano, irá realizar-se. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |59| 3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem função de adjunto adverbial em relação à oração principal. Se desejas a paz, não provoques a guerra. (adjunto adverbial oracional de condição) Ele não a fez desistir daquela ideia, por mais que tentasse. (adjunto adverbial oracional de concessão) Quando as orações subordinadas adverbiais estão desenvolvidas, elas são iniciadas por conjunções ou por locuções subordinativas adverbiais, como vimos nos exemplos anteriores. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As orações subordinadas adverbiais são classificadas de acordo com a conjunção ou a locução conjuntiva que as introduz. Outro detalhe é que elas podem vir em qualquer posição na frase. Desse modo, elas podem ser: 1. CAUSAIS expressam ideia de causa. Como a conheço pouco, prefiro não opinar sobre ela. Ela passou no concurso, visto que estudou bastante. Principais Conjunções: porque, já que, visto que, uma vez que, como, porquanto, na medida em que. 2. COMPARATIVAS expressam ideia de comparação. Lute como um leão. Ele, assim como os irmãos, é muito inteligente. 3. CONCESSIVAS expressam ideia de concessão. Mesmo que ele esteja errado, não gosta de se contrariado. Ele estudou muito hoje, embora fosse feriado. Principais Conjunções: embora, mesmo que, ainda que, por mais que, conquanto, posto que. OBSERVAÇÃO Treinou duro, não obstante estivesse exausto. (Oração subordinada adverbial concessiva) Ele nunca apostou nela, não obstante sabia da competência da menininha. (Oração coordenada sindética adversativa) 4. CONDICIONAIS expressam ideia de condição. Basta me telefonar, se quiser falar comigo. Contanto que se esforce, alcançará seus objetivos. Principais Conjunções: se, caso, desde que, contanto que, a menos que, a não ser que, sem que. OBSERVAÇÃO Uma vez que estude, passará. (oração subordinada adverbial condicional) Uma vez que estudou, passou. (oração subordinada adverbial causal) 5. CONFORMATIVAS expressam ideia de conformidade. Fizemos tudo como o manual determinava. Segundo contam as testemunhas, ele sempre agiu assim. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |60| Principais Conjunções: como, conforme, segundo, consoante. 6. CONSECUTIVAS expressam ideia de consequência. Estudei tanto que passei. O sítio estava tão caro que desisti da compra. 7. FINAIS expressam ideia de finalidade. Para que você possa viver melhor, aprenda a refrear sua língua. Economize bastante dinheiro, de modo que não lhe falte em tempos de crise. 8. PROPORCIONAIS expressam ideia de proporção. Ao passo que vivemos, amadurecemos. Somos mais seletivos com quem gastamos nosso tempo, à proporção que envelhecemos. OBSERVAÇÃO À medida que envelhecemos, amadurecemos. (oração subordinada adverbial proporcional) Na medida em que era cuidadoso com suas finanças, não tinha dívidas. (oração subordinada adverbial causal) 9. TEMPORAIS expressam ideia de tempo. Quando acordei, eles não estavam mais lá. Mal cheguei, fui abordado pelo supervisor. OBSERVAÇÃO Desde que chegou, não parou de escrever. (oração subordinada adverbial temporal) Desde que estude, passará. (oração subordinada adverbial condicional) ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |61| AULA 16: PONTUAÇÃO I. EMPREGO DE DOIS-PONTOS 1. Para introduzir uma citação em discurso direto. Exemplo: Certa vez, Gandhi argumentou: “O perdão é uma característica do forte”. 2. Para introduzir uma explicação. Exemplos: Você precisa melhorar em dois aspectos, a saber: eficiência e pontualidade. II. EMPREGO DE RETICÊNCIAS 1. Para assinalar citações incompletas. Exemplo: Como diz aquele velho ditado: “Filho de peixe...”. 2. Para indicar supressão de palavras ou de termos em um trecho. Exemplo: "(...) E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara — todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara (...).” (Lima Barreto. Triste Fim de Policarpo Quaresma.) 3. Para indicar hesitação ou suspense. Exemplo: Meu amigo, eu...sei que você já falou sobre isso, mas...você poderia me emprestar um dinheiro? 4. Para indicar interrupção de pensamento. Exemplo: Minha mãe... deixa eu ver...ela sempre tem razão. 5. Para enfatizar uma palavra ou expressão. Exemplo: Você é sempre honesto...olha...como admiro isso em você! III. EMPREGO DE ASPAS 1. Para assinalar ironia. Exemplo: Ele é muito “inteligente”; trancou o carro com as chaves dentro. 2. Para marcar início e fim de citações. Exemplo: Segundo Shakespeare, “é um amor pobre aquele que se pode medir”. 3. Para destacar estrangeirismos. Exemplo: Haverá um “happy hour” ao entardecer. 4. Para marcar gírias ou termos populares. Exemplo: Todo fim de semana, tem festa aqui no meu “apê”. 5. Para realçar palavras ou expressões. Exemplo: Meu chefe me disse um “não” tão convincente que desisti de pedir um aumento. 6. Para destacar neologismos. Exemplo: Naquele ano, houve muitos “panelaços” contra o governo. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |62| 7. Para destacar nome de obras artísticas ou literárias. Exemplo: “Macunaíma” é um clássico da literatura modernista brasileira. 8. Para destacar nome de mídias. Exemplo: A reportagem foi exibida no programa “Domingo Espetacular”. IV. USO DA VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES Para separar o nome de um autor da obra produzida por ele: Em “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, a seca nordestina é um dos temas principais. Para separar adjunto adverbial deslocado: Naquele ano de 1897, a tropa não teve mais regalias. A tropa, naquele ano de 1897, não teve mais regalias. Para separar vocativo: Garota, precisamos conversar. Precisamos conversar, garota! Para separar aposto explicativo: Dona Leonora, mulher de garra e firmeza, criou sozinha os dez filhos. Fortaleza, terra do sol, recebe muitos turistas. Para separar termos de mesmo valor sintático: Ela é inteligente, meiga, culta e generosa. França, Inglaterra, Espanha e Bélgica aderiram ao acordo. Para separar termos repetidos: Amigos, amigos, amigos! Quão poucos amigos existem! Para separar termos intercalados: Ela prestou, aliás, um grande serviço a seu país. Para separar complemento verbal anteposto ao verbo (com objeto pleonástico): Aquele livro, já o li mais de uma vez. Aos alunos, o coordenador entregou-lhes as provas. Para separar, em correspondências, nome de lugar da data: Fortaleza, 23 de agosto de 2022. Para separar termos a que se quer dar ênfase ligados por E: Faça o que deve ser feito, e logo! NÃO HÁ VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES Entre o sujeito e o predicado: Todos os médicos da Santa Casa da capital e do interior do estado reivindicavam melhores salários durante a paralisação daquele ano. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |63| Entre verbos transitivos e seus complementos: Entregaram o carro à locadora em tempo hábil. Entre nomes e seus complementos nominais: A reforma da casa foi concluída. A sentença foi favorável ao réu. Eles estavam longe de casa. Entre nomes e adjuntos adnominais: Todas as questões sociais do estado lhe diziam respeito. Entre nomes ou termos coordenados por conjunção aditiva ou alternativa: O ministro e o assessor dele não encontraram erro no relatório da promotoria. A vida ou a morte sempre era sua escolha de cada dia. USO DA VÍRGULA NO PERÍODO COMPOSTO Para separar orações coordenadas assindéticas. Exemplos: O professor chegou, cumprimentou os alunos, colocou sua pasta sobre a mesa, pegou os pincéis e começou a escrever. O atleta acordava cedo, tomava uns complexos vitamínicos, preparava sua roupa de treino, fazia suas preces e começava sua rotina diária. Para separar orações coordenadas sindéticas adversativas. Exemplos: Não tenha pressa, mas não se atrase. Não compareceu à festa de formatura, porém justificou sua ausência. Para separar orações coordenadas sindéticas conclusivas. Exemplos: Fiz boa prova, logo espero ser aprovado. Acredito em você, portanto pode contar comigo. Para separar orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplos: Eles ficaram noivos, porque estão muito felizes. Venha aqui, pois preciso confidenciar-lhe algo. Para separar oração subordinada adjetiva explicativa. Exemplo: Meu avô paterno, que é engenheiro, trabalhou na construção de Brasília. A Amazônia, que tem sua maior extensão no território brasileiro, jamais será entregue a especuladores do capitalismo global. Para separar oração subordinada substantiva apositiva. Exemplo: O sonho dos meus pais, que eu seja a provado, será realizado este ano. Para separar oração subordinada adverbial que vem antes da principal. Exemplos: Como não sabia o endereço, não conseguiu chegar ao destino. Embora estivesse cansado, prosseguiu na rotina de estudos. OBSERVAÇÃO Se a oração subordinada adverbial encerra o período, a vírgula é facultativa. Exemplo: Estudava muito, a fim de que fosse aprovado em primeiro lugar. Estudava muito a fim de que fosse aprovado em primeiro lugar. Para separar oração subordinada adverbial interposta. Exemplos: É fato que, à medida que vivemos, amadurecemos. Minha mãe, quando insiste numa coisa, não desiste. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |64| Para separar termo intercalado. Exemplo: Ele almeja, com isso, que os resultados sejam positivos. Eles desejavam, portanto, que tudo lhes corresse bem. Para separar oração intercalada. Exemplo: Seu mandato, diziam os políticos de oposição, deve ser cassado. Minha dedicação ao trabalho, comentavam todos, era ímpar. Para indicar elipse verbal. Exemplo: Adoro o verão; ela, o inverno. Prefiro sair aos finais de semana; ela, ficar em casa. Para separar termos corretivos ou explicativos. Exemplos: Ele não mentiu, ou seja, foi honesto em cada palavra que disse. Ela comeu, ou melhor, devorou o almoço. Nosso prefeito sempre cumpre o que promete, isto é, faz uma política como deve ser. Para separar oração iniciada pelo advérbio NÃO com conjunção adversativa subentendida. Exemplo: É necessário investir na saúde e na educação, não usar o erário irresponsavelmente. Para separar termos ligados por conjunções repetidas. Exemplos: Não trabalhava, nem estudava, nem saía de casa, nem se divertia, nem se preocupava com isso. V. EMPREGO DE PONTO E VÍRGULA 1. Para separar orações coordenadas sindéticas conclusivas com conectivo deslocado. Exemplo: Tenho estudado muito para esse concurso; farei, portanto, excelente prova. 2. Para separar orações coordenadas sindéticas adversativas com conectivo deslocado. Exemplo: Não estudei muito para o exame; obtive, no entanto, nota excelente para aprovação. 3 Para isolar termos enumerados. Exemplo: O Brasil apresenta alguns aspectos em que precisa melhorar: educação, responsabilidade de municípios, estados e da União; saúde, que ainda é precária; desigualdade social, que é um problema crônico. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |65| AULA 17: CONCORDÂNCIA NOMINAL CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal ocupa-se da relação entre nomes. Exemplos: Aquela aluna estudiosa passará no concurso. Aquelas alunas estudiosas passarão no concurso. Aquele aluno estudioso passará no concurso. Aqueles alunos estudiosos passarão no concurso. Casos especiais de concordância nominal 1. Junto / Anexo / Incluso Concordam com o nome a que se referem. Os garotos caminhavam juntos. Juntas, elas seguiam pela calçada. A carta segue anexa. Os recibos seguem anexos. As contas de luz seguem inclusas. Vão todos os documentos inclusos. Obs.: A expressão “em anexo” é invariável. Seguem, em anexo, as cartas. 2. Pseudo / Menos / Alerta São invariáveis. Eram pseudoamigos. Quero menos conversa e mais ação. Os vigias sempre devem estar alerta. 3. Obrigado / Agradecido / Grato Concordam com o nome a que se referem. A garota, satisfeita com o presente, disse: muito obrigada. Quando o rapaz chegou a casa e viu o que ganhara do pai, disse: obrigado. Estou muito agradecido, disse o rapaz. Depois de receber o presente do pai, a garota disse que estava muito agradecida. Somos gratos a você, disseram os alunos. As alunas disseram ao professor que estavam gratas. 4. Mesmo / Próprio Concordam com o nome a que se referem. Ela mesma fez o trabalho. O professor mesmo disse isso. Elas próprias estiveram aqui. Ele próprio resolveu o problema. Obs.: Mesmo = certamente ou inclusive invariável. As professoras viajarão mesmo para o exterior. Mesmo a professora não conseguiu resolver a questão. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |66| 5. Leso /Quite Concordam com o nome a que se referem. Aquele foi um crime leso-patriotismo / lesa-pátria. Estás quite com o serviço militar? Estamos quites com o serviço militar. 6. Bastante Variável = suficientes, muitos ou muitas Invariável = muito Suas notas foram bastantes para sua aprovação. Comprei bastantes livros ontem. Conheço bastantes cidades europeias. Nossos alunos passarão porque estudam bastante. 7. Meio Variável (substantivo, adjetivo, numeral) Invariável (advérbio = um tanto, um pouco) Você acha que os fins justificam os meios? Acredite nisto: não sou uma pessoa de meias palavras. Não acredito que comeu meia melancia. A atleta disse que estava meio cansada naquela manhã. 8. Caro /Barato Variáveis = quando usados como modificadores de substantivos ou com verbo de ligação. Gosto de usar roupas caras / baratas. Sempre usou sapatos caros / baratos. Invariáveis = quando modificam verbo, principalmente o custar. Essas roupas custaram caro / barato. 9. Particípio Só não varia quando acompanhado dos auxiliares Ter ou Haver. Encerradas as aulas, todos saíram. Terminados os exames, os alunos saíram. O professor tinha explicado os conteúdos à turma. 10. Todo Varia sempre, ainda que seja advérbio. O prédio foi todo reformado. A casa foi toda reformada. Todo(a) = qualquer . Todo estado brasileiro elegeu governante. Todo(a) o (a) = inteiro. Todo o país foi às urnas eleger seus representantes políticos. Obs.: No plural só não acompanha os, as, quando seguido de alguns pronomes. Todos os dias, lembro-me de você. Todos aqueles momentos que passamos juntos foram inesquecíveis. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |67| 11. Substantivo usado como adjetivo É invariável. Ela gostava muito de blusas vinho. Só usava sapatos cinza. 12. Adjetivo composto Se os elementos da palavra composta são adjetivos, varia apenas o último. Seus olhos eram verde-claros. Eram lentes côncavo-convexas. Se um dos elementos da palavra composta for substantivo, o composto é invariável. Os olhos dela eram verde-mar. Ambos os elementos de “surdo-mudo” variam. Eram garotos surdos-mudos. Eram garotas surdas-mudas. Observação: Os adjetivos azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são invariáveis. 13. Adjetivo seguido de vários substantivos Geralmente, concorda com o substantivo mais próximo. Esta é uma má hora e lugar para falar disso. Escolhi mau lugar e hora para falar desse assunto. Se for predicativo, concorda com o núcleo mais próximo ou vai para o plural. Sempre julguei esforçada/esforçados a garota e o namorado. Observação: Quando os substantivos são de gêneros diferentes, o plural do adjetivo é usado no masculino. Se os substantivos indicarem parentesco ou forem nomes próprios, o plural do adjetivo é obrigatório. Os inteligentes Maria e José passaram no difícil concurso de que participaram. Os amoráveis avô e avó adoravam passas as férias com seus netos. 14. Adjetivo precedido de vários substantivos Concorda com o substantivo mais próximo ou vai para o plural. Comprei uva e maçã nacional/nacionais. Vai para o plural se os substantivos são antônimos. Ontem, na serra gaúcha, houve dia e noite muito frios. Observação: Se os substantivos são considerados sinônimos, o adjetivo concorda com o núcleo mais próximo. Se o adjetivo for predicativo, o plural é obrigatório. O aluno e a aluna eram esforçados. O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo quando só a ele pode se referir. Comprei no supermercado carne fresca e bananas bastante maduras. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |68| 15. Só É variável quando é adjetivo; equivale a sozinho. Os garotos ficaram sós (sozinhos) em casa. É invariável quando é advérbio; equivale a somente. Os pais viajaram, e só (somente) os filhos ficaram em casa. Observação: A expressão “a sós” é invariável. 16. TAL QUAL Tal concorda com o termo anterior e Qual com o substantivo posterior. Ele era tal qual o pai. Eles eram tais quais os pais. Eles eram tais qual o pai. Ele era tal quais os pais. 17. É necessário - É proibido - É permitido - É bom O Adjetivo (predicativo) varia somente quando se refere um substantivo feminino determinado. É permitido entrada de visitantes. É permitida a entrada de visitantes. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |69| AULA 18: CONCORDÂNCIA VERBAL Regra Geral O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Exemplos: O professor resolveu o problema Tu decidiste partir. Nós saímos cedo. Eles foram a Paris. Regras Especiais 1. Sujeito representado por pronomes interrogativos ou indefinidos seguidos de pronomes pessoais: a) Se os pronomes indefinidos ou interrogativos estiverem no singular, o verbo não se flexiona. Qual de nós passará nesse concurso? Algum de nós passará em tal concurso? b) Se os pronomes indefinidos ou interrogativos estiverem no plural, o verbo concordará com eles ou com o pronome pessoal. Exemplos: Alguns de nós farão/faremos a prova. Quais de nós terão/teremos êxito no exame? 2. Sujeito representado pelos pronomes relativos QUE e QUEM a) Com o relativo QUE, o verbo concorda com o termo antecedente. Ex – Fui eu que refiz o percurso. Fomos nós que saímos cedo. b) Com o pronome relativo QUEM, o verbo fica na terceira pessoa do singular (concorda com ele) ou concorda com o termo antecedente. Fui eu quem fiz/fez o exame. Foste tu quem me procurou/ procuraste no clube? 3. Sujeito representado por pronome de tratamento: o verbo concordará com o número do pronome. Vossa senhoria está bem? Vossas senhorias precisam de algo? 4. Sujeito representado por expressões partitivas. a) O verbo concorda com tal expressão. Boa parte do grupo compareceu à reunião. Grande parte do grupo estava na reunião. b) O verbo poderá ir para o plural ou ficar no singular, se a expressão vier seguida de nome no plural. Boa parte dos alunos saiu/saíram cedo. 5. Verbos FAZER e HAVER como impessoais: a) O verbo FAZER, quando indica tempo cronológico ou meteorológico, fica na terceira pessoa do singular. Faz cinco anos que não te vejo. Faz rigorosos invernos no Sul. Observação – Em locuções verbais, o verbo auxiliar não terá plural. Vai fazer dez anos que não a vejo. Pode fazer invernos rigorosos próximo ano no Brasil. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |70| b) Verbo HAVER com sentido de existir, ocorrer e acontecer ou indicando tempo passado fica na terceira pessoa do singular. Havia pobres e ricos na cerimônia. Haverá sempre problemas sem solução. Observação – Em locuções verbais, o verbo auxiliar não terá plural. Exemplos: Deve haver pessoas honestas trabalhando no caso. Poderá haver muitas vantagens na aquisição desse imóvel. 6. Verbos ACONTECER, EXISTIR e OCORRER: a) Tais verbos são intransitivos e concordam com os seus sujeitos, os quais geralmente vêm pospostos a eles. Aconteceram cenas inusitadas durante o evento. Ocorreram fatos desagradáveis. b) Se vierem em locução verbal, a locução será flexionada, se o sujeito for plural: Devem existir sérios motivos para sua ausência. Podem ocorrer acidentes durante o ensaio. 7. “MAIS DE” – O VERBO CONCORDA COM O SUBSTANTIVO Mais de um aluno chegou. Mais de dez alunos foram bem classificados. 8. “UM DOS QUE” – VERBO NO SINGULAR OU NO PLURAL Ele foi um dos que passou no exame. Ela foi uma das que passaram no exame. 9. Sujeito composto seguido de aposto resumidor: O verbo concordará com a palavra resumidora. Dinheiro, fama, prazeres, mulheres, nada o alegrava. Vizinhos, colegas, parentes, todos o ajudaram. 10. Sujeito representado por coletivo: a) O verbo vai para a terceira pessoa do singular ou do plural conforme o número do coletivo. O pelotão marchava cadenciadamente. Os pelotões marchavam cadenciadamente. b) Caso o coletivo venha seguido de nome no plural, o verbo concordará com este ou com aquele: Uma multidão de desabrigados cobrava/cobravam soluções ao governo. 11. Nomes só usados no plural: a) Se o nome não vier precedido de artigo, o verbo ficará para o plural: Estados Unidos domina o mercado financeiro internacional. b) Se o nome vier procedido de artigo, o verbo irá para o plural: Os Estados Unidos dominam o mercado financeiro internacional. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |71| 12. Verbo “SER” a) Se o sujeito representa quantidade, o predicativo e o verbo ficam no singular, ou ambos se flexionam: Dez mil reais é suficiente. Dez mil reais são suficientes. b) O verbo concorda com expressões que indicam hora, data e distância: Já são 9h30min. Hoje são 14 de janeiro. Da minha casa ao colégio são 2km. c) Quando o sujeito e o predicativo não representam pessoa, o verbo concorda com um ou com o outro indiferentemente: Aquilo é ou eram mentiras dela. A vida será ou serão estas ilusões? d) Se o sujeito ou o predicativo representar pessoa, o verbo concordará com o termo em que há pessoa: Os homens são pó. Aquela criança adotada era os sonhos dos pais. e) Se o sujeito ou o predicativo é representado por pronome pessoal do caso reto, a concordância será com tal pronome: O engenheiro és tu. A pátria somos nós. f) Se houver pronome pessoal do caso reto no sujeito e no predicativo, a concordância será com o pronome que vem antes do verbo: Tu não és ele. Ele não é eu. 13. Sujeito composto anteposto ao verbo A) O verbo irá para o plural: Pedro e João fizeram os exercícios. B) O verbo admite o singular se os núcleos forem sinônimos, vierem em gradação ou se forem verbos no infinitivo: A paz e a harmonia constituía(m) seu viver. Uma alegria, uma satisfação enorme, uma felicidade intensa o dominava(m). Caminhar e nadar faz(em) bem à saúde. C) Se os verbos no infinitivo forem antônimos, o plural é obrigatório: Na vida, rir e chorar se alternam. 14. Sujeito composto posposto ao verbo O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo: Voa(m), sem que percebamos, a vida e os anos. Voam, sem que percebamos, os anos e a vida. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |72| 15. Verbo PARECER + INFINITIVO A) Concorda com o sujeito se a expressão constituir locução: As estrelas parecem brilhar. B) Haverá duas orações, se não constituir locução verbal. Nesse caso, o verbo “parecer” fica no singular, e o infinitivo pode ir para o plural, dependendo do seu sujeito: Parece brilharem as estrelas (ou: Parece que as estrelas brilham) 16. Verbos DAR, BATER e SOAR, indicando horas. Concordam com o sujeito expresso na frase: Deram/Bateram/Soaram 10h os sinos da catedral. Deu/Bateu/Soou uma hora nos sinos da catedral. 17. Verbo com índice de indeterminação do sujeito e com partícula apassivadora: a) Com SE índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica sempre em terceira pessoa do singular: Precisa-se de funcionários. Não se obedecia às leis naquela região. b) Com SE partícula apassivadora, o verbo concorda com o sujeito: Aluga-se carro. Alugam-se carros. 18. Termos ligados pela preposição COM O pai como filho pintaram a casa. O pai, com o filho, pintou a casa. O pai pintou a casa com o filho. 19. Sujeito representado por pronomes pessoais: a) Se, entre os elementos, houver o pronome EU, o verbo irá para a primeira pessoa do plural. Ele, tu e eu sairemos hoje. Pedro, Lucas e eu iremos ao cinema. b) Se a segunda e a terceira pessoa formarem o sujeito, o verbo irá para o plural em segunda ou terceira pessoa: Tu e ele saireis/sairão hoje? Tu e ele ireis/irão ao cinema? c) O verbo concordará com o elemento mais próximo ou com quem tem primazia, se o sujeito for posposto: Saireis/saíram/sairás tu e ele hoje? Sairemos/Sairei eu, tu e ela hoje? 20. Núcleos do sujeito ligados pela conjunção “OU”: a) O verbo concorda com o elemento mais próximo quando não indica inclusão: Maria ou Paula será escolhida secretária. Os trabalhadores ou o trabalhador reivindicava aumento de salário. O trabalhador ou trabalhadores reivindicavam aumento de salário. Os professores ou a direção tomará providências. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |73| b) O verbo irá para o plural se tais elementos indicarem inclusão: A fome ou a sede me incomodam bastante. O seu choro ou o meu lamento entristecem muito a ela. 21. Flexão do infinitivo: Ocorre quando tem sujeito diferente do sujeito do outro verbo: Ela viu correrem os ladrões. Mandei entrarem os convidados. Deixaram saírem os alunos Obs.: Lembre-se de que os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR e SENTIR não formam locução verbal. 22. Sujeito representado pelas expressões: um e outro, nem... nem a) O verbo fica no singular ou no plural com as expressões UM e OUTRO, se houver a ideia de reciprocidade, o plural é obrigatório: Um e outro fará/farão os exames. Um e outro se beijaram durante o encontro. b) A expressão NEM... NEM leva o verbo para o singular ou plural: Nem meu pedido nem sua súplica mudaram/mudou sua conduta. 23. Sujeito representado pelas expressões: UM OU OUTRO, NEM UM NEM OUTRO. a) Com a expressão UM OU OUTRO o verbo fica no singular: Dizem que um ou outro passará nas provas. Um ou outro chegou cedo. b) O verbo também concorda com a expressão NEM UM NEM OUTRO apenas no singular: Nem um nem outro pagou o que devia. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |74| AULA 19: REGÊNCIA REGÊNCIA A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Verbos Intransitivos Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. a) Chegar, Ir Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. Fui ao teatro. Ricardo foi para a Espanha. Obs: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o retorno. b) Comparecer O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. c) Morar/Residir/Situar-se São verbos intransitivos, os quais são seguidos da preposição EM. Moro na rua Fernando Cabral, 136. Resido na avenida Antônio Sales. O colégio situa-se na avenida Osório de Paiva. Verbos Transitivos Diretos Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais lancha. Ela era branca, movida à pilha. Havia um pequeno motor atrás e duas hélices. Media aproximadamente vinte centímetros e pesava quase meio quilo. Na parte dianteira, encontravam-se dois faróis e um mastro, no qual havia a bandeira brasileira. Tinha um piloto que usava roupas pretas e um colete vermelho. Ele ficava na parte lateral do brinquedo, sempre com as mãos no volante. Muitas vezes, o texto descritivo serve como enriquecimento do texto narrativo. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente, uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou no recanto das hortas. (Aluízio Azevedo. O cortiço.) Textos descritivos também são encontrados em verbetes e em textos poéticos. Texto 1 “... o estresse representa um sinal de que estamos saudáveis. (...) é uma carga de ansiedade que todos recebemos para evoluir na vida.” (WESTPHAL, Cristina. Superinteressante.) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |9| Texto 2 Eu, filho do carbono e do amoníaco / Monstro de escuridão e rutilância / Sofro, desde a epigênesis da infância / A influência má dos signos do zodíaco. (Augusto dos Anjos. Psicologia de um vencido.) III. DISSERTAÇÃO A dissertação é uma exposição, uma discussão ou uma interpretação de uma determinada ideia. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão. Dissertação expositiva – é a simples apresentação por alguém de um saber próprio ou de uma opinião, sem a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensagem. As bactérias são seres unicelulares e estão entre os menores organismos conhecidos. Podem viver isolados ou formar colônias e são encontradas em praticamente todos os lugares do planeta, incluindo o corpo de humanos e animais. Estes pequenos seres podem viver na presença de oxigênio (aeróbias), na ausência de ar (anaeróbias) ou, ainda, serem facultativas e viverem em ambientes com ou sem ar. (Fonte: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/tudo-sobre-bacterias/) Dissertação argumentativa – é a apresentação por alguém de um saber próprio ou de uma opinião, com a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensagem. Há diferença entre preconceito e discriminação? Indubitavelmente, sim. O preconceito é uma opinião feita de forma superficial em relação a determinada pessoa ou grupo, que não é baseada em uma experiência real ou na razão. A discriminação, por sua vez, refere-se ao tratamento injusto ou negativo de uma pessoa ou grupo, por ela pertencer a certo grupo (como etnia, idade ou gênero). É o preconceito em forma de ação. (Juliana Bezerra. Adaptado.) CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA TIPOLOGIA DISSERTATIVA 1. Trabalha com ideias, por isso é temático, e não figurativo; 2. A função da linguagem predominante é a referencial (informação); 3. Texto construído para tecer comentários gerais sobre um dado assunto. 4. Apresenta uma construção ideológica gradativa. São gêneros da dissertação: Textos Expositivos: nota de enciclopédia, verbete, prefácio, texto científico, etc. Textos Argumentativos: artigo de opinião, editorial, resenha, parecer crítico, crônica argumentativa, carta argumentativa... IV. INJUNÇÃO Textos Instrucionais: manual de instruções; códigos de conduta; receitas de bolo... Textos Prescritivos: bula de um remédio; receita médica; exigências de um edital... V. CONVERSACIONAIS ou DIALOGAIS carta, tirinha, charge, entrevista, roteiro de cinema, peça de teatro... VI. POÉTICO soneto, ode, haicai, redondilha... VII. DIGITAIS blog, chat, e-mail, fórum... VIII. JORNALÍSTICOS crônica, artigo de opinião, editorial, notícia, reportagem, entrevista e carta de leitor. IX. PUBLICITÁRIOS anúncio, campanha, classificados, panfleto, cartaz... www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |10| www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |11| AULA 2: SEMÂNTICA Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação de uma palavra, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo, analisam-se, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. Domingo, vou à praia. (Presente com ideia de futuro) Não furtarás. (Futuro com ideia de presente e de Imperativo) DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO A) Denotação É uso da palavra com seu sentido original, usual. Quebrei o braço direito durante o futebol. O prato cheio do garoto o engordava. B) Conotação É o uso da palavra diferente do seu sentido original. Aquele funcionário era o braço direito do patrão. O que você disse foi um prato cheio para uma discussão. Leia: “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada. Rugas, dentes, calva... (Carlos Drummond de Andrade) “Eu vivo sempre no mundo da lua, porque sou um cientista, o meu papo é futurista, é lunático.” (Guilherme Arantes, em Lindo Balão Azul) SINÔNIMOS (SINONÍMIA) São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. Significação Contextual 1. Passei na padaria e comprei um sonho. 2. O meu sonho é ser aprovado nesse concurso público. 3. Hoje tive um sonho muito estranho. ANTÔNIMOS (ANTONÍMIA) São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. bom x mau bem x mal condenar x absolver simplificar x complicar nascer x morrer sair x chegar www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |12| HOMÔNIMOS (HOMONÍMIA) São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos a seguir: Acender: colocar fogo Ascender: subir Cela: pequeno quarto Sela: arreio; forma do verbo selar. Incipiente: iniciante Insipiente: ignorante HÁ TRÊS TIPOS DE HOMÔNIMOS a) Homógrafas heterofônicas Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia. colher (forma verbal) e colher (substantivo); jogo (forma verbal) e jogo (substantivo); gosto (subst.) e gosto (verbo). b) Homófonas heterográficas Iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita. ascender (subir) e acender (pôr fogo); cela (prisão) e sela (arreio/forma verbal). c) Homófonas homográficas Iguais na pronúncia e na escrita. cedo (forma verbal) e cedo (advérbio); manga (fruta) e manga (parte de um vestuário). PARÔNIMAS (PARONÍMIA) É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns parônimos a seguir: Absolver: perdoar, terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Exemplos: Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Namorar VTD Ex.: Pedro namora Maria há bastante tempo. Maria namora João há um ano. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |75| Obs¹: Para melhor identificação do sujeito, o objeto direto pode vir preposicionado. Ex.: Aquela garota namora a um rapaz que não conhecemos. Obs²: Pode vir acompanhado da preposição COM; nesse caso, a expressão iniciada pela preposição representa um adjunto adverbial de companhia. Ex.: O rapaz namorava seu amor com os amigos. Verbos Transitivos Indiretos Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São verbos transitivos indiretos, dentre outros: a) Consistir Tem complemento introduzido pela preposição "em". A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. b) Obedecer e Desobedecer: Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Eles desobedeceram às leis do trânsito. c) Responder Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde. Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. Respondeu-lhe à altura. Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. d) Simpatizar e Antipatizar Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". Por Exemplo: Antipatizo com aquela apresentadora. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada. Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos: Abdicar - Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo. Acreditar - Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força. Almejar - Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações. Ansiar- Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |76| Antecede - Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos estranhos. Atender - Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. Atentar - Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar. Cogitar - Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia. Consentir - Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas. Deparar - Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha. Gozar - Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde. Necessitar - Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentação. Preceder - Intensas manifestações precederam a mudança de regime. / Intensas manifestações precederam à mudança de regime. Presidir - Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro. Renunciar - Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta. Satisfazer - Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe. Versar - Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar - São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Agradeço aos ouvintes a audiência. Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. Paguei o débito ao cobrador. O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. Saiba que: Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. A empresa não paga aos funcionários desde setembro. Já perdoei aos que me acusaram. Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. Informar - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. Informe os novos preços aos clientes. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) Obs.: a mesma regência do verbo “informar” é usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. Comparar - Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento indireto. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |77| Pedir - Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. Pedi-lhe favores. Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Saiba que: 1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida. Exemplo: Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). 2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta. Preferir - Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a". Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Prefiro trem a ônibus. Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. MUDANÇA DE TRANSITIVIDADE VERSUS MUDANÇA DE SIGNIFICADO Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: 1. Agradar mimar, acariciar : VTD contentar, ser agradável : VTI Ex.: A menina agradava seu gatinho. O palhaço não agradou ao público. 2. Aspirar inalar, sorver: VTD anelar, almejar: VTI Ex.: Aspirei o gás tóxico e passei muito mal. Aspiramos a uma vaga nesse concurso. 3. Assistir: ajudar: VTD presenciar, ver: VTI caber: VTI residir: VI www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |78| Ex.: É dever do profissional de saúde assistir os pacientes. Assistimos a todo o espetáculo. Votar é um direito que lhe assiste. O governador assiste em Fortaleza. 