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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS

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PLANEJAMENTO 
E CONTROLE
DE OBRAS
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof. Flavio Augusto Carraro
PLANEJAMENTO 
E CONTROLE
DE OBRAS
Marília/SP
2022
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DE OBRAS
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
09
18
30
39
49
60
73
83
94
105
117
130
141
O SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL E SUAS 
CARACTERÍSTICAS
O QUE CONSISTE NO PLANEJAMENTO E 
GERENCIAMENTO DE OBRAS E SERVIÇOS 
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PARA 
ENGENHEIRO CIVIL RESPONSÁVEL PELO 
PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DE 
OBRAS
GERENCIAMENTO DE ATIVIDADE AUTÔNOMA 
E DE EMPRESAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
ETAPAS DE UMA OBRA
ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E 
GERENCIAMENTO DE OBRAS
TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO
ORÇAMENTO
CRONOGRAMAS 
DIAGRAMA DE REDES
CURVA ABC
PLANOS GLOBAIS E SETORIAIS
GERENCIAMENTO DE EQUIPE
PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DE OBRAS
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
152
167
ANÁLISE DA QUALIDADE DO 
EMPREENDIMENTO: TÉCNICAS, MODELOS E 
ESTUDO DE CASO
DIÁRIO DE OBRA, DOCUMENTAÇÕES EM 
OBRA E REGISTROS DE CONTROLE
PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DE OBRAS
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
INTRODUÇÃO
Quando falamos de construção civil, um dos maiores desafios é desenvolver bom 
planejamento de obras, pois é a partir dele que muitos aspectos relacionados à 
qualidade farão com que ele tenha sucesso ou não.
Para isto, o profissional deve entender quais são as características que o setor da 
construção civil possui em termos de dinâmica e como isto pode influenciar as tomadas 
de decisões durante o Planejamento e Gerenciamento de Obras e Serviços. Mesmo 
que esteja iniciando a profissão, o engenheiro carece não somente da Hardskills que 
são as habilidades que adquiriu na faculdade, mas precisa se capacitar em relação 
ao que hoje dá-se o nome de softskills, que são aquelas habilidades socioemocionais 
para conseguir trabalhar aspectos sócio-interativos que acontecem em obra.
É comum em começo de profissão que o engenheiro comece de maneira autônoma 
e muitas vezes pelas oportunidades que aparece, sai de um simples empreendedor 
individual para uma formalização ao ponto de ter uma empresa.
Todos este processo lhe dará “lastro” para desenvolvimento profissional mas 
também o conhecimento de “chão” de fábrica, ou seja as etapas que envolvem a obra. 
Com o tempo ele começa a entender quais são as etapas, atividades, e tarefas que 
compõe a dinâmica da obra, e com isto o aumento de responsabilidades em relação à 
administração, gestão e gerenciamento de obras começam a ser necessárias, pois todo 
empreendimento da construção civil, tem por objetivo avaliar riscos e oportunidades 
e sobretudo gerar divisas e lucro a quem empreende, logo são necessários este tipo 
de conhecimento para se direcionar rumo aos objetivos.
Para isto trabalhamos neste livro alguns aspectos de técnicas de planejamento, 
que vão desde o orçamento, cronogramas, diagrama de redes, curvas ABC como 
instrumentos para melhorar a eficiência do planejamento da obra e com isto consiga 
melhorar a qualidade e a lucratividade ao mesmo tempo que otimiza recursos, tempo 
e dinheiro.
Todos os tópicos colocados visam alinhar também aos novos paradigmas da 
construção civil e da forma com a qual o profissional de engenharia deve se comportar 
para se manter ativo no mercado de trabalho e com isto evoluir profissionalmente.
PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DE OBRAS
PROF. FLAVIO AUGUSTO CARRARO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8
É assim necessário que o mesmo entenda a obra de maneira global, mas setorial 
também, e como as discussões impostas pelo mercado podem influenciar sua atuação 
profissional, a forma com a qual gerenciará a equipe.
Por fim, foram abordados os tópicos de análise de qualidade do empreendimento, em 
todos seus aspectos de viabilidade econômica e técnica, de modo a amparar tomadas 
de decisão, ou a qualidade desta, essencial para sustentabilidade dos negócios.
Se todo o processo de planejamento de obras cumpre alguns ritos, para o fechamento 
da mesma não seria diferente, logo é necessário fechar “o expediente” da obra e torná-
la habitável, e para isto é necessário que se cumpram alguns aspectos essenciais de 
encerramento da mesma e transferências àqueles que efetivamente farão uso da obra.
Espero que tenham gostado desta caminhada que vais desde de o conhecimento 
das características do mercado da construção civil passando pelas técnicas de 
planejamento ao encerramento da obra e tudo isto foi feito de modo a termos uma 
estrutura lógica para que sua prática em planejamento tenha sucesso.
Bons estudos!
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CAPÍTULO 1
O SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
E SUAS CARACTERÍSTICAS
O gerenciamento de obras tem muito da dinâmica de mercado para a qual a 
construção está sendo desenvolvida, dos materiais que empregamos, da mão de obra 
que contratamos e da organização de todas as atividades, considerando as etapas 
que precisam ser desenvolvidas para que a obra seja erguida.
Um ponto interessante a se constatar é que uma obra é, ao mesmo tempo, o único 
e principal protótipo, tendo, também, o status de ser o produto. Dessa forma, falhas 
no processo de planejamento e execução são, assim, interferentes na qualidade da 
construção. 
Em um passado não tão distante, se retomarmos a história da construção civil 
no Brasil, ela sempre se configurou como uma importante indústria, principalmente 
por sua capacidade de mobilizar os mais diversos tipos de recursos, demandando 
insumos de outras cadeias produtivas. Além disso, essa indústria sempre foi grande 
empregadora de mão de obra e sempre teve relação direta com o Produto Interno 
Bruto do país por sua capacidade de gerar riquezas e divisas.
1.1 Breve histórico da construção civil no Brasil
Temos pouca informação de como foi a evolução da construção civil na época do 
Brasil Colônia, a não ser o que estudamos nos livros de História, na história recente 
do Brasil, especialmente depois dos anos de 1900, em que nosso país deixou de ser 
agrário para se tornar urbano. Nessa época, percebemos que a construção civil sempre 
se configurou como meio de promover não só divisas, mas também de fazer parte 
de políticas governamentais.
Tamanha foi a demanda de obras em meio urbano, que o país, ainda não possuindo 
profissionais suficientes formados em engenharia civil, teve que desenvolver as obras 
basicamente por conhecimento tácito. Como exemplo disso, temos os mestres de 
obras, que tinham a responsabilidade de direcionar as atividades e também de lidar 
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com os problemas, sendo ainda mais agravados por não existir um planejamento 
prévio. Os processos e tarefas eram desenvolvidos com base na urgência do dia.
O auge da construção civil em nosso país se deu logo que o Brasil se tornou uma 
república, oempresa, tem a autorização para o tipo de 
atividade proposta. 
Resolvido a questão comercial e de localização, é necessário que a empresa demonstre 
um responsável técnico e por isto é necessário o registro do CREA, tanto do profissional 
assim como da empresa em si. 
Como a atividade fim da empresa é direcionada a prestação de serviços de engenharia 
e construção civil, é muito importante que tenha o amparo de outro importante 
profissional que é o contador, seja interno ou externo à empresa, que ajudará em todas 
rotinas de fluxo de caixa, emissão de notas, entre outras tramitações de documentos 
que se relacionam à Secretaria da Receita Federal, em relação a Secretária Municipal 
da Fazenda - Inscrição municipal, normalmente a execução de obras e prestação de 
serviços de construção civil estão inseridas em atividades sujeitas ao Imposto Sobre 
Serviços de Qualquer Natureza (ISS), de competência dos municípios. A depender 
da atividade e sua amplitude é necessário fazer também recolhimento de tributos 
pelo ICMS, que é estadual. De modo a garantir os procedimentos corretos é sempre 
prudente se apoiar na atividade do contador.
Algumas outras ações também são necessárias, pois já que possui agora a 
formalização de um estabelecimento comercial o Corpo de Bombeiros Militar (Jurisdição 
estadual) precisa proceder inspeção do local e documentação da qual o empreendedor 
deve solicitar para que o Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (APPCI), 
seja emitido.
Pronto acabou?! Posso começar a trabalhar.
Ainda temos alguns procedimentos como por exemplo o Alvará de Funcionamento 
e Localização, a qual é uma licença concedida pela prefeitura, em que a mesma lhe 
solicitará algumas documentações, como por exemplo o contrato social entre outras, 
e procederá com análise e conferência, inclusive na lei de zoneamento, para somente 
depois autorizar o funcionamento e a localização do empreendimento. O Alvará será 
sempre requisitado por outros órgãos governamentais, pois é também a base para 
operacionalizar outras licenças em outros órgãos.
Acabou?! Não, ainda não?
Quando formalizamos uma empresa, por meio do contrato social, até os próprios 
proprietários são formalmente funcionários da empresa, e deverão garantir que sejam 
efetuadas a matrícula da empresa no Cadastro Específico do INSS (CEI) em até 30 
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dias, tão logo seja feito o registro na junta comercial ou cartório de registro de pessoa 
jurídica. A partir deste momento as obrigações previdenciárias começa a valer.
Agora que aprendemos a “extensa lista de atividades”, colocamos aqui de modo a 
somente a te nortear, e cabe ressaltar que pode haver procedimentos muito específicos 
a depender do município, região, e por isto a consulta é sempre válida diretamente nos 
órgãos relacionados, e entender detalhadamente quais são as documentações exigidas.
4.3 Ferramentas e estratégias para o negócio na área de engenharia.
Vamos direcionar nossa conversa para discussão de aspetos estratégicos e 
gerenciais do negócio, e alguns momentos faremos uso conjunto de termos, conceitos 
que derivaremos das rotinas típicas que podemos encontrar na construção civil, mas 
com apoio de conceitos da administração.
Toda empresa possui desde a sua criação um propósito, logo a razão pela qual 
existir e o caminho que pretende percorrer para chegar a este propósito, e precisa de 
tempos em tempos, revisitar tais metas, e na medida fazer uso de ferramentas típicas 
usadas na administração, e que servem para a evolução da empresa.
Mas para que fazer uso destas ferramentas? Qual o propósito de seu uso? Vivemos 
em tempo de um cenário mercadológico extremamente competitivo, e “mensurar”, 
“mapear”, “medir” faça com que os cenários se concretizem e possíveis aperfeiçoamento 
no planejamento estratégico aconteça.
Isto é essencial diante de um cenário mercadológico extremamente competitivo, pode 
ser a diferença, na visualização de cenários, a antecipação destes como situações de 
possíveis prejuízos, ou indicar oportunidades, seja na gestão do negócio ou na gestão 
da obra. Uma empresa sempre tem o propósito de gerar lucro com a atividade que 
propõe a desenvolver. Algumas destas ferramentas e metodologias visam auxiliar-nos 
no direcionamento para que o objetivo seja atingido. Dentre elas podemos destacar:
Matriz SWOT;
PDCA;
5W2H;
Budget e forecast;
KPIs;
Lean Construction;
ERP;
Método SMART;
Quadro 01: ferramentas e metodologias de gestão 
Fonte:autor 
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A primeira delas é a matriz SWOT, que é uma metodologia versátil e fácil, e sua 
aplicabilidade pode ser feita de tempos em tempos, pois ajudar a “radiografar” Forças 
(Strengths), Fraquezas (Weakness), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), 
e isto deve ser desenvolvido por todo os stakeholders.
Em termos de implantação devem ser feitas analisando fatores internos (forças 
e fraquezas) devemos analisar primariamente processos, infraestrutura, equipe e 
vantagens competitivas e fatores de risco. Exemplo: a simples localização de um imóvel 
a ser construído pode influir positivamente ou negativamente nos direcionamentos 
dos trabalhos ou mesmo na venda.
Referente a fatores externos (Oportunidades e Ameaças), algumas situações omco 
alterações das condições econômicas, mudanças drásticas do indicadores que podem 
influenciar na construção civil, alterações de tributos fiscais (ameaças) ou ampliação 
do financiamento podem direcionar a tomada de decisão (oportunidades). É importante 
analisar também questões de microambiente ou macroambiente à empresa podemos 
entender também ameaças ou oportunidades que possam vir a ser impactantes sobre a 
operação, tais como: Fornecedores, intermediários, clientes, concorrentes, público, etc.;
Elaborar a Matriz SWOT, não é mera descrição lançar descritivamente as palavras, 
mas sim efetivar um plano no qual destaquem as forças afastam ameaças e atraem 
oportunidades, as fraquezas, ao contrário que muitos pensam, sua identificação 
potencializam as ameaças e diminuem as oportunidades. Para cada ação descrita em 
cada um dos quatro tópicos devem possuir plano de ação, com calendário e etapas 
para serem monitoradas por índices de performance relevantes.
Como engenheiros geralmente tendemos ter mais relação com as dores, desafios 
e necessidade de rotina de trabalho, ou seja, dores, desafios, e necessidades da rotina 
de trabalho, por este motivo outros stakeholders devem participar do processo.
O ciclo PDCA é uma ferramenta de controle de qualidade, e tem função de criar um 
fluxo cíclico de análise dos processos para evolução destes e para a evolução das 
empresas. É o processo de melhoria contínua na prática gestão.
Aplicado o ciclo PDCA na rotina de gestores na construção civil, auxilia na 
contabilização de dados confiáveis as etapas da obra, ajuda na redução de curso e 
auxilia na garantia da qualidade final do empreendimento. A sigal PDCA representa 
respectivamente P (plan: planejar), D (do: fazer), C (check: verificar), A (act: agir).
Em planejar devemos inserir as metas, indicadores quantitativos e qualitativo, assim 
como uma previsão para que estes indicadores sejam atingidos, e os objetivos do ciclo 
são a construção prioridades. Em fazer, seria criar as condições como treinamentos, 
educação de modo a estruturar a cultura da empresa, mas também de propor as 
atividades para implementação e execução do plano, tem que ter prazo e seu progresso 
deve ser acompanhado. Em verificar desenvolvemos uma análise tomando por base o 
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que foi executado desde início do projeto, assim com aderência ao escopo, cronograma 
etc... Se necessário, reavaliar o plano do próximo ciclo; Em agir, após a execução dos 
processos anteriores, e tendo por base todos osdados com erros e acertos, devemos, 
dar o feedback ao próprio ciclo e os novos dados devem ser imputados em um novo 
ciclo, para que sejam obtidos novos encaminhamentos a partir de erros e acertos, e 
melhoramentos dos processos.
A intenção de uso desta ferramenta é de alavancar a produtividade da empresa, 
equipe e refinamentos dos processos de trabalho, para que nas novas fases sejam 
mais eficientes.
Uma importante ferramenta que emprestamos da administração seria o 5W2H, 
que consiste em fazer uma série de questionamentos para se identificar um problema 
e realizar a respectiva análise sobre os encaminhamentos por meio de perguntas, e 
mesmo suas soluções. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Trazemos um “case” no qual realizou-se um estudo em uma empresa de pequeno 
por porte no setor da construção civil, situada na região norte do paraná, e este 
estudo considerou um tempo de estudo, e aplicação do ciclo PDCA, no intuito de 
minimizar problemas que ocorrem no canteiro de obras. O trabalho foi realizado 
considerando o ciclo PDCA, suas quatro etapas e apresentou sua eficácia dentro de 
um plano de melhoria contínua aplicado a construção.
Você poderá acessar o estudo de caso por meio do link: http://dep.uem.br/gdct/
index.php/dep_tcc/article/view/889
O nome desta metodologia deriva do uso do uso dos 5 “Ws” representam o que 
(what), porque (why), onde (where), quando (when) e quem (who) e os dois “Hs” indicam 
como (how) e quanto custa (how much).
É muito comum fazer a associação desta metodologia a uma tabela ou elemento 
visual que tenha o mesmo sentido:
o que (what), por que (why), onde (where), quando (when) quem (who) como (how) quanto custa (how 
much).
problema
gravidade 
frequência
Motivação para 
ocorrência
Identificação do ponto 
de sua ocorrência
diagnóstico
Prazo Cronograma 
Meta 
Duração da tarefa 
E n v o l v i d o s e s u a s 
responsabilidades
Estabeleça um plano específico 
para cada ação na construção 
do empreendimento;
plano ajustado à 
realidade financeira 
da empresa;
What? (o que 
será feito?):
Why? (por que 
será feito?):
Where? (onde será 
feito?):
When? (quando será 
feito?):
Who? (por quem será 
feito?):
How? (como será feito?): How much? (quanto 
vai custar?):
Tabela 01: 5W2H
Fonte: shuttestock
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Perceba que as cinco primeiras perguntas são direcionadas basicamente ao 
diagnóstico, em que na tabela destacamos na cor “laranja” ao passo que as duas 
últimas colunas (na cor verde), são destinadas à solução em si, viabilizando os meios 
para a execução da atividade. Sua simplicidade e facilidade de desenvolvimento associa 
a dinâmica da prática 5W2H e permite ajustes e modificações oportunas mesmo após 
a implementação.
Uma das práticas que na verdade, e a base de qualquer negócio é a gestão 
orçamentária, e que de ano a ano, se desenvolvem um planejamento financeiro, para 
fins de alinhar o controle de custo, alinhado a evolução das receitas, e para isto é 
interessante que se adeque BUDGET e FORECAST, que respectivamente significam 
ORÇAMENTO e PREVISÃO.
E para isto é necessário ter um controle de dados que deve desde o começo da 
empresa ser controlado, extraído e eventuais alterações que aconteceram nos últimos 
períodos. É também necessário fazer a análise em paralelo com dados do mercado na 
qual a empresa está inserida, aspectos de vulnerabilidade e sazonalidade e mesmo o 
direcionamento futuro de como o mercado está se direcionando. Tendo isto por base, 
as condições financeiras e conjunturais são necessárias para traçar o caminho para 
onde se pretende chegar, assim como prever eventuais desvios do planejado. 
A Análise criteriosa e direcionada irá reduzir o risco, e quanto acontecer existe já 
condição de ajuste, logo o BUDGET, e tem período de tempo para acontecer, precisa 
ter acompanhamento, logo é o caminho e o FORECAST, é a possibilidade de manobra 
caso haja desvios, logo ajuste mensal para que as metas de gastos e receitas anuais 
sejam alcançados. Se o BUDGET pode ter periodicidade de 12 meses o FORECAST, 
pode ser feito mês a mês, dando as projeções.
O KPIs são indicadores chaves do desempenho, podem ser usados para o negócio 
em si ou para entender evolução de uma obra por exemplo, são práticas de gestão 
de verificação, desempenho e evolução para se atingir o objetivo pretendido. É muito 
comum associar o KPI por gráficos, relógios e indicadores que direcionam a visão 
para entender qual o estágio da evolução tendo por referência algo que se mantém 
dentro do compasso, e que mostra aos mesmos tempos desvios positivos e negativos.
O fato é que que KPI são na verdade uma verificação de desempenho e sucesso para 
uma meta específica ou geral, e podem ser amparados por indicadores qualitativos e 
quantitativos, produzidos manualmente por planilhas ou pela utilização de software 
(automaticamente) por meio tendo um banco de dados por base. As aplicações 
POWERBI são exemplos disto.
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É interessante como instrumento de comunicação entre os gestores da empresa, 
e os engenheiros, que geralmente estão associados ao setor produtivo, e os KPIs 
podem para melhorar esta comunicação, do andamento do projeto e da equipe, além 
de monitor forma específico alguns aspectos, como o financeiro, o produtivo, gestão de 
pessoas etc. ou de áreas mais específicas ou departamentos da empresa. Podemos 
ter KPIs de desempenho, de qualidade e de produção. Veremos sobre isto um pouco 
mais adiante neste material.
Em tempos que discutimos sobre construções feitas de modo mais eficiente, o 
Lean Construction, derivado do Lean Thinking (pensamento enxuto) é aplicado na mesma 
condição sobre os processo da construção civil, e de modo a otimizar os processos, 
do projeto à obra, sempre pensando a redução dos custos, a diminuição dos prejuízos, 
otimização de Mão de obra e equipamentos, assim como trabalhando melhorias nos 
processos sempre de modo a acelerar, sem perder a qualidade e atender de modo 
satisfatórios os prazos de entrega. Deste modo são premissas para o Lean Construction:
• Redução dos ciclos de produção
• Mapear e identificar as atividades que não agregam valor, reduzindo-as
• Simplificação do processo pela redução de rotinas que não contribuem ao 
resultado 
• Propor aumento do valor do produto considerando as necessidades do cliente;
• Diminuir a variação de processos anteriores assim como adequar sua demanda 
para o fim que se direciona.
A adoção da mentalidade beneficia a redução do tempo do ciclo do processo no 
projeto e na construção e traz benefícios diretos das relações da empresa com o cliente.
O desenvolvimento do setor da construção civil tem direcionado para gestão integrada 
da informação e cada vez mais tanto o desenvolvimento do projeto como a gestão das 
informações estão cada vez mais integradas, se o BIM é uma realidade para o projeto 
e obra para a gestão dos negócio de construção civil está cada deve mais comum 
o uso de software ERP (Planejamento de Recursos Empresariais), ou seja todo o 
processo produtivo se integrando com processo de compras, gestão financeira, gestão 
de contratos, gestão de obras, gestão de patrimônio e gestão comercial entre outros 
otimizando todos os recursos da organização, e estes “sistemas de gerenciamento” 
permitem a adição de módulos e tem ligação direta com uma gestão de um “banco 
de dados” unificado. Os ERP visam eliminar múltiplos sistemas condensando em um 
sistema único.
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Partindo de um sistema único de informação, tem redução substancial de retrabalho 
e evita inconsistências já que a informação gerada integra os diversos departamento 
da empresa, o que em tese melhora a comunicação ágil. As métricas obtidas por 
meio desses sistemas permitem cruzar indicadores fundamentais parase entender 
cada etapa da construção. O gerenciamento documental é outra vantagem deste 
tipo de sistema, já que vai desde o gerenciamento de documentos como alvará de 
funcionamento até o registro de funcionários, como folha de pagamento entre outros.
O Método Smart ajuda muito quanto podemos entender quais pontos podemos ser 
mais Específicos, Mensuráveis, Alcançável, Relevante e Temporário e sigla deriva SMART 
(Specific, Measurable, Attainable, Relevant e Time Bound). Tem muita aplicabilidade 
quando, em obra, temo metas bem claras e bem articuladas, em tem mais efetividade 
quando a equipe ajuda na sua elaboração, já que se apropriam dos conceitos e das 
ações negociadas para confecção do quadro.
(S) Específico (M) Mensurável (A)Atingível: (R)Relevante: 
(T)Temporizável: geralmente 
tem o ciclo de um ano;
O que, como, de qual 
jeito, e de quem é a 
responsabilidade.
Geração de dados 
quantitativos, 
dando certo ou não, 
comparação com 
outros possíveis.
Estabeleça metas 
executáveis e 
mensuráveis de modo 
a conseguir o resultado 
esperado.
Analisar as prioridades e 
direciona energia a isto 
em detrimento a outras 
atividades poucos 
produtivas.
Todo processo dever ser 
mensurado não somente na 
sua evolução, mas também 
aderente a uma escala 
temporal.
TABELA 02: SMART 
Fonte: shuttestock
O BSC – Balanced scorecard tem por metodologia que visa olhar para os negócios 
por quatro perspectivas: financeira, de mercado, de processo internos e do aprendizado.
figura 06: balance score card
fonte autor
Entram dentro do BSC a noção de gestão estratégica, análise de mercado e 
identificação de processos, mensuração de progressos (e direcionamento às metas 
no longo e médio prazo), objetivos, indicadores entre outros.
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CAPÍTULO 5
ETAPAS DE UMA OBRA
Quando estamos procedendo com o desenvolvimento do projeto, de certo modo 
estamos também fazendo o desenvolvimento da obra, e até certo ponto já estamos 
lançando os fundamentos para gerenciamento da obra.
Quando estamos projetando, temos que conhecer os materiais, suas características 
assim como as técnicas que serão aplicadas para que a construção evolua. Há assim 
uma estreita relação entre a elaboração dos processos de projeto, o planejamento, 
a técnica orçamentária, e o lançamento da obra em si, e muito do que será feito 
lançamento depende do entrosamento entre os profissionais que desenvolvem os 
projetos e dos profissionais que executarão o mesmo.
Partindo do pressuposto que tenha já o conhecimento de quais projetos envolvem 
uma construção, partiremos do ponto em que estando os projetos pronto, quais serão 
os procedimentos que deverão ser desdobrados até que o processo construtivo se 
inicie de fato. Trataremos assim dos processos pré-obra e de aspectos que devemos 
observar para instalação do processo construtivo e todas as etapas subsequentes 
para a execução do processo produtivo da obra.
5.1 A compatibilização de projetos 
Todo processo da obra começa com a compatibilização dos projetos, o arquitetônico, 
o estrutural, o hidráulico (água fria, quente, esgoto, água pluviais e incêndio), elétrico 
(sistema elétrico, para-raios, comunicação) entre outros que uma obra precisa. A 
compatibilização tem por objetivo entender como estão as relações dos diversos 
subsistemas que compõe o edifício e como cada um pode interferir no outro. O 
processo de compatibilização é crucial, pois como os projetos podem derivar de 
diversos profissionais, em algum momento, eles precisam passar por uma inspeção 
por quem executará a obra, mesmo que já tenham sido feitos por profissionais do 
desenvolvimento de projeto. Mas com que objetivo este processo deve ser feito pelo 
profissional da obra, pelo simples fato que isto lhe dará uma visão clara dos processos 
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 50
e procedimentos que dever ser observados e da antecipação de possíveis problemas 
que possam aparecer caso alguma “compatibilização” não tenham sido feitos. Seria 
o mesmo que fazer um controle de qualidade prévio dos projetos para a obra.
No atual estágio de desenvolvimento de projetos, muitos dos profissionais já estão 
direcionando suas ações para o desenvolvimento de projeto para as metodologias 
BIM, que permite a compatibilização de maneria on-line em que a alteração por um 
projetista, já pode ser vista pelos demais, inclusive tendo aviso sobre as interferências 
ocorridas por qualquer modificação.
5.2 O processo orçamentário 
A técnica orçamentária, como vimos anteriormente exige do profissional não 
somente o domínio das partes que compõem a edificação, mas também necessita 
que o mesmo correlacione valores e preços considerando possíveis mudanças de 
políticas econômicas, e com isto esteja subsidiado por indicadores econômicos que 
permitam ajustes a depender do cenário econômico.
É necessário que o lançamento dos valores unitários sejam reajustados para dar 
manobra para ajuste do processo produtivo, do cronograma físico-financeiro, ajuste 
de quadro de pessoal entre outros aspectos, de modo que quando surpreendidos por 
algo exógeno ao processo sejam capazes de viabilizar ajustes com a melhor técnica e 
alocação de insumos (estimando mão de obra, materiais e equipamentos), necessário 
a cada etapa.
Mas o que é em essência insumo?
Insumo o é nome dado a todos fatores que são utilizados em uma produção, logo 
ele é o conjunto de material, mão de obra, ferramentas, equipamentos, epi, e todas 
as ações necessárias que precisam ser realizadas para fabricação de um produto 
ou prestação de serviço, em alguns casos devemos considerar a questão de custos 
adicionais para a confecção de um produto como taxas e verbas. É muito comum 
confundir insumo com matéria prima, enquanto a matéria prima é indispensável para 
qualquer tipo de produção, o insumo compreende a mesma e todo o processo que 
agregará valor em qualquer tipo de produção. 
A partir deste entendimento do que é insumo, não basta apenas colocar na técnica 
orçamentária somente as matérias primas, tal como o tijolo, a argamassa, é necessário 
entender como será feito o processo, se exige ferramental ou equipamento, por 
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quantos homens e o rendimento desta relação quantos metros quadrados podem 
ser assentados, qual o volume de argamassa a ser produzida, e por quanto tempo 
será necessário que este sistema produtivo em si fique ativo. 
Tipo de insumo Quantidade Unidade de medida Precificação Composiçã do 
preço unitário 
Insumo
Matéria-prima quantidade requerida (un, m2, m3 etc.) Valor/preço 
Preço unitário
Mão obra quantidade requerida (M.O /hora – M.O./redimento) Valor/preço 
Ferramentas e equipamentos quantidade requerida (un. Verba) Valor/preço 
Epi quantidade requerida (capacete, bota, luva etc.) Valor/preço 
Taxas (quando houver) quantidade requerida Verba Valor/preço
Não se preocupe que iremos detalhar o conteúdo do preço unitário um pouco mais 
adiante, inclusive com execução de alguma simulações.
Para o orçamento, que será o produto da técnica orçamentária, é necessário fazer 
a correlação entre todos os componentes do insumo, orçando os respectivos valores 
e preços, correlacionado os quantitativos, para que saibamos os preços individuais 
de cada uma para a formação do preço unitário do Insumo.
Para se chegar aos valores dos preços unitário, temos duas possibilidades, a primeira 
é fazer uso de tabelas disponibilizadas oficialmente por exemplo pelo SINAPI que é 
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, embora de 
responsabilidade do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é a Caixa 
Econômica que processa os dados conforme sua base de materiais e disponibiliza 
estes dados técnicos e divulga mensalmente. 
ISTO ESTÁ NA REDE
As tabelas Sinapi atendemao Decreto 7983/2013 o qual estabelece critérios 
para orçamento de referência, assim como direciona o conjunto de parâmetros 
para atendimentos da Lei 13.303/2016 - Lei das Estatais, as quais são grandes 
contratantes de obras e por este motivo, sendo a Caixa também um agente 
financiador tem interesse em disponibilizar os relatórios com referências de preços 
de insumos e de custos de composições de serviços.
A CAIXA e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE atuam na 
na gestão do SINAPI, sendo a primeira responsável por toda base técnica de 
engenharia, pelo processamento de dados e disponibilização dos relatórios de 
preços e custos, ao passo que o IBGE atuará na realização da pesquisa de preço, 
tratamento dos dados, formação e divulgação dos índices.
Acesso o link e confira: https://www.caixa.gov.br/poder-publico/modernizacao-
gestao/sinapi/Paginas/default.aspx 
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A segunda é fazer desmembramento de todos os itens que compõem a obra e 
coleta diretamente no mercado os preços para composição dos preços unitários dos 
insumos que envolvem a obra. Para esta segunda, contamos bibliografias e sites que 
podem nos auxiliar nesta empreitada.
ISTO ESTÁ NA REDE
O TPCO é um importante instrumento que pode auxiliar no desenvolvimento do 
orçamento, principalmente quando nos deparamos com uma composição pouco 
conhecida ou que não tenhamos referência nas tabelas SINAPIs. No passado 
todo este material era disponibilizado em livros, hoje já podemos contar com 
sites que nos auxiliam, principalmente fornecendo informações cruciais para o 
desenvolvimento do orçamento.
Acesso o link e confira: https://tcpoweb.pini.com.br/home/home.aspx
A depender do tipo de obra, direcionamento, cabe ao profissional entender qual 
a melhor estratégia a ser adotada. Normalmente em obras públicas utilizam-se da 
tabela SINAPI, já que atende a lei das estatais e as privadas podemos fazer uso tanto 
desta tabela SINAPI quanto de tabela da TCPO que já nos fornece uma boa base de 
insumos, principalmente quando temos desconhecimento dos processos.
5.3 A organização de atividades e serviços no canteiro 
O processo de projeto, de compatibilização, pode nos dar os direcionamentos de 
como devemos encaixar os processos produtivos dos diversos sistemas que comporão 
a edificação e de como se dará a evolução destes uma vez que lançado o canteiro 
de obras. O canteiro de obras deve ser concebido como um processo produtivo que 
pode se modificar à medida que a edificação evolui.
Para se dar início ao processo produtivo em si, antes é necessário proceder com 
algumas aprovações em órgãos públicos e autarquias, dos projetos e da natureza 
deste, assim com é necessário obter o alvará de início de obra, para que de fato, a 
mesma dê início, e a depender do tipo de edificação, é necessário buscar licenças 
mais específicas (Secretarias de meio ambiente por exemplo), podendo ter variação 
de município para município.
Obtido o alvará é necessário direcionar o planejamento do canteiro de obras, e 
direcionar a organização da armazenagem de materiais, dos fluxos produtivos, dos 
processamentos deste (aço, caixaria, usina de argamassa e concreto), do transporte, 
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até mesmo do suporte de instalações sanitárias, e de alimentação, que envolve os 
recursos humanos, e procedimentos de segurança que devemos provisionar na obra.
As prefeituras possuem legislações específicas e devem ser consultadas, inclusive para 
os processos de preparação com tapume, limpeza do terreno e gerenciamento de resíduos.
A limpeza e preparação do terreno é uma etapa muito importante, não fica restrita, 
à capina e roçagem, envolve delimitação planialtimétrica (serviços de topografia) de 
implantação do projeto, desenvolvimento da geometria de terraplanagem, formação 
de taludes, muros de arrimo entre outros aspectos, a depender do que é pedido no 
projeto. Este processo envolve mobilização não só de maquinários como tratores e 
caminhões, mas de equipe para execução e gerenciamento do processo, antes mesmo 
do lançamento do gabarito da edificação. 
Mas o que é gabarito?
Gabarito é o processo de transferência da geometria dos projetos, para a situação 
do terreno, e no qual já são demarcados os locais das fundações, elementos estruturais 
entre outros pontos de infraestrutura que devem ser lançados antes do início efetivo 
da edificação.
Se dá o nome de infra (inferior) a todos os elementos que ficam abaixo da terra, 
como fundações, sistemas de drenagem, caixa de passagem hidráulica e elétrica ou 
qualquer tipo de instalação que deve ser já lançada antes que a obra se inicie de fato.
Nesta etapa já temos que começar com o planejamento do canteiro de obras? 
Planejar canteiros de obras? Sim é necessário e para isto a consulta aos códigos de 
obras ou legislações que impactam na execução da obra, há a exigência de tapumes, 
e com isto já força a definição do fluxo produtivo.
O espaço entre o gabarito e o tapume é o que direcionará o desenvolvimento 
dos canteiros de obras, a disposição de local de recepção de materiais, estocagem, 
processamento (onde serão executadas as armaduras, onde serão feitas as formas 
de madeira, a usina de argamassa) ou mesmo a chegada e saída dos caminhões 
para concretagem, e a correlação dos diversos sistemas produtivos operando 
concomitantemente na evolução da obra.
Mas não é somente a questão da produção, que devemos nos atentar às normativas 
relativas à segurança no trabalho, como por exemplo a NR 18 que coloca as principais 
diretrizes de saúde e segurança do trabalhador. Existe uma série de requisitos que devem 
ser observados, que vão deste a infra-estrutura apoio, a uso de EPI – equipamento de 
proteção individual, como de EPC - equipamentos de proteção coletiva, e que precisam 
ser considerados na organização da segurança, planejamento e organização do canteiro 
de obras. A NR 18 prima pela integridade do trabalhador em todo processo, e estabelece 
atribuições e responsabilidades, já antecipa ações de prevenção de eventuais riscos. 
Para fins de exemplificação consta na norma:
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18.1 Objetivo
18.2 Campo de aplicação
18.3 Responsabilidades
18.4 Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)
18.5 Áreas de vivência
18.6 Instalações elétricas
18.7 Etapas de obra
18.8 Escadas, rampas e passarelas
18.9 Medidas de proteção contra quedas de altura
18.10 Máquinas, equipamentos e ferramentas
18.11 Movimentação e transporte de materiais e pessoas (elevadores)
18.12 Andaimes e plataformas de trabalho
18.13 Sinalização de segurança
18.14 Capacitação
18.15 Serviços em flutuantes
18.16 Disposições gerais
18.17 Disposições transitórias
ANEXO I – Capacitação: carga horária, periodicidade e conteúdo programático
ANEXO II – Cabos de aço e de fibra sintética
É muito importante se atentar para as partes que tratam sobre a movimentação de 
carga, seja de materiais ou de pessoas, já que a norma exige responsabilidade técnica 
sobre estes itens, quanto a cargas, sistemas de frenagem, informações a respeito de 
manutenção, entre outros aspectos em especial em:
1. Elevadores
2. Torres de elevadores
3. Transporte de materiais
4. Transporte de passageiros
5. Andaimes
• Apoiados;
• Em balanço;
• Fachadeiros;
• Móveis;
• Plataformas de trabalho;
• Suspensos mecânicos e motorizados.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O desenvolvimento do canteiro de obras, assim deixa de ser apenas o lançamento 
do sistema produtivo, passa ser o local onde devemos observar os requisitos de 
segurança no trabalho, estes sendo influentes sobre a fase de planejamento do 
canteiro de obras . Para tanto, o profissional deve sempre buscar a última versão 
vigente,já que estas normas são constantemente atualizadas.
Para acessar a NR 18 basta consultar o link: https://www.gov.br/trabalho-e-
previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/
seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-18-atualizada-2020.
pdf
5.4 Programa de gerenciamento de risco e normas de segurança.
Dois pontos merecem destaque no que tange a segurança no trabalho, o primeiro 
é o PGR – PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO – que estão amparadas 
pelas Normas regulamentadora NR 01, 07 E 09, e o outro é o de áreas de vivência 
para os funcionários. O primeiro é obrigatório para qualquer tipo de indústria, no qual 
o PGR, envolve o mapear os riscos, das condições que são bens específicas de cada 
obra, sendo obrigatório seu desenvolvimento por profissional habilitado (segurança 
no trabalho), fazendo o paralelo com os limites de tolerância de cada risco (NR 15 
e NR 16), e com isto orientar os sistemas de medicina e segurança no trabalho (NR 
04) em monitorar influência sobre os trabalhadores no transcorrer dos trabalhos. O 
segundo seria quanto a dedicar, parte do espaço do canteiro de obras ao que a NR 18 
chama de áreas de vivência, obrigatórias e que devem ser ofertadas aos trabalhadores 
em condições de privacidade, segurança e em bom estado de conservação, higiene 
e limpeza, contemplando as seguintes instalações:
a) instalação sanitária (também consultar NR-24 -Condições Sanitárias e de 
Conforto nos Locais de Trabalho);
b) vestiário (também consultar NR-24 -Condições Sanitárias e de Conforto nos 
Locais de Trabalho);
c) local para refeição;
d) alojamento, quando houver trabalhador alojado
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5.5 Sistema administrativo e documental em uma obra. 
A obra exigirá alguns cuidados em especial em relação às documentações que 
devem estar presentes na obra, como os projetos, as anotações de responsabilidades 
técnicas, e todo um sistema de controle informacional para correto gerenciamento 
da obra. Esta organização visa também dar suporte a ações fiscalizatórias e também 
serem passíveis de auditoria.
A disponibilização dos projetos é essencial para direcionamento do processo 
produtivo e fonte para se dirimir dúvidas que por ventura os envolvidos no processo 
de produção possam ter.
Temos que nos atentar para documentações que são direcionadas para o viés 
fiscalizatório, logo os próprios projetos, as anotações de responsabilidade técnicas, 
documentações trabalhistas entre outras, podem ser solicitadas no transcorrer da obra 
por agentes de fiscalização. A prefeitura, os conselhos, delegacia do trabalho podem ser 
os demandantes, e por conta disto devem estar disponíveis para averiguação destes.
