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Gabriel Dezen Junior - 4500 Questões Comentadas de Direito Constitucional - 14 Edição - Ano 2010

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GABRIEL DEZEN JUNIOR
4.500 QUESTÕES
COMENTADAS DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
5GG novas questões 
de nívei jurisprudência!
14a edição 
Brasília
Vestcon
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela. Lei xl° 9.610, de 19/2/1998. Proü«áa 
a Tqsodnção de qualquer parte deste livro, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, 
por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonograficos, reprogrâfícos, 
microSlmicQS, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições apticam-se também à editoração da obra, 
bem como às suas características gráficas.
© 2GlOTVestcon Editora Ltds.
Dezea Jirnior, Gabriel
4500 questões comentadas de Direito Constitucional: Gabriel Dezen Junior. -1 4 . ed. - Brasília; 
Vestcon, 2010.
792 p .; 24 cm.
ISBN 978-85-381-0628-9
L Direito. 2. Direito Constitucional, L Titulo.
CDD 340
^ '^ B I^ T O ^ p C B C O T IV À » . ';-M >I|ORÀÇÂO;ELEmÔNlCA 
SüelyçA R Piineatéi “ ?- &lissóm Lazarò d&/ka.úp: l
;j. V b. jj / .í i. ív.í " ;7 , V !
' DIREÇÃO DE PROJDUÇÀO REVISÃO
; -Vv MáHa-Keves . •= Ana,DanielaNeves 
' . T \ f Aíncè^oàmptç dcAbreu
SUPERVISÃO DÊ PRODUÇÃO Dinalva Fernandes da Rocha
:j\. l & £ r. | •}' ’ 'íín^yaTerçaiídés- X í ÇnselléVBertbG
iÍçÃOdÊ TEXTO'
Reina Terra Amaral
V 5 * ., ■. i i „ •vKeiíy Brito de Sousa,
■' "■ '-EDIÇÃO DE TEXTO "Naiane B.Franciséhécto
CAPA
Agnelo Pacheco 
Bertoni Design
■A J B J P K .
Vestcon
Distribuição e Vendas 
SEPN S09 -Ed. Contag ~3* andar 
CEP 70750*502 -Brasília/DP - Brasil 
TeL: (61) 3034-;9S7S:-paic'(61) 3347 4399 
SAC: 0800 60043-99 (tfgaçio gratuita)
wwvwlsicSoTcani.br
Atuaiízáioaié 4/2010 
Publicado em 5/2010 
ÇLDQÒ4)
Às minhas filhinhas Flâvia e Latira, 
razoes maiores da minha existência. 
Aos meus pais, por tudo. 
Áos meus alunos e leitores, na expectativa de estar 
contribuindo para a compreensão do.Direito Constitucional
APRESENTAÇÃO
Nesta nova edição estou oferecendo ao meu leitor um bloco especial de questões 
de nívei jurisprudeaciaL Ele está situado no final do livro e percorre as mais atuais e 
expressivas decisões do STF e dos Tribunais Superiores. Decidi por essa especialização 
por conta do nível de conhecimento que algumas bancas estão exigindo dos candidatos 
em provas de Direito Constitucional, abordando acórdãos recentes, principalmente do 
Supremo Tribunal Federal
Além disso, atualizei a formulação de diversas questões e os respectivos gabaritos 
em face das Emendas Constitucionais promulgadas até março de 2010, principalmente a 
Emenda ne 61, de 11/11/2009, que alterou a forma de escolha do Presidente do Conselho 
Nacional de Justiça; a Emenda n° 62, de 9/12/2009, que alterou profundamente o regime 
de precatórios, no art 100; e a Emenda n“ 64, de 4/2/2010, de menor importância, que 
inseriu a alimentação entre os direitos sociais.
Também realizei uma reorganização das questões, reagrupando as que versavam 
sobre os mesmos temas e que, até a edição anterior, estavam em provas tópicas ao final 
do livro*
Bom trabalho, bons estudos e sucesso!