4. Chamar invocar, convocar: VTD tachar, apelidar: VTD ou VTI + predicativo do objeto com ou sem preposição Ex.: O supervisou chamou os alunos. O professor chamou o aluno inteligente. O professor chamou o aluno de inteligente. O professor chamou ao aluno inteligente. O professor chamou ao aluno de inteligente. 5. Custar acarretar: VTDI Ex.: O estudo custa muito gasto aos pais. ser difícil , custoso: VTI Ex.: Custam-me muito conseguir tal aprovação. Obs.: Não aceita pessoa ou coisa como sujeito; tem como sujeito uma oração. Ex.: Custou-me aprender inglês. 6. Implicar ter implicância: VTI Ex.: Aquela aluna implicava com os colegas. acarretar: VTD Ex.: Passar no concurso implica muita dedicação. envolver-se: VTI Ex.: O político implicou-se em problemas. envolver: VTDI Ex.: Implicaram o rapaz em problemas. 7. Proceder agir: VI origem, procedência: VI dar andamento, dar início: VTI Ex.: Aquele político precedeu mal. Donde você procede? Procederam ao sorteio do bingo. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |79| 8. Querer estimar, querer bem: VTI desejar, almejar: VTD Ex.: Quero muito a meus colegas. Quero muito essa vaga na universidade federal. 9. Servir atender: VTD ser útil: VTI Ex.: O garçom ainda não serviu a sobremesa. Esse computador servirá muito ao meu escritório. 10. Visar mirar: VTD pôr o visto: VTD almejar, desejar: VTI Ex.: O atirador visou o centro do alvo. O professor visou a prova dos alunos. Visamos a um mundo melhor. II. REGÊNCIA NOMINAL Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Substantivos Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de Aversão a, para, por Doutor em Obediência a Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por Bacharel em Horror a Proeminência sobre Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |80| Adjetivos Acessível a Entendido em Necessário a Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a Agradável a Escasso de Paralelo a Alheio a, de Essencial a, para Passível de Análogo a Fácil de Preferível a Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a Apto a, para Favorável a Prestes a Ávido de Generoso com Propício a Benéfico a Grato a, por Próximo a Capaz de, para Hábil em Relacionado com Compatível com Habituado a Relativo a Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por Contíguo a Impróprio para Semelhante a Contrário a Indeciso em Sensível a Descontente com Insensível a Sito em Desejoso de Liberal com Suspeito de Diferente de Natural de Vazio de Advérbios Longe de Perto de Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |81| AULA 20: CRASE Crase é a fusão da preposição a com o artigo a(s), com a o a(s) pronome demonstrativo (= aquela(s) ) e com o a dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo. Para indicar essa fusão, contração usa-se o acento grave ( ` ) - indicador de crase. Geralmente, a preposição a é regida por alguns substantivos abstratos, adjetivos e advérbios e por certos verbos transitivos e intransitivos. Veja estes exemplos: I. Aquele artista tem grande amor às (a + as) artes. II. Sou indiferente à (a + a) ideia apresentada pelo grupo. III. O diretor agiu favoravelmente às (a + as) propostas dos alunos. IV. Ontem não pude assistir à (a + a) aula. V. A coordenação entregou flores às (a + as) alunas. VI. Cheguei cedo à (a + a) sala de reuniões. Para não ter dúvidas quanto à ocorrência da crase com os pronomes demonstrativos apresentados no parágrafo inicial, pode-se usar o seguinte critério: àquele(s) = a esse(s) àquela(s) = a essa(s) àquilo(s) = a isso à(s) = àquela(s) = a essa(s) Observe os exemplos: I. Jamais fiz referência àquele (= a esse) aluno. II. Estou atento àquela (= a essa) figura ébria que se aproxima do ponto de táxi. III. Aspiro àquilo (= a isso) que você me sugeriu ontem. IV. Não me refiro à (= àquela) senhora que está sentada, mas à (=àquela) que está em pé. Na ausência da preposição, não haverá crase: I. Visitei aquele (= esse) país maravilhoso ano passado. II. Conheço aquela (= essa) senhora há bastante tempo. III. Li aquilo (= isso) que você pediu. IV. Reconheço a (= aquela) que sentou, não a (= aquela) que levantou. CRASE NAS LOCUÇÕES FEMININAS 1. Prepositivas Ex.: à espera de; à frente de; à custa de; à moda de; à mercê de; à procura de; à exceção de. Observação: Não há crase com as expressões a respeito de, a favor de, a serviço de porque são masculinas. 2. Adverbiais Ex.: às pressas; à vontade; à mingua; à direita; à esquerda; à tarde; à noite; à toa; às escondidas; às ocultas; às claras. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |82| Observações: a) Não ocorre crase com as expressões adverbiais de meio ou de instrumento. Ex.: matar a bala; escrever a mão; bater a máquina, etc. b) Só se usa o acento indicador de crase com tais expressões para manter a clareza textual. Ex.: O vendedor, irritado, bateu a porta. O insistente vendedor batia à porta. Perceba que, no primeiro trecho, há agressividade por parte do vendedor; no segundo, ele apenas chama alguém e espera ser atendido. c) Nas locuções adverbiais de modo, não ocorre crase se o a está no singular seguido de nome no plural. Ex.: Construí esse patrimônio a duras penas. O político foi recebido a pedradas. d) Ocorre crase com as locuções adverbiais de tempo iniciadas pela preposição a quando, no lugar dela, se puder usar a preposição em. Ex.: Àquele (naquele) momento, tudo se fez silêncio. À (na) chegada do ministro à cidade, ouviram-se vaias. 3. Conjuntivas Ex.: à medida que; à proporção que. DÚVIDAS MAIS COMUNS 1. Crase nas expressões indicadoras de horas: Com tais expressões, ocorre crase se forem adverbiais femininas. Ex.: Cheguei aqui às 13h. Se dissermos, porém, “Estou aqui desde as 13h.”, a expressão destacada na frase é apenas artigo seguido de numeral e substantivo; não constitui, portanto, locução adverbial feminina. 2. Acento grave na expressão às vezes Ocorrerá crase se a expressão for uma locução adverbial feminina de tempo. Nesse caso, ela pode ser substituída por um dia qualquer da semana. Havendo preposição + artigo no termo usado na substituição, o mesmo fato se dará a locução às vezes. Caso contrário, o termo representará apenas um artigo acompanhando um substantivo no plural. Ex.: Às vezes, vou ao cinema, porém, nem todas as vezes gosto do filme que vejo. 3. Acento grave antes de nomes de cidades, estados, países e continentes (topônimos) Usa-se o acento grave no a / as quando podem ser substituídos sem problemas porpara a ou para as. Percebe-se que haverá o encontro do a preposição com o a artigo que antecede o nome de lugar, o qual será uma palavra feminina. Ex.: Fui à (para a) Europa com um grupo de amigos. Irei à (para a) Bahia após o vestibular. Observação: Se o nome de lugar vier seguido de um determinante feminino, haverá crase. Ex.: Vou à (para a) Roma de Júlio César nas férias. Iremos à (para a) histórica Olinda no réveillon. CASOS EM QUE NÃO OCORRE CRASE Não se deve usar o acento indicador de crase nos seguintes casos: 1. No sujeito: Ex.: A professora acabara de chegar. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |83| 2. No objeto direto: Ex.: Já devolvi as provas aos alunos. 3. Antes de palavra masculina: Ex.: Sua roupa está cheirando a suor. 4. Antes de verbo: Ex.: A partir daquele dia, não nos vimos mais. 5. Antes de artigo indefinido: Ex.: Domingo, irei a uma praia do litoral leste. 6. Após preposição: Ex.: Os soldados ingleses estavam perante a rainha. 7. Entre palavras repetidas: Ex.: Ficaram cara a cara. 8. Com A no singular seguido de nome no plural Ex.: Não costumo ir a reuniões nem a festas da empresa. 9. Antes de pronomes que não são precedidos de artigo: Ex.: Entreguei o livro a ela. Comunico a vossa senhoria que os relatórios já estão prontos. A praia a que me refiro é encantadora. Darei a essa jovem o que ela me está pedindo. Entregue um panfleto destes a toda pessoa que passar por aqui. Você entregou o dinheiro a quem? Observação: Pode ocorrer crase com os pronomes de tratamento senhora e senhorita, que vêm precedidos de artigo. Ex.: Contarei à senhora tudo o que vi naquela noite. Estou levando à senhorita os produtos que encomendou. 10. Antes de numerais cardinais: Ex.: O número de feridos pode chegar a cinco mil. Observação: Pode haver crase com o a que antecede numeral ordinal feminino. Ex.: Sempre me refiro à primeira vez que nos vimos. CASOS FACULTATIVOS DE CRASE 1. Após a preposição ATÉ, antes de nomes femininos. Ex.: Vou caminhar daqui até a praia ou até à praia. Fui até a ou até à padaria, mas já estava fechada. 2. Antes de pronome possessivo feminino. Ex.: Disse a verdade a/à sua tia e a/à sua mãe. Ofereceram um salário muito baixo a/à nossa irmã. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |84| Observação: Ocorre crase obrigatoriamente antes de pronome possessivo feminino, quando, após ele, há um substantivo feminino subentendido. Ex.: Não estou fazendo referência a/à minha escola, mas à sua. 3. Com nomes de mulheres. Ex.: Dediquei a/à Joana a atenção de que precisava. Observação: O artigo antes de nomes de pessoas denota familiaridade. Quando se trata de nome pessoas célebres, o artigo não aparece, consequentemente não haverá crase. Ex.: Sempre faço alusão a Cleópatra. CASOS ESPECIAIS 1. Com a palavra casa, no sentido de lar Só ocorre crase quando o vocábulo casa vêm seguido de um determinante, que pode ser masculino ou feminino. Ex.: Fui a casa pegar uns livros. De volta a casa, pretendo reorganizar minha vida. Irei à casa de meus avós nas férias. Vou à casa do prefeito amanhã. 2. Com a palavra terra, quando se opõe a bordo Não ocorre crase se ela vier sozinha, sem um determinante. Ex.: Os marinheiros desceram a terra. A tripulação do navio chegou a terra. Observação: Se o vocábulo terra, porém, vier com um modificador, não se opondo à ideia de estar numa embarcação, haverá crase. Ex.: Pretendo ir à terra de meus tios no feriado. 3. Com a palavra distância Não ocorre crase se o vocábulo vier sem um determinante, um termo que o delimite. Ex: Antigamente, víamos violência a distância, o que não ocorre hoje. Os curiosos ficaram a distância. Observação: Se o vocábulo vier especificado, definido, haverá crase. Ex.: A explosão aconteceu à distância de cem metros de onde estávamos. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |85| AULA 21: FUNÇÕES DO QUE A palavra QUE apresenta diversas classificações. Nesta aula, estudaremos suas funções morfológicas. 1. PRONOME RELATIVO Inicia oração adjetiva. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais. Quando o QUE é pronome relativo, ele substitui um substantivo ou um pronome substantivo: O aluno que estuda passa. Li o livro que você recomendou. 2. PARTÍCULA EXPLETIVA ou DE REALCE Pode ser retirada da frase sem causar prejuízo a ela: Quase que caí da escada. Ela que sofre por nossa causa. OBSERVAÇÃO Quando o vocábulo QUE, expletivo, aparece em oração com o verbo SER, esse verbo não conta como oração. Nós é que somos o futuro do país. São os amigos do seu filho que fazem isso. 3. PREPOSIÇÃO Pode ser substituído pela preposição A/PARA ou DE: Você tem muito que me explicar. Tenho que fazer algo por eles. Antes que tudo, gostaria de contar-lhe o que houve ontem aqui. 4. PRONOME ADJETIVO Acompanha substantivo: Que solução inteligente! Que pessoas maravilhosas! Que lugar encantador! 5. CONJUNÇÃO COORDENATIVA Liga orações independentes, coordenadas: Ela, impaciente, mexia que mexia no berço. Acuse-os, que não a mim. Que chova, que faça sol, iremos à praia amanhã! Volte logo, que preciso falar com você! 6. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA Liga orações sintaticamente dependentes: Irei caminhar mais tarde que parou de chover. Eu estudo mais que você. Gostei do dinheiro da premiação, pouco que fosse. Ah! Que eu fosse aprovado nesse concurso! Eu estudei tanto que passei no concurso de primeira. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |86| Minha mãe fez um sinal que ficássemos quietos. Hoje que eu iria caminhar ao ar livre, está chovendo! Ela disse que se atrasaria. 7. INTERJEIÇÃO Expressa sentimento, emoção, admiração. Nesse caso, vem sempre com acento: Quê! Não posso acreditar nisso! Quê! Ela faria isso? 8. ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Equivale a quão. Modifica adjetivo ou advérbio: Que bom saber disso! Que longe dele nos encontrávamos! 9. SUBSTANTIVO Costuma vir precedido de artigo, numeral ou pronome. Nesse caso, é sempre acentuado: A casa sempre teve um quê de mistério que me intrigava. Havia apenas dois quês na redação do aluno. Não escreva tantos quês assim no seu texto. 10. PRONOME SUBSTANTIVO Substitui um substantivo: Que pensas a respeito disso? Que compraste no shopping? ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |87| AULA 22: FUNÇÕES DO SE A palavra “se” apresenta diversas funções, a saber: 1. PARTÍCULA APASSIVADORA Acompanha verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto, formando a voz passiva sintética. Não tem função sintática. Exemplos: Compram-se e vendem-se casas. Entregou-se o carro ao dono. OBSERVAÇÃO A partícula apassivadora também acontece na oração principal, em período composto por subordinação. Exemplos: Confirmou-se que ele estava certo. Sabe-se que você é comprometido com a empresa. 2. ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO Ocorre quando se liga a verbo intransitivo, verbo transitivo indireto, verbo de ligação e verbo transitivo direto seguido de termo preposicionado na terceira pessoa do singular. Não tem função sintática. Exemplos: Vive-se bem no litoral. Acredita-se em discos voadores. Era-se feliz naquele tempo. Ama-se a Deus. 3. PARTÍCULA INTEGRANTE DO VERBO Acompanha geralmente verbo pronominal. Não tem função sintática. Exemplos: Ele absteve-se de votar. As nuvens se moviam rapidamente. 4. PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE Pode ser retirada da frase sem causar prejuízo a ela. Não tem função sintática. Exemplos: Vai-se depressa minha paciência. Saiu-se rindo da situação. 5. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA Inicia oração sintaticamente dependente. Não tem função sintática. Exemplos: Não sabemos se o resultado do exame sai hoje. (conjunção integrante) Se você estudar, passará. (conjunção condicional) Se você quer tanto seu emprego de volta, por que não luta por ele? (se = já que conjunção causal) 6. PRONOME REFLEXIVO Quando o “se” é pronome reflexivo, o sujeito é agente e paciente da ação verbal simultaneamente. Assim, tem-se a voz reflexiva. O “se”, nesse caso, equivale a si mesmo (e variantes). Exemplos: Ela deixou-se iludir pelas promessas do noivo. Ele secou-se rapidamente a fim de não pegar um resfriado. Ela deu-se o luxo de passear em New York. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |88| 7. PRONOME RECÍPROCO Ocorre quando o pronome “se” equivale a um ao outro (e variantes). Exemplos: Os parlamentares se ofenderam durante a reunião. Os adolescentes olhavam-se afetuosamente. 8. SUBSTANTIVO Vem precedido de um determinante, que pode ser um pronome, um artigo ou um numeral. Embora sua função sintática não costume ser cobrada em provas, pode exercer funções sintáticas próprias do substantivo. Exemplos: Nenhum se estava corretamente analisado. Nesta aula, estudamos o se. O verbo precisa de um se apenas para estar correto. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |89| PARTE II: EXERCÍCIOS 1. O vocábulo monólito, proparoxítono, costuma ser erroneamente pronunciado e escrito como paroxítono. Esse fenômeno ocorre também com outros vocábulos. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresente um dos elementos como inaceitável e não dicionarizado. A) íbero / ibero B) hieróglifo / hieroglifo C) autópsia / autopsia D) lêvedo / levedo E) necrópsia / necropsia 2. No trecho “Ao fazê-lo, estará exercendo sua cidadania.”, ocorre o signo linguístico “fazê-lo”, cujo acento gráfico ocorre pelo mesmo motivo que em A) “também” B) “séculos” C) “tecnológicos” D) ‘relevância” E) “fenômeno” 3. Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra igual à de reúnem (linha 4). A) núbio B) construídos C) águas D) próprio E) benefícios 4. O termo “cadáver”, segundo a Nova Ortografia da Língua Portuguesa, é acentuado graficamente pelo mesmo motivo linguístico que A) jóia. B) vôo. C) destróier. D) catéter. E) pára. 5. Na frase “Passo a observá-los”, o verbo observar recebeu acento porque: A) É uma paroxítona terminada em LOS. B) É uma oxítona terminada em LOS. C) É uma oxítona terminada em A. D) É uma paroxítona terminada em A. 6. Assinale, a seguir, o par de palavras transcritas do texto que são acentuadas pela mesma razão. A) também / você. B) possível / próximo. C) confiável / alguém. D) cérebro / fenômeno. 7. “Um mesmo fonema pode ser grafado de modos diferentes.” Assinale a opção que é exemplo dessa afirmação. A) geral –gosto B) aproximar –cheio C) imunização –exato D) desonesto –sistema www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |90| 8. Assinale a palavra transcrita do texto que NÃO é acentuada pelo mesmo motivo que as demais. A) Média. B) Pública. C) Estatísticas. D) Acadêmica. 9. Assinale a afirmativa grafada INCORRETAMENTE. A) Há perigos na autoanálise muito aprofundada. B) Porque não consigo me lembrar da eventual ideia? C) Intuitivamente, as melhores ideias foram esquecidas. D) A história da civilização é marcada pela invenção da roda. 10. As seguintes palavras são acentuadas pela mesma razão, EXCETO: A) É. B) Tá. C) Está. D) Três. 11. Assinale a alternativa na qual todas as palavras estão acentuadas corretamente. A) além – países – até – idéia B) vários – nós – indispensável – vôo C) instantânea – últimos – heróis – só D) sensível – filosófico – seqüência – também 12. São expressões transcritas do texto acentuadas pelo mesmo motivo, EXCETO: A) Silêncio. B) Ocorrerá. C) Inocência. D) Ignorância. 13. O termo “família”, transcrito do texto, é acentuado pelo mesmo motivo que a seguinte palavra: A) Você. B) Trânsito. C) Provável. D) Existência. 14. Acentuar as palavras corretamente é imprescindível para que a norma culta seja mantida na redação de um texto. A alternativa que apresenta um vocábulo que é acentuado por razão DISTINTA das demais é A) notícia. B) sanitário. C) construídos. D) transferência. 15. Assinale a alternativa em que o encontro vocálico está analisado corretamente A) Poeta – hiato. B) Cheio – tritongo. C) Bebedouro – ditongo oral crescente. D) Espécie – ditongo nasal decrescente. 16. Assinale a alternativa em que todas as palavras foram acentuadas obedecendo à mesma regra. A) até – avós – está. B) já – também – gélido. C) táxi – ônibus – possível. D) várias – país – ministério. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |91| 17. Assinale a alternativa que apresenta um vocábulo que é acentuado graficamente por razão DISTINTA das demais. A) Vários. B) Países. C) Ciências. D) Laboratórios. A tragédia social dos homicídios O Estado do Rio de Janeiro teve, no primeiro bimestre deste ano, o menor número de homicídios dolosos desde o início da série histórica, em 1991. Não que seja um índice para se aplaudir em cena aberta: foram 705 homicídios, uma média de um assassinato a cada duas horas. Mas é uma queda relevante. Em 1991, o mesmo bimestre teve 1.389 mortes; é uma queda de mais ou menos 50% em 28 anos. Nesse ritmo, o estado chegará a padrões civilizados de homicídios lá pela década de 2070. Mas quando e onde se morre mais? E qual é o perfil da vítima de homicídio? Algumas ferramentas permitem responder a essas perguntas. Os dados deste ano podem ser vistos no sistema de visualização de dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Mata-se mais no fim da noite, entre 22 horas e meia-noite, e o panorama fica pior no fim de semana. Nos primeiros dois meses deste ano, as regiões com mais mortes foram a Baixada Fluminense e o interior do estado. Na Cidade do Rio, os homicídios despencaram quase 51% na comparação com o mesmo bimestre de 2018. O perfil da vítima pode ser analisado nos microdados fornecidos pelo ISP. Analisando-se os dados de quatro anos de mortes (2015 a 2018), é possível tirar algumas conclusões. Há mais homicídios, realmente, nos fins de semana, com predomínio do sábado. A maior quantidade de homicídios acontece de noite, seguida pela madrugada; à tarde é quando menos se mata. Homens são mortos com maior frequência do que mulheres, numa proporção de 11 para um. Pardos e negros são mais assassinados que brancos, numa proporção de três para um. Quando a profissão da vítima é identificada, desempregados estão em primeiro lugar, seguidos por estudantes, desocupados e pedreiros. Em cerca de um quarto dos casos, não há relação entre vítima e autor. Quando existe, companheiros (ou companheiras), vizinhos, amigos e irmãos são os principais responsáveis pelo crime. Quanto à idade, estão em primeiro lugar, com folga, os jovens de 18 a 24 anos. Homens, jovens, pardos ou negros, desempregados ou desocupados. Quando se sabe que os principais autores de homicídios, analisados em grupo, são o tráfico e a milícia, esse perfil não chega a surpreender. E não estão entrando na análise as mortes em confronto com a polícia, que acentuariam ainda mais essas características. Em quatro anos, mais de 7 mil adolescentes e jovens até 24 anos foram mortos no Rio. Se incluirmos os adultos até 30 anos – ou seja, pessoas no início de sua idade produtiva – temos mais de 10 mil mortos entre 2015 e 2018. E apenas no Rio de Janeiro. Espalhe essa tragédia pelo país, em maior ou menor grau, e pelos últimos 20, 30 anos, e é possível vislumbrar o tamanho da desgraça humana, econômica, social e previdenciária que despencou sobre o Brasil com o peso de uma bigorna. Segundo dados do Ipea, entre 1996 e 2016, quase 574 mil jovens entre 15 e 29 anos foram mortos no país. Só 46 municípios, dos 5.570 do país, têm mais de meio milhão de habitantes. Os jovens mortos dessa estatística não eram criminosos que trocaram tiros com a polícia. São vítimas. Meninos e meninas, rapazes e garotas cujo espectro quase infinito de possibilidades virou um monólito de certezas, todas negativas. Não terão filhos. Não trabalharão. Não vão casar nem comprar uma casa, nem carro, nem nada. Não pagarão impostos. Não envelhecerão. Somos uma sociedade que está assassinando seu futuro. (Giampaolo Morgado Braga. Época. 27 mar 2019, com adaptações.) 18. Assinale a alternativa em que o termo exerça papel adjetivo. A) estudantes (linha 18) B) de homicídios (linha 21 e 22) C) quatro (linha 24) D) mortos (linha 24) E) monólito (linha 31) 19. Nos primeiros dois meses deste ano, as regiões com mais mortes foram a Baixada Fluminense e o interior do estado. (linhas 9 e 10) No trecho acima, o demonstrativo sublinhado exerce papel A) anafórico. B) dêitico. C) catafórico. D) epanafórico. E) epifórico. 20. Em última análise do excerto “Exemplo curioso é o do ensino médio.”, pode-se afirmar que o signo linguístico "o" funciona morfologicamente como A) artigo. B) advérbio. C) pronome. D) preposição. E) conjunção. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |92| 21. Chuvadeira Maria, chuvadonha, chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha! No segmento acima, as palavras sublinhadas são cognatas, ou seja, originam-se a partir de uma mesma raiz. A palavra que apresenta um processo de formação distinto dos demais é A) chuvadeira B) chuvadonha C) chuvinhenta D) chuvil E) pluvimedonha Grandes questões. Respostas indígenas. Esta semana, no Rio de Janeiro, o povo Kuikuro do Alto Xingu vai dizer HEKITE KUATSANGE EGEI ENHÜGÜ (Seja bem-vindo!) para pesquisadores indígenas de todo o mundo. De Papua-Nova Guiné, Kiribati, Sudão, Dominica, Uganda, Índia, Quênia e Colômbia, assim como das comunidades Guarani-Kaiowá, Tuxa, Baniwa e Tupinambá do Brasil, povos indígenas se reúnem no Museu do Índio para refletir criticamente sobre como métodos indígenas de pesquisa são essenciais para entender os principais problemas que o mundo enfrenta no século XXI. Seja para abordar os desafios da mudança climática ou o racismo, a sustentabilidade ambiental ou a violência de gênero, a seca ou patrimônios culturais ameaçados, os pesquisadores questionam como o conhecimento indígena pode ser ativado de forma efetiva como um recurso para desenvolvimento no futuro. Pesquisadores do Sudão mostram como o conhecimento tradicional núbio pode informar decisões sobre agricultura sustentável. Uma pesquisadora do povo Emberá-Chami demonstra a importância do conhecimento indígena para a resolução de questões de deslocamento forçado na Colômbia ao lado de um pesquisador Acholi, que examina soluções para a seca em Uganda. Grandes questões. Respostas indígenas. Apesar de todos os impactos positivos dessas colaborações para pesquisas até agora, sabemos que o Brasil enfrenta questões urgentes relacionadas à sua herança indígena e seu futuro. Esse seminário é uma chance para que o povo Kuikuro peça aos colegas indígenas que reflitam juntos sobre como a pesquisa acadêmica pode proteger, preservar e promover o desenvolvimento sustentável para os povos indígenas do Brasil. Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades, terras, águas e culturas indígenas. Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários indígenas. Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu, precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias, à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é bloqueado por barragens hidrelétricas? Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio, enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos, culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos sistemas universitários de ensino e pesquisa são construídos? Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) – um investimento de 1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena conduzir e qual a melhor forma de realizá-la. O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de 20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro. Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam, em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada. Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos. (Takumã Kuikuro e Paul Heritage. Le Monde Diplomatique Brasil. 21 de março de 2019, com adaptações.) 22. Assinale a alternativa em que a inversão da ordem dos termos provoque alteração gramatical e semântica. A) principais problemas (linha 5) / problemas principais B) conhecimento tradicional (linha 9) / tradicional conhecimento C) atuais ameaças (linha 18) / ameaças atuais D) várias partes (linha 31) / partes várias E) experiência imersiva (linha 42) / imersiva experiência www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |93| 23. Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades, terras, águas e culturas indígenas. (linhas 17 e 18) No trecho acima, há A) quatro artigos e sete preposições. B) três artigos e seis preposições. C) dois artigos e cinco preposições. D) três artigos e cinco preposições. E) quatro artigos e sete preposições. Texto retirado da obra “Raízes do Brasil” para responder à questão. A LÍNGUA-GERAL EM SÃO PAULO O assunto, que tem sido ultimamente objeto de algumas controvérsias, foi tratado pelo autor no Estado de S. Paulo de 11 e 18 de maio e 13 de junho de 1945, em artigos cujo texto se reproduz, a seguir, quase na íntegra. Admite-se, em geral, sobretudo depois dos estudos de Teodoro Sampaio, que ao bandeirante, mais talvez do que ao indígena, se deve nossa extraordinária riqueza de topônimos de procedência tupi. Mas admite-se sem convicção muito arraigada, pois parece evidente que uma população “primitiva”, ainda quando numerosa, tende inevitavelmente a aceitar os padrões de seus dominadores mais eficazes. Não faltou, por isso mesmo, quem opusesse reservas a um dos argumentos invocados por Teodoro Sampaio, o de que os paulistas da era das bandeiras se valiam do idioma tupi em seu trato civil e doméstico, exatamente como os dos nossos dias se valem do português. Esse argumento funda-se, no entanto, em testemunhos precisos e que deixam pouco lugar a hesitações, como o é o do padre Antônio Vieira, no célebre voto que proferiu acerca das dúvidas suscitadas pelos moradores de São Paulo em torno do espinhoso problema da administração do gentio. “É certo”, sustenta o grande jesuíta, “que as famílias dos portuguezes e indios de São Paulo estão tão ligadas hoje humas ás outras, que as mulheres e os filhos se criam mystica e domesticamente, e a lingua que nas ditas familias se fala he a dos indios, e a portugueza a vão os meninos aprender à escola [...]’ (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, capítulo 4, nota 2, páginas 122 e 123, versão digital) 24. A respeito da colocação dos pronomes oblíquos átonos na norma culta da Língua Portuguesa, pode-se afirmar que, na sentença “Esse argumento funda-se” (linha 10), a partícula “se” foi colocada em ênclise de forma A) equivocada, pois há fator obrigatório de próclise. B) equivocada, pois há fator obrigatório de mesóclise. C) adequada, pois há fator facultativo de próclise, o que permite a ênclise. D) adequada, pois há fator obrigatório de ênclise. E) inadequada, pois a partícula “se” possui regras especiais de topologia pronominal. 25. No título, “A língua-geral em São Paulo”, o hífen em “língua-geral” ocorre, em língua portuguesa, segundo a Nova Ortografia, em razão de A) composição por justaposição sem noção de composição. B) composição por aglutinação. C) composição por justaposição com noção de composição. D) derivação prefixal. E) derivação sufixal. 26. “Há um país onde, diferentemente do que ocorre no Brasil, a justiça processa ex-presidentes conservadores, os condena por desvio de verbas e manda-os para a prisão.” A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há, no período, dois pronomes relativos. II. Não há pronome demonstrativo no período. III. Não há paralelismo entre as opções de colocação pronominal nas duas últimas orações. Assinale A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. E) se nenhuma afirmativa estiver correta. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |94| 27. Tal como utilizada no primeiro quadro, a palavra “socorro” atua como uma palavra de qual classe gramatical? A) Verbo. B) Adjetivo. C) Advérbio. D) Interjeição. 28. A palavra “Bonitão”, tal como utilizada no texto, comporta-se como um A) verbo. B) adjetivo. C) advérbio. D) substantivo. 29. O amor acaba (Paulo Mendes Campos.) O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |95| em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba. (WERNECK, Humberto (org.). Boa companhia – Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.) Quanto à classe gramatical da palavra sublinhada tem-se a correspondência INCORRETA em: A) “e acaba o amor...” (artigo definido). B) “desfazer em mares gelados...” (adjetivo). C) “salas esmaltadas com sangue...” (preposição). D) “em apartamentos refrigerados...” (substantivo) 30. “O mesmo raciocínio pode ser aplicado – embora eu deva admitir que o argumento...” (4º§) O vocábulo sublinhado anteriormente foi formado através do processo de formação de palavras denominado A) derivação regressiva. B) derivação parassintética. C) composição por aglutinação. D) composição por justaposição. 31. O uso da palavra “isto”, no terceiro quadro, tem a função de A) antecipar uma ideia. B) retomar um referente. C) indicar algo próximo ao falante. D) indicar algo próximo ao ouvinte. 32. Declaração da ilegalidade da pobreza ante a ONU O aumento escandaloso dos níveis de pobreza no mundo _______ suscitado movimentos pela erradicação desta chaga na humanidade. No dia 9 de maio realizou-se um ato na Universidade Nacional de Rosário promovido pela Cátedra da Água, um departamento da Faculdade de Ciências Sociais, coordenado pelo Prof. Anibal Faccendi, em forma de uma Declaração sobre a ilegalidade da pobreza. Coube-me participar e fazer a fala de motivação. O sentido é conquistar apoios do congresso nacional, da sociedade e de pessoas de todo o continente para levar esta demanda às instâncias da ONU para conferir-lhe a mais alta validação. Já antes no dia 17 de outubro de 1987 havia sido criado por Joseph Wresinski, o Movimento Internacional ATD (Atuar Todos para a Dignidade) que incluía o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza. Neste ano será celebrado em muitos países que aderiram ao movimento no dia 17 de setembro. A Declaração de Rosário vem reforçar este movimento pressionando os organismos mundiais da ONU para efetivamente ___________ a fome como ilegal. A Declaração não pode quedar-se apenas no seu aspecto declaratório. O sentido dela é poder criar nas várias instituições, nos países, nos municípios, nos bairros, nas ruas das cidades, nas escolas, mobilizações para identificar as pessoas seja na linha da pobreza extrema (viver com menos de dois dólares e sem acesso aos serviços básicos) ou a pobreza simplesmente dos que sobrevivem com um pouco mais de dois dólares e com acesso limitado à infraestrutura, à moradia, à escola e outros serviços mínimos de humanização. E organizar ações solidárias que os ________ desta premência, com a participação deles. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |96| Já em 2002 Kofi Annan, antigo secretário da ONU havia declarado duramente: “Não é possível que a comunidade internacional tolere que praticamente a metade da humanidade tenha que subsistir com dois dólares diários ou menos num mundo com uma riqueza sem precedentes. ” Efetivamente, os dados são estarrecedores. [...] Neste ano em janeiro de 2017, revelaram que 8 pessoas (a maioria está lá em Davos, na Suíça) possuem riqueza equivalente àquela de 3,6 bilhões de pessoas. Quer dizer, cerca de metade da humanidade vive em situações de penúria seja como pobreza extrema, seja como pobreza simplesmente ao lado da mais aviltante riqueza. Se lermos afetivamente, como deve ser, tais dados, damo-nos conta do oceano de sofrimento, de doenças, de morte de crianças ou de mortes de milhões de adultos, estritamente em consequência da fome. E aí nos perguntamos: onde foi parar a nossa solidariedade mínima? Não somos cruéis e sem misericórdia para com nossos semelhantes, face àqueles que são humanos como nós, que possuem desejos de um mínimo de alimentação saudável como nós? Removem-se-lhes as vísceras vendo os filhinhos e filhinhas não podendo dormir por fome e eles mesmos tendo que engolir em seco pedaços de comida, recolhidos nos grandes lixões das cidades, ou recebidos da caridade das pessoas e de algumas instituições (geralmente religiosas) que ainda lhes oferecem algo que lhes __________ sobreviver. A pobreza geradora de fome é assassina, uma das formas mais violentas de humilhar as pessoas, machucar-lhes o corpo e ferir-lhes a alma. A fome pode levar ao delírio, ao desespero e à violência. Aqui cabe recordar a doutrina antiga: a extrema necessidade não conhece lei e o roubo em função da sobrevivência não pode ser considerado crime, porque a vida vale mais que qualquer outro bem material. Atualmente a fome é sistêmica. Thomas Piketty, famoso por seu estudo sobre o Capitalismo no século XXI mostrou como está presente e escondida nos USA: são 50 milhões de pobres. Nos últimos 30 anos, afirma Piketty, a renda dos mais pobres permaneceu inalterada, enquanto o 1% mais rico cresceu 300%. E conclui: “Se nada se fizer para superar esta desigualdade, ela poderá desintegrar toda a sociedade. Aumentará a criminalidade e a insegurança. As pessoas viverão com mais medo do que com esperança”. No Brasil fizemos a abolição da escravatura, mas quando faremos a abolição da fome? (Leonardo Boff, 14/05/2014. Disponível em: http: //www.jb.com.br/leonardo-boff/noticias/2017/05/14/declaracao-da-ilegalidade-da-pobreza-ante-a- onu/. Adaptado.) O emprego sugerido do pronome está correto de acordo com a norma padrão da língua, desde que feitas as alterações necessárias, em: A) “[...] para levar esta demanda às instâncias da ONU[...]” (2º§) – levá-la B) “[...] que aderiram ao movimento no dia 17 de setembro.” (3º§) − aderiram-no C) “[...] suscitado movimentos pela erradicação desta chaga na humanidade.” (1º§) – suscitado-lhes D) “[...] vem reforçar este movimento pressionando os organismos mundiais da ONU [...]” (4º§) – reforçar-lhes 33. Os adjetivos são uma classe de palavra determinante dos substantivos. A função precípua dos adjetivos é a caracterização dos seres, por meio de elemento qualificador – em que se expressa um juízo de valor (adjetivo subjetivo com valor de qualidade) –, ou classificador – em que se expõe apenas um traço distintivo em relação a outros seres da mesma espécie (adjetivo objetivo com valor de característica). Nas passagens a seguir, observe as relações semântico-discursivas estabelecidas entre os adjetivos destacados e os substantivos por eles determinados. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta um adjetivo com valor nitidamente subjetivo. A) “O homem é um animal falante e mortal...” (1º§) B) “Em todas as épocas as comunidades tiveram um espaço público...” (7º§) C) “... o suicídio se oferece como saída para uma exposição inadequada.” (4º§) D) “A filosofia contemporânea também revelou que a realidade não subsiste...” (5º§) 34. Em “Os irmãos de La Salle mantêm, na capital guatemalteca, um imenso colégio, onde jovens maias vivem na forma de internato bilíngue,...” (9º§), o termo “onde” foi corretamente empregado. Assinale a alternativa em que esse uso está INCORRETO. A) Não se sabe onde fica a Guatemala. B) O século XVIII foi onde a razão predominou à emoção. C) O local das celebrações é onde os maias invocam diversos corações. D) A região das florestas onde habitou a civilização maia foi invadida pelos toltecas. 35. Energia nuclear: ontem e hoje Guerra e paz O sucesso do primeiro reator nuclear pode ser comparável em importância à descoberta do fogo, à invenção da máquina a vapor, do automóvel ou avião ou, mais modernamente, à difusão da internet pelo mundo - afinal, tornou possível usar a enorme quantidade de energia armazenada no núcleo atômico. As circunstâncias daquele momento fizeram com que essa energia fosse primeiramente empregada na guerra, com a produção de três bombas atômicas - duas lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945, pondo fim ao conflito. Mas, terminada a “guerra quente" - e iniciada a Guerra Fria -, os reatores nucleares, já a partir de 1950, passaram a ser construídos com propósitos pacíficos. Mais potentes e tecnologicamente avançadas, essas máquinas começaram a produzir diversos elementos radioativos (molibdênio e iodo, por exemplo) que eram incorporados em quantidades adequadas a produtos farmacêuticos (radiofármacos), que passaram a ser usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças. Na década de 1950, surgiram vários reatores para gerar eletricidade, trazendo bem-estar e conforto às populações. O pioneiro foi Obminsk (Rússia), em 1954, e, dois anos depois, Calder Hall (Reino Unido), primeira usina nuclear de larga escala, que funcionou por 50 anos. (Odilon A. P. Tavares. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/. Adaptado.) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |97| Sabendo-se que a reativação do referente em um texto é realizada por meio da função anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas, é correto afirmar que em “essa energia” (2º§) o termo em destaque A) antecipa a expressão “energia” (2º§). B) faz referência à energia citada no 1º§. C) dá realce ao tipo de energia mencionado. D) faz referência à energia de um modo geral. E) aponta para um elemento ausente no discurso. 36. Considerando a estrutura do trecho “Isso forneceu a eles a prova [...]” (4º§), assinale a proposta de alteração que mantém a correção de acordo com a norma padrão. A) Isso o forneceu a prova. B) Isso lha forneceu a eles. C) Isso os forneceu a prova. D) Isso vos forneceu a prova. E) Isso lhes forneceu a prova. 37. A mesma voz verbal de “cortou-se a sintaxe desse rio” pode ser encontrada em A) “Ouviram-se as vozes dos poetas esquecidos.” B) “Sentaram-se à mesa.” C) “Necessitava-se de mais alimento para continuar a caminhada.” D) “Trançou-me os cabelos.” E) “Parecia-me muito triste o pobre menino abandonado.” 38. O tempo verbal (com a alteração do modo) constante do signo “opusesse” (linha 7) ocorre em A) “valiam” (linha 8). B) “valem” (linha 9). C) “funda” (linha 10). D) “estão” (linha 13). E) “fala” (linha 14). 39. Conquanto a obra de Machado de Assis seja permeada da variante linguística culta da língua portuguesa, observam-se algumas marcas de oralidade, tais como em “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.” (linhas 1 e 2). A principal marca de oralidade presente no texto, do ponto de vista do emprego das categorias gramaticais, é a utilização A) coloquial do pretérito imperfeito do indicativo em substituição ao futuro do pretérito do indicativo, comum no Português Brasileiro Contemporâneo. B) de sintaxe estranha ao Português Brasileiro Contemporâneo. C) de acentuação gráfica estranha ao Português Brasileiro Contemporâneo. D) de pontuação estranha ao Português Brasileiro Contemporâneo. E) de recursos de interdiscursividade, comuns no Português Brasileiro Contemporâneo. 40. “Ele achava que a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu ‘autodesenvolvimento’ para que pudessem aproveitar ao máximo sua posição.” (linhas 16 a 18) A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há ocorrência de duas formas verbais em voz passiva. II. Existem duas locuções verbais no período. III. Há ocorrência de um QUE pronome relativo e um QUE conjunção subordinativa. Assinale A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. E) se nenhuma afirmativa estiver correta. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |98| 41. Analise as afirmativas a seguir. I. As formas verbais “olha” (2º quadro) e “esquece” (4º quadro), tal como utilizadas no texto, estão, respectivamente, na forma afirmativa do imperativo e no presente do indicativo. II. As formas “virado” (1º quadro), “conseguindo” (2º quadro) e “vendo” (2º quadro) são formas nominais dos verbos “virar”, “conseguir” e “ver”, respectivamente. III. Tanto a forma “acho” (3º quadro) quanto a forma “pus” (3º quadro) estão no pretérito perfeito do modo indicativo. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) A) II. B) III. C) I e II. D) II e III. 42. Ao analisar a oração “Meu apêndice, por exemplo, nunca foi usado”, percebe-se que: A) Ele está na voz reflexiva. B) Ela está na voz passiva sintética. C) Ela está na voz passiva analítica. D) Ela está reflexiva analítica. 43. Analise a frase a seguir: “A Igreja acusou a ciência de prejudicar a moral”. Acerca da frase, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. (___) “A ciência foi acusada de prejudicar a moral.” é uma de suas versões em voz passiva. (___) “Acusou-se a ciência de prejudicar a moral.” é uma de suas versões em voz passiva. (___) Na passagem da voz ativa para passiva, o objeto direto na versão ativa se tornou sujeito na versão passiva. (___) Na passagem da voz ativa para passiva, o sujeito na versão ativa se tornou objeto direto na versão passiva. A sequência está correta em A) V, V, F, F. B) V, V, V, F. C) V, F, V, V. D) F, F, F, V. 44. O trecho “Depois que surgiram os contatos na telinha, essas lembranças praticamente sumiram.” (2º§) evidencia uma ação A) atual e vigente. B) que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. C) ocorrida num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminada D) ocorrida num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminada. 45. “Se as pessoas ________________ um mínimo de sensibilidade neste mundo veloz, ainda ___________ possível cultivar por muito tempo a beleza da música clássica.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. A) manter / será B) manter / seria C) manterem / seria D) mantiverem / será www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |99| 46. O trecho “Esses resultados foram obtidos por meio de estratégias educativas divulgadas pelos meios de comunicação e da legislação antifumo,...” (9º§) evidencia uma ação A) que está por vir. B) habitual e rotineira. C) concluída e encerrada. D) que acontecerá em um futuro próximo. 47. Considerando o segmento: “– Se você quisesse... – Quisesse o quê? – Dizer o que você não tem pra me dizer.” pode-se afirmar que a forma verbal apresentada no modo subjuntivo produz o mesmo efeito de sentido visto em: A) Foi necessário que nós a acompanhássemos até o hospital. B) Pensávamos que eles estivessem em casa naquele momento. C) Refaçam suas visitas mesmo quando não estiverem dispostos no momento. D) Caso lhe retribuíssem o que merece de acordo com seu desempenho, tudo se resolveria. 48. As formas verbais “acreditasse” e “trocaria” em “Se eu não acreditasse na verdade daquilo que penso, trocaria meus pensamentos por outros. E se falo é para fazer com que aquele que me ouve acredite em mim, troque os seus pensamentos pelos meus.” (3º§) mesmo pertencendo a tempos e modos verbais diferentes, A) pertencem cronologicamente ao passado, tendo seu uso favorecido no discurso narrativo. B) situam os fatos num intervalo de tempo do qual faz parte o próprio momento da enunciação. C) representam fatos como não concluídos e os situam num intervalo de tempo relativo a um universo hipotético. D) estão associados com o aspecto concluso do processo, visto como consumado no momento da enunciação verbal. 49. Em “Nela, ele descreve uma sociedade utópica [...]” (1º§), a forma verbal em destaque apresenta os mesmos tempo e modo da forma vista no segmento: A) “A individualidade e a vida privada foram devassadas pela internet.” (3º§) B) “[...] desde seu nascimento até sua morte, que deveria ocorrer aos 60 anos.” (1º§) C) “Aldous Huxley é conhecido mundialmente pela sua novela Admirável mundo novo, [...]” (1º§) D) “[...] características dessa sociedade imaginária acabaram se concretizando nas últimas décadas.” (2º§) 50. Em “E como já dizia um provérbio africano, [...]” (4º§) a forma verbal destacada indica o mesmo tempo e modo verbal vistos em: A) Havíamos entrado no salão sem qualquer atraso. B) Acendiam as luzes da casa sempre na mesma hora. C) Não queiras entender o processamento de tais fatos. D) Talvez tivéssemos tal oportunidade como os demais ali. 51. Assinale a alternativa cujo verbo sublinhado está no tempo verbal DIFERENTE dos demais. A) “... portanto recompensas perderam o sentido.” (2º§) B) “Cansei de falas grandiloquentes sobre educação,...” (7º§) C) “Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.” (1º§) D) “... recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas...” (2º§) 52. “A língua como ela é não se apresenta, com pretérito-mais-que-perfeito, como insiste a Gramática Normativa e seus exemplos surreais: ‘O vento fechou a porta que o vento abrira.’ Abrira?” (4º§) Considerando esse exemplo, a forma composta que atualmente utilizamos para substituir o pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo da forma verbal “abrira” é A) tem aberto. B) teria aberto. C) tinha aberto. D) tivesse aberto. 53. Assinale a afirmativa transcrita do texto que apresenta tempo verbal DIFERENTE dos demais. A) “Você irá visitá-los quase todos os dias, na hora do almoço.” (4º§) B) “Em dias mais corridos, você deixará para ir no fim do expediente.” (5º§) C) “... casada com um daqueles cidadãos que esganaria o inventor do trabalho,...” (11º§) D) “Pedirá desculpas pelos três dias de ausência motivada pelo excesso de trabalho,...” (5º§) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |100| 54. Leia o texto abaixo do educador e intelectual Arnaldo Niskier e responda a questão abaixo. A EDUCAÇÃO ENTRE PROMESSAS E SONHOS Arnaldo Niskier Como é natural, os quatro principais candidatos à Presidência da República prometem mundos e fundos para o aperfeiçoamento da educação, nos seus quatro anos de mandato. Não há exatamente preocupação se tudo caberá nesse período, relativamente curto, muito menos se haverá recursos financeiros para tantos sonhos. Como estes ainda não pagam impostos, ninguém será punido se boa parte das promessas ficar na saudade. Não foi sempre assim? Exemplo curioso é o do ensino médio. De repente, virou moda, na campanha. É certo que o número de alunos cresce em progressão geométrica, revelando interesse inusitado. Estamos perto dos 9 milhões de jovens, que se formarão para um mercado de trabalho retraído. Consequência natural da política econômica de um governo que cita sempre JK, mas na prática está a quilômetros de distância do que realizou o criador de Brasília. Fernando Henrique Cardoso deixará o governo devendo aproximadamente 3 milhões de empregos à nossa sociedade. Injustificável. Repito: sonhar não custa. Por iniciativa da Fiesp, do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) e da revista "Sentidos", coordenei um encontro sobre as propostas do próximo governo federal para a educação, inclusão social e preparação de recursos humanos para o mercado de trabalho. Foram enviados representantes de alto nível dos candidatos, resultando num debate extremamente oportuno e rico em sugestões. Algumas das ideias serão aqui tratadas. Quem sabe, assim, poderão se transformar em compromissos de execução. A primeira delas refere-se à empregabilidade com qualificação, o que depende da educação. Lembrou-se que, sob esse aspecto, deve-se respeitar o trabalho do "sistema S", que já formou milhões de jovens para o complexo mercado de trabalho brasileiro. Como não se pode deixar de considerar, de forma positiva, os milhares de estágios proporcionados pelo CIEE, nesse processo. Mas é preciso mais, retirando da nossa educação qualquer laivo de elitização. Não pode dormir tranquila uma nação que tem 15 milhões de analfabetos puros e mais de 30 milhões de analfabetos funcionais. De que modo o mercado de trabalho poderá absorver essa mão-de-obra, assim desqualificada, se as exigências do desenvolvimento científico e tecnológico são cada vez maiores? No país das desigualdades, há um enorme abismo entre ricos e pobres em matéria de educação. Diferença que a quantidade não resolve. Universalizar sem dar qualidade à educação tem pouco efeito sobre a nossa competitividade. Tem-se feito muito pouco para melhorar o trabalho dos professores e especialistas, no país inteiro. Precisam ser mais bem formados, treinados, atualizados e remunerados de forma compatível com a dignidade humana. Mesmo com a criação do Fundef, que foi um avanço, estamos longe de uma solução à altura do problema. Até porque 20% das nossas prefeituras aplicaram equivocadamente os recursos do fundo, para não proclamar outra coisa. Aliás, vale a pena registrar que o programa de distribuição de livros (uma iniciativa louvável) teve incríveis tropeços, como o próprio reconhecimento do MEC de que um terço de 60 milhões de livros do programa Literatura em Casa jamais foi entregue aos alunos. Quem fiscaliza isso, que é proveniente do dinheiro público? Deseja-se que 20% das crianças que se encontram nas escolas públicas alcancem o sonhado tempo integral. Mas não se afirmou como. A realidade é que faltam professores em quase todas as unidades da Federação. Se não são abertos concursos, qual é a mágica que se prevê? Foi citada a sugestão de cursinhos pré-vestibulares gratuitos para alunos carentes. Idéia altamente discutível, pois o que se deseja é o aperfeiçoamento da educação básica. O cursinho é um desvio dessa preocupação e poderá servir como facilitário indesejável. Deseja-se que os recursos para educação subam de R$ 66 bilhões para R$ 93 bilhões ao ano, criando a possibilidade de evitar os malefícios da reprovação e da evasão. Pensou-se num programa de valorização dos professores, na doação de livros para alunos de nível médio, na ampliação da nossa escolaridade de seis para 12 anos, na unificação da gestão dos recursos humanos na educação, nos cuidados com a universidade pública (hoje, sucateada), no fortalecimento das escolas técnicas federais, na ampliação da assistência ao pré-escolar (mais 4 milhões de vagas), na maior atenção aos alunos deficientes, na maior participação dos empresários no processo de ensino/aprendizagem e numa articulação mais adequada entre os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Algumas ideias parecem sonhos. Muitas outras não. Dependem só da vontade política dos que detiverem o poder. Arnaldo Niskier, 67, educador, é membro da Academia Brasileira de Letras e Conselheiro do Imae (Instituto Metropolitano de Altos Estudos). (https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2009200210.htm) Ainda sobre o excerto “Exemplo curioso é o do ensino médio.”, pode-se afirmar que o signo linguístico "o" funciona sintaticamente como a) predicativo do sujeito. b) complemento nominal. c) objeto direto. d) predicativo do objeto. e) adjunto adnominal. 55. A Última Crônica A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |101| Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar- se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra você…” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.” Fernando Sabino Disponível em http://contobrasileiro.com.br/a-ultima-cronica-fernando-sabino/. Em “Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa”, o pronome oblíquo “las” exerce, na oração, função sintática de: a) Objeto direto. b) Objeto indireto. c) Adjunto adnominal. d) Predicativo do objetivo 56. "Sem cultura você tem a fronteira, o país, mas não tem uma nação." Fernanda Montenegro é lacônica sobre o ofício que escolheu: "uma profissão arretada". O teatro, que no Brasil vive em permanente estado de emergência, só admite aqueles que, como ela, são devotos do palco, sem moderação ou desconfiança. "desista. Se morrer, volta. Se não morrer, não volta", disse a uma amiga relembrando o conselho que havia dado a jovens atores minutos antes da entrevista ao LE Monde Diplomatique Brasil começar. Completando 89 anos neste mês (16/10), Fernanda Montenegro viveu os últimos oito anos em um diálogo entre passado e presente, buscando em fotos e cartas resquícios do que foram os 75 anos de vida pública dedicada às artes, especialmente ao teatro, ao cinema e à televisão. São registros físicos que se complementam nas lembranças de uma memória intacta, capaz de recordar fatos e afetos: "Eu sou a minha memória", confessaria no decorrer da conversa. Fernanda é a sua memória, mas é também um punhado de gente que escreveu com ela capítulos fundamentais da nossa cultura. "A arte é um congraçamento. No caso do teatro, você tem de estar diante do outro. É uma comunhão na zona da pele", reflexiona. Alguns desses fragmentos estão catalogados no livro Fernanda Montenegro: itinerário fotobiográfico, lançado este ano pela editora Sesc. Na obra, a atriz expõe o que fez, mas também aquilo que não quis fazer, como aceitar uma das ofertas que recebeu para exercer um cargo público. A explicação é modesta e tem a ver com os termos que iniciam este texto: é no teatro - na arte - que ela diz o que precisa. Isso não a impede, no entanto, de criticar o pouco apreço de nossos governantes pela cultura. "Sem cultura você tem a fronteira, o país, mas não tem uma nação. A grossura de Brasília é como uma muralha difícil de ser sensibilizada", pondera. (...) (Guilherme Henrique. Le Monde Diplomatique, Edição 135, outubro de 2018 . Disponível em: https://diplomatique.org.br/fernanda-montenegro/) Assinale a alternativa em que o termo indicado exerça a mesma função sintática que do palco. a) a jovens atores b) da conversa c) de uma memória intacta d) da pele e) de criticar www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |102| 57. Texto para a questão. Por que o legado do sábio chinês Confúcio atravessou milênios Pensador desenvolveu uma filosofia política que refletia seu horror ante a guerra constante que o rodeava. Ao longo dos séculos, o pensamento chinês tem sido o produto de uma variedade de influências, entre elas o budismo, o taoísmo e o marxismo. No entanto, uma tradição esteve acima de todas no pensamento chinês por mais de dois milênios: as ideias do pensador Confúcio (551 a.C. a 479 a.C.). Embora ele tenha chegado a simbolizar a filosofia chinesa, não teve muito sucesso em vida. Ele viveu durante uma época em que a China que conhecemos hoje era um mosaico de pequenos reinos rivais. Confúcio desenvolveu uma filosofia política que refletia seu horror ante a guerra constante que o rodeava. Ele vagou de reino em reino tentando persuadir os governantes a seguir seus ensinamentos, mas nunca conseguiu nada além de um cargo público de baixo escalão. No entanto, conseguiu um grupo de seguidores dedicados, que transmitiu seus ensinamentos às gerações seguintes. Apenas centenas de anos depois, durante a dinastia Han(a) (206 a.C. a 220 d.C.), o confucionismo, um sistema ético de comportamento e governo(b), tornou-se o norte que definiria a cultura chinesa nos dois milênios seguintes. O confucionismo não é uma religião como tal. Ainda que Confúcio não negasse a existência de um mundo espiritual, ele afirmou que era mais importante se concentrar neste mundo enquanto se estava nele. Refletindo seu desgosto pela guerra, ele declarou que a ordem era um requisito fundamental na sociedade. Sustentar essa ordem era acreditar na importância das relações hierárquicas. Os súditos tinham de obedecer a seus governantes, filhos a seus pais e esposas, a seus maridos. No entanto, Confúcio não queria que essa ordem fosse imposta pela força. Ele achava que a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu "autodesenvolvimento" para que pudessem aproveitar ao máximo sua posição. Segundo o pensamento de Confúcio, o estado moral de alguém não dependia de sua posição social. Era possível, e de fato bastante provável, que inocentar Absorver: aspirar, sorver Delatar: denunciar Dilatar: alargar Ratificar: confirmar Retificar: corrigir Tráfego: trânsito Tráfico: comercio ilegal HIPERÔNIMOS (HIPERONÍMIA) e HIPÔNIMOS (HIPONÍMIA) a) Hiperônimo: termo geral veículo. b) Hipônimo: termo específico carro. Hiperônimo ------------ Hipônimo Eletrodoméstico Liquidificador Cidade Paris Talher Garfo Fruta Abacaxi Animal Cachorro Cachorro Beagle POLISSEMIA É o fato de uma palavra ter mais de uma significação. Exemplos: www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |13| Palavra GATO O rapaz é um tremendo gato. Meu gato não come essa ração. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. Palavra MÃO Ela tem uma mão para cozinhar que dá inveja! Vamos! Coloque logo a mão na massa! As crianças estão com as mãos sujas. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. AMBIGUIDADE Diz respeito ao duplo sentido que gera falta de clareza. Exemplos: A água do rio era limpa, possibilitando a visão dos peixes. O guarda deteve o bandido em sua casa. A nomeação do ministro foi muito comemorada. Conheço a filha do gerente que viajou. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |14| AULA 3: ORTOGRAFIA - EMPREGO DE PALAVRAS 1. HÁ- A HÁ: forma verbal. Indica tempo passado, decorrido. Pode ser ainda verbo auxiliar ou ter o valor de existir.Exemplos: Há meses, não o vejo. Há de existir uma forma de se resolver o problema. Há muitos miseráveis no Brasil. A: é empregado nos demais casos, sobretudo quando se refere a futuro.Exemplos: Daqui a alguns meses, estarei aprovado(a) no concurso dos meus sonhos. 2. ACERCA DE – A CERCA DE – HÁ CERCA DE ACERCA DE: significa a respeito de.Exemplo: Os alunos conversavam acerca de concurso público. A CERCA DE: equivale a aproximadamente ou a uma distância de.Exemplos: Ele discursava a cerca de mil pessoas. Moro a cerca de dois quilômetros da faculdade. HÁ CERCA DE: tem o valor de existir e pode indicar ainda tempo decorrido.Exemplos: Há cerca de duzentos alunos na sala. Há cerca de um mês, não a vejo. 3. AONDE – ONDE - DONDE AONDE: é empregado com verbos que dão ideia de movimento. Geralmente, equivale a para onde. Exemplos: Aonde você está indo a esta hora? Aonde você quer chegar com esta conversa sem sentido? ONDE: é usado com verbos que não são dinâmicos, isto é, que não dão ideia de movimento, de deslocamento. Geralmente, esses verbos regem a preposição em.Exemplos: Onde você mora? Você sabe onde fica a biblioteca? DONDE: indica origem, procedência.Exemplo: Donde vens a esta hora? Donde procede a sua família? 4. AO ENCONTRO DE – DE ENCONTRO A AO ENCONTRO DE: sinaliza uma situação favorável.Exemplo: O rapaz apaixonado correu desesperadamente ao encontro da adorável namorada. DE ENCONTRO A: indica oposição, sinalizando uma situação desfavorável.Exemplos: Um carro desgovernado foi de encontro ao poste. Descontente com a situação, ele foi de encontro ao colega para exigir explicações. 5. AO INVÉS DE – EM VEZ DE AO INVÉS DE: indica oposição, contrariedade. Equivale a aocontrário de. Exemplo: Ao invés de passar o dia dormindo, acorde e vá estudar! www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |15| EM VEZ DE: indica substituição. Equivale a em lugar de. Exemplo: Em vez da filha, a mãe foi ao banco resolver o problema com o cheque. 6.CESSÃO - SEÇÃO - SESSÃO CESSÃO: ato de ceder, de doar. Exemplo: A empresa fez a cessão do dinheiro àquela instituição de caridade. SEÇÃO: significa setor, repartição, segmento. Exemplos: Onde fica a seção de frutas? Você vota em que seção? SESSÃO: é o intervalo de tempo que dura uma reunião, formal ou informal. Exemplo: Na sessão plenária de hoje, foi votado um importante projeto que beneficia os concurseiros. 7. DEMAIS – DE MAIS DEMAIS: modifica verbo, adjetivo e advérbio. É um advérbio de intensidade. Exemplos: Você pensa demais! Ela é inteligente demais. Dessa vez, ele foi longe demais! DE MAIS: acompanha substantivo e o pronome indefinido nada. É uma locução adjetiva.Exemplos: Havia pessoas de mais na festa. Ela não disse nada de mais. 8. MAL – MAU - MÁ MAL: pode ser advérbio de modo, substantivo ou conjunção subordinativa temporal. Exemplos: Ele canta mal. O mal que ela me fez já foi esquecido por mim. Mal cheguei, fui abordado pelo gerente. MAU: é adjetivo; acompanha substantivo. Precedido de artigo, é substantivo. Exemplos: Comprar aquele carro foi um mau negócio. Os maus não prevalecerão para sempre. MÁ: é o feminino de MAU. Exemplo: Ela não é uma pessoa má. 9. MAIS / MAS MAIS: pode ser advérbio de intensidade, pronome ou conjunção aditiva. Exemplos: Estude mais! Chegaram mais convidados. O pai mais o filho resolveram o problema. MAS: é conjunção adversativa. Pode ser substituída por porém. Exemplo: Elas saíram cedo, mas ainda não voltaram. 10. PORQUE - PORQUÊ - POR QUE - POR QUÊ PORQUE: é conjunção causal ou explicativa. Pode ser usada em frase interrogativa, afirmativa ou exclamativa. Exemplos: Ele está chorando assim porque o namoro acabou? Ele está chorando porque o namoro acabou. Estude, porque a prova será difícil! www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |16| PORQUÊ: é um substantivo. Vem acompanhado de artigo ou de outro determinante. Pode ser substituído pela palavra motivo e aparecer em frase afirmativa ou interrogativa. Exemplos: Não sei o porquê de ela não ter aceitado essa oferta de trabalho. Qual o porquê disso tudo? POR QUE: (1) é usado quando equivale a pelo(a) qual, pelos(as) quais (preposição + pronome relativo); (2) equivale também a por qual razão (preposição + pronome interrogativo). Pode vir em frase interrogativa direta ou indireta. Exemplos: Esse é o motivo por que eu não frequento mais aquele lugar. Por que isso sempre acontece comigo? OBSERVAÇÃO “Por que”, em final de frase, é acentuado. Exemplo: Você fez isso por quê? 11. SE NÃO - SENÃO SE NÃO: equivale a se por acaso não, caso não.Exemplo: Se não chover, irei à praia com você amanhã. SENÃO: equivale a “a não ser, mais do que, caso contrário, defeito, mas”.Exemplos: Não havia na festa de ontem senão oitenta pessoas. Estude, senão o resultado do concurso pode ser desfavorável a você. Não houve um senão no discurso dele. Temos carro não por luxo, senão por necessidade. 12. TAMPOUCO / TÃO POUCO TAMPOUCO: significa também não.Exemplo: Ele não estuda, tampouco trabalha. TÃO POUCO: significa muito pouco. Exemplo: Estudei tão pouco ontem. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |17| AULA 4: ORTOGRAFIA - EMPREGO DO HÍFEN 1. Em palavras formadas por prefixos terminados com R + palavra iniciada por R ou H. Exemplos: Hiper-realista Inter-racial Super-homem Hiper-hidrose 2. Em palavras formadas por prefixos ou pseudoprefixos terminados em VOGAL + palavra iniciada por H ou pela mesma vogal que termina o prefixo. Exemplos: Anti-higiênico Anti-inflamatório Micro-ônibus Sobre-humano OBSERVAÇÕES Não se usa hífen na seguinte formação: prefixos ou pseudoprefixos terminados em vogal + segundo elemento começa houvesse bons camponeses ao mesmo tempo que um governante poderia ser perverso ou um aristocrata, cruel. O pensamento confucionista também se diferenciava do pensamento moderno, na medida em que glorificava o passado e defendia a veneração da velhice. "Eu sigo o Zhou", disse Confúcio, referindo-se à antiga dinastia que foi considerada uma "idade de ouro" perdida por gerações de governantes chineses. No centro do confucionismo há um contrato social: os governados deviam lealdade aos governantes, mas os governantes que não se importavam com o bem-estar do povo perderiam o "mandato do céu" e poderiam ser justamente derrubados. Confúcio nunca deu aos governantes uma licença para a opressão. Ao participar do "li" (que é frequentemente traduzido como "ritual", mas na verdade significa algo como "comportamento apropriado"), os humanos provaram ser civilizados, independentemente de sua origem, e podiam aspirar a se tornar "junzi" ("pessoas de integridade") ou mesmo "sheng" ("sábios")(c). Para isso, a educação era fundamental. O pensamento confucionista mudou imensamente com o tempo. O próprio Confúcio(d) provavelmente não teria reconhecido a maneira como suas ideias foram adaptadas por governantes posteriores. Apesar da ênfase na ética e na harmonia como a melhor maneira de governar um país, os governantes chineses também garantiram o monopólio do uso da força. Confúcio desaprovava a busca do lucro como um fim em si, mas da dinastia Song (960 d.C. a 1279 d.C.) em diante, a China viveu uma revolução comercial, e no final do período imperial (1368 d.C. a 1912 d.C.) até a ideologia oficial rendeu-se à lógica do lucro. O confucionismo não foi um conjunto monolítico de ideias por mais de 2.500 anos. No entanto, seus princípios básicos sustentaram o que significava ser chinês até meados do século 19. A chegada de influências ocidentais, na forma de comerciantes de ópio e missionários, deu uma sacudida indesejada ao velho mundo do pensamento confucionista. O pensamento moderno deixou sequelas profundas. O impacto do nacionalismo e do comunismo, e seu amor inerente pela novidade e pelo progresso, em vez da reverência por uma era de ouro do passado, destruíram muitas das certezas do antigo mundo confucionista. No entanto, essas ideias não desapareceram completamente. Na China contemporânea, o governo, que não está mais tão ligado à ideologia de Mao Tse-tung, está buscando a tradição chinesa para encontrar um núcleo moral para o século 21. O "professor número um", Confúcio(e) , está novamente nos programas escolares. Os valores de ordem, hierarquia e obrigação mútua permanecem tão atraentes no século 21 quanto no século 5 a.C. (Rana Mitter. Revista BBC History. 31/12/2018, com adaptações) Assinale a alternativa em que o termo indicado não exerça função sintática idêntica à de Confúcio. a) Han b) um sistema ético de comportamento e governo c) ("sábios") d) Confúcio e) Confúcio 58. Grandes questões. Respostas indígenas. Esta semana, no Rio de Janeiro, o povo Kuikuro do Alto Xingu vai dizer HEKITE KUATSANGE EGEI ENHÜGÜ (Seja bem-vindo!) para pesquisadores indígenas de todo o mundo. De Papua-Nova Guiné, Kiribati, Sudão, Dominica, Uganda, Índia, Quênia e Colômbia, assim como das comunidades Guarani-Kaiowá, Tuxa, Baniwa e Tupinambá do Brasil, povos indígenas se reúnem no Museu do Índio para refletir criticamente sobre como métodos indígenas de pesquisa são essenciais para entender os principais problemas que o mundo enfrenta no século XXI. Seja para abordar os desafios da mudança climática ou o racismo, a sustentabilidade ambiental ou a violência de gênero, a seca ou patrimônios culturais ameaçados, os pesquisadores questionam como o conhecimento indígena pode ser ativado de forma efetiva como um recurso para desenvolvimento no futuro. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |103| Pesquisadores do Sudão mostram como o conhecimento tradicional núbio pode informar decisões sobre agricultura sustentável. Uma pesquisadora do povo Emberá-Chami demonstra a importância do conhecimento indígena(a) para a resolução de questões de deslocamento forçado na Colômbia ao lado de um pesquisador Acholi, que examina soluções para a seca em Uganda. Grandes questões. Respostas indígenas. Apesar de todos os impactos positivos dessas colaborações para pesquisas até agora, sabemos que o Brasil enfrenta questões urgentes relacionadas à sua herança indígena e seu futuro. Esse seminário é uma chance para que o povo Kuikuro peça aos colegas indígenas que reflitam juntos sobre como a pesquisa acadêmica pode proteger, preservar e promover o desenvolvimento sustentável para os povos indígenas do Brasil. Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades, terras, águas e culturas indígenas. Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários indígenas(b). Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu, precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias, à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é bloqueado por barragens hidrelétricas(c)? Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio, enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos, culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos sistemas universitários de ensino e pesquisa(d) são construídos? Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) – um investimento de 1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena conduzir e qual a melhor forma de realizá-la. O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de 20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro. Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam, em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada(e). Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos. (Takumã Kuikuro e Paul Heritage. Le Monde Diplomatique Brasil. 21 de março de 2019, com adaptações.) Assinale a alternativa em que o termo apresente, no texto, função sintática idêntica à de “da assistência médica indígena”. a) do conhecimento indígena b) dos calendários indígenas c) por barragens hidrelétricas d) de ensino e pesquisa e) de tecnologias de realidade virtual e aumentada 59. TEXTO I PARA A QUESTÃO. CIDADANIA NO BRASIL Discorda-se da extensão, profundidade e rapidez do fenômeno, não de sua existência. A internacionalização do sistema capitalista, iniciada há séculos mas muito acelerada pelos avanços tecnológicos recentes, e a criação de blocos econômicos e políticos têm causado uma redução do poder dos Estados e uma mudança das identidades nacionais existentes. As várias nações que compunham o antigo império soviético se transformaram em novos Estados-nação. No caso da Europa Ocidental, os vários Estados-nação se fundem em um grande Estado multinacional. A redução do poder do Estado afeta a natureza dos antigos direitos, sobretudo dos direitos políticos e sociais. Se os direitos políticos significam participação no governo, uma diminuição no poder do governo reduz também a relevância do direito de participar. Por outro lado, a ampliação da competição internacional coloca pressão sobre o custo da mão-de-obra e sobre as finanças estatais, o que acaba afetando o emprego e os gastos do governo, do qual dependem os direitos sociais. Desse modo, as mudanças recentes têm recolocado em pauta o debate sobre o problema da cidadania, mesmo nos países em que ele parecia estar razoavelmente resolvido. Tudo isso mostra a complexidade do problema. O enfrentamento dessa complexidade pode ajudar a identificar melhor as pedras no caminho da construção democrática. Não ofereço receita da cidadania. Também não escrevo para especialistas. Faço convite a todos os que se preocupam com a democracia para uma viagem pelos caminhos tortuosos que a cidadania tem seguido no Brasil. Seguindo-lhe o percurso, o eventual companheiro ou companheira de jornada poderá desenvolver visão própria do problema. Ao fazê-lo, estará exercendo sua cidadania. (http://www.do.ufgd.edu.br/mariojunior/arquivos/cidadania_brasil.pdf) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |104| No título, o termo “NO BRASIL” trata-se de a) elemento linguístico que especifica o núcleo nominal “CIDADANIA”. b) termo restritivo de verbo. c) indicador de circunstância de lugar ao verbo. d) elemento que indica enumeração argumentativa ao núcleo “CIDADANIA”. e) expressão de natureza expletiva. 60. TEXTO II PARA A QUESTÃO. FILOSOFIA DOS EPITÁFIOS Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum (*); parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos. (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas) Ainda sobre a locução “DOS EPITÁFIOS” pode-se afirmar que, sintaticamente, funciona como a) adjunto adnominal restritivo de “FILOSOFIA”. b) aposto especificativo de “FILOSOFIA”. c) complemento nominal de “FILOSOFIA”. d) adjunto adnominal explicativo de “FILOSOFIA”. e) aposto explicativo de “FILOSOFIA”. 61. Leia o texto abaixo para responder à questão. ONG confirma segunda morte em conflitos na Venezuela Segunda vítima é mulher que foi baleada na cabeça, informa o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS). País enfrenta onda de protestos pró e contra Maduro. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/02/ong-relata- morte-de-mais-uma-pessoa-durante-protestos-na-venezuela.ghtml No excerto do texto “ONG confirma segunda morte em conflitos na Venezuela”, pode-se afirmar que “na Venezuela” refere-se sintaticamente, com base no contexto e no objetivo da notícia ao a) signo “ONG”. b) signo “confirma”. c) signo “segunda”. d) conectivo “em”. e) signo “conflitos”. 