Um sistema informacional é suma importância para o processo produtivo pois é 
a partir dele que se tem observação do gerenciamento dos fornecedores, controle de 
materiais, dimensionamento das equipes de trabalho e até mesmo do entendimento 
e gerenciamento do cronograma, e adaptação do canteiro a depender em qual etapa 
se está na obra. 
5.6 A organização do canteiro conforme processo produtivo
O planejamento do canteiro de obra deve seguir as etapas do processo produtivo 
e desenvolver adaptações conforme a alocação dos recursos para que mais de um 
sistema seja executado ao mesmo tempo, e com isto haver ganhos de cronograma 
e avanço das etapas.
É prudente que para o lançamento das fundações sejam feitos estudos de viabilidade 
técnica, como sondagens, antes mesmo do lançamento do gabarito. A produção 
das fundações envolve na grande maioria das vezes alocação de recursos como 
equipe especializada, equipamento para apoio a escavação, alocação de equipe para 
desenvolvimento das armaduras e lançamento do concreto. Há especial preocupação 
com esta etapa, já que a erros na conferência da geometria do lançamento das 
fundações podem impactar sobremaneira a evolução da obra. As fundações exigem 
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um tempo de cura do concreto, e neste período normalmente é que se termina de se 
desenvolver o planejamento do canteiro, para se lançar as demais etapas.
A superestrutura ou estrutura é o nome dado a toda evolução pós lançamento 
das fundações, e a esta podem ser exigidos já a instalação de alguns processos 
complementares, como o direcionamento para a produção de ferragens, de local 
específico para o desenvolvimento das formas (carpintaria) além da parte de usina 
de concreto. É uma das etapas em que se intensifica a alocação de mão de obra, 
mestre de obras, pedreiros e ajudantes de pedreiros, armadores e carpinteiros serão 
responsáveis pelo desenvolvimento de início todo o esqueleto estrutural da obra, e o 
correto dimensionamento tem relação direta o lançamento das demais etapas.
A etapa de elevação das vedações, ou paredes, é subsequente ao lançamento 
da estrutura, e a depender do tipo de edificação é necessário se conjugar com o 
processo de construção da supra-estrutura e a elevação das paredes. Como é uma 
etapa que existe grande volume de transporte de materiais, e ao mesmo tempo 
produção de argamassa de assentamento, a disposição destes dentro do canteiro 
de obras precisam ser pensados de modo a ter o menor número de processos, menor 
distância entre a produção e a disponibilização dos materiais, para que se consiga um 
rendimento produtivo satisfatório. Ao se elevar as parede já se deve tem em mente que 
o posicionamento das aberturas para a instalação dos contramarcos das esquadrias 
assim como o processo chapisco, emboço e reboco.
Ao se elevar as paredes, é bem provável que os materiais de elétrica e hidráulica, 
principalmente os que ficarem embutidos à parede, precisem estar disponibilizados à 
obra, mas isto envolve também a inserção de mão de obra especializada conjugada com 
as demais que estão envolvidas na elevação da supra estrutura e paredes. A depender 
do número de andares é necessário se lançar também as prumadas e dispositivos 
que fiquem embutidos nas lajes.
Os processos de concretagem de uma laje assim podem envolver múltiplos 
profissionais, que vão desde o lançamento das ferragens, sobre a formas, até alocação 
de caixa de passagens, eletrodutos, dispositivos de hidráulica, entre outros provisionados 
pelos projetos. Existe um sistema de escora, que também deve ser provisionado, em 
associação as disposições das formas. O lançamento do concreto propriamente pode 
exigir um planejamento e mobilização de recursos extras, como vibradores, ferramentas 
como enxadas e pás e mesmo mão de obra extra para espalhar o concreto. 
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O concreto tem um tempo de cura, para que sua resistência seja o suficiente para 
suportar seu peso próprio, e somente depois de respeitado este tempo de cura é que se 
procede na retirada das escoras e desforma. Há assim a necessidade de se viabilizar 
sistemas construtivos para a laje de reaproveitamento de material como as formas 
e escoras e para isto é necessário que se dedique um espaço dentro do canteiro de 
obra para a sua armazenagem e posterior uso.
É comum dentro como prática mercadológica, desenvolver a edificação na sua 
verticalidade, na qual serão desenvolvidos todos os elementos da supra estrutura 
e vedação, e direcionar primeiros os primeiros aspectos do acabamento externo 
(esquadrias, regularização de superfície, inclusive com pintura/acabamento etc.) para 
depois operacionalizar o acabamento interno. Fazem isto para passar a impressão 
que a obras está “evoluindo” e com isto conseguem alavancar as vendas.
Mas esta priorização do acabamento externo exige o desenvolvimento de rotinas 
como a colocação de andaimes, dispositivos de circulação verticais de materiais e 
pessoas. Para isto é necessário mais uma vez um entendimento das rotinas que 
envolvem o processo para otimizaçãodo fluxo de produção, além da alocação de 
sistemas de segurança e lançamento de partículas (como telas protetoras, por exemplo).
Existem partes durante a evolução de uma obra, como por exemplo o telhado que 
exigirá, alocação de recursos especializados de mão de obra e de material, como por 
exemplo a cobertura, que exigirá tanto mão de obra especializada em telhados (a 
depender do método construtivo madeira ou aço) como da colocação de itens como a 
caixa d´água e todos o sistema de distribuição (barrilete) para edificações verticais. É 
comum nesta etapa do processo envolver a disponibilização de guindastes ou munks, 
para içamentos dos componentes da cobertura que se encontram ao solo.
O processo de posicionamento das esquadrias envolve, algumas etapas, para 
garantir o alinhamento de fachada, como por exemplo a colocação de contramarcos, 
o posicionamento de linhas guias para garantir o alinhamento e o posicionamento 
propriamente dito. Envolve-se assim nesta operação tanto recursos humanos, quando 
de transporte dos materiais do solo até o sei pensionamento nos seus respectivos 
locais. Em edificações verticais estão cada vez mais se optando por sistemas prontos 
que garantirão o controle de qualidade quanto ao material, inclusive já com vidros, mas 
a instalação envolve alinhamento e esquadrinhamento que dependem diretamente do 
pessoal responsável pela instalação.
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As instalações hidro sanitárias, que envolvem água fria, água quente, esgoto e água 
de reuso (quando houver) é o conjunto de tubulações e dispositivos de uso deles 
como louças, metais etc. e para que sejam corretamente instalados, o processo de 
acabamento na parte interna da edificação já deve estar em condições para recepção 
destes dispositivos de funcionamento, principalmente em relação aos aspectos da 
vedação e de funcionamento. O mesmo raciocínio cabe para as instalações elétricas, 
pois a parte precisava estar embutida, já deve ter sido posicionada, e a fiação ser 
disposta e os dispositivos de acionamento sejam colocados corretamente e assim 
consiga suprir as necessidades dos ambientes.
Deu para perceber que a fase de acabamento interno, exige uma multiplicidade 
de profissionais e processos que devem ser lançados ao mesmo tempo, e com isto 
algumas priorizações serão necessárias para que os processos consigam desenvolver 
de forma concomitante. A instalações de pisos cerâmicos, porcelanatos, laminados, 
pedras normalmente carecem de uma regularização do piso e parede, para que depois 
de instalados consigam atender a requisitos estéticos desejados ao mesmo tempo sua 
correta instalação garantem durabilidade e qualidade nos acabamentos, é necessário 
observação quanto ao as juntas de dilatação e rejunte.
É comum conjugar acabamentos conjugando pintura, texturas, acabamento com 
massa corrida com outros tipos de acabamentos, por este motivo, alguns cuidados 
quanto a fase de acabamento e cuidados que afetem os materiais já instalados. Por 
este motivo é necessário que se desenvolva a proteção de algumas partes como 
colocação proteção em relação aos pisos, materiais de acabamentos como louças e 
metais e que isto não comprometa visualmente os materiais já instalados.
5.7 A mobilização e desmobilização de recursos e frentes de trabalho 
Como vimos os processos que envolvem a construção civil, em especial, quando 
falamos dos processos envolvidos em uma edificação vertical tem correlação direta 
com o entendimento insumos necessários, com a organização dos fluxos produtivos 
e frentes de trabalho, e somente é possível quando há o entendimento de mobilização 
e desmobilização destes recursos, e entender a relação de interação entre eles é um 
processo que envolve múltiplas variáveis. 
Esta múltiplas variáveis influem no processo decisórios, muitas das quais existem 
ferramentas e metodologias para facilitar a vida do profissional, e que veremos nas 
próximas unidades.
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CAPÍTULO 6
ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E 
GERENCIAMENTO DE OBRAS
O tema que abordaremos neste capítulo tem relação direta com área de conhecimento 
da administração, e normalmente é comum outras áreas como a engenharia fazer 
empréstimo de alguns conceitos, e normalmente os termos como “administração”, 
“gerenciamento” e “gestão” são tidos quase como sinônimos. O que justifica dedicarmos 
uma parte de nosso conteúdo e tentar entender como isto acontece dentro da 
engenharia civil.
6.1 Visão da administração 
Se buscarmos em bibliografias especializadas, na área da administração veremos 
que não há um consenso entre os autores e o direcionamento normalmente se dá por 
um viés muitas vezes paramentada na experiência pessoal de cada autor.
Valeriano (2005) nos auxilia manifesta que existe uma carga de arcaico e pesado, 
que deriva da origem histórica da administração ao passo que gestão, dentro das 
teorias mais atuais é direcionado ao algo moderno e flexível.
Segundo a concepção colocada pelo autor, a Administração é uma grande área 
que tratará dos problemas típicos de uma empresa, direcionamento dos recursos 
financeiros, patrimoniais e da evolução dos trabalhos considerando os recursos 
humanos, assim como todo o clima organizacional, geralmente sendo colocada sob 
a gestão de um administrador, ou conjunto de pessoas com este direcionamento. 
Seria algo que permaneceria no nível estratégico, inclusive em termos de informações.
O Gerenciamento, seria um nível hierárquico inferior ao da administração, e 
consideraria o conjunto de departamento e divisões mais especificas (marketing, 
produção, departamento de desenvolvimento de projetos, por exemplo), e que o nível 
informacional ficaria restrito a cada departamento, e que o poder analítico e decisório 
ficaria a cargo de um gerente, e este fazendo as trocas informacionais com os demais 
departamentos.
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A Gestão por sua vez envolve todos os níveis mais especializados, no que diz respeito 
à administração quanto ao gerenciamento, e estaria em condições operacionais, e 
das quais informações já processadas pelo gerenciamento, seriam insumos para a 
execução das atividades, logo seria o sistema produtivo em si, e na qual haverá de fato 
as ações como gestão de custos, contratação de mão de obra, compra e contratação 
de materiais e serviços, de modo a fazer o processo produtivo evoluir para o objetivo 
em questão, observando os parâmetros colocado pela gerência.. 
É importante entender que existe a seguinte correlação entre a gestão e o 
gerenciamento, a gestão atua de forma macro, com as definições estratégicas, quase 
que em nível conceitual, ao passo que o gerenciamento, é por natureza operacional, 
precisa a divisão das tarefas, tendo um ponto de partida e o direcionamento para o 
que será o produto ou serviço a ser desenvolvido, logo precisa visar uma meta, um 
prazo, e que durante o processo sejam observados todos os requisitos estabelecidos 
em nível estratégico. Se fossemos fazer a correlação quanto a sua hierarquia teríamos:
Figura 01: relação hierárquica entre gestão e gerenciamento
Fonte: autor 
6.2 Níveis hierárquicos e tomada de decisão.
Em relação ao nível hierárquico, tomada de decisão e gestão da informação teríamos 
o seguinte panorama:
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Figura 02: relação hierárquica entre gestão e gerenciamento
Fonte: autor
Embora a principal motivação de dar início a um projeto ou a uma obra seja 
relacionada a tomada de decisão da diretoria, logo nível estratégico, todo o insumo 
para esta tomada de decisão deriva, na maioria dos casos, das informações geradas no 
nível gerencial, que pela sua capacidade analítica precisa associar dados de mercado, 
com a capacidade econômica, e fazeruma prévia análise de custos envolvidos, inclusive 
das relações que precisam ser levantadas para gestão dos insumos que efetivamente 
precisam ser aplicados.
É também no nível gerencial que todos os cenários possíveis são levantados em 
termos de cenários econômicos, orçamentação, geração do próprio orçamento e 
aplicação de índices econômicos, variáveis de preço, formação dos preços unitários, 
BDI, cronograma físico-financeiro, entre outros. Uma vez o nível estratégico seja levado 
a tomada de uma decisão positiva em relação a evolução do projeto e da obra, caberá, 
de acordo com suas atribuições da gerência, viabilizar todo o processo produtivo e 
para isto, não somente disponibilizar as informações com outros departamentos, como 
também proceder com as respectivas negociações, seja com outros departamentos 
quanto com fornecedores dos serviços e produtos hora orçados. 
Figura 03: correlação entre os níveis hierárquico de uma empresa da construção civil e a gestão do projeto e da obra. 
Fonte: autor 
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6.3 A gestão da informação e processo produtivo
Efetivamente a operacionalização das atividades de projeto e de obra, ficarão a 
cargo da gestão, logo o “chão de fábrica” deverá todas as informações geradas pela 
gerência, e com esta entender como se dão os processos, tendo um inicio e um fim, na 
qual fará a gestão e integração de escopo, cronograma, custo, qualidade, segurança do 
trabalho e a gestão dos recursos, envolvendo também os processos de comunicação, 
a identificação de riscos e oportunidades, assim como de aquisições e atendimento 
das partes interessadas.
Figura 04: correlação entre os níveis hierárquico de uma empresa da construção civil e a gestão do projeto e da obra. 
Fonte: autor
Se do ponto de vista da administração, e teoricamente, estas três esferas parecem 
funcionar bem, na prática, especialmente no ramo da construção civil direcionamento 
diferenciados em relação ao prazo, à função, ao alcance, e de responsabilidade, inclusive 
sobre a forma com influenciam sobre o projeto e sobre a obra. 
Nível de decisão Direcionamento Função Alcance Responsabilidade Influência 
Estratégico Longo prazo Diretores Organização Decidem o que fazer e quanto
PROJETO
Analítico Médio prazo Gerentes e coordenadores Departamentos Decidem como fazer
OBRA
Operacional Curto prazo Analistas técnicos Setor Executam as ações
Quadro 01: relação entre os níveis estratégicos, analítico e operacional
Fonte: autor
Existem comportamentos diferentes entre a comunicação feita entre a etapa de 
projeto, pois a maioria das decisões ficam restritas ao nível estratégico e gerencial, 
sendo somente o produto do mesmo encaminhado ao setor produtivo. Da mesma 
forma, precisamos entender que a informação e qualidade desta é de suma importância 
para o andamento da obra e a gerência tem papel crucial no processo, e seu cuidado 
passar a informação de modo preciso, e direcionado para condução dos trabalhos na 
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obra, de modo a evitar erros e retrabalhos. Um ponto a se observar é que o analítico 
ou gerencial fica entre as interações ente o projeto e a obra.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Para PMBOK (2008), é necessário que se entenda a relação dos níveis de interação 
e a gestão do tempo, que podemos adaptar para o gerenciamento do projeto e da 
obra: 
Figura 05: níveis de interação entre os processos e o tempo 
Fonte: autor adaptado de Pmbok (2008)
E se olhássemos cada curva, destes momentos de interação agora considerando a 
alocação de recursos, logo escopo, teríamos o seguinte comportamento, em seus 
macroprocessos em relação ao tempo.
6.4 Gerenciamento do processo produtivo
Por este motivo é interessante que se estabeleça junto ao desenvolvimento do 
projeto e da obra exatamente o que se espera em termos de escopo, tempo e custo, 
e que sigam rito processual, inclusive documentado, que vai desde a iniciação projeto, 
do planejamento, da execução, do monitoramento, de controle e de encerramento. 
Seria quase que estabelecer um cronograma com Checkpoints. Em termos gráficos 
poderíamos representar da seguinte maneira:
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Figura 06: correlação entre escopo, tempo e custo no gerenciamento do projeto e da obra
Fonte: autor 
ANOTE ISSO
Tanto o projeto quanto a obra são os objetivos a serem buscados, mas existe 
algumas fases em que precisamos elucidar, em que ambos existem um início 
(contratação), o planejamento, a execução propriamente ditam, monitoramento 
(análise), controle e encerramento. Mas que existe diferentes graus de interação 
entre estes processos se levarmos em conta a relativização do tempo.
Figura 07: utilização dos recursos e o tempo 
Fonte: autor adaptado de pmbok (2008)
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Mas por que é necessário o entendimento das relações de interações e tempo e de 
escopo e tempo?
Quando vamos buscar a acepção da palavra gerenciamento, em termos gerais 
refere a ação de administrar informações, recursos, custos e é através dos 
gerenciamentos que são identificados desvios, riscos e oportunidades e com isto 
tramitar o encaminhamento das ações para que o projeto e obra não se desviem 
do que foi planejado, mesmo diante de mudanças de cenários e conduza ao lucro 
pretendido que é o objetivo de qualquer projeto ou obra. 
Figura 08: influência das partes interessadas e os custos de mudança em relação ao tempo. 
Fonte: autor adaptado de pmbok (2008)
Para se estabelecer meio de se viabilizar a “medição” nas etapas, e entre as etapas, 
como se estivessem desenvolvendo uma “ritmo”, muitas empresas estão atualmente 
adotando ferramentas como Business Intelligence (BI), que a partir de banco de 
informações produzidos pelos próprios agentes envolvidos em cada uma das etapas, é 
transformado em Dashboards, que permite que todos os envolvidos tenham o acesso, 
e compreendam como suas ações podem impactar positivamente ou negativamente 
em cada uma das etapas.
6.4 Inteligência na gestão de obra e KPI
Qual a importância e o efeito disto no curto, no médio e no longo prazo? Adoção de 
BI é de crucial importância para melhoria dos processos, permite a identificação de 
falhas e oportunidades no curto prazo, implementação de melhorias no médio prazo, 
e influi na qualidade final do produto entregue, seja no projeto e na obra.
Segundo pai da administração moderna, Peter Drucker, “O que pode ser medido, 
pode ser melhorado.” E por isto, muito se tem falado na construção civil sobre adoção 
de KPI – Key Peformance Indicator (traduzido: indicadores chaves de performance) 
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e para isto qualquer que seja o ramo de atuação da empresa na construção civil, é 
necessário que se tenha a capacidade de medir, quantificar, datar e criar o banco 
de dados, relevante para BI, que leve em consideração ao menos estes quatro tipos 
básicos de indicadores:
Muito bonito isto, mas de forma prática onde e quando podemos aplicá-los;
No planejamento estratégico teria a estreita relação na definição clara a respeito 
da missão e de seus objetivos dentro de curto, médio e longo prazo. Na montagem 
dos orçamentos seria com a alocação eficiente dos recursos disponíveis. Na avaliação 
dos resultados, como forma de medir se os objetivos foram alcançados conforme 
traçados no planejamento. Para o marketing e relação com clientes e investidores, 
seria na forma de comunicação e na valorização em relação ao mercado. Na gestão 
da qualidade no entendimento de satisfação com os clientes e avaliação de melhorias 
que poderiam ser obtidas por meio da voz do próprio cliente.
Mas existe um desafio, principalmente do ponto de vista cultural paraimplantação 
dos indicadores, em especial por existir resistência das pessoas quanto a coleta de 
dados, o que interfere na qualidade dos dados. A adoção de indicadores simplificados 
e que envolvem poucas variáveis, o que dificulta uma visão sistêmica, assim como 
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o excesso de indicadores que não medem os pontos essenciais e com isto gasta-se 
muito energia tanto na coleta quanto na análise. Há também a disparidade temporal 
entre a coleta de dados a análise dos mesmos, não mostrando uma atualidade das 
informações.
A implantação de KPI tem que primar pela simplicidade da coleta, complexidade 
do cruzamento dos dados e ainda ser de baixo custo, e os dados serem acessíveis, 
de fácil obtenção, e estarem devidamente documentados e processados de acordo 
com que se pretende-se medir. Dentre os Principais KPIs podemos destacar:
Retorno sobre o investimento (ROI): é em essência a relação entre lucro líquido e 
o custo do investimento, sobre os recursos aplicados, seria como se fosse a avaliação 
da eficiência de um investimento.
Se existe um ROI projetado durante a fase de orçamentação, podemos com compras 
mais efetivas desenvolver o ROI real, com a economia obtida durante o processo de 
compra.
Fluxo de caixa: é a consolidação de entradas e saídas financeiras, podendo ser 
projetado ou o efetivo, que mostrará em quais momentos deveremos mostrar o aumento 
de receitas ou redução de despesas. É muito importante relacionar o fluxo de caixa o 
cronograma físico financeiro. Existe uma série de vantagens no uso deste indicador, 
pois antecipa possíveis situações críticas ao negócio, pagamentos a serem adiantados, 
despesas a serem custeadas, ou mesmo renegociações. Ajuda na programação de 
compras, contratações e dispensas, encomendas de material e investimentos. Correta 
relação da folha de pagamento, surpresas com encargos e dispensas. Controle sobre 
tributos e eventos excepcionais de qualquer natureza.
Segurança no trabalho: ao contrário que muito profissionais imaginam ter o controle 
de indicadores de segurança no trabalho deve ser encarado como investimento, já 
que é um indicador de responsabilidade e preocupação da empresa para com seus 
colaboradores, e isto pode influir sobre a sua imagem perante o mercado, caso não tenha 
feito o devido investimento e controles que devem levar em consideração indicadores 
como o número de acidentes próprios, acidentes de terceiros, autuações do órgão 
fiscalizador, frequência de falta de EPIs.
Desperdícios e perdas: deve ser visto com olhos para identificação de prejuízo, já 
que afeta a sustentabilidade dos empreendimentos do ponto de vista econômico e 
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operacional. A título de exemplificação do que pode ser considerado indicadores de 
desperdícios e perdas:
• Percentual de material adquirido/ material necessário;
• Percentual de material desperdiçado / material necessário;
• Quantidade utilizada/ quantidade projetada;
• Tempo de rotação dos estoques;
• Tempo e Rotinas improdutivas / tempo e rotina previstas;
• Qtde deHoras-homem gastas em retrabalho/ relação de horas para execução 
do trabalho (consumo total);
É importante relacionar isto não somente como os materiais, mas com recursos 
humanos e horas despendidas por estes, e volume de investimento financeiro aplicado.
Produtividade: Este é um indicador de produção propriamente ditos e na qual existe 
diversas formas de correlacionar o uso de materiais, horas trabalhadas, consumo de 
materiais entre outros:
Como premissa básica podemos ter:
A partir deste podemos desdobrar alguns outros como por exemplo a mensuração 
da produtividade da mão-de-obra, que dentro do jargão é mais conhecido por razão 
unitária de produção (RUP):
Onde:
 Hh: homens horas dispendidos 
QS: quantidade de serviço realizado
A Mesma situação podemos ter para o caso de materiais, que neste caso é 
denominado Consumo unitário de materiais:
Onde:
Qmat: quantidade de materiais 
QS: quantidade de serviço 
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ISTO ESTÁ NA REDE
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) possui um “manual básico 
de
indicadores de produtividade na construção civil, em especial relacionado a 
formatação do processo produtivo de estruturas de concreto e todos os processos 
que os envolve.
Para isto basta acessar o link a seguir: https://cbic.org.br/wp-content/
uploads/2017/11/Manual_Basico_de_Indicadores_de_Produtividade_na_Construcao_
Civil_2017.pdf
Qualidade das obras: pode ser medida de muitas formas, a principal delas é a 
conformidade do empreendimento com as suas respectivas especificações técnicas e 
alinhamento as normas técnicas. Todo processo produtivo pode apresentar defeitos ao 
longo do processo, e por vezes exigir retrabalhos, mas é necessário se mensurar quais 
efetivamente serão resolvidos e quais terão reflexos na qualidade final da obra. Podemos 
observar também a relação dos materiais, seus comportamentos e interações entre 
si e com a entrega da obra, e o aparecimento de patologias, com posterior utilização 
pelos clientes, seria quase como uma medição dos defeitos, custo de correção em 
tempo e recursos. E por fim a satisfação do cliente. 
Satisfação dos clientes: Para qualquer ramo de atividade, tem-se usado muito o 
NPS - Net Promoter Score e é feita basicamente com uma pergunta e indicadores que 
vão de 1 a 10. A pergunta feita é ““De 0 a 10, qual a chance de você recomendar nossos 
serviços para um conhecido?” e a partir disto os dados são tratados da seguinte forma:
Pontuação Qualidade do 
avaliador
Significado
0 a 6 detratores As pessoas que avaliaram dentro destes valores, entendem que o produto não cumpre com 
o prometido, ou que, não tiveram suas expectativas atendidas e dificilmente voltarão a fazer 
negócios novamente, inclusive podendo influir sobre opinião de outros potenciais clientes
7 a 8 neutros Sua compra e avaliação levam em consideração exclusivamente a necessidade de uso do 
bem ou empreendimento, logo, podem estar desprovidos de apego e ou lealdado em relação 
ao fornecedor do produto ou empreendimento.
9 a 10 promotores São pessoas que entendem que o produto atende de modo satisfatório suas necessidades, e 
por ter agregado valor ou melhora de vida, são potenciais entusiastas da empresa e podem 
recomendar o serviço ou produto, empreendimento a várias outras pessoas.
Satisfação dos colaboradores: em um mercado em que mão de obra qualificada 
fica cada vez mais escassa, e no ramo da construção civil é muito importante que os 
colaboradores se mantenham motivados, e com isto se mantenham mais produtivos, 
e para isto a empresa precisa adotar uma série de estratégias de benefícios, assim 
https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Manual_Basico_de_Indicadores_de_Produtividade_na_Construcao_Civil_2017.pdf
https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Manual_Basico_de_Indicadores_de_Produtividade_na_Construcao_Civil_2017.pdf
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como acompanhar aspectos de saúde e bem estar daqueles que de fato farão o 
atingimento dos objetivos.
Prazos: a administração de prazos é uma necessidade para fins de atendimento 
dos contratos, mas também um dos maiores dramas, já que os atrasos podem ser 
multifatoriais, seja questões meteorológicas, de contexto econômico, e mesmo de 
disponibilidade de recursos e mão de obra. Por este motivo um bom planejamento, 
um cronograma físico-financeiro deve prever dispositivos de ajuste para atrasos de 
qualquer natureza, e observar sobretudo se o processo produtivo possui gargalos e quais 
variáveis são mais influentes sobre os atrasos, sempretendo meta de prazos a serem 
cumpridos, entre as diversas etapas para que não influenciem sobre as subsequentes. 
No setor produtivo, a aplicação de BI é muito importante justamente para se medir, 
a evolução das metas, e períodos de tempos previamente acordados, entender o 
avanço físico e os percentuais concluídos. Não podemos deixar de avaliar se outros 
setores, como o de RH, o de compras, de manutenção entre outros departamentos, 
estão influindo no processo produtivo. 
Vendas: Como todo empreendimento que se pretende lançar, tem-se que se observar 
a relação de unidade comercializadas, especialmente considerando o fluxo de caixa 
e com isto cruzar com informações como por exemplo, gastos necessários durante 
a comercialização, inclusive a publicidade, para a avaliação do custo/benefício de 
cada negociação, e de como isto pode influenciar em termos de alavancagem ou de 
atrasos aos investimentos, é o principal motivo pela qual as empresas precisam ter 
resiliência econômica.
O fato é que os indicadores serão mais eficazes a gestão do negócio quanto mais 
alinhados estiverem os níveis Estratégicos, Analíticos (gerenciais) e operacionais, e que 
conduzam todo o processo para ganhar escala de eficiência e melhorar a produtividade 
da empresa em todos os níveis. Para isto o sistema de comunicação, que depende muito 
de questões culturais, pode ceder lugar para a adoção de BI, KPIs, e entender onde 
estão os pontos falhos e com isto verificar os ajustes de gargalos e ainda encontrar 
oportunidades de melhor gestão, potenciais de crescimento de receitas, diminuição 
de despesas, que são na ordem do dia os maiores potenciais de crescimento, em 
especial em uma empresa da construção civil.
A maioria dos indicadores aqui apresentados já mostraram sua eficácia, em 
especial em grandes empresas da construção civil, e cada qual encontrou meios 
de se mensurar os próprios índices, considerando suas respectivas realidades. Para 
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empresas de pequeno porte que pretendem criar esta “mensuração” e se direcionar 
a esta mesma realidade precisam antes de tudo, criar a cultura de melhoria contínua, 
para depois conseguir coletar dados, e assim evoluir a inteligência do negócio. Desta 
forma a empresa da construção civil consegue quase que em tempo real criar um 
autodiagnóstico refletindo a realidade, e a partir disto direcionar a providências para 
os níveis decisórios adequados, que refletem no projeto e na obra.
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CAPÍTULO 7
TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO
Para quem pretende se aventurar como profissional de planejamento e controle 
de obra, é preciso ter em mente que toda que toda empresa da construção civil terá 
por premissas melhorar a lucratividade e reduzir os custos, e para isto é necessário o 
domínio de algumas técnicas de planejamento de obras, e que auxiliam na execução 
dos projetos com sucesso. Estas técnicas auxiliam essencialmente no controle de 
custos excessivos e queda na produtividade.
Tais técnicas assim precisam ser usada na busca de estabelecer processos mais 
rápidos e aderentes a realidade da obra, para que as tomadas de decisões levem em 
consideração as condições que estão presentes em tempo real e como isto trabalhar 
com a máxima eficiência.
Se até agora discutimos aspectos mais teóricos da aplicabilidade do planejamento 
de obras, agora veremos na prática a importância de se planejar uma obra. E o Motivo? 
são com certeza que o planejamento de obras é guia e orientador das etapas produtivas, 
mas resguarda na necessidade de se aumentar a produtividade e lucratividade da 
empresa, pois ao anteciparmos em condições de risco como por exemplo atrasos e 
gastos desnecessários ou problemas de produtividade das equipes, fortalecerá ainda 
mais a aplicabilidade destas ferramentas.
Estima-se que 20 a 25% do tempo dos gestores é gasto para mitigar problemas 
e imprevistos, e quando falamos de tempo na construção civil, geralmente estamos 
falando de grandes volumes financeiros, ao passo que um bom planejamento por 
auxiliar na otimização deste tempo e ainda integrar todos as etapas do processo.
A construção civil de maneira geral é bem conhecida por ser um dos ramos 
produtivos, que mais apresenta possibilidade de “falhas”, muitas das quais já são 
de amplo conhecimento dos profissionais de engenharia, como por exemplo a Alta 
rotatividade de mão de obra, atrasos em obras seja por intemperismo, motivos 
contratuais, ou ausência de insumos, descasamento entre o que foi orçado e o que foi 
executado, comprometendo assim o orçamento de obras; a disponibilidade de mão de 
obra ou simplesmente o dimensionamento reduzido de equipes; falhas de comunicação 
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entre a gestão, escritório gestor, e o setor produtivo; pouco engajamento da equipe, 
em especial da equipe de produção; Prejuízos financeiros que podem ser de ordem 
econômica, de desperdício de material, não armazenamento correto, hiperprodução ou 
baixa produção; Queda da capacidade produtiva seja de equipe, equipamentos entre 
outros fatores; e tudo isto implica em tempo ocioso em excesso, e impacta todos os 
níveis da empresa. Boa parte das técnicas que abordaremos leva em consideração 
estas variáveis: o tempo, o escopo e o custo.
O domino de custos, o correto dimensionamento dos meios de produção, o desenho 
e desenvolvimento do próprio método produtivo, o entendimento das atividades, 
a eliminação de tarefas desnecessárias, e controle da velocidade dos serviços, 
funcionaram em síntese para reduzir os custos e aumentar as margens de lucro do 
negócio, e tempo sempre será uma variável a ser considerada. As ferramentas aqui 
apresentadas assim tomarão isto por premissas. Vamos entender um pouco mais?
Utilizaremos assim as ferramentas no sentido mapear os impactos negativos e 
gerar a partir deles impactos positivos.
7.1 – Orçamento 
O orçamento em si já é a antecipação de uma série de fatores, como por exemplo 
os quantitativos que devem ser utilizados, inclusive já prevendo margens de segurança 
e perdas, lógico que seguindo as premissas organizacionais, o valor presente e índices 
de atualização (orçado e sua eventual compra a depender do momento da obra), a mão 
de obras e equipamentos (horas de trabalho e horas de uso) entre outros aspectos 
que podem mostrar o que foi orçado e se parametrizar para o que for efetivamente 
executado. 
Nesta etapa é muito interessante que se tenha gatilhos de atualização monetária, ao 
mesmo tempo que é necessário se estabelecer “margens de segurança” ao e “target” de 
economia. O orçamento é a base monitoramento dos custos, indicação dos sistemas 
e técnicas que serão usadas no canteiro, e até mesmo base de informação para o uso 
de recursos operacionais e financeiro que devem como contratação de obra, insumos, 
materiais e máquinas. Serve de base para a mobilização e desmobilização de frentes 
no canteiro de obra a depender do nível de detalhamento.
Para orçamentação podemos fazer uso de ferramentas simples como MS Excel, 
ou ferramentas que consegue fazer a simulação de cenários. O detalhamento, as 
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estimativas, (estimar é considerar o real uso e ainda considerar a margem de segurança, 
e sobre ele se aplica o BDI e o ROI. O BDI como visto anteriormente é essencial para 
entender a relação do valor global, e correlacionar Benefícios e despesas internas, 
e ajudar a calcular o preço de venda na conclusão do projeto. O ROI por sua vez, é 
Retorno sobre investimento, logo a quantidade de recurso financeiro dispendido e o 
retorno que ele traz, em lucratividade. Este segundo será mais favorável quanto maior 
for o controle sobre os custos, que é a base do orçamento. 
Do orçamento propriamentedisto podemos derivar algumas outras informações 
como por exemplo, a Composição dos Preços Unitários (CPUs) que como vimos 
podem ser formuladas a partir de tabelas oficiais e busca de preços diretamente no 
mercado.
O orçamento pode ser para fins de estudo apresentar duas formas o analítico e 
o sintético, o primeiro com um nível de detalhamento satisfatório para entender de 
formar granular as informações que estão ali contidas, e o sintético, que deriva do 
primeiro, podendo ser organizado por frentes de trabalho, por sistemas e subsistemas, 
e esta forma está relacionada ao objetivo que se pretende com ele.
Existem duas maneiras de se abordar as prioridades de um orçamento, ou melhor, 
radiografar a gestão de custos de qualquer empreendimento, e para isto usamos as 
curvas ABC de serviços e ABC de insumos.
Estas “curvas” são na verdade um método de classificação das informações do 
orçamento e ordenação conforme o grau de importância e é uma forma de identificação 
do que é mais ou menos relevante, ou que apresenta maior ou menor valor dentro do 
que foi estabelecido no orçamento. Para isto é feita uma classificação considerando 
três categorias A (mais relevante ou maior valor), B (importância mediana ou valor 
mediano) e C (menor importância ou menor valor). Mas qual a relevância o planejamento 
da obra?
A curva ABC auxilia substancialmente no gerenciamento, de custos, de alavancagem 
do capital aplicado, na organização e no controle do estoque, por meio de um 
ranqueamento dos produtos e serviços a serem adquiridos de forma primária. Logo 
esta classificação é muito útil para ordenamento de informação e para análise e 
processamento das informações para tomadas de decisão, e evita maior grau de 
exposição a erros.
A curva ABC baseia-se no princípio de Pareto, em que Vilfredo Pareto, em seu 
livro de 1906, com “Manuale d’Economia Política”, em que defendia que “80% das 
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consequências são resultado de apenas 20% das causas” (também chamada de regra 
80/20). Em síntese temos três porções na curva ABC, respectivamente 20% (A), 30% 
(B) e 50% (C), que aplicado no contexto da construção civil, a titulo de exemplificação:
• Categoria A: 20% dos produtos ou serviços contratados correspondem a 80% 
do estoque ou da evolução da obra;
• Categoria B: 30% dos produtos ou serviços contratados correspondem a 15% 
do estoque ou da evolução da obra;
• Categoria C: 50% dos produtos ou serviços contratados correspondem a 
correspondem a 5% do estoque ou da evolução da obra;
Com a curva ABC é ainda derivar alguns outros aspectos como o Histograma de 
equipamentos, histograma de mão de obra, necessidades de compra, e plano de ataque 
nas atividades para os pontos que tem maior volume financeiro ou que impactam 
sobre a evolução dos trabalhos.Estudaremos com um pouco mais detalhe um pouco 
mais adiante:
https://www.umov.me/curva-abc-um-guia-completo-sobre/#post-title2
7.2 – Cronograma de Prazos e Tarefas 
A partir do orçamento podemos estabelecer um Cronograma de Prazos e Tarefas, em 
que é possível entender a relação entre as etapas, como predecessoras e antecessoras, 
quais podem ser desenvolvidas em concomitância. Se a fundação e a estrutura da 
edificação são dependentes uma da outra, no caso das vedações e sistemas de 
hidráulica e elétrica, talvez seja necessário soltar mais de uma frente de trabalho. 
Dentre as técnicas mais usuais para desenvolver o cronograma de prazos e 
tarefas está o gráfico de barras ou gráfico de Gantt, que é uma representação que 
normalmente dispõe-se o conjunto de atividades, podendo ser desenvolvida em Excel 
ou Ms Project, na qual lista-se todas as atividades possíveis, tendo datas de início, 
duração e conclusão para cada uma das atividades, relacionada em escala de tempo, 
e quanto maior complexa for atividade, mais detalhado pode ser o gráfico. A vantagem 
está na sua facilidade de criação, dos diferentes eventos e facilita na alocação dos 
recursos que irão compor todo o percurso da obra, além de servir e serve base na 
evolução da obra entre o que foi planejado e o que de fato está acontecendo na obra.
O cronograma de prazos e tarefas é essencial para a mobilização e desmobilização 
das frentes de trabalho, logo tem influência no tempo, prazos, e praticamente todos 
https://www.umov.me/curva-abc-um-guia-completo-sobre/#post-title2
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os insumos (mão de obra, materiais, equipamentos) precisam atender os prazos de 
entrega, é pôr do cronograma de tarefas que estabelecemos uma Linha de Balanço.
7.3 – Linhas de Balanço
A Linha de Balanço objetiva mostrar a relação entre os ritmos, planejados, executados, 
como início e fim, e linhas de segurança de eventuais atrasos, e visa mostrar quais 
atividades devem ser priorizadas para se retornar aos ritmos desejáveis e não impactar 
nas etapas subsequentes, e com isto manter o cronograma da obra dentro do esperado. 
É possível entender que a linha de balanço tem a variáveis tempo planejado, tempo 
de execução, e tempo de atraso, e neste último caso tem impacto direto sobre os 
custos dos processos e ter mais precisão sobre o prazo para finalizar o projeto, e 
muitos deles podem ser derivados de condições do tempo, prazos para a entrega de 
materiais, entre outros imprevistos.