Prof. Gabriel Dezen Junior
SUMÁRIO
CONCURSO PÚBUCOí COMO SE PREPARAR, COMO ESTUDAR, COMO FAZER APROVA____„____15
CONSTITUIÇÃO FEDERAL_________ ________ ____________ * _____________________________________ 31
TÍTULO I -D O S ?ÍRINCÍ?IOS FUNDAMENTAIS_______ ________ __ :_______________________ _ _ 3 1
TÍTULO S .-B O S DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS_________________ _____ ____ ,_____ 37
CAPÍTULO I - Dos Direitos « Deveres individuais e Coletivos .................................-............................ ....... ........37
PRIMEIRO BLOCO_____ . . .___________ _________ __________________________,______ __________ ___ 37
SEGUNDO BLOCO'_____________________________________________________________________ 54
TERCEIRO BLOCO________________ „_______________„____________ _____________________________64
QÜAUXO BLOCO______ _________________________ ___________—........................................... ...................-.72
CAPITULO 2 —Ika Direitos Süciai3________ _______ ________ — ~........ ............. ..........89
PRIMEIRO BLOCO™__ _________ _______ ______________________ _________ ______ _______________ 89
SEGUNDO BLOCQ~_________ ________________________ ______________ - ________ _____ 94
CAPÍTULO m - Da Nacionalidade______ _________________________________ _ ____ ___ ___________ 97
PRIMEIRO BLOCO_____________________ ___________ ____________________________________________97
SEGUNDO BLOCO _________ _____ ________________________________ ______ _____ _ ____ 103
TERCEIRO BLOCO____________ _______________ ________ _____________________ ______________ -103
CAPITULO IV ~ Dos Diíeíicra Políticos............................................. ........... ..... ............ .......... ................ 106
PRIMEIRO BLOCO_________________________________________________ _ _______ ______ ________ 106
SEGUNDO BLOCO___ ^ _________ _ ___,_____________ ___ _______________ ___ ________ 111
TERCEIRO BLOCO______________ ‘______________ ____________ __________ __________ ______i 14
CAPITULO V -D o s Partidos Políticos ______ - — — „ ™ _ . —— ----- 116
PRIMEIRO BLOCO_____ ___......_________________________________________________________________ ___ _ ________ ___________ _________ ___________SIS
SEGUNDO BLOCO—_____ _____________________________________~ ___ 117
TÍTULO ffl - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO— ------- --------------------------------------------------------------- — ---------------- .---------------- 119
CAPITULO I—Da Orgaat2aç5o PoliâccKAdrciimsiiaãva______ _________ _____ — -------------------- —_119
PRIMEIRO BLOCO___________ __________________________________________________________________.___ .__________ -__________ ___________119
SEGUNDO BLOCO___________________________________________________________________________^ ___ — ________ _______ — 128
TERCEIRO BLOCO_____________________________ _____________________ ____________.— 132
CAPÍTULO E -D a Uniâo 
PRIMEIRO BLOCO „
SEGUNDO BLOCO- 
TERCEIRO BLOCO.