62. Texto para a questão. Mudança favorável na Ásia Há um país onde, diferentemente do que ocorre no Brasil, a justiça processa ex-presidentes conservadores, os condena por desvio de verbas e manda-os para a prisão. Onde direita, extrema direita e protestantes fundamentalistas se consideram traídos por Donald Trump. Onde, em vez de questionar um acordo de desarmamento nuclear, como aquele feito com o Irã, ou um tratado de mísseis de médio alcance, como com a Rússia, o presidente dos Estados Unidos parece querer resolver um conflito que nenhum de seus predecessores conseguiu desatar. Incluindo o último, ainda que Nobel da Paz. Sem dúvida isso está acontecendo no Extremo Oriente. Sem dúvida essa coisa é muito complicada para assumir uma posição no grande relato maniqueísta que molda e distorce nossa visão do mundo. No entanto, como a situação global é bastante sombria, o discurso voluntarista e otimista do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, não deveria ter passado despercebido. Em 26 de setembro, diante da Assembleia- Geral das Nações Unidas, ele lançou: “Um milagre aconteceu na Península da Coreia.” Um milagre? Uma reviravolta completa, pelo menos. Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por Trump e o presidente norte-coreano – “fogo e fúria”, o “grande botão” nuclear etc. A ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, acaba de confessar que, em 2 de setembro de 2017, para pressionar Pequim a agir junto à sua vizinha e aliada, ela acenou para sua contraparte chinesa com a ameaça de uma invasão norte-americana da Coreia do Norte. Agora, Trump saúda a “coragem” do presidente Kim Jung- un, “um amigo”. E, durante um encontro republicano, ele até fingiu sentir “amor” por ele! Os coreanos do Norte e do Sul avançam numa marcha forçada, aproveitando o alinhamento das estrelas: a direita sul-coreana está em frangalhos; o regime de Pyongyang finalmente parece favorecer o desenvolvimento econômico do país; vilipendiada pelos democratas e pelos meios de comunicação norte-americanos por causa de sua reaproximação, considerada imprudente, com a Coreia do Norte, a Casa Branca não vai admitir de bom grado que o maestro autoproclamado da “arte do acordo” foi enganado por um velhaco maior que ele. Seja como for, se os Estados Unidos decidissem retornar ao “fogo e fúria”, a rápida deterioração de suas relações com Pequim e Moscou praticamente impediria que a Rússia e a China os acompanhassem mais uma vez. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |105| Nesse quadro geral, o desarmamento nuclear da Coreia não deve se tornar um pré-requisito para a realização de outros aspectos da negociação: suspensão de manobras militares de ambos os lados, levantamento de sanções econômicas, tratado de paz. Porque Pyongyang nunca vai desistir de seu seguro de vida sem garantias fortes: Trump não é eterno, nem a clemência de seus sentimentos… Outro motivo, ainda que paradoxal, para ser otimista quanto a um acordo nos próximos meses sobre um conflito que já dura três quartos de século. (Serge Halimi. Le Monde Diplomatique. 5 de novembro de 2018.) Assinale a alternativa em que o termo indicado não exerça função sintática idêntica à de do que ocorre no Brasil. a) de médio alcance b) de uma invasão norte-americana c) da Coreia do Norte d) por ele. e) com a Coreia do Norte. 63. Considere o trecho do poema Motivo, de Cecília Meireles, para responder à questão. Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: – mais nada. No trecho “Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada.” (linhas 13-14), a) O termo “canção" funciona como sujeito do verbo "ter". b) Funciona como sujeito do verbo "ter" a expressão "a asa ritmada". c) O termo "sangue" funciona como adjunto adverbial de modo. d) Deve ocorrer reescrita, de modo que o verbo "haver" seja inserido no lugar do verbo "ter", para que haja adequação à variante culta do português do Brasil. e) O termo "ritmada" funciona como predicativo do sujeito. 64. Leia o texto abaixo, que é tido como dedicatória do narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas, para responder à questão. Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas Sintaticamente, o segmento “ao verme” possui, no texto, a função de a) adjunto adnominal restritivo. b) complemento nominal. c) complemento verbal direto. d) complemento verbal indireto. e) adjunto adverbial de meio. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |106| Texto para a questão Brasil conquista 3 bronzes na Olimpíada Internacional de Astrofísica O Brasil terminou a 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia com três medalhas conquistadas e duas menções honrosas. O bom desempenho na disputa intelectual foi um feito de Raul Basilides Gomes (17), de Fortaleza, Giovanna Girotto (16) e Luã de Souza Santos (17), de São Paulo, que garantiram três medalhas de bronze, e dos estudantes de São Paulo, Lucas Shoji (16) e Bruna Junqueira de Almeida (16), com duas menções honrosas. O evento aconteceu em Kszthely, na Hungria. Dos dias 2 a 10 deste mês, 254 estudantes de 47 países foram submetidos a provas práticas, teóricas e de análise de dados. A competição reuniu um número recorde de delegações. Para formar a equipe que competiu, foi necessário aplicar provas em todo o território nacional. Os cinco integrantes do time brasileiro tiveram que percorrer um longo caminho na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) realizada em 2018. A seleção foi dividida em etapas: a primeira com mais de 100 mil inscritos, dos quais 5,3 mil foram escolhidos para realizar uma prova online, então 150 participantes foram convocados para realizar uma prova presencial. Mas os testes não pararam por aí. Na prova presencial, 30 jovens foram selecionados para fazer treinamentos intensivos classificatórios durante 1 semana com astrônomos. Essa etapa aconteceu no primeiro semestre de 2019, e só então foi escolhida a equipe dos cinco. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144968-brasil-conquista-tres-bronzes-olimpiada-internacional-astrofisica.htm/. Acesso em: 28/11/201IDECAN – IFRR – 2020 65. No período “Para formar a equipe que competiu, foi necessário aplicar provas em todo o território nacional.” (l. 7), o trecho sublinhado é classificado, sintaticamente, como A) oração subordinada substantiva objetiva direta. B) oração subordinada substantiva subjetiva. C) oração subordinada adjetiva. D) oração subordinada adverbial. E) sujeito simples. Texto para a questão 02 A política tributária não se restringe ao objetivo de abastecer os cofres públicos, mas tem também objetivos econômicos e sociais. Se fosse aumentada a tributação sobre um produto considerado nocivo para o consumidor ou para a sociedade, o seu consumo poderia ser desestimulado. Caso a intenção fosse promover uma melhor distribuição de renda, o Estado poderia reduzir tributos incidentes sobre os produtos mais consumidos pela população de renda mais baixa e elevar os tributos sobre a renda da classe mais alta. Por outro lado, se o Estado reduzisse a tributação de determinado setor da economia, os custos desse setor diminuiriam, o que possibilitaria a queda dos preços de seus produtos e poderia gerar um crescimento das vendas. Outro efeito viável dessa política seria o aumento do lucro das empresas, favorecendo-se, assim, a elevação dos seus investimentos — e, consequentemente, da produção — e o surgimento de novas empresas, o que provavelmente resultaria no crescimento da produção, bem como no acirramento da concorrência, com possíveis reflexos sobre os preços. Em qualquer um desses cenários, o setor seria estimulado. 66. “Sustentar essa ordem era acreditar na importância das relações hierárquicas.” A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há duas orações subordinadas substantivas, uma subjetiva e uma objetiva indireta. II. O período apresenta duas orações reduzidas e nenhuma desenvolvida. III. A oração principal é “era”. Assinale A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. E) se nenhuma afirmativa estiver correta. Leia o texto abaixo, que é tido como dedicatória do narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas, para responder às questões 03 e 04. Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas (Machado de Assis) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |107| 67. No texto, a ausência de vírgula antes do elemento de coesão “que” constitui-se em um A) desvio linguístico. B) marcador textual sintático-semântico de restrição ao substantivo “verme”. C) marcador exclusivo de não interrupção sintática. D) marcador de ambiguidade sintática. E) marcador de exageração semântica. 68. O elemento de coesão “que” possui, no texto, a função sintática idêntica ao do elemento sublinhado na sentença: A) Machado escreveu doente Memórias Póstumas. B) O narrador de Memórias Póstumas é onisciente. C) Machado é um dos mais consagrados escritores no Brasil. D) Machado foi fundador da Academia Brasileira de Letras. E) A ideia de Machado era explicar a corrupção brasileira. Leia o texto e responda às questões 69 / 70 Para o professor Pasquale, é preciso ler para escrever bem Um dos requisitos para que uma pessoa escreva claramente é ler bastante, especialmente os textos clássicos. A recomendação é do professor de língua portuguesa Pasquale Cipro Neto, idealizador do programa “Nossa língua portuguesa”, exibido pela TV Cultura. Pasquale, que é colunista do jornal Folha de São Paulo, esteve na Unicamp na tarde desta terça-feira (25), onde ministrou palestra sobre o tema “Redação fluente e raciocínio: requisitos essenciais em textos acadêmicos”. O convite para que Pasquale viesse à Universidade partiu do professor Celso Dal Re Carneiro, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (PEHCT) do Instituto de Geociência (IG). A palestra foi apresentada no contexto da programação que comemora os 50 anos da Unicamp. De acordo com Pasquale, os clássicos são sempre uma ótima referência para quem quer aprender a escrever bem, a despeito de seus autores serem brasileiros ou estrangeiros. “Uma sociedade que despreza os clássicos é uma sociedade burra, seja ela acadêmica ou não. O Brasil, infelizmente, tem desprezado os clássicos. Muita gente acha que para escrever bem basta ter o conhecimento linguístico do dia a dia, o que é uma tolice profunda. Além dos clássicos, é preciso ler outros textos: jornal, bula de remédio, rótulo de sucrilhos etc. É fundamental estar informado de tudo o que for possível e compreender as linguagens todas. Obviamente, para escrever também é preciso pensar. O exercício mental constante nos faz descobrir a concatenação mental das coisas e também das palavras, das frases, dos textos”. Sobre o uso da internet como ferramenta para o exercício da leitura e da escrita, Pasquale citou o filósofo, linguista e escritor Umberto Eco, falecido em fevereiro deste ano, que afirmou que a rede mundial de computadores deu voz aos imbecis. “A internet é muito mal utilizada, embora tenha tudo para ser uma ferramenta maravilhosa. Ela é um arquivo monumental, mas as pessoas preferem, por exemplo, ler somente o título de um texto jornalístico – que muitas vezes é mal construído –, tirar conclusões e já sair escrevendo o diabo”. A linguagem da internet, disse Pasquale, é ótima para uma dada situação, mas as pessoas não podem achar que, ao dominar somente esse código, a vida estará resolvida. “Não é possível escrever um texto acadêmico com a linguagem da internet. É preciso ter um guarda-roupa linguístico amplo. Não dá para achar que com uma roupa apenas eu posso ir a todas as situações”. https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2016/10/25/para-o-professor-pasquale-e-preciso-ler-para-escrever-bem 69. A respeito do excerto “Sobre o uso da internet como ferramenta para o exercício da leitura e da escrita, Pasquale citou o filósofo, linguista e escritor Umberto Eco, falecido em fevereiro deste ano, que afirmou que a rede mundial de computadores deu voz aos imbecis.”, é correto afirmar que a ocorrência da vírgula após o termo Umberto Eco justifica-se para introduzir A) vocativo. B) sujeito. C) objeto direto. D) dativo de posse. E) adjunto adnominal oracional. 70. Ainda sob o excerto “Sobre o uso da internet como ferramenta para o exercício da leitura e da escrita, Pasquale citou o filósofo, linguista e escritor Umberto Eco, falecido em fevereiro deste ano, que afirmou que a rede mundial de computadores deu voz aos imbecis.”, pode-se afirmar que as orações “falecido em fevereiro deste ano” e “que afirmou” possuem A) função diferente: a primeira, substantiva; a segunda, adjetiva. B) função diferente: a primeira, adjetiva; a segunda, adverbial. C) a mesma função: substantiva. D) a mesma função: adjetiva. E) função diferente: a primeira, adjetiva; a segunda, substantiva. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |108| CIDADANIA NO BRASIL Discorda-se da extensão, profundidade e rapidez do fenômeno, não de sua existência. A internacionalização do sistema capitalista, iniciada há séculos mas muito acelerada pelos avanços tecnológicos recentes, e a criação de blocos econômicos e políticos têm causado uma redução do poder dos Estados e uma mudança das identidades nacionais existentes. As várias nações que compunham o antigo império soviético se transformaram em novos Estados-nação. No caso da Europa Ocidental, os vários Estados-nação se fundem em um grande Estado multinacional. A redução do poder do Estado afeta a natureza dos antigos direitos, sobretudo dos direitos políticos e sociais. Se os direitos políticos significam participação no governo, uma diminuição no poder do governo reduz também a relevância do direito de participar. Por outro lado, a ampliação da competição internacional coloca pressão sobre o custo da mão-de-obra e sobre as finanças estatais, o que acaba afetando o emprego e os gastos do governo, do qual dependem os direitos sociais. Desse modo, as mudanças recentes têm recolocado em pauta o debate sobre o problema da cidadania, mesmo nos países em que ele parecia estar razoavelmente resolvido. Tudo isso mostra a complexidade do problema. O enfrentamento dessa complexidade pode ajudar a identificar melhor as pedras no caminho da construção democrática. Não ofereço receita da cidadania. Também não escrevo para especialistas. Faço convite a todos os que se preocupam com a democracia para uma viagem pelos caminhos tortuosos que a cidadania tem seguido no Brasil. Seguindo-lhe o percurso, o eventual companheiro ou companheira de jornada poderá desenvolver visão própria do problema. Ao fazê-lo, estará exercendo sua cidadania. (http://www.do.ufgd.edu.br/mariojunior/arquivos/cidadania_brasil.pdf) 71. A respeito da oração “iniciada há séculos” (linha 2), pode-se afirmar que se trata de A) adjunto adnominal oracional explicativo. B) adjunto adverbial oracional de tempo. C) adjunto adverbial oracional de modo. D) complemento nominal oracional. E) aposto explicativo oracional. 72. Com base na norma culta do português contemporâneo brasileiro, a vírgula após “Prefeitura” (linha 3) introduz A) vocativo. B) sujeito. C) objeto direto. D) adjunto adnominal oracional. E) dativo de posse. Grandes questões. Respostas indígenas. Esta semana, no Rio de Janeiro, o povo Kuikuro do Alto Xingu vai dizer HEKITE KUATSANGE EGEI ENHÜGÜ (Seja bem-vindo!) para pesquisadores indígenas de todo o mundo. De Papua-Nova Guiné, Kiribati, Sudão, Dominica, Uganda, Índia, Quênia e Colômbia, assim como das comunidades Guarani-Kaiowá, Tuxa, Baniwa e Tupinambá do Brasil, povos indígenas se reúnem no Museu do Índio para refletir criticamente sobre como métodos indígenas de pesquisa são essenciais para entender os principais problemas que o mundo enfrenta no século XXI. Seja para abordar os desafios da mudança climática ou o racismo, a sustentabilidade ambiental ou a violência de gênero, a seca ou patrimônios culturais ameaçados, os pesquisadores questionam como o conhecimento indígena pode ser ativado de forma efetiva como um recurso para desenvolvimento no futuro. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |109| Pesquisadores do Sudão mostram como o conhecimento tradicional núbio pode informar decisões sobre agricultura sustentável. Uma pesquisadora do povo Emberá-Chami demonstra a importância do conhecimento indígena para a resolução de questões de deslocamento forçado na Colômbia ao lado de um pesquisador Acholi, que examina soluções para a seca em Uganda. Grandes questões. Respostas indígenas. Apesar de todos os impactos positivos dessas colaborações para pesquisas até agora, sabemos que o Brasil enfrenta questões urgentes relacionadas à sua herança indígena e seu futuro. Esse seminário é uma chance para que o povo Kuikuro peça aos colegas indígenas que reflitam juntos sobre como a pesquisa acadêmica pode proteger, preservar e promover o desenvolvimento sustentável para os povos indígenas do Brasil. Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades, terras, águas e culturas indígenas. Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários indígenas. Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu, precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias, à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é bloqueado por barragens hidrelétricas? Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio, enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos, culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos sistemas universitários de ensino e pesquisa são construídos? Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) – um investimento de 1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena conduzir e qual a melhor forma de realizá-la. O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de 20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro. Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam, em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada. Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos. (Takumã Kuikuro e Paul Heritage. Le Monde Diplomatique Brasil. 21 de março de 2019, com adaptações.) 73. No primeiro parágrafo, ao empregar “esta semana”, são passadas informações indicadas pelo pronome. A esse respeito, assinale a alternativa correta. A) O pronome tem valor anafórico, e o evento ocorrerá uma semana após a divulgação da notícia. B) O pronome tem valor catafórico, e o evento ainda terá sua data definida, após a chegada dos convidados. C) O pronome tem valor dêitico, e o evento envolverá possivelmente atividades no dia 24 de março de 2019. D) O pronome tem valor anafórico, e o evento ainda terá sua data definida, após a chegada dos convidados. E) O pronome tem valor dêitico, e o evento ocorrerá em alguma semana futura. 74. Assinale a alternativa que exprima corretamente a função sintática do trecho grifado da oração “Os alunos percebem rapidamente quando estamos desarticulados” (l. 22-23) retirada do Texto 1. A) oração subordinada substantiva objetiva direta B) oração subordinada adverbial de tempo C) oração subordinada apositiva D) oração coordenada assindética E) complemento direto do verbo “perceber” www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |110| A tragédia social dos homicídios O Estado do Rio de Janeiro teve, no primeiro bimestre deste ano, o menor número de homicídios dolosos desde o início da série histórica, em 1991. Não que seja um índice para se aplaudir em cena aberta: foram 705 homicídios, uma média de um assassinato a cada duas horas. Mas é uma queda relevante. Em 1991, o mesmo bimestre teve 1.389 mortes; é uma queda de mais ou menos 50% em 28 anos. Nesse ritmo, o estado chegará a padrões civilizados de homicídios lá pela década de 2070. Mas quando e onde se morre mais? E qual é o perfil da vítima de homicídio? Algumas ferramentas permitem responder a essas perguntas. Os dados deste ano podem ser vistos no sistema de visualização de dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Mata-se mais no fim da noite, entre 22 horas e meia-noite, e o panorama fica pior no fim de semana. Nos primeiros dois meses deste ano, as regiões com mais mortes foram a Baixada Fluminense e o interior do estado. Na Cidade do Rio, os homicídios despencaram quase 51% na comparação com o mesmo bimestre de 2018. O perfil da vítima pode ser analisado nos microdados fornecidos pelo ISP. Analisando-se os dados de quatro anos de mortes (2015 a 2018), é possível tirar algumas conclusões. Há mais homicídios, realmente, nos fins de semana, com predomínio do sábado. A maior quantidade de homicídios acontece de noite, seguida pela madrugada; à tarde é quando menos se mata. Homens são mortos com maior frequência do que mulheres, numa proporção de 11 para um. Pardos e negros são mais assassinados que brancos, numa proporção de três para um. Quando a profissão da vítima é identificada, desempregados estão em primeiro lugar, seguidos por estudantes, desocupados e pedreiros. Em cerca de um quarto dos casos, não há relação entre vítima e autor. Quando existe, companheiros (ou companheiras), vizinhos, amigos e irmãos são os principais responsáveis pelo crime. Quanto à idade, estão em primeiro lugar, com folga, os jovens de 18 a 24 anos. Homens, jovens, pardos ou negros, desempregados ou desocupados. Quando se sabe que os principais autores de homicídios, analisados em grupo, são o tráfico e a milícia, esse perfil não chega a surpreender. E não estão entrando na análise as mortes em confronto com a polícia, que acentuariam ainda mais essas características. Em quatro anos, mais de 7 mil adolescentes e jovens até 24 anos foram mortos no Rio. Se incluirmos os adultos até 30 anos – ou seja, pessoas no início de sua idade produtiva – temos mais de 10 mil mortos entre 2015 e 2018. E apenas no Rio de Janeiro. Espalhe essa tragédia pelo país, em maior ou menor grau, e pelos últimos 20, 30 anos, e é possível vislumbrar o tamanho da desgraça humana, econômica, social e previdenciária que despencou sobre o Brasil com o peso de uma bigorna. Segundo dados do Ipea, entre 1996 e 2016, quase 574 mil jovens entre 15 e 29 anos foram mortos no país. Só 46 municípios, dos 5.570 do país, têm mais de meio milhão de habitantes. Os jovens mortos dessa estatística não eram criminosos que trocaram tiros com a polícia. São vítimas. Meninos e meninas, rapazes e garotas cujo espectro quase infinito de possibilidades virou um monólito de certezas, todas negativas. Não terão filhos. Não trabalharão. Não vão casar nem comprar uma casa, nem carro, nem nada. Não pagarão impostos. Não envelhecerão. Somos uma sociedade que está assassinando seu futuro. (Giampaolo Morgado Braga. Época. 27 mar 2019, com adaptações.) 75. Não que seja um índice para se aplaudir em cena aberta: foram 705 homicídios, uma média de um assassinato a cada duas horas. (linhas 2 e 3). O segmento após os dois-pontos, em relação ao anterior o A) explicita. B) enumera. C) explica. D) exemplifica. E) expande. 76. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |111| O excerto “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa." (linhas 1-2) trata-se de período composto por coordenação, sob a perspectiva da análise sintática do período composto. Caso se faça, com manutenção da correção gramatical, a reescrita de tal excerto, em texto em prosa, A) não se poderia inserir o sinal de vírgula antes da conjunção "e", pois os sujeitos das orações do período citado são idênticos. B) poder-se-ia inserir o sinal de dois-pontos antes da conjunção "e", para que haja ideia de explicação. C) poder-se-ia inserir o sinal de aspas na conjunção "porque", pois o efeito explicativo é irônico no texto. D) poder-se-ia inserir o sinal de vírgula antes da conjunção "e", pois os sujeitos das orações do período citado são diferentes. E) poder-se-ia inserir o sinal de ponto antes da conjunção “porque", pois o período encerra-se, no texto acima, na palavra "instante". 77. No trecho “Mesmo com a criação do Fundef, que foi um avanço, estamos longe de uma solução à altura do problema.” (linha 26), pode- se afirmar que, na oração “que foi um avanço”, a vírgula A) é facultativa, de modo que não há qualquer alteração sintático-semântica com a retirada das vírgulas. B) é obrigatória, uma vez que a oração citada possui valor restritivo. C) não é recomendável, pois a oração citada possui valor restritivo. D) não é recomendável, porquanto a oração citada possui valor explicativo. E) é obrigatória, em razão da natureza sintática e do objetivo comunicativo do escritor. 78. No excerto “Não há exatamente preocupação se tudo caberá nesse período, relativamente curto, muito menos se haverá recursos financeiros para tantos sonhos.” (linhas 2-3), o advérbio "exatamente" pode ser intercalado, A) obrigatoriamente, por dois-pontos. B) obrigatoriamente, por parênteses. C) facultativamente, por vírgulas. D) obrigatoriamente, por vírgulas. E) facultativamente, por reticências. 79. Leia o texto abaixo, que é tido como dedicatória do narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas, para responder à questão. Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórias Póstumas (Machado de Assis) No texto, a ausência de vírgula antes do elemento de coesão “que” constitui-se em um A) desvio linguístico. B) marcador textual sintático-semântico de restrição ao substantivo “verme”. C) marcador exclusivo de não interrupção sintática. D) marcador de ambiguidade sintática. E) marcador de exageração semântica. 80. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |112| “Os coreanos do Norte e do Sul avançam numa marcha forçada, aproveitando o alinhamento das estrelas: a direita sul-coreana está em frangalhos; o regime de Pyongyang finalmente parece favorecer o desenvolvimento econômico do país...” (linhas 32 a 36) O trecho após os dois pontos, no período acima, em relação ao trecho anterior, estabelece uma relação de A) enumeração. B) exemplificação. C) explicitação. D) explicação. E) contradição. 81. Observe o seguinte período: “Os súditos tinham de obedecer a seus governantes, filhos a seus pais e esposas, a seus maridos.” (linhas 15 e 16) Em relação à sua estrutura e pontuação, analise as afirmativas a seguir: I. O emprego da vírgula se justifica por se tratar de zeugma. II. A construção estaria corretamente pontuada da seguinte maneira: Os súditos tinham de obedecer a seus governantes; filhos, a seus pais; e esposas, a seus maridos. III. O período é composto por duas orações. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |113| Assinale A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. D) se todas as afirmativas estiverem corretas. E) se nenhuma afirmativa estiver correta. 82. Texto I NOTÍCIA DE JORNAL Crônica de Fernando Sabino Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente morrer de fome. Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome. Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome. O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem deu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão. Não é de alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome. E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome. Morreu de fome. http://contobrasileiro.com.br/noticia-de-jornal-cronica-de-fernando-sabino/ As vírgulas foram empregadas em “Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem” com o objetivo de separar. A) termos que desempenham a mesma função sintática na oração. B) uma oração subordinada adverbial da sua oração principal. C) orações coordenadas assindéticas justapostas. D) um grupo de adjuntos adverbiais deslocados. 83. As vírgulas empregadas no período “Tudo calculado, descontada a depreciação, devo estar valendo aí uns” foram necessárias para A) isolar orações adverbiais da oração principal. B) separar orações que apresentam sujeitos diferentes. C) isolar orações adjetivas explicativas da oração principal. D) isolar orações reduzidas de particípio da oração principal. 84. Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da vírgula é obrigatória porque serve para: A) isolar o vocativo. B) isolar o adjunto adverbial deslocado. C) separar orações coordenadas. D) intercalar expressões explicativas. 85. Em relação ao emprego das vírgulas em “Einstein, que desnudou o mistério do Universo com suas equações, foi sucedido por Steve Jobs, que nos ofereceu maravilhas tecnológicas embaladas de refinamento estético [...].” (3º§) assinale a alternativa correta. A) Justifica-se o emprego das vírgulas já que isolam orações adjetivas explicativas. B) As orações adverbiais são antepostas à principal, fato que justifica o emprego das vírgulas. C) As vírgulas utilizadas separam orações que apenas restringem o sentido do termo ao qual estão relacionadas. D) É possível a substituição da vírgula após “equações” pelo ponto final, propiciando construções mais curtas e objetivas. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |114| 86. Os sons e o cérebro Antes mesmo de nascer, o bebê já é capaz de escutar. A partir do quinto mês de gestação, ele ouve as batidas do coração da mãe (além de todos os outros barulhos do organismo) e reconhece a voz dela. E reage a esses estímulos, virando a cabeça, chutando ou mexendo os braços, além de ficar com o coração batendo mais rápido. O bebê nasce, cresce, torna-se adulto e os sons continuam a provocar essas e outras reações mais sofisticadas: eles evocam memórias e pensamentos, comunicam, provocam sensações, emocionam e movimentam. Desde os tempos mais remotos, o homem percebeu todo esse potencial. Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras. Assim surgiu a música. Em sua origem, ela era usada para venerar a natureza e os deuses e para conectar o ser humano com forças maiores, envolvendo realidade, magia e crenças. Até hoje ela é responsável pela criação dos mais diferentes sentidos e significados. Mas por que a música mexe tanto com o ser humano? O som é uma vibração que se propaga no ar, formando ondas sonoras que são captadas por nosso sistema auditivo. Depois de transformadas em impulsos elétricos, elas viajam pelos neurônios até o cérebro, onde são interpretadas. Lá, elas chegam primeiro a uma região onde são processadas as emoções e os sentimentos, antes de serem percebidas pelos centros envolvidos com a razão. E, quando isso acontece, ocorre a liberação de neurotransmissores responsáveis por deixar os circuitos cerebrais mais rápidos. Por isso, o pesquisador americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, afirma que a habilidade musical é tão importante quanto a logicomatemática e a linguística por auxiliar outros tipos de raciocínio. Pesquisas na área de neurociências comprovam que a memória, a imaginação e a comunicação verbal e corporal ficam mais aguçadas nas pessoas que escutam, estudam e praticam música. A música é uma das linguagens que o aluno precisa conhecer, mas não somente por essas características. A maior razão é ele poder aprender a sentir, a expressar e a pensar as manifestações sonoras, tão presentes no cotidiano e sempre em constante transformação. As imagens de instrumentos e os diversos ritmos e notações musicais podem ser relacionados com outras manifestações culturais, como a dança e o teatro, e permitem uma análise global da evolução do pensamento humano e suas manifestações. (Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/sons-cerebro-514711.shtml.) Assinale a alternativa em que o uso da(s) vírgula(s) se justifica por ter valor explicativo. A) “... envolvendo realidade, magia e crenças.” (2º§) B) “Antes mesmo de nascer, o bebê já é capaz de escutar.” (1º§) C) “O bebê nasce, cresce, torna-se adulto e os sons continuam a provocar essas e outras reações...” (1º§) D) “... Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, afirma que a habilidade musical é tão importante quanto a logicomatemática e a linguística...” (4º§) 87. No trecho“(...) ele publicou um artigo na prestigiosa revista científica Lancet que associava a vacina tríplice (contra a caxumba, a rubéola e o sarampo)a um risco aumentado de autismo.”(3º§), o uso da vírgula se justifica por: A) Isolar um vocativo. B) Indicar a elipse do verbo. C) Isolar objetos pleonásticos. D) Separar elementos coordenados. 88. Assinale a alternativa cujo uso da vírgula se DIFERE dos demais. A) “... um equilíbrio financeiro em sua vida, um Arco do Triunfo, uma estátua, uma homenagem.” (7º§) B) “... Poderes autônomos como Executivo, Legislativo, Judiciário, dando ainda através dos tribunos voz ao povo.” (4º§) C) “O próprio Otaviano Canuto, economista, representante do Brasil no Banco Mundial, afirmou, em entrevista a Claudia Trevisan:...” (10º§) D) “Corrupção se representa também em ‘consultorias’ de araque, ‘notas frias’, ‘simulações de prestações de serviços’, falsidades documentais, ‘operações estruturadas’, ‘financiamentos para partidos’ e uma caterva de perversidade que forma o aglomerado mais podre da corrupção mundial.” (13º§) 89. “Por isso penso: o debate sobre a legalização das drogas está completamente ultrapassado.” (11º§) O uso de dois-pontos ( : ) no trecho em destaque foram utilizados para anunciar: A) Uma causa. B) Uma explicação enumerativa. C) Uma síntese sobre o que foi exposto anteriormente. D) Uma informação ligada ao que foi anunciado anteriormente. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |115| 90. IDECAN – IF PB – 2019 Acerca da concordância verbal em “funda-se” (linha 10), pode-se afirmar que a) há equívoco, pois o verbo deveria concordar com “testemunhos precisos” (linha 10). b) há equívoco, pois o verbo deveria concordar com “hesitações” (linha 10). c) há equívoco, pois o verbo deveria concordar com “dúvidas suscitadas” (linha 11). d) não há equívoco, pois o sujeito é indeterminado, em razão de a partícula “se” funcionar como índice de indeterminação do sujeito. e) não há equívoco, pois o sujeito é “Esse argumento” (linha 10). 91. Leia o excerto abaixo, retirado do capítulo segundo da obra Raízes do Brasil, escrita pelo sociólogo Sergio Buarque de Holanda, para responder a questão. “A indolência é vício que partilhamos com naturais de algumas terras quentes, mas não com qualquer outro povo do norte da Europa” Com base em seus conhecimentos sobre sintaxe de harmonia entre verbo e sujeito (concordância verbal), pode-se afirmar que o sujeito a) do verbo “partilhamos” é o signo “vício”, razão pela qual há desvio de concordância no texto b) de “partilhamos” é o pronome relativo “que”, razão pela qual há desvio de concordância no texto. c) desinencial de “partilhamos” é o paradigma norteador da relação de concordância no excerto. d) de “partilhamos’ é o signo linguístico “naturais” e) de “partilhamos” é “outro povo do norte da Europa”. 92. “Seja como for, se os Estados Unidos decidissem retornar ao ‘fogo e fúria’, a rápida deterioração de suas relações com Pequim e Moscou praticamente impediria que a Rússia e a China os acompanhassem mais uma vez.” (linhas 41 a 45) Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir: I. No trecho, o verbo decidissem admite que seja flexionado também no singular. II. Ocorre relação de atinência entre as cidades indicadas e os países elencados, respectivamente. III. O como do período se classifica como conjunção subordinativa comparativa. Assinale a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se nenhuma afirmativa estiver correta. 93. Brasil fabricará medicamentos a partir da biodiversidade do país Para desenvolver a indústria farmacêutica do Brasil, nada melhor do que trabalhar com aquilo que temos de melhor: dono da maior fauna e flora do planeta, o país ainda tem milhares de espécies vegetais não catalogadas e que podem contribuir para a fabricação de medicamentos responsáveis pelo tratamento de diferentes enfermidades. Em uma parceria inédita, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) somou esforços com o Aché Laboratórios e a empresa Phytobios para encontrar moléculas de plantas que podem contribuir para remédios destinados às áreas de oncologia e dermatologia. O acordo foi assinado na última segunda-feira (11 de dezembro), durante um evento no auditório do CNPEM, em Campinas. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |116| Com investimento planejado de R$ 10 milhões, as primeiras expedições comandadas pela Phytobios já reuniram exemplares de diferentes espécies vegetais que serão analisados no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que faz parte do CNPEM. “A expedição em busca das espécies é algo bastante complexo: temos de ter um cuidado enorme para não danificar o meio ambiente durante as coletas, além de preservar o material vegetal encontrado”, afirma Cristina Ropke, CEO da Phytobios. “Temos de coletar plantas na época em que elas estão floridas ou frutificadas para que um botânico especialista naquela família as identifique de maneira apropriada.” À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e tecnológico em desenvolvimento no Brasil — o CNPEM conta com equipamentos capazes de realizar a análise das moléculas e mapear suas potencialidades para o tratamento de enfermidades como o combate a diferentes tipos de câncer. (Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/12/brasil-fabricara-medicamentos-partir-da-biodiversidade-do-pais. html.) Em relação às estruturas linguísticas do terceiro parágrafo destacadas a seguir, assinale a afirmativa correta. a) Em “busca das espécies”, a forma verbal “é” poderia, facultativamente, ser alterada para “são”; estabelecendo, assim, concordância com “espécies”. b) As formas verbais “reuniram” e “serão” estabelecem concordância com o mesmo referente de modo que não há possibilidade de alteração para o singular de qualquer uma das duas formas. c) No último período do parágrafo, os pronomes “elas” e “as” têm sua forma apresentada no plural relacionada à retomada do mesmo termo, também no plural, apresentado anteriormente. d) A forma verbal “reuniram” em “reuniram exemplares de diferentes espécies vegetais” poderia ser substituída por “reuniu-se” de acordo com o referente com o qual a concordância é estabelecida. 