ISTO ESTÁ NA REDE
As linhas de balanço são muito utilizadas para entender os níveis de produtividade 
e a relação que possui com as frente de trabalho, podem ser estabelecidas com 
metas a serem atingidas ou formas de manter o controle sobre o processo 
produtivo dentro das expectativas dos stakeholders. Para o desenvolvimento das 
mesmas podemos fazer uso de aplicativos ou mesmo desenvolvê-las de forma 
manual por meio de aplicativos como o MS excel.
Para entender mais e visualizar o que seria uma linha de balanço acesse o site: 
https://engenheiroplanilheiro.com.br/produto/linha-de-balanco/
As linhas de balanço são bem utilizadas quando existe um conjunto de atividades 
que podem ser repetir no processo construtivo, como construção em série por exemplo.
7.4 – Cronograma Físico-Financeiro
É comum profissionais entre profissionais novatos ter a confusão entre o que é um 
Cronograma de prazos e tarefas e um Cronograma físico-financeiro, fato perfeitamente 
explicável pois existe uma correlação, com a variável tempo entre eles, mas somente 
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neste aspecto. A ideia principal dele é distribuir custos, considerando período de 
mobilização do recurso financeiro de acordo com a data e etapa do projeto. Pense 
o cronograma físico-financeiro tem estreita relação com fluxo de caixa, e mapeia as 
atividades considerando o início e fim da mobilização dos recursos financeiros, assim 
melhorar o controle financeiro. O cronograma físico-financeiro precisa provisionar, de 
forma antecipada a data prevista, gatilhos para o desenvolvimento das contratações 
seja de produtos e serviços, seja de mão de obra, compra de materiais e contração de 
equipamentos. Deve ser previsto também no mesmo o direcionamento mobilização e 
desmobilização de mão de obra, assim como todos os encargos trabalhistas envolvidos. 
É também no cronograma físico-financeiro que precisamos ter especial atenção para 
o pagamento de impostos e encargos de qualquer natureza, antes, durante e depois 
da obra.
7.5 – Estudo de viabilidade, controle de contratos, eventogramas e regularização 
da obra.
O estudo de viabilidade é dependente direto de todas as ferramentas anteriormente 
mencionadas, e é o “gatilho” decisório e avalia se o projeto será promissor ou não 
em termos de lucratividade pelo volume financeiro aplicado. É normalmente a etapa 
em que se verifica as correlações de verba a ser aplicado, níveis de alavancagem, 
estratégias de comercialização e marketing, e sobretudo se tudoque, de fato, aconteceu no governo de Getúlio Vargas, por volta dos anos 
1940. Isso se deu por causa de um forte lobby do setor produtivo do concreto, que nessa 
época encontrava-se em desenvolvimento, e muitas das tecnologias foram importadas 
pelo simples fato de o Brasil estar associado ao bloco dos aliados na Segunda Guerra 
Mundial. Foi nessa época também que a Companhia Siderúrgica Nacional foi implantada, 
e, com isso, houve um incremento não apenas da produção de aço, favorecendo, também, 
outras cadeias produtivas, como a do petróleo, cimento e energia do país.
Mas a atitude paternalista do estado não demorou a ceder lugar para a iniciativa 
privada, que em 1950, já respondia por boa parte dos empreendimentos urbanos, mas 
ainda acanhado já que boa parte da população ainda estava no campo.
A efetiva retomada da construção, acontece por meio da figura de Juscelino 
Kubitschek, que governou o Brasil de 1950 a 1961, e na qual ficaria famoso com o seu 
Plano de Metas, mais conhecido pelo slogan “50 anos em 5”, na qual por um conjunto 
de medidas governamentais estimulou e aumentou investimentos em diversas áreas, 
e dentre ela o setor que era o vetor, o da construção civil. Foi em seu governo que 
foi dado o start para a construção de Brasília, símbolo da evolução do planejamento 
para construção civil e arquitetura.
Para que isto fosse possível, o Brasil teve que primeiro investir em uma cadeia 
logística com rodovias para interligar diversos núcleos urbanos, que se viam suas 
populações crescerem, e com isto a intensificação da construção de escolas, hospitais 
e equipamentos urbanos de toda e qualquer natureza, já que a esta altura, a população 
outrora rural se direcionou para cidades em busca de emprego e com isto demandando 
não só moradia, mas também infraestrutura.
Na sequência tivemos nos anos 1960 em diante o direcionamento para um sistema 
de governo baseado no Regime Militar e do chamado “Milagre Econômico”, muito 
disto por meio de empréstimos governamentais, e que no futuro seriam as famosas 
“dívidas externas”. Esta injeção de dinheiro garantiu diversas obras por volta de 1970, 
como usinas, melhoria do sistema logístico, programas habitacionais populares, e a 
construção civil privada, que ficou direcionada a prédios de apartamentos e escritórios. 
Realidade esta que se prolongou até 1980, e na qual o governo militar também afrouxava 
suas rédeas para um possível abertura, e a iniciativa privada a ganhar maior relevância 
na quantidade de m2 quadrados construídos em relação ao estado.
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Mas para muitos economistas e mesmo para a construção civil, o volume produzido 
não foi tão expressivo ao ponto de que os anos 80 (1980-1990) foi considerada a década 
perdida, já que além da dívida externa em níveis alarmantes, O PIB não crescia, e não 
houve quase nenhum investimento em setores importantes da indústria e nada para 
estimular a construção civil, dada a crise financeira e inflacionária que se configurou 
nesta década. Foi um momento da história que o governo somente direcionava recursos 
para pagar a famosa Dívida Externa. 
A década de 90 foi muito promissora, para construção civil não somente por conta de 
uma retomada econômica, mas pela disponibilidade de mão de obra que começa a fazer 
grande diferencial em termos de qualidade para construção civil, soma-se a isto criação de 
estratégias governamentais para estimular as construtoras e ao mesmo tempo proteger 
o consumidor, há assim um salto qualitativo e de investimento por parte do governo. Foi 
nesta época que o plano real e abertura para o mercado externo permite a inserção de 
novas tecnologias e novos investimentos no mercado da construção civil
Nos anos 2000 a construção recebe bastante ênfase em função dos fundamentos 
lançados na década de 90, tendo investimentos e estímulos massivos como por 
exemplo o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC/2007), programas como 
Minha Casa Minha Vida (MCMV/2009) e o programa de restauração e manutenção de 
rodovias (CREMA/2010), e como próprias características de cada um destes setores foi 
ativação de outros setores da cadeia produtiva, logo tendo resultados expressivos para 
economia. Eventos como a copa do mundo (2014) e olimpíadas (2016) auxiliaram, mas 
não refletirão diretamente no PIB como em anos anteriores, pela falta de investimentos.
O que vimos nesta primeira parte em relação a história da construção civil do país, 
é que sempre se configurou como uma das principais indústria produtoras de divisas, 
inclusive foi bandeiras de diversos governos para alavancar a questão econômica, logo 
não podemos ter percepção da evolução da construção civil dissociada de aspectos 
econômico, inclusive seus indicadores. Mas não se preocupe um pouco mais adiante 
abordaremos este assunto.
1.3 A Construção Civil e os indicadores econômicos 
Como vimos na história recente do Brasil, a construção civil sempre foi usada pelos 
governos como meio de alavancagem para a questão econômica, e por isto a estreita 
relação com o PIB. Mas como 
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Segundo dados ABRAINC (2021) de 2021, a construção civil está entre as indústrias 
mais relevantes em função dos números abaixo:
• 10% dos trabalhadores brasileiros são empregados da construção civil
• 9% de todos os tributos são gerados pelo setor
• 7% do PIB Nacional é oriundo da construção civil
• 62 atividades econômicas da indústria nacional são movimentadas pelo setor.
De fato, os números são realmente expressivos, é um setor que merece realmente 
merece atenção. Sua ligação com a economia é assim bastante relevante. Mais quais 
indicadores podemos observar para entender o panorama da construção civil, enquanto 
engenheiro.
Um deles é a taxa de juros Selic que é um dos índices que apontam para como a 
situação econômica do país, pois a elevação ou diminuição impacta sobre os demais 
tipos de financiamentos, empréstimos e investimentos, e o mercado imobiliária 
e da construção civil tem dependência direta para seu custeio, alavancagem e 
operacionalização da construção civil. Em resumo pode aquecer ou desacelerar a 
produção do mercado, dada a relação direta com os financiamentos e empréstimos, 
seja para quem constrói, seja para quem compra (nós consumidores).
Se a Selic é influente sobre operações de créditos e financiamento, de certo modo 
ela também acaba influenciando de certo modo a inflação, que em tese é quando do 
consumo está acima da oferta colocada, pouco produto e muita procura, os preços 
sobem, sendo a recíproca verdadeira. Aumentar ou diminuir por retrair ou aumentar, 
mas muito disso tem relação direta com o contexto econômico nacional e internacional.
A econômica positiva, temos que observar a disponibilização de Crédito imobiliário, 
seja para o construtor e para o consumidor, e entender como a taxa de juros das 
Instituições financeiras estão praticando em relação ao setor produtivo e ao consumidor, 
e a comparação entre estas duas taxas podem mostrar momento está propício para 
início de uma obra.
Os KPIs (Key Performance Indicator, são os Indicadores-Chave de Performance) 
de indústrias que se relacionam a construção civil podem ser um bom indicativo do 
nível de atividade econômica, como a indústria do cimento, do aço, cerâmico, tintas 
entre outras, e quando olhados de uma forma global podem ajudar entender a relação 
entre oferta e demanda, assim como sua aceleração e desaceleração. Mais adiante 
veremos que os KPIs podem ser adotados como forma de medir a performance interna 
de uma obra.
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Um outro importante indicador que pode mostrar a evolução do emprego na 
construção civil é o - CAGED - Ministério do Trabalho, e a depender dos níveis de 
contratações ou demissões pode indicar movimento de médio eisto cobrirá os custos 
operacionais essenciais para a evolução do projeto. É a ferramenta que indica que a 
lucratividade acontecerá ou não! 
O controle de contratos é esquecido por muitos profissionais, mas entenda que faz 
parte do processo de compra, de insumo, de serviços, de mão de obra, de equipamentos 
entre outros, e para isto o profissional deve ter plena consciência de se estabelecer o 
escopo que está sendo solicitado, as condições e prazo que devem estar estabelecidos, 
assim como as condições de pagamento, geralmente tem relação direta como o 
Cronograma de Prazos e Tarefas, Linha de Balanço, Cronograma físico-financeiro. Por 
este motivo é desejável que se tenha um sistema de organização de informação desta 
natureza que facilite o gerenciamento. É muito comum o uso dos termos eventogramas 
de contrato ou Gates (portões), pois são através deles que tanto o contratante como 
o contratado baseiam-se para o direcionamento de suas atividades cumprimentos 
das cláusulas contratuais.
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Se existe alguns procedimentos que precedem a obra, por outra existe um 
processo de regularização, seja por ritos específicos seja em órgãos públicos, 
agentes fiscalizatórios e inclusive cartórios, por este motivo é necessário que haja 
uma organização administrativa por trás da obra, já que tratam de procedimentos 
burocráticos e demorados. Se previamente algumas licenças como prefeitura, corpo 
de bombeiros, são necessários a inserção de projetos assim com as respectivas 
anotações de responsabilidade técnicas, para liberação dos respectivos alvarás de obra. 
Existe durante a obra, ritos processuais como fiscalização de conselho de classe, 
agentes de fiscalização da prefeitura e do trabalho e que exige na maioria das vezes a 
disponibilização de informações documentais na obra, assim como a responsabilidade 
de alguém que esteja vinculado no exercício da atividade. Posterior a obra existe, com 
ela finalizada e entregue é necessário fazer o Registro de Incorporação, que envolve 
não só procedimentos de aviso à prefeitura que o empreendimento começa a operar, 
como também uma série de procedimentos de individualização de matrículas (no caso 
de múltiplos imóveis), e isto demanda ação em cartórios e geralmente são processos 
que oneram tempo e recursos financeiros. 
Há assim a necessidade de gerenciamento de alguns documentos como, por exemplo: 
Alvará de construção; Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de todos os projetos; 
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB); Certidão Negativa de Débito (CND); 
Matrícula do imóvel; Projeto arquitetônico; Registro do imóvel. Antecipar o processo de 
regularização, é imprescindível para prevenir de problemas como multas e notificações.
7.6 – EAP – Estrutura Analítica do projeto.
EAP (Estrutura Analítica do Projeto), do inglês Work Breakdown Structure (WBS), é 
uma subdivisão hierárquica do trabalho do projeto em partes menores, não considera a 
questão temporal, e simplesmente a estrutura hierarquizada gerada pela decomposição 
do projeto, tal como uma arvore invertida e ajuda a entender a relação de desdobramento 
de etapas, tarefas e atividades. Muito útil quando não se tem experiência para adoção 
para o desenvolvimento de diagrama de redes que veremos na sequência.
7.7 – Diagrama de Redes.
Iremos aqui primeiro apresentar uma série de ferramentas que ajudam no 
mapeamento das atividades e nas relações entre elas e objetivam otimizar o tempo 
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entre elas, depois estudaremos de uma forma especifica cada uma delas. Existe uma 
serie de exemplos de sequenciamento de atividades, e essas técnicas trabalham 
com o mesmo princípio de ordenamento lógico de atividades e seu posicionamento 
considerando o cronograma de atividades, mas que podem antecipar linhas de produção 
e isto ganhar tempo, para isto usamos o diagrama de redes.
ANOTE ISSO
O diagrama de redes é o nome genérico que se dá para as técnicas que amparam e 
subsidiam o diagrama de redes, podemos citar:
Diagrama de Setas (com ou sem escala), 
Diagrama de Blocos 
Diagrama condicional (Graphical Evaluation and Review Technique – GERT)
É desejável que sejam desenvolvidas previamente à obra, mas são técnicas que 
se necessário, precisam ser retomadas durante a obra pois, a depender dos 
acontecimentos, pequenas modificações sejam necessárias. Geralmente os 
diagramas de rede possuem estreita relação com o gráfico de Gantt.
Do ponto de vista histórico, as ferramentas foram usadas para o gerenciamento 
para projeto de grande e média complexidades, principalmente na época que havia 
escassez de insumos (guerras), e que a otimização do tempo deveria ser otimizada, 
e para isto se utilizou-se de uma série de recursos visuais, e hoje é amplamente 
usada pela administração. Complementam estas técnicas, incorporando a questão 
do tempo, são Program Evaluation and Review Technique (PERT) e o Critical Path 
Method (CPM), ou Método do Caminho Crítico, que foram usados muitos entre as 
décadas de 1950 e 1960. O diagrama de Pendências (MDP) surge um pouco depois 
fazendo o aproveitamento dos dois métodos anteriores, e simplificando a análise, e 
hoje já está sendo usado por uma série de escritório e construtoras.
Assim com é proposto pelo próprio nome, o diagrama de redes, é usado para o 
desenvolvimento e interconexão entre as várias partes que compõe uma obra, e à 
medida que a obra evolui, cria-se uma rede de interconexões em um sequenciamento 
lógico-temporal, entre as diversas frentes de atividades, logo sempre haverá a relação de 
começo, execução e fim da atividade, a relação de predecessora e atividades posteriores 
serão conceitos que abordaremos em cada uma delas, em detalhe, dedicando capítulos 
em específico para cada uma.
É importante diferenciar que EAP nos oferece uma visualização do “todo” decomposto 
em “partes”, já o Diagrama de Redes nos ajuda na percepção de um “antes” e do “depois”, 
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e com isto nos demonstra eventuais gargalos, facilita a identificação de limitações de 
trabalho, assim como o eventual desperdício de tempo. Existe dois métodos para se 
desenvolver estes diagramas de rede que são de blocos e de flechas.
O método do caminho crítico é na verdade uma análise sobre os gráficos de redes 
e ele serve para entender dentre todas as atividades dispostas, que em menor tempo 
por ser mais ágil na execução e quais podem impactar no cronograma das atividades, 
e seria uma análise e avaliação já considerando o conjunto de atividades anteriores e 
subsequentes, e de qual forma ela irão impactar uma sobre as outras, e identificar as 
que podem começar tardiamente ou ser antecipadas para ganhos de produtividade. 
Tem muita relação com o estabelecimento dos indicadores-chave de desempenho 
e as linhas de balanço. Qual a vantagem de se utilizar esta ferramenta? Alinhado ao 
desenvolvimento de um Mapa de avanço físico que pode ser gerado pelo próprio setor 
produtivo, pode demonstrar os gargalos produtivos, seja por equipe, material e mesmo 
necessidades de compra, e seu monitoramento do caminho crítico juntamente com o 
mapa de avanço crítico pode permitir uma visão instantânea do que está acontecendo.
7.8 – Lean Construcion (Construção Enxuta).
Embora não seja uma ferramenta, tem sido cada vez mais frequente o uso da 
“filosofia” Lean Construction, ou seja, construção enxuta, e a mesma é a conjunção de 
um pensamento que pode ser aplicado sobre as ferramentas que estamos estudando, 
no sentido de diminuir o número de processos, tempo ocioso, e também perceber 
gastos desnecessários. Como todas as ferramentas que faremos estudo detalhada um 
pouco mais adiante, a ideia de construção enxuta pode ser aplicada para encadeamento 
e aplicação de uma lógica racionalizadas aos processos,e com isto entender que é 
possível transformar o conjunto insumos em produtos intermediários que por sua vez 
formarão o todo. Mas qual vantagem? Desenvolver uma correta percepção sobre a 
organização de uma cadeia de suprimentos e também facilitar a gestão, e planejamento 
de obras, pois esta filosofia de trabalho prega a análise e aumento da flexibilidade das 
atividades, aumento a produtividade da equipe, elimina e diminui as atividades que não 
geram valor ao projeto, otimiza o tempo de trabalho e redução dos processos, além de 
trazer mais transparência ao trabalho a ser realizado e tudo isto tendo as premissas 
decorrentes do que realmente é valor do ponto de vista da exigência do cliente.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Hoje encontramos no mercado uma série de ferramentas computacionais que 
podemos fazer uso para automatizar nossos processos de orçamentação e 
planejamento de obras as quais já embutem as ferramentas que comentamos 
durante este capítulo, porém pela condição de demanda de mercado a maioria 
delas, são de versões pagas para que as funcionalidades essenciais a nossa analise 
sejam liberadas. Enquanto profissional é necessário entender qual é a mais viável 
para sua atividade.
Softwares de orçamento 
• Siege 
• Volare 
• Excel
Softwares úteis para o planejamento de obras:
• MS Excel 
• MS Project
• Primavera 
• Risk Analysis
• Scopi
Não podemos deixar de entender que todo este Planejamento é diferencial competitivo, 
índices de alavancagem, antecipar riscos e oportunidades, e ajudam na otimização 
do fluxo de caixa, na configuração dos demonstrativos de resultado e fluxo de caixa, 
além de otimizar os processos de compras e negociações com contratos.
É fato que a vivência em obra é necessária, e mostrará qual será aplicabilidade 
para cada situação, mas este conjunto de ferramentas auxiliam na engenharia de 
custos, sendo hoje considerada uma das grandes áreas da engenharia. Não podemos 
deixar de considerar que todo este processo deve estar fundamentado em noções de 
segurança no trabalho, na legislação trabalhistas.
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CAPÍTULO 8
ORÇAMENTO
A execução do orçamento é talvez dentre as atividades que estudamos na unidade 
anterior a primordial, sem qual nenhuma das outras ferramentas sejam exequíveis. 
Por este estudaremos a partir de agora de forma detalhada para que consigamos 
entender como devemos operacionalizar o mesmo.
Primeiro devemos ter por base que ele é um documento base para definição do 
quanto, como e quando será gasto a considerar as etapas elencadas no mesmo, e 
objetiva junto com outras ferramentas garantir os gastos mais eficientes durante o 
andamento da obra.
Descuidos no provisionamento e composição do orçamento podem impactar 
problemas futuros, como impactos negativos diretos podemos citar falta de recursos 
financeiros, não termino de atividades e etapas, e prolongamento de prazos, ao 
passo que a recíproca é verdadeira, tendo impactos positivos se bem dimensionado 
o orçamento. Neste sentido este capítulo se direciona de como se fazer assim como 
abordará os principais conceitos e definições que se relacionam com ele.
Em termos de concepção ao tempo, orçamento deve compreender todo o conjunto 
de custo que vão desde a concepção do empreendimento até a assistência técnica, 
após a entrega das chaves e tudo que deve ser provisionada neste intervalo de tempo. 
Só relembrando que Orçamentação é o processo de elaboração e orçamento é esse 
resultado, o documento, ou seja, é o produto da orçamentação. Para o orçamento 
devemos além dos custos unitários, custos diretos, custos indiretos, impostos e o 
lucro dentro das expectativas do construtor.
8.1 Classificações de orçamento
O orçamento se organiza de acordo com as fases do projeto, a depender de seu 
objetivo, escopo e detalhamento poderá variações quanto a nomenclatura.
O Estudo de Viabilidade Financeira (EFV) é um estudo desenvolvido considerando 
as características do empreendimento, e serve no sentido de guiar o planejamento de 
uma construtora, e que considera além da viabilidade técnica, e operacional, o conjunto 
de informações para viabilidade financeira da obra em questão. Normalmente é feito 
em cima dos primeiros esboços dos projetos, considerando as características de 
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implantação, situação dentro do mercado imobiliário da cidade, e muitas vezes leva 
em consideração os dados históricos e informações da conjuntura econômica do 
local, fatores econômicos, índices econômicos, e desenvolve uma série de exercícios 
financeiros para entender a viabilidade do empreendimento. Não pode ser considerado 
um orçamento pois seu nível de detalhamento é pouco, porém é de grande utilidade 
para entender se o projeto e obra deve seguir a diante ou não.
Sem o estudo de viabilidade os demais tipos de orçamento sequer são iniciados, 
pois é por meio do estudo de viabilidade que se estabelece as principais diretrizes, 
e direcionamentos do requisitos do” cliente”, e também para as diretrizes de custeio, 
alavancagem, e valor de venda, que somente serão detalhados a medidas que o 
orçamento forem ganhando corpo e forma, Os mais comuns são:
1. Estimativa de custos: trata-se de uma avaliação aproximada do que seria o projeto 
e como o próprio nome diz, podendo ter por base os custos operacionalizados 
em outros empreendimentos similares, com características próximas, ou na 
mesma região, podendo também ser formulado por meio das tabelas oficiais 
(Sinapi) ou realizadas por empresas e entidades privadas (como o CUB, por 
exemplo). Geralmente usados para um primeiro levantamento apenas para se 
ter uma base ou ideia do que será gasto, e seu grau de certeza é baixo. Para a 
estimativa de custo, um dos indicadores mais utilizados é o CUB (Custo unitário 
básico) que resulta da pesquisa feita pelos SINDUSCON de cada Estado, e na 
qual é possível obter os valores médios de metro quadrado de cada estado, 
com base no que foi praticado pelas construtoras.
ANOTE ISSO
O CUB tem por base o tipo de Tipo de construção (Residencial, comercial, galpão 
industrial ou casa popular), Número de pavimentos (1, 4, 8, 12 ou 16 pavimentos), 
considera Número de quartos (2 ou 3 quartos) além padrão de acabamento (Baixo, 
normal ou alto). É importante salientar que o CUB é pouco preciso pois deixa de 
lado alguns custos que seriam essenciais: como o custo de contratação de projetos 
arquitetônicos e complementares, fundações, valor de terreno, sistema de circulação 
vertical (elevadores), de climatização (ar-condicionado), e não contabiliza impostos, 
lucros entre outras taxas.
Sempre que necessário para o uso do CUB é necessário que desenvolvamos 
uma constante consulta nesses indicadores e na evolução de seus valores, pois a 
depender da localização, dos indicadores econômicos seus valores podem mudar:
Para isto acesse sempre o link CUB/m² - Custo Unitário Básico - Indicador dos 
custos do setor da Construção Civil: http://www.cub.org.br/.
http://www.cub.org.br/
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2. Orçamento preliminar ou paramétrico: Este tipo de orçamento tem um 
detalhamento um pouco maior e é desenvolvido sobre os itens que tem maior 
representatividade em termos de volume e significância nos processos, e na qual 
se detalha as quantidade e custos dos pacotes de trabalho, já considerando o 
projeto executivo. Seu grau de confiança é mediano baixo,
3. Orçamento analítico: O orçamento analítico é mais detalhado em relação aos dois 
anteriores e no qual já é possível visualizar os custos envolvidos da edificação, 
e dele derivar os custos unitários, as frente de trabalho sem que é por meio dele 
já é possível conhecer os custos diretos (materiais, equipamentoe mão de obra) 
e os custos indiretos (custos com escritório, salários administrativos, impostos, 
etc... O grau de confiança é mediano, mas já apresenta parâmetros e valores que 
são praticáveis para fins de simulações de viabilidade. É necessário conhecer os 
custos diretos (materiais, equipamentos e mão de obra) e os custos indiretos 
(custos com o escritório central, salários administrativos, impostos, lucros, etc). 
É neste tipo de orçamento que as tomadas de decisão são direcionadas, pois 
já se tem escopo, é possível entender a extensão e tempo da obra e por isto 
deve ser desenvolvido e aprovado pelos interessados na obra, e na qual as 
considerações levantadas por estes, pode ajudar no melhor detalhamento para 
operacionalizar.
4. Orçamento detalhado: o orçamento detalhado já é um tipo de orçamento pelo 
qual desenvolve-se todas as simulações em termos de cenário, considerando 
os aspectos econômicos, os aspectos de índices e indicadores, e na qual se 
obtém os valores de custo e de venda, e da qual todos os contratos serão 
elaborados. Em termos de informação deve ser o mais “granular” possível. Seu 
grau de confiança é alto e para a elaboração deste é necessário que todos os 
projetos executivos, já tenham sido compatibilizados e conferido.
Conseguiu entender a diferença entre eles?
Nos atentaremos especialmente no desenvolvimento de conceitos e metodologia 
que envolvem principalmente o orçamento analítico e o detalhado.
8.2 Custos diretos e indiretos 
O Primeiro conceito que devemos ter em mente é o de custos diretos e custos 
indiretos.
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Os custos diretos é a base de quantitativos dos insumos e seus respectivos valores, 
ou seja, tudo aquilo que é necessário para que os serviços sejam executados, eles 
são os gastos direto com materiais, mão de obra, equipamentos. É dentro dos custos 
diretos que iremos fazer a composição de custos unitários dos insumos, referenciando 
as quantidades, suas unidades de medidas, índices e valores dos materiais, mão de 
obra, equipamentos, epi, etc. 
Os custos diretos a depender do tipo de obra, podem ser obtidos diretamente no 
mercado, orçando junto a fornecedores e empreiteiras, e para isto podemos contar 
com o TCPO, quando ainda pouco íntimos de alguns sistemas e sua composição de 
custos, ou por meio de tabelas como a da SINAPI, exigida normalmente para obras 
públicas. Entenda também que qualquer mão de obra que esteja diretamente ligada ao 
setor produtivo é considerada custo direto. São exemplos que compõe o custo direto:
• Estrutura 
• Materiais de vedação/janelas 
• Revestimentos 
• Metais;
• Sistemas hidráulicos e elétricos 
• Louças e metais de acabamento 
• Entre outros
Os Custo Indiretos são em essência aqueles que se desvinculam do processo produtivo 
em si, ou que não estão em campo. Todos os cargos administrativos por exemplo que se 
relacionam a um escritório, até mesmo o presidente, o gerente, auxiliares administrativos 
enquadram-se com os custos indiretos. Entram aqui taxas, custos de operacionalização 
do escritório e despesas de qualquer natureza. Como exemplificação de custos indiretos:
• Serviços preliminares das concessionárias: água, energia e telefone;
• Transporte de equipes e materiais
• Mão de obra terceirizada;
• Locação de equipamentos 
• Seguros, taxas, impostos 
• Documentações;
8.3 Composição de custos
A composição de custos, faz parte da técnica orçamentária, e é em essência o 
meio pelo qual o orçamento toma forma.
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Começamos o orçamento por grandes sistemas ou etapas de trabalho, na qual 
descreve-se todos os materiais necessários, com suas respectivas unidades de medida/
índice, que pode ser em metro linear, m2, m3, peso etc. tal como o mesmo deve ser 
obtido com os fornecedores ou produzido em obra. Associado ao material é necessário 
que relatemos as especialidades de mão de obra, podendo ser medidas em horas/
trabalho, verba, ou equivalente para que o sistema seja executado. 
Se o material temos um valor de compra, para fins de composição da mão de 
obra devemos considerar os encargos trabalhistas, aplicado em cima dos valores 
que estamos trabalhando. Como na construção civil é comum ter equipamento de 
transporte, processamento, elevação, lançamento, entre outras ações, é necessário 
se considerar o tempo de uso deste equipamento, e seu custo considerando a sua 
operação (energia elétrica, combustível etc.) durante a ação de execução da etapa.
Para exemplificar podemos tomar por parâmetro uma parede de alvenaria de vedação 
considerando 1 m2, e na qual iremos usar tijolos de 14x19x39, cujas aberturas do 
mesmo são colocadas na vertical, e na qual será desenvolvida juntas de argamassa 
em 1mm tanto na vertical como na horizontal, no traço de 1:2:9.
Temos dois caminhos pegamos as composições do TCPO considerando estas 
características ou partimos para o racional de execução.
O primeiro ponto é entender quanto tijolos por m2 quadrado são necessários, mas 
precisamos entender que teremos uma junta de 1 cm na vertical e outra na horizontal, 
logo as dimensões que consideraremos serão (0,19m+0,01m) x(0,39m+0,01m), logo 
tijolo mais junta ocupariam uma área de 0,08 m2, e ao dividimos 1 m2/0,08 m2 = 
12,5 tijolos, o que dá aproximadamente 13 tijolos por metro quadrado.
E para calcular a argamassa, teremos que fazer a mensuração, tirando o tijolo: v 
= [1 – 12,5 x (0,39 x 0,19)] x 0,14 = 0,01032 m3 de argamassa por m2 de alvenaria.
Se buscarmos os dados no TCPO, teremos para a fabricação de 1m3 de argamassa 
com traço 1:2:9, tem-se:
• Cimento: 130 kg e considerando 0,01032 m3 = 130 x 0,01032 = 1,34 kg
• Cal hidratada: 282 kg e considerando 0,01032 m3 = 282 x 0,01032 = 2,91 kg
• Areia média: 1,22 m3 e considerando 0,01032 m3 = 1,22 x 0,01032 = 0,0126 
m3
• Pedreiro/Servente: 10 horas e considerando 0,01032 m3 = 10 x 0,01032 m3 
= 0,10325 h.
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Supondo que tenhamos obtido os valores em termos de rendimento por volta de 
0,80 no pedreiro e 0,90 no servente podemos usar isto para compor o preço unitário 
do m2, conforme podemos ver na tabela, abaixo:
Insumo Unidade Índice (unid/m2) Custo Unitário (R$) Custo Total (R$)
Bloco cerâmico unid 13 2,80 36,40
Cimento Kg 1,34 0,40 0,54
Cal hidratada Kg 2,91 0,45 1,31
Areia média m3 0,0126 80,00 1,01
Pedreiro h 0,80 13,25 10,60
Servente h 0,9032 9,95 8,99
Valor Total 58,85
Adaptado de https://www.escolaengenharia.com.br/orcamento-de-obras/
Após feito isto, devemos fazer o cálculo do custo para a execução de um serviço 
e isto para todos as partes componentes da edificação, no exemplo, se pegássemos 
100 m2 quadrados de alvenaria bastaria multiplicar R$ 58,85 x 100 m2 perfazendo 
o total de R$ 5885,00 reais.
ISTO ESTÁ NA REDE
Acabamos de ver apenas um custo unitário para um sistema específico, é preciso é 
claro que com a prática profissional desenvolva outros estudos de composição de 
preço unitário. Por este motivo é legal ver um conjunto de exemplo que podem lhe 
auxiliar a começar a se inteirar de como se faz. 
Composição de preço unitário do aço: https://www.youtube.com/
watch?v=9LQithLVsFk&t=170s
Composição escoramento de madeira em lajes: 
https://www.youtube.com/watch?v=AzT3-3Nn8s8
Como montar uma composição de custos unitários?
https://www.youtube.com/watch?v=2TjXc_BHb4M
Composição de Custos Unitários, Produtividade, Coeficiente | Orçamento
https://www.youtube.com/watch?v=6q8ur-I5bVk
https://www.escolaengenharia.com.br/orcamento-de-obras/
https://www.youtube.com/watch?v=9LQithLVsFk&t=170s
https://www.youtube.com/watch?v=9LQithLVsFk&t=170s
https://www.youtube.com/watch?v=AzT3-3Nn8s8
https://www.youtube.com/watch?v=2TjXc_BHb4M
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8.4 (EAP)da estrutura analítica de projeto e estrutura analítica de custos (EAC)
A composição de custos unitários, deriva de uma estrutura analítica de custos (EAC) 
que por sua vez deriva da (EAP) da estrutura analítica de projeto. A segunda poderia 
ser representada da seguinte maneira.
A EAP é a representação gráfica do escopo do projeto. ilustrando estruturada e 
hierárquica, quais são as etapas e possivelmente as entregas e pacotes do projeto. 
Sua principal função é dividir o projeto em entregas menores e mais gerenciáveis, e 
tem por finalidade evidênciar os itens realmente necessários para a realização de um 
projeto tornando-o assim um elemento base para a elaboração do mesmo, o mais 
habitual é fazer uma árvore hierárquica ou diagrama hierárquico.
Fizemos uma representação genérica do que seria uma EAP, logicamente que 
poderíamos detalhar ainda mais, mas para fins didáticos ele cumprirá a função. A 
partir da EAP, podemos preparar assim uma estrutura analítica de custos (EAC), ou 
seja, começar a planilhar, e já tendo a noção de que queremos primeiro estabelecer 
os grandes grupos de atividades e vamos detalhando, em atividades e tarefas, já 
incluindo os respectivos quantitativos, a partir dos projetos.
Em paralelo a isto, à medida que se desenvolve o EAC, em uma planilha principal, 
em paralelo os racionais dos custos unitários podem ser desenvolvidos. Tanto em 
aplicativos específicos para orçamento quanto no uso do MS Excel, podemos fazer a 
vinculação dos custos unitários à planilha principal, tal como em um banco de dados. 
Numa planilha principal poderíamos ter a seguinte estrutura:
Podemos ter variações em relação a Estrutura Analítica de Custos, mas 
essencialmente ele tem de conter conjunto dos grandes sistemas e todos os seus 
componentes, é comum já nesta etapa desenvolver uma análise prévia do cronograma.
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Estrutura Analítica de Custos Cronograma mensal
Item Sub-
item Sistemas e frentes de trabalho Índice (unid/m2) Custo Unitário 
(R$)
Custo Total 
(R$) Observações 
1 Projeto de arquitetura e projetos 
complementares
1.1 projeto Arquitetônico
1.2 projeto Hidráulicos 
1.3 Projeto Elétrico e SPDA
1.4 Projeto de Estruturas 
2 Projeto Executivo de Prevenção Contra 
Incêndio
2.1 Projeto hidráulico 
2.2 Projeto de sinalização, extintores e rotas 
de fuga 
2.2.1 Memorial do projetos
3 Aprovações
3.1 Projeto arquitetônico 
3.1.1 Projeto de prefeitura 
4 Sondagem
5 Preparação canteiro de obra
5.1 Limpeza do terreno;
5.2 Montagem canteiro de obra.
5.2.1 Áreas de convivência 
5.2.2 Áreas de estoque de materiais 
5.2.3 Áreas carpintaria 
5.2.4 Áreas corte e dobra de ferragem 
5.2.5 Área de produção de argamassa e 
concreto
6 Lançamento fundações;
7 Estrutura (pilares e vigas);
7.1 Caixaria 
7.2 Armadura 
7.3 concreto
8 Lajes;
8.1 Escoras 
8.2 Caixaria 
8.3 Armaduras 
9 Cobertura;
10 Hidráulica
11 Elétrica
12 Alvenaria e sistemas vedação
 12.1 Chapisco/emboço/reboco
12.2 Pintura 
12.3 acabamento cerâmicos 
13 Sistemas de circulação vertical
14 Fornecimento de água e barrilete
15 Telhado
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A planilha colocada é uma sugestão, e perceba que são colocados em termos de 
sistemas principais as linhas em destaque, e abaixo destas grandes tarefas ou frentes 
de trabalhos são detalhados, logo abaixo como se fossem subitens, podendo quantos 
níveis forem necessários.
Observe por exemplo a preparação de canteiro, que obviamente necessitará de 
outras itens a serem colocadas, tais como a mão de obra e equipamentos sendo assim 
podemos em cada subitem ainda colocas outros níveis. Pegamos como exemplo a 
área de estocagem de materiais, para isto precisaríamos de chapas de madeirite, 
provavelmente homens/hora para montá-la. Sendo poderiam detalhar ainda mais 
como representado abaixo, por 5.2.2.1, 5.2.2.2, 5.2.2.3.
5 Preparação canteiro de obra
5.1 Limpeza do terreno;
5.2 Montagem canteiro de obra.
5.2.1 Áreas de convivência 
5.2.2 Áreas de estoque de materiais 
5.2.2.1 Chapas de madeirite 
5.2.2.2 Mão de obra de montagem 
5.2.2.3 Ferramentas 
5.2.3 Áreas carpintaria 
5.2.4 Áreas corte e dobra de ferragem 
5.2.5 Área de produção de argamassa e concreto
O fato é que somente a execução, para cada obra é que lhe dará esta percepção 
de como fazer uma estrutura analítica de custos (EAC). Quando a EAC estiver bem 
evoluída, ele nos mostrará os custos diretos, logo ainda não é o preço de custo final, 
pois ainda não foram embutidos os Custos Indiretos. 
ISTO ESTÁ NA REDE
É legal fazer uma pesquisa como os profissionais fazem (EAP) da estrutura 
analítica de projeto e estrutura analítica de custos (EAC) e entender que pode 
desenvolver sua própria metodologia, e na qual poderá adaptar ao seu processo e 
as ferramentas que disponibiliza. No link abaixo consta o exemplo como foi feito 
em um estudo de caso para uma obra pública: www.joinville.sc.gov.br › arquivo › 
download
https://www.joinville.sc.gov.br/arquivo/download/codigo/840-MODELO+DE+ESTRUTURA+ANAL%C3%8DTICA+DE+PROJETO+DE+OBRAS+P%C3%9ABLICAS.html
https://www.joinville.sc.gov.br/arquivo/download/codigo/840-MODELO+DE+ESTRUTURA+ANAL%C3%8DTICA+DE+PROJETO+DE+OBRAS+P%C3%9ABLICAS.html
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Para que o produto orçamento, e ressaltando preço de custo, esteja finalizado 
é necessário que se considere os custos indiretos, para que seja compreendido o 
custo final ou global, e devem ainda ser incorporados todos os custos relacionados 
a administração central da Empresa, os custos financeiros de todos os contratos 
envolvidos, seguros, garantias, tributos, taxa e impostos sobre a receita que se pretende 
adquirir sobre o investimento.