CAPÍTULO HI -D o s Estados Federados---- -------- ------------- .------------ --------- -------------------- -— — -------- 14%
PRIMEIRO BLOCO------------------------------------------------------— ---------- ------ :-------------------- — ------—
SEGUNDO BLOCO-------------------------- --------J--------------- ---------- ------- ------ ~£— ------„------------------------ 150
CAPÍTULO rv -DosMunicípios------—--------------------------------------------------- -------------------— —------------ 152
CAPÍTULO V - Do Distrito Federal c Territórios -------- ----------------------------- -------------- ------ — --------------- 154
CAPÍTULO Vl - Da intervenção---------- ----------------------------,------------- ------- ------------------- ------------- ------ . 156
PRIMEIRO BLOCO—.....— ..... — -------------------------------------------------------------------------------— ----- --------------- ---------------- --------------- ---------------*56
SEGUNDO £LOCO„.„------------------ ------------------------- -------------------------------- ------- ---------------------- 160
CAPITULO VH -D a Administração Pública------------------------------------------------------------- — ---------------------. 162
Seção l - Disposições Gerais™..-—„— ...... .......—................. .........—« ,— ---------------------------~~162
PRIMEIRO BLOCO----------- L---------------......--------------—....— ------- ------------------- -------------------------- 162
SECUNDO BLOCO...............:----------------------------------- --------- ------------------------------------------------------- 169
TERCEIRO BLOCO — ------- ------ , ------------- ------------------------------------------------- ----------------------------- H 6
Seção II — Dos Servidores Públicos— ........—..— - ...... ...— —------ ----- -------- ------------------ ----- 186
PRIMEIRO BLOCO___ ____________________________________________________________ ____________ *86
SEGUNDO BLOCO----------------------------------------------- ------------------------------------------------------ ------------- 189
TERCEIRO BLOCO — — -------------------------------------------- ------------------------------------------------------ -- W
Seção IQ — Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.......... _ ....... ............ ............. — ,— 196
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES--------------------..........------------------------------------------- .219
CAPÍTULO I - Do Poder Legislativo.......— ------ ------ .--------- ------ ------- -------------— --------------- -------- 219
Seção 1 - Do Congresso Nacional >— ---- ---------- — -------- ------------- --------------------— ..—.— 219
PRIMEIRO BLOCO_____________ _____ ___________ ._______________ ______ ___ ___________________219
SEGUNDO BLOCO---- -------------------------------------------------------------------------------------- — _ _ ...-22S
TERCEIRO BLOCO ------------------------ ---------------------- ----------------------------------- -------------------------236
SíçHq VIU — Do Processo Legislativo.............. ............. ....................................... ........— --------------------- — .—«240
PRIMEIRO BLOCO----------------------------------------- ----— ------------ —---------- ------------------------— ..240
SECUNDO BLOCO— --------- ---------------- ----------------------- -----------------------— ----------------------------- ---- .— 250
TERCEIRO BLOCO______________________________________ _ _______________________________....'254
PROVA N° 4 - PODER LEGISLATIVO.™.__________ ______ ____ '--------------------------------------------------- .----- -------------- 262
Seção DC - Da Fiscalização Contábil, -Financeira e Orçamestária__— — L ............................................................. „ „ „ ..................... — — 285
CAPÍTULO II - Do Poder Executivo..— ---------------------------------------------------- ...— ---------- .— ..— -..2 8 8
Seção I — Do Presidente e do Vics-Presidede da República..___________ ____________ ___---------------------- ,— 2S8
Seção II - Das AtribuiçSes do Presideste da República--------- ------------- ---------------- —_____ —.— -------------«295
Seção UI — Da Responsabilidade do Presidente da Republica__ „ _____ _______________ — 297
Seção IV - Dos Ministros de Estado------------........................... ............... .......... . _ .............................................................. .............................................— ------------ 299
Seção V —Do Conselho da República e do Côüselho de Defesa Nacional— J------- -------------------------------- ~~299
CAPITULO 0 -- Do Poder Executivo. .300'
CAPITULO HE - Do Poder Judiciário... 