94. Releia o trecho presente no terceiro quadro da tira: “Deviam dar casa, trabalho, proteção e bem-estar aos pobres”. Acerca da forma verbal destacada, é correto afirmar que a) concorda com “pobres”. b) concorda com termo previamente apresentado na tira. c) concorda com “dar casa, trabalho, proteção e bem-estar”. d) não concorda com nenhum dos termos presente no texto. 95. Além das dimensões semelhantes, Barnard b também está a uma distância em relação a sua estrela que é considerada da mesma faixa daquela que separa o Sol da Terra. “O planeta está localizado a uma distância de 0,4 unidades astronômicas - 40% da distância Terra-Sol - ou 60 milhões de quilômetros de sua estrela”, confirma Ribas, (linhas 21 a 26) A respeito do trecho acima, assinale a afirmativa incorreta. a) No trecho, há ocorrência de um caso de crase facultativa. b) Há um erro de concordância nominal em “0,4 unidades astronômicas”, que deveria ser “0,4 unidade astronômica". c) A conjunção coordenativa “ou”, embora classificada genericamente como alternativa, tem, no trecho, valor semântico de equivalência. d) Há seis ocorrências de artigo definido. e) A primeira ocorrência de “que” se classifica como pronome relativo; a segunda, como conjunção subordinativa comparativa. 96. Na frase “... há anos se acumulava,...” (2º§), a forma verbal é justificada pelo mesmo motivo visto em: a) Fazia meses que a avó não via seu neto. b) Mais de dez crianças brincaram na chuva. c) “É, como dizem os ingleses, um ato de Deus.” (1º§) d) Precisa-se de pessoas responsáveis para esse trabalho. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |117| 97. Em “Houve inadaptados, mas a inadaptação mal se distinguia da adaptação, tantos foram os campos de concentração da heterodoxia dispersos pela cidade, pelos bares, pelas discotecas, pela droga, pelo facebook.” (1º§) O verbo “haver” tem seu emprego correto de acordo com a norma padrão. O mesmo ocorre em: a) Haviam boas razões para suspeitarmos deles. b) Havia, os rapazes, estudado a semana inteira. c) Houve vários bate-bocas durante a assembleia. d) Haviam muitas pessoas interessadas no projeto. 98. Revoluções tecnológicas e transformações subjetivas Todos reconhecemos que inovações tecnológicas dos mais variados tipos introduzem transformações em nossas vidas. Além das transformações que presenciamos em primeira mão, somos capazes de ter acesso a inúmeras outras quando estabelecemos contato, por meio de relatos dos mais velhos, livros, filmes, viagens etc., com os modos de vida de épocas e lugares em que uma ou outra tecnologia ainda era desconhecida. Esse tipo de contato com o antes de determinada tecnologia, torna fácil perceber as transformações por ela geradas no depois. Quem não sabe que, antes da energia elétrica, a família se reunia ao redor do piano? Quem desconhece que, depois da energia elétrica, o piano foi substituído pelo rádio e, ainda mais recentemente, pela televisão? Alguém que tenha uma geladeira que já parou de funcionar pode desconhecer as transformações que este eletrodoméstico gerou na nossa relação com o mercado de suprimentos? Quantos de nós, acostumados que estamos às calculadoras de bolso, ainda sabemos fazer contas de cabeça ou na ponta do lápis? Não parece haver dúvidas de que nossos comportamentos e hábitos podem sofrer alterações em função do desenvolvimento de novas tecnologias. O difícil é perceber que algumas tecnologias têm impactos bem mais profundos sobre os seres humanos que a elas são expostos, chegando mesmo, embora em raros casos, a gerar transformações internas radicais. Em outras palavras, embora seja fácil detectar que novas tecnologias têm o poder de alterar nossos hábitos e nossas formas de agir, é bem mais difícil registrar que algumas tecnologias também podem alterar radicalmente nossos modos de ser (como pensamos, como percebemos e organizamos o mundo externo e interno, como nos relacionamos com os outros e com nós mesmos, como sentimos, etc.). (Ana Maira Nicolaci da Costa. Revoluções tecnológicas e transformações subjetivas. Psicologia; Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 18, n: 2, 2002.) Analise as afirmativas a seguir e assinale a correta de acordo com a adequação linguística apropriada ao texto. a) Em “torna fácil perceber as transformações por ela geradas no depois.” (1º§) a substituição de “ela” por “elas” elimina a ambiguidade gerada pela construção apresentada. b) Em “Além das transformações que presenciamos em primeira mão” (1º§) é possível substituir a forma “que presenciamos” pelo seu correspondente nominal “presenciada”. c) Em “inovações tecnológicas dos mais variados tipos introduzem transformações” (1º§), caso houvesse omissão de “tipos”, a expressão “dos mais variados” sofreria alteração passando a concordar com “inovações tecnológicas”. d) Em “podem sofrer alterações em função do desenvolvimento de novas tecnologias.” (3º§), caso houvesse omissão da expressão “do desenvolvimento”, o “de” que antecede “novas tecnologias” seria obrigatoriamente substituído por “da”. 99. Existem palavras que possuem regras diferentes quanto à concordância de acordo com a classe gramatical a qual pertencem como ocorre com o termo “meio” em “implica reconhecer que somos meio cegos...”. A concordância gramatical só NÃO está correta em: a) A despesa com este projeto está cada vez mais caro, não havia tal previsão. b) Digo que aquelas pessoas são bastante cuidadosas em relação ao trabalho que executam cotidianamente. c) Foi um evento em que conheci bastantes pessoas cujo contato foi providencial para futuros planejamentos. d) Nunca disse que tal trabalho custaria barato, pelo contrário, exige disponibilidade para grandes investimentos. 100. Acorrentados Quem coleciona selos para o filho do amigo; quem acorda de madrugada e estremece no desgosto de si mesmo ao lembrar que há muitos anos feriu a quem amava; quem chora no cinema ao ver o reencontro de pai e filho; quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz com os dedos uma carícia; quem se detém no caminho para ver melhor a flor silvestre; quem se ri das próprias rugas; quem decide aplicar-se ao estudo de uma língua morta depois de um fracasso sentimental; quem procura na cidade os traços da cidade que passou; quem se deixa tocar pelo símbolo da porta fechada; quem costura roupa para os lázaros; quem envia bonecas às filhas dos lázaros; quem diz a uma visita pouco familiar: Meu pai só gostava desta cadeira; quem manda livros aos presidiários; quem se comove ao ver passar de cabeça branca aquele ou aquela, mestre ou mestra, que foi a fera do colégio; quem escolhe na venda verdura fresca para o canário; quem se lembra todos os dias do amigo morto; quem jamais negligencia os ritos da amizade; quem guarda, se lhe deram de presente, o isqueiro que não mais funciona; quem, não tendo o hábito de beber, liga o telefone internacional no segundo uísque a fim de conversar com amigo ou amiga; quem coleciona pedras, garrafas e galhos ressequidos; quem passa mais de dez minutos a fazer mágicas para as crianças; quem guarda as cartas do noivado com uma fita; quem sabe construir uma boa fogueira; quem entra em delicado transe diante dos velhos troncos, dos musgos e dos liquens; quem procura decifrar no desenho da madeira o hieróglifo da existência; quem não se acanha de achar o pôr-do-sol uma perfeição; quem se desata em sorriso à visão de uma cascata; quem leva a sério os transatlânticos que passam; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro; quem sente pena da pessoa amada e não sabe explicar o motivo; quem julga adivinhar o pensamento do cavalo; todos eles são presidiários da ternura e andarão por toda a parte acorrentados, atados aos pequenos amores da armadilha terrestre. (CAMPOS, Paulo Mendes. O anjo bêbado. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969.) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |118| De acordo com as normas da linguagem padrão, assinale a afirmativa correta. a) Em substituição a “se lhe dera de presente” é facultativo o emprego de “se lhes deram de presente” b) Com as devidas adequações, a substituição de “quem manda livros aos presidiários” por “quem lhes manda livros” estaria correta. c) Em “[...] quem segura sem temor uma lagartixa e lhe faz [...]”, a substituição de “lagartixa” por “lagartixas” provoca a alteração para o plural da forma verbal “faz”. d) A substituição das ocorrências de “quem” por “aquele que” exigiria o uso do acento grave indicativo de crase em função da regência verbal, resultando em “àquele que”. 101. Em “Em muitas famílias não há o espaço para o idoso.” (1º§) ocorre o emprego do verbo “haver”, verbo impessoal e que se apresenta na terceira pessoa do singular por este motivo. Dentre as concordâncias a seguir, apenas uma está correta por se tratar também de um verbo impessoal; assinale-a. a) Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. b) Choveu asneiras nas provas de redação. c) Soa quinze horas no relógio do Parque Central. d) Aqui não se comete equívocos nem se pratica tais coisas. 102. “Atualmente há nove países detentores de armas nucleares que, conjuntamente, somam mais ou menos 17.000.” (5º§) Em se tratando da concordância do verbo haver, a flexão que ocorre no trecho anterior encontra-se correta. Assinale a alternativa em que a concordância do verbo haver está INCORRETA. a) Houveram muitas vítimas da radioatividade. b) Os americanos haviam lançado a bomba logo cedo. c) Eles haviam destruído as cidades de Hiroshima e Nagasaki. d) Há exatamente 70 anos, os Estados Unidos lançou a bomba atômica sobre Hiroshima. 103. Considerando o predomínio do uso da norma padrão da língua no texto, considere os comentários referentes ao 1º§ do texto “Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas. Toda noite, sentava na minha escrivaninha e colocava a correspondência em dia. Ia até altas horas respondendo uma a uma, aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.” e assinale o verdadeiro. a) A forma verbal “chegavam” poderá ser substituída por “chegava” caso a ênfase seja dada à expressão “uma a uma”. b) O adjetivo composto “verde-amarelo” faz o plural com a mesma variação vista em “castanho-escuro” e “amarelo-esverdeado” c) A forma verbal “passei” estabelece concordância com o pronome relativo “que”, elemento de coesão textual que retoma o elemento anterior d) Para que não haja prejuízo quanto à coerência textual, a forma verbal “passei” deve ser substituída por “passava”, de acordo com as formas empregadas “comunicava”, “sentava” e “colocava”. 104. A concordância da forma verbal “vivem” em “[...] 92% da população mundial vivem em áreas com qualidade do ar inferior [...]” (7º§) leia as variações a seguir. I. “92% da população mundial vive em áreas com qualidade do ar inferior.” II. “Os 92% da população mundial vivem em áreas com qualidade do ar inferior.” III. “Esses 92% da população mundial vive em áreas com qualidade do ar inferior.” São admitidas as variações apresentadas, considerando a concordância normal ou figurada A) I, II e III. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. 105. FILOSOFIA DOS EPITÁFIOS Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum (*); parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos. (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas) O trecho “(...) induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou.” possui elemento linguístico marcado pelo acento indicativo de crase. Tal acento é proveniente, no caso em tela, em razão da fusão do artigo “a” com a preposição “a”, a qual advém da regência do a) verbo induzir. b) verbo passar. c) verbo arrancar. d) nome homem. e) nome sombra. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |119| 106. No trecho “Como é natural, os quatro principais candidatos à Presidência da República prometem mundos e fundos para o aperfeiçoamento da educação, nos seus quatro anos de mandato.”, há uma passagem em que ocorre crase. Pode-se inferir, com base em pressupostos gramaticais, que o acento indicador de crase utilizado no texto está bem empregado porque a) há fusão da preposição "a", advinda do verbo "ser", com o artigo "a", determinante de "Presidência". b) há fusão da preposição "a", advinda do nome "principais", com o artigo "a", determinante de "Presidência". c) há fusão da preposição "a", advinda do nome "candidatos", com o pronome "a", determinante de "Presidência”. d) há fusão da preposição "a", advinda do nome "candidatos", com o artigo "a", determinante de "Presidência". e) há fusão da conjunção "a", advinda do nome "candidatos", com o artigo "a", determinante de "Presidência". 107. Com base na norma culta do português contemporâneo brasileiro, é correto afirmar que o acento indicador de crase no trecho “fui dizer à minha mãe” é a) obrigatório. b) apenas fonético. c) facultativo. d) impossível. e) não recomendável contextualmente. 108. Revoluções tecnológicas e transformações subjetivas Todos reconhecemos que inovações tecnológicas dos mais variados tipos introduzem transformações em nossas vidas. Além das transformações que presenciamos em primeira mão, somos capazes de ter acesso a inúmeras outras quando estabelecemos contato, por meio de relatos dos mais velhos, livros, filmes, viagens etc., com os modos de vida de épocas e lugares em que uma ou outra tecnologia ainda era desconhecida. Esse tipo de contato com o antes de determinada tecnologia, torna fácil perceber as transformações por ela geradas no depois. Quem não sabe que, antes da energia elétrica, a família se reunia ao redor do piano? Quem desconhece que, depois da energia elétrica, o piano foi substituído pelo rádio e, ainda mais recentemente, pela televisão? Alguém que tenha uma geladeira que já parou de funcionar pode desconhecer as transformações que este eletrodoméstico gerou na nossa relação com o mercado de suprimentos? Quantos de nós, acostumados que estamos às calculadoras de bolso, ainda sabemos fazer contas de cabeça ou na ponta do lápis? Não parece haver dúvidas de que nossos comportamentos e hábitos podem sofrer alterações em função do desenvolvimento de novas tecnologias. O difícil é perceber que algumas tecnologias têm impactos bem mais profundos sobre os seres humanos que a elas são expostos, chegando mesmo, embora em raros casos, a gerar transformações internas radicais. Em outras palavras, embora seja fácil detectar que novas tecnologias têm o poder de alterar nossos hábitos e nossas formas de agir, é bem mais difícil registrar que algumas tecnologias também podem alterar radicalmente nossos modos de ser (como pensamos, como percebemos e organizamos o mundo externo e interno, como nos relacionamos com os outros e com nós mesmos, como sentimos, etc.). (Ana Maira Nicolaci da Costa. Revoluções tecnológicas e transformações subjetivas. Psicologia; Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 18, n: 2, 2002.)a) A área aonde se instalaram os primeiros imigrantes correspondia à das antigas Missões. Na construção “acostumados que estamos às calculadoras de bolso” (2º§) é possível identificar como termo regente e termo regido, respectivamente, justificando em parte o uso do acento indicador de crase: a) estamos / calculadoras. b) acostumados / estamos. c) acostumados / calculadoras. d) estamos / calculadoras de bolso. 109. “[...] mas há dois aspectos que autorizam os brasileiros a nutrir certo otimismo: [...]” (2º§) O verbo grifado no segmento anterior apresenta a mesma transitividade vista em: a) Sua vantagem é que sempre teve certeza da vitória. b) Diante da plateia, desculpou-se do ocorrido ao professor. c) Ainda que tardiamente, o recurso foi julgado improcedente pela segunda vez. d) Tendo em vista a situação apresentada, relegamos esse assunto a segundo plano. 110. Considerando a relação estabelecida entre o verbo e seus complementos, é correto afirmar que, no título apresentado - Musicoterapia ajuda jovens com câncer a lidar com tratamento -, a) a preposição “a” introduz um complemento ligado indiretamente à forma verbal “ajuda”. b) o termo regente e o termo regido ligam-se através das formas verbais empregadas na frase. c) as duas ocorrências da preposição “com” demonstram a relação estabelecida entre o verbo e seu complemento. d) a forma verbal “ajuda” e o infinitivo “lidar” poderiam apresentar a mesma preposição ligando-os ao termo regido. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |120| 111. Em relação à sintaxe, dentre os segmentos destacados a seguir, todos apresentam verbos equivalentes quanto ao papel que representam junto ao predicado que compõem, EXCETO: a) “são solidários com as pessoas afetadas.” (2º§) b) “Este sentimento está cada vez mais raro...” (1º§) c) “O curioso é que as manifestações de altruísmo...” (2º§) d) “Vivemos em uma sociedade onde ações, gestos...” (1º§) 112. Reconhecendo as relações de regência presentes na oração: “Todos se tornam normais em relação a uma sociedade imensamente anormal.” (3º§) está correto o que se afirma em: a) O termo regente que exige a preposição “a” pode ser identificado através da forma verbal pronominal “se tornam”. b) A preposição “a” poderia ser omitida caso o substantivo feminino, termo regido por ela, fosse substituído por um substantivo masculino. c) Caso a expressão “a uma” fosse substituída por “aquela”, ignorando-se uma possível alteração de sentido, a ocorrência de crase seria obrigatória. d) A omissão da expressão “em relação” manteria o significado e a regência apresentados no segmento destacado, considerando-se a sua função única de ênfase da ideia expressa. 113. Considerando-se a relação que se estabelece entre o termo regente e o termo regido, assinale a sugestão de mudança para o fragmento que NÃO apresenta correção de acordo com a norma padrão da língua. a) “Requer saber usar os chamados atalhos mentais, [...]” (3º§) / “Requer conhecer o uso dos chamados atalhos mentais” b) “Persuasão é coisa de político, marqueteiro e vendedor, [...]” (1º§) / “Persuadir é coisa para político, marqueteiro e vendedor” c) “Ela dá as caras ao pedir passagem no trânsito, pleitear aumento ao chefe” (3º§) / “Mostrando às caras quando pede passagem no trânsito, quando pede aumento ao chefe” d) “Eles analisaram diversos estudos que mostram como o pensamento coletivo resolve melhor que o individual [...]” (2º§) / Eles fizeram uma análise de diversos estudos que demonstram como o pensamento coletivo resolve melhor que o individual” 114. Assinale o trecho cujo termo destacado possui transitividade equivalente à do verbo “tratar” vista em “Quem dorme pouco está mais propenso a desenvolver doenças mentais e têm mais dificuldades de tratá-las.”: a) “[...] são algumas das respostas do corpo à privação de sono.” b) “[...] concorda com Abbott sobre a correlação entre insônia e doenças mentais.” c) “A insônia, inclusive, é um sintoma comum em pacientes que sofrem de ansiedade, [...]” d) “Quem tem dificuldade para pegar no sono sabe que os efeitos de uma noite mal dormida [...] 115. Considerando a construção do trecho “A falta de bom senso leva o mundo, nossas lideranças e mesmo as pessoas comuns a agir de maneira irracional e até mesmo contrária aos seus próprios interesses.” e as normas da linguagem padrão, assinale a afirmativa correta a respeito. a) Caso a forma verbal “agir” fosse substituída por “ações”, haveria obrigatoriedade da crase em “à ações”. b) Não haveria incorreção se o artigo masculino plural que antecede a expressão “próprios interesses” fosse omitido. c) A regência do verbo “levar” é facultativa em relação ao emprego da preposição “a”; sendo assim, estaria correta a redação “leva ao mundo”. d) Com a finalidade de que a ambiguidade do trecho destacado seja eliminada, seria necessário repetir a locução “de maneira” após “até mesmo”. Texto 1 Para as turmas desafiadoras, novas práticas O que fazer quando aquela classe faz o professor questionar a sua capacidade e prática docente Por Felipe Bandoni "A turma mais difícil é o 7º ano. Nunca tive alunos que me fizessem sentir tão vulnerável. Acho que desaprendi a ser professor." Essas palavras foram ditas por um colega muito experiente. Fiquei perplexo, pois ele é uma referência, querido pelos alunos e admirado pelos colegas; o tipo que sempre traz soluções. Levei um choque, e sua fala me fez perceber que todos enfrentamos turmas que colocam em xeque nossa habilidade e experiência. Quando percebemos que uma turma será muito difícil, é porque nosso repertório está se esgotando. Precisamos de outras saídas e, para chegar a elas, é fundamental conversar com colegas, coordenação e direção. Um ótimo início é fazer uma análise aluno a aluno, buscando entender o que é do grupo e o que é individual. Uma vez detectados quais os casos mais sérios, é importante definir encaminhamentos que toda a equipe realizará: em que situações alunos poderão ser excluídos da sala, por exemplo? Em que casos pedir ajuda à direção? É muito importante que a equipe faça intervenções conjuntas e consistentes. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |121| Os alunos percebem rapidamente quando estamos desarticulados e usam isso em seu enfrentamento: "Se a outra deixou, por que você não deixa?" Também é preciso assumir nossa parcela de responsabilidade. Em que medida nossas aulas contribuem para gerar indisciplina? Ninguém propõe intencionalmente atividades que estimulam o tumulto, mas é preciso reconhecer que algumas não funcionam com certas turmas. Pode ser um problema da nossa prática, mas também ser um choque entre ela e os estudantes que, muitas vezes, estão imaturos para certas propostas. Nas classes difíceis que enfrentei, por exemplo, percebi que aulas expositivas são ruins, pois eram gatilho para a distração. Aprendi, na marra, a reduzir esse tipo de aula para as inquietas. Turmas assim dão muito trabalho, mas também as maiores recompensas. Caso os professores revejam suas práticas e se organizem como grupo para fazer intervenções consistentes, serão aquelas que ficarão na nossa memória e que nos farão acreditar que contribuímos para a transformação dos nossos alunos. 116. Assinale a única alternativa que represente o assunto principal tratado ao longo de todo o Texto 1. a) As dificuldades impostas por alunos indisciplinados aos professores. b) A incapacidade de um professor experiente para lidar com turmas difíceis. c) As estratégias a ser usadas pelo professor para lidar com turmas difíceis. d) A inadequação das aulas expositivas em turmas difíceis. e) A necessidade de que os professores modifiquem sua prática pedagógica. 117. Assinale a única alternativa que não represente uma atitude sugerida com vogal diferente. Exemplos: autoajuda, autoatendimento, autoestrada, autoanálise, intraocular, plurianual, contraindicação, infraestrutura. Não se usa hífen também na seguinte formação: prefixos ou pseudoprefixos terminados em vogal + palavra iniciada por R ou S. Nesse caso, duplica- se o R e o S. Exemplos: infrassom, contrassenso, extrasseco, neorrealista, autorretrato, antirreligioso, antissemita, semissintético, antessala, minissaia, arquirrivalidade, antirrugas. 3.Em palavras formadas pelos prefixos CIRCUM e PAN + palavras iniciadas por VOGAL, H, M ou N. Circum-murado, Circum-navegação, Circum-hospitalar, Circum-ambiente, Pan-americano, Pan-helenístico, Pan-marítimo. 4. Em palavras iniciadas por PRÉ, PRÓ e PÓS (com significados próprios), diante de qualquer palavra. Pré-natal Pré-escolar, Pró-democracia, Pró-desarmamento, Pós-gaduação, Pós-parto. OBSERVAÇÃO Se os prefixos não são autônomos, não há hífen. Exemplos: pressupor, predeterminado, premeditar, propor, pospor. 5. Em palavras terminadas por sufixos de origem tupi-guarani, como AÇU, GUAÇU e MIRIM. Exemplos: Capim-açu, Sabiá-guaçu, Jacaré-mirim. 6. Em palavras formadas pelos elementos ALÉM, AQUÉM, RECÉM e SEM. Exemplos: Além-mar, Aquém-oceano, Recém-nascido, Sem-teto. 7. Em compostos em que o primeiro elemento é um numeral. Exemplos: Primeira-dama, Primeiro-ministro, Segunda-feira, Quinta-feira. 8. Não se usa hífen com os prefixos CO e RE. Coautor, Coexistir, Copiloto, Recomeçar, Refazer OBSERVAÇÃO Não se usa hífen com a palavra NÃO, associado a substantivo, a adjetivo e a verbo no particípio. Não assalariado, Não comparecimento, Não fumante, Não linear. 9. Em palavras compostas que designam espécies botânicas ou zoológicas, ligadas ou não por preposição. Água-viva, Andorinha-do-mar, Bem-te-vi, Bem-me-quer, Chá-mate, Cravo-da-índia, Couve-flor, Erva-doce, Feijão-verde, Fruta-pão, João-de- barro. 10. Em palavras compostas formadas de palavras repetidas ou de mesma classe gramatical. Reco-reco, Corre-corre, Blá-blá-blá, Quebra-quebra, Ítalo-brasileiro. 11. Com o elemento MAL, antes de palavra incida por VOGAL, H ou L.. Mal-estar, Mal-empregado, Mal-entendido, Mal-assombrado, Mal-humorado, Mal-limpo. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |18| 12. Com o elemento BEM, antes de palavra incida por VOGAL, H ou CONSOANTE. Bem-aventurado, Bem-humorado, Bem-criado, Bem-visto. 13. Não se usa hífen nas locuções de qualquer tipo (prepositivas, conjuntivas, adjetivas, substantivas, pronominais), exceto naquelas já consagradas pelo uso. À flor da pele, A pão e água, Balão de oxigênio, Cão de guarda, Cartão de visita, Conto de fadas, Dona de casa, Dor de cotovelo, Fim de semana, Golpe de mestre, Lua de mel, Pé de moleque, Mão de obra, Mestre de obras, Pé de cabra, Pão de ló, Saco de pancada, Sala de estar, Sala de jantar. OBSERVAÇÕES I. Nas palavras já consagradas pelo uso, o hífen se mantém, ao deus-dará, água-de-colônia, à queima-roupa, arco-da-velha, cor-de-rosa, pé-de-meia. II. Não há hífen nos substantivos compostos que perderam, de certo modo, sua noção de composição. girassol, pontapé, rodapé, paraquedista, paraquedas, mandachuva, madressilva. Cuidado! Para-lama, Para-brisa e Para-choque são escritos com hífen. III. Com o elemento “socio” não se usa hífen, exceto se o termo seguinte é iniciado por letra “o” ou “h”. Exemplos: socioambiental, socioeconômico, socioeducador, sociolinguístico, socio-humanitário, socio-histórico. Cuidado! Não se acentua a sílaba “so” nesses casos. Outro detalhe: se o termo “sócio” é um substantivo, dando ideia de “associado”, há hífen no composto. Exemplos: sócio-diretor, sócio-fundador, sócio-gerente. IV. Com o elemento AFRO, há hífen se compõe um adjetivo pátrio. Exemplos: afro-brasileiro, afro-chinês, afro-espanhol. Cuidado! “Afrodescendente” é grafado sem hífen. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |19| AULA 5: ACENTUAÇÃO GRÁFICA PALAVRAS OXÍTONAS São acentuadas aquelas que apresentam as seguintes terminações: A(s), E(s), O(s), Em(ens). Exemplos: Sofá(s), maracujá(s) Café(s), cortês Cipó(s), avós Refém, armazéns OBSERVAÇÕES 1. Na acentuação de verbos oxítonos, o pronome oblíquo enclítico (depois do verbo) não é considerado. Exemplos: consertá-las, desfazê-las. 2. As oxítonas terminadas em –i ou em –u não devem ser acentuadas. Exemplos: saci, juriti, tatu, xampu. PALAVRAS PAROXÍTONAS São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em: R caráter L túnel N pólen X tórax PS bíceps DITONGO história ON (s) próton(s) UM(s) álbum, álbuns I(s), táxi, grátis US vírus Ã(s) ímã(s) ÃO(s) órgão(s) OBSERVAÇÕES 1. Paroxítonas terminadas em -m não são acentuadas. Exemplos: item, cantem, falam, vibram, exercem. 2. Paroxítonas terminadas em -ens não recebem acento gráfico. Exemplos: itens, hifens. 3. Não são acentuados os prefixos terminado em –i ou em –r. Exemplos: arqui, anti, mini, hiper, super, inter. PALAVRAS PROPAROXÍTONAS Todas as proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: Dúvida Líquido Lâmpada Símbolo Plástico Sonâmbulo ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS Recebem acento gráfico, agudo ou circunflexo, os monossílabos tônicos terminados em: A(s) já, lá, vá E(s) fé, ré, lê, mês O(s) nó, só, pôs OBSERVAÇÃO 1. Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, os verbos ter e vir recebem acento circunflexo. Exemplos: eles têm, eles vêm. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |20| REGRA DO HIATO São acentuados o I e o U, 2ª vogal tônica do hiato, quando sozinhos na sílaba ou seguidos de S. Exemplos: Juízes (ju-í-zes) Raízes (ra-í-zes) Baú (ba-ú) Saúde (sa-ú-de) Saída (sa-í-da) País (pa-ís) Balaústre (ba-la-ús-tre) OBSERVAÇÕES 1. Não levam acento gráfico (I e U) se vêm precedidos de letra repetida, exceto nas formas proparoxítonas. Exemplos: xiita, sucuuba, seriíssimo (proparoxítona), duúnviro (proparoxítona). 2. Não leva acento gráfico o I seguido de NH. Exemplos: ladainha, rainha, campainha. 3. Nos vocábulos paroxítonos, o I e o U não recebem acento gráfico após ditongo decrescente. Exemplos: feiura, baiuca. 4. Nos vocábulos paroxítonos, o I e o U recebem acento gráfico após ditongo crescente. Exemplos: Guaíba, Guaíra. 5. Acentuam-se o I e o U, após ditongos decrescentes, em palavras oxítonas: Pi-au-í, tui-iu-ú. 6. Não são acentuados o I e o U se seguidos de letra que não é S. Exemplos: ju-iz, ra-iz, Ra-ul, ca-ir, ru-ir. 7. Acentuam-se o I e o U seguidos de pronomes oblíquos átonos. Exemplos: possuí-lo, distribuí-lo. 8. Não levam acento gráficos hiatos OO e EE. Exemplos: voo, enjoo, deem, leem, creem, veem (verbo ver). DITONGO ABERTO Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU, seguidos ou não de S. Exemplos: Céu(s) Pastéis Coronéis Troféu(s) Herói(s) Véu(s) Réu(s) Dói Rói OBSERVAÇÃO Não se acentua o ditongo aberto se não vem em palavras monossílabas ou em posição final em uma palavra. Exemplos: heroico, assembleia, plateia, jiboia. ACENTO DIFERENCIAL O acento diferencial, que marca distinção de pronúncia, significado e de classe gramatical, permanece para os seguintes vocábulos: Pôr (verbo) ≠ Por (preposição) Exemplos: Você deve pôr as tarefas em dia. Fiz tudo isso por você. Pôde (pretérito perfeito do verbo “poder”) ≠ Pode (presente do indicativo do verbo “poder) Exemplos: Você pôde fazer o que lhe pedi? Você pode fazer isso por mim? Porquê (substantivo = MOTIVO) ≠ Porque (conjunção causal ou explicativa) Exemplos: Qual o porquê pelo autor do Texto 1 aos professores que se percebem trabalhando com uma turma que estes consideram difícil. a) Buscar auxílio com colegas de profissão. b) Selecionar alguns alunos para excluí-los da turma. c) Identificar quais dificuldades são específicas de alunos específicos e quais são da turma como um todo. d) Combinar com os demais professores e com os gestores intervenções padronizadas. e) Identificar em quais situações um auxílio de seus superiores será necessário. 118. Considerando as informações veiculadas no Texto 1, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I. É necessário que o professor reconheça que, às vezes, uma atividade que ele propôs não era adequada para uma turma em particular. PORQUE II. Turmas difíceis são as que levam o professor a acreditar que ele contribuiu para a transformação de seus alunos. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. c) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. d) As asserções I e II são proposições falsas. e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 119. A partir da leitura do Texto 1, assinale a única alternativa em que o referente do primeiro termo é, no texto, retomado pelo segundo. a) alunos (l. 5) e sua (l. 7) b) indisciplina (l. 26) e ela (l. 31) c) classes difíceis (l. 32) e inquietas (l. 35) d) aulas expositivas (l. 33) e aquelas (l. 39) e) intervenções consistentes (l. 39) e aquelas (l. 39) 120. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |122| Assinale a única alternativa que não represente uma interpretação (inclusive de pressupostos, subentendidos e implícitos) coerente da tirinha acima. a) Punir é bem mais fácil que educar, embora seja menos eficiente. b) Ao seguir o caminho de punir, nos desviamos do caminho de educar. c) A educação é muito mais demorada que a punição, mas vale mais a pena. d) Antes de iniciar o caminho para educar, precisamos passar pelo caminho de punir. e) Se desejarmos seguir o caminho de educar, não deveremos passar pelo caminho de punir. Texto para a questão 06 Mundo Estranho O que é o chorume do lixo? Líquido nojento pode ser mais danoso ao ambiente do que o esgoto Por Evelyn Mackus - out /2018 Esse líquido escuro e de cheiro forte se forma quando o lixo entra em decomposição, principalmente por causa da ação de bactérias. Tanto faz se o lixo é orgânico (como restos de comida) ou inorgânico (como plástico ou vidro). Também chamada de lixiviado, a gosma pode surgir da umidade natural do detrito ou gerada por seu apodrecimento, e é alimentada pela água da chuva. Sua composição varia de acordo com o material descartado: geralmente contém nitrogênio e carbono, mas também pode incluir cobre, cobalto, cádmio, mercúrio e outros metais pesados. Por isso, ele é muito mais prejudicial ao meio ambiente do que o esgoto. Se o chorume de um aterro sanitário não for tratado corretamente, pode alcançar os lençóis freáticos e contaminar todo o ciclo da água do qual aquele aquífero faz parte. 121. Ainda a partir da leitura do Texto 1, é correto afirmar que I. o não-tratamento do chorume de um aterro sanitário é mais grave que o não-tratamento do esgoto. II. o chorume é gerado apenas a partir do apodrecimento do lixo orgânico. III. a presença de metais pesados no chorume o torna mais prejudicial ao meio ambiente. Assinale a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 122. Disponível em: http://www.sismmac.org.br/disco/20160927ideb.jpg. Acesso em: 28/11/2019 O IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e é obtido a partir da submissão de alunos deste nível de ensino a avaliações de larga escala elaboradas pelo Ministério da Educação. Sabendo disso, e a partir da análise do Texto, é correto afirmar que seu autor deseja criticar a) o reconhecimento do trabalho dos professores quando seus alunos obtêm bons resultados nas avaliações externas. b) a corrupção reinante nas prefeituras das cidades brasileiras. c) a falta de condições de trabalho dos professores em instituições municipais no Brasil. d) o baixo desempenho dos alunos do ensino básico nas avaliações feitas pelo Governo Federal. e) a transferência de responsabilidade, dos gestores públicos para os professores, pelos maus resultados dos alunos em avaliações a que são submetidos. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |123| 123. Assinale a única alternativa que nos apresenta uma informação que está implícita no Texto. a) Todos os inscritos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica tinham intenção de concorrer às 5 vagas brasileiras para a 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia. b) Não são realizadas provas presenciais na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). c) 30 jovens que fizeram treinamentos intensivos classificatórios com astrônomos durante uma semana não participaram da 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia. d) A 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia foi a edição com maior número de estudantes inscritos. e) Na 12ª edição da Olimpíada Internacional de Astronomia houve menos de 47 delegações. Texto para as questões 124 / 125 Novo patamar da Selic força investidor a assumir riscos Saída da zona de conforto de uma poupança ou Tesouro Direto é necessário para quem quer ganhar mais nas aplicações Por Armando de Oliveira Lima, armando.lima@svm.com.br 08:10 / 02 de Novembro de 2019 A decisão unânime do Copom de baixar a Selic de 5,5% para 5% ao ano vai forçar o investidor brasileiro a assumir mais riscos, nesta nova etapa da política nacional de juros. Depois da desmitificação da poupança como melhor forma de guardar dinheiro e a migração para outras possibilidades, como o Tesouro Direto, os investidores estão sendo empurrados para o mercado de ações e fundos multimercado para manter os ganhos. Isso porque os investimentos conservadores e moderados estão rendendo bem menos. Nenhum faz o investidor perder dinheiro, ainda. O momento, então, é de adaptação. Antes que a inflação corroa todos os ganhos é preciso testar outros tipos de aplicações e, se o apetite for tão grande quanto a coragem, arriscar mais. Aí estão as ações da bolsa e os fundos multimercados para atender estes desejos. Antes de qualquer decisão, é preciso conferir a existência do investimento e do corretor na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, mesmo após a idoneidade comprovada, procure conhecer o produto escolhido e estude. Isso melhora a tomada de decisões e diminui as chances de acatar indicações falhas. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/armando-deoliveira- lima-1.2147730/novo-patamar-da selic-forca-investidor-a-assumirriscos- 1.2169530. Acesso em: 27/11/2019 (adaptado) 124. Considerando as informações apresentadas no Texto 1, assinale a alternativa correta. a) O investimento em poupança não vale mais a pena porque já não dá ao investidor a mesma segurança de outros tempos. b) O investimento na poupança é uma excelente alternativa para quem quer manter a mesma segurança do Tesouro Direto, mas com ganhos mais expressivos. c) Tanto a poupança quanto o Tesouro Direto, embora sejam investimentos mais seguros que o mercado de ações e os fundos multimercado, estão rendendo tão pouco que quem investe neles está perdendo dinheiro. d) A redução da taxa Selic e a consequente queda nos ganhos advindos dos investimentos em poupança e no Tesouro Direto estão perdendo dinheiro. e) Embora o investidor não perca dinheiro investindo na poupança e no Tesouro Direto, ele precisa assumir mais riscos se quiser manter os ganhos que antes tinha com estes investimentos. 125. Considerando o contexto apresentado no Texto 1, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I. Os investidores estão sendo obrigados a colocar seu dinheiro em aplicações com risco maior que a poupança e o Tesouro Direto. PORQUE II. A decisão do Copom de baixar a Selic aumentou a segurança de investimentos como as ações da bolsa e os fundos multimercados. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |124| 126. Assinale abaixo a única alternativa que represente uma inferência ou pressuposição que não encontra sustentação no Texto 1. a) A poupança não é a melhor forma de guardar dinheiro. b) É provável que os investimentos conservadores e moderados passem a fazer com que o investidor perca dinheiro. c) Mesmo corretores competentes e honestos podem indicar investimentos inadequados para investidores que não conheçam bem o produto que estão escolhendo. d) A queda da taxa Selic está fazendo com que os investidores da Bolsa de Valores tenham que mudar de comportamento em relação aos seus investimentos. e) Investimentos mais arriscados tendem a render mais que investimentos mais seguros. 127. Pobreza tem impacto direto na saúde mental Transtornos mentais não são frutos apenas de desequilíbrios químicos e fatores biológicos. O contexto social e econômico em que vivemos tem uma grande influência em nossa saúde mental. DIOGO RODRIGUEZ Desde 2011 trabalho de maneira autônoma. Já contei aqui que sou jornalista freelancer; há alguns meses, estou me dedicando ao meu próprio negócio depois de fazer um curso de empreendedorismo nos Estados Unidos. Faz muito tempo que não tenho emprego fixo. Tenho uma forte suspeita de que foi durante esse período que comecei a “desenvolver” ansiedade generalizada e depressão. Antes, eu recebia um salário fixo e sabia o quanto podia gastar no final do mês. Quando me tornei autônomo, tive de passar a conviver com a incerteza financeira. É impossível saber o quanto você vai ganhar a cada mês. Isso teve várias consequências para mim. Com medo de não ganhar o suficiente, comecei a procurar por trabalhos desesperadamente. Aceitava o que aparecesse, não importava a dificuldade da tarefa. Assim, fui me enchendo de coisas a fazer e prazos a cumprir. Para conseguir dar conta de tudo, passei a trabalhar dez, às vezes 12 horas por dia. Nem os finais de semana escapavam mais porque sempre havia algo a ser feito. Obviamente que o nível de ansiedade foi ao extremo e atrapalhou o resto de minha vida. Dormia menos, comia mal, pouco me divertia, estava sempre pensando em trabalho e na necessidade de ganhar dinheiro. Aos poucos, fui me desgastando e perdendo a capacidade de prestar atenção aos detalhes. Tanta pressão interna e externa fez a qualidade do meu trabalho cair. Perdi prazos, entreguei trabalhos de qualidade ruim. O resultado foi que pessoas que antes confiavam em mim pararam de me chamar para trabalhar. A ansiedade por ter trabalho e ganhar dinheiro teve o efeito oposto. Não muito tempo depois de perceber isso, resolvi procurar tratamento. Por que estou falando disso? Bom, porque, como eu disse na coluna da semana passada, transtornos mentais não são frutos apenas de desequilíbrios químicos e fatores biológicos. O contexto social e econômico em que vivemos tem uma grande influência. Hoje, diversas pesquisas conseguem mensurar o efeito que a insegurança econômica causa em nós. Faz todo sentido, não é? A ameaça da falta de dinheiro distorce nossa perspectiva de vida, colocando-nos numa espiral de incertezas. “Será que vou ter dinheiro para pagar as contas? Será que vou conseguir trabalho? ” Isso tem um custo alto para a saúde mental. A pesquisadora canadense Evelyn Forget conseguiu medir o impacto que as finanças têm na saúde mental. Professora da Universidade de Toronto, em 2011 ela publicou um artigo chamado “A cidade sem pobreza: os efeitos de saúde de um experimento canadense de renda anual garantida” (tradução minha). De 1974 a 1979, uma cidade da província de Manitoba, no Canadá, foi palco de uma experiência. O governo deu a todos os habitantes da cidade de Dauphin uma renda mínima anual. Para cada dólar canadense que cada cidadão ganhava, o governo dava um adicional de 50 centavos. Concluído há mais de 40 anos, o experimento só teve seus resultados revelados em 2011, por Evelyn Forget. Os dados ficaram esquecidos e nunca foram analisados. A pesquisadora se surpreendeu com o que encontrou. De uma maneira geral, a saúde dos habitantes de Dauphin melhorou. Está incluída aí, é claro, a saúde mental. Sem a pressão de ter que lutar pela mínima sobrevivência, as pessoas passaram a viver melhor, mostrou Forget. Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/pobreza-tem-impacto-direto-na-saude-mental/. Acesso em: 30/11/2019 (Adaptado) A partir da leitura do Texto , é correto afirmar que seu assunto principal é/são a) a influência negativa da ansiedade sobre a qualidade do trabalho dos jornalistas. b) as desvantagens do trabalho freelancer sobre os trabalhos com salário fixo. c) os efeitos da segurança e/ou da insegurança econômica sobre a saúde das pessoas. d) a pesquisa de Evelyn Forget sobre a relação entre saúde mental e pobreza. e) a longevidade dos habitantes da cidade de Dauphin, em associação com a renda mínima paga a eles pelo governo canadense. Texto para as questões 128 / 129 Por que o legado do sábio chinês Confúcio atravessou milênios Pensador desenvolveu uma filosofia política que refletia seu horror ante a guerra constante que o rodeava. Ao longo dos séculos, o pensamento chinês tem sido o produto de uma variedade de influências, entre elas o budismo, o taoísmo e o marxismo. No entanto, uma tradição esteve acima de todas no pensamento chinês por mais de dois milênios: as ideias do pensador Confúcio (551 a.C. a 479 a.C.). Embora ele tenha chegado a simbolizar a filosofia chinesa, não teve muito sucesso em vida. Ele viveu durante uma época em que a China que conhecemos hoje era um mosaico de pequenos reinos rivais. Confúcio desenvolveu uma filosofia política que refletia seu horror ante a guerra constante que o rodeava. Ele vagou de reino em reino tentando persuadir os governantes a seguir seus ensinamentos, mas nunca conseguiu nada além de um cargo público de baixo escalão. No entanto, conseguiu um grupo de seguidores dedicados, que transmitiu seus ensinamentos às gerações seguintes. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |125| Apenas centenas de anos depois, durante a dinastia Han (206 a.C. a 220 d.C.), o confucionismo, um sistema ético de comportamento e governo, tornou-se o norte que definiria a cultura chinesa nos dois milênios seguintes. O confucionismo não é uma religião como tal. Ainda que Confúcio não negasse a existência de um mundo espiritual, ele afirmou que era mais importante se concentrar neste mundo enquanto se estava nele. Refletindo seu desgosto pela guerra, ele declarou que a ordem era um requisito fundamental na sociedade. Sustentar essa ordem era acreditar na importância das relações hierárquicas. Os súditos tinham de obedecer a seus governantes, filhos a seus pais e esposas, a seus maridos. No entanto, Confúcio não queria que essa ordem fosse imposta pela força. Ele achava que a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu "autodesenvolvimento" para que pudessem aproveitar ao máximo sua posição. Segundo o pensamento de Confúcio, o estado moral de alguém não dependia de sua posição social. Era possível, e de fato bastante provável, que houvesse bons camponeses ao mesmo tempo que um governante poderia ser perverso ou um aristocrata, cruel. O pensamento confucionista também se diferenciava do pensamento moderno, na medida em que glorificava o passado e defendia a veneração da velhice. "Eu sigo o Zhou", disse Confúcio, referindo-se à antiga dinastia que foi considerada uma "idade de ouro" perdida por gerações de governantes chineses. No centro do confucionismo há um contrato social: os governados deviam lealdade aos governantes, mas os governantes que não se importavam com o bem-estar do povo perderiam o "mandato do céu" e poderiam ser justamente derrubados. Confúcio nunca deu aos governantes uma licença para a opressão. Ao participar do "li" (que é frequentemente traduzido como "ritual", mas na verdade significa algo como "comportamento apropriado"), os humanos provaram ser civilizados, independentemente de sua origem, e podiam aspirar a se tornar "junzi" ("pessoas de integridade") ou mesmo "sheng" ("sábios"). Para isso, a educação era fundamental. O pensamento confucionista mudou imensamente com o tempo. O próprio Confúcio provavelmente não teria reconhecido a maneira como suas ideias foram adaptadas por governantes posteriores. Apesar da ênfase na ética e na harmonia como a melhor maneira de governar um país, os governantes chineses também garantiram o monopólio do uso da força. Confúcio desaprovava a busca do lucro como um fim em si, mas da dinastia Song (960 d.C. a 1279 d.C.) em diante, a China viveu uma revolução comercial, e no final do período imperial (1368 d.C. a 1912 d.C.) até a ideologia oficial rendeu-se à lógica do lucro. O confucionismo não foi um conjunto monolítico de ideias por mais de 2.500 anos. No entanto, seus princípios básicos sustentaram o que significava ser chinês até meados do século 19. A chegada de influências ocidentais, na forma de comerciantes de ópio e missionários, deu uma sacudida indesejada ao velho mundo do pensamento confucionista. O pensamento moderno deixou sequelas profundas. O impacto do nacionalismo e do comunismo, e seu amor inerente pela novidade e pelo progresso, em vez da reverência por uma era de ouro do passado, destruíram muitas das certezas do antigo mundo confucionista. No entanto, essas ideias não desapareceram completamente. Na China contemporânea, o governo, que não está mais tão ligado à ideologia de Mao Tse-tung, está buscando a tradição chinesa para encontrar um núcleo moral para o século 21. O "professor número um", Confúcio, está novamente nos programas escolares. Os valores de ordem, hierarquia e obrigação mútua permanecem tão atraentes no século 21 quanto no século 5 a.C. (Rana Mitter. Revista BBC History. 31/12/2018, com adaptações) 128. A respeito das ideias do texto, analise as afirmativas a seguir: I. O confucionismo, em sua forma original, perdurou até o século XIX, quando se mesclou ao budismo, ao taoísmo e ao marxismo. II. A noção de identidade chinesa se modificou no século XX, em função do impacto do nacionalismo e do comunismo. Entretanto, há uma retomada dos princípios de Confúcio no século XXI. III. Segundo Confúcio, estado moral e posição social não se interdependiam, diferentemente da obrigatoriedade de cooperação mútua entre governantes e governados. Assinale a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se nenhuma afirmativa estiver correta. 129. Apenas centenas de anos depois, durante a dinastia Han (206 a.C. a 220 d.C.), o confucionismo, um sistema ético de comportamento e governo, tornou-se o norte que definiria a cultura chinesa nos dois milênios seguintes. O confucionismo não é uma religião como tal. Ainda que Confúcio não negasse a existência de um mundo espiritual, ele afirmou que era mais importante se concentrar neste mundo enquanto se estava nele. O último período do trecho acima, em relação ao período imediatamente anterior, o a) explicita. b) explica. c) contradiz. d) exemplifica. e) define. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |126| 130. A respeito da leitura da tirinha, analise as afirmativas a seguir: I. A palavra nuvem está sendo empregada em sentido conotativo. II. O pressuposto para o entendimento da tirinha é o conhecimento de que o Grilo Falante é personagem da história de Pinóquio. III. A inferência comparativa entre as duas nuvens se comprova pela imagem e pelo texto do segundo quadrinho. Assinale a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se nenhuma afirmativa estiver correta. 131. Mudança favorável na Ásia Há um país onde, diferentemente do que ocorre no Brasil, a justiça processa ex-presidentes conservadores, os condena por desvio de verbas e manda-os para a prisão. Onde direita, extrema direita e protestantes fundamentalistas se consideram traídos por Donald Trump. Onde, em vez de questionar um acordo de desarmamento nuclear, como aquele feito com o Irã, ou um tratado de mísseis de médio alcance, como com a Rússia, o presidente dos Estados Unidos parece querer resolver um conflito que nenhum de seus predecessores conseguiu desatar. Incluindo o último, ainda que Nobel da Paz. Sem dúvida isso está acontecendo no Extremo Oriente. Sem dúvida essa coisa é muito complicada para assumir uma posição no grande relato maniqueísta que molda e distorce nossa visão do mundo. No entanto, como a situação global é bastante sombria, o discurso voluntarista e otimista do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, não deveria ter passado despercebido. Em 26 de setembro, diante da Assembleia- Geral das Nações Unidas, ele lançou: “Um milagre aconteceu na Península da Coreia.” Um milagre? Uma reviravolta completa, pelo menos. Ninguém se esqueceu da enxurrada de tuítes enraivecidos trocados há apenas um ano por Trump e o presidente norte-coreano – “fogo e fúria”, o “grande botão” nuclear etc. A ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, acaba de confessar que, em 2 de setembro de 2017, para pressionar Pequim a agir junto à sua vizinha e aliada, ela acenou para sua contraparte chinesa com a ameaça de uma invasão norteamericana da Coreia do Norte. Agora, Trump saúda a “coragem” do presidente Kim Jung- un, “um amigo”. E, durante um encontro republicano, ele até fingiu sentir “amor” por ele! Os coreanos do Norte e do Sul avançam numa marcha forçada, aproveitando o alinhamento das estrelas: a direita sul-coreana está em frangalhos; o regime de Pyongyang finalmente parece favorecer o desenvolvimento econômico do país; vilipendiada pelos democratas e pelos meios de comunicação norte-americanos por causa de sua reaproximação, considerada imprudente, com a Coreia do Norte, a Casa Branca não vai admitir de bom grado que o maestro autoproclamado da “arte do acordo” foi enganado por um velhaco maior que ele. Seja como for, se os Estados Unidos decidissem retornar ao “fogo e fúria”, a rápida deterioração de suas relações com Pequim e Moscou praticamente impediria que a Rússia e a China os acompanhassem mais uma vez. Nesse quadro geral, o desarmamento nuclear da Coreia não deve se tornar um pré-requisito para a realização de outros aspectos da negociação: suspensão de manobras militares de ambos os lados, levantamento de sanções econômicas, tratado de paz. Porque Pyongyang nunca vai desistir de seu seguro de vida sem garantias fortes: Trump não é eterno, nem a clemência de seus sentimentos… Outro motivo, ainda que paradoxal, para ser otimista quanto a um acordo nos próximos meses sobre um conflito que já dura três quartos de século. (Serge Halimi. Le Monde Diplomatique. 5 de novembro de 2018.) www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |127| A respeito das ideias do texto, analise as afirmativas a seguir: I. O cenário em que a aproximação das duas Coreias e a aproximação da Coreia do Norte com os Estados Unidos ocorrem decorre de um conjunto de fatores apresentados no texto como interligados, sem os quais dificilmente se daria. II. O texto permite inferir que a posição de Donald Trump em relação à Coreia do Norte é estrategicamente fingida, constituindo uma reviravolta vista falsamente como milagrosa. III. O texto critica a falta de ação de Barack Obama em relação à Coreia do Norte, malgrado ter ele recebido um Nobel da Paz. Assinale a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se nenhuma afirmativa estiver correta. 132. A respeito da leitura da tirinha, analise as afirmativas a seguir: I. A fala do segundo quadro mantém relação semântica direta com a fala do primeiro, mas não sintática. II. A terceira fala permite inferir que são muitas pessoas pobres de espírito no mundo. III. A frase do terceiro quadrinho é interjetiva. Assinale a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se nenhuma afirmativa estiver correta. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Texto para as questões 133 / 134 Grandes questões. Respostas indígenas. Esta semana, no Rio de Janeiro, o povo Kuikuro do Alto Xingu vai dizer HEKITE KUATSANGE EGEI ENHÜGÜ (Seja bem-vindo!) para pesquisadores indígenas de todo o mundo. De Papua-Nova Guiné, Kiribati, Sudão, Dominica, Uganda, Índia, Quênia e Colômbia, assim como das comunidades Guarani-Kaiowá, Tuxa, Baniwa e Tupinambá do Brasil, povos indígenas se reúnem no Museu do Índio para refletir criticamente sobre como métodos indígenas de pesquisa são essenciais para entender os principais problemas que o mundo enfrenta no século XXI. Seja para abordar os desafios da mudança climática ou o racismo, a sustentabilidade ambiental ou a violência de gênero, a seca ou patrimônios culturais ameaçados, os pesquisadores questionam como o conhecimento indígena pode ser ativado de forma efetiva como um recurso para desenvolvimento no futuro. Pesquisadores do Sudão mostram como o conhecimento tradicional núbio pode informar decisões sobre agricultura sustentável. Uma pesquisadora do povo Emberá-Chami demonstra a importância do conhecimento indígena para a resolução de questões de deslocamento forçado na Colômbia ao lado de um pesquisador Acholi, que examina soluções para a seca em Uganda. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |128| Grandes questões. Respostas indígenas. Apesar de todos os impactos positivos dessas colaborações para pesquisas até agora, sabemos que o Brasil enfrenta questões urgentes relacionadas à sua herança indígena e seu futuro. Esse seminário é uma chance para que o povo Kuikuro peça aos colegas indígenas que reflitam juntos sobre como a pesquisa acadêmica pode proteger, preservar e promover o desenvolvimento sustentável para os povos indígenas do Brasil. Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades, terras, águas e culturas indígenas. Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários indígenas. Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu, precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias, à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é bloqueado por barragens hidrelétricas? Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio, enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos, culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos sistemas universitários de ensino e pesquisa são construídos? Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) – um investimento de 1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena conduzir e qual a melhor forma de realizá-la. O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de 20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro. Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam, em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias de realidade virtual e aumentada. Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos. (Takumã Kuikuro e Paul Heritage. Le Monde Diplomatique Brasil. 21 de março de 2019, com adaptações.) 133. A respeito das ideias do texto, assinale a afirmativa incorreta. a) Os pesquisadores europeus que se debruçaram sobre pesquisa indígena em vários locais do mundo vão se encontrar com os indígenas brasileiros. b) A população londrina teve possibilidade de entrar em contato com a cultura do Xingu por meio da colaboração dos Kuikuro. c) O foco do encontro será debater metodologias adequadas para tratamento das questões urgentes a cada etnia, por meio de pesquisas colaborativas. d) O evento busca discutir os melhores caminhos para as pesquisas, envolvendo a parceria entre pesquisadores indígenas e não indígenas. e) Um dos riscos apontados pelo texto reside na possibilidade de fim das narrativas indígenas, naturalmente passadas de geração para geração. 134. De acordo com o texto, numa relação lógica entre Sudão, Colômbia e Uganda, é correto afirmar que a agricultura sustentável está para a) conhecimento tradicional. b) conhecimento indígena. c) soluções para a seca. d) povo Emberá-Chami. e) pesquisador Acholi. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |129| 135. Leia o texto abaixo do educador e intelectual Arnaldo Niskier e responda às questões abaixo. A EDUCAÇÃO ENTRE PROMESSAS E SONHOS Arnaldo Niskier Como é natural, os quatro principais candidatos à Presidência da República prometem mundos e fundos para o aperfeiçoamento da educação, nos seus quatro anos de mandato. Não há exatamente preocupação se tudo caberá nesse período, relativamente curto, muito menos se haverá recursos financeiros para tantos sonhos. Como estes ainda não pagam impostos, ninguém será punido se boa parte das promessas ficar na saudade. Não foi sempre assim? Exemplo curioso é o do ensino médio. De repente, virou moda, na campanha. É certo que o número de alunos cresce em progressão geométrica, revelando interesse inusitado. Estamos perto dos 9 milhões de jovens, que se formarão para um mercado de trabalho retraído. Consequência natural da política econômica de um governo que cita sempre JK, mas na prática está a quilômetros de distância do que realizou o criador de Brasília. Fernando Henrique Cardoso deixará o governo devendo aproximadamente 3 milhões de empregos à nossa sociedade. Injustificável. Repito: sonhar não custa. Por iniciativa da Fiesp, do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) e da revista "Sentidos", coordenei um encontro sobre as propostas do próximo governo federal para a educação, inclusão social e preparação de recursos humanos para o mercado de trabalho. Foram enviados representantes de alto nível dos candidatos, resultando num debate extremamente oportuno e rico em sugestões. Algumas das ideias serão aqui tratadas. Quem sabe, assim, poderão se transformar em compromissos de execução. A primeira delas refere-se à empregabilidade com qualificação, o que depende da educação. Lembrou-se que, sob esse aspecto, deve-se respeitar o trabalho do "sistema S", que já formou milhões de jovens para o complexo mercado de trabalho brasileiro. Como não se pode deixar de considerar, de forma positiva, os milhares de estágios proporcionados pelo CIEE, nesse processo. Mas é preciso mais, retirando da nossa educação qualquer laivo de elitização. Não pode dormir tranquila uma nação que tem 15 milhões de analfabetos puros e mais de 30 milhões de analfabetos funcionais. De que modo o mercado de trabalho poderá absorver essa mão-de-obra, assim desqualificada, se as exigências do desenvolvimento científico e tecnológico são cada vez maiores? No país das desigualdades, há um enorme abismo entre ricos e pobres em matéria de educação. Diferença que a quantidade não resolve. Universalizar sem dar qualidade à educação tem pouco efeito sobre a nossa competitividade. Tem-se feito muito pouco para melhorar o trabalho dos professores e especialistas, no país inteiro. Precisam ser mais bem formados, treinados, atualizados e remunerados de forma compatível com a dignidade humana. Mesmo com a criação do Fundef, que foi um avanço, estamos longe de uma solução à altura do problema. Até porque 20% das nossas prefeituras aplicaram equivocadamente os recursos do fundo, para não proclamar outra coisa. Aliás, vale a pena registrar que o programa de distribuição de livros (uma iniciativa louvável) teve incríveis tropeços, como o próprio reconhecimento do MEC de que um terço de 60 milhões de livros do programa Literatura em Casa jamais foi entregue aos alunos. Quem fiscaliza isso, que é proveniente do dinheiro público? Deseja-se que 20% das crianças que se encontram nas escolas públicas alcancem o sonhado tempo integral. Mas não se afirmou como. A realidade é que faltam professores em quase todas as unidades da Federação. Se não são abertos concursos, qual é a mágica que se prevê? Foi citada a sugestão de cursinhos pré-vestibulares gratuitos para alunos carentes. Idéia altamente discutível, pois o que se deseja é o aperfeiçoamento da educação básica. O cursinho é um desvio dessa preocupação e poderá servir como facilitário indesejável. Deseja-se que os recursos para educação subam de R$ 66 bilhões para R$ 93 bilhões ao ano, criando a possibilidade de evitar os malefícios da reprovação e da evasão. Pensou-se num programa de valorização dos professores, na doação de livros para alunos de nível médio, na ampliação da nossa escolaridade de seis para 12 anos, na unificação da gestão dos recursos humanos na educação, nos cuidados com a universidade pública (hoje, sucateada), no fortalecimento das escolas técnicas federais, na ampliação da assistência ao pré-escolar (mais 4 milhões de vagas), na maior atenção aos alunos deficientes, na maior participação dos empresários no processo de ensino/aprendizagem e numa articulação mais adequada entre os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Algumas ideias parecem sonhos. Muitas outras não. Dependem só da vontade política dos que detiverem o poder. Arnaldo Niskier, 67, educador, é membro da Academia Brasileira de Letras e Conselheiro do Imae (Instituto Metropolitano de Altos Estudos). (https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2009200210.htm) Pode-se afirmar que a tese do autor baseia-se em crítica relativa à ausência/ineficiência de política de a) Estado. b) Governo. c) investidores d) empréstimo e) intercâmbio www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |130| Gabarito 01 A 02 A 03 B 04 C 05 C 06 D 07 C 08 A 09 B 10 C 11 C 12 B 13 D 14 C 15 A 16 A 17 B 18 C 19 B 20 C 21 E 22 D 23 B 24 C 25 C 26 B 27 D 28 D 29 D 30 C 31 C 32 A 33 C 34 B 35 B 36 E 37 A 38 A 39 A 40 E 41 A 42 C 43 B 44 C 45 D 46 C 47 D 48 C 49 C 50 B 51 D 52 C 53 C 54 A 55 A 56 C 57 D 58 E 59 A 60 A 61 E 62 A 63 B 64 D 65 B 66 C 67 B 68 D 69 E 70 D 71 A 72 D 73 C 74 A 75 C 76 D 77 E 78 C 79 B 80 C 81 A 82 A 83 D 84 A 85 A 86 D 87 D 88 C 89 D 90 E 91 C 92 E 93 C 94 D 95 E 96 A 97 C 98 C 99 A 100 A 101 B 102 A 103 A 104 B 105 C 106 D 107 C 108 C 109 D 110 A 111 D 112 C 113 C 114 D 115 B 116 C 117 B 118 D 119 C 120 D 121 C 122 E 123 E 124 E 125 C 126 D 127 C 128 C 129 B 130 C 131 B 132 E 133 A 134 C 135 A Transformando sonhos em aprovações! https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |131| INFORMÁTICA https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |132| https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |133| INFORMÁTICA CONCEITOS DE HARDWARE ............................................................................................................................................................. 133 SISTEMA OPERACIONAL ................................................................................................................................................................... 138 LINUX.................................................................................................................................................................................................... 158 INTERNET e intranet ........................................................................................................................................................................... 167 COMPUTAÇÃO EM NUVEM ................................................................................................................................................................ 173 CÓDIGOS MALICIOSOS ...................................................................................................................................................................... 175 APLICATIVOS PARA SEGURANÇA ................................................................................................................................................... 183 LIBREOFFICE WRITER ....................................................................................................................................................................... 190 NAVEGADORES DE INTERNET ......................................................................................................................................................... 225 MICROSOFT EDGE .............................................................................................................................................................................. 226 GOOGLE CHROME .............................................................................................................................................................................. 229 MOZILLA FIREFOX .............................................................................................................................................................................. 230 CORREIO ELETRÔNICO ..................................................................................................................................................................... 233 CONCEITOS DE HARDWARE Hardware é o termo utilizado para representar toda a parte física dos computadores, como processador, placa-mãe, placa de rede e memória. Além da parte física, temos também a parte lógica, conhecida como software, o qual compreende todos os programas (conjunto de instruções) que utilizamos nos computadores, por exemplo, os sistemas operacionais, os editores de textos e os jogos. PROCESSADOR O processador é o componente responsável por realizar o processamento de dados no computador, isto é, ele é capaz de transformar dados em informações. Por esse motivo, o processador é conhecido como sendo o "cérebro do computador". Na sua prova, esse componente pode ser tratado como CPU (Central Processing Unit – Unidade Central de Processamento). O ciclo básico de toda CPU é buscar a primeira instrução na memória, decodificá-la para determinar o seu tipo e operandos, executá-la, e então buscar, decodificar e executar as instruções subsequentes. O ciclo é repetido até o programa ter-minar. É dessa maneira que os programas são executados. A CPU é dividida nos componentes a seguir: Unidade de Controle (UC): controla a execução das instruções, isto é, busca instruções na memória principal e determina o tipo de cada instrução. Unidade Lógica e Aritmética (ULA): responsável por realizar operações aritméticas (soma, subtração, multiplicação e divisão) e operações lógicas de comparação. Registradores: memórias de baixa capacidade de armazenamento e de altíssima velocidade. Usada para armazenar resultados temporários. Os processadores atuais podem ser equipados com vários núcleos (“núcleo” é um termo de hardware que descreve o número de unidades de processamento central independentes em um único chip). Por exemplo, um processador Quad-core é um processador que combina quatro núcleos independentes em um único encapsulamento. FABRICANTES Atualmente os dois maiores fabricantes de processadores do mundo são: INTEL e AMD. Nesse sentido, cada empresa tem oferecido dezenas de modelos diferentes de acordo com a necessidade de cada perfil de usuário. Exemplos de processadores da Intel: Celeron, Pentium, Core I3, Core I5, Core I7 e Core I9. Exemplos de processadores da AMD: Athlon, FX, Ryzen 3, Ryzen 5, Ryzen 7, Ryzen 9. CLOCK Um dos fatores que influencia o desempenho de uma CPU é a velocidade do clock (número de ciclos por segundo executados pela CPU), portanto, quanto maior for o clock melhor para o desempenho do processador. Nesse caso, a frequência é medida em gigahertz (GHz), ou bilhões de ciclos por segundo. Por exemplo, uma CPU com velocidade de clock de 3,2 GHz executa 3,2 bilhões de ciclos por segundo. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |134| COOLER Um dos fatores imprescindíveis para o perfeito funcionamento do processador é manter sua temperatura dentro do nível definido pelo fabricante. Nesse sentido, torna-se obrigatória a instalação de um dispositivo chamado cooler. Ele é instalado em contato direto com o processador e tem a responsabilidade de manter a temperatura dentro do nível adequado. Alguns modelos de coolers utilizam o ar e outros utilizam um sistema de refrigeração líquida, conhecidos como “water cooler”. MEMÓRIA CACHE Cache é um tipo de memória ram estática (sram), de baixa capacidade de armazenamento, de alta velocidade, de alto custo, volátil (perde o conteúdo ao parar de receber energia), localizada dentro do processador. Pode ser dividida em três níveis: L1, L2 e L3 (dependendo do modelo do processador). Em geral, cada núcleo de processamento tem sua própria memória cache L1 e L2, com a L3 sendo compartilhada por todos os núcleos. Apesar da evolução tecnológica dos computadores, a memória RAM (dram) continua sendo muito mais lenta que o processador. Sendo assim, a memória cache desempenha um importante papel nas arquiteturas de computadores, ela é utilizada com o objetivo de aumentar o desempenho do processador na busca de informações da memória RAM. Podemos afirmar que a memória cache funciona como uma memória intermediária entre o processador e a memória RAM. HIERARQUIA DE MEMÓRIA Um conceito relevante no projeto de um computador é a hierarquia de memória, sendo tradicionalmente representada por uma pirâmide. A velocidade e o custo crescem da base para o topo da pirâmide e a capacidade de armazenamento aumenta do topo para a base da pirâmide, isto é, na base da pirâmide, tem-se as memórias de baixo custo, maior capacidade de armazenamento e menor desempenho. No topo da pirâmide, tem-se as memórias de maior custo, menor capacidade de armazenamento e maior desempenho. Observe: UNIDADES DE MEDIDA Um dígito binário (bit) é a menor unidade de informação que o computador pode manipular. Um bit pode ter apenas dois estados, ativado ou desativado, que são comumente representados como um e zero. A combinação de uns e zeros determina quais informações são inseridas e processadas pelo computador. A cada oito bits temos o equivalente a um Byte. Para entender o tamanho de um arquivo ou o tamanho de uma unidade de armazenamento utilizamos medidas padronizadas. Observe: UNIDADES DE MEDIDA 1 Kilobyte (KB) 1024 bytes (210 = 1024 bytes) 1 Megabyte (MB) 1024 Kilobytes (220 = 1.048.576 bytes) 1 Gigabyte (GB) 1024 Megabytes (230 = 1.073.741.824 bytes) 1 Terabyte (TB) 1024 Gigabytes (240 = 1.099.511.627.776 bytes) 1 Petabyte (PB) 1024 Terabytes (250 = 1.125.899.906.842.620 bytes) 1 Exabyte (EB) 1024 Petabytes (260 = 1.152.921.504.606.850.000 bytes) 1 Zettabyte (ZB) 1024 Exabytes (270 = 1.180.591.620.717.410.000.000 bytes) 1 Yottabyte (YB) 1024 Zettabytes (280= 1.208.925.819.614.630.000.000.000 bytes) https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |135| PLACA-MÃE A placa-mãe é a principal placa de um computador. Por meio de conectores e barramentos, essa placa permite interligar os principais dispositivos do computador. Um grande exemplo de dispositivo que é interligado à placa-mãe é o processador. Nesse caso, existe um soquete que permite que o processador seja encaixado nessa placa. Em casos específicos, é possível que o processador esteja soldado na própria placa-mãe. Além do soquete do processador, a placa-mãe também disponibiliza soquetes para a instalação de pentes de memória RAM e slots de expansão para a instalação de placas adicionais, como é o caso das placas de vídeo dedicadas indicadas para a execução de softwares específicos (jogos, por exemplo). DICA - Barramentos são caminhos físicos pelos quais os dados são transferidos entre os componentes do sistema. CHIPSET O chipset é um componente integrado à placa-mãe desenvolvido para atender características específicas de acordo com a família de processadores. Ele é responsável por controlar determinados barramentos da placa-mãe. Durante muito tempo, o chipset era dividido em “ponte norte” e “ponte sul”. Por exemplo, o controlador de memória era integrado a “ponte norte” o que gerava um atraso nas comunicações entre a CPU e a memória RAM. Para diminuir esse atraso, nos projetos atuais, a “ponte norte” foi integrada ao processador, ou seja, agora o chipset da placa- mãe fica apenas com as funções da “ponte sul”. CONECTORES PS/2 – Barramento externo de baixa velocidade, destinado a conexão exclusiva de mouse e teclado. VGA – Usado para conectar o monitor de vídeo. Esse conector usa conexão analógica, ou seja, oferece menor qualidade. HDMI – É um conector que permite transmitir dados de um dispositivo para outro. Nesse caso, a tecnologia é focada em transmitir imagem e som. USB (Barramento Serial Universal) - É o principal barramento externo do computador. Permite a conexão de vários dispositivos como, por exemplo, impressoras, pen drives etc. Versões do barramento USB: USB 1.1: 12 Mbps USB 2.0: 480 Mbps USB 3.0: 5 Gbps USB 3.1: 10 Gbps REDE – Serve para conectar o computador a uma rede cabeada. As portas de rede estão atualmente disponíveis em três versões de velocidade: Fast Ethernet (100 Mbps), Gigabit Ethernet (1 Gbps, ou seja, 1000 Mbps) e 10 Gigabit Ethernet (10 Gbps). https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |136| MEMÓRIA RAM (RANDOM ACCESS MEMORY) A RAM é uma memória principal que armazena temporariamente dados do sistema operacional e de todos os programas que estão abertos no momento, portanto, a capacidade dessa memória está diretamente relacionada a quantidade de programas e arquivos que podem estar abertos simultaneamente no sistema. Outro ponto importante sobre a memória RAM é o desempenho do sistema. Isso acontece porque quando o sistema fica sem espaço suficiente na RAM, ele precisa mover dados da memória principal para outro dispositivo, normalmente o disco rígido, liberando assim espaço na RAM, porém, esse processo torna o computador mais lento. Resumindo, quanto maior for a capacidade da memória RAM melhor. As principais características da memória RAM são: Volátil: mantém os dados apenas enquanto a memória estiver recebendo energia; Permite dois tipos de operações: leitura e escrita; Acesso aleatório: os dados são acessados em qualquer ordem, aleatoriamente, isto é, o acesso não é sequencial. Qual a capacidade ideal da memória RAM? Tudo depende do perfil do usuário, por exemplo, um usuário que normalmente usa o computador para navegar na Internet, editar textos no Word, usar redes socias e enviar/receber e-mails, 4 GB de memória RAM seria aceitável, porém, um usuário que que trabalha com arquivos grandes ou com edição de fotos e vídeos, 8 GB é o recomendado. Mas se o usuário utiliza jogos de alta definição e outras tarefas complexas, 16 GB seria o mínimo recomendado. DICA – A capacidade máxima da memória RAM que pode ser instalada no computador depende da Placa-mãe que estiver sendo utilizada. Além disso, para que o Windows reconheça mais do que 4 GB de RAM, é necessário ter a versão do Windows de 64 bits, isso porque a versão 32 bits só reconhece 3,5 GB de memória RAM. Devido ao seu formato, os módulos de memória são conhecidos como "pentes de memória RAM". Observe: NOTA - Esses módulos de memória podem ser de diferentes tipos: DDR, DDR2, DDR3, DDR4 e DDR5. Nesse caso, o tipo a ser utilizado depende da Placa-mãe. FIRMWARE Firmware é um software embarcado, ou seja, é um conjunto de instruções operacionais programadas diretamente no hardware de um equipamento eletrônico. É ele que contém as informações de inicialização que permitem o correto funcionamento do aparelho. Esse software é armazenado em um dispositivo de hardware, por exemplo, em uma memória ROM (não volátil e somente leitura) ou, ainda, em uma memória Flash que continua sendo não volátil (não perde seu conteúdo ao desligar o equipamento), mas que possibilita que seu conteúdo seja atualizado (leitura e escrita). BIOS No caso dos computadores, a placa-mãe possui um firmware que atua como uma interface entre o hardware (placa-mãe) e o sistema operacional. Nesse caso, esse software é chamado de BIOS (Basic Input Output System – Sistema básico de entrada e saída). Esse sistema conta com rotinas de entrada e saída de baixo nível, incluindo procedimentos para ler o teclado, escrever na tela e realizar a entrada e a saída no disco, entre outras coisas. Portanto, o BIOS “ensina” ao processador da máquina como lidar com os componentes básicos do computador. Além disso, a placa-mãe ainda possui outros softwares, nesse caso, o POST (Power On Self Test – software que realiza um autoteste ao ligar a máquina) e o SETUP (software utilizado para a realização de configurações, por exemplo, a configuração de data/hora e a chamada sequência de boot). DICA – Os dados de configurações do SETUP ficam armazenados em uma memória chamada CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). Essa memória é volátil, ou seja, para que os dados do SETUP não sejam perdidos ao desligar o computador, a memória CMOS é alimentada por uma bateria localizada na Placa-mãe. Observe: https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |137| MEMÓRIA SECUNDÁRIA Por definição, uma memória secundária não é acessada diretamente pelo processador, isto é, primeiramente os dados precisam ser transferidos da memória secundária para a memória principal para que o processador possa acessá-los. Algumas bancas costumam chamar as memórias secundárias de memórias de massa ou memórias auxiliares. Essas memórias têm como característica manter seus dados armazenados por longos períodos. São exemplos de memórias secundárias: HD, SSD, Cartão de memória, CD/DVD, Pendrive e fitas magnéticas. HD (HARD DISK - DISCO RÍGIDO) Os discos rígidos foram criados com base em pratos giratórios magnéticos, ou seja, são cabeçotes móveis que leem e gravam dados nos discos. Dessa forma, os HDs são dispositivos mecânicos com muitas peças móveis e são, portanto, mais propensos a falhas mecânicas e falhas provocadas por condições ambientais como calor, frio, impacto e vibração. DESEMPENHO Um dos fatores que influencia no desempenho do HD é o seu RPM (rotações por minuto). Os pratos precisam girar com maior velocidade para aumentar o desempenho do disco rígido. As taxas de RPM mais comuns atualmente, tanto para laptops quanto para desktops, estão entre 5.400 e 7.200 RPM. Outro fator a ser compreendido é que os pratos do HD são circulares, o que significa que os dados armazenados na borda externa são acessados mais rapidamente do que aqueles armazenados no centro, com isso, o desempenho do HD sofre com a fragmentação de dados. Isso acontece porque ao longo do tempo, o sistema operacional começa a reorganizar os dados dentro do disco e isso “fragmentará” os dados do arquivo, de modo que não fiquem mais contíguos. Quando os arquivos são fragmentados há um decréscimo no desempenho quando tentamos acessar esses dados. VANTAGENS Podemos citar duas grandes vantagens dos discos magnéticos: Baixo custo por bit armazenado; Alta capacidade de armazenamento (na casa de Terabytes). CONEXÃO Atualmente a conexão do disco rígido com a placa-mãe é por meio de uma porta SATA. Os discos mais antigos usavam uma conexão chamada IDE. NOTA – As portas SATA também podem ser usadas para a conexão de SSDs e unidades ópticas (nome genérico para gravadores e leitores de discos Blu-Ray, DVDs e CDs). SSD (UNIDADE DE ESTADO SÓLIDO) Um SSD é um meio de armazenamento que, diferentemente do HD, usa memória flash para manter e acessar dados. Em outras palavras, o SSD não possui partes móveis, é leve e não produz nenhum ruído. Isso faz uma grande diferença. Os SSDs são bem mais rápidos do que os HDs, por exemplo, a inicialização do sistema pode ser 10 vezes mais rápida se comparada a um sistema que utiliza um HD. Com isso, podemos afirmar que o SSD desempenha a mesma função de um disco rígido, mas é muito mais rápido e, consequentemente, é bem mais caro. Um ponto negativo do SSD é que a memória flash tem uma vida útil de gravação limitada. Isso ocorre porque um dispositivo de memória flash é lido e gravado em páginas. Uma leitura é relativamente simples, pois um comando de leitura com o endereço é emitido e os respectivos dados são retornados. Mas uma gravação só pode ocorrer nas páginas que são apagadas, portanto, os comandos de gravação do host iniciam ciclos de apagamento da flash antes de gravar nessa memória. Esse ciclo de gravação/apagamento causa o desgaste da célula, o que limita a vida útil de gravação. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |138| FORMATO DO SSD Os SSDs são fabricados em diferentes formatos e tamanhos. Nesse caso, o SSD de 2.5 polegadas é o tipo mais comum e se ajusta à maioria dos laptops ou PCs. Ele tem uma forma similar a uma unidade de disco rígido tradicional (HD) e utiliza conexão SATA. Outro formato que pode ser cobrado em prova é o M.2, ele se tornou o tipo padrão de armazenamento para laptops e notebooks mais finos, conhecidos como ultrabooks. Seu formato pequeno é normalmente comparado a um chiclete, sendo instalado diretamente na placa-mãe em um slot M.2. Esse formato está disponível em vários comprimentos para permitir diferentes capacidades de SSDs. Interfaces: SATA vs. NVMe A interface de comunicação é o modo como seu computador se comunica com a unidade de armazenamento. Na sua prova podem ser cobrados dois tipos: SATA e NVMe. A tecnologia NVMe utiliza o barramento PCIe, ao invés do barramento SATA. Com isso, um SSD NVMe consegue ser de três a dez vezes mais rápido do que o SSD SATA. DICA - A maioria dos SSDs M.2 de alto nível lançados nos últimos anos suportam NVMe, mas nem todos os M.2 são NVMe; alguns continuam usando SATA. SSHD (DISCO HÍBRIDO DE ESTADO SÓLIDO) O SSHD é uma combinação das tecnologias de unidade de estado sólido (SSD) e disco rígido (HD). Sendo assim, o SSHD é uma unidade de armazenamento que combina a grande capacidade de armazenamento de um disco rígido com a velocidade de leitura/gravação mais rápida de um SSD. A ideia do funcionamento é simples: os dados que o usuário usa com pouca frequência são armazenados no HD, já os dados que o usuário usa com frequência são armazenados no SSD. A grande “sacada” do SSHD é realmente ter um desempenho melhor que o HD por um custo menor que o SSD. DISPOSITIVOS DE ENTRADA Um dispositivo de entrada permite a comunicação do usuário com o computador. São dispositivos que enviam dados ao computador para processamento. DISPOSITIVO DE SAÍDA São dispositivos que exibem informações processadas pelo computador, também chamados de unidades de saída. Exemplo: Impressora, caixa de som, monitor de vídeo, projetor e plotter (plotters são impressoras de alta capacidade, capazes de imprimir desenhos em grande dimensão e em diversos tipos de materiais). SISTEMA OPERACIONAL O sistema operacional é um conjunto de programas responsáveis por funções distintas e específicas. Ele atua como intermediário entre o usuário e o hardware de um computador. O propósito de um sistema operacional é propiciar um ambiente no qual o usuário possa executar outros programas de forma conveniente, por esconder detalhes internos de funcionamento e eficiência, por procurar gerenciar de forma justa os recursos do sistema (Silberschatz, Galvin e Gagne, 2000, p.22]. Conclui-se que sistema operacional é um software necessário (software básico) para que o computador (hardware) funcione corretamente. Podemos citar como exemplos de sistemas operacionais o Windows e o Linux. KERNEL O kernel é o núcleo de um sistema operacional. Ele é responsável por controlar os dispositivos de hardware do computador, ou seja, é no Kernel onde estão os drivers dos dispositivos de entrada e saída, por exemplo. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |139| Os drivers são camadas de software responsáveis pela implementação de rotinas específicas que permitem o acesso, a inicialização e o gerenciamento de um determinado dispositivo. A implementação dos drivers, leva em consideração o sistema operacional, para que as corretas instruções de acesso ao dispositivo estejam presentes no driver. Com a modernização dos sistemas operacionais, não há mais a necessidade de reinicializar o sistema após uma instalação, pois os drivers são carregados dinamicamente. LINGUAGEM DE CONTROLE (INTERPRETADOR DE COMANDOS) Um dos utilitários mais importantes para um sistema operacional é o interpretador de comandos (ou shell), é a forma mais direta de um usuário se comunicar com o sistema operacional (SO). É oferecida por todos os SO para que, através de comandos simples, o usuário possa ter acesso a rotinas específicas do sistema. Os comandos, quando digitados (ou executados) pelo usuário, são interpretados por um programa denominado interpretador de comandos ou shell. A linha de comando é reconhecida, o shell verifica sua sintaxe, envia mensagens de erro e faz chamadas de rotinas dos sistemas. O usuário dispõe assim, de uma interface interativa direta com o sistema operacional, para realizar tarefas básicas como acessar um arquivo em disco ou consultar um diretório. As linguagens de controle evoluíram no sentido de permitir uma interação mais amigável, utilizando interfaces gráficas (GUI – Graphical User Interface), colocando os programas em uso em janelas e utilizando ícones para comunicação com o usuário. SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS 11 O Windows 11 é a mais recente versão do sistema operacional da Microsoft para PCs e laptops. Ele foi lançado em 5 de outubro de 2021, e representa uma atualização significativa em relação ao seu antecessor, o Windows 10. O Windows 11 oferece uma interface de usuário moderna e aprimorada, além de recursos aprimorados de desempenho, segurança e produtividade. Entre os principais recursos do Windows 11 estão o novo Menu Iniciar centralizado, a barra de tarefas aprimorada, a integração mais profunda com o Microsoft Teams, aprimoramentos na área de trabalho virtual e no suporte a canetas. Além disso, o Windows 11 foi projetado com foco na segurança, com recursos como proteção de dados em tempo real, segurança integrada de hardware e proteção contra ameaças de segurança avançadas. O sistema também promete um melhor desempenho, com inicialização mais rápida, menor consumo de energia e melhor desempenho de jogos e gráficos. Existem várias versões do Windows 11 que foram projetadas para atender às necessidades específicas de diferentes tipos de dispositivos e usuários. Aqui estão as principais versões do Windows 11: Windows 11 Home: Esta é a versão padrão do Windows 11 para uso pessoal em PCs e laptops. Ela oferece recursos básicos, como a interface de usuário do Windows 11, o Microsoft Store, o navegador Microsoft Edge e outras ferramentas úteis. Windows 11 Pro: Esta é a versão do Windows 11 projetada para uso em pequenas empresas e usuários avançados. Ela inclui recursos adicionais, como criptografia de dados avançada, gerenciamento remoto e recursos de virtualização. Windows 11 Enterprise: Esta é a versão do Windows 11 projetada para grandes empresas e organizações que precisam de recursos de gerenciamento de dispositivos em grande escala, segurança avançada e capacidade de virtualização. Windows 11 Education: Esta é a versão do Windows 11 projetada para uso em ambientes educacionais, como escolas e universidades. Ela inclui recursos específicos para professores e alunos, como o modo de foco, a anotação de tela e o aplicativo Math Solver. Windows 11 Pro for Workstations: Esta é a versão do Windows 11 projetada para estações de trabalho de alto desempenho e usuários que precisam de recursos avançados de processamento, armazenamento e rede. Cada versão do Windows 11 possui recursos específicos que podem atender às necessidades de diferentes tipos de usuários e dispositivos. A escolha da versão certa do Windows 11 dependerá das necessidades e objetivos específicos do usuário. REQUISITOS DO SISTEMA Os requisitos mínimos para instalação do Windows 11 são: Processador de 64 bits com 1 GHz ou mais rápido com 2 ou mais núcleos; 4 GB ou mais de memória RAM; 64 GB ou mais de armazenamento interno disponível; Placa gráfica compatível com DirectX 12 ou superior e com driver WDDM 2.0 ou superior; Tela de 720p (1280 x 720) com 9” ou mais de diagonal, ou 1080p (1920 x 1080) com 12,5” ou mais de diagonal, ou qualquer tamanho de tela com resolução maior que 1440 x 900; UEFI com suporte a Secure Boot; https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |140| Vale ressaltar que esses são os requisitos mínimos para instalação do sistema operacional. Para um melhor desempenho, é recomendado ter um hardware mais avançado, como um processador mais rápido, mais memória RAM e um armazenamento interno mais amplo. Além disso, é importante que os drivers dos dispositivos estejam atualizados para garantir a compatibilidade com o Windows 11. BARRA DE TAREFAS A barra de tarefas do Windows 11 é uma barra de ferramentas localizada na parte inferior da tela que fornece acesso rápido a aplicativos e recursos comuns do sistema operacional. Ela exibe o botão Iniciar, que pode ser clicado para acessar o menu Iniciar, que contém uma lista de aplicativos instalados, configurações e outras opções do sistema operacional. Além disso, a barra de tarefas do Windows 11 exibe ícones de aplicativos fixados, permitindo que você inicie rapidamente aplicativos frequentemente usados. Outros recursos da barra de tarefas do Windows 11 incluem: Ícone de pesquisa: permite que você pesquise arquivos, aplicativos e outras informações no seu dispositivo e na internet. Área de notificação: exibe ícones de aplicativos que fornecem notificações e informações importantes, como o status da conexão Wi-Fi, volume do sistema, nível da bateria etc. Widgets: é uma nova adição na barra de tarefas do Windows 11, onde você pode acessar informações personalizadas e úteis, como notícias, previsão do tempo e eventos do calendário. Para personalizar a barra de tarefas basta clicar com o botão direito do mouse em um espaço vazio da barra de tarefas e selecione "Configurações da barra de tarefas". Essa configuração também poderá ser realizada por meio do caminho: Iniciar > Configurações > Personalização > Barra de Tarefas. A barra de tarefas do Windows 11 foi redesenhada para oferecer um visual mais moderno e limpo, e os usuários agora têm mais opções de personalização para configurar a barra de tarefas de acordo com suas preferências. MENU INICIAR O Menu Iniciar do Windows 11 tem uma aparência diferente do Menu Iniciar do Windows 10, apresentando um design mais moderno e simplificado. No Windows 11, o Menu Iniciar está localizado no centro da barra de tarefas e apresenta uma lista de aplicativos e recursos importantes. Ao clicar no botão do Menu Iniciar, você terá acesso às seguintes opções: Aplicativos fixados: permite que você fixe seus aplicativos favoritos para acesso rápido. Aplicativos recentes: exibe uma lista dos aplicativos que foram usados recentemente. Pesquisa: permite que você pesquise arquivos, pastas, aplicativos e outros recursos do sistema. Recentes: exibe uma lista de arquivos usados recentemente. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |141| Recomendados: apresenta uma lista de aplicativos recomendados com base no seu histórico de uso. Configurações: permite que você acesse as configurações do sistema. Para personalizar o menu Iniciar basta acessar o caminho: Iniciar > Configurações > Personalização > Iniciar. CONFIGURAÇÕES RÁPIDAS As Configurações Rápidas no Windows 11 são um conjunto de opções que permitem acessar facilmente algumas configurações do sistema. Essas opções são personalizáveis e podem incluir funções como Wi-Fi, Bluetooth, modo avião, brilho da tela, entre outros. Esse recurso pode ser acessado por meio da combinação de teclas: Logotipo do Windows + A. WINDOWS HELLO O Windows Hello é um recurso de segurança do Windows 11 que permite o usuário fazer login em seus dispositivos utilizando reconhecimento facial, de íris ou impressões digitais. O Windows Hello utiliza tecnologias de reconhecimento biométrico para autenticar os usuários e proteger suas contas. Com o Windows Hello no Windows 11, é possível desbloquear seu dispositivo sem precisar digitar uma senha. Basta posicionar o rosto ou o dedo no leitor biométrico para fazer login na sua conta. Isso pode economizar tempo e aumentar a segurança do seu dispositivo, já que é muito mais difícil para outra pessoa copiar sua impressão digital ou reconhecimento facial. Além disso, o Windows Hello também pode ser utilizado para autenticar compras no Microsoft Store, permitindo que você use suas informações biométricas em vez de digitar senhas de cartão de crédito ou débito. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |142| Vale ressaltar que, para utilizar o Windows Hello no Windows 11, é necessário ter um dispositivo com um leitor de impressões digitais, câmera de reconhecimento facial ou leitor de íris compatível com o recurso. Algumas opções de hardware podem não ser compatíveis com o Windows Hello, então é importante verificar as especificações do seu dispositivo antes de tentar utilizar o recurso. Para utilizar esse recurso será necessário configurá-lo. Para isso, acesse: Iniciar > Configurações > Contas > Opções de entrada. BLOQUEIO DINÂMICO O recurso bloqueio dinâmico permite usar dispositivos que são emparelhados com seu computador para saber quando o usuário está ausente e bloquear o computador quando esses dispositivos saírem do alcance. Para habilitar esse recurso acesse: Iniciar > Configurações > Contas > Opções de entrada. BITLOCKER Com o BitLocker, é possível criptografar todo o disco rígido ou unidades de armazenamento externas, protegendo assim seu dispositivo e arquivos contra acesso não autorizado. O recurso de segurança do BitLocker está disponível nas edições Windows 11 Pro, Enterprise e Education. No entanto, no Windows 11 Home, você pode usar a "criptografia de dispositivo", uma versão limitada do BitLocker. Ele funciona de forma idêntica à versão completa, mas sem muitas configurações e recursos avançados de gerenciamento, como "BitLocker To Go". Além disso, ao usar a criptografia de dispositivo, todas as unidades serão criptografadas automaticamente, enquanto a versão completa do BitLocker permite que você escolha o armazenamento usando criptografia. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |143| ÁREA DE TRABALHO REMOTA A Área de Trabalho Remota (Remote Desktop, em inglês) é um recurso de acesso remoto disponível no Windows que permite controlar um computador a partir de outro computador ou dispositivo, desde que ambos estejam conectados à internet ou a uma rede local. Com a Área de Trabalho Remota, é possível acessar e controlar um computador remotamente como se estivesse sentado em frente a ele, usando o mouse e o teclado do computador local. Esse recurso é especialmente útil para quem precisa trabalhar em um computador que esteja em outra localização ou para quem deseja ajudar alguém a solucionar problemas em seu computador à distância. Para usar a Área de Trabalho Remota no Windows, é necessário que o computador remoto tenha o recurso habilitado e configurado para permitir o acesso remoto. Além disso, é preciso saber o endereço IP ou o nome de domínio do computador remoto para estabelecer a conexão. É importante lembrar que a Área de Trabalho Remota só deve ser usada com permissão do proprietário do computador remoto e com medidas de segurança adequadas, como senhas fortes e criptografia de dados. Além disso, o recurso pode ser mais lento em conexões de internet mais lentas ou instáveis, o que pode afetar a qualidade do acesso remoto. A Área de Trabalho Remota está disponível em várias versões do Windows 11, incluindo a edição Home, Pro, Enterprise e Education. No entanto, nem todas as versões do Windows 11 incluem o host de Área de Trabalho Remota, que permite que outros usuários acessem o computador remotamente. Apenas as edições Pro, Enterprise e Education do Windows 11 incluem o host de Área de Trabalho Remota, que permite que outros usuários acessem o computador remotamente. Na edição Home do Windows 11, é possível usar a Área de Trabalho Remota para se conectar a outros computadores, mas não é possível permitir que outros usuários acessem o computador local remotamente. Se você precisa habilitar o acesso remoto em um computador com a edição Home do Windows 11, é possível utilizar softwares de terceiros que oferecem recursos semelhantes ao da Área de Trabalho Remota, como o TeamViewer ou o AnyDesk. RECURSO SNAP O recurso Snap é uma ótima maneira de melhorar sua produtividade compartilhando muitas janelas de aplicativo em uma única tela. Layouts diferentes estão disponíveis com muitos tamanhos para escolher, para que você possa obter o máximo de seus aplicativos favoritos quando estiver trabalhando em tarefas específicas. Para abrir layouts do Snap: Com o teclado: Na janela que você deseja clicar, pressione Tecla do Logotipo do Windows + Z para iniciar a caixa de layout. Com o mouse: Na janela que você deseja ajustar, passe o mouse sobre o botão Minimizar ou Maximizar para iniciar a caixa de layout. Depois de selecionar um layout e ajustar todos os espaços com janelas selecionadas, isso se tornará automaticamente um grupo Snap. Esse recurso pode ser útil quando você está trabalhando em uma tarefa específica usando muitos aplicativos. Se você for interrompido e abrir um novo aplicativo, poderá voltar facilmente para o grupo Snap pairando sobre um dos aplicativos abertos do grupo para encontrar o grupo Snap novamente. VISÃO DE TAREFAS A Visão de Tarefas do Windows 11 é um recurso que permite aos usuários visualizarem todas as janelas abertas e organizá-las em áreas de trabalho separadas. Com a Visão de Tarefas, os usuários podem criar vários desktops virtuais, cada um com suas próprias janelas abertas, para ajudar na organização do fluxo de trabalho. Além disso, a Visão de Tarefas também permite que os usuários visualizem e gerenciem as atividades atuais em execução em cada área de trabalho, incluindo alternar entre diferentes áreas de trabalho e mover janelas de uma área de trabalho para outra. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |144| Esse recurso pode ser acessado clicando o botão , localizado na barra de tarefas, ou por meio da combinação de teclas: logotipo do Windows + Tab. Em resumo, a Visão de Tarefas do Windows 11 é uma ferramenta útil para ajudar na organização do trabalho e na gestão de multitarefas em um ambiente de trabalho digital. É possível criar áreas de trabalho por meio do teclado, utilizando a combinação de teclas: logotipo do Windows + Ctrl + D. Além disso, é possível alternar entre as diversas áreas de trabalho virtuais, utilizando a combinação de teclas: logotipo do Windows + Ctrl + Seta direcional (esquerda ou direita). ÁREA DE TRANSFERÊNCIA A área de transferência é um espaço gerenciado pelo Windows que armazena os itens que foram copiados ou recortados pelo usuário. HISTÓRICO DA ÁREA DE TRANSFERÊNCIA No Windows 11, é possível ativar um histórico da área de transferência que irá permitir armazenar vários itens ao mesmo tempo. Dessa forma, o usuário poderá utilizar a combinação de teclas: Logotipo do Windows + V e escolher qual item deseja colar naquele momento. Para ativar o histórico da área de transferência no Windows 11, siga estes passos: Abra as configurações do Windows 11, clicando no ícone de engrenagem no menu Iniciar ou pressionando a tecla Windows + I. Em seguida, selecione "Sistema" e, depois, clique em “Área de transferência” na lista de opções. Com o histórico da área de transferência ativado, o Windows 11 manterá um registro dos itens copiados para a área de transferência, permitindo que você acesse facilmente itens anteriores e economizando tempo e esforço em tarefas repetitivas de copiar e colar. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |145| CONFIGURAÇÕES O aplicativo Configurações oferece em um único local diversas configurações do sistema operacional, como atualizações do sistema, tela de fundo, resolução de tela, contas de usuários, dispositivos, privacidade, segurança, backup, rede e Internet. O aplicativo Configurações pode ser acessado de várias maneiras, incluindo: Clicando no ícone de engrenagem no menu Iniciar ou pressionando a tecla Windows + I. Clicando com o botão direito do mouse no botão Iniciar e selecionando "Configurações". Digitando "Configurações" na barra de pesquisa do menu Iniciar e selecionando o aplicativo na lista de resultados. Uma vez aberto, o aplicativo Configurações exibe várias categorias de configurações na barra lateral esquerda, incluindo Sistema, Dispositivos, Rede e Internet, Pessoal, Aplicativos, Contas e Hora e Idioma. Cada categoria contém opções específicas relacionadas a essa área. Algumas das configurações mais comuns que podem ser ajustadas através do aplicativo Configurações incluem: Sistema: possui opções para a configuração de resolução de tela, brilho, som, notificações, energia, bateria, armazenamento, ajuste das janelas durante o modo multitarefas, área de transferência e área de trabalho remota. Bluetooth e Dispositivos: configurações de dispositivos bluetooth, mouse, impressoras e scanners. Rede e Internet: permite verificar o status da conexão com à Internet, ativar ou desativar o modo avião e configurar redes Wi-fi e cabeadas. Personalização: possibilita alterar a tela de fundo, a tela de bloqueio, as cores, opções relacionadas ao Iniciar e a barra de tarefas. Aplicativos: oferece opções para a desinstalação de aplicativos e recursos. Além disso, essa categoria permite escolher os aplicativos padrão, isto é, selecionar quais aplicativos devem ser usados para ouvir música, visualizar fotos, assistir vídeos, mapas, enviar e receber e-mails e o navegador da web padrão. Contas: permite configurar contas de usuários. Hora e Idioma: permite configurar data, hora e idioma. Acessibilidade: oferece diversas ferramentas de acessibilidade para facilitar o uso do computador. Entre essas ferramentas podemos destacar o aumento de texto, o alto contraste e o recurso Narrador (leitor de tela). https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |146| Privacidade e Segurança: traz opções para definir as permissões dos aplicativos quanto ao acesso à câmera, ao microfone e a localização. Além disso, oferece opções de segurança do Windows. Windows Update SEGURANÇA DO WINDOWS O aplicativo Segurança do Windows dessa atitude? Ele passou no concurso porque estudou muito. OBSERVAÇÕES 1. O vocábulo QUE é acentuado quando vem em final de frase e quando é um substantivo. Exemplos: Ela estava precisando de quê? Certamente, há um quê de mistério nessa história. 2. As palavras “Fôrma/Forma” e “Dêmos (presente do subjuntivo) e “Demos (pretérito perfeito) têm acento opcional. TREMA O trema só é usado em palavras estrangeiras e em seus derivados. Exemplos: Müller, mülleriano, Hübner, hübneriano. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |21| AULA 6: FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ESTRUTURAS DAS PALAVRAS Em geral, as palavras são divididas em unidades menores, chamadas de morfemas ou elementos mórficos, que correspondem à menor unidade a que uma palavra pode ser reduzida. Observe a palavra “desamorosos”. Se isolarmos os morfemas desse vocábulo, teremos a seguinte composição: DES-AMOR-OSO-S (prefixo+radical+sufixo+desinência de número). Para nosso estudo neste nesta aula, focaremos apenas em três elementos mórficos: radical, prefixo e sufixo. RADICAL: é a base da palavra, responsável pelo sentido principal de uma palavra e pelo surgimento de outras palavras. Exemplo: Ferro, ferreiro, ferrugem, ferragem, ferramenta, ferradura, ferrolho, ferrar. PREFIXO: vem antes do radical, produzindo uma nova palavra. Exemplos: contradizer, incapaz, infravermelhos, retroativo, transatlântico, ultrassom. SUFIXO: vem depois do radical, produzindo uma nova palavra. Exemplos: corpanzil, copázio, vozeirão, dentuço, homenzarrão, barbicha, soneca, folheto, planilha, florista, surrealismo. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS I. DERIVAÇÃO: diz respeito à formação de uma nova palavra a partir do acréscimo de prefixos e sufixos. a) DERIVAÇÃO PREFIXAL É resultado do acréscimo de um prefixo à palavra primitiva. Exemplos: proativo, subsolo, bisavó, intermunicipal, ultraleve, tricampeão. b) DERIVAÇÃO SUFIXAL Resulta do acréscimo de um sufixo à palavra primitiva. Exemplos:papelaria, aprendizagem, casebre, chuvisco, ferrugem, ouvinte, terreno. c) DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL Há derivação prefixal e sufixal quando a palavra primitiva recebe prefixo e sufixo de forma não simultânea. Exemplos: deslealdade, infelizmente. d) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA Há derivação parassintética quando a palavra primitiva é acrescida simultaneamente de prefixo e sufixo. Exemplos: apedrejar, avermelhado, conterrâneo, envelhecer, desalmado. e) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA Há derivação imprópria quando há mudança da classe gramatical da palavra. Exemplos: Advérbio Substantivo: o hoje. Adjetivo Advérbio: Fale baixo! Adjetivo Interjeição: Bravo! Verbo Interjeição: Viva! f) DERIVAÇÃO REGRESSIVA Aqui, a derivação se dá por redução. Nesse caso, a palavra derivada é um substantivo abstrato que denota ação ou resultado de ação. Assim, o substantivo deriva de verbo eé chamado de deverbal. Exemplos: Gargarejar gargarejo Mergulhar mergulho Pescar pesca Tossir tosse II. COMPOSIÇÃO: uma palavra é formada por mais de um radical, resultando em umapalavra composta. A composição pode ser por justaposição e por aglutinação. a) COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO:radicais se unem sem perda fonética de qualquer um deles. Exemplos: pontapé, rodapé, girassol, couve- flor, sexta-feira. b) COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO: radicais se unem (sempre sem hífen) para formar uma nova palavra com perda fonética de pelo menos um radical. Exemplos: embora (em+boa+hora), aguardente (água+ ardente), vinagre (vinho+acre), alvinegro (alvo + negro). www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |22| III. OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO ABREVIAÇÃO ou REDUÇÃO: uma palavra é reduzida até o limite máximo de compreensão. Exemplos:Cine (cinema), analfa (analfabeto), pneu (pneumático), moto (motocicleta), foto (fotografia). ABREVIATURA: uma palavra é representada por meio de uma ou de algumas letras. Exemplos:anat. (anatomia), bel. (bacharel), lat. (latitude, latim), séc. (século), Ten. (tenente), V. M. (Vossa Majestade). SIGLA: PF, PRF, ONU, CNH, INSS, IPVA, TJMG. ONOMATOPEIA: diz respeito à imitação de sons. Exemplos: atchim, au...au, vrum...vrum, hahaha, din-don. HIBRIDISMO: palavras são formadas a partir de elementos de outros idiomas. Exemplos:automóvel (grego + latim auto + móvel), burocracia (francês + grego buro + cracia), televisão (grego + latim tele + visão), sociologia (latim + grego socio + logia). NEOLOGISMOS: palavras novas, que não foram dicionarizadas. Exemplos: apê, escanear, deletar, linkar, sabadou. PALAVRA-VALISE: formada pela junção de radicais, criando uma palavra não dicionarizada em língua portuguesa. Exemplos: bebemorar (beber e comemorar), portunhol (português e espanhol), grenal (grêmio e internacional). ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |23| AULA 7: PRONOMES Pronome é uma palavra que acompanha nome ou substitui nome. Apresenta seis subclasses, a saber: demonstrativos, indefinidos, interrogativos, pessoais, possessivos e relativos. 1. PRONOMES PESSOAIS São os que substituem substantivos, fazendo referência às pessoas do discurso (1ª, 2ª e 3ª) no singular e no plural. Podem ser do caso reto, do caso oblíquo e de tratamento. Na sequência de nosso estudo, conheceremos as peculiares de cada um para concursos públicos. PRONOMES RETOS 1ª pessoa do singular: eu 2ª pessoa do singular: tu 3ª pessoa do singular: ele, ela 1ª pessoa do plural: nós 2ª pessoa do plural: vós 3ª pessoa do plural: eles, elas 1. Funcionam como sujeito ou como predicativo. Ela saiu. (ela sujeito) Eu não sou ele. (eu sujeito / ele predicativo) 2. Não podem ser usados como objeto direto. Encontrei ela na academia. (errado) Encontrei-a na academia. (certo) 3. Não devem ser contraídos com preposição na função de sujeito. Os convidados chegaram antes dele estar presente na festa. (errado) Os convidados chegaram antes de ele estar presente na festa. (certo) PRONOMES OBLÍQUOS Podem ser átonos ou tônicos. a) Pronomes Oblíquos Átonos 1ª pessoa do singular: me 2ª pessoa do singular: te 3ª pessoa do singular: se, o, a, lhe 1ª pessoa do plural: nos 2ª pessoa do plural: vos 3ª pessoa do plural: se, os, as, lhes EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS Quanto à morfologia, tem-se o seguinte: 1. Se um verbo termina em -R, -Sou-Z, os pronomes oblíquos o(s), a(s), depois da forma verbal, são grafados lo(s), la(s), e as terminações verbal - R, -S ou –Z são retiradas. Comprar + a comprá-la Vender + o vendê-lo Fiz+ as fi-las Comunicamos + o comunicamo-lo 2. Quando verbo termina com fonema nasal, os pronomes oblíquos o(s), a(s) assumem as formas no(s), na(s). Puseram = o puseram-no Venderam = as venderam-nas www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |24| b) Pronomes Oblíquos Tônicos 1ª pessoa do singular: mim, comigo 2ª pessoa do singular: ti, contigo 3ª pessoa do singular: si, consigo, ele, ela 1ª pessoa do plural: nós, conosco 2ª pessoa do plural: vós, convosco 3ª pessoa do plural: si, consigo, eles, elas EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS TÔNICOS 1. Os pronomes SI e CONSIGO são reflexivos ou recíprocos de terceira pessoa. São usados quando a ação praticada pelo sujeito incide sobre ele mesmo. Ela só pensa em si. Ela falava consigo mesma. 