Logo Passei Direto
Buscar

HISTOLOGIA - Tecido Muscular

User badge image

Enviado por Débora Ellen em

páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>Histologia</p><p>Tecido Muscular</p><p>- Introdução</p><p>O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contêm grande quantidade de filamentos</p><p>citoplasmáticos de proteínas contráteis, as quais, por sua vez, geram as forças necessárias para a</p><p>contração desse tecido, utilizando a energia contida nas moléculas de ATP.</p><p>As células musculares têm origem mesodérmica, e sua diferenciação ocorre pela síntese de</p><p>proteínas filamentosas, concomitantemente ao alongamento das células. De acordo com sua</p><p>morfologia, distinguem-se em três tipos: músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e</p><p>músculo liso.</p><p>O músculo estriado esquelético é formado por feixes de células cilíndricas muito longas e</p><p>multinucleadas, que apresentam estriações transversais. Essas células, ou fibras, tem contrações</p><p>rápidas e vigorosas, e estão sujeitas ao controle voluntário. O músculo estriado cardíaco, cujas as</p><p>células também possuem estrias transversais, é formado por células alongadas e ramificadas que</p><p>unem-se por meio dos discos intercalares, estruturas encontradas exclusivamente no estriado</p><p>cardíaco. A contração das células musculares cardíacas são involuntárias, vigorosa e rítmica. O</p><p>músculo liso é formado por aglomerados de células fusiformes que não têm estrias transversais. No</p><p>músculo liso o processo de contração é lento e involuntário.</p><p>Determinados componentes das células musculares possuem nomes especiais. A membrana celular</p><p>é chamada de sarcolema; o citosol de sarcoplasma; o retículo endoplasmático liso de retículo</p><p>sarcoplasmático.</p><p>- Músculo Esquelético</p><p>O tecido muscular esquelético é formado por feixes de células muito longas (até 30 cm), cilíndricas,</p><p>multinucleadas e que contêm muitos filamentos, as miofibrilas. O diâmetro das fibras musculares</p><p>estriadas esqueléticas varia de 10 a 100 µ.m. Essas fibras se originam no embrião pela fusão de</p><p>células alongadas, os mioblastos. Nas fibras musculares esqueléticas os numerosos núcleos se</p><p>localizam na periferia das fibras, nas proximidades do sarcolema. Essa localização nuclear</p><p>característica ajuda a distinguir o músculo esquelético do músculo cardíaco, ambos com estriaçôes</p><p>transversais, uma vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são centrais.</p><p>× Organização do Músculo Esquelético</p><p>Em um músculo, como o bíceps ou o deltoide, por exemplo, as fibras musculares estão organizadas</p><p>em grupos de feixes, sendo o conjunto de feixes envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo</p><p>chamada epimísio, que recobre o músculo inteiro. Do epimísio partem finos septos de tecido</p><p>conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes. Esses septos constituem</p><p>o perimísio. Assim, o perimísio envolve os feixes de fibras. Cada fibra muscular, individualmente, é</p><p>envolvida pelo endomísio, que é formado pela lâmina basal da fibra muscular, associada a fibras</p><p>reticulares. O endomísio apresenta escassa população celular constituída por algumas células do</p><p>conjuntivo, principalmente fibroblastos. O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas,</p><p>possibilitando que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo</p><p>inteiro. Este papel do conjuntivo tem grande significado funcional porque na maioria das vezes as</p><p>fibras não se estendem de uma extremidade do músculo até a outra. Além disso, a força da</p><p>contração do músculo pode ser regulada pela variação do número de fibras estimuladas pelos</p><p>nervos. É ainda por meio do tecido conjuntivo que a força de contração do músculo se transmíte a</p><p>outras estruturas, como tendões e ossos. Os vasos sanguíneos penetram o músculo através dos</p><p>septos de tecido conjuntivo e formam extensa rede de capilares que correm entre as fibras</p><p>musculares. O tecido conjuntivo do músculo contém, ainda, vasos linfáticos e nervos. Alguns</p><p>músculos se afilam nas extremidades, observando-se uma transição gradual de músculo para</p><p>tendão. Nessa região de transição, as fibras de colágeno do tendão inserem-se em dobras complexas</p><p>do sarcolema.</p><p>× Organização das Fibras Musculares Esqueléticas</p><p>A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis, as</p><p>miofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois tipos</p><p>principais de proteínas: as miosina, espessas, e as actinas, finas. Esses proteínas estão organizados</p><p>de tal modo que originam bandas transversais, claras e escuras, características das células</p><p>musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.</p><p>Os filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os de</p><p>actina, bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I).</p><p>No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre duas</p><p>linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade contrátil da</p><p>célula muscular.</p><p>No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda H, bem visível nas células</p><p>musculares relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contração muscular ocorre.</p><p>Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais</p><p>curtos e toda a célula muscular se contrai.</p><p>O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre</p><p>os grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os filamentos</p><p>de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a largura da banda H.</p><p>A membrana plasmática da célula muscular estriada esquelética costuma ser chamada sarcolema</p><p>(do grego, sarcos, carne).</p><p>× Retículo Sarcoplasmático e Sistema de Túbulos Transversais</p><p>A contração muscular depende da disponibilidade de íons Ca2+, e o músculo relaxa quando o teor</p><p>desse íon se reduz no sarcoplasma. O retículo sarcoplasmático armazena e regula o fluxo de íons</p><p>Ca2+. Esse retículo é uma rede de cisternas do retículo endoplasmático liso, que envolve grupos de</p><p>miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos. Quando a membrana do retículo sarcoplasmático</p><p>é despolarizada pelo estimulo nervoso, os canais de Ca2+ se abrem, e esses íons, que estavam</p><p>depositados nas cisternas do retículo, difundem-se passivamente (sem gasto de energia), atuando</p><p>na troponina, possibilitando a formação de pontes entre a actina e a miosina. Quando cessa a</p><p>despolarização, a membrana do retículo sarcoplasmático, por processo ativo (que consome energia),</p><p>transfere Ca2+ para o interior das cisternas, o que interrompe a atividade contrátil.</p><p>A despolarização da membrana do retículo sarcoplasmático, que resulta na liberação de íons Ca2+</p><p>inicia-se na placa motora, uma junção mioneural situada na superfície da fibra muscular, que será</p><p>descrita adiante. A despolarização iniciada na superfície teria de se difundir através da espessura da</p><p>fibra para efetuar a liberação de Ca2+ nas cisternas profundas do retículo sarcoplasmático. Nas fibras</p><p>musculares mais calibrosas isso levaria a uma onda de contração lenta, de tal maneira que as</p><p>miofibrilas periféricas iriam contrair-se antes das situadas mais profundamente. O sistema de</p><p>túbulos transversais ou sistema T é responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular</p><p>esquelética. Esse sistema é constituído por uma rede de invaginações tubulares da membrana</p><p>plasmática (sarcolema) da fibra muscular, cujos ramos irão envolver as junções das bandas A e I de</p><p>cada sarcômero. Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão ou cisterna terminal do</p><p>retículo sarcoplasmático. Este complexo, formado por um túbulo T e duas expansões do retículo</p><p>sarcoplasmático, é conhecido como tríade. Na tríade, a despolarização dos túbulos T, derivados do</p><p>sarcolema, é transmitida ao retículo sarcoplasmático.</p><p>× Mecanismo da Contração</p><p>A contração de um músculo resulta do encurtamento de suas fibras, o que por sua vez resulta do</p><p>encurtamento</p><p>dos filamentos de actina e miosina, que ativamente deslizam e se encaixa um entre o</p><p>outro. A zona H representa apenas os filamentos de miosina, pois na fibra descontraída os</p><p>miofilamentos de actina penetram parcialmente na faixa A. A linha Z corresponde a várias uniões</p><p>entre dois filamentos de actina. O segmento entre duas linhas Z consecutivas é chamado de</p><p>sarcômero e corresponde à unidade contrátil da fibra muscular. Durante a contração muscular o</p><p>sarcômero diminui, devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega a desaparecer. Cada</p><p>sarcômero pode contrair-se independentemente. Quando muitos sarcômeros se contraem juntos,</p><p>eles produzem a contração do músculo como um todo. O retículo sarcoplasmático serve como local</p><p>de reserva de íons Ca2+, que participa do complexo molecular formado pela actina / miosina</p><p>permitindo que ocorra a contração muscular. A célula muscular quando relaxada tem baixos níveis</p><p>de cálcio no citoplasma. Quando um impulso nervoso estimula uma célula muscular, ocorre</p><p>alterações na permeabilidade da membrana do retículo sarcoplasmático e o cálcio difunde-se para o</p><p>citoplasma. No citoplasma, o cálcio forma um complexo com as proteínas contráteis permitindo a</p><p>contração das miofibrilas uma vez cessado o estímulo, restabelece-se o sistema de transporte ativo</p><p>do retículo sarcoplasmático e o excesso de Ca2+ é "bombeado" para o interior do retículo, cessando</p><p>assim a contração muscular.</p><p>A contração das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos motores, que se conectam</p><p>com os músculos através das placas motoras ou junções mioneurais. Com a chegada do impulso</p><p>nervoso, ocorre liberação de acetilcolina na fenda sináptica, que através da interação com seus</p><p>receptores faz o sarcolema ficar mais permeável ao sódio, o que resulta em sua despolarização.</p><p>Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou até 160 ou mais fibras musculares e</p><p>formam uma unidade motora. A fibra muscular não é capaz de graduar sua contração, então as</p><p>variações na força de contração do músculo são devidas às variações no número de unidades</p><p>motoras mobilizadas.</p><p>× Inervação</p><p>A contração das fibras musculares esqueléticas é comandada por nervos motores que se ramificam</p><p>no tecido conjuntivo do perimísio, em que cada nervo origina numerosos ramos. No local de contato</p><p>com a fibra muscular, o ramo final do nervo perde sua bainha de mielina e forma urna dilatação que</p><p>se coloca dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular. Essa estrutura chama-se placa</p><p>motora ou junção mioneural. Nesse local o axônio é recoberto por uma delgada camada de</p><p>citoplasma das células de Schwann. O terminal axônico apresenta numerosas mitocôndrias e</p><p>vesículas sinápticas com o neurotransmissor acetilcolina. Na junção, o sarcolema forma as dobras</p><p>juncionais. O sarcoplasma abaixo dessas dobras contém núcleos da fibra muscular, numerosas</p><p>mitocôndrias, ribossomos e grânulos de glicogênio.</p><p>A despolarização iniciada na placa motora propaga-se ao longo da membrana da fibra muscular e</p><p>penetra a profundidade da fibra através do sistema de túbulos transversais. Em cada tríade o si11al</p><p>despolarizador passa para o retículo sarcoplasmático e resulta na liberação de cai, que inicia o ciclo</p><p>de contração. Quando a despolarização termina, o Ca1+ é transportado ativamente de volta para as</p><p>cisternas do retículo sarcoplasmático, e a fibra muscular relaxa.</p><p>- Músculo Cardíaco</p><p>O músculo do coração é constituído por células alongadas e ramificadas, com aproximadamente 15</p><p>mm de diâmetro por 85 a 100 µm de comprimento, que se prendem por meio de junções</p><p>intercelulares complexas. Essas células apresentam estriações transversais semelhantes às do</p><p>músculo esquelético, mas, ao contrário das fibras esqueléticas que são multinucleadas, as fibras</p><p>cardíacas contêm apenas um ou dois núcleos localizados centralmente. As fibras cardíacas são</p><p>circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, equivalente ao endomísio do músculo</p><p>esquelético, que contém abundante rede de capilares sanguíneos.</p><p>Uma característica exclusiva do músculo cardíaco são as linhas transversais fortemente coráveis que</p><p>aparecem em intervalos irregulares ao longo da célula. Esses discos intercalares são complexos</p><p>juncionais encontrados na interface de células musculares adjacentes. Essas junções aparecem como</p><p>linhas retas ou exibem um aspecto em escada. Nas partes em escada, distinguem-se duas regiões: a</p><p>parte transversal, que cruza a fibra em ângulo reto, e a parte lateral, que caminha paralelamente</p><p>aos miofilamentos. Nos discos intercalares encontram-se três especializações juncionais principais:</p><p>zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes. As zônulas de adesão representam a</p><p>principal especialização da membrana da parte transversal do disco, são encontradas também nas</p><p>partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais. Os</p><p>desmossomos unem as células musculares cardíacas, impossibilitando que elas se separem durante</p><p>a atividade contrátil. Nas partes laterais dos discos encontram-se junções comunicantes</p><p>responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares adjacentes. Do ponto de vista</p><p>funcional, a passagem de íons permite que cadeias de células musculares se comportem como se</p><p>fossem um sincício, pois o sinal para a contração passa como uma onda de uma célula para a outra.</p><p>O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias, que ocupam aproximadamente 40% do</p><p>volume citoplasmático, o que reflete o intenso metabolismo aeróbio desse tecido. Em comparação,</p><p>no músculo esquelético as mitocôndrias ocupam apenas cerca de 2% do volume do citoplasma. O</p><p>músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídios encontrados nas gotículas</p><p>lipídicas do citoplasma de suas células. Existe pequena quantidade de glicogênio, que fornece glicose</p><p>quando há necessidade. As células musculares cardíacas podem apresentar grânulos de lipofuscina,</p><p>localizados principalmente próximo às extremidades dos núcleos celulares. A lipofuscina é um</p><p>pigmento que aparece nas células que não se multiplicam e têm vida longa. As fibras cardíacas</p><p>apresentam grânulos secretores recobertos por membrana, medindo 0,2 a 0,3 µ.m e localizados</p><p>próximo aos núcleos celulares, na região do aparelho de Golgi. Esses grânulos são mais abundantes</p><p>nas células musculares do átrio esquerdo (cerca de 600 grânulos por célula), mas existem também</p><p>no átrio direito e nos ventrículos. São grânulos que contêm a molé- cula precursora do hormônio ou</p><p>peptídio atrial natriurético (ANP, atrial natriuretic peptide). Este hormônio atua nos rins,</p><p>aumentando a eliminação de sódio (natriurese) e água (diurese) pela urina. O hormônio natriurético</p><p>tem ação oposta à da aldosterona, um hormônio antidiurético que atua nos rins promovendo a</p><p>retenção de sódio e água. Enquanto a aldosterona aumenta a pressão arterial, o hormônio</p><p>natriurético tem efeito contrário, fazendo baixar a pressão arterial. No coração existe uma rede de</p><p>células musculares cardíacas modificadas, acopladas às outras células musculares do órgão, que têm</p><p>papel importante na geração e condução do estímulo cardíaco, de tal modo que as contrações dos</p><p>átrios e ventrículos ocorrem em determinada sequência, tornando possível que o coração exerça</p><p>com eficiência sua função de bombeamento do sangue.</p><p>- Músculo Liso</p><p>O tecido muscular liso é constituído por células mononucleadas e alongadas. Esse tipo de músculo</p><p>pode ser encontrado nas paredes dos órgãos ocos, como estômago, útero, bexiga, artérias, veias,</p><p>vasos sanguíneos.</p><p>As células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por uma rede muito</p><p>delicada de fibras reticulares. Essas fibras amarram as células musculares lisas umas às outras, de tal</p><p>maneira</p><p>que a contração simultânea de apenas algumas ou de muitas células se transforma na</p><p>contração do músculo inteiro.</p><p>As células do músculo liso não apresentam estrias transversais como as vistas nas células musculares</p><p>estriadas esqueléticas ou cardíacas. A ausência dessas estrias ocorre porque os filamentos de actina</p><p>e miosina não se organizam seguindo o mesmo padrão apresentado pelas outras células musculares.</p><p>O músculo liso, assim como o músculo estriado cardíaco, apresenta movimentos involuntários e age</p><p>no organismo de diversas formas:</p><p>• Empurrando o alimento ao longo do tubo digestório;</p><p>• Regulando o fluxo de ar dos pulmões, através do controle do diâmetro dos brônquios e</p><p>bronquíolos;</p><p>• Regulando o fluxo de sangue para regiões do corpo através do controle do diâmetro dos vasos</p><p>sanguíneos;</p><p>• Controlando a intensidade da luz que chega aos olhos, por meio da regulação do diâmetro da</p><p>pupila;</p><p>• Ajudando durante o parto com a contração do útero, etc.</p><p>Cada célula do tecido muscular liso é envolvida por um revestimento constituído por uma rede de</p><p>filamentos de proteína chamado de endomísio. Esse tipo de musculatura não apresenta perimísio</p><p>(envoltório interno constituído de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas) e nem epimísio</p><p>(envoltório resistente de tecido conjuntivo, rico em fibras colágenas, que recobre todo o músculo).</p><p>A contração dos músculos lisos é bem mais lenta que a da fibra esquelética, mas, em compensação,</p><p>elas conseguem se manter contraídas por um período de tempo mais longo.</p><p>A contração nas células musculares lisas ocorre da seguinte maneira:</p><p>• Sob o estimulo do sistema nervoso autônomo, íons Ca2 + migram do meio extracelular para o</p><p>sarcoplasma (citosol) através de canais da membrana plasmática especializados para o transporte</p><p>desses íons. No músculo liso não existe retículo sarcoplasmático, que é um depósito de cálcio nos</p><p>outros dois tipos de tecido muscular.</p><p>• Os íons Ca2+ se combinam com as moléculas de calmodulina, uma proteína com afinidade para</p><p>estes íons. O complexo calmodulina-Ca2+ ativa a enzima quinase da cadeia leve da miosina II. A</p><p>enzima ativada fosforila as moléculas de miosina II. Uma vez fosforiladas, essas moléculas se</p><p>distendem, tomando a forma filamentosa, deixam descobertos os sítios que têm atividade de</p><p>ATPAse e se combinam com a actina. Essa combinação libera energia do ATP, que promove a</p><p>deformação da cabeça da molécula de miosina II e o deslizamento dos filamentos de actina e de</p><p>miosina II uns sobre os outros, como ocorre nos dois outros tipos de tecido muscular. Estas</p><p>proteínas motoras ( actina e miosina II) estão ligadas a filamentos intermediários de desmina e de</p><p>vimentina que, por sua vez, prendem-se aos corpos densos da membrana da célula. Isso provoca a</p><p>contração da célula como um todo (Figura 10.33). Os corpos densos contêm a-actinina e são</p><p>comparáveis às linhas Z dos músculos esquelético e cardíaco.</p><p>- Regeneração do Tecido Muscular</p><p>No adulto, os três tipos de tecido muscular exibem diferenças na capacidade regenerativa após urna</p><p>lesão que produza destruição parcial do músculo. O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões</p><p>do coração, como nos infartos, por exemplo, as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que</p><p>produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. Embora os núcleos</p><p>das fibras musculares esqueléticas não se dividam, o músculo tem urna pequena capacidade de</p><p>reconstituição. Admite-se que as células satélites sejam responsáveis pela regeneração do músculo</p><p>esquelético. Essas células são mononucleadas, fusiformes, dispostas paralelamente às fibras</p><p>musculares dentro da lâmina basal que envolve as fibras e só podem ser identificadas ao</p><p>microscópio eletrônico. São consideradas mioblastos inativos. Após uma lesão ou outro estimulo, as</p><p>células satélites tornam-se ativas, proliferam por divisão mitótica e se fundem umas às outras para</p><p>formar novas fibras musculares esqueléticas. As células satélites também entram em mitose quando</p><p>o músculo é submetido a exercício intenso. Neste caso elas se fundem com as fibras musculares</p><p>preexistentes, contribuindo para a hipertrofia do músculo. O músculo liso é capaz de uma resposta</p><p>regenerativa mais eficiente. Ocorrendo lesão, as células musculares lisas que permanecem viáveis</p><p>entram em mitose e reparam o tecido destruído. Na regeneração do tecido muscular liso da parede</p><p>dos vasos sanguíneos há também a participação dos perkitos, que se multiplicam por mitose e</p><p>originam novas células musculares lisas.</p><p>cialis</p><p>http://http/www.biomania.com.br/curiosidades.asp?foto=1+or+1=@@version&pg=detalhes&cod=5</p>

Mais conteúdos dessa disciplina

Mais conteúdos dessa disciplina