SeçSoI—Disposições Gerais ^
PRIMEIRO BLOCO™
• SEGUNDO BLOCO.- 
TERCEIRO BLOCO _
,302
.302
.302
-303
-308
318Seção U —Do Supremo Tribunal Federal ___
Seção H I—Do Superior Tribunal de Justiça»™............. .......... ..... .......... .......- ......—--------- ------—___— ..— 321
Seção IV - Dos Tribunais Regionais Federais e das Juizes Federais---------- ---------------------------- ----------------- — 322
Seção V -D o s Tribunais e Juizes do Trabalho__ ______________ ___„_----------------------- —...--------------------323
SeçSo VI —DosTttbuaais e Juizes Eieitorais ............ ...... ................... — — ------------------------------------ ~~ -m.„324
CAPÍTULO iH - Do Poder Judiciário___________ ______________________________________________________— ----------------- 325
CAPÍTULO IV -D as FuaçõesEssenciais à Justiça.......................................... — .— - ------------------------------------— —-— 333
Seção I - Do Ministério Público______ ___________ _ ________ „__________ _ — — ----- ...— -------- —— -333
PRIMEIRO BLOCO------------ -------- ------- ----- ,-------------.------------------------------------------ -----— 333
SEGUNDO BLOCO_____ ____ _____________________________ ___________________ ____________ __ — 335
Seção II - Da Advocacia Pública................................................................................................................................................ ,....................... ...................... ...................... ...................... ........................................ ...................... ..-337
SeçSo O I-D a Advocacia è da Deíensoria Pública ....__________ _________ — .....—^—- — .—— ——-333
TrriíLO V - DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS------------------------------ 341
CAPÍTULO I—Do Estado de defesa e do Estado de sírio---------- ------------------------------- --------- — ----------------- 341
CAPÍTULO H -D a s Forças Armadas__________ ___________ ____ —..--------------- -------- — -------———-343
CAPÍTULO 01 - Da Segurança Pública_________ __________ __________ ___________ _________ ________ 345
TITULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO---- ---------------------- ---- ---------— ----- ---------------- 347
CAPITULO H - Do Sistema Tributário Wacioaai ___ - _________________________________________________ _ — ------------------------- ---------------- ---------------- ---------------- 347
Seção I —Dos Princípios Gerais_________ ________________ - ---- -------- — ...---------- — — ----- ------------- ---- 347
Seção II -D as Limitações do Poder de Tributar________________ — .— ..................—.......... — _ ....... ..—...343
Seção d - Dos Impostos da União ...... ............................................ ................................. .............................. ........— 349
Seção IV - Dos íiupostos dos Estados e do Distrito Fedeiat ---- ................................ ......... ........................— 350
Seçâo V —Dos Impostos dos Municípios...________ ___...— ---- ------------------- .--------- --------------- --------— 350
Seção VI-DaRepaniçSo das Receitas Tributárias...______________ __________ ___ ’.--------------------------------— --351
CAPÍTULO E[ - Das Fmaaças Públicas___ __ ____ ___....—— ----------- ----- — .—— .-.....,.....352
TÍTULO V n - BA ORDEM ECONÔMICA E í£N ANCEISA-------------- ------------------------------------------------355
CAPÍTULO I - Dos Princípios Genús da AÈvidade Econômica „ ------------------ —............. ................................ ..... „355
TÍTULO VTU - DA ORDEM SOCIAL__________________._________________ .___________________ ____359
TÍTULO I X - DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GJESAIS_______ ____________ ___ — .....— 363
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS------------------------------- ---------------------------364
.. PROVA N* 6 - REFOfâVtA ADMINISTRATIVA_____________________________________ ______________ 366
PROVA N° 7 - REF0RMAPREVIPENC1ÁRIA„................. .......................................................................................L.---- 375
PROVA 8 - DIREITOS FUNDAMENTAIS E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO _____________________ ___—380
PROVA N® ------------------- ----- ................................................................. ................... ....................-— — .386
PROVA N® 10...................................................................................................................................................................... — ---- — — - ---------------- ------- -------------:---------------- ---------------- -393
PROVA N0 II----------- ---------- — - — __________ ______________________________________________ - _________________________.„396
TEORIA CONSTITUCIONAL __ _ 
CAPÍTULO I - Direito Constiaiçioaal
CAPÍTULO II - A Constituição _
- QUESTÕES PRÁTICAS -
.423
.423
_425 
-.441
CAPITULO UI-Poder Constituinte..—
QUESTÕES PRÁTICAS------------------ — — ------------------------------ --------------------- --------------------.-...456