2. Os pronomes CONOSCO e CONVOSCO são substituídos pelas formas COM NÓS e oferece recursos para monitorar e gerenciar as configurações do antivírus, do Firewall e opções relacionadas ao desempenho e integridade do dispositivo. Observe: https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |147| PROTEÇÃO CONTRA VÍRUS E AMEAÇAS Proteção de contas https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |148| Firewall e proteção de rede Controle de aplicativos e do navegador https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |149| Segurança do dispositivo Desempenho e integridade do dispositivo https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |150| Opções da família Histórico de proteção https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |151| REGISTRO DO WINDOWS O Registro do Windows é um banco de dados hierárquico que armazena configurações e informações importantes sobre o sistema operacional, aplicativos e dispositivos instalados em um computador com o Windows. Ele é usado para controlar o comportamento do sistema operacional e dos aplicativos instalados, armazenando informações sobre configurações de hardware e software, opções de segurança, perfis de usuário e muito mais. O Registro é acessado por meio do Editor do Registro, que permite aos usuários visualizar e modificar as chaves do registro, que são as entradas no banco de dados. As chaves são organizadas em uma hierarquia que começa com a chave raiz, que contém as subchaves e os valores do registro. Modificar o Registro pode ter um impacto significativo no sistema operacional e nos aplicativos instalados. Portanto, é importante ter muito cuidado ao fazer alterações no Registro do Windows. É recomendável criar um backup do Registro antes de fazer qualquer alteração, para que possa ser restaurado caso ocorra algum problema. É importante lembrar também que algumas modificações no Registro podem afetar a estabilidade e segurança do sistema, e que a maioria dos usuários não precisa modificar o Registro do Windows. Portanto, só deve ser feita se você tiver conhecimento avançado sobre o sistema operacional e souber exatamente o que está fazendo. Para ter acesso ao Registro do Windows, você precisa usar o Editor do Registro, que é uma ferramenta integrada ao sistema operacional. Existem várias maneiras de abrir o Editor do Registro no Windows, mas uma das maneiras mais simples é através do comando "regedit". Para isso, siga os passos abaixo: 1. Pressione as teclas "Windows + R" para abrir a caixa de diálogo "Executar"; 2. Digite "regedit" (sem as aspas) e pressione Enter ou clique em "OK"; 3. O Editor do Registro será aberto. Outra maneira de abrir o Editor do Registro é clicando no botão Iniciar e digitando "regedit" na caixa de pesquisa. Em seguida, clique no resultado da pesquisa que corresponde ao Editor do Registro. Ao abrir o Editor do Registro, você verá uma janela com duas colunas. À esquerda, há uma árvore que mostra as chaves do Registro organizadas em uma hierarquia. À direita, você verá os valores associados à chave selecionada. EXPLORADOR DE ARQUIVOS O Explorador de Arquivos é um gerenciador de arquivos e pastas que possibilita trabalhar com os arquivos e pastas existentes no computador. Ele pode ser acessado de várias maneiras, por exemplo, por meio do menu Iniciar ou ainda por meio da combinação de teclas logotipo do Windows + E. Quando você abre o explorador de arquivos no Windows 11, o "Acesso rápido" é exibido por padrão, logo abaixo da barra de endereço. O "Acesso rápido" no Windows 11 é uma área do explorador de arquivos que exibe uma lista de arquivos e pastas que você acessou recentemente, bem como as pastas fixadas que você selecionou para facilitar o acesso. O "Acesso rápido" é uma maneira conveniente de acessar rapidamente os arquivos e pastas que você usa com frequência, economizando tempo e esforço para navegar até as pastas desejadas. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |152| Para fixar pastas no acesso rápido, basta clicar com o botão direito do mouse sobre a pasta e, em seguida, na opção Fixar no Acesso rápido. Observe: Para alterar as opções do Acesso rápido, clique em >> Opções. Observe: https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |153| ARRASTAR E SOLTAR A maioria dos usuários copiam e movem arquivos usando um método chamado arrastar e soltar. Dependendo da forma como esse método é utilizado, algumas vezes o arquivo ou a pasta é copiado e, outras vezes, ele é movido. Por exemplo, se o usuário estiver arrastando um arquivo entre duas pastas na mesma unidade, esse arquivo será movido. Porém, se o usuário estiver arrastando um arquivo entre duas pastas de unidades diferentes, o arquivo será copiado. O método arrastar e soltar também poderá ser utilizado em conjunto com o teclado. Por exemplo, ao arrastar um arquivo entre duas pastas na mesma unidade com a tecla CTRL pressionada, o arquivo será copiado. Além disso, é possível arrastar um arquivo entre duas pastas de unidades diferentes com a tecla SHIFT pressionada, nesse caso, o arquivo será movido. RESTRIÇÕES AO ATRIBUIR NOMES 1º Os nomes não podem conter alguns caracteres especiais, são eles: / (barra) , \ (barra invertida), : (dois pontos), * (asterisco), ? (interrogação), | (barra vertical), " (aspas duplas), (maior que). 2º O nome do arquivo incluindo o seu caminho, ou seja, o local em que está armazenado, não pode ultrapassar 260 caracteres. 3º Arquivos que estão abertos não podem ser renomeados. BIBLIOTECAS DO WINDOWS As Bibliotecas no Windows 11 são um recurso que permite ao usuário agrupar e organizar vários tipos de arquivos em uma única visualização. Esses arquivos podem ser imagens, vídeos, documentos, músicas, downloads, entre outros. As Bibliotecas não armazenam arquivos, mas sim fornecem uma maneira conveniente de acessar, gerenciar e trabalhar com arquivos de diferentes locais no seu computador. Quando você adiciona pastas a uma biblioteca, os arquivos dessas pastas aparecem na biblioteca, mesmo que estejam armazenados em diferentes locais físicos do disco rígido. No Windows 11, existem quatro Bibliotecas padrão: Documentos: normalmente inclui arquivos de documentos, como arquivos do Microsoft Word, Excel e PowerPoint, bem como arquivos de texto e PDFs. Imagens: normalmente inclui arquivos de imagem, como fotos e imagens em formato JPEG, PNG e GIF. Música: normalmente inclui arquivos de música, como arquivos MP3, WAV e WMA. Vídeos: normalmente inclui arquivos de vídeo, como arquivos MP4, AVI e WMV. No Windows 11, o Explorador de Arquivos oferece várias opções de exibição para seus arquivos e pastas. Aqui estão as principais formas de exibição disponíveis: Ícones extra grandes: Exibe as pastas e arquivos como ícones extra grandes. Ícones grandes: Exibe as pastas e arquivos como ícones grandes. Ícones médios: Exibe as pastas e arquivos como ícones médios. Ícones pequenos: Exibe as pastas e arquivos como ícones pequenos. Lista: Exibe as pastas e arquivos em uma lista. Detalhes: Exibe as pastas e arquivos como uma lista com informações detalhadas, como tamanho, tipo, data de criação e modificação. Blocos: Exibe as pastas e arquivos como blocos com uma visualização em miniatura. Conteúdo: Exibe o conteúdo de cada pasta em uma janela separada, com uma lista de arquivos e pastas. https://www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho - Centro - 4009.6066 | Parangaba 3293.3030 |154| GERENCIADOR DE TAREFAS O Gerenciador de Tarefas do Windows é um aplicativo que permite visualizar e controlar COM VÓS quando seguidos de um determinante, geralmente numeral ou pronome. Você quer ir à praia conosco? Você quer ir à praia com nós dois? Irei convosco ao cinema. Irei com vós todos ao cinema. 3. Usam-se os pronomes MIM e TI, precedidos de preposição, sem exercerem função de sujeito. Ele fez referência a ti e a mim. Estou precisando de ti. Nunca houve nada entre mim e você. Nunca houve nada entre você e mim. Eles não fazem nada sem ti. OBSERVAÇÕES 1. Como os pronomes MIM e TI não exercem função de sujeito, usam-se os pronomes EU e TU. » Não saia sem eu permitir. » Este livro é para eu ler. »Consegui uma vaga para tu trabalhares na empresa. 2. Com ideia de exclusão ou de inclusão, finalizando frase, depois de preposição, também não se usam os pronomes MIM e TI. » Todos assistiram à palestra, até eu. » Todos assistiram à palestra, até tu. » Todos assistiram à palestra, exceto eu. » Todos assistiram à palestra, exceto tu. PRONOMES DE TRATAMENTO São usados para se dirigir à 2ª pessoa de forma mais cerimoniosa. Exemplos: Vossa Excelência: para pessoas com alta autoridade, tais como: políticos em geral, militares cuja patente é superior à de coronel, juízes, embaixadores... Vossa Magnificência: para reitores de universidade. Vossa Senhoria: (1) para autoridades em geral na sociedade, com ou sem cargo eletivo, tais como gerente de banco, diretores de escola, delegado de polícia, superintendes, diretores de autarquias, cônsul; (2) para militares cuja patente não é superior à de coronel. Para vereador em exercício da função de presidente da Câmara, usa-se “Vossa excelência”. Fora isso, o tratamento ao parlamentar é “Vossa Senhoria”. EMPREGO DE PRONOMES DE TRATAMENTO 1. Diferença entre VOSSA e SUA Usa-se a forma VOSSA quando nos dirigimos à pessoa; a forma SUA é usada quando nos referimos à pessoa. Vossa senhoria está bem? Se precisar, conte comigo! Sua excelência está? Tenho uma reunião com ele daqui a pouco. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |25| 2. Com pronome de tratamento, toda a frase fica em terceira pessoa. Sabem vossas senhorias de suas responsabilidades? (correto) Sabeis vossas senhorias de vossas responsabilidades? (errado) 2. PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos são empregados, em geral, para estabelecer posição temporal ou espacial de palavras em relação a outras do discurso. Além disso, são usados também como elementos de coesão referencial. Os pronomes demonstrativos que nos interessam nesta aula são os seguintes: Pronomes Demonstrativos 1ª pessoa esta(s), este(s), isto 2ª pessoa essa(s), esse(s), isso 3ª pessoa aquela(s), aquele(s), aquilo EMPREGO DE PRONOMES DEMONSTRATIVOS 1. RELAÇÃO ESPACIAL Para indicar o que está próximo do enunciador (emissor), usam-se os pronomes demonstrativos de 1ª pessoa. Este lápis com que faço meus desenhos foi presente de um amigo. Esta sala em que nos colocaram é muita fria. Para indicar o que está próximo do receptor, usam-se os pronomes demonstrativos de 2ª pessoa. Esse colar no teu pescoço brilha mais à noite. Essa revista perto de ti é tua? Para indicar o que está distante do enunciador e do receptor, usam-se os pronomes demonstrativos de 3ª pessoa. Nunca entrei naquela sala de reuniões do final do corredor. Aquele helicóptero está fazendo manobras ousadas. Não se deve usar o advérbio AQUI + pronome demonstrativo de 2ª pessoa. » Esse carro aqui é demais! (errado) » Este carro aqui é demais! (certo) 2. RELAÇÃO TEMPORAL Em relação ao presente, usam-se os pronomes demonstrativos de 1ª pessoa. Nesta aula, estamos estudando o emprego de pronomes demonstrativos. Neste ano que começa agora, quero me dedicar aos estudos ainda mais. Em relação a passado próximo ou a futuro,usam-se os pronomes demonstrativos de 2ª pessoa. Nesse último fim semana, estive fora da cidade. Nesse mês que vem, pretendo ir à capital. Em relação a passado distante, usam-se os pronomes demonstrativos de 3ª pessoa. Naquele concílio do ano 787 (século 8º), a igreja decidiu que a composição artística pertencia aos padres. Naquela época, muitas pessoas não sabiam como sobreviver à peste negra (século XIV). 3. RELAÇÃO REFERENCIAL Para antecipar termos, ou seja, a fim de fazer referência ao que ainda vai ser mencionado pelo enunciador, usam-se pronomes demonstrativos de 1ª pessoa. Guarde bem este conselho que vou dar: invista sempre em você! Pense nisto: logo sua provação virá. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |26| Para retomar termos, isto é, com o objetivo de fazer referência ao que já foi mencionado no texto, usam-se pronomes demonstrativos de 2ª pessoa. Guarde, portanto, esse conselho que lhe dei. Muitas pessoas falam demais, mais isso não quer dizer que elas estão com a razão. OBSERVAÇÃO Quando a relação referencial envolve aposto distributivo, procedemos da seguinte maneira: » usa-se o pronome demonstrativo de 1ª pessoa para retomar o termo mais próximo do pronome; » usa-se o pronome demonstrativo de 3ª pessoa para retomar o termo mais distante do pronome. ● Gonçalves Dias e Basílio da Gama tematizaram, em suas obras, o índio brasileiro; este no Arcadismo e aquele no Romantismo. 3. PRONOMES RELATIVOS Pronome relativo é o termo que relaciona duas orações, substituindo, na oração de que faz parte, o termo que já apareceu na primeira oração. Vi o garoto. O garoto estava concentrado na aula. Vi o garoto, que estava concentrado na aula. A seguir, tratarei de cada um deles de forma particular. a) Pronome relativo QUE Pode ser substituído por O QUAL (e formas variantes) O tempo que passou não volta mais. Não fui o único que apreciou o espetáculo. Cão que late morde sim. O pronome relativo QUE costuma vir também depois dos pronomes demonstrativos o, os, a, as. Vi o que eles fizeram por você. (o = aquilo) Fiquei sabendo do que eles disseram a seu respeito. (do = daquilo de+aquilo) b) Pronome relativo CUJO (e formas variantes) Indica posse Concorda com o termo posterior a ele Vem sempre seguido de substantivo Nunca é precedido ou seguido de artigo Para muitos, a paciência é uma árvore cuja raiz é amarga. O garoto, cujas irmãs são gêmeas, também é muito inteligente. O rapaz, cujo tutor era poliglota, também era versado em inúmeros idiomas. Meu pai, cujos conselhos eram sempre oportunos, era muito sábio. c) Pronome relativo ONDE Só deve ser usado se indica lugar (físico) Pode ser substituído por em que, no qual (e formas variantes) Casebre onde se ri tem mais valor do que mansão onde se chora. Não conheço a empresa onde você trabalha. d) Pronome relativo QUEM É usado para retomar apenas pessoa ou algo personificado É sempre preposicionado Pode ser substituído por O QUAL (e formas variantes) O ser a quem tenho dedicado meu precioso tempo começou a falar. O palestrante de quem te falei será o orador da turma. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |27| e) Pronome relativo O QUAL (e formas variantes) Pode substituir coisa e pessoa Pode vir contraído com preposição Esse é o motivo pelo qual estudo tanto. O assunto sobre o qual conversamos é sigiloso. A pessoa da qual lhe falei está viajando. f) Pronome relativo QUANTO Vem após os pronomes indefinidos TANTO (e formas variantes), TODO (e formas variantes), TUDO. Tantos quantos queiram podem achegar-se à mesa e se servir. Todos quantos puderem ajudar são bem-vindos. Geralmente, perdemos tudo quanto colocamos em um prato sem fundo. g) Pronome relativo QUANDO Indica tempo e atua como adjunto adverbial de tempo Pode ser substituído por em que, no qual (e formas variantes) Sempre chega o momento quando precisamos tomar um rumo na vida. h) Pronome relativo COMO Pode se substituído por PELO QUAL (e formas variantes) Costuma vir depois das palavras FORMA, MANEIRA, MODO e JEITO. Sem dúvida, faz diferença a forma como oferecemos ajuda a alguém. O jeito como você me olha é invasivo. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |28| AULA 8: COLOCAÇÃO PRONOMINAL Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, o(s), a(s), lhe(s) podem ser colocados de três maneiras distintas em relação ao verbo: próclise (pronome antes do verbo) mesóclise (pronome no meio do verbo) ênclise (pronome depois do verbo) PRÓCLISE No português do Brasil, predomina a próclise. No entanto, é preciso destacar que, de acordo com a norma padrão, não se deve iniciar oração com pronome oblíquo. Me advertiram quanto ao estado da rodovia. (errado) Advertiram-me quanto ao estado da rodovia. (certo) A seguir, vejamos os principais casos de próclise: 1. Com a preposição EM seguida de verbo no gerúndio. Em se falando de futebol, prefiro não opinar. Em se tratando de política, sou mais discreto ainda. 2. Com pronomes relativos. O escritor de que me falaram ganhou o prêmio Jabuti. A rua onde me encontrava estava deserta. 3. Com pronomes interrogativos. Que nos disseste há pouco? Quem te autorizou a fazer isso? 4. Com pronomes indefinidos. Ninguém se responsabilizou pelo ocorrido. Todos se entreolharam naquele momento. 5. Com pronomes demonstrativos. Isso me pertence. Aquilo me aborreceu bastante. 6. Com advérbio sem vírgula. Ontem nos divertimos bastante. Aqui se estuda português de verdade. 7. Com palavras ou expressões negativas. Não se esqueça da nossa reunião. De modo algum lhe diria isso. 8. Com conjunção coordenativa aditiva (com exceção do conectivo E). Ela tanto nos viu quanto nos cumprimentou. Ele não só me admira como também me idolatra. 9. Com conjunção coordenativa alternativa. Seja nos fazendo rir, seja nos fazendo chorar, você sempre desperta grandes emoções. Ou se vive intensamente, ou se vive parcialmente. 10. Com qualquer conjunção subordinativa. Conforme me prometeu que seria, aconteceu. Ele trabalha tanto que me preocupa. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |29| 11. Com preposição seguida de infinitivo flexionado. Por se desentenderem durante o jantar, romperam o acordo. Firmaram parceria por se julgarem aptos ao trabalho em sociedade. 12. Com orações que exprimem desejo (optativas). Ao entrar, Deus te abençoe! Ao sair, Deus te acompanhe! OBSERVAÇÕES A próclise é facultativa: a) Com sujeito expresso na frase sem palavra atrativa. O rapaz se viu em apuros. O rapaz viu-se em apuros. b) Com preposição + infinitivo não flexionado precedido de palavra negativa. Ele agiu dessa maneira por não nos conhecer. Ele agiu dessa maneira por não conhecer-nos. c) Com palavra negativa + infinitivo. Desejo não o perturbar. Desejo não perturbá-lo. MESÓCLISE Ocorre mesóclise com verbo no futuro. Devolver-te-ei o dinheiro ainda hoje. (futuro do presente) Enviar-lhe-ia o documento amanhã. (futuro do pretérito) A mesóclise só é obrigatória se o verbo no futuro começa a frase. Comunicar-te-ia o fato assim que soubesse dele. Se o sujeito está expresso na frase, sem palavra atrativa, pode haver próclise além da mesóclise. Ele te encontraria no shopping. Ele encontrar-te-ia no shopping. Se o verbo no futuro vem precedido de palavra atrativa, a próclise é obrigatória. Nunca lhe diria essas coisas! ÊNCLISE A ênclise acontece nos casos a seguir: Depois de verbo no imperativo afirmativo. Pague-me a dívida agora! Prometa-nos que fará isso por nós! Com orações reduzidas de infinitivo. É necessário dar-lhe as boas-novas. Depois de vírgula ou de qualquer sinal de pontuação. Por gentileza, ajude-me a levantar! Por enquanto, saiu-se bem. Se há, no entanto, termo intercalado ou oração intercalada, o pronome oblíquo pode ficar depois do sinal de pontuação. Todos, naquela dia, a olharam admirados. Todos, naquela dia, olharam-na admirados. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |30| Se o verbo que inicia a frase não está no futuro, também ocorre ênclise. Devolveram-me o dinheiro. Compraram-nos uma casa nova. NÃOHÁÊNCLISE 1.Comverbonofuturo: »Enviarei-teasfotos.(errado) »Enviar-te-ei as fotos.(certo) 2.Comverbonoparticípio: »Ometalhaviafundido-se.(errado) »Ometalsehaviafundido.(certo) »Ometalhavia-sefundido.(certo) EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS EM LOCUÇÕES VERBAIS 1. Se não há palavra que obriga a próclise antes da locução verbal, o pronome oblíquo pode ser usado antes do verbo auxiliar, depois do verbo auxiliar e depois do verbo principal, exceto quando está no particípio. a) verbo auxiliar + infinitivo Eu lhe devia comunicar o fato. Eu devia-lhe comunicar o fato. Eu devia comunicar-lhe o fato. b) verbo auxiliar + gerúndio Eu lhe estava devolvendo a gentileza. Eu estava-lhe devolvendo a gentileza. Eu estava devolvendo-lhe a gentileza. c) verbo auxiliar + particípio Ele se havia ferido levemente no braço. Ele havia-se ferido levemente no braço. 2. Quando a locução verbal é precedida de palavra atrativa, o pronome oblíquo pode ser usado somente antes do verbo auxiliar e depois do verbo principal (exceto quando este vem no particípio). a) verbo auxiliar + infinitivo Eu não lhe devia comunicar o fato. Eu não devia comunicar-lhe o fato. b) verbo auxiliar + gerúndio Eu não lhe estava devolvendo a gentileza. Eu não estava devolvendo-lhe a gentileza. c) verbo auxiliar + particípio Ele não se havia ferido levemente no braço. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |31| AULA 9: VERBOS I. Classificação a) Regulares: não sofrem alteração no radical. Ex.: cantar vender e partir b) Irregulares: sofrem alteração no radical. Ex.: fazer e dizer c) Defectivos: não apresentam conjugação completa. Ex.: abolir, falir e colorir d) Anômalos: apresentam profundas e irregularidades. Ex.: ser e ir. e) Abundantes: apresentam mais de uma forma, sobretudo no particípio. Ex.: pagar, ganhar e gastar. MODOS VERBAIS E TEMPOS VERBAIS Os modos são indicativo, subjuntivo e imperativo. Vale destacar que os modos verbais dizem respeito às formas como os verbos se expressam. Os tempos verbais são presente, pretérito e futuro. TEMPOS SIMPLES DO MODO INDICATIVO O modo indicativo exprime certeza e está relacionado aos tempos presente, pretérito (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). a) Presente O presente do indicativo indica o que ocorre no momento da fala ou uma ação costumeira. Estou preocupado com você. Estudo sempre de madrugada. OBSERVAÇÃO Às vezes, o presente do indicativo pode relacionar-se a outras situações: Em 1500, a frota de Cabral chega por aqui. (substitui o pretérito perfeito) Próximo ano, começo minha dieta. (substitui o futuro) b) Pretérito Perfeito O pretérito perfeito indica um fato passado já concluído em relação ao momento da fala. Conversei isso ontem com ele. Passei no teste. c) Pretérito Imperfeito O pretérito imperfeito representa um fato anterior ao momento da fala com diversos usos, tais como: Ele trabalhava dezesseis horas por dia. (ação contínua, repetitiva) Era uma vez, uma linda princesa solitária num castelo. (fatos fictícios) Ele decidiu ir ao escritório para rever amigos que trabalhavam lá antes de sua demissão. (ação passada com possível continuidade no presente) d) Pretérito Mais-Que-Perfeito O pretérito mais-que-perfeito representa um fato remoto, distante, muitas vezes anterior a outro fato que já está no passado. Isso ocorrera há muitos séculos. O aluno comentou que passara no exame. Ainda, pode expressar desejo. Tomara que minha aprovação venha logo! e) Futuro do Presente O futuro do presente expressa ação posterior ao momento da fala. Serei aprovado em breve. Resolveremos isso ainda hoje. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |32| OBSERVAÇÃO O futuro do presente ainda pode, a depender do contexto, referir-se a uma ação no presente com valor de imperativo. Não furtarás! Não matarás! f) Futuro do Pretérito O futuro do pretérito, geralmente, representa uma ação posterior a um fato passado. Ele garantiu que me pagaria a dívida. Pode ainda representar qualquer fato hipotético. Se eu ganhasse na loteria, continuaria a mesma pessoa. Teria ele dito isso mesmo? OBSERVAÇÃO Constitui incorreção gramatical o emprego do pretérito imperfeito no lugar do futuro do pretérito. Se eu tivesse muita grana, comprava uma casa na serra e uma na praia. (errado / pretérito imperfeito) Se eu tivesse muita grana, compraria uma casa na serra e uma na praia. (certo / futuro do pretérito) TEMPOS SIMPLES DO MODO SUBJUNTIVO O modo subjuntivo expressa, de modo geral, hipótese, possibilidade, desejo. É chamado de modo verbal hipotético. Apresenta três tempos: presente, pretérito imperfeito e futuro. a) Presente Caso o veja, dê-lhe lembranças minhas. Espero que você esteja bem. Caso se esforce, conseguirá essa vaga. Quer fale, quer escreva, suas palavras não me convencerão do contrário. b) Pretérito Imperfeito Representa um fato hipotético em qualquer tempo (presente, passado ou futuro). Minha mãe pediu que eu não fizesse isso. Embora ele soubesse o que estava fazendo, agiu contra nossa vontade. Se você quisesse, seria capaz de conquistar o mundo! c) Futuro Em geral, o futuro do subjuntivo expressa relações temporais. Quando você passar no concurso, sua vida mudará para melhor. Quanto mais estudar, mais chance terá na prova. O futuro do subjuntivo também pode expressar conformidade ou condição. Façam a tarefa como quiserem. Se puderem, façam a tarefa ainda hoje. MODO IMPERATIVO O modo imperativo pode ser afirmativo ou negativo. Geralmente, expressa ordem, mas também pode apresentar outros aspectos, como súplica, conselho, desejo, pedido. Levante-se daí agora mesmo! Não estude deitado e ouvindo música. Não me demita, por favor! Estude, que vale apena. Fica comigo esta noite... Traga um copo de água para mim, por gentileza. Além disso, vale ressaltar o seguinte: (1) Não apresenta a primeira pessoa do singular (eu) (2) Os pronomes de terceira pessoa ele, ela, eles e elas são substituídos pelos pronomes você, vocês. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |33| A depender do contexto, pode ser expresso por: Verbos no infinitivo e no gerúndio. Tomar duas vezes por dia. Circulando, senhores! Tempos verbais do modo indicativo: Você não sai daqui! (presente) Você ficará em casa hoje. (futuro) II. FLEXÃO VERBAL É preciso destacar três tempos verbais cuja flexão tem sido muito cobrada em provas: Pretérito imperfeito do subjuntivo (desinência – SSE) Se eu coubesse, viesse (vir), visse (ver) pusesse, tivesse Futuro do subjuntivo (desinência – R) Quando eu couber, vier (vir), vir (ver), puser, tiver Pretérito mais-que-perfeito (desinência – RA) Eu coubera, viera (vir), vira (ver), pusera, tivera Destaco também que, quando um verbo tem derivado(s), todos eles apresentam a mesma flexão do verbo primitivo. E isso interessa demais em uma prova de língua portuguesa. Veja os exemplos a seguir: Formas derivadas do verbo TER na 1ª/3ª pessoa do singular Abster abstivesse, abstiver, abstivera. Conter contivesse, contiver, contivera Deter detivesse, detiver, detivera. Manter mantivesse, mantiver, mantivera. Obter obtivesse, obtiver, obtivera. Reter retivesse, retiver, retivera. Suster sustivesse, sustiver, sustivera Formas derivadas do verbo PÔR na 1ª/3ª pessoa do singular Antepor antepusesse, antepuser, antepusera. Compor compusesse, compuser, compusera. Contrapor contrapusesse, contrapuser, contrapusera. Contrapropor contrapropusesse, contrapropuser, contrapropusera. Depor depusesse, depuser, depusera. Interpor interpusesse, interpuser, interpusera. Propor propusesse, propuser, propusera. Repor repusesse, repuser, repusera. Sobrepor sobrepusesse, sobrepuser, sobrepusera. Supor supusesse, supuser, supusera. Formas derivadas do verbo VIR na 1ª/3ª pessoa do singular Advir adviesse, advier, adviera. Convir conviesse, convier, conviera. Intervir interviesse, intervier, interviera. Provir proviesse, provier, proviera. Sobrevir sobreviesse, sobrevier, sobreviera. III. FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |34| A) MODO INDICATIVO Pretérito perfeito composto É formado pelo presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: O governo tem investido (= investiu) muito em saúde e em educação em nosso país. Eu tenho estudado (= estudei) muito para o vestibular. Pretérito mais-que-perfeito composto É formado pelo pretérito imperfeito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: A universidade havia mudado(= mudara) a data do vestibular. Tu realmente havias feito (=fizeras) aqueles comentários acerca da vida íntima do colega? Futuro do presente composto É formado pelo futuro do presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Quando o professor chegar, já terei terminado (= terminarei) as tarefas. Teremos feito (=faremos) o certo, se procedermos dessa maneira. Futuro do pretérito composto É formado pelo futuro do pretérito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: A corrupção teria diminuído (=diminuiria) se não fosse a impunidade. Teríamos feito (=faríamos) o melhor, se o computador não estivesse com defeito. Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto. B) MODO SUBJUNTIVO Pretérito perfeito composto É formado pelo presente do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Acredito que você tenha estudado bastante para o exame em que foi o primeiro colocado. Penso que tenham facilitado a fuga dos detentos. Pretérito mais-que-perfeito composto É formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Se ele você tivesse amado mais, seria infinitamente mais feliz. Se o vigia não tivesse dormido no posto, os ladrões não invadiriam o prédio. Futuro composto É formado pelo futuro do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Quando eu tiver concluído (=concluir) o trabalho, irei tirar umas férias. Quando ele tiver passado no vestibular, ganhará um caro do pai. Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto no modo subjuntivo. Não há também imperativo composto. C) FORMAS NOMINAIS Infinitivo impessoal composto É formado pelo infinito impessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Ter programado (=programar) a excursão foi muito importante. Infinitivo pessoal composto É formado pelo infinito pessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Passaram no vestibular somente depois de terem estudado (=estudarem) bastante. Gerúndio composto É formado pelo gerúndio dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Tendo estudado (=estudando) muito, conseguiu aprovação em primeiro lugar. Obs.: Não existe particípio composto. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |35| Verbos especiais de 1ª, 2ª e 3ª conjugações 1. Verbos especiais de 1ª. conjugação a) Verbos terminados em EAR Em verbos terminados em ear, a vogal e transforma-se no ditongo ei no presente do indicativo e nos derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). Obs.: O i (formador do ditongo) não aparece nos demais tempos e modos verbais. b) Verbos terminados em IAR Nos verbos MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e ODIAR, o i final transforma-se no ditongo ei no presente do indicativo e derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). Obs¹: Nos demais tempos e modos, o e (formador do ditongo) não aparece. Obs²: Os demais verbos terminados em iar são regulares. Ex.: copiar, anunciar, adiar, noticiar, etc. IV. VERBOS ABUNDANTES Usa-se o particípio regular com os auxiliares Ter ou HAVER; os particípios irregulares, com os auxiliares SER ou ESTAR. Ex.: A) Tinha/Havia gastado, pagado, agradecido, acendido, comprimido e imprimido. B) Foi/Estava gasto, pago, grato, aceso, compresso e impresso. V. VERBOS DEFECTIVOS São aqueles cuja conjugação não é completa. São divididos em impessoais, unipessoais e pessoais. a) Impessoais São verbos que integram orações sem sujeito. Surgem apenas na terceira pessoa do singular. Ex.: amanhecer, anoitecer, chover, entardecer, gear, nevar, relampejar, trovejar, ventar, etc. (expressam fenômenos naturais) verbo haver com sentido de existir, acontecer e ocorrer. verbo fazer na indicação de tempo cronológico (decorrido) ou meteorológico (fenômeno natural). b) Unipessoais Apresentam-se somente terceira do singular e do plural. São verbos que expressam ocorrência (acontecer, convir, suceder, sobrevir, ocorrer, etc.) e exprimem vozes de animais (berrar, grunhir, latir, miar, mugir, uivar, etc.) c) Pessoais São aqueles que não apresentam algumas pessoas por questão de eufonia (som agradável). Por essa razão, deixam de ter algumas flexões por formalidade, visto que a sonoridade é algo relativo, pois depende muito de cada região e da sensibilidade dos usuários da língua. Dividem-se em três grupos: *1º grupo Verbos que não apresentam a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e seus derivados (presente do subjuntivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo afirmativo). Ex.: abolir, banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, extorquir, fremir, fulgir, retorquir, etc. Observação: Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 2º grupo São verbos que, no presente do indicativo, só apresentam a 1ª e a 2ª pessoas do plural (formas arrizotônicas); consequentemente, não apresentam presente do subjuntivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo afirmativo. Conjugam-se somente nas formas em que a letra i vem após o radical. Ex.: aguerrir, combalir, comedir-se, embair, falir, remir, renhir, etc. Observação: Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |36| 3º grupo É constituído dos verbos: precaver-se e reaver. a) Precaver-se No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e na 2ª pessoa do plural (formas arrizotônicas). Consequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Ex.: Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Nós nos precavemos Precavei-vos Vós vos precaveis Observação: Nos demais tempos verbais, é conjugado normalmente b) Reaver No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e a 2ª pessoas do plural. Consequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Conjuga-se pelo verbo haver, quando este apresenta a letra v. Ex.: Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Reavemos Reavei vós Reaveis VI. VOZES DO VERBO A) Voz Ativa A voz ativa representa um sujeito que pratica uma ação que é expressa pelo verbo. • Ex.: A mãe penteou a criança, (mãe é o sujeito da oração). B) Voz Passiva A voz passiva indica que sujeito da oração é um sujeito paciente, ele sofre a ação que é expressa pelo verbo. • Ex.: A criança foi penteada pala mãe, (criança é o sujeito da oração). C) Voz Reflexiva A voz reflexiva pratica e sofre ação que é expressa pelo verbo. • Ex.: A criança penteou-se, (criança é o sujeito da oração). Estudo da Voz Passiva A voz passiva pode ser: Sintética ou Analítica. 1. Voz Passiva Sintética Ocorre quando o verbo está acompanhando de um pronome apassivador (se). Exemplo: • Prenderam-se todos no congestionamento. • Fechou-se a padaria. 2. Voz passiva Analítica Formada por um verbo auxiliar (ser, estar, ficar), acompanhado de um particípio do verbo que se refere. Exemplo: • Muitos ficaram cercados pelos policiais. Conversão da voz ativa em voz passiva analítica É analisado na conversão da voz ativa em voz passiva analítica que: 1. O sujeito da Ativa adquire as funções de Agente da Passiva; 2. O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; 3. O predicativo do Objeto direto da Ativa adquire as funções de Predicativo do Sujeito da passiva; 4. Os verbo. auxiliares da Passiva (ser, estar, ficar), não são alterados da forma Ativa. 5. O verbo da Ativa adquire a forma do Particípio na Passiva. www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |37| Voz Ativa: Alice buscou as crianças. Voz Passiva: As crianças foram buscadas por Alice. Conversão da voz ativa em voz passiva sintética É observado na transformação da Voz ativa em Voz passiva sintética: • O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; • O Predicativo do Objeto direto da ativa adquire as funções de Predicativo do sujeito da passiva; • Adiciona-se a partícula se ao verbo da Ativa que adquire as funções de Pronome Apassivador (ou Partícula Apassivadora). Por exemplo: Ganharam um delicioso bolo (Obj. Direto) de aniversário. (Ativa). Ganhou-se (P.A) um delicioso bolo (suj. paciente) de aniversário. ANOTAÇÕES www.cursogb.com.br Colégio Lourenço Filho-Centro -4009.6066 | Parangaba3293.3030 |38| AULA 10: SUBSTANTIVO E ARTIGO I. SUBSTANTIVO CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO Há duas formas de classificação do substantivo: quanto à forma e à significação. 1) Quanto à forma, podem ser: simples e compostos, primitivos e derivados. a) Substantivos simples: apresentam apenas um radical: sol, flor. b) Substantivos compostos: apresentam mais de um radical: girassol, couve-flor. c) Substantivos primitivos: não apresentam prefixo nem sufixo: ferro, pedra. d) Substantivos derivados: apresentam prefixo nem sufixo. Exemplos: ferreiro, pedrada. 2) Quanto à significação, podem ser: comuns e próprios, concretos e abstratos e coletivos. a) Substantivos comuns designam todos