O BDI em definição, é o rateamento de todas as despesas mais o lucro aplicado 
aos custos diretos, a este conjunto de informações dá-se o nome de LCI – lucro e 
custo indireto.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Mas você deve estar se perguntando, como faço para se chegar ao BDI, está muito 
abstrato. Calma? Vamos te mostra um caminho e até mesmo um formula que pode 
encontrar no link: 
Profissionais mais experientes já sabem o que considerar e pela intimidade no dia-a-
dia acabam por desenvolver suas próprias metodologia para se chegar ao BDI, mas 
o Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos – IBEC, toma por base um conjunto 
de normativas, algumas delas internacionais e sugere uma fórmula:
BDI ={ [ ( 1+ AC + CF + S + MI ) / ( 1 – TM – TE – TF – MBC – G ) ] – 1} x 100
Sendo:
AC – Administração central: considera os custos da sede da construtora, em 
termos de porcentagem de faturamento anual podendo variar de 7% a 20%)
CF – Custo Financeiro: em razão das condições e pagamento preconizadas no 
contrato, e do desembolso a ser verificado para o custo financeiro.
S – Seguros: sobre a operação, execução de contratos não atendidos, etc...
G – Garantias: tem relação ao cumprimento do contrato e garantias previstas como 
caução, seguro garantia e outros.
MI- Margem de Incerteza: leva-se em conta o cálculo do BDI e vista melhorar 
distorções no valor aproximado do cálculo estimado, geralmente estima-se entre 5% 
e 10%.
TM – Tributos Municipais: Tributos municipais como o ISS
TE – Tributos Estaduais: Tributos estaduais tais como o ICMS
TF – Tributos Federais: Tributos federais tais como PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e INSS
MBC – Margem Bruta de Contribuição (ou Lucro Bruto Previsto): Tem relação direta 
como o preço que se pretende se praticar em relação ao mercado, variando de 
empresa para empresa.
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Se o cálculo específico do BDI é necessário usar todas as variáveis que a pouco foi 
mencionada, ainda é necessário saber com embutir isto dentro do orçamento e para 
isto utilizaremos para se chegarno preço de venda efetivamente.
Como vimos o processo de orçamento é orgânico e deve acompanhar todo o racional 
da obra, ou melhor de desmembramento da obra, e para isto devemos tem em mente 
que podemos fazer uso de diagramas visuais, (EAP) da estrutura analítica de projeto 
para somente depois começarmos, como diz no “jargão” a planilharmos a estrutura 
Analítica de custos (EAC) que em síntese é o corpo do orçamento, na qual trabalhamos 
primeiro os custos diretos, para somente depois “enxertarmos” o BDI e a lucratividade.
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CAPÍTULO 9
CRONOGRAMAS 
O relógio é sempre uma variável a ser considerada independente da atividade que 
se desenvolve, e basta trazermos isso para nossa vida pessoal e perceberemos que 
é uma variável imperativa, queremos ou não, ela nos força a tomar decisões, cumprir 
prazos, enfim ela sempre nos força a tomar decisões.
No ramo da construção civil, o tempo é crucial para o cumprimento das obrigações 
contratadas, e dentro dos processos que envolvem a construção civil é de grande 
importância para se estabelecer a execução das etapas, seus ritmos e até cumprimento 
das metas.
9.1 Cronograma de atividades
Funcionalmente o cronograma, é um calendário, tendo muito bem estabelecido os 
prazos (data de início e término), que podem teoricamente ser estabelecidos antes do 
início da obra, mas que de fato, tem validade, quando é feito uma comparação com o 
que efetivamente acontece em obra, em que se registra início real e término real das 
etapas e atividades que devem ser realizadas.
O cronograma deve ser desenvolvido, não pode ser encarada como uma planilha 
estática, e deve ser usada como o “termômetro” da obra, e partir dele deve-se observar 
aspectos quanto ao ritmo, produtividade, atingimento de metas (gates), começamos 
a fazer o cronograma geralmente entre a produção da Estrutura Analítica de Projeto 
(EAP) e a Estrutura Analítica de Custos (EAC), sendo este que o cronograma deve 
estar fidedigno a este segundo.
9.2 Componentes essenciais
O cronograma é também uma peça comunicativa, dos prazos, entre o setor de 
planejamento e o sistema produtivo, por isto devemos entender que a comunicação 
tem que ser a mais simples possível, e direcionada a quem deve orientar. Melhor será 
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o cronograma quanto mais íntimo estiver do histórico do processo produtivo da qual 
está se planejando, e com isto conseguirá auxiliar na gestão da equipe e sua produção 
destes, em especial não esquecer de comunicar o que precisa ser feito e os prazos 
que são combinados. São componentes essenciais de um cronograma:
• Etapas
• Escopo (entregáveis)
• Atividades e tarefas
• Prazos e datas
• Marcos
• Relação de dependência entre etapas
• Responsáveis
• Recursos necessários
Estudaremos primeiro os formação dos tipos de cronogramas e depois faremos um 
alinhamento deste com o conceito de cronograma físico-financeiro ou pouco adiante.
Todo cronograma começa em tese a partir da estrutura analítica de custo, que já dará 
noções de qual é escopo. 
9.3 Início do cronograma
A partir da estrutura analítica de projeto e de custo, é possível entender um certo 
sequenciamento dos processos produtivos, atividades primordiais, que essencialmente 
soltarão as demais etapas, então a ideia de início e fim, antecessora, sucessora, duração 
são noções que dependem muito de sistemas produtivos que estaremos envolvidos, 
e não podemos estabelecer um padrão para as etapas igual para todo tipo de obra. 
É muito importante que para cada etapa também indiquemos os sponsors (que são 
os responsáveis) para o cumprimento de cada etapa.
Dentre os tipos de cronograma mais comuns usados pelos profissionais:
• Cronograma de Barras (Gráfico de Gantt)
• Cronograma de Marcos
• Linha do Tempo
• Diagrama de Rede
Dentre os citados anteriormente, o diagrama de rede dedicaremos um capítulo em 
específico para ele, pois é dentre os diagramas, que mostra efetivamente ganhos de 
produtividade se usados de maneira correta.
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9.1.1 Cronograma de barras ou Gráfico de Gantt
É talvez dentre os cronogramas o mais simples de fazer, sendo muito fácil de 
se fazer no MS Excel, mas existe explicativos específicos com o MS Project, que já 
amplamente utilizado pelo mercado dada suas funcionalidades quase que intuitivas 
para quem o utiliza. Qual a vantagem deste segundo é que também podemos cruzar 
dados, e vincular informações financeiras a etapas o que nos auxilia sobremaneira no 
desdobramento do cronograma físico-financeiro. Existem dentro do MS Excel Modelo 
já prontos que pode fazer uso, fazendo as adaptações necessárias.
O gráfico de Barras ou de Gantt tem grande apelo visual pela sua simplicidade 
e grande capacidade comunicativa. Geralmente este modelo de gráfico dispõe as 
etapas nas linhas horizontais, no sequenciamento construtivo, em grandes frentes de 
trabalho, que podem ser escalonadas em atividades menores, e a escala cronológica 
é disposta na vertical. Precisamos entender que existe uma escala temporal que 
precisamos estabelecer condizente com o que precisamos mensurar, podendo ser 
em dias, semanas, meses, ou outros períodos que condizem o objetivo de medição.
Tomando do modelo abaixo:
Figura 01: Cronograma de barras ou Gráfico de Gantt
Fonte: Banco de Tamplates Excel 
Tomemos o exemplo anterior, sendo medido em semanas, e tomemos por referência 
a “legenda” e as colunas dispostas de “A” a “G”, perceba que existe correlação entre 
elas, e à medida que inserimos os valores nas respectivas colunas, há também a 
modificação das barras.
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Há de se destacar que um gráfico de Gantt será mais útil se marcar o que está 
programado, e o que realmente será executado, podendo assim servir de apoio a 
melhoramento do ritmo das atividades, geralmente adota-se em termos de valores 
reais, mas também em %, sendo esta informação facilitadora para tomadas de decisão.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Caso queira fazer um teste, você consegue acessar diretamente no MS Excel um 
tamplate parecido ou próximo do que está mostrado na figura.
Basta Abrir o Aplicativo em seu computador, ir ao menu “NOVO” e vá em 
“PESQUISAR” e digitar a palavra “Gantt”, aparecerá outros modelos.
Figura 02: acessando o banco de Tamplates prontos do MS Excel
Fonte: Banco de Tamplates Excel 
Vamos lá! Acesse e faça algumas simulações!
9.1.2 Cronograma de Marcos 
O cronograma de marcos, é um tipo de cronograma direcionado a marcar datas 
importantes de entregas intermediárias e pode ser de forma isolada ser apenas a 
representação de datas “a entregar”, mas se associado ao cronograma de barras ou as 
linhas de balanço, pode ser muito útil para o gerenciamento das atividades em campo. 
Da mesma forma que existe uma data “previamente” planejada, existe uma que pode 
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ser a realizada e com isto ajudar a influir no entendimento dos dias em adiantamento ou 
atraso em relação as datas planejadas. A ideia do cronograma de marco é ter pontos de 
referência (gates), muitos dos quais derivam de um eventograma contratual. É comum a 
representação do cronograma de marco ser representado como uma linha do tempo, em 
associação as mesmas informações que podemos ver no gráfico de Gantt.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Do mesmo modo que fizemos para buscar o gráfico de Gantt, podemos buscar por 
exemplos, conforme listado vemos no exemplo abaixo:
Figura 03: cronograma de marcos 
Fonte: Banco de Tamplates Excel
Note que existe relação de começo e fim, tempo de duração das atividades, a tarefa 
em si, mas há o acréscimo de duas colunas mostrando os tempos de execução, 
referenciadano marco, dotando-as de valor negativo, o que mostra como o tempo 
de atraso em relação ao marco estabelecido.
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9.1.3 Linha do Tempo
A linha do tempo é dentre os tipos de representação que utiliza o padrão visual para 
um determinado tipo de tempo, e comumente é associado ao cronograma de marcos, 
que se destacam as demais informações dispostas no gráfico. Sua representação é de 
acordo com a duração do tempo do projeto (dia, semanas, meses etc.) a depender da 
necessidade. O exemplo do Marco anterior já está associado a uma linha do tempo, 
mas podemos exemplificar de outras forma conforme veremos a seguir. É muito 
utilizado quando conseguirmos resumir as informações a serem colocadas, mas que 
ao mesmo tempo dão dimensão total do que está sendo representado.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Aqui consta exemplos de um modelo de plano de trabalho, o qual considera além 
disto as principais atividades assim como seus resultados, mas a ideia principal é 
sempre passar uma noção cronológica. 
 
Figura 04: cronograma linha do tempo
Fonte: Banco de Tamplates Excel
Perceba que em todos os exemplos de cronogramas existem requisitos básicos a 
serem observados e que dependem diretamente da experiência do profissional, mas 
basicamente é prudente ao ter esta necessidade, é legal seguir os seguintes passos:
1. Fazer uso da experiência já adquirida, como acessar outros cronogramas 
anteriormente feito pela empresa, ou com base me projetos similares, fazendo 
uma análise dos prazos estipulados e os que efetivamente foram executados 
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em campo, pois este referencial é de suma importância para o desenvolvimento 
do que será o futuro das atividades.
2. Em etapas inéditas ou nunca realizadas antes, é interessante que faça uma 
análise minuciosa, quebrando-a em etapas para que a mesma seja concluída, e 
na estimativa de prazos, busque margem de segurança para eventuais atrasos.
3. Entender a disponibilidade e produtividade da equipe é muito importante, e para 
isto é interessante que haja um processo de interação entre os responsáveis 
pelo processo produtivo e a pessoa que esteja executando o cronograma, isto 
faz gerar aderência e responsabilidade entre as partes envolvidas.
4. A organização das atividades e etapas, tem que estar com um nível aderente 
de tempo além da disponibilidade dos recursos em obra, sempre analisando 
a relação de antecedente e sucessora, e fazendo o link entre elas para que 
eventuais desvios em uma não atrapalhem a outra.
5. Existe a relação entre o que é programado e o que é executado, e por conta disto 
a relação de prazos estabelecidos, marcos, eventos importantes, que aconteçam 
diferente do previsto precisam ser dotados de certa “margem de segurança” e 
de tempos em tempos deverá ser revisitado.
9.4 Cronograma Físico-Financeiro
O primeiro ponto a se estabelecer a diferenciação do que seria um cronograma 
físico de um financeiro.
Cronograma físico é como vimos anteriormente é o avanço esperado em si, que 
constam a relação do escopo da obra, e aí entram os insumos, os preços unitários e 
tudo mais que for necessário. A relação de contratos também deriva do cronograma 
físico, principalmente quanto ao seu início e término, feito na etapa de planejamento. 
O Cronograma físico trabalho num nível detalhamento maior quanto a periodicidade 
de execução das etapas, dentro de uma escala temporal. Para a sua concepção é 
importante se considere dados históricos de trabalhos semelhantes já realizados, assim 
como a produtividade das equipes. O foco do cronograma físico é o prazo com que a 
atividade será realizada, e o acompanhamento acontece pela relação entre o que foi 
Realizado Vs. Planejado, e tal comparativo ajuda o gestor a economizar recursos e a 
tomar ações corretivas caso necessário.
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O Cronograma financeiro por sua vez tem mais relação com o fluxo de caixa, e 
o que a empresa ou obra exigirá em relação ao desembolso durante o andamento 
de uma construção. Porém existe uma relação com o físico uma vez que o mesmo 
determinará quais valores são necessários para o desembolso ao longo da linha do 
tempo da obra, em relação aos custos e compromissos contratuais assumidos. Não 
é simplesmente pegar os valores conforme etapa, mas sim fazer um processo de 
programação financeira casando entradas e saídas de modo que saldo sempre fique 
positivo, ou que tenha a condição de amortização de eventuais saldos negativos e etapas 
subsequentes. A Produtividade das equipes neste aspecto é de suma importância, pois 
ganhos no cronograma também podem impactar positivamente o fluxo de caixa, e a 
recíproca também é verdadeira, quando ao tempo de equipes sem a disponibilidade de 
materiais pode impactar com o custo da hora parada. Existe assim uma priorização 
da realização das etapas de maior volume de trabalho ou que exigem os itens mais 
custosos, para se analisar o custo da alavancagem.
Boa parte das tomadas de decisões assim, mesmo em obra, são tomadas a partir 
do planejamento financeiro, e até mesmo, para a resolução dos problemas que 
precisam de injeção de recursos financeiros. Se os gastos foram tomados alinhados 
ao cronograma financeiro, significa que houve um planejamento, e no caso contrário, 
é se os gastos foram tomados sem análise do mesmo, há grande probabilidade de 
que haja prejuízos financeiros.
Antes de falarmos sobre o cronograma físico-financeiro é importante tomarmos 
um o conceito de medição.
Nem sempre uma obra é feita com um sistema produtivo único, e por isto é comum 
um fenômeno que tem cada vez mais acontecendo que é a subcontratação de serviços, 
podendo ser das mais diversas modalidades, e por conta disto é interessante que 
haja a correlação entre o que foi empreitado, executado, no prazo e em que parte da 
evolução está, e de acordo com condições estabelecidas em contrato entender o que 
foi executado em relação o que falta executar. A depender dos marcos de medição 
colocados no contrato, procedemos com a “medição” do serviço executado, de forma 
documentada, para que o empreiteiro esteja pato a receber seja pelos materiais ou 
pelos serviços prestados tal como foram negociados na proporção executada.
E ai neste contexto entra a história de verificação e fiscalização que o profissional 
de engenharia deve desenvolver, e ainda gerenciar os contratos. Neste processo de 
gerenciamento dos contratos podem derivar tanto ações de pedidos de compras como 
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de venda, suplementação, complementação, comissionamento, descomissionamento, 
alocação, a depender da espécie do contrato.
É importantíssimo que haja um controle de medições e que o “saldo” do contrato 
sempre seja atualizado, podendo o gestor da obra fazer uso de planilhas e outros 
recursos computacionais que lhe auxiliem na gestão da informação, já que são múltiplas 
as variáveis influentes de tempo, de pessoas, de material entre outras.
O Cronograma físico financeiro é a simples junção do avanço físico da obra por 
meia da estrutura analítica de custos com estrutura analítica de projetos? Ate certo 
ponto sim, mas a função dele é mais do que medir o que foi provisionado com o que foi 
gasto até aquele momento. De fato, ele serve para o controle de custos e orçamento, 
por meio de uma observação prévia sempre ajuda na correta tomadas de decisões e 
alocação dos recursos, e permite rápidas ações de contorno se este for o caso.
Geralmente é feito de forma mais compacta, e considera as EAP juntamente com 
EAC, fazendo com que haja uma composição por grandes pacotes de trabalho ou 
fases mais cruciais em que o desembolso mostrou maior pelas curvas ABC. E com 
é importantíssimo que se leve em consideraçãoa somatória tanto de prazos como 
custos de cada um destes pacotes, e que isto seja “casado” com os prazos e custos 
de toda a obra. Desta junção teremos tanto o escopo como o custo associado.
É importantíssimo que a ideia de custo limite e data limite estejam compreendidas 
no cronograma físico financeiro, pois são termômetros de que as ações devem ser 
executadas considerando os mesmos, com recursos internos e externos, principalmente 
quanto há inserção de terceirizados ou subcontratações de produtos e serviços e 
esses valores não sejam ultrapassados e nem a produtividade diminua.
O cronograma-físico financeiro, geralmente é delegado à uma pessoa que tenha 
capacidade de negociação, e tomada de decisão, ao ponto de saber qual a melhor 
alternativa tomar, analisando se é necessário alongar o prazo ou utilizar menos recursos, 
ou até mesmo encurtar o prazo de uma fase em detrimento a outra para manter o 
ritmo da obra, e inserir mais insumos e mão de obra para agilizar etapas específicas, 
dado o cenário físico-financeiro que pode se apresentar.
Perceba a estreita relação entre o planejamento e a produção exigirá que a 
informação esteja de fácil acesso, logo plataformas de gerenciamento do cronograma 
físico financeiro sempre precisam esta a disposição, seja em nuvem, no computador 
ou no celular de todos os envolvidos. Neste aspecto a tecnologia é uma aliada para 
elaboração de um cronograma, e evita múltiplas fontes de informações. Existem no 
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mercado ferramentas virtuais de gestão de obras que auxiliam no cronograma físico-
financeiro.
ANOTE ISSO
Existem aplicativos no mercado, que já possuem estas funcionalidades, e que 
permitem a percepção das informações do cronograma físico-financeiro em tempo 
real, e são importantes na tomada de decisão, assim quando tiver oportunidade, já 
em atividade profissional pesquise sobre a possibilidade de adoção de uma delas, e 
veja qual adequa-se a sua prática profissional. Dentre elas podemos citar:
Software prevision;
Software evop;
Lean construction;
Sienge.
9.5 Licitações 
Um ponto que precisamos abordar quando trabalhamos com cronogramas são 
os requisitos necessários para elaboração de um cronograma físico-financeiro 
principalmente quando trabalhamos com licitação?
Se numa obra “paricular” podemos modelar segundo nossa conveniência, para 
obras publicas existe legislação específica para o direcionamento das atividades, em 
especial quanto a apresentação de documentos, orçamentos entre outros aspectos.
O artigo 40, inciso XIV da Lei Federal de n. 8.666/1993 – “Regulamenta o art. 37, 
inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da 
Administração Pública e dá outras providências, manifesta que existem limites de valor 
máximo para desembolso, por período levando em consideração a disponibilidade de 
recursos financeiros previstos no edital.
Além da modelagem orçamentária pelo uso das tabelas oficiais é necessário que 
também, e isto deve estar claro no edital, qual deve-se adotar, é crucial que se explicite 
também qual é o formato que deve ser apresentado, além de que deve constar segundo 
o legislador da licitação a responsabilidade de informar ao licitante qual será o valor 
do faturamento a considerar o escopo e prazos informados no edital, e forma que 
acontecerá estas medições.
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ISTO ESTÁ NA REDE
Quanto for participar de licitações é crucial que desenvolva a leitura Lei Federal 
de n. LEI Nº 14.133, DE 1º DE ABRIL DE 2021 Lei de Licitações e Contratos 
Administrativos. 
Basta acessar o link: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/
L14133.htm
Geralmente já feita uma EAP, ou na maioria das vezes já vem acompanhada no 
edital uma EAC preliminar, e na qual o “concorrente à licitação” deverá conseguir definir 
suas condições de fornecimento e preço lançando sua proposta de valor.
O cronograma físico-financeiro neste sentido servirá para mostrar para a 
Administração Pública se sua proposta se mostra vantajosa em relação aos demais 
concorrentes, e de como ela deverá ser respeitada até o final do contrato com a 
Administração Pública.
9.6 Cronograma Físico-Financeiro para investimento 
Quando empreendedor do mercado da construção civil, em inicio de carreira, 
geralmente a obtenção de recursos, por meio de instituições financeiras é ainda bem 
restrita, e com isto, caso preciso poderá fazer uso por exemplo do cronograma físico-
financeiro para angariar recursos em relação aos investidores. Já que pode por meio 
de Investimento Coletivo Imobiliário, desenvolver obras considerando sistema de 
condomínio ou associação. Assim há uma possibilidade de juntamente com outros 
estudos de viabilidade financeira mostrar um fluxo de caixa possível de acontecer de 
acordo com a evolução das obras, mostrando inclusive Rentabilidade do investimento 
imobiliário, prazo de aporte e o retorno e garantias de investimento.
Desta forma acredito que conseguimos fazer o direcionamento quanto aos tipos de 
cronogramas assim como suas usabilidades dentro da construção civil, e a depender 
das características das obras podemos fazer uso dos cronogramas em específicos 
para os objetivos que se deseja. O Fato é que os cronogramas assim auxiliam na 
execução entre programada e realmente executado, além do controle possível de 
oportunidades de melhorias e prevenção de riscos e prejuízos ao final do projeto. São 
com vimos instrumentos cruciais para participação de licitações em obras públicas 
e muitos bons para serem usados na argumentação com investidores.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm
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CAPÍTULO 10
DIAGRAMA DE REDES
Dentre as atividades que mostraram que nosso pensamento para obra está 
correto, talvez o diagrama de redes seja a prova real, de tudo que desenvolvemos até 
o momento? Mas por quê? 
Vimos até o presente momento as Etapas de uma obra, a relação entre Administração, 
Gestão e Gerenciamento de obras, conhecemos de maneira introdutória as Técnicas 
de planejamento, e agora estamos esmiuçando cada uma delas, já passamos pelo 
orçamento e pelos cronogramas de atividades e o físico financeiro, e agora iremos 
abordar os diagramas de redes! Que em tese fazer mais alguns estudos no orçamento 
e nos cronogramas, mas porque colocar o diagrama de redes antes de estudar as 
outras técnicas de planejamento. Pelo simples fato do diagrama de redes nos auxiliares 
de maneira substancial, e barata se os processos foram corretamente concebidos, 
e escute o que digo, normalmente voltamos para o orçamento e para o cronograma 
para ajustar depois de “croquisar os diagramas de redes”.
Não é desleixo falar que vamos riscar os diagramas de redes, e sim é uma maneira 
de introjetar a sistemática do sistema produtivo. O uso de um instrumento, junto com 
o desenho nos faz apropriar de informações que normalmente a tela do computador 
não nos ajuda.
Deste forma antes do canteiro tomar forma, faremos uma série de estudo para 
analisar se nosso processo produtivo pode dar certo, ainda quando estivermos no 
escritório, e entender todas as etapas ainda no papel, sem que haja dispêndio econômico 
efetivo na mobilização e desmobilização de recursos, e com isto montar o correto 
sequenciamento de atividades, e para isto adotaremos uma série de diagramas para 
compor as parte que integram o nosso sistema produtivo, e se necessário submeter 
as partes interessadas para melhoria, e com isto conseguirmos externalizar em obra 
da melhor maneira possível.
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ANOTE ISSO
As técnicas que utilizamos aqui, foramde maneira histórica, em especial no ramo da 
indústria, sempre utilizado para entender fluxos produtivos, e representou em especial 
a mudança de paradigmas, em especial para administração um meio de relacionar 
informações gerenciais de forma visual, sendo durante o século XX de amplo uso não 
somente para as indústrias de um modo geral, mas se mostrou muito aplicável na 
rotina diária da construção civil.
Hoje os profissionais da indústria da construção civil fazem uso principalmente das 
técnicas que são reconhecidas como:
Program Evaluation and Review Technique (PERT): Avaliação do Programa e Técnica 
de Revisão: como é característico deste método, ao ser desenvolvido é necessário ação 
revisional tanto da EAP como da EAC. A função deste é fazer previsões, com cenários 
Otimista (O), Pessimista (P), mais provável (MP.) considerando escala temporal.
Critical Path Method (CPM), ou Método do Caminho Crítico: tem por função entender 
quais são as possibilidades de ganhos e gargalos de produção, tem aplicação mais 
efetiva quanto ao ganho de tempo na obra e por conta disto é de mais visível resultado 
dada a sua aplicabilidade.
Quer saber mais acesse o link: https://www.hostgator.com.br/blog/metodologia-pert-o-
que-e-e-como-funciona/
O diagrama de precedências (MDP) é um diagrama “mais” limpo em que estabelece 
a correlação entre as atividades, tem a ideia de fluxo, mas sua análise para entender 
precedências, normalmente é feito num primeiro momento em relação ao COM e 
PERT, e depois a depender das análises exigirá um detalhamento melhor. Para muitos 
especialistas é conhecido esta fusão como NEOPERT.
É interessante que antes de qualquer atividade façamos uma tabela equivalente 
a esta na qual lista-se o conjunto de atividades e faça a correlação de antecedente, 
dependência assim como sua duração.
Atividade Descrição Dependência Duração 
A Preparação do terreno - 12
B Infraestrutura e superestrutura A 28
C Levantamento de alvenaria B 70
D Cobertura C 42
E Instalações hidráulicas C 28
F Instalações hidrossanitários E 35
G Levantamento de muros D 49
H Pintura externa E,G 63
I Instalações elétricas C 49
J Divisórias F,I 56
K Colocação de piso J 28
L Pintura interna J 35
M Acabamento externo H 14
N Acabamento interno K, L 42
Tabela 01: Sequenciamento de atividades, dependência e duração
Fonte: produzido pelo autor
https://www.hostgator.com.br/blog/metodologia-pert-o-que-e-e-como-funciona/
https://www.hostgator.com.br/blog/metodologia-pert-o-que-e-e-como-funciona/
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Aqui entenderemos como cada um deles funciona e em alguns momentos faremos 
menção aos conteúdos já estudados anteriormente:
10.1 Aspectos essenciais do diagrama de redes
A premissa básica de qualquer diagrama de redes é desenvolver um sequenciamento 
lógico-temporal dos elementos (que indicam os processos) e fazendo um estudo de 
início e fim e como eles se interrelacionam, isto não significa que seja linear, já que 
mais de um processo pode ser desenvolvido a partir de um antecessor a depender 
do estágio da obra.
Logo teremos de colocar junto com a folha que faremos o desenho a EAP e EAC, 
respectivamente estrutura analítica de projeto e estrutura analítica de custos, para 
que ao descrever os fluxos de atividades consigamos entender a inter a a intra relação 
entre eles.
Enquanto a EAP se direciona a visualização do todo, e de certo modo aglutina em 
grandes frentes de trabalho, a ideia do diagrama de redes é justamente, fazer o maior 
detalhamento como base na EAP, mas trabalhando relação de “antes” e “depois” e na 
qual é possível entender limitações de trabalho entre os processos, e conseguir ao 
mesmo tempo liberar outras frentes de trabalho, a depender da conclusão de uma fase 
anterior, ao mesmo tempo que identificar relações circulares e eventuais redundâncias 
entre as atividades. 
Pela sua simplicidade é de grande disseminação entre os profissionais, e possui 
diferentes formas de representação, dentre as mais comuns são: 
• Método da Atividade em Flechas (AoA)
• Método da Atividade em Nó (AoN)
Ambos trabalham de modo similar, mas faze usos de grafismos diferentes.
10.2 Os elementos e sua representação 
Os diagramas também podem receber o nome de diagramas de precedência e os 
elementos utilizados não são exclusivos para este tipo de representação. É importante 
salientar que em ambas as situações podemos nos direcionar para o desenvolvimento 
das técnicas como o Program Evaluation and Review Technique (PERT) e o Critical Path 
Method (CPM), ou Método do Caminho Crítico, o Diagrama de Precedências (MDP).
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10.2.1 Diagrama da Atividade em Setas (ou Flechas) ou AoA:
Este método tem sua construção considerando dependência do tipo término para o 
início e pode inclusive fazer com que alguns destes relacionamentos entre as etapas 
sejam “fantasmas” e as atividades são representadas por círculos (nós) para mostrar 
suas dependências.
Perceba que nesta representação temos a parte superior do círculo como sendo 
a etapa numerada por ordem, sendo sequencialmente numerada, na parte inferior 
colocaríamos um numeral que indicaria o início e o tempo de execução propriamente 
dita e no nome da atividade tal como representado abaixo. 
Figura 01 – representação básica AoA
Fonte: produzido pelo autor
Figura 02 – representação exemplo de uma AoA
Fonte: produzido pelo autor
10.2.2 Diagrama de Atividade no Nó ou AoN:
Sua representação é mais simplificada, já que considera as atividades dentro das 
caixas e o tempo de execução pode ser colocada sobre as setas, tendo o racional de 
principalmente estabelecer as dependências, e por isto é conhecido como diagrama 
de precedências.
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Figura 03: exemplo de representação de gráfico de diagrama de Nó ou AoN
Adaptado: https://robsoncamargo.com.br/blog/Diagrama-de-precedencia
Agora vamos ao estudo específico dos elementos e sua função dentro da organização 
das atividades.
10.3. Os elementos dos diagramas:
Estudaremos aqui de maneira bastante ampla todas as representações gráficas, 
assim com sua função nas representações.
10.3.1 Atividades fantasmas 
As atividades fantasmas são recursos para montagem de diagramas de redes, para 
representação de atividades que embora no cronograma apareça, possuem duração 
nula e consumo de recursos inexistente, como por exemplo algumas conferências, 
verificações, que embora influam na qualidade do serviço, não produzem o produto em 
si. Surge como forma de resolver problemas de representação e definir relacionamento 
lógicos. Seu uso acaba sendo exclusivo para o Diagrama da Atividade em Setas (ou 
Flechas) ou AoA e não utilizado para o Diagrama de Atividade no Nó ou AoN:
Figura 04: Representação de uma atividade fantasma
Fonte: produzido pelo autor
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Figura 05: tipos de diagrama de nós
Fonte: autor
10.3.2 Nó (evento):
Estabelece o elo entre as atividades interdependentes e representa a situação em 
que todas as atividades predecessoras estão completas e todas as sucessoras podem 
serem iniciadas.
10.3.3 Predecessora:
Uma atividade que primordialmente deve ser executada em relação a outra em sua 
dependência, e que deve ser colocada em ordem lógica em relação a outra colocada 
no cronograma. Uma atividade que várias predecessoras mostra a convergência de 
caminhos. Exemplo disto seria uma edificação vertical, que ao final para colocar a caixa 
d´água todos os sistemas estrutural, hidráulica e elétrica já deveriam estar prontos 
para que a caixa opere alimentando os sistemas de bombas e barrilhete.
10.3.4 Sucessora:
É a atividade, que conforme cronograma tem dependência lógica e vem depois de 
outra atividade, e pode a depender da condiçãode obra pode apresentar divergência 
de caminhos, e mais de uma atividade pode começar. Exemplo disto seria quando a 
estrutura estiver pronta, soltar sistemas de alvenaria, hidráulica e elétrica ao mesmo 
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tempo. É preciso tomar cuidado que atividades que apresentam divergência ou 
convergência, em eventuais atrasos merecem atenção, pois podem ser afetadas ou 
afetar várias atividades.
10.3.5 Duração:
Para todas as atividades como vimos temos, conforme cronograma estimar que 
uma atividade tem um começo e um fim, logo é a representação de um período, 
dotado de margem de segurança contra imprevistos. 
10.3.6 Folgas
Dentro deste quesito temos dois tipos de tempos a serem contabilizados, um sem 
atrasar as atividades sucessoras é chamada de folga livre, e a outra sem atrasar a data 
do projeto, que recebe o nome de folga total, e embora este conceito possa parecer 
pouco relevante, mas quando formos estudar mais sobre a técnica do caminho critico 
é normalmente a folga é o procedimento que utilizamos como margem de segurança 
para entender se teremos ganhos ou atrasos, inclusive com representação numeral 
seguido de (+) – positivo, se há ganho de tempo ou e (-) negativo, se há atrasos na 
folga livre, que consequentemente pode influir folga total positiva, igual a zero ou 
negativa na folga total.
Para melhor exemplificar, a folga positiva total é causada principalmente pelo 
acréscimo de tempo em uma ou mais etapas que somadas pode contribuir para a 
antecipação da entrega de um processo que conforme cronograma pode ter sido 
colocada, sem os ganhos eventuais, e com isto obtemos uma data de término mais 
cedo, pelo somatório dos ganhos no caminho de ida. A folga negativa total por sua vez 
pode ser decorrente de alguma restrição, em que o material pode não chegar a tempo 
ou etapa anterior pode ter algum imprevisto, logo o conjunto de “datas mais tarde” 
acontece e com isto altera a lógica da duração. Neste segundo caso é imprescindível 
que haja uma análise se não existe outros meios de “não perder tempo” ajustando os 
recursos da etapa que está influindo negativamente, de modo a acelerar o eventual 
atraso do cronograma.
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Neste sentido, tanto as folgas livres como a folga total são impactantes na entrega 
ao cliente e por este motivo é crucial uma observação em relação a data de entrega 
ao cliente.
10.3.6 Caminho crítico:
Dá-se o nome de caminho a ordem de realização das tarefas que determinam o 
sequenciamento ou direcionamento de uma ou mais atividades ao longo do processo, 
e junto ao mesmo é colocada uma escala de tempo, e a ideia desta investigação é 
buscar sempre a de menor tempo de duração possível. Ou também podemos buscar 
o caminho mais longo com menor folga total. Embora façamos uso de desenho, na 
verdade é a busca de uma avaliar temporal, que conjuntamente olhamos processo 
por processo.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O trabalho abaixo fez o estudo sobre o uso do método da técnica PERT / COM 
de forma a auxiliar na gestão de obras da construção civil, e demonstrou como 
um gestor de projeto pode calcular o tempo correto de execução pelo método do 
caminho crítico, além disto fez o uso de uma série de conceito que estudamos 
nesta unidade.
Basta acessar o link: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/13193/1/
metodopertcpmconstrucaocivil.pdf 
Para isto devemos ter as datas de início e termino acontecendo mais cedo ou de início 
e termino terminando mais tarde, e isto não necessariamente ligado ao cronograma do 
projeto, e a análise deve ser feita considerando o período de tempo dentro das quais 
as atividades poderiam ser executadas, e considerando a produtividade da equipe, 
mas aqui devemos ter em mente a relação lógica entre as etapas, buscar maneiras 
de se antecipar quando possível ao mesmo tempo de analisar quais esperas são 
necessárias, lógico analisando a questão de custos e recursos, sem que inviabilize 
etapas posteriores, entre outras restrições.
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/13193/1/metodopertcpmconstrucaocivil.pdf
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/13193/1/metodopertcpmconstrucaocivil.pdf
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Figura 06: Representação do caminho critico
Fonte: produzido pelo autor
Neste tipo de diagrama há mais algumas relações a serem estudadas;
10.3.6.1 Relações possíveis dentro do Caminho Crítico
O MDP toma em conjunto as relações de EAP e EAC a partir delas são montados 
os diagramas, e na medida que evolui poderá complementar os diagramas para 
desenvolver as análises necessárias e condiga com a realidade da obra, para isto é 
necessário entender os tipos de relacionamentos e dependências possíveis:
Os tipos de relacionamento mais comuns são:
• Término para Início
• Início para Início (II)
• Término para Término (TT)
• Início para Término (IT)
Além disto há alguns tipos de dependências que precisamos analisar 
• Dependência Obrigatória 
• Dependência Arbitrada
• Dependência Externa
• Dependência Interna
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ISTO ESTÁ NA REDE
O desenvolvimento do caminho crítico é uma técnica que usamos para entender 
oportunidades e pontos de melhoria do fluxo de trabalho, como a variável 
tempo é necessária que se tenho bons conhecimento do sistema produtivo, sua 
produtividade além do pleno domínio do que é o EAP e EAC da obra.
https://www.youtube.com/watch?v=CYEggS4fS-M&t=1424s
Agora vamos ao estudo de cada uma delas: 
Término para início – É a mais intuitiva entre os relacionamentos possível dentro da 
construção civil na qual uma etapa sucessora somente se inicia com a finalização de 
uma predecessora, a qual está dependente. Seu relacionamento é estabelecido pela 
lógica de que a sucessora não pode dar início sem que haja finalizada a predecessora. 
Exemplo seria a relação entre formas (predecessora) e concretagem (sucessora), ou 
estrutura (predecessora) e vedação (sucessora), a segunda não acontecerá sem que 
haja completado a primeira. 
Figura 07: término para início (TI)
Fonte: produzido pelo autor
Início para Início (II) – Seria o mesmo que dizer que duas atividades podem quase 
que concomitantemente iniciar ao mesmo tempo, sendo, porém, a segunda dependente 
da primeira, por exemplo não conseguiríamos fazer o nivelamento da argamassa da 
alvenaria sem que haja o taliscamento dela.
Figura 08: término para início (II)
Fonte: produzido pelo autor
Término para Término (TT) – é um relacionamento na qual uma atividade sucessora 
não pode terminar até que a predecessora tenha terminado. A relação vai acontecer se 
https://www.youtube.com/watch?v=CYEggS4fS-M&t=1424s
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se as atividades sucessoras somente cessarem quando igualmente houver cessados 
os recursos das predecessoras, ou que sua continuidade seja vinculada. Exemplo a 
pintura somente pode terminar se houver a regularização por primer ou massa corrida.
Figura 08: Término para Término (TT)
Fonte: produzido pelo autor
Início para Término (IT) – esta relação trata de um relacionamento lógico na qual 
a atividade sucessora não pode ser terminada até que a predecessora tenha sido 
iniciada. Não podemos fazer o teste de estanqueidade da tubulação antes que ela 
tenha efetivamente sido instalada.
Figura 09: Início para Término (TT)
Fonte: produzido pelo autor
Em relação ao tipo de dependências, podem ter ao menos quatro atributos, e 
subclassificação em obrigatórias e arbitradas:
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Os elementos de interação servem para “quebrar” a leitura e tornar o livro mais 
dinâmico. Por isso, inclua, no decorrer do capítulo, esses elementos, sempre que 
couber.Esse é, certamente, um dos mais importantes elementos. Inclua-o sempre que 
possível. Trata-se de um caso (case) da vida real, que exemplifique os argumentos 
que você apresentou em seu texto.
Há muitos casos organizacionais disponíveis na Internet que servirão para essa 
finalidade. Muitos livros também os trazem. Importante que, em todos os casos, as 
fontes sejam corretamente referenciadas. Esse elemento, de preferência, deverá ter, 
no máximo, 1000 caracteres. Não se esqueça de, SEMPRE, indicar a fonte!
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Em termos procedimentais agora é possível entender a relação que existe entre 
as análises desta natureza, para retorno ao EAP e ao EAC, pois certamente durante 
as análises é certo que tenha que fazer ajustes, pois a granulometria da informação, 
a forma como é tratada faz com que o profissional realmente mergulhe no dia-a-dia 
da obra e com isto encontro oportunidades de melhoria, gaps que não haviam sido 
identificados nas etapas anteriores.
Por isto, ao se fazer estes fluxos é necessário que o profissional tenha consciência 
da importância de se revisar os trabalhos anteriormente feitos, inclusive com revisão 
pormenorizada dos custos unitários, se for o caso, e revisitar todos os pontos que 
identificou falhas.
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CAPÍTULO 11
CURVA ABC
Você já deve estar se perguntando o motivo pelo qual alocamos este conteúdo 
após o diagrama de fluxo? Simples, uma vez que o diagrama de fluxo, faz com que 
o profissional mergulhe a fundo nos processos, e tente viabilizar ganhos produtivos, 
eventuais ajustes na EAP e EAC serão necessários.
Muito provavelmente esta nova verificação nas rotinas no sistema produtivo, refletirá 
em mudanças numéricas e nos valores de quantidade de insumos, profissionais 
envolvidos, e mesmo disponibilidade de material, assim com pode ter reflexo sobre 
seus respectivos valores e porcentagens, os quais influem na curva ABC. Deste modo 
para que o tempo despendido e o trabalho na curva ABC não seja em vão, é crucial 
que já tenhamos feita esta análise de fluxos de redes, antes de fazer a análise da 
curva de prioridades, como também é conhecida a curva ABC.
Você verá que a curva ABC é de crucial importância especialmente para a tomadas 
de decisão, pois ao mesmo tempo que elencaremos os itens de maior relevância, 
também estaremos correlacionados com os valores monetários que os envolvem, e 
quando falamos de dinheiro, isto pode determinar o sucesso ou insucesso da obra. Além 
disto a curva ABC tende a impactar no processo produtivo a medida que elencamos 
prioridades de investimento e alocação das frentes de trabalho, contratação de pessoal 
entre outros aspectos operacionais determinados em função dos valores e participação 
em %. 
11.1 O que é uma curva ABC
É uma ferramenta gerencial utilizada para classificação de informações, valores de 
itens de maior importância, valor e impacto e essencialmente ajuda a administrar os 
custos envolvidos em uma obra. 
O surgimento da mesma vem do estudo, como visto anteriormente do estudo Vilfredo 
Pareto, que percebeu que, ao estudar aspectos econômicos e sociais sobre renda e 
riqueza percebeu que grande 80% das causas eram decorrentes de 20% dos efeitos. 
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Pelo estudo Pareto chegou à conclusão que 20% da população detinha 80% da riqueza, 
no entanto seu teorema foi aplicado a outros contextos e áreas do conhecimento. 
ISTO ESTÁ NA REDE
No século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto descobriu que havia um padrão 
na distribuição da riqueza mundial: 20% das pessoas tinham 80% do dinheiro e 
vice-versa, o que ficou conhecido como Lei de Pareto. No fim do século XX, o autor 
Richard Koch em seu livro “O poder 80/20 Como aplicar as Leis da Natureza em 
sua vida e nos negócios” viu em suas pesquisas que o princípio 80/20 podia ser 
encontrado em quase todos os aspectos da vida moderna: em geral, 20% do que 
se faz produz 80% do resultado total (e 80% do que é feito pode não gerar tanto 
resultado). Neste clássico livro, lançado pela Editora Gutenberg em nova edição 
ampliada e atualizada, Koch ajuda a identificar quais são os 20% essenciais que 
vão criar os resultados significantes, para você obter mais de seu negócio e de sua 
própria vida, utilizando menos tempo, dinheiro, recursos e energia e conseguindo 
muito mais.
Para saber mais acesse o link: https://www.youtube.com/
watch?v=3VZDKi5W9fQ&t=258s
O princípio de Pareto como deve ter visto é amplamente usado em todos os 
aspectos da vida, da economia, das análises sociais e antropológicas, mas o que mais 
interessa para a engenharia é sua capacidade de classificação estatística para análise 
de materiais, e para isto já temos que estar com as quantidades e os respectivos 
valores lançados para que consigamos fazer esta análise já nos direcionando para a 
tomadas de decisão que antecedem o lançamento de uma obra.
A curva ABC, não é exclusivamente para uso em materiais, ela pode nos auxiliares, 
por exemplo, nas em diversas análises, a partir de banco de dados de informações 
dos clientes, nas promoções desenvolvidas e clientes convertidos, nas relações de 
volume de compras e o uso, e mesmo no entendimento de quais itens apresentam 
mais relação de retorno em termos de lucratividade.
No ramo da construção civil, a curva ABC tem mais associação na administração 
dos estoques, e inclusive é possível fazer o acompanhamento das necessidades de 
aquisição de materiais, matérias primas e contratos que devem ser priorizados.
Dentre os efeitos imediatos que podemos observação é expressiva redução de custos, 
pois ela aglutina os itens de maior valor, ou os que apresentam maior significância 
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dentro do processo produtivo, e com isto permite trabalhar melhor nas negociações 
com fornecedores. Além disto tem grande utilização na avaliação de resultados e no 
giro de itens no estoque, o que ajuda na lucratividade e faturamento da empresa.
11.1.1 - Mas existem benefícios?
Os benefícios diretos são direcionados a dedicação dos recursos no processo 
produtivo, e em especial em pontos como a melhora da lucratividade, pela gestão de 
custos e uso efetivo do dinheiro da empresa, mas podemos resumir nos seguintes 
aspectos:
Quadro -1: Benefícios da curva ABC
Fonte: produzido pelo autor
Existe uma estreita correlação nível de alavancagem financeira em uma empresa da 
construção civil, e isto significa de certo modo a gestão de riscos, e a curva ABC pode 
auxiliar nisto. Geralmente nas fases iniciais de uma obra, ainda não houve evolução 
significativa de vendas das unidades, e o dinheiro que entra, de eventuais vendas, 
precisam ter a alocação em itens de maior significância e impactantes em termos 
de processo produtivo em relação ao que entrou de dinheiro.
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11.2 Quais parâmetros devem ser observados para a curva ABC
Essencialmente para efeito de análise de prioridades devemos ser capazes de 
desenvolver uma análise a partir de três grandes grupos, e para isso, pegamos a 
última versão do EAC – orçamento final, quando a composição de custos unitários e 
global já estão com seu valor final revisado. 
A partir disto podemos adotar ao menos dois critérios:
1. Classificação de importância no processo construtivo;
2. Classificação pela volumetria e valor;
É mais comum nas empresas adotarem este segundo, pois em parte a grande parte 
dos itens, quantificados e dotados de seus valores unitários, já permitem a distinção 
em termos de porcentagem do valor em relação ao valor total. Uma vez obtida os 
valores parciais pela multiplicação dos quantitativos com os valores unitários,longo de como evoluirá 
a disponibilidade de mão de obra, mas também pode ser motivo para analisar aceleração 
ou desaceleração econômica.
Toda obra exige logicamente um levantamento de custos, que veremos mais adiante, 
mas podemos fazer uso do Custo Unitário da Construção – CUB – é uma metodologia 
que se amparada na NBR 12721:2006 – e que por meio de uma série de projetos 
modelos, faz-se a busca de preços unitários de diversos itens relacionados a estes 
projetos modelos, e compilados por região, o que auxilia bastante os empreendedores 
locais. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O Custo Unitário Básico de Construção (CUB), é um interessante indicador de 
custos no setor da construção calculado e divulgado pelos Sinduscons estaduais, 
sua regência é pela Lei Federal 4.591/64 e tem Amparo normativo quanto 
à metodologia NBR 12721:2006. O CUB Brasil é uma média ponderada dos 
indicadores de alguns dos principais estados da federação. Este tópico contém 
informações sobre a evolução do CUB Brasil e dos estados que o compõem.
Para isto acesse o link: http://www.cbicdados.com.br/menu/custo-da-construcao/
cub-medio-brasil-custo-unitario-basico-de-construcao-por-m2
O INCC é Índice Nacional de Custo de Construção, mas ele não é igual ao CUB? Ele 
se diferencia do CUB quanto a metodologia e função, ele é produzido pela Fundação 
Getúlio Vargas, e toma o custo dos insumos utilizados nas construções habitacionais 
e é muito utilizado para reajustar as parcelas dos contratos de compras de imóveis 
principalmente, usado durante a evolução a construção e leva em consideração o 
custo de materiais, equipamentos, serviços, mão de obra e tecnologias subdividido 
em três grupos: estruturais, instalações e acabamentos. tomando por base o mercado 
de sete capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, 
Porto Alegre e Brasília.
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ANOTE ISSO
É importante que se diferencie CUB e INCC!
Embora pareçam muito próximos em relação à natureza das informações 
levantadas, como insumos, materiais, mão de obra entre outras, a metodologia, 
a instituição responsável, e o fim que se destina são diferentes. O CUB tem por 
natureza ser usado como base comparativa para o início do desenvolvimento 
do orçamento, e pode ao longo deste pode ser usado como balizamento para o 
orçamento, sem necessariamente chegar aos mesmos valores.
O INCC por sua vez é desenvolvido pelo levantamento dos mesmos itens, porém 
tem observação aos índices inflacionários insumos, materiais, mão de obra entre 
outras, e com isto é usado como base de referência como base de correção a 
financiamentos influindo sobre as taxas que incidem sobre o saldo devedor.
Na prática, normalmente os bancos utilizam o preço de venda considerando o preço 
do orçamento e lucro para venda, e aplicam o INCC sobre o período da construção já 
que pode haver variação ao longo do desenvolvimento da obra sobre o saldo devedor 
de um eventual financiamento.
A SINAPI é a sigla para Sistema Nacional de Pesquisa e Custos e Índices da 
construção civil, e tem função de apoio o desenvolvimento de orçamento de obras, 
principalmente relacionado a obras públicas, e o banco de dados é desenvolvida pela 
Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, que informa os custos e índices, insumos, 
composições de serviços e orçamentos de referência da construção civil no Brasil. 
Sua atualização é mensal e toma por base o custo do metro quadrado na construção 
civil, considerando materiais, equipamentos e mão de obra.
A questão da alavancagem econômica, a relação com o PIB, sempre estiveram 
presentes em vários momentos e foram motivos de diversos governos usarem como 
bandeira para o desenvolvimento.
Como vimos existem uma série de indicadores que podem nos apoiar na análise 
de contexto do mercado e evolução da economia, e esta série de indicadores podem 
apoiar nas tomadas de decisão na hora do construtor tirar o projeto no papel, e não 
podem deixar de ser consultados principalmente na fase do projeto e do orçamento.
Como vimos, percebe-se que são diversos os agentes que observam o mercado da 
construção como os Sinduscon(s), a FGV, a Caixa Econômica, mas um dos principais 
que podemos ter por referência é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) e que é responsável por buscar informações estruturais básicas do segmento 
da construção no Brasil e da atividade econômica deste, e toma por base a empresa 
formalmente constituída, registradas pelo CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica, e parte destes dados estão contidos na base de dados da Receita Federal.
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ISTO ESTÁ NA REDE
É que desenvolva uma navegação do site do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), e perceberá que boa parte dos indicadores relatados 
anteriormente são disponibilizado mensalmente de maneira fácil e facilitada, como 
por exemplo: Indicadores Econômicos, indicadores sociais entre outros indicadores 
entre outros que são importantes para a nossa atividade profissional 
Para isto basta acessar o link: https://www.ibge.gov.br/indicadores.html
A investigação da série da Pesquisa Indústria da Construção -PAIC inicia-se nos anos 
90, mas efetivamente é implantado em 1996, como Modernização das Estatísticas 
Econômicas, e direciona-se para possibilidade de análise comparativa que permite novo 
modelo de produção das estatísticas industriais, comerciais e serviços considerando 
amostra intencional, de todas as empresas com 40 ou mais pessoas ocupadas.
No novo modelo, os censos acontecem de forma anual Sua abrangência geográfica 
é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da 
Federação, com base amostral, e leva em consideração a Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas – CNAE. Hoje este sistema permite que empresas classificadas 
na seção F, que compreende Construção de edifícios, Obras de infraestrutura e Serviços 
especializados para construção.
Nestes levantamentos acabam sendo levantadas informações acerca da receita 
bruta e líquida, valor das incorporações, obras, serviços da construção, pessoal ocupado, 
gastos com mão de obra, custos e despesas, além de aquisições e baixa de ativos 
imobilizados.
Outra importante fonte é fonte de informações da correlação entre atividade 
econômica, participação na empregabilidade, é a Câmara Brasileira da Indústria da 
Construção (CBIC), na qual podemos obter:
• Emprego
• financiamento habitacional
• mercado imobiliário
• custo da construção
• consumo, produção e valores de materiais de construção
• déficit habitacional
• indicadores econômicos gerais
• empresas de construção
• estudos específicos da construção civil
• sondagem da construção
Quadro 01 – tipos de informações acessíveis pelo CBIC
Fonte: Adaptado de CBIC
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
http://www.cbicdados.com.br/menu/emprego
http://www.cbicdados.com.br/menu/financiamento-habitacional
http://www.cbicdados.com.br/menu/mercado-imobiliario
http://www.cbicdados.com.br/menu/custo-da-construcao
http://www.cbicdados.com.br/menu/materiais-de-construcao
http://www.cbicdados.com.br/menu/deficit-habitacional
http://www.cbicdados.com.br/menu/indicadores-economicos-gerais
http://www.cbicdados.com.br/menu/empresas-de-construcao
http://www.cbicdados.com.br/menu/estudos-especificos-da-construcao-civil
http://www.cbicdados.com.br/menu/sondagem-da-construcao
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A título de informação, conseguimos informação do seguinte gênero:
Título: comparação e setores econômicos do brasil e suas respectivas taxadevemos 
proceder com uma classificação dos valores totais de cada item, geralmente feito 
por uma planilha, de modo que os valores parciais de maior significância, estejam 
hierarquicamente dispostos do maior para o menor. 
É comum fazer depois desta classificação dois tipos de cálculos por porcentagem, 
o primeiro considerando o que cada item representa em relação ao valor total, e o 
segundo, este sim, considerará a classificação que comentamos a pouco, porém 
será desenvolvido um cálculo das porcentagens acumuladas, situação esta que dará 
origem a nossa curva ABC.
Embora tenhamos possibilidade de fazer outros tipos de análises, como a quantidade 
de insumos “demanda x consumo” mais relevantes (pouco usual), para a construção 
civil a mais usual é a abordagem dos itens pelo percentual acumulado ou Percentual 
de representação. O quadro a seguir 
Categoria Demanda x consumo Percentual de representação Como classificar 
Categoria A:
Itens que possuem um 
valor de demanda ou 
consumo alto
20% dos produtos ou serviços contratados 
correspondem a 80% do estoque ou da 
evolução da obra;
Até 20% da porcentagem 
acumulada se enquadram nesta 
classificação.
Categoria B:
Itens que possuem um 
valor de demanda ou 
consumo intermediário;
30% dos produtos ou serviços contratados 
correspondem a 15% do estoque ou da 
evolução da obra;
Até 50% da porcentagem 
acumulada se enquadram nesta 
classificação.
Categoria C:
Itens que possuem um 
valor de demanda ou 
consumo baixo.
50% dos produtos ou serviços contratados 
correspondem a correspondem a 5% do 
estoque ou da evolução da obra;
Até 100% da porcentagem 
acumulada se enquadram nesta 
classificação.
Tabela 01: Classificação curva ABC
Fonte: autor
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11.1.2 - Como construir uma curva ABC?
Podemos construir a Curva ABC por meio de softwares especializados, os que 
já são pagos já possuem funcionalidades par isto, mas para melhor entendimento 
dos procedimentos de construção da curva ABC, é interessante que de início, tente 
construir a mesma por meio de planilha, e a formatação de uma tabela deve conter 
no mínimo as seguintes colunas: 
• Descrição: refere-se ao insumo ou material que será utilizado na obra.
• Unidade: indica a unidade de medida.
• Quantidade requirida: quantos materiais serão efetivamente utilizados, e devem 
ser expressos em numerais.
• Preço unitário do ítem: compreende o valor praticado de cada item individualmente. 
• Valor total do item: deriva da multiplicação entre os valores unitários e quantidade 
requerida. 
• % de Participação em relação ao valor total: é relação do valor total do item 
em relação ao valor total da obra, e é representado pelo quociente entre o valor 
do item e valor da obra. (valor do item/valor da obra).
• % Acumulada: sua obtenção, para fins da curva ABC, somente pode acontecer 
com pré-classificação dos itens por ondem de importância do maior para o 
menor na coluna de % de Participação em relação ao valor total, e para isto 
existe as funcionalidades de classificação, nos aplicativos de planilha. O que 
nos interessa para efeito de classificação devemos considerar os seguintes 
racionais de porcentagem nesta coluna:
Acumulado até 20% A
Acumulado até 50% B
Acumulado até 100% C
Tabela 02: acumulados e classificação
Fonte: produzido pelo autor 
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ANOTE ISSO
A curva ABC é assim um método para se achar as prioridades, que no nosso caso 
está associado ao processo produtivo na construção civil, e as considerações de 
descrições, quantidades, valores unitários e valores totais do item são essenciais 
para entendimento do grau de importância em relação ao processo, mas a curva 
ABC estabelece prioridades a partir do valor “maior” para o valor “menor”, tendo os 
valores parciais de cada item, mas não necessariamente estão associados aos 
mesmos processos construtivos, logo o detalhamento das demais informações, 
pode as vezes influir no processo decisório, para fins de alocar, um ou outro item 
ou processo de modo a direcionar melhor o processo produtivo, lógico cabe a 
experiência do profissional, naquele contexto é mais interessante considerar, como 
vimos:
1. Classificação de importância no processo construtivo;
2. Classificação pela volumetria e valor;
A adoção de ambos os critérios, não é recomendável, e pode se tornar por demais 
oneroso, ao profissional, na tomada de decisão considerando, ambas as variáveis. 
O mais usual é considerar a volumetria e valor, considerando sua porcentagem de 
impacto financeiro, pois em teoria, pelo próprio Pareto, isto tem relação que 80% 
dos efeitos advêm de 20% das causas o que nos leva a pensar, quem mesmo não 
tendo uma classificação por processo produtivo ele já colocará o itens de maior 
importância considerando de modo “indireto” itens dos processos produtivos mais 
relevantes. 
• Itens com acumulado até 20%: classificação A
• Itens com acumulado até 50%: classificação B
• Itens com acumulado até 100%: classificação C
O Exemplo a seguir é muito interessante pois faz uso de uma planilha dinâmica e 
com isto a geração do gráfico. 
“Gráfico Curva ABC no Excel com Tabela Dinâmica”
Basta acessar o link: https://www.youtube.com/watch?v=riW--Y0BT8k
Vamos ao processo de construção do que seria uma planilha para o desenvolvimento 
da curva ABC. Conforme descrevemos é muito importante que consideremos o seguinte 
“cabeçalho”:
Figura 01: cabeçalho
Fonte: autor
https://www.youtube.com/watch?v=riW--Y0BT8k
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O racional inicial da planilha, contidas na numeração de 1 a 6, geralmente deriva 
diretamente a da planilha orçamentária final, logo podemos fazer uso dos dados já 
obtidos sem novamente digitá-los novamente. Partindo pressuposto que já fez a coleta 
de dados diretamente no EAC – planilha de custos, direcionaremos nossos esforços 
para a composição das colunas 7, 8 e 9 que darão origem a nossa curva ABC.
Figura 02: Itens da planilha de orçamento e curva ABC
Fonte: autor
Quando desenvolvemos a abordagem do orçamento, um dos produtos essenciais 
requeridos é o valor total, é por meio dele que estabelecemos a participação de cada 
item em relação ao total. 
A coluna 6 nos dará o valor total parcial de cada item, é comum nesta fase já 
identificarmos quais são os itens mais relevantes, mas é com o cálculo de sua 
porcentagem em relação ao geral (coluna 7) que efetivamente tomamos a conclusão 
de quanto cada item representa em relação ao geral. Assim para a composição da 
coluna de participação devemos em cada item (coluna 7):
Quadro 2: % de participação do item
Fonte: autor
É prudente que agora consideremos para fins de análise tanto os valores totais parciais 
e sua respectiva porcentagem, em relação ao valor total da obra, conforme fórmula 
anteriormente colocada (1). Perceba que o número resultante pode ser é fracionário, 
quando dividimos dois números inteiros, e por conta disto sempre precisamos colocar 
em base de porcentagem, por isto multiplicado por 100. 
É comum que ainda no entendimento entre os valores dos itens e os valores em 
porcentagem, nos indiquem quais são de maior relevância, mas para fins de cálculo 
da curva ABC levamos em consideração os valores em porcentagem, e neste sentido 
é necessário que consideremos a inclusão de ao menos duas casas decimais, após 
a vírgula. O principal motivo disto é considerar a granularidade das informações, 
principalmente quanto a planilha possui muitas informações com muitos itens. A título 
de exemplificação condensamos um pouco os itens em macro sistemas, mas quando 
desenvolvemos um orçamento o nível detalhamento é bem maior. O lançamento das 
informações é hipotético, apenas que compreenda a relação do que analisar e como 
analisar. Suponhamos que todos os itens têm igual quantidade e igualvalor.
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Figura 03: Montando um planilha ABC
Fonte: autor
Note que a planilha colocada acima com valores hipotéticos é somente a título de 
representação de como observação a planilha preparatória para a curva ABC, pois 
sabemos que processos de fundação, estrutura, e vedação são itens bem representativos 
no processo construtivo. 
Deste modo podemos direcionar valores de maiores representatividades para estes
Figura 04: exemplificando construção da planilha 01
Fonte: autor
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Mudando os valores e considerando as porcentagens em relação ao valor total da 
obra teríamos:
Figura 05: exemplificando construção da planilha 02 
Fonte: autor
A questão é que para entendermos a curva ABC deveríamos assim considerar 
os valores acumulados e por isto necessária inserção de mais uma coluna, com os 
valores acumulados.
Figura 06: exemplificando construção da planilha 03
Fonte: autor
Olhando isoladamente para a coluna 7 chegaríamos a esta conclusão de que 
fundação, estrutura e vedação seriam os itens de maior relevância, simplesmente pelo 
seu valor individual e porcentagens em relação ao total, mas precisamos antes fazer 
uma classificação desta coluna, por ordem de prioridade. Como temos os mesmos 
valores em termos de porcentagem e valor total do item não haveria alteração.
Agora note que se por um acaso chegássemos à conclusão de que a estrutura 
fosse o item de valor total em dobro, perceba como a planilha mudaria e a relação 
de participação na coluna 7 mudaria.
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Figura 07: exemplificando construção da planilha 04
Fonte: autor
Tomando por referência a coluna 7 desenvolveríamos uma nova classificação 
considerando os percentuais desta coluna, do maior para o menor e teríamos a seguinte 
condição:
Figura 08: exemplificando construção da planilha 05
Fonte: autor
Acabou então, poderíamos chegar à conclusão de que a estrutura seria o item de 
maior relevância? Calma! Ainda não, precisaríamos agora entender como se dá as 
relações em relação ao acumulado:
Quadro 3: % de participação do item
Fonte: autor
Dentro do racional apresentado anteriormente, nota-se que sempre a primeira 
linha o acumulado (coluna 8) seria igual ao valor da participação (coluna 7) porém 
ao olhamos para a segunda linha note que o valor do percentual da primeira linha 
soma-se ao percentual da segunda linha (logo 23,88%+11,94% = 35,82%) algo e assim 
sucessivamente.
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Figura 09: exemplificando construção da planilha 06
Fonte: autor
É com base neste acumulado que devemos enquadrar nos critérios da curva ABC, 
logo retomemos como sendo:
a. Itens com acumulado até 20%: classificação A
b. Itens com acumulado até 50%: classificação B
c. Itens com acumulado até 100%: classificação C
De cara perceberíamos que somente não teríamos porcentagens até 20 % algo, 
e sim somente enquadradas até 50%, o que nos levaria à seguinte conclusão que 
teríamos classificação B e C.
Figura 10: exemplificando construção da planilha 07
Fonte: autor
A sequência aqui proposta embora conceitualmente bem colocada não nos levou a 
uma conclusão factível com a curva ABC. Que é fazer as três classificações. Analise 
a planilha abaixo e faça uma comparação.
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Figura 11: exemplificando construção da planilha 08
Fonte: autor
Perceba que os valores unitários foram mudados de forma decrescente e com isto 
alteramos as respectivas porcentagens individuais e com isto também a condição 
dos acumulados, fazendo com que a estrutura ainda permanecesse como item mais 
relevante, mas que considerando valor global da obra, ela se enquadrou dentre os 
critérios dos 20% da curva ABC, o que mostra que, os itens de valores mais significativos 
tendem pelo contexto global estar na condição de itens mais impactantes em termo 
de processo. Olhe o exemplo abaixo, em uma alteração, também aleatória dos valores 
e mais uma vez o item de maior valor individual e com porcentagem participativa 
abaixo de 20% tende a ser classificado como A:
Figura 12: exemplificando construção da planilha 08
Fonte: autor
Agora voltando àquela uniformidade de valores podemos confirmar esta condição, 
em que todos os itens que cumulativamente se enquadram abaixo de 20% ficariam 
classificados como A, os itens que cumulativamente ficassem até 50% estariam 
classificados como “B” e os itens até 100% ficariam classificados com “C”.
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Figura 13: exemplificando construção da planilha 09
Fonte: autor
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
É muito interessante que com evolução do seu conhecimento faça uso 
de procedimento automatizados como pode ser o uso do Excel, para o 
desenvolvimento da curva ABC, pois é através desta evolução que conseguimos 
insumos mais rápidos para nossa tomada de decisão.
O vídeo abaixo mostra todo o processo de automatização de uma curva ABC por 
Excel inclusive com algumas funcionalidades.
Para isto acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=cn8yjrEl_tI
Perceba que a curva ABC deriva do detalhe de informações como os de uma 
análise conjunto dos totais dos preços unitários de cada item em conjunto com a 
suas porcentagens, porém é determinante que nesta condição haja uma primeira 
classificação para depois proceder com a análise dos acumulados e com isto direcionar 
corretamente para análise de uma curva ABC.
Sendo assim quanto mais a empresa tiver de informação em relação a outros 
processos produtivos anteriores mais refinado será o processo do orçamento, mas tem 
influência sobre o processo de análise da curva ABC e mais efetivo será o resultado. 
O fato é que não podemos cometer o erro aqui de lhe indicar quais são os materiais 
de maior valor ou de maior consumo, pois isto pode variar de obra para obra, de 
empresa para empresa, o interessante é que sempre seja feita uma análise comparativa 
antes e depois, relacionando o que efetivado como compra e um check póstumo, para 
ver se se confirmou os itens de relevância e valor realmente impactaram em ganhos 
efetivos tanto financeiros como de produtividade.
https://www.youtube.com/watch?v=cn8yjrEl_tI
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CAPÍTULO 12
PLANOS GLOBAIS 
E SETORIAIS
Quando falamos de construção civil no atual estágio da economia, das exigências 
mercadológicas, precisamos direcionar as ações de planejamento da obra, e da 
própria obra, alinhadas discussões que são propostas para atender as necessidades 
da sociedade.
A abordagem de tais temáticas não é mais uma questão de discurso, e sim uma 
necessidade, ainda mais em um país como o Brasil que se acostumou a uma indústria 
pouco eficiente e famosa por desperdícios de tudo quanto é natureza, mesmo de 
grande representação para o PIB. 
12.1 Temática e os planos globais e setoriais na construção civil
Existe um conjunto de temáticas dentro do atual estágio da construção que precisam 
ser observados, pois são influentes sobre os processos de elaboração do projeto, tem 
influências sobre as técnicas orçamentárias e influem na evolução dos trabalhos em 
obra, principalmente sobre aspectos da sustentabilidade ambiental e social.
12.1.1 Norma de desempenho
Vive-se um momento na construção civil na qual temos a Norma de desempenho 
ABNT/NBR 15575/2013, conhecida como Norma de Desempenho das Edificações 
Habitacionais, está dentre as principais, desde o seu lançamento ao mercado, é tida 
com um certo status de “código de defesa do consumidor”, porém direcionadas à 
construção civil, em especialpara projetos habitacionais. Ela tem sido muito citada 
em discussões judiciais, logo é referência de jurisprudência, e por conta disto, muitos 
litígios (discussões jurídicas) a tem tomado como tendo força de lei, principalmente 
quando seus parâmetros não são observados.
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12.1.2 Certificações ambientais e o ciclo de vida dos edifícios.
Vivemos momentos em que a sustentabilidade deixa de ser apenas um discurso 
para se tornar uma realidade, na gestão dos resíduos da construção, na escolha de 
materiais de ciclo de vida adaptados às questões ecológicas, na busca de estratégias 
de conforto ambiental e energia renováveis. Aspectos inovativos da gestão da edificação 
e do ciclo de vida deste para mitigar os próprios impactos ambientais estão cada vez 
mais na ordem do dia quando falamos de selos ambientais. Destaca-se no Brasil, 
o “Programa Brasileiro de Etiquetagem” (PBE), com função essencial para verificar 
que os produtos e serviços estejam adequados à regulamentação de desempenho 
estabelecidos para eles conforme regulamentação técnica específica.
Sim que é aquela etiqueta quando você chega em loja de departamento logo visualiza 
disposta nos eletrodomésticos. E Isto também existe para as edificações, não poderia 
ser diferente principalmente em momentos em que há cuidado quanto a eficiência 
energética e a discussão da sustentabilidade. No entanto, existem critérios a serem 
observados para que o edifício receba este selo. A etiqueta que identifica a eficiência 
neste quesito denomina-se ENCE – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia.
A GBCBRASIL (2011) em escala mundial, temos o consumo de 36% da energia 
global destinado a edificações ao mesmo tempo que representa 38% das emissões 
de carbono relacionados à energia. Se cada país fizer o seu papel, em relação a este 
tipo de etiquetagem e ela consiga atingir os objetivos, é possível que posturas em 
nas escalas locais reflitam sobre estes valores globais. O PBE edifica tem por objetivo 
trabalhar ou reduzir este consumo e esta geração na realidade Brasileira.
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Boa parte de nossa rotina diária, 90% do tempo que despendemos para estas rotinas 
passamos dentro de ambientes construídos, e 10% em deslocamentos e outras atividades. 
O que faz sentido termos certa preocupação em relação ao gasto energético, mas também 
o cuidado a todo ciclo de produção da edificação, como por exemplo a geração de CO2, 
resíduos, intervenção no meio, e todos os impactos que derivam do uso da edificação. 
ESTÁ NA REDE
Esta reportagem mostra a relação entre construção e emissão de poluentes, e 
é interessante para mostrar a relevância de desenvolvimento de uma postura 
sustentável mesmo na hora do desenvolvimento da obra e seu planejamento:
Para ler acesse o link:
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/
emissoes-do-setor-de-construcao-civil-atingiram
Logo atuar no processo de projeto, orçamento e planejamento é possível o 
direcionamento que a edificação a estas certificações, observando os requisitos de 
possíveis impactos ao meio ambiente, é também, em tese, meio de prover a edificação 
a qualificação para o selo, além do bem-estar dos usuários da edificação, mas também 
da sociedade, já que indiretamente estamos ajudando a preservação da natureza. 
A Certificação assim quantifica em porcentagem os seguintes sistemas: 30% para 
Envoltória (fachadas e Coberturas), 30% iluminação e 40% condicionamento de ar, 
conforme figura abaixo.
Adaptado de Raoli e Gonçalves (2022)
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/emissoes-do-setor-de-construcao-civil-atingiram
https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/emissoes-do-setor-de-construcao-civil-atingiram
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ANOTE ISSO
Outras certificações no âmbito internacional e algumas no âmbito nacional, tomam 
por base todo o ciclo de evolução da construção civil, e boa parte dos pontos 
analisados derivam de fases antecedentes da obra. Podemos destacar:
1. BREEAM®;
2. LEED®;
3. Referencial GBC Brasil Casa®;
4. AQUA-HQE;
5. Selo Azul Caixa. 
Se quiser conhecer mais sobre: https://ca-2.com/como-escolher-a-certificacao-
ambiental/
Mas o que isto tem a ver com a gestão do projeto e com o planejamento da obra? 
Muito a ver, na medida que a introjeção de tais conceitos na prática profissional 
nos momentos que antecedem a obra são de crucial importância para tomadas de 
decisão, as quais influem no projeto, no planejamento da obra e na forma com qual 
gerimos os processos produtivos, e alinhamento e aderência ao que seria os anseios 
da sociedade em relação a sustentabilidade.
12.1.3 Pré-fabricação, construção modular, BIM - Building information modeling.
Falamos do desenvolvimento de processos produtivos mais eficientes, mais 
engajados na questão da sustentabilidade, mas isto não pode ser pensado sem que 
haja meios de se agregar valor à construção civil. Vivemos momento que a produção 
na construção civil precisa ser mais eficiente, seja pela adoção de processo produtivos 
baseado na pré-fabricação ou construção modular, e o BIM, (Building Information 
Modeling - Modelagem de informações de construção) veio neste sentido de dar duplo 
ganho, de compatibilização e de tempo, especialmente em obra, já que a edifício já 
nasce compatibilizado e inclusive com a junção das informações de projeto e orçamento 
alinhados.
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O Building Information Modeling (BIM), em português, Modelagem da Informação da 
Construção, mais do que uma ferramenta é um novo conceito da metodologia de 
de desenvolvimento de projeto para a construção civil. 
Para saber mais: https://www.sienge.com.br/blog/voce-sabe-o-que-e-bim-entenda-o-
conceito-e-suas-aplicacoes/
12.1.4 Construção Enxuta / Lean Construction
Outro tópico que vem ganhando destaque dada a sua capacidade, como filosofia 
de trabalho é a construção enxuta, que vem ganhando destaque especialmente por 
agregar valor justamente atuando onde o Brasil é campeão, na gestão de desperdícios. 
Como futuro profissional de engenharia precisará olhar agora com uma visão para 
os sistemas produtivos da construção com visão de sempre primar para redução 
de desperdícios produtivo tais como recursos, mão de obra, tempo, sim tempo, pois 
como veremos mais adiante é uma importante variável a se considerar pelo sistema 
Lean Construction, que aportuguesamos para Construção Enxuta.
Produção Enxuta (Lean Production) deriva do Sistema Toyota de Produção (STP), 
e segundo WOMACK; JONES; ROOS, (1991) “A máquina que mudou o mundo”, e tudo 
isto foi motivado pelo fim da II Grande Guerra, na qual o Japão destruído em todos os 
aspectos: cidades, fábricas, portos e suas indústrias sem a insumos, maquinários, e 
mão de obra suficiente para desenvolver uma capacidade produtiva suficientemente 
boa para fazer frente à concorrência internacional.
Nesta mesma época os Estados Unidos produziam 9 vezes mais carros que o 
Japão, e buscando meios de novamente organizar o sistema produtivo, o STP vai achar 
maneiras de enxugar tarefas e otimizar o tempo de modo a fazer frente à produção 
internacional. Tais conceitos foram aplicados nos mais diversos tipos de indústrias, 
mas um autor denominado Koskela (1992) fará um estudo mais aprofundado do STP 
e estudando seus princípios direciona para tais conceitos para aplicação prática na 
construção civil.
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O presente artigo tem como objetivo analisar a evolução dos modelos e técnicas 
de planejamento e controle de obras civis e faz uso deestudos de casos na 
construção de edificações verticais no Estado do Rio de Janeiro. Apresenta uma 
revisão das principais metodologias e técnicas de planejamento e controle de obras 
de edificações por meio de casos múltiplos com a finalidade de identificar como as 
empresas construtoras, no Estado do Rio de Janeiro, têm gerido seus processos 
de planejamento e controle de obras. Tem relação com nossos estudo a medida 
que toma por exemplo quatro empresas privadas de grande porte certificadas pelo 
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Hábitat (PBQP-H) Nível A
Para ler o artigo acesse o link: https://www.scielo.br/j/gp/a/
c6TYKdKRG9ZdKvC8ZrSz9YR/?lang=pt&format=pdf
Para a construção civil os princípios e conceitos da Lean Construction serão de 
especial valor pois ataca exatamente nos pontos e mitiga os problemas tradicionais do 
setor da construção civil (desperdício de material, tempo, mão de obra) e ao mesmo 
tempo buscar oportunidades de melhorar as performances produtivas.
Nestes estudos de Koskela, foi possível identificar algumas ferramentas vemos 
aplicabilidade na realidade brasileira encontra Last Planner System (LPS) (Último 
sistema de planejador), mapeamento de fluxo de valor (MFV), Integrated Project Delivery 
(IPD) (Entrega Integrada do Projeto) e 5S, apresentado melhoras benefícios na melhoria 
da qualidade, redução dos desperdícios e melhoramento da produtividade, além de 
ter benefícios diretos sobre a saúde e segurança do trabalhador. 
Enquanto Koskela (1992) coloca que os “Os problemas crônicos da construção 
são bem conhecidos: baixa produtividade, segurança precária, condições precárias 
de trabalho e qualidade insuficiente”. WOMACK (1996), o antídoto ao desperdício é o 
Pensamento Enxuto que pode ser: 
1. Determinar precisamente o valor por produto
2. Identificar a cadeia de valor
3. Fazer o valor fluir sem interrupções
4. Deixar que o cliente puxe valor do produtor
5. Buscar a perfeição
Outro importante estudioso foi FORMOSO (1998, p.5) que nos ajuda entender “a 
diferença básica entre a gerência tradicional e a lean production é principalmente 
https://www.scielo.br/j/gp/a/c6TYKdKRG9ZdKvC8ZrSz9YR/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/gp/a/c6TYKdKRG9ZdKvC8ZrSz9YR/?lang=pt&format=pdf
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conceitual”. O sistema lean ainda segundo o autor se dá pelo “conceito central envolvido 
é a mudança na abordagem de que a produção convencional na construção civil é um 
conjunto de atividades de conversão (com transformação de insumos em produtos 
intermediários); já na abordagem Lean, a produção é encarada como valor e questão 
central é identificar comparece o envidar todos os esforços sentido de otimizar sua 
geração e identificar todos os focos de desperdício e propor ações mitigadoras.” 
FORMOSO (1998, p.5)
O estabelecimento de planos globais e setoriais, assim permeia questões de definições 
e definições ainda na frase de projeto, na definição orçamentária, no gerenciamento 
dos contratos e nos custos a obra, e ao final se verá agregando valor, e a questão de 
aplicação hoje do Lean Construction está diretamente a fase de planejamento da obra. 
Princípio Como promover 
Reduzir a parcela de atividades 
que não agregam valor: 
Buscar o menor caminho entre o material, seu local de uso, como por exemplo evitar 
manuseios desnecessários dos blocos para confecção de alvenarias, optando-se 
por um fornecimento em pallets e colocação próximo ao local de trabalho.
Considerar as necessidades dos 
clientes: 
Ter opções, mas com controle da variabilidade de formatos, por exemplo, mas 
facultar ao cliente externo (ou comprador) a escolha de padrões de acabamento.
Reduzir a variabilidade: 
Ter controle direto sobre processos e materiais de modo a ter “operações padrões” 
replicáveis em diversos momentos da obra. Para isto investimento em capacitação e 
treinamento de padronização para execução de cada uma das etapas construtivas.
 Reduzir o tempo de ciclo
A padronização neste sentido oferece redução dos tempos de espera na execução 
dos serviços e certo sincronismo entre as etapas precedentes e sucessoras.
Simplificar reduzindo o número 
de passos ou partes: 
Há uma tendência à prototipagem e com isto, por exemplo, utilizar elementos 
pré-fabricados.
Aumentar a flexibilidade de saída: 
As customizações são desejáveis para fins de produção, e inclusive dentro da 
variabilidade para atendimento dos requisitos do cliente é possível trabalhar dentro 
dos custos previstos sem onerar financeiramente e em tempo a produção.
Aumentar a transparência do 
processo: 
Entram aqui os KPIs – indicadores chaves de desempenho, que podem ser 
direcionados para Custo, Qualidade, Prazo, Segurança, Meio ambiente, segurança 
no trabalho. quadro com indicadores (dashboards) de desempenho para informar 
sobre o andamento da obra.
princípios da Lean Construction
Fonte: Adaptado de Branco, Filho e Andery (2003)
12.1.5 Mudança de paradigma e a sustentabilidade social e ambiental
Percebe-se que a construção enxuta, utiliza-se da metodologia Just in time (JIT) tem 
ganho em especial pois evita “desperdício ambiental e social” e com isto é em essência 
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a expectativa da sociedade, a construção enxuta entra com diversos possibilidade de 
aplicação da condição de que, segundo a análise bibliométrica de Almeida e Picchi 
(2018) (...) “esses efeitos positivos não sejam apenas acidentais, entre os artigos 
analisados discute-se que é necessário introduzir o conceito de sustentabilidade no 
valor percebido da construção” (BAE; KIM, 2007).
Fonte: Baxter (2011, p. 18 ) comparação entre a Visão Tradicional x Visão JIT:
Item Visão tradicional JIT
Qualidade Conseguida com elevado investimento 
e custo alto
Primam executar bem da primeira vez.
Especialização Altos níveis de especialização nos 
escalões de comando 
Os funcionários são altamente 
especializados no âmbito operacional
Mão de obra Estrutura hierarquizada vertical, 
obedecendo a ordens superiores 
Participativa e influência na produção
Fornecedores Incentivo a disputa Participam do processo como 
colaboradores
Erros São aceitáveis, com necessidade de 
dedicação a tempo de correção.
Base dos processos de melhoria.
Estoque Mantém a produção funcionando Ocultam problemas, devem ser 
evitados 
Set-up É inevitável Deve ser reduzido ao mínimo possivel 
Lead-time(tempo de espera) Maior tempo, melhor produção Deve ser reduzido ao mínimo possível 
Filas As máquinas ditam os ritmos Não deve haver filas de produção, já 
que preconiza just in time (produção 
no tempo que precisa)
Automação Direcionamento para o produto final Valoriza a qualidade com adequação 
ao ritmo de produção.
Custos Redução pelo incremento de 
produção, inserindo mais máquinas 
com altas taxas de produção 
Redução pela velocidade com produto 
passa dentro do fluxo
Flexibilidade Excesso de capacidade, produção, 
estoques
Redução dos tempos gastos nas 
etapas
lotes Lote econômico de compra Menores lotes, melhor para controle 
de variedades e defeitos
Fluxos Dentro do processo produtivo é um 
fluxo empurrado, tendo o fornecedor 
como começo da fila
Puxado tomando por base os pedido 
e requisitos do cliente
Fonte: adaptado de Matias at all (2012)
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Não por acaso que existem discussões como a sustentabilidade e sua relação com 
a construção enxuta, já que esta trabalha o ganho de valor justamente por combater 
os desperdícios que qualquer natureza, pois a limpeza dos desperdícios é aplicada 
em todos os âmbitos da construção civil.
12.2 A prévia percepção do valor no desenvolvimento de planos globais e setoriais 
na construção civil
É possível perceber pelo que estudamos até o momento que existem oportunidades 
e boas possibilidades de se refinar ogerenciamento do processo de obra, em especial 
quando estamos tratando do processo de planejamento. Como vimos, não se trata 
agora de adotar um discurso ou outro, mas sim incorporar boas práticas, que confluem 
de uma maneira ou de outra para agregar mais valor ao produto de todos os esforços 
de planejamento da obra.
Como todo o processo de concepção do planejamento da obra, envolve contratação 
de mão de obra, aquisição de materiais, é preciso que as práticas, em especial da 
construção enxuta, consigam ser incorporadas no gerenciamento do escopo da 
construção civil. Se olharmos com muito cuidado, conseguimos inclusive fazer uso 
disso no diagrama de fluxos, que têm exatamente a função de ver o “melhor caminho” 
ou identificar procedimentos que não agregam valor nos processos.
Quanto estamos falando de esfera global (como um todo), e por setor (serviço ou 
mão de obra contratada) é necessário que em cada ponto dos contratos, em cada ponto 
do orçamento, nas definições de escopo e dos prazos busquemos oportunidades de 
direcionar nossas ações no sentido de agregar valor, conforme preconiza os preceitos 
do lean construction.
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VANTAGENS DESVANTAGENS INDICADA PARA:
E M P R E I TA DA P O R 
PREÇO UNITÁRIO
• P a g a - s e p e l o s s e r v i ç o s 
efetivamente executados;
• Menor risco ao construtor na 
medida que não assume dos 
quantitativos de serviços 
• A obra pode ser contratada com 
menor grau de detalhamento 
em relação a uma empreitada 
por preço global ou integral.
• Maior rigor nas medições de 
serviços;
• Custo de acompanhamento da 
obra;
• Pode haver modificações na 
planilha e eventual maquiagem 
do que foi contratado.
• Maior propensão a aditivos, com 
a inclusão de novos serviços 
ou alteração de quantitativos 
contratuais.
• Preço final incerto, em função 
da estimativa de quantitativos, 
podendo variar durante a execução.
• Propensão a renegociação dos 
preços unitários em função das 
alterações dos quantitativos 
contratados;
• Pouco eficiente ao cumprimento dos 
prazos, já que mesmo atrasado, 
uma vez concluída é necessário 
a efetivação do pagamento.
• Contratação de serviços 
de gerenciamento e 
supervisão da obra;
• Obras que apresentam 
incertezas intrínsecas 
nas est imat ivas de 
serviços e materiais, 
passando o risco ao 
executor.
E M P R E I TA DA P O R 
PREÇO GLOBAL
• Medição por etapas concluídas 
(por marcos contratuais);
• Menor custo de administração;
• Valor final do contrato a princípio 
com valor fixo, salvo na condição 
de cláusulas específicas.
• Restrição de pleitos do construtor 
e assinatura de aditivos;
• Por ter escopo definido, dificulta 
o jogo de planilha;
• Incent iva o cumpr imento 
dos prazos, já que estão 
contratualmente estabelecidos.
• O construtor fica responsável por 
assumir os riscos que porventura 
estejam embutido os riscos 
associados aos quantitativos de 
serviços, mas em geral o valor 
global da proposta tende a ser 
superior, se comparado com o 
regime de preços unitários;
• Maior tendência de haver maior 
percentual de riscos e imprevistos 
no BDI do construtor.
• Em obras públicas por lei, é exigido 
elevado grau de detalhamento dos 
serviços.
• É uma modalidade boa 
para contratação de:
• Estudos e projetos;
• Elaboração de pareceres 
e laudos técnicos;
• O b r a s e s e r v i ç o s 
executados apresentam 
b o a p r e c i s ã o n a 
e s t i m a t i v a d e 
quantitativos.
Fonte: Adaptado de CNMP (2017,p1): 
Há assim não só um empenho do gestor no sentido de propor, mas no sentido de 
exigir a forma com a qual os fornecedores de serviços e materiais precisam estar 
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aderentes ao atendimento do escopo e prazo, mas também uma preocupação na 
elaboração de cláusulas específicas e direcionadas ao que pretendemos em obra.
ANOTE ISSO
Todos os pontos que foram colocados de uma forma ou de outra já estão refletidas 
sobre a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos LEI Nº 14.133, DE 1º 
DE ABRIL DE 2021, o que mostra o anseio da administração pública também se 
direcionar para uma modernização de seus contratos e serviços solicitados.
Para acessar a lei e conferir: 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.133-de-1-de-abril-de-2021-311876884
Especificamente nas formas de contratação podemos falar em contratos a preço 
global ou por empreitada, a primeira mais usual nos momentos que antecedem a 
obra, garante além de um grau de precisão, oportunidades de se trabalhar gatilhos 
revisionais e marcos contratuais, além do fato de garantir mais precisão na execução 
orçamentária da quantidade de serviços a serem contratados e da quantidade de 
material a ser comprado. No caso da empreitada a preço unitário permite a gestão 
no preço unitário, e deve ser adotada a serviços que não precisam de indicação dos 
quantitativos orçamentários.
Percebe-se com isto que há uma infinidade de possibilidades e abordagem do 
planejamento e do orçamento da obra e de como queremos que estas abordagens 
reflitam sobre os processos para construções mais sustentáveis do ponto de vista 
social e global, assim como na maneira com a qual gerimos estas informações.
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CAPÍTULO 13
GERENCIAMENTO DE EQUIPE
https://blog.videnci.com/2020/04/14/guia-completo-para-gestao-de-equipes-na-
construcao-civil/
A engenharia é um dos ramos de atividade que mais demandam mão de obra, em 
especial nos processos produtivos, e por conta disto é de suma importância que o 
profissional de engenharia entenda aspectos essenciais da gestão de equipe, já que 
são em essência as que estabelecem a dinâmica das atividades, tarefas, e o ritmo 
da construção.
O gerenciamento da equipe envolve em grande parte que o gestor trabalhe a empatia 
com seus parceiros, pois em alguns aspectos por mais se coloque mais recursos como 
maquinários, facilitação de material entre outros o fator humano envolve variáveis que 
muitas vezes não podemos controlar, mas sim estimular no sentido de se atingir os 
objetivos. Assim gerenciar pessoa é em grande do êxito ou não de se atingir uma meta.
A boa administração de pessoas envolve essencialmente processos de comunicação, 
além do entendimento de comportamentos e controle das execuções do que se faz, 
junto com todo o ferramental que estudamos ao longo deste material.
13.1 Gestão de equipes em obras e Monitoramento 
A Multiplicidade de profissionais que se envolvem durante o processo produtivo de 
uma obra talvez seja o maior desafio dos profissionais que pretendem desenvolver o 
gerenciamento de obra, pois é importante manter as pessoas engajadas no cumprimento 
do projeto, das etapas, na aderência da cultura organizacional e também na forma 
com que atuam em campo, em relação aos colegas, com questões comportamentais, 
das boas práticas profissionais e sobretudo na consciência da aplicação das questões 
legais em relação à segurança no trabalho. 
Assim como os demais segmentos, existe na construção civil um desafio no 
desenvolvimento de medidas mais eficiente na gestão de pessoas e de motivação para 
as diversidades de colaboradores. Em empresas de maior dimensão quando já possuem 
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departamento de recursos humanos (RH) e um SESMT – Serviço Especializado de 
Segurança e Medicina do Trabalho, podem dar suporte, especialmente nas produções 
de capacitações aderentes à cultura da empresa e aos objetivos da empresa. Mas 
podemos também nos deparar em empresas de pequeno porte ou mesmo em nosso 
início de carreiro com pouco suporte desta natureza, por este motivo precisamos 
também entender isto para o próprio crescimento profissional.
ISTO ESTÁ NA REDE
Em se tratando de segurança e saúde do trabalhadora indústria da construção civil 
mostra algumas peculiaridades as quais precisam ser observadas, muitas das quais 
são de amplo conhecimento de quem atua na construção civil, como por exemplo: 
alta rotatividade e baixa capacitação da mão de obra, métodos de trabalho arcaicos 
(que não necessariamente visam à segurança do trabalhador), uso extensivo de 
mão de obra terceirizada para fins de driblar questões trabalhistas essenciais, 
mudança repentinas na natureza do serviço, e principalmente falta de tradição na 
elaboração de projetos de segurança. O presente material promove uma série de 
discussões acerca: Segurança e Saúde do Trabalho na Indústria da Construção Civil.
Peinado, Hugo Sefrian (org.) Segurança e Saúde do Trabalho na Indústria da 
Construção Civil. São Carlos: Editora Scienza, 2019.
Acesse o link: https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2019/07/Seguranca_Saude_
do_Trabalho_na_Industria_da_Construcao_Civil.pdf
Quando analisamos as múltiplas variáveis que envolvem uma obra, como 
cronograma de obras, chegada de materiais, processos de fabricação, corte e dobra 
de ferragens, confecção de formas, produção de argamassa e concreto, produção de 
alvenaria, produção da parte elétrica e hidráulica, acabamentos, entre tantas outras 
especialidades, estamos falando de pessoas de diversas origens culturais, formação 
educacional e especialidades de atuação e com isto o processo de comunicação 
precisa ser trabalhando considerando esta diversidade e ao mesmo tempo que precisa 
ser direcionada a cada um deles.
Perceba que normalmente o gestor de uma obra tem ao mesmo tempo que 
administrar o cronograma de obras, fazer os provisionamentos financeiros e fazer 
a gestão destas equipes, o que demanda da parte dele controle sobre suas próprias 
condições emocionais e dos outros. Há necessidade de se cuidar com forma com a 
qual se comunica, principalmente em momentos de pressão, com os colaboradores, 
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pois nem sempre podemos colocar as “claras” os motivo de um pedido de urgência, 
por exemplo.
O processo comunicacional inadequado assim também pode implicar numa série 
de transtornos, e compromete além das relações interpessoais, comprometimento 
da qualidade, influência em alta rotação, influi em aspectos econômicos importantes, 
inclusive no tempo de execução.
Atuar assim na gestão de pessoas assim como vimos é intrínseco a qualquer tipo 
de construção e precisa ser encarada como parte de um investimento indispensável 
para o sucesso de qualquer empresa da construção civil ou empreendimento.
Entram assim como características essenciais de um bom gestor, o cumprimento 
dos prazos, sua capacidade de mostrar-se confiável e também permitir que haja 
confiabilidade de seus subordinados em relação a suas pessoas, especialmente na 
parte de suporte técnico e de segurança nas informações que passará durante as 
instruções, mas o mais importante de o “que” seria “como”. É um processo de criação 
de empatia, que quando mais forte forem os vínculos entre comandante e comandado, 
mas efetiva será a comunicação, e o ganho vem no sentido de que as obras sejam 
bem-sucedidas, pelo canal de comunicação entre as partes envolvidas, e que garante 
que os principais problemas sejam sanados antes mesmo de surgirem, apontando-se 
alternativas antecipadas para as situações mais complexas, justamente pela qualidade 
das relações.
13.2 Gestão de equipes externas
Mas nem sempre uma obra conta apenas com pessoas da empresa, ou seja, nisto 
entra os fornecedores de materiais, empreiteiros terceirizados, e serviços de todas 
as naturezas, e muitas das quais precisam alinhar aos processos internos para que 
se atinjam os objetivos. Para que a gestão da obra seja bem-sucedida, o profissional 
assim além de maior habilidade no trato das informações precisa se antecipar em 
suas comunicações aos eventos para que todos os envolvidos consigam se direcionar 
para o objetivo proposto.
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ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
É comum dentro do mercado da construção civil alguns problemas de ordem 
trabalhista, especialmente envolvendo a contratação de equipes terceirizadas e isto 
pode gerar alguns riscos em relação ao desconhecimento das leis trabalhistas. 
Como é um ramo que sempre está em contato com fornecedores de mão de obra, 
não basta apenas que a conheçam, mas sim que haja a elucidação de pontos 
essenciais previstos em leis e que deverão ser transportados para o contratos de 
prestação de serviços, já que uma contratante e uma contratada podem ter relação 
subsidiária em relação as responsabilidades e deveres.
Acesse o link: https://constructapp.io/pt/8-leis-trabalhistas-que-voce-precisa-
conhecer-na-construcao-civil/
Se tomarmos que existe sempre uma obra em campo e uma condição a ser 
administrada dos próprios colaboradores e de “terceirizados”, ainda mais quando feito 
por um escritório centralizado, a depender da inexperiência do profissional, pode mostrar 
um “não contato de chão de obra” que educadamente vou chamar a “Síndrome da 
Bota Limpa” (ela não existe, tá!). 
Dois pontos de atenção, o primeiro é em relação a tratar colaboradores e terceirizados 
como dois tipos de “recursos humanos diferentes”, e não são, para fins do objetivo da 
obra fazem parte da mesma equipe, o que os diferencia é o tipo de contrato. 
ANOTE ISSO
Do ponto de vista trabalhista isto também é verdade, porém existe uma relação 
contratual entre que solicita e quem fornece a mão de obra e lá devem estar 
previstos as relações dos direitos e responsabilidades, em especial em relação aos 
direitos trabalhistas. Assim há de ter clausulas prevendo com irá ficar os seguintes 
aspectos:
• Jornada de trabalho;
• Controle de ponto;
• Convenção Coletiva do Trabalho;
• Adicional noturno;
• FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
• Vale-transporte;
• Aviso prévio;
• Décimo terceiro salário;
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Erroneamente é o processo de percepção do tipo de contrato, por vezes também se 
transforma em uma dicotomia informacional e comunicacional, e as informações que 
são triviais para ambos também recebe este tipo de tratamento, quando na verdade 
deveriam ser gerenciadas para um único objetivo que é obra. por este motivo alguns 
cuidados são necessários na administração destes dois tipos de recursos:
Figura 01: Comunicação Eficaz
Fonte: autor
Como vemos em outras industrias, especialmente naquelas que precisam trabalhar 
aspectos de produção, também podemos criar um processo de gestão da informação 
em obra, com a implementação de ferramentas, que possam auxiliar nesta dinâmica, 
como por exemplo uso de aplicativos móveis, sistemas automatizados de controle de 
entregas de processos, de solicitação de materiais, programação de serviços entre 
outras ocorrências e e se assim for necessário criar “mural de recados” com estratégias 
mais atualizada, e com isto consigamos a melhora no progresso dos serviços.
Figura 02: proximidade com colaboradores
Fonte: autor
A postura do líder não é algo que é forma da noite pro dia, cabe alguns anos de 
trabalho e muito suor do gestor, no sentido de já encontrar os profissionais talentosos, 
inclusive no seu próprio. 
Boa parte das características da equipe tem relação com as características do 
líder, e da forma como ele consegue potencializar as habilidades de competências de 
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seus liderados em benefício do objetivo a ser atingido, logo esta proximidade permite 
alocações de mão de obra estratégicas em benefício do projeto ou da obra.
Figura 03: Liderança
Fonte: autor
Nada é mais exemplar, do que a presença do gestor em obra, e mostrando a todos 
a equidade de tratamento informacional entre colaboradores e terceirizadose de como 
há um acompanhamento de todas as equipes quanto ao progresso das etapas. 
Se há uma interação de informação entre gestor e comandados, este processo se 
torna mais eficiente quando há maior frequência, e isto faz com que se diminuam 
os ruídos ou eventuais falhas, e mesmo que aconteçam são facilmente mitigáveis, 
influindo assim no andamento da construção. 
Esta presença em campo, vai ajudar o profissional gestor a mostrar que existe o 
entendimento do que acontece em campo, há também um reforço quando assumir 
responsabilidades que lhe são atribuídas e que delega aos outros, faz com que o 
“campo” respeite a Equipe “administrativa”.
O profissional assim é motivo de exemplo quando faz uso consciente dos 
equipamentos de proteção individual quanto estiver em obra assim como mostra 
consciência de seus atos e palavras perante os profissionais de campo.
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Figura 04: estímulo e feedback
Fonte: autor
Este processo de Feedback, ainda mais com qualidade, necessita de pouco de 
treinamento, um planejamento adequado, mas sobretudo deriva de habilidades 
especificas do gestor para que para que aconteçam de modo adequado, em especial 
para a percepção de quem está recebendo, e a comunicação deve ser correta.
Ele não simplesmente um processo de elogio ou critica, e fica mais fácil quando 
existe um processo ou serviço a ser analisado ou executado, o gestor mesmo em campo 
pode equilibrar elogio e críticas, ao mesmo tempo que passa com clareza instruções 
práticas para a melhora do processo e aperfeiçoamento periódico da pessoa a qual 
está recebendo o feedback. 
A adoção de feedback individuais ou coletivamente depende muito no sentido de 
que será falado, podemos neste sentido fazer uso da frase de Mario Sergio Cortella 
“Elogie em público e corrija em particular. Um sábio orienta sem ofender, e ensina 
sem humilhar.”
https://www.pensador.com/autor/mario_sergio_cortella/
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Figura 05: gestão da informação e tecnologias
Fonte: autor
A ideia de um canteiro “sujo” e desorganizado, e com um conjunto de desperdícios, 
e com a necessidade de se desenvolver indicadores chaves de desempenho, tem sido 
cada vez mais frequente a necessidade de se aplicar a tecnologia seja para comunicação 
seja para a gestão como forma de reduzir custos, aumentar a eficiência do negócio, 
cumprir os prazos, além de garantir a qualidade na entrega do empreendimento.
Diante do exposto, dentro de uma perspectiva de “modernização” do canteiro de 
obras, a dificuldade não está em implantar uma ferramenta ou outra na gestão, tão 
pouco a adoção de uma TICs, e sim recai sobre os aspectos de habilidades, da mão 
de obra em canteiro, em especial pela quebra de um paradigma de que sua mão de 
obra em canteiro precisa ser mensurada, e que sua produtividade seja acompanhada 
por indicadores. O desafio de tronar a indústria da construção civil “produtiva” do 
ponto de vista tecnológico tem deriva da dificuldade da própria assimilação da mão 
de obra em canteiro.
Isto explica até certo ponto que a ausência de investimento em soluções tecnológicas 
não deriva da questão financeira e sim da questão cultural dentro do próprio processo 
produtivo, mas diante da realidade de mercado, ou as empresas capacitam para isto, 
em especial para a automação dos processos, para que suas tarefas sejam mais ágeis 
e seguras, ao mesmo tempo que monitora a obra em tempo real. A Importância de 
se criar sistemas de gestão integrados e TICs ser diferença estratégica, em especial 
à redução dos índices de retrabalho, diminuição de etapas e tempo de execução 
parciais e totais que refletem em ganho de tempo para execução da obra, no controle 
de desperdício de material, na relação de horas trabalhadas e não trabalhadas, no 
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controle de estoque, na questão de prevenção de saúde e segurança no trabalho, uma 
vez que requisições de materiais desta natureza podem ser diferenciais na hora de 
mensurar a mitigação de riscos de trabalho.
Há também um direcionamento para criação de um “corpus” de autoconhecimento 
do processo em especial em relação a erros de cálculo no orçamento, criação de 
planejamento de obra mais detalhados, e sobretudo na otimização de acompanhamento 
da obra em questão, que pode inclusive a depender do estágio de evolução da tecnologia 
comparar produtividades. 
Como vimos são múltiplas as possibilidades de ganhos quando a empresa da 
indústria da construção civil adota TICs e isto torna a gestão mais eficiente e os 
ganhos de produtividade são ainda maiores.
 Podemos assim falar da tecnologia de informação usada entre os gestores e 
geridos, algo que até pouco tempo atrás era impensável, e com o advento da internet, 
das tecnologias como o celular entre outros vem permitindo a diminuição não só da 
distância entre canteiro e obra, entre gestores e geridos.
 Do ponto de vista operacional há ganhos quando se adota a mesma base 
informacional, e qualquer modificação seja em escritório ou em obra, tem a atualização 
em tempo real quando se adota a gestão da informação uniformizada, e para isto 
encontramos diversos aplicativos que permitem esta transferência, já possuem partes 
na “nuvem” e ao mesmo tempo que possam ser acessadas por um celular, algo acessível 
a todos, mas que a empresa pode, por exemplo, disponibilizar tablets entre outros 
instrumentos.
Como benefícios diretos podemos resumir:
• Registro e armazenamento das informações de campo;
• Evolução e apontamentos de atividades;
• Controle e registro de dados de segurança;
• Realização de auditoria e inspeções periódicas;
• Controle de qualidade e programação de assistências técnicas;
• Produção de uma base de informação para geração de relatórios e documentos 
automatizados.
• Integração de dados entre escritório e obra
• Qualificação e Melhoria na troca de informações;
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 A maioria dos aplicativos também que possuem esta característica permitem 
rastreabilidade dos usuários, emissão de relatórios entre outras ações necessárias 
típicas de uma obra.
13.3 Os processos de gestão e seus desafios.
A gestão de pessoas e processos na construção civil não é das atividades mais 
simples, pois conjuga gerenciamento de pessoal, associado a verbas de compra e 
contratação de recursos humanos, do encaixe destes dentro do processo de modos 
a atingir os objetivos, alinhar procedimentos, prazos de entrega, e com isto o papel do 
gestor se torna muito abrangente, ao mesmo tempo que precisa de uma organização 
sustentável e lucrativa.
Nesta intensa dinâmica, é fundamental que os gestores sejam também apoiados 
pelas equipes e que cada um entenda seu papel dentro das engrenagens das empresas, 
e a construção civil, não diferentemente de outros setores possui muitas peculiaridades. 
Uma das peculiaridades é que o produto normalmente tem valor agregado alto, tanto 
para construir quanto para sua venda em com isto, é influente sobre a entrega e a 
qualidade associada a esta entrega.
A construção civil é muito conhecida pela presença de diversos riscos influentes 
sobre a saúde e segurança do trabalhador, e a aderência dos mesmos a os requisitos 
normativos e regulamentações de segurança, nem sempre são uma tarefa tão simples, 
pela falta de capacitação, pela falta de consciência ou mesmo não entendimento da 
importância do assunto para os indicadores chaves de desempenho.
No aspecto qualidade das entregas parciais é de crucial importância que todos 
os integrantes do processo produtivo entendam seus papeis, na qualidade final do 
produto entregue.
A título de exemplificação, já no processo de planejamento da obra é crucial que 
os perfis dos funcionários e terceirizados a seremcontratados tenham aderência 
a atividades que desenvolverá. Por exemplo todos processo de compra, gestão de 
materiais, estoque necessita de uma pessoa que consiga entender em termos numéricos 
a gestão do estoque, mas ter percepção do cronograma em quais momentos da obra 
um determinado material deve estar, e como questões de atrasos são impactantes por 
todas as partes do processo. Assim uma das habilidades essenciais de profissionais 
desta área é a de controlar adequadamente o fluxo desses componentes. É crucial 
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também que haja controle de aquisição de insumos, garantindo que as etapas de gestão 
de custos estejam condizentes com o orçamento inicial planejado para a construção.
Uma obra não se faz simplesmente com uma pessoa gerindo todo o processo, e 
a capacidade do gestor de delegar responsabilidades e cobrá-las. Esta dinâmica nem 
sempre é fácil pode envolver uma cadeira de comando e da formação de líderes mais 
especializados dentro do processo produtivo. 
Percebemos nesta unidade que gerenciamento de equipe envolve muito mais aspectos 
que a simples contratação disponibilização desta mão de obra para a execução de 
uma determinada atividade, envolve um processo de empatia entre a gerência da obra 
e a organização do trabalho em canteiro, que é cercada de desafios.
Grande parte destes desafios advém de um processo cultural, mas também de 
adoção de novos paradigmas da gestão da informação entre “escritório” e “obra”, 
e da necessidade de se criar canais cada vez mais efetivos de comunicação. 
A tratativa da informação merece um destaque a parte, já que diante dos novos 
desafios mercadológicos existe a necessidade de se capacitar ainda a “obra” para um 
direcionamento de uso de TICs, e de como esta pode contribuir para os indicadores 
chaves de desempenho, no recolhimento de informações e nos benefícios que estas 
tecnologias podem imprimir no ritmo das atividades em tempo real, dando suporte à 
gestão estratégica do negócio.
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CAPÍTULO 14
ANÁLISE DA QUALIDADE DO 
EMPREENDIMENTO: TÉCNICAS, 
MODELOS E ESTUDO DE CASO
A análise da qualidade do empreendimento, que também pode ser encontrado 
como Análise da Qualidade do Investimento – AQI em algumas bibliografias, é o nome 
genérico que se dá para um estudo de viabilidade que envolve aspectos de ordem 
técnica e econômica. Tem por função compreender um conjunto de informações que 
possam auxiliar a tomada de decisão especialmente em relação a oportunidades 
e riscos que porventura o empreendimento possa enfrentar considerando variáveis 
diretas do contexto de implantação do empreendimento.
O uso do termo qualidade, não é usado por acaso, pois deriva de um conjunto 
de estudos de cenários referenciais ou “estressados” antes do lançamento do 
empreendimento, e com isto entender em quais situações e contexto econômico ele 
pode encontrar êxito para o seu lançamento. Logo a qualidade do estudo de viabilidade 
técnica e econômica garante a viabilidade da tomada de decisão que por conseguinte 
a qualidade do investimento.
Na viabilidade técnica envolve desde aspectos essenciais da localização do terreno, 
os parâmetros urbanísticos e legislação relacionadas a ele, topografia, aspectos da 
implantação como insolação, ventilação, sua relação com o contexto imediato, aderência 
da proposta do tipo de edificação ao contexto que será comercializado e público que se 
pretende atingir. É um momento de análise de qual será o programa de necessidades, 
distribuição na planta e pavimento tipo (se for prédio vertical), áreas privativas, áreas 
comuns, relação entre áreas comuns, qualquer outro parâmetro de ordem técnica e 
outros estudos qualitativos-quantitativos que de alguma forma quando cruzado com 
parte econômica montam os cenários possíveis.
Já o estudo de viabilidade financeira, são tão essenciais quanto o de viabilidade 
técnica, e mais sensíveis no sentido que suas variáveis não são palpáveis, e ao mesmo 
tempo voláteis diante dos cenários que por ventura a economia apresentar. Por meio 
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de conjunto de variáveis levantadas ainda na viabilidade técnica, que chamaremos 
genericamente de “parâmetros técnicos” são feitos a correlação com custos, que vão 
desde a solicitação dos projetos, da compra do terreno, em estimativa de custos de 
todas as etapas que vão desde a contratação dos projetos, passando por orçamentação, 
planejamento, lançamento do canteiro entre outras até a entrega efetiva chave. Em 
linhas gerais o estudo de viabilidade econômica que se aplicam “os instrumentos e 
métodos usados na elaboração destes indicadores consideram a comparação entre 
investimento e retorno a fim de verificar o valor do dinheiro ao longo do tempo, ou 
entre rendimentos e custos associados ao investimento (GITMAN. 2010, p.20).”
Mas é somente depois de montado um esqueleto preliminar de custos, é se estabelece 
a relação é que se começa a se “trabalhar os indicadores de viabilidade servem para 
subsidiar a tomada de decisão acerca de investimentos em novos projetos ou na 
expansão de um já existente” (WIVES, KHAN, 2018, P. 41).
Neste segundo momento do estudo de viabilidade financeira serão desenvolvidas as 
correlações de custos, não somente ligado a operacionalização do projeto e obra, mas 
também a necessidade de percepção que dentro deste custeio os custos operacionais 
de marketing, de corretagem, de registros e taxas e tudo que viabilize a disponibilização 
ao mercado.
ISTO ESTÁ NA REDE
Existe por parte dos órgãos financiadores, em especial órgãos ligados 
financiamento de obras públicas, exigências inclusive relacionadas a aspectos da 
viabilidade, de modo a não somente melhorar as metodologias de contratação, mas 
também no sentido de minimizar os riscos, e para isto fazer uso da necessidade de 
se trabalhar formas de gerenciamento, objetivando integrar as diferentes vertentes 
do projeto, antecipar soluções, o artigo abaixo mostra um pouco do que seria a 
Engenharia Simultânea aplicada a consuntibilidade:
Basta acessar o link: https://pmkb.com.br/artigos/como-medir-o-nivel-de-qualidade-
do-seu-empreendimento-com-base-na-construtibilidade-do-seu-projeto/
A esta ideia dos custos são colocados todos os indicadores econômicos, suas 
respectivas atualizações, para que se determine as estratégias que podem ser adotadas 
para a venda a partir de um fluxo de caixa real e desejável, para que o negócio não entre 
em prejuízo ainda na fase de execução. Entram em pauta a discussão de alavancagem 
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do empreendimento, o custo de operacionalização desta alavancagem, ritmo desejável 
e estimativas de vendas, é bastante grande as possibilidades de simulação para se 
conseguir chegar a um Valor Geral de Vendas.
14.1 Viabilidade técnica de um empreendimento;
O estudo de viabilidade em projetos abarca todas as informações relativas a normas 
técnicas, regulamentos, leis e estudo do mercado que podem incidir sobre o terreno 
e por conseguinte no empreendimento. 
Uma análise mercadológica deve ser dentre os primeiros estudos a se fazer 
dentro do contexto da cidade para conseguir correlacionar o que se pretende como 
empreendimento e sua aderência. Quando falamos de empreendimento é necessário 
que sejam observados aspectos essenciais do mercado imobiliário em relação ao tipo de 
empreendimento que se pretende desenvolver. O disputado mercado nos dá indicativos 
dos níveis de comercialização, da forma com que tais imóveis são comercializados 
assim como tempo em que ele fica disponível para venda.
Neste sentido podemos fazer tanto uma pesquisa qualitativa quanto quantitativa. 
Qualitativa no sentido que é possível perceber quais são os tipos deimóveis correlatos 
que apresentam maior sucesso em suas vendas e aquelas que não estão sendo 
bem-sucedidas. É necessário assim olhar quais aspectos são detratores e quais 
aspectos estão sendo promotores. Do ponto de vista qualitativo devemos desenvolver 
o entendimento se os requisitos vendidos estão aderentes ao desejo do mercado, 
que diferenciais apresentam, que público pretendem atingir, entre outros. Ao mesmo 
tempo que se busca terrenos para se comercializar podemos cruzar com informações 
como público que se pretende atender, quais são os tipos de edificações que mais se 
correlacionam com o tipo de empreendimento, a forma com a qual o empreendimento 
será acessado e o público que se pretende atender com ele.
Do ponto de vista quantitativo podemos avaliar o preço final de venda (preço/
m2), áreas disponibilizadas, as formas de pagamento disponibilizadas, velocidade de 
vendas, entre outras. Perceba que está mais relacionado a uma percepção do mercado, 
podendo ser algo mais estruturado com a contratação de consultorias especializadas, 
mas também associadas a uma avaliação in loco, pesquisas direcionadas para 
comportamento do consumidor, coletas de evidências, ou mesmo uma análise empírica 
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dos dados anteriormente abordados, lembrando que quanto mais “qualificado” for este 
levantamento mais qualidade teremos em relação a tomadas de decisão.
Dentro da viabilidade técnica, depois de feita o entendimento de terreno ou terrenos 
podemos proceder com uma análise relacionada a aspectos físicos do terreno como por 
exemplo topografia, relação com a situação do sol, aspectos de geologia (sondagens), 
correlação com aspecto urbanos de infraestrutura (água, luz e esgoto), sistema viário, 
correlação com equipamentos urbanos, e todos estes aspectos são influentes sobre 
o próprio desenho do projeto e da forma com a qual ele se desenvolverá.
Do ponto de vista da legislação uma das primeiras leis que devemos consultar é a lei 
de zoneamento disponibilizada pelo município que indicará os parâmetros urbanísticos.
Qual a função da lei de zoneamento?
O nome correto da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – Zoneamento, e 
em síntese disciplina os usos e ocupações do solo dentro do contexto urbano, é uma 
lei que por sua vez faz parte de um documento maior que é o plano diretor. Se plano 
diretor tem por objetivo disciplinar o parcelamento, o uso e ocupação do solo, assim 
como prever diretrizes de evolução da cidade no aspecto social, ambiental, econômico 
e físico o papel da Lei de parcelamento, uso e ocupação é fazer valer por meio de um 
zoneamento, que deriva de uma série de estudos já preconizados pelo plano diretor. 
Em síntese, a lei de uso e ocupação do solo manifesta a relação dos possíveis usos 
nos diferentes contextos da cidade em relação aos usos residenciais, comerciais, 
industriais, de usos especiais, como áreas de proteção ambiental e preservação do 
patrimônio, entre outras considerando diferentes fatores, como a função predominante 
pretendida em uma região, assim como estabelece condições gerais quanto ao uso e 
ocupação e o zoneamento traz as restrições específicas para cada zona, disciplinando 
o que é de interesse públicos e direito privado da propriedade.
A lei de zoneamento quase sempre é disponibilizada de forma conjunta um mapa 
indicando os respectivos zoneamentos na qual podemos consultar a localização do 
terreno e a respectiva zona, e os tipo/função (Residencial, comercial, industrial, agrícola, 
etc) possíveis de serem edificadas naquela determinada localização. Com base no 
mapa podemos acessar o corpo da legislação e verificar os parâmetros específicos 
para cada zona, costuma estar no corpo da legislação ou por meio de tabelas que 
estão anexas às legislações. Dentre os principais parâmetros podemos encontrar:
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Tamanho mínimo do lote e testada mínima.
Este parâmetro existe principalmente para regular novos loteamentos ou disciplinar 
eventuais irregularidades que porventura sejam praticadas no parcelamento do solo 
anteriores à aprovação da legislação, principalmente de usos muito antigos. A testada 
mínima é também parâmetro para entender as relações de acessos entre lote e sistema 
viário, além de ordenamento paisagístico.
Taxa de ocupação máxima permitida:
Leva em consideração a área do lote e a % que se pode ocupar em termos de área 
máxima de um determinado lote, podendo ter variação a depender da zona em que 
está localizado o terreno. Em termos numéricos conseguimos entender como o nosso 
projeto pode se correlacionar com o terreno com a seguinte expressão:
Se o valor obtido por esta expressão for menor do que expresso pela legislação 
estará em conformidade, não podendo o valor superior ao previsto em Lei.
Figura 01: taxa de ocupação
Fonte: autor
A taxa de ocupação pode ser entendida como a sombra da edificação como se 
o sol estivesse a pino. A projeção sobre o terreno é expressa em porcentagem da 
relação da área de projeção da edificação e a área do terreno, não tendo dependência 
do número de pavimentos e sim da projeção deles sobre o solo.
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Figura 02: taxa de ocupação
Fonte: autor
Figura 03: taxa de ocupação e a configuração da edificação
Fonte: autor
Afastamento e recuos.
A função dos afastamentos e recuos é de garantir aspectos essenciais da salubridade 
por meio da insolação e ventilação, principalmente considerando os limites do lote 
com outras edificações. Neste contexto existe o recuo frontal, geralmente considerado 
na testada (nome dado para frente em relação à rua) e os de laterais e de fundo, e 
que podem variar de lote para lote, e de zoneamento para zoneamento. Retirado o 
recuo, fica a área edificável. 
Figura 04: Coeficiente de aproveitamento e potencial construtivo
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Coeficiente de aproveitamento (CA) ou índice de aproveitamento.
Em tese trata do potencial construtivo do terreno na qual obteremos a área máxima 
de uma edificação dada as características geométricas do lote. Porém cabe destacar 
que para isto tenham já noção dos recuos e taxa de ocupação máxima. O coeficiente de 
aproveitamento será aplicado na área que restar depois de aplicados estes parâmetros. 
Em síntese seria o mesmo de aplicar quantas vezes a área do terreno pode se replicar 
sobre a área descontado os recuos. Podemos pensar o coeficiente de aproveitamento 
da seguinte forma:
 ou 
Figura 05: Coeficiente de aproveitamento e potencial construtivo
Fonte: autor
O coeficiente de aproveitamento está associado a ideia de potencial construtivo.
Taxa de permeabilidade 
A depender das condições e necessidades ambientais, em especialmente em relação 
a infiltração, alguns municípios podem solicitar em seus projetos a observação de uma 
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taxa de permeabilidade mínima em relação a área total do lote, e a relação da área da 
edificação com a área livre de pavimentação. Geralmente expressa em porcentagem.
Figura 06: taxa de permeabilidade
Fonte: autor
Altura máxima de construção e gabarito:
A relação entre a distância do pavimento térreo até o ponto mais alto da edificação, 
considerando o número máximo de pavimentos, algumas legislações podem pedir este 
segundo parâmetro, em substituição a complementação altura máxima. (logo o domínio 
do coeficiente de aproveitamento sobre a área edificável é desejável.). Geralmente o 
gabarito é determinado quando existe legislação relacionada a aeródromos (aeroportos) 
ou alguma legislação que relacione o gabarito da cidade com aspectos históricos.
Vagas de estacionamento:
Como o espaço urbano hojeé demandado também em termos de estacionamento e 
restrições viárias, cada vez mais as legislações estão obrigando vagas de estacionamento 
dentro dos lotes, e por conta disto é essencial consultar legislações específicas de 
cada município, e entender quais parâmetros utilizam, geralmente ou relacionam a 
área total construída ou população usuária, e dentro das mesmas existe a necessidade 
de destinação a públicos específicos como de acessibilidade, idosos, entre outros. 
14.2 Viabilidade econômica de um empreendimento;
Antes de darmos andamento o estudo da viabilidade econômica de um 
empreendimento precisamos entender alguns conceitos relacionado a investimentos.
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“Investimento é a soma dos recursos necessários para viabilizar 
o funcionamento da agroindústria, como terrenos, equipamentos, 
matérias primas etc. O investimento total pode ser desdobrado 
em investimentos fixos, correspondentes aos valores necessários 
para a implantação da infraestrutura necessária ao funcionamento 
da indústria (grifo nosso), e investimentos financeiros ou pré-
operacionais, referentes aos insumos iniciais e provimentos de caixa 
para capital de giro.” (WIVES, KHAN, 2018, P. 45).
Capital de giro é conjunto de recursos necessários para viabilizar o empreendimento 
que vão desde compreende o recurso destinado à compra de insumos, matérias-primas, 
embalagens, energia, pagamentos de salários, e despesas com frete para a entrega 
de produtos. são os gastos que precisam ser provisionados independentemente da 
entrada de recursos (GITMAN, 2010; HOJI, 2003)
A efetivação do investimento é “tem relação direta com o chamado custo de 
oportunidade, ou seja, com a possibilidade de avaliação das alternativas de utilização de 
determinado recurso ou fator produtivo” (KAY, 2014). Nesse sentido, pode-se imaginar 
que o “custo real” de uma decisão é representado não apenas pelo seu “custo financeiro”, 
mas pelo possível “rendimento” que a utilização do montante de renda investido poderia 
ter em usos alternativos (WIVES, KHAN, 2018, P. 43).
Mas não é possível se desenvolver nenhuma tomada de decisão, sem que haja a 
relação entre dinheiro e tempo, pois como sabemos as obras são estimadas em meses 
e com isto a mudança de aspectos econômicos são as mais diversas e possíveis, e com 
isto reforça a necessidade de fazer a comparação com outros tipos de investimentos, 
diante de cenários econômicos.
De maneira mais direcionada, é necessário a identificação de como estão envolvidas 
a percepção e adequação ajustes de eventuais de mudança de cenário, e que permitam 
perceber o que ocorre com o valor do dinheiro, se aplicado na obra e nos investimentos, na 
bolsa, entre outros ao longo do tempo. A análise de tempo e dinheiro assim é importante 
para ver se taxa de juros no período da obra e dos investimentos estão aderentes a 
expectativas dos investidores, e se compensa a realização dos investimentos.
A taxa de juros é o preço do dinheiro no tempo. Ela permite que 
as alternativas de investimento possam ser comparadas. Existem 
diversas escalas de tempo que permitem essa comparação, desde 
instrumentos de fluxo monetário diário até elementos de avaliação de 
projetos realizados para o retorno do investimento inicial em décadas. 
(WIVES, KHAN, 2018, P. 45).
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Neste sentido não se pode desconsiderar o tempo na relação sobre a tomada de 
decisão, e de como acontecerá a disponibilização em relação disto com custos fixos 
e variáveis (matéria-prima, maquinários, contratações) e despesas (administração, 
vendas, etc.).
14.2.1 Alguns Indicadores de Viabilidade Econômica
Diversos são os instrumentos de avaliação e análise financeira e eles dependem 
essencialmente de dados, que podem considerar o contexto de implantação do 
empreendimento e como vimos dependemos também da questão da temporalidade, 
ou seja, o período de comparação do empreendimento e os investimentos.Dentre eles 
podemos ter: Ponto de Equilíbrio Financeiro e Produtivo, Fluxo de Caixa, Valor Presente 
Líquido, Taxa Interna de Retorno (TIR), Payback. Vamos ver cada um deles agora!
Ponto de Equilíbrio Financeiro e Produtivo
Um dos primeiros é o ponto de equilíbrio, que é o valor ou quantidade de vendas que 
o empreendimento precisa atingir para que a receita se iguale aos custos e despesas 
totais, que síntese seria o faturamento mínimo necessário para cobertura de todos 
custos e despesas (fixo e variáveis), seja coberto de modo atingir o equilíbrio financeiro. 
É o momento em que não há prejuízo e nem lucro (PADOVEZE, 2005).
Figura 07: ponto de equilibrio
Fonte: autor
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O ponto de equilíbrio é muito importante para estimativa de vendas pois permite 
estimar a venda mínima para que a atividade dê lucro. O ponto de equilibro ajuda a 
entender o quão alavancado tem que ser o empreendimento, ajuda a estabelecer metas, 
assim como é possível determinar depois de atingido o ponto de equilíbrio em que 
momento se pode por exemplo conceder desconto, é possível fazer uma avaliação de 
possibilidades de ganhos/lucros, em função de volume de investimento e produção, 
a partir do reconhecimento de um preço de mercado.
Para calcular o ponto de equilíbrio, é necessário obter a margem de 
contribuição. Esse é o índice que revela a margem bruta obtida com 
as vendas dos produtos. Significa o lucro variável, pois é a diferença 
entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e 
despesas variáveis por unidade de produto ou serviço (SILVA, 2004).
A margem de contribuição é:
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = PREÇO DE VENDA - CUSTOS VARIÁVEIS
Para se calcular o ponto de equilíbrio é necessário pleno conhecimento dos custos 
fixos e variáveis e a comparação desses custos com a receita, faturamento referente 
a venda que pode ser obtido pela multiplicação do preço do produto pela quantidade 
vendida. A receita obtida menos os custos variáveis identificam, dessa forma, a referida 
margem de contribuição. O ponto de equilíbrio financeiro identifica o faturamento 
mínimo para que a empresa não opere no prejuízo ao mesmo tempo que indica a 
quantidade mínima de produto que precisa ser comercializado para que o prejuízo 
seja evitado.
Temos dois tipos de ponto de equilíbrio:
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF): PEF = CUSTO FIXO/MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
E
PONTO DE EQUILÍBRIO PRODUTIVO (PED): PED = PEF/PREÇO DE MERCADO
Em relação ao PEF e ao PED é preciso comentar que sua principal 
limitação envolve a aferição adequada dos custos envolvidos 
na produção. Se a estrutura de custos não estiver devidamente 
mensurada, o indicador pode ser subestimado ou superestimado, o 
que leva a tomada de decisões equivocadas. (WIVES, KHAN, 2018, 
P. 48).
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É preciso entender que o ponto de equilíbrio é indicador estático, e por conta disto 
é apenas uma fotografia de um determinado momento considerando a estrutura de 
custos em relação ao preço de mercado de um determinado tempo, e desta forma 
precisa ser constantemente atualizado, à medida que aconteça alteração dos preços 
da matéria-prima e fatores produtivo, como ocorrência de variação do preço do produto 
no mercado em que ele está inserido.
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa está entre os principais instrumentos de uma análise de viabilidade 
de uma atividade, pois ajuda na projeção de entradas e saídas de recursos financeiros 
considerando o período na qual empreendimento está sendo executado.
Por ele é possível avaliar a captação de recursos e a aplicação de sobras obtidas, 
assim como fazer o prognóstico se haverá desembolsos futuros e se poderão ser 
efetuados em datas futuras e se poderão ser efetuados nas “datas previstas,históricas 
Fonte http://www.cbicdados.com.br/home/
Título: Composição da cadeia produtiva da construção considerando dos de 2010
Fonte: http://www.cbicdados.com.br/home/
http://www.cbicdados.com.br/home/
http://www.cbicdados.com.br/home/
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ISTO ESTÁ NA REDE
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), justamente por uma 
instituição específica para a construção civil, possui um conjunto de dados, 
mais direcionados a nossa atividade profissional e por conta disto é essencial 
uma consulta recorrente por parte do profissional para consultar o conjunto de 
indicadores econômicos relativos à construção civil. 
Para isto basta acessar o link: http://www.cbicdados.com.br/home/
1.3 Novos paradigmas para a construção civil 
Mas o que esperar daqui por diante, o que vem por aí?
Se num passado recente não havia uma preocupação com a qualidade da 
construção civil, e sim só uma ansiedade para o desenvolvimento econômico do 
país, este panorama mudou, já que hoje entre em discussão a qualidade de vida, a 
sustentabilidade, certificações ambientais, processos produtivos mais ágeis, energia 
renovável/eficiência energética, BIM, Automação predial, prototipagem e pré-fabricação. 
Logo há assim uma mudança paradigmática não somente em aspectos para o 
gerenciamento e planejamento de obras, como também um estreitamento normativo 
e legal para que estas novas posturas da forma de se ver a obra aconteçam de fato.
Qualquer que seja o direcionamento profissional que pretenda desenvolver, precisará 
ficar atento estas vertentes de direcionamento do mercado da construção civil, já 
que muitos deles são substancialmente interferentes de forma nas questões de 
planejamento e orçamento de obra, e que abordaremos conceitualmente ao longo dos 
seus estudos, e à medida que evoluímos vamos lhe indicando em quais momentos 
eles podem interferir. 
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
http://www.cbicdados.com.br/menu/home/indicadores-do-mercado-imobiliario-nacional-apresentam-panorama-e-sinaliza-potencial-do-setor
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CAPÍTULO 2
O QUE CONSISTE NO 
PLANEJAMENTO E 
GERENCIAMENTO DE 
OBRAS E SERVIÇOS 
Em um país como o Brasil, em que autoconstrução é uma realidade, falar de 
planejamento e gerenciamento de obra pode parecer conta senso em relação a realidade 
que se apresenta, mas ao mesmo tempo é a principal justificativa para abordamos o 
assunto, em especial quando estamos falando de uma questão cultural, e enquanto 
profissionais devemos oferecer este tipo de serviço, justamente para mudar esta realidade.
Para tentarmos entender um pouco mais sobre o assunto e justificar o motivo pelo qual 
devemos desenvolver o planejamento faremos o lançamento de alguns questionamentos 
ao longo deste texto, que irão lhe auxiliar na argumentação, principalmente diante da 
vida profissional. Então vamos lá?
Por que é importante planejar e gerenciar obras e serviços?
A edificação em si é o produto a ser compreendido como meta, ele parte de um 
projeto, na qual estão especificadas as características construtivas da edificação 
assim como mostra-nos os sistemas que comporão a edificação, suas interrelações e 
interdependências. É partir de um projeto arquitetônico que se desenvolve-se todos os 
demais projetos, como estrutural, o hidráulico, o elétrico e tantos outros quanto forem 
necessários para que a edificação cumpra seu papel.
Logo o processo de planejamento e gerenciamento de obras não acontece sem que 
se tenha o escopo do projeto definido, e é nesta fase que se começa o planejamento 
propriamente dito da edificação. 
Todo projeto é desenvolvido objetivando sua construção, deveremos entender que todos 
os passos para se alcançar esta meta devem ser perseguidos, devidamente planejados 
e gerenciados, para que não haja desvios e ao mesmo tempo o processo transcorra 
com eficiência durante o processo, dentro do prazo, com os insumos e recursos que 
temos disponíveis além do atendimento a normas e legislações que são pertinentes.
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ISTO ESTÁ NA REDE
O mercado da construção é bem dinâmico no que tange a novas materiais e 
processos que podem ser aplicados em todas as etapas, seja no projeto, seja na 
aplicação da técnica orçamentária (planejamento) seja para próprio gerenciamento 
do processo produtivo como um todo, por este motivo é legal estar antenado 
com as últimas tendências e discussões que acontecem nos sindicatos locais de 
construção, por meio de fóruns especializados e todo e qualquer tipo de grupo de 
profissionais que pode ter interação. Isto além de lhe manter atualizado, lhe deixará 
alinhado com as práticas mercadológicas mais comuns.
Segue alguns exemplos de qual tipo de fórum participar:
A sugestão do sinduscon SP, é como é um grande centro, é importante fornecedor 
de informação em especial em relação às últimas práticas e tendências:
https://sindusconsp.com.br/
É possível ficar por dentro também quando se participa de fórum desta natureza:
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=12&Cod=1238
A obra então é então resultado do projeto na qual interrelacionam-se materiais, 
mão de obra, equipamentos que visam agregar valor ao produto. O papel de se ter 
um processo que visa planejar e gerenciar a obra objetiva assim garantir condições 
de prazo, custo, qualidade e gerenciamento do risco.
2.1 Conceito de planejamento 
O conceito de planejamento deriva da área do conhecimento administração, que 
no caso de projeto e obras, direciona as ações para avaliar caminhos referenciais para 
direcionar ao atingimento de uma meta, no nosso caso uma obra. O planejamento 
começa como o projeto arquitetônico e projetos complementares e a partir deles é 
que são direcionados os desdobramentos. 
Uma das primeiras etapas do planejamento, é com certeza a análise dos projetos, 
que serão derivadas de outras atividades, como por exemplo, definição de etapas 
de construção, levantamento de quantitativos, orçamento e composição de custos 
unitários, contratação serviços, cronograma físico-financeiro, compra dos materiais 
e acompanhamento. O planejamento acontece sem que haja a operacionalização do 
canteiro de obra, sendo inclusive a planta de desenvolvimento do processo produtivo 
de responsabilidade do planejamento.
É do planejamento que saem os quantitativos, os custos, os prazos e todas as 
variáveis que deverão ser observadas na etapa de gerenciamento. É também da fase 
de planejamento que se define o escopo das etapas e como deverão ser estruturadas 
https://sindusconsp.com.br/
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=12&Cod=1238
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as atividades que deverão ser desenvolvidas. A título de exemplificação tomemos uma 
casa para demonstrarmos como se daria os processos de planejamento:
1. Projetos e Aprovações
• Elaboração projetos arquitetônico
• projetos complementares Hidráulico, elétrico, estrutural etc.)
• memoriais descritivos e justificativos 
2. Aprovações em órgãos públicos / licenças
• Aprovação projeto
• Alvará da obra
3. Serviços preliminares
• limpeza e nivelamento do terreno, 
• ligação de água e luz, 
• organização do canteiro de obras, gabarito e marcações.
4. Fundações
• perfuração
• lançamentofornecendo, 
assim, estimativas de situações futuras e permitindo ações contingenciais quando 
necessárias” (SILVA, 2001). Weston e Brighan (2000), o fluxo de caixa é o instrumento 
que permite ao administrador planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os 
recursos financeiros de sua empresa para um determinado período. É com base nisso 
que o gestor deverá saber se, numa determinada data futura, terá saldo para honrar 
uma obrigação com terceiros.”
O orçamento de caixa e projeção do fluxo de caixa é de suma importância para 
previsibilidade e maximização do uso dos recursos financeiros, pois configura-se um 
dos elementos do reconhecimento de custos e recebimentos, volume e periodicidade.
Figura 08: representação do fluxo de caixa
Fonte: autor
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Ou pode ser apresentado em forma de tabela 
Período Entrada de dinheiro (+) Saída de dinheiro (-)
Tabela 01: exemplo de anotação de fluxo de caixa por meio de tabela 
Fonte: autor
O ponto é que o fluxo de caixa deve ser o mais detalhado possível, em relação a 
sua sazonalidade quando a entradas e saídas, e são fundamentais para o controle e 
acompanhamento das atividades.
Valor Presente Líquido
É o valor do investimento considerando o tempo e por meio do VPL que tem por 
finalidade medir o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pela atividade 
ao longo de um tempo determinado.
O VPL desconta os fluxos de caixa para o instante zero a uma 
especificada. Essa taxa, frequentemente chamada de taxa de 
desconto, custo de oportunidade, custo de capital ou taxa mínima 
de atratividade (TMA) refere-se ao retorno mínimo que o investimento 
deverá produzir para ser atraente. (WIVES, KHAN, 2018, P. 48).
Basicamente, se o VPL or maior que zero, se aceita o projeto; se o VPL for menor 
que zero, rejeita-se o projeto (HOJI, 2003).
O VPL pode ser considerado como uma somatória 
FC = indica o fluxo de caixa do período
n= tempo total do projeto, período total de avaliação do investimento
i = taxa mínima de atratividade (conhecida também como TMA)
t = período (em anos ou meses).
Os elementos i e t representam a relação com o dinheiro no tempo, nesse sentido i 
pode ser representado, pela taxa de algum rendimento financeiro, se comparativamente 
o empreendimento tiver VPL negativo, seria mais vantajoso deixar o dinheiro no sistema 
financeiro, ao invés de investir no empreendimento, o que mostra comparativamente 
se tiver a situação de um ou mais projetos pode demonstrar se o investimento é custo 
de oportunidade ou não.
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Considerando o VPL um método de escolha em relação a um projeto deve ser 
realizado, e a partir da identificação do seu fluxo de caixa, pode-se verificar se o VPL 
é positivo é sempre preferível ao negativo (sendo o projeto neste caso não atrativo, 
se comparada a taxa de jutos vigente nos investimentos no sistema financeiro), um 
bom empreendedor escolheria aquele que for maior considerando a análise deste 
indicador quantitativo.
Taxa Interna de Retorno (TIR)
A taxa interna de retorno (TIR) é o indicador relacionado ao rendimento da atividade 
em um determinado período, é a taxa de retorno do investimento proporcionado pelo 
empreendimento em relação a alternativas de investimentos. Se a TIR for menor que 
a taxa de retorno de outros investimentos (poupança, exemplo) o projeto/obra não 
apresenta rentabilidade suficiente para remunerar o investimento despendido. Em 
outras palavras 
• TIR for > taxa mínima de atratividade ou custo de capital, aceita-se o projeto. 
• TIR forapoio na tramitação da informação entre escritório e 
obra, e com isto conseguir melhorar de um modo geral os resultados que se pretende 
obter na obra.
Depois de todos estes esforços para compreender todos os processos para se 
começar a obra, não poderíamos deixar de preparar a obra em si para que sua evolução 
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tenha contratempos como por exemplo atos fiscalizatórios ou deixe de ter o controle 
necessário em aspectos essenciais e que podem influir contra a própria obra. 
Deste modo precisamos deixar a obra preparada em termos de documentação e 
processo típicos para a obra, por deixamos o tópico Diário de obra, documentações em 
obra e registros de controle, entre outras documentações que são inerentes a mesma.
15.1 Diário de obras
Configura-se como uma ferramenta das mais importantes em obra, que pode 
garantir principalmente segurança para todos os envolvidos com o dia a dia da obra. 
É o local onde se registra todas as informações de ocorrência diária mais relevantes 
em obra e por meio dele podemos entender o histórico das ocorrências que podem 
fugir ao que foi planejado, e as informações que se direcionam ao mesmo são as que 
surgem como imprevistos, possibilidades de prevenção e também para entender os 
comportamentos e avaliação das equipes. 
Sua existência é tão importante que é documento que pode ser apresentado diante 
de litígios judiciais ou outros tipos de problemas.
Para o gestor é essencial para acompanhamento do cronograma, da gestão de 
equipes, gestão de maquinários, terceirizados, tomadas de decisão em obras, alterações 
de projeto, ou de processos dentro de obra, entre outros aspectos que fogem à 
normalidade.
Tornou-se a partir de 2009 obrigatória a adoção do diário de obras pelo Conselho 
Federal de Engenharia e Agronomia — Confea — determinado pela Resolução nº 1024, 
que em sua essência entendem que por meio dele é possível ter informações e subsídio 
para eventuais autorias de trabalho e dúvidas que possam vir a surgir, porém a forma 
de preencher, sua forma é livre para cada empresa, sendo delegado alguém em obra 
responsável pelo seu preenchimento. Não fica estabelecido o formato nem a maneira 
que se deve preencher. Pode-se fazer uso de uma planilha padronizada, e está cada vez 
mais frequente e disponível no mercado o uso de aplicativos, ou plataformas pagas 
as quais facilitam que a coleta de informações e atualização delas seja agilizada, 
melhorando o fluxo da informação entre escritório e obra. Existe alguns requisitos 
que estão ficando mais frequentes.
• Responsável pelo preenchimento: habitualmente é preenchido pelo engenheiro, 
mestre de obra ou qualquer um que seja delegado por este e que tenha consciência 
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do que está planejado e comparativamente deve entender o que colocar ou não 
a depender do andamento da obra.
• Momento de preenchimento: é necessário que se tenha uma periodicidade regular, 
normalmente diária, ou semanal a depender do ritmo da obra.
• Informações que devem estar presentes: como se trata de um documento 
que tem validade jurídica é essencial que entendamos que a relevância das 
informações ali contidas é de crucial importância para que ele cumpra a sua 
função. É importante que sejam relatadas as datas, as pessoas envolvidas, 
quais prestadores de serviços estiveram ali, quais atividades realizadas, quais 
equipamentos entraram ou saíram, se houve entrega de materiais, quais as 
condições climáticas, se houve alguma adaptação em obras ou alteração que 
possa ter influência sobre as demais etapas, inclusive se esta alteração vier do 
projeto, do cliente. Situações de acidentes e imprevistos, tento acidentados ou 
não devem ser relatados.
Cada empresa pode adotar o meio que quiser físico ou apoiado por sistema 
informatizado, mas o importante é que se adote um padrão a ser seguindo, de forma 
que não falte nenhuma informação considerada relevante ou não existam informações 
desnecessárias para eventual averiguação judicial. Dentre as principais informações 
que precisamos considerar em alguns campos que tem se mostrado eficientes em 
diários de obras:
nome e dados da obra;
dados do proprietário ou cliente;
data de início e previsão de término;
data do dia vigente;
engenheiro responsável;
atividades executadas;
condições climáticas;
ocorrências importantes e possíveis fugas da rotina planejada;
efetivo com a descrição da quantidade de funcionários, terceiros e demais dados;
máquinas e equipamentos utilizados — de preferência informando o local ou serviço em que foram 
utilizados;
fotos das atividades executadas no dia em questão; anexos — documentos que sejam pertinentes e/
ou confirmem informações importantes;
assinaturas das partes.
Quadro 01: Dados para o diário de obras
Fonte: autor 
É de crucial importância que o diário de obras seja de consciência de todos que 
possuem responsabilidade na obra, inclusive com assinatura do cliente e do engenheiro 
responsável pela obra, já que em uma eventual ação litigiosa ambos tenham a 
consciência do conteúdo ali disposto.
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Mas afinal qual a importância do diário de obras?
A dinâmica de uma obra pode imprimir mudanças, muitas das quais se não observadas 
podem ocasionar impactos em fases subsequentes em especial a indicação de um 
solicitante ou responsável.
Situações adversas como por exemplo alterações nas condições meteorológicas, 
acidentes, imprevistos, atrasos, falta de materiais ou mesmo alguma condição em 
que a mão de obra não apareça por motivo de força maior, é necessário que entre no 
relato do diário de obras. O diário de obras deve conter informações a respeito das 
equipes e suas dinâmicas, serviços e atividades em que estão envolvidas, quantidade 
de presentes, quais empreiteiros e subempreiteiros.
Tem papel essencial para a formação de um conhecimento entre o que pé planejado 
e o que é efetivamente feito comparando a produtividade real com o que está planejado, 
além de poder mostrar a presença dos envolvidos e relacionar com a qualidade do serviço 
que está sendo executado. Neste sentido é possível também entender em consulta 
futuras, como se deu um determinado evento, lições aprendidas, esclarecimento de 
dúvidas e resguarda o construtor e proporciona ao cliente segurança em aspectos 
contratuais, tornando a relação mais profissional.
15.2 Alvarás de construção / Projetos aprovados
O alvará é um documento de valor fiscalizatório mais significativos tanto para 
ações de fiscalização do município quanto para agentes fiscalizatórios de conselhos 
entre outros.
O alvará de construção, ou alvará de execução como é também conhecido é um 
certificado emitido pela prefeitura, que em síntese autoriza a execução da obra, assim 
como comprova que ela está em conformidade com normas e leis do município, e é 
obtida mediante a apresentação de alguns documentos, como os projetos arquitetônico 
e complementares (estrutural, hidráulico, elétrico, entre outros), sendo estes exigências 
mais especificas para cada prefeitura a depender do tipo de edificação, alguns 
documentos referentes ao imóvel são solicitados também no processo de emissão 
do alvará de construção, mediante pagamento de algumas taxas.
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ANOTE ISSO
As documentações exigidas podem variar de cidade para cidade, e o órgão interno 
pode ter os mais diversos nomes a depender da organização administrativo, mas 
geralmente procuramos por cadastro e aprovação de plantas. Se informe em seu 
município, mas costumam solicitar uma série de documentações para emissão do 
alvará. Geralmente disponibilizam nos sites, e alguns município podem realizar o 
processo via internet. São comuns os seguintes documentos:• Requerimento padrão fornecido pela prefeitura;
• Cópia da matrícula do imóvel atualizada (no máximo 180 dias);
• Cópia do documento de identidade do proprietário;
• Registro técnico do engenheiro ou arquiteto responsável;
• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e/ou Registro de Responsabilidade 
Técnica (RRT) de projeto e execução de todas as atividades técnicas exigíveis 
para a obra;
• Termo de Responsabilidade;
• Comprovante de quitação da taxa de expediente referente ao Alvará de 
Construção;
• Projetos Aprovados
• Algumas prefeituras permitem a solicitação do Alvará de Construção 
em conjunto com o pedido de aprovação do projeto. Em outros casos, é 
necessário ter os projetos já aprovados para solicitar o alvará.
O alvará de Construção é o documento que permite a execução, sejam novas 
construções, reformas ou mesmo demolições. A “aprovação” do projeto e eventuais 
licenças do órgão de órgãos ambientais pode ser solicitada, também a depender de 
prefeitura para prefeitura, e todos este processo visa manter a regularidade e segurança 
da obra, tanto dos profissionais envolvidos quando da edificação em si.
Uma vez feito este processo, a qualquer momento, ela poderá fazer vistorias em 
obra, de modo a conferir se todas as legislações estão sendo atendidas, e autuar em 
caso de não conformidade os responsáveis pela obra, inclusive mediante multa ou 
embargo, até que a situação se regularize. Este processo visa também responsabilizar 
os proprietários civil e criminalmente caso ocorra alguma complicação com a obra, 
em especial em relação as condições de segurança dos trabalhadores e construções 
vizinhas, caso não esteja com a obra dentro da regularidade.
Os procedimentos de aprovações de projetos antes do início da obra não servem 
exclusivamente para fins fiscalizatórios, como é a obtenção do alvará de construção, 
https://carluc.com.br/geral/engenheiro-civil/
https://carluc.com.br/documentos/o-que-e-art-de-engenharia-civl/
https://carluc.com.br/dicas-para-construir/projetos-de-engenharia-civil/
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mas envolve a confirmação se todos os requisitos e parâmetros urbanísticos foram 
atendidos, e a depender das legislações, tipo de edificação é necessário fazer com que 
o projeto também passe por outras secretarias que não exclusivamente a prefeitura, 
mas também órgão ambientais, e mesmo secretarias especificas como é o caso de 
secretarias de saúde (caso a edificação tenha alguma relação com a saúde).
Em edificações de maior de atividade potencialmente poluidora é necessário inclusive 
que seja obtidas licenças especiais em níveis de aprovação, que pode ir além do 
municipal, estadual ou federal, o que determina isto normalmente será a extensão da 
atividade e seu impacto no meio ambiente.
ISTO ESTÁ NA REDE
Quer saber mais sobre licenciamento ambiental é interessante que olhe no site do 
Ibama, no link abaixo entenderá o que é e quais são os objetivos do licenciamento 
ambiental, assim como quais atividades dependem de prévio licenciamento 
ambiental. É possível também entender que o Licenciamento ambiental é um dos 
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente.
Basta acessar o link: https://www.ibama.gov.br/laf/sobre-o-licenciamento-ambiental-
federal
15.4 Anotações de responsabilidade técnica / anotações de responsabilidade 
técnica
Como profissionais temos sempre que presar sobre a qualidade dos trabalhos que 
são desenvolvidos além de resguardá-los em relação a autoria e mesmo restringir 
nossa responsabilidade ao que está estrito ao exercício profissional que prestamos, 
logo devemo-nos documentar.
O documento que deve ser emitido seja para projeto, seja para execução, ou qualquer 
outra atividade de prestação de serviço dentro de nossa área de atuação, no caso 
dos engenheiros é a ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, Instituída pela Lei 
nº 6.496/77, é o instrumento que define, os responsáveis técnicos pela execução 
de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema 
Confea/Crea, inclusive para os efeitos legais.
É uma forma do profissional garantir o acervo do que produziu de sua autoria e 
comprova a experiência à medida que registra todas as atividades técnicas a qual 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://normativos.confea.org.br/downloads/6496-77.pdf
http://normativos.confea.org.br/downloads/6496-77.pdf
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desempenhou, garantindo ao profissional direitos autorais e o resguarda, de forma 
documental tem a comprovação da execução do serviço, e com isto pode, em caso de 
calote, usar como documento comprobatório de sua autoria, pois há certa vinculação 
contratual além de definir limites de responsabilidade técnica (civil e criminal).
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Quer saber mais sobre o que é ART e sua função acesso o link:
https://www.creasp.org.br/perguntas-frequentes/art-anotacao-de-responsabilidade-
tecnica/
É importante salientar que para os arquitetos, o documento envolvido é outro, RRT, 
registro de responsabilidade técnica, mas que cumpre função equivalente ao documento 
que é utilizado pelos engenheiros.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O Registro de Responsabilidade Técnica é o documento que comprova que projetos, 
obras ou serviços técnicos de Arquitetura e Urbanismo possuem um responsável 
devidamente habilitado e com situação regular perante o Conselho para realizar 
tais atividades. É uma proteção à sociedade e confere legitimidade ao profissional, 
fornecendo segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é 
contratado. 
Quer saber mais sobre: https://www.caubr.gov.br/1-para-que-serve-o-rrt/
15.6 Placas
Você deve se perguntar toda vez que passa na frente de uma placa, qual a função 
da mesma e para que serve, chegou o momento de descobrir então”!
É um instrumento para padronização na construção civil e é essencial para 
profissionais da área fazerem uso de suas “marcas”, além de ser uma obrigação prevista 
em lei. A lei 5.194/1966 responsável por regular as profissões de engenheiro, arquiteto 
e engenheiro-agrônomo descreve as características da atividade destes profissionais 
além de determinar os direitos e deveres. Um artigo específico desta Lei que é o Artigo 
16-menciona de forma clara a obrigatoriedade de uso da placa em obra, e por este 
https://www.caubr.gov.br/1-para-que-serve-o-rrt/
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artigo “Enquanto durar a execução de obras… é obrigatória a colocação e manutenção 
de placas visíveis e legíveis ao público…” e isto é independente de ser obra pública 
ou privada.
Em síntese ela cumpre uma função social que é informar, de maneira clara, a 
população os mais importantes detalhes da construção, ficando mais claro ainda 
quando se trata de obra desenvolvida que tenha função pública ou executada com 
capital público. É comum em obra privada serem colocadas como a previsão de tempo 
ou prazo de finalização, e obras publicas acompanham informações sobre tempo, 
custo, atividades, entre outras que administração pública achar necessária. Mas em 
ambas são obrigatório a presença dos profissionais responsáveis. A não formalização 
da placa em canteiro é motivo para a penalização, inclusive provocando prejuízos de 
origem fiscalizatória.
Mas o que deve constar na placa?
No Art. 16 da Lei 5194/1966 é bem claro todas as informações que devem ser 
descritas nesse instrumento, são elas:
• Nome do autor do projeto;
• Nome do coautor (es) do projeto (se houver);
• Aspectos técnicos e artísticos;
• Nome do (s) responsável (eis) que executarão a obra.
• Registros dos profissionais responsáveis (CPF, CNPJ, CREA, ART, Conselho 
Regional etc.). 
• Endereço e contatos da empresa/profissional que realizará o projeto.
15.7 Habite-se 
O Habite-se é em síntese um chamado de conclusão da obra,e simplesmente é 
um procedimento de emissão de certidão expedida pela prefeitura de um município 
depois da conclusão da obra e que mediante vistoria, e nenhuma pendência técnica 
ou legal atesta que o imóvel está em plenas condições de ser habitado.
Tal documento assegura que o imóvel foi construído ou reformado em acordo com 
as exigências legais estabelecidas pelo poder público, e cada prefeitura tem um código 
de obras próprio que rege cada qual os procedimentos para a obtenção do habite-se 
e para isto não possível listarmos quais são os procedimentos a serem executados.
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Este procedimento tem intuito de proteger quem faz a aquisição de um imóvel ou a 
contratação de um profissional para construção que a edificação passou por inspeção 
técnicas necessárias em termos de segurança técnica, documental de segurança 
dentro de requisitos legais.
Na prática significa que que o construtor remeteu o projeto da obra para órgãos 
competentes que aprovou e cumpriu todos os pontos comprometidos na aprovação 
assim como foi constatada em uma diligência pela própria prefeitura que avaliou todas 
as instalações: elétricas, hidráulicas, sanitárias e de combate à incêndios. Sem falar 
nas questões de infraestrutura do imóvel, que também deve respeitar especificações 
técnicas de acordo com critérios mínimos de qualidade e segurança.
Há também sanções para o próprio proprietário do imóvel que não possuir este 
registro de habite-se pois significa que não houve os procedimentos anteriormente 
colocados e com isto poderá ser multado, o profissional e o próprio proprietário que 
adentrou ao imóvel sem que houvesse qualificado pelo habite-se.
Alguns tipos de edificações também necessitam do auto de vistoria do corpo de 
Bombeiros e é uma certificação que considera o tipo de edificação, risco entre outros 
aspectos, e pode ser solicitado no procedimento do habite-se. A certificação do corpo 
de bombeiro serve para enquadrar a edificação dentro das normas e se ele obedece 
às condições de segurança contra incêndio estabelecido para o tipo de edificação e 
que também são necessárias conforme legislações municipais e estaduais.
Uma vez solicitado o Habite-se, é necessário aguardar pela vistoria no endereço 
do imóvel por responsável (engenheiro) da prefeitura, que a depender da presença 
de alguma irregularidade no imóvel poderá ser negado até que sejam providenciadas 
readequações pelo construtor.
É estreita a relação entre o habite-se e solicitações de financiamento imobiliário, 
e na qual estas instituições somente cedem financiamento se estiver o imóvel nos 
conformes da lei.
15.8 Registros e pendências documentais;
Bem provável que haja necessidade para a obtenção do habite-se a necessidade de 
vincular a documentação de quitações principalmente de débitos trabalhistas entre 
outros débitos de ordem fiscal do município, mas um dos documentos necessários 
(a depender da prefeitura) é a Certidão Negativa de Débitos (INSS) do Instituto 
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Nacional de Seguro Social (INSS). Isto visa também entender como se trabalharam de 
maneira formal e se as contribuições e encargos relativos a estes profissionais foram 
devidamente pagos no decorrer da obra além da comprovação que houve efetivamente 
o pagamento deles.
Caso a obra tenha sido feita de maneira informal, ou seja, sem apreciação do 
pagamento de nenhum encargo, haverá restrição quanto a obtenção do habite-se até 
que se regularize esta situação.
Existe também a regularização documental em um cartório específico para o registro 
de imóveis que pode variar de cidade para cidade, mas efetuação da averbação da 
construção na escritura do terreno e gerar um novo registro do imóvel, o cartório irá 
pedir o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras é emitido e a certidão negativa 
de débitos e inclusive com a necessidade de se apresentar do IPTU (em dia) já 
considerando o nome do novo proprietário, além de documentos de identificação do 
proprietário, como RG e CPF.
Vimos neste capítulo que existe um “encerramento” bastante burocrático na 
finalização da obra, pois precisamos em tese fazer os respectivos avisos aos órgãos 
públicos assim como habilitar o imóvel para que se torne habitável e transferido aos 
respectivos proprietários.
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CONCLUSÃO
Ao longo dos livros fizemos um estudo de qual deve ser a caminhada do profissional 
de engenharia para se tornar um bom planejador, que vai desde o conhecimento de 
como acontece a dinâmica do setor da construção civil e suas características até no 
que consiste no Planejamento e Gerenciamento de Obras e Serviços. 
Diante desta introdução falamos também de qual seria um Perfil Profissiográfico para 
engenheiro civil responsável pelo planejamento e gerenciamento de obras e de como, 
em começo de profissão pode se envolver na profissão por meio de Gerenciamento 
de atividade autônoma e de empresas na construção civil.
Para tanto foram abordados temas que vão desde Etapas de uma obra, conceito de 
Administração, Gestão e Gerenciamento de obras, para entendermos como podemos 
fazer uso de Técnicas de planejamento, como desenvolver o Orçamento, entender a 
relação do cronograma, Diagrama de redes, Curvas ABC e Planos globais e setoriais 
para desenvolver de forma eficiente o processo da obra.
Não poderíamos deixar de abordar aspectos essenciais para o Gerenciamento 
de equipe, pois é dentre as indústrias produtivas uma das que mais precisam de 
recursos humanos e com isto habilidade de gerenciamento de equipe e informações 
são necessárias.
Deixamos para o final a análise da qualidade do empreendimento quanto a viabilidade 
técnica e econômica assim como suas técnicas e modelos, já que passando pelo 
amplo conhecimento de todas as variáveis envolvidas consiga ter uma visão ampla. 
Como todo o processo de desenvolvimento de planejamento precisa ter um começo, 
meio e fim, entendemos que seria oportuno a colocação do “encerramento” obra 
coincidente com este último capítulo de modo entender que não é simplesmente 
encerrar a obra, mas sim cumprir uma série de ritos necessários para a finalização dele.
Espero que tenha gostado!
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
Título: Como Preparar Orçamentos de Obras
Autor: Aldo Dórea Mattos
Editora: Oficina de textos
Sinopse: O cálculo de custos e orçamento é essencial 
desde a concepção da obra, na tomada correta 
de decisões acerca da viabilidade de um projeto 
ou como documento fundamental em processos 
de licitação. Como preparar orçamento de obras 
apresenta todos os conceitos e informações 
necessárias para o cálculo correto dos custos da 
construção, desde o levantamento de quantidades 
e a composição de custos – com detalhamento de 
custos de mão de obra, materiais, equipamentos, 
custos indiretos e acessórios – contratações como 
terraplenagem, previsão de lucros e impostos, BDI, desbalanceamento e licitações.
Ao longo da obra o autor apresenta dicas para o orçamentista, exemplos de cálculo 
e modelos de planilhas e formulários. Amplamente ilustrado e com uma linguagem 
precisa e objetiva, como preparar orçamento de obras é uma referência indispensável 
para estudantes e profissionais da construção civil.
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FILME
Título: Men At Lunch (2012)
Ano: 2012
Sinopse: Este documentário 
vai mais a fundo sobre os 
detalhes dos personagens 
e do contexto de uma das 
fotografias mais famosas 
do mundo: “Lunch Atop a 
Skyscrapper” (Ou almoço no 
topo de um arranha-céu) tirada 
em 1932 por Charles C. Ebbets. 
A imagem foi feita nos últimos meses de construção do RockefellerCenter em nova 
Iorque, e choca por mostrar as precárias condições de segurança dos trabalhadores 
que a protagonizam, que também eram, em sua maioria, imigrantes.
WEB
[A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) foi fundada em 1957, no 
Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de tratar das questões ligadas à Indústria 
da Construção e ao Mercado Imobiliário; e de ser a representante institucional do 
setor no Brasil e no exterior. É uma importante fonte de consulta para profissionais 
que pretendem desenvolver-se no mercado da construção civil, em especial com o 
gerenciamento de obras.]
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de 14 de dezembro de 2006, altera as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 
24 de julho de 1991, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, 8.029, de 12 de 
abril de 1990, e dá outras providências. - Regula o exercício do microempreendedor 
individual e dá outras providências. Distrito federal, 1966.
Brasil, 5.194/66. LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966. - Regula o exercício 
das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras 
providências. Distrito federal, 1966.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14133.htm
https://www.gupy.io/blog/soft-skills
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	O setor da construção civil e suas características
	O que Consiste no Planejamento e Gerenciamento de Obras e Serviços 
	Perfil Profissiográfico para Engenheiro Civil Responsável pelo Planejamento e Gerenciamento de Obras
	Gerenciamento de Atividade Autônoma e de Empresas na Construção Civil
	Etapas de uma Obra
	Administração, Gestão e Gerenciamento de Obras
	Técnicas de Planejamento
	Orçamento
	Cronogramas 
	Diagrama de Redes
	Curva ABC
	Planos Globais e Setoriais
	Gerenciamento de Equipe
	Análise da Qualidade do Empreendimento:Técnicas, Modelos e Estudo de Caso
	Diário de Obra, Documentações em Obra e Registros de Controlede tipo de fundação.
5. Estrutura
• caixaria, sustentação
• Colunas, vigas e lajes feitas de concreto armado que ficam acima do solo.
6. Alvenaria
• tipos de vedação, 
• levantamento de paredes internas e externas.
7. Cobertura
• tipo de telhado, estrutura de telhado, sistema de coleta de água pluvial
8. Instalação hidráulica
• água fria, 
• água quente
• esgoto. 
• sistemas auxiliares aquecimento solar
9. Instalação elétrica
• Circuitos elétricos
• sistemas de iluminação
• TUG e TUE.
• quadro de distribuição, 
• internet e comunicação 
10. Esquadrias
• Portas
• Janelas
• outros de vedação.
11. Impermeabilização
• fundações, 
• paredes
• áreas molhadas
• ambientes sujeitos a infiltrações e umidade.
12. Revestimentos e Acabamentos
• pisos, 
• azulejos, 
• porcelanatos e cerâmicas nas paredes e chão.
13. Vidros
• Instalação de vidros em portas, janelas, armários e demais locais. 
14. Pinturas
• tipos de acabamentos, tintas e texturas nas paredes, tetos e chão das áreas internas e externas.
15. Serviços complementares
• ar-condicionado, 
• gás, 
• telefone e
• internet. 
16. outros serviços
• jardinagem, 
• automação
• muros, grades, portões e
17. finalização de obra
• limpeza final
• vistoria
• Habite-se”
• ”Alvará do Corpo de Bombeiros” 
• “averbação da área construída no Cartório de Imóveis”.
• documentação de entrega (manuais)
Quadro 01 – Exemplo de planejamento de uma casa
Fonte: autor
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Uma vez estabelecido cada um dos sistemas que comporão a edificação e a estas 
etapas que podem compreender o projeto damos o nome de condições de contorno, 
que na verdade trata-se de uma análise preliminar, e à medida que for feita análise, 
podem ser incluídas ou excluídas a depender da complexidade do projeto. 
2.2 Técnica orçamentária.
A próxima etapa seria a técnica orçamentária, que envolve a orçamentação e o 
orçamento, e aqui precisamos distinguir dois conceitos. 
Figura 1. Técnica orçamentária, orçamentação e orçamento
Fonte: autor
Orçamentação é o processo de análise sobre todo o conjunto de informações, 
como os próprios projetos, especificações, condições de obra, e no caso de licitações, 
envolveria análise de editais, informações fornecidas no processo licitatório, estudos 
de viabilidade técnica, econômica, operacional e tudo que fosse necessária para o 
fechamento do orçamento, logo orçamento é o processo que levará ao fechamento do 
orçamento. Técnica orçamentária visa: identificação, descrição, quantificação, análise 
e valoração/valorização de uma grande série de itens.
Orçamento é produto da orçamentação, logo ele é representativo e descritivo, quanto 
às etapas, especificação dos quantitativos, índices e respectivos preços de aquisição 
e venda (considerando BDI e impostos), assim como o desbalanceamento quanto a 
entradas financeiras, conforme etapas, fluxos de caixa considerando todas as etapas 
das obras. São atributos do orçamento: Aproximação, especificidade e temporalidade.
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Figura 02– Orçamentação e Orçamento 
Fonte: autor
Toda análise começa analisando as condições de contorno, como os próprios 
projetos, condições de contratos e licitações, análise de edital (obras públicas), 
especificações técnicas, consulta a normas e legislações, sondagens, e visitas no local.
Figura 03 – condições de contorno 
 Fonte: autor
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Uma vez feitas as análises de condições de contorno são necessárias que 
desenvolvamos a composição de custos, e aí sim voltamos no desdobramento das 
atividades que compõe a obra, é habitual a separação por atividade, tarefas e etapas, 
escalonando do mais complexo para o menos complexo, tal como acontece na obra, o 
que auxilia no entendimento do processo produtivo. Dentro de cada uma destas etapas 
devem ser descritos os serviços, considerando insumos, materiais, equipamentos e 
mão de obra necessária, com suas respectivas unidades de modo a compor o custo 
unitário, que é feito por meio do levantamento de quantitativos.
Figura 04: composição de custos
Fonte: autor
Existe nesta etapa a discriminação dos custos diretos que são os serviços de 
campo com as respectivas quantidades requeridas, unitários e por vezes podendo 
ser representada por verbas. É nesta etapa que também são feitas as discriminações 
quanto aos custos indiretos, que são as despesas gerais obra (contas, materiais de 
escritório e limpeza etc.), salários serv. equipe administrativa.
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Uma vez que consegue fazer todas estas descrições de quantitativos parte-se para 
a cotação dos preços, que pode ser obtida por coleta direta em fornecedores, tabelas 
referenciadas como (sinapi/caixa econômica por exemplo), ou mesmo base de dados 
de instituições financeiras e de pesquisa aplicada (como entidades de classe).
É na etapa de composição de custos que são feitas as definições de encargos sociais 
e trabalhistas, normalmente representadas em porcentagens sobre o custo da mão 
de obra por hora trabalhada / produtividade e sobre os quais se aplicam coeficientes 
e os benefícios (quando existirem).
Não é somente de composição dos custos que se referencia o orçamento, é necessário 
ainda trabalhar sobre ele questão da lucratividade, dos impostos, e direcionar a relação 
entre o que entraria de dinheiro em cada uma das etapas e o que seria gasto. Desta 
forma para o Fechamento do orçamento é preciso definição da lucratividade e muitas 
das quais dependem de condições intrínsecas e extrínsecas da obra, como por exemplo, 
momento da economia e cenários possíveis, concorrência e preços praticados, riscos 
envolvidos, capital aplicado e retorno, entre outros aspectos os quais dependerão 
diretamente da análise de indicadores econômicos e experiência do profissional. 
Figura 05: fechamento do orçamento 
Fonte: autor
Também para o fechamento do orçamento é necessário que desenvolva o Cálculo do 
BDI - Budget Difference Income, que no Brasil foi traduzido como Benefícios e Despesas 
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Indiretas e que consiste em diluir todos os tipos de custos que de uma forma ou de 
outra não aparecem como explicitadas nos itens descritos (taxa e emolumentos). 
Como é feito? Normalmente se aplicam fatores que representam o custo indireto e o 
lucro, que também é dado o nome de fator de majoração de BDI. Benefícios e despesas 
indiretas, são normalmente expressas em percentual.
Durante todo este processo, que não é necessariamente linear, um melhoramento 
do nível de informação a medida de que orçamento será composto e durante todo 
o processo de elaboração, normalmente buscam-se informações nas mais diversas 
fontes, e com isto vai fazendo um melhoramento qualitativo, além de uma imersão nas 
etapas das obras. Por isto ao final, normalmente o profissional consegue desenvolver 
uma análise de entradas financeiras e referenciar o custeamento das etapas. Para 
isto ele possui dois instrumentos, o primeiro seria o cronograma físico-financeiro e 
o outros seria desbalanceamento de planilha, embora possam parecer próximos em 
suas funções tem objetivos diferentes.
O cronograma físico financeiro é tentar correlacionar as etapas com quantidade de 
investimento para que cada etapa aconteça, já o desbalanceamento da planilha tem 
por objetivo adequar as entradas financeira de modo a manter o equilíbrio durante a 
obra, logo é uma jogada de preço para etapas que primordialmente podem ajudar na 
alavancagem do processo.
Para ficar mais fácil visualizar a técnica orçamentária no processo de planejamento 
o diagrama a seguir resumo de maneira bem sucinta as etapas.
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Figura 06: visão geral da técnica orçamentária.
Fonte: autor 
O conceito de gerenciamento está associado em sua plenitude que vai da concepção, 
diferenciação de todas as etapas, considerando o conjunto de insumos para execução 
e finalização de todas as etapas, e a garantia de que todas as atividades irão confluir 
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para a finalização da obra, dentro das diretrizes estabelecidas pelo projeto, e tendo 
por base o cronograma físico-financeiro e a planilha de custos.
O projeto será então o norteador para contratação de mão de obra, compra de 
materiais e disponibilização de equipamentos que precisam, que associados ao tempo 
de execução garantirão o direcionamento para plano de condições para desdobramento 
do planejamento. 
O gerenciamento já começa com lançamento da obra propriamente dita, como 
a organização do processo produtivo, do processo de compra e disponibilização de 
material, entrada, armazenagem, processamento, contratação de mão de obras, serviços 
equipamentos, organização de frente de trabalho, e todas as demais necessidade para 
que se estabeleça um processo produtivo da obra.
ANOTE ISSO
O planejamento envolve as etapas prévias a execução da obra em tem por intuito 
criar insumos informacionais para o gerenciamento, é por meio dele que viabiliza 
o custo da obra, diferencia-se as etapas, insumos, mão de obra e equipamentos, e 
viabiliza cenários possíveis considerando custos e prazo.
O gerenciamento acontece somente depois de feita toda análise prévia, e é o 
processo produtivo sendo viabilizado e balizado pela etapa de planejamento, as 
alterações que porventura venham a acontecer precisam estar referenciadas no 
planejamento e a tomada de decisão deve considerar as condições anteriormente 
colocadas.
2.3 Contratação de profissionais.
Normalmente é nesta etapa que se contrata todos os profissionais que se 
envolverão com o processo produtivo, por isto é necessária a organização documental 
e direcionamento de procedimentos de recursos humanos necessários assim como 
a observação de rotinas trabalhistas essenciais a cada etapa. Salvo os profissionais 
que atuam no desenvolvimento do projeto, logo ficam na etapa de planejamento, é 
necessário que se observe o fluxo de contratação para todas as demais etapas, como 
por exemplo.
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Empreiteiro ou mestre de obra – responsável pela coordenação da mão de obra nas etapas conforme 
direcionamento do engenheiro ou arquiteto responsável.
Almoxarife – responsável pela entrada, conferência, disponibilização de materiais e lançamento de 
notas fiscais (controle)
Carpinteiro – responsável por todo o processo em que envolve madeira, geralmente maior demanda 
para caixarias.
Armadores – responsável por desenvolver toda a parte de armaduras e ferragens para estruturar os 
elementos de concreto.
Pedreiro – desenvolve atividades que vão desde a perfuração de fundação, o lançamento concreto, 
assentamento de alvenaria e acabamentos de um modo geral.
Servente – tem por função auxiliar os trabalhadores das obras responsáveis pelas etapas, como por 
exemplo o transporte de material, preparação de argamassas e atividades secundárias as atividades 
principais.
Encanador – faz o desenvolvimento de tubulações desde as fases iniciais até os acabamentos.
Eletricista – tem opor função também fazer o desenvolvimento dos sistemas de eletricidade, iluminação 
e comunicação e outros associados.
Pintor – desenvolve acabamento de pintura, texturas, revestimentos especiais e tem ligação com as 
etapas de finalização de uma obra.
Gesseiro – envolve-se na parte de acabamento que pode ser tanto de parede (gesso acartonado por 
exemplo) como componentes de gesso como revestimentos e forro.
Telhadista – normalmente quando se desenvolver telhados de madeira ou estrutura metálica, irá exigir 
mão de obrar mais especializada e na maioria das vezes amparado por desenhos técnicos do projeto 
para desenvolver todo o sistema de cobertura assim com de coleta e direcionamento da água da chuva.
Pós-obra – conjunto de profissionais especializados para limpeza e liberação para condições de uso, 
por meio de limpeza “pesada” e para liberação da obra.
Paisagista – tem a especialidade e sua entrada na obra é direcionada por projeto para orientação dos 
tipos de espécies a serem usadas assim como orienta os serviços de jardinaria 
Arquiteto/Decorador – se não contratados junto com o projeto arquitetônico, sua entrada, ao final visam 
desenvolver projeto de mobiliário considerando a disposição dos móveis e maneja o aproveitamento 
de espaço.
Quadro 02 – profissionais a serem contratados
Fonte: autor 
2.4 Natureza da contratação
Embora seja na fase de planejamento que se estabeleça quais os tipos de profissionais que 
estão previstos para cada etapa da obra, e que para fins de orçamento foram consideradas 
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condições ideais, geralmente a contratação acontecerá na fase gerenciamento, e a 
depender do momento e circunstâncias, pode parecer mais vantajoso optar por um tipo 
de contratação, e com isto gerar economia em relação ao orçamento. 
Para tanto o profissional que estiver desenvolvendo a contratação precisa além 
de ter uma análise de contexto bastante precisa, é necessário que entenda cada um 
dos tipos possíveis de contratação, além de prós e contras para tomada de decisão. 
Para contratação destes profissionais existem algumas modalidades de contratação:
• Preço Fechado ou Empreitada por Preço Global:
• Preço de Custo ou Construção por Administração:
• Preço Máximo Garantido ou PMG:
• Tomada de Preços ou Empreitada por Preços Unitários:
• Regime de CLT:
Vejamos cada um deles e qual é pós e contras de cada um deles:
Figura 07: tipos de contrato
Fonte: autor 
Observamos que o planejamento consiste em uma etapa bastante densa no sentido 
de ser fonte informacional e que ditará os caminhos a que se direcionaram todas 
as etapas para que a meta aconteça, e a obra transcorra sem grandes desvios. Não 
existe tomada de decisão no gerenciamento da obra sem que haja a verificação na 
fase de planejamento.
O gerenciamento por sua vez envolve além de recursos humanos, toda a 
operacionalização do processo produtivo de modo a viabilizar o planejado e também 
é a etapa em que consideremos todas as diretrizes previstas desde a fase de projeto 
até o gerenciamento do custo e atendimento às especificações técnicas.
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CAPÍTULO 3
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO 
PARA ENGENHEIRO 
CIVIL RESPONSÁVEL 
PELO PLANEJAMENTO E 
GERENCIAMENTO DE OBRAS
Discutir sobre o que seria o perfil do engenheiro civil, principalmente nos tempos atuais 
não é uma tarefa nada fácil, ainda mais diante das aceleradas mudanças que estão 
acontecendo no mercado de trabalho, mas discorreremos um pouco sobre habilidade e 
competências que precisa ter ao entrar no mercado de trabalho.
3.1 Habilidades e Competências
Enquanto estudante há um direcionamento da formação em desenvolver competências, 
em especial baseadas nos conteúdos que as disciplinas do curso, e este conjunto de 
competências, são conhecidas no mercado de trabalho como hard skills, traduzindo seriam 
as competências “duras”. Duras no sentido de serem técnicas, de conhecimento aplicado, 
como a hidráulica, cálculo, resistência dos materiais entre outras, e são um conjunto 
de conhecimentos especializados e cuja aplicabilidade dependerá das circunstâncias 
e momento profissional na qual se encontra. Por analogia, as hard skills equivalem aos 
fundamentos, a “fundação” do seu conhecimento, sobre os quais a sua carreira pode ser 
“construída”, logo são competência objetivas.
Mas para a atuação profissionalbasta apenas as hard skills para a manutenção da 
empregabilidade?
Há um consenso por parte dos recrutadores e empresas que somente a hardskills não 
garantem a empregabilidade, pois é o que se espera de um profissional que ele domine 
o conteúdo do serviço que prestará.
O que está muito em voga hoje são as habilidades e competências sociocomportamentais 
e emocionais, e que são denominadas como softskills, traduzindo seria o mesmo que 
“suave”, “leve”, conceito este que deriva da impossibilidade de se medir, tal como as hardskills, 
são atitudinais, levam em consideração a subjetividade, e de como o mesmo reage ao 
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meio, diante de circunstâncias profissionais, que envolvem problemas, pessoas entre 
outras variáveis do mundo do trabalho.
O fato é que o mercado de trabalho exige cada vez mais as softskills, habilidades estas, 
que não aprendemos no banco da faculdade. As empresas por sua vez, na grande maioria 
dos casos, pelo ritmo de trabalho não conseguem ao integrarem os novos colaboradores, 
promover treinamentos para o desenvolvimento destas habilidades. Sim, as softskills são 
habilidades que conseguimos treinar! Logo sua obtenção é feita na prática.
Mas quais são estas Softskills tão desejadas pelo mercado de trabalho? 
ISTO ESTÁ NA REDE
Vamos fazer um exercício aplicado para tentar entender o que as empresas e 
sites especializados em RH estão percebendo com sendo softskills, e como elas 
encaram as habilidades necessárias para o profissional que pretende entrar neste 
disputado mercado?
O exercício é legal para ficarmos bem-informados, e na sequência discutiremos em 
quais circunstâncias a utilizaremos diante dos desafios profissionais. 
3.2 Se atualizando nas Habilidades e Competências
Vamos fazer da seguinte forma, lance uma pergunta igual ou similar a colocada abaixo 
em qualquer um dos seus navegadores no seu computador ligado à internet:
Quais são as softskills desejadas para o profissional de engenharia civil na atualidade?
Selecione ao menos duas fontes de informação, as que achar mais interessante! O 
exercício é o seguinte, a partir do texto escolhido, faremos o lançamento dele, da forma 
com que ele aparece, simplesmente copiando e colando no site conforme instruções 
abaixo. Vamos fazer uma nuvem de palavras (tal como apresentado na figura), e para 
isto usaremos o site: https://www.wordclouds.com/.
Figura 01: nuvem de palavras
Fonte: https://www.wordclouds.com/.
https://www.wordclouds.com/
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Antes de fazer a cópia e colagem, acesso o menu Shape, que é forma, qual quiser, e 
dentro do menu aparecerá a janela abaixo, agora o shape(formato), e siga os próximos 
passos. 
Figura 02: escolha do shape
Fonte: https://www.wordclouds.com
Feito isto iremos agora fazer a cópia do site e colagem, indo na barra de comando 
denominada wordlist e depois escolher a opção extracts words from text. 
Figura 03: extract words from Tex
Fonte: https://www.wordclouds.com
Tomada a ação de extract words from text, abrirá uma janela (tal como no exemplo 
a seguir) na qual poderá colar o texto copiado do site, após isto clicar em apply. Você 
também tem a opção de inserir o link da webpage. 
Figura 04: extract words from Text e caixa de inserção do texto
Fonte: https://www.wordclouds.com
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Figura 05: extract words from Text e webpage
Fonte: https://www.wordclouds.com
ISTO ESTÁ NA REDE
O exercício proposto não foi aleatório, e sim já é uma preparação para perceber 
quais habilidades já possui e quais habilidades precisa desenvolver e já estaremos 
um passo adiante, pois ao discutirmos, terá mais de um ponto de vista sobre o 
que são as softskills. Fizemos o exercício e olha o que deu no nosso resultado, 
considerando o site gupy: https://www.gupy.io/blog/soft-skills
Figura 06: Resultado da Nuvens de palavras.
Fonte: https://www.wordclouds.com
https://www.gupy.io/blog/soft-skills
https://www.wordclouds.com
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Perceba que as palavras estão apresentadas em diferentes formatos e diferentes 
cores, e se o texto colocado for tão bom quanto o nosso, verificará que as palavras 
de maior relevância conceitual tendem a se aproximar do centro, em tamanho e cor 
diferenciada.
Percebe-se que se diferenciam no contexto geral a criatividade, a comunicação, 
tecnológica, no nosso caso merecem destaque, dentre outras, e estão condizentes 
com o momento que as empresas estão cada vez mais demandantes de profissionais 
que ao mesmo tempo sejam criativos, saibam se comunicar e tenham aderências às 
tecnologias. Perceba que nesta nuvem os demais conceitos foram proporcionalmente 
distribuídos apresentando igual relevância o que pode nos indicar que suas relevâncias 
são equiparadas, e igualmente importantes.
3.3 Empregabilidade 
Vamos falar de boa parte delas, como por exemplo o trabalho em equipe, colaboração, 
organização e gestão do tempo, capacidade de trabalhar sob pressão, comunicação, 
flexibilidade, segurança que já eram habilidades essenciais para qualquer tipo de 
profissional e isto o mercado já exigia, mas que diante dos novos desafios, precisam 
ser correlacionadas com habilidades, digamos assim, mais atualizadas, dentre as 
quais podemos destacar:
1. Comunicação – interna e externa
2. Marketing e branding – venda
3. Domínio das linguagens (línguas, programação, internet e redes sociais)
4. Networking 
5. Conversão tecnológica – moldar-se adaptar-se o que surge na evolução tecnológica /Interesse 
por tecnologia (disruptiva)
6. Controle e métricas – o que não é medido não existe, tomada de decisão 
7. Criatividade (soluções simples para problemas complexos)
8. Métodos construtivos atuais 
9. Não medo de inovação (tolerância a frustação)
10. Repertório 
11. Multidisciplinar (especialização diversificada - microlearning)
12. Liderança e inteligência social 
13. Atento e observador (double check)
14. O todo pela parte e a parte pelo todo (resolução do nós)
15. (Des)Aprender e reaprender - despego
16. Ócio criativo e responsável
Quadro 01: Resultado da Nuvens de palavras.
Fonte: https://www.wordclouds.com
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Vamos discorrer sobre cada uma destes e amarrá-los com a prática profissional.
A primeira dela é a habilidade de se comunicar, em quando falamos estamos 
falando de uma comunicação assertiva, objetiva e adaptada a cada tipo de público 
com a qual o profissional de engenharia se relacionará. Uma situação é desenvolver 
qualquer tipo de conversa com o diretor da empresa de engenharia, outra é desenvolver 
a comunicação com pessoas do setor produtivo, logo há um cuidado entre a mensagem 
emitida e a forma com a qual o interlocutor a recepcionará. 
Hoje no mercado existe também a necessidade de os profissionais transmitirem 
a “imagem profissional”, de como elas serão percebidas, dentro e fora das empresas, 
e por mais que tenha uma imagem profissional em uma empresa, é necessário que 
se tenha a responsabilidade de formar as suas próprias marcas pessoais, os termos 
mais utilizados para isto é marketing e branding, que nada mais é que a divulgação 
de sua marca, sua característica.
Existe também a necessidade do desenvolvimento de domínio das linguagens, 
mas não fica restrito a um idioma, e sim à múltiplas linguagens de comunicação. 
A internet trouxe um aumento expressivo de possibilidades, além do conteúdo, nas 
quais podemos nos habilitar a fazer os mais diversos cursos, e dentre ele de mais de 
uma língua, vemos também a possibilidade de nos comunicarmos pela mesma, seja 
por redes sociais, redes profissionais, e para isto além do domínio das ferramentas 
dos aplicativos a linguagempela qual devemos expressar é direcionada a cada tipo 
de publico que pretendemos interagir, há assim a linguagem para formatarmos nosso 
Branding, que a pouco falamos, e que irão nos profissionalizar. Em alguns contextos 
profissionais também podem ser-nos exigido o domínio de uma determinada linguagem 
inclusive de programação de linguagem de programação, já que cada vez mais os 
trabalhos estão exigindo múltiplas habilidades.
Existe no mercado um direcionamento e até certo ponto expectativa que o profissional 
se diferencie por si próprio, mas é preciso ter consciência que nenhum profissional 
consegue atingir um nível de excelência sozinho. Para tanto o profissional precisa criar 
e contar com uma rede de relacionamento, que vai sendo montada no seu percurso 
profissional, fortalecendo suas relações comerciais. Mas qual o objetivo de termos esta 
rede de relacionamento, são extremamente úteis, principalmente quando baseadas na 
confiança e no respeito, pois auxiliam na resolução dos problemas, criam oportunidades 
de negócio e crescimento profissional, ajudam a indicar novos trabalhos e com isto vai 
se destacando no mercado profissional. Quando executa bons trabalhos, o feedback 
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é o quanto esta rede de relacionamento lhe ajudar na divulgação do seu trabalho e 
seu talento. O nome mais comum de ser utilizado é o networking, que mesma forma 
que poderá pedir favores, deve também desenvolver habilidade de auxiliar os outros.
A convergência tecnológica é um fato inevitável nos dias atuais, e aqui não 
estamos falando apenas das suas relações em redes sociais, redes de relacionamento 
profissional (como o linkedin, por exemplo), tem relação direta nas novas metodologias 
de trabalho que estão aparecendo, para que colaborativamente sejam desenvolvidas 
as atividades nas empresas. Num mundo cada vez mais virtualizado, direcionado 
a multiplataformas e intenso uso de recursos computacionais, dentro da área da 
engenharia, o BIM - Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da 
Construção, é a mais nova forma de conceber uma edificação com profissionais de 
múltiplas especialidades, cada qual dando sua contribuição (arquitetônico, estrutural, 
hidráulico, elétrico entre outros) numa plataforma que compatibiliza e gera todas as 
informações do projeto de forma integrada.
Embora o engenheiro seja um profissional que trabalhe bem com número, 
principalmente quando estamos falando de desenvolvimento dos cálculos para um 
projeto, ele raramente sabe trabalhar com medições e rendimento de seu próprio 
trabalho e sua equipe, e no mundo do trabalho, o que não é medido, não existe. A 
mensuração serve para apoio na tomada de decisão.
Em um canteiro de obras, boa parte do desenvolvimento dos trabalhos necessita, na 
maioria das vezes, convergem para numa administração conjunta de materiais, pessoas 
e equipamentos, e quando qualquer um desses faltam numa etapa em específico, por 
mais simples que uma atividade seja, pode tornar verdadeira uma “dor de cabeça”, 
por vezes os profissional precisará fazer uso de sua criatividade vem no sentido de 
administra múltiplas variáveis, de problemas complexos de maneira simples.
O engenheiro civil que já se encontra-se trabalhando no mercado é um profissional que 
por natureza precisa ser um pesquisador nato, pois todos os dias são disponibilizados 
novas tecnologias construtivas, novos materiais, novos métodos de trabalho, e por 
isto precisar estar antenado.
A atividade laboral, na maioria das vezes nos condiciona ao que é habitual, ao 
que está à disposição, muito em função do ritmo que se imprime nas obras e nas 
execuções das atividades, o que condiciona o profissional sempre aplicar a mesma 
tecnologia, a mesma solução, muito disto deriva de um medo ao novo, ou de um jeito 
diferente de se fazer. Sendo assim a capacidade de inovação é uma das características 
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desejadas ao profissional, e o sentimento de “erro” ou intolerância a frustação pode 
gerar o desconforto ao tentar inovar.
Os dois últimos pontos nos levam o direcionamento de nossa conversa para a 
aquisição do repertório, ou seja, é a obtenção de conhecimento teórico e tácito, e 
isto somente é possível se adquirir com a evolução da atividade profissional, adquirir 
repertório direciona o profissional a uma melhor tomada de decisão, algo que diretamente 
lhe favorece na evolução na carreira.
Outro grande mito que temos ao chegar ao mercado de trabalho é que precisaremos 
fazer uma ou duas especializações, no sentido de educação formal, para áreas afins a 
nossa prática profissional, mas tem ficado evidente que cada vez mais as empresas 
não estão mais buscando este tipo de profissional, já que em meio na necessidade 
múltiplas habilidades e múltiplos conhecimentos, e a capacidade de interrelação, vem 
exigindo dos profissionais a obtenção de pequenos conhecimentos multidisciplinares 
de diversas áreas de conhecimento, ou seja, uma especialização diversificada, o que 
hoje o mercado denomina microlearning, que nada mais é a diversificação de pequenos 
conhecimentos.
O engenheiro seja na fase de planejamento seja na fase de gerenciamento precisa 
ter a habilidade de liderar, mas sobretudo ter inteligência social que é a capacidade de 
buscar as melhoras características dos profissionais que trabalha alinhado a atividade 
que se destinam, principalmente quando estamos falando de subordinados. A forma 
também de se comportar em relação aos quadros diretivos das empresas, que na 
maioria das vezes, estamos falando de processos negociais e para isto precisar ter a 
inteligência de observar seus interlocutores para direcionar as ações.
Já manifestamos anteriormente que o profissional de engenharia deve ser analítico, 
mas ao mesmo tempo cuidadoso, em especial em suas entregas de trabalho, já que 
de seu trabalho derivam outras atividades de outros profissionais e por conta disto 
precisa sempre estar atento e ser um observador, é comum que o profissional de 
engenharia sempre faça um double check.
Embora responsável, e tendo as entregas derivadas de suas ações é necessário 
que sempre o profissional tenha em mente que não desenvolve o trabalho sozinho, 
e que seus resultados são na verdade a parte pelo todo e o todo pela parte, o que 
isto significa, que os méritos sempre serão em defesa do nós.
Você alguma vez se deparou com a seguinte situação, estar bastante convicto de 
uma situação, tendo claro os conceitos, e inclusive já tendo praticado a execução 
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de uma determinada tarefa, mas que diante de uma nova situação semelhante o 
resultado não foi o mesmo? no mínimo deve ter achado estranho! Sim esta é o mundo 
que estamos vivendo, em que os profissionais, por mais experiência que possuam 
tenham a capacidade de (Des)aprender e reaprender, literalmente precisam a aprender 
a desapegar. 
Outra situação muito comum dos profissionais de engenharia atualmente é a 
execução de diversas atividades, e até certo ponto um presenteísmo, inclusive para 
fazer frente as suas demandas profissionais e econômicas, mas em tempos que o 
mundo vive acelerado, em que os sistemas de comunicação nos colocam antenados 
o tempo todo é necessário que desenvolvamos a capacidade de simplesmente para, 
de entrar em um estado de contemplação, uma pausa, o que para muitos teóricos da 
área de criatividade, entendem como sendo ócio criativo. Para que serve? Ele é um 
momento que o cérebro entra em um estado de relaxamento e com isto “desenvolve” 
soluções mais criativas para informações que porventura passaram despercebidas 
no momento de tensão ou de muita atenção no dia a dia do trabalho.
Mas a manutenção da empregabilidade hoje, independente da profissão está me 
trabalhar habilidades socioemocionais querecebem o nome genérico de softskills, 
e estas não são ensinadas, mas sim desenvolvidas por meio da vivência prática da 
profissão, ou seja são habilidades que se obtém como desenvolvimento profissional 
típicas de atividades do dia-a-dia profissional, como a criatividade, resiliência, trabalho 
colaborativo, organização, comunicação, negociação, entre outras que podem fazer 
diferença nos desafios profissionais.
Ufa! Muita coisa não? Sim realmente é bastante coisa, mas a oportunização deste 
tipo de conteúdo te coloca em vantagem, já que vai olhar para o conteúdo da disciplina 
de um jeito diferente, e ainda mais, será transformador para o desenvolvimento de 
suas softskills com bastante antecedência em relação aos demais profissionais que 
somente vão descobrir.
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CAPÍTULO 4
GERENCIAMENTO DE ATIVIDADE 
AUTÔNOMA E DE EMPRESAS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
As rotinas da profissão, principalmente trabalhando como autônomo ou prestador 
de serviço em empresas ligadas à construção civil, devem ser precedidas por uma 
série de rotinas, para garantir o pleno exercício profissional ou que a operação da 
empresa, se desenvolva de maneira correta sem contratempos. 
Para isto deverá desenvolver além do registro no órgão de classe, também o 
desenvolvimento, no caso de empresas de uma série de rotinas em relação aos órgãos 
públicos no caso de ser formalizado como empresa.
A ideia desta unidade é lhe paramentar com as informações essenciais tanto na 
criação como na gestão de empresas relacionadas à construção civil. cruciais para que 
consiga se desenvolver como profissional em sua atividade dentro da construção civil.
4.1 Das obrigações primárias 
Enquanto profissional, dentro os primeiros movimentos que deve ter, logo ao se 
formar, é da geração da documentação, que te ateste competente à função por meio 
do registro profissional, no ramo de engenharia, no Brasil, a instituição responsável 
é o Crea - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - responsável por fiscalizar 
e regulamentar atividades profissionais da engenharia, agronomia. É também esta 
autárquica dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada ao Confea que 
delimita as atribuições dos seus profissionais e com isto garante a prática profissional 
dentro das responsabilidades profissionais.
Da mesma forma que o profissional precisa garantir seu registro, é comum que com 
a evolução profissional, monte um negócio, e com isto, seja detentor de uma CNPJ, 
que é uma maneira de alterar ou regularizar sua atuação como autônomo, e ampliar 
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suas atividades. Seja um escritório de engenharia ou uma construtora, é necessário 
proceder também com o registro sua empresa no CREA.
Seja como autônomo ou como empresa, o não registro pode acarretar multas 
fiscalizatórias, possível cassação do registro profissional, cassação dos direitos 
de exercício profissional e ainda ter o enquadramento criminal por exercício ilegal da 
profissão. Segundo Lei 5.194/66:
“as firmas (empresa individual), sociedades, associações, companhias, 
cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras 
ou serviços relacionados na forma estabelecida nesta lei, só poderão 
iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro 
nos Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro 
técnico.” 5.194/66:
Mas é só isto que devo fazer? Tirar meu registro civil e sair exercendo a profissão.
Vamos começar pelo trivial, supondo que recém-formado, você resolve atuar 
de maneira mais autônoma, o interessante que trabalhe como MEI, que seria 
Microempreendedor Individual, e tem amparo na lei complementar Lei Complementar 
nº 128/2008, que lhe garante alguns benefícios previdenciários, além de garantir em 
uma eventual evolução a contratação de um funcionário, e faturamento até 60 mil reais 
por ano. Isto lhe permite também estar enquadrado no Simples Nacional e está isento 
de tributos federais. Mas deverá pagar um valor fixo mensal que seriam calculados da 
qual os tributos, a depender da atividade - Comércio e Industria –ICMS, Serviços – ISS, 
Comércio e Serviços ICMS e ISS – seriam calculados sobre o salário-mínimo vigente.
O MEI auxilia na conta bancária jurídica, que tem alguns benefícios diferenciados na 
obtenção de financiamento em nome da empresa, fornecimento de nota fiscal, além 
de poder ser prestador de serviços ou fornecedor de produtos para a administração 
pública. 
O processo para a elaboração do MEI pode ser feito via internet, e é isento das taxas 
que normalmente são cobradas para a abertura de uma empresa, quando conquista 
o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual – CCMEI. É importante 
este documento pois comprova a inscrição no CNPJ e na Junta Comercial, além do 
fato de valer como Alvará de Funcionamento Provisório do negócio.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes/7-licenciamento-definitivo-e-alvara-de-funcionamento/resolveuid/7661c73442db415c94034565b2030a57
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ISTO ESTÁ NA REDE
É legal neste início de conteúdo fazer um estudo sobre as legislações a que ampara 
a atuação do profissional de Engenharia Civil, para começar a ter uma noção de 
quais são as atividades que poderá desenvolver e suas limitações profissionais
LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 – Regula o exercício das profissões de 
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências.
Você poder acessar pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5194.htm
É legal também verificar o texto que fala sobre a legislação que fala sobre a MEI e 
as informações pertinentes a este assunto, para que quando for a oportunidade de 
se desenvolver, já tenha as informações pertinentes:
LEI COMPLEMENTAR Nº 128, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2008 – Estabelece as 
regras para MEI - 
Você pode acessar pelo link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.
htm
É comum que de início profissional desenvolvamos, a MEI, mas a volumetria dos 
trabalhos, do faturamento, a necessidade de incorporar outros profissionais a atividade 
de sua empresa possa exigir, que a MEI evolua para uma empresa de fato, e para isto 
dependerá de outros ritos a serem cumpridos para se configura r como sendo uma 
empresa de pequeno, média e se tudo correr bem de grande porte.
4.2 Formalizando uma empresa de Engenharia 
No entanto esta evolução não é tão simples e exigirá um nível de formalidade maior, 
e necessitará de cuidados adicionais, como por exemplo, formalizar um contrato social, 
que comparativamente podemos relacionar a “certidão de nascimento” da empresa, 
e nele constará todos os dados básicos do negócio, quem são os sócios, endereço, 
ramos de atuação, direito e deveres de cada um dos sócios, inclusive respondendo 
civil e criminalmente pela empresa, entre várias outras informações.
Antes de formalizar o contrato, é necessário que se desenvolva um consulta na 
junta comercial, para que se verifique se não existe empresa com o mesmo nome 
fantasia, ou nome da razão social.É necessário que se tenha a formalização de um 
endereço comercial, logo um espaço comercial, alugado ou próprio, para isto precisará 
do registro de imóvel que pode ser obtido no cartório de registro de imóvel ou por 
meio do locador.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5194.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm
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É necessário que se consulte também a lei de zoneamento do município, para 
entender se o local na qual irá implantar a

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