CAPÍTULO IV -A s Nounas Constitucio&ais....™.— ------ ----- ----- .------ -------------------- ----- ----- 459
CAPÍTULO V - Conflitos Temporais de Normas................................. ................ ............ ......... -........ . 4 6 4
CAPÍTULO V I-A Interpretação da Consrimiç2o_____ _________________ _________ ______ — ,— ------- 463
CAPÍTULO VII - O Princípio da Proporcionalidade— ................................... .............. 476
CAPÍTULO VIU - Hierarquia das-Leis---------- .— _____________________ ____________ _____ ___________ .477
QUESTÕES PRÁTICAS------- r— ______.________________________________________________________.___ _______482
CAPÍTULO DC-A IncoDStitueionzlidade--------- --------------------- -------- — ...... ....... .....-™.-,— ------— 484
CAPÍTULO X —Evolução Constitucional Brasileira ........;______ ___ ________ — .—-509
CONTROLE DE CONSTITUCIONAL©ADE.______ _ _____ ______________________ ___ ________________ 512
PROVA SIMULADA GERAL DE CONTEÚDO I--------- -----------------------------------— -----— -----------------521
DIREITOS FUNDAMENTAIS------------------»------------------- --------- --------------------------- ----- _ ------~-------521
A ORGANIZAÇÃO DA REPÚBLICA _________ ___ - ____ _________ __ _______ .— — 531
PROCESSO LEGISLATIVO__________________ _____________ _ ______________________ _____ , _ 5 4 5
REFORMA DO JUDICIÁRIO----------- --------------------------- — ---------------------- ------------------------ 550
PODER LEGISLATIVO---------------------------------- ------- !_____ ______________________________________ ___ ___________— 556
PODER EXECUTIVO--------------- -----------------------------------~ ------- — ------ ---------------------------------- 566
PODER JUDICIÁRIO-----— -------------- _--------------------- ----------------------- ----- ------------- ----- ----------------574
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA--------------------------------- ---------------------.--------- -------------- ~ --------------- 585
REGIME ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA------------------- ----------- ------------- -------------------------------.------- -..594
SEGUNDO BLOCO—....— ------- ------------------------ --------------------------------------------------------- ----------595
PROVA SIMULADA GERAL DE CONTEÚDO H.----------------------------------------------------------------------------------- . ---------------- ------------------------------- 596
PREÂMBULO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ARI IeA 4°)...................... ...................... — — ----------596
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (ART. ____________ _______________ ________ 600
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS______________________;_____________________602
DIREITOS SOCIAIS—-------------------- ------------ ----- ----------------------------------------------------------------------- ----- --------------- — -------------624
NACIONALIDADE ------------------------------------------------------------ -------— ---------- ----------------------------- 630
DIREITOS POLÍTICOS------------------------—----------------------------------- ------------------------------------------- 632
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO (AFX 18 E SEGUINTES).............................. .... ........................-635
PODER LEGISLATIVO (AKT. 44 E SEGUINTES) ________ — ............................— - ........ ...................... -6 4 5
PODER JUDICIÁRIO_____________________________ .________________ __________________________ 666
BLOCO AVANÇADO - DIREITO CONSTITUCIONAL JURISPRUDENOAL____— --------------~ 675
TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS............. ............. ........................... ................. ......................................... .................... 676
TÍTULO 2 - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.-™,______ ____________________________ 682
CAPÍTULO n —Dos Dtratos Sociais — ______ _______ 709
CAPÍTULO m -D á Nacionalidade,__„„___ ___ _____ ____ _____________ _________________________ .«1— .713
CAPÍTULO IV - DosDirestos Políácos................. ...................................................... ........—---- .—.—— .— — 714
CAPÍTULO V -D o s Partidos Políticos_____ — ________ ________ 1 — -------------------------------------- — .716
TÍTULO HI~DÁ ORGANIZAÇÃO DO EStADO----- -— ~ -------------------------- ---------------------------------- - - j ™
CAPITÜLOI - Da Organização PoHtic^Admimsxraiiva— ---- ,------.------- — ----------- — —-----. . -------— 716
CAPÍTULO HT-Dos Estados Federados________'_____ „___ ____ !----------- — ------------------------- 1.‘— -7 1 8
CAPÍTULO IV - Dos M umcipios„_________________________________________________________________ L - ---------------- -------------- ---------------- ~ J --------720'
CAPITULO V —Do Distrito Federai e dos Territórios------ ----- ----------- — — ........... ----------------- ..------ — .-721
Seção I—Do Distrito Federal-......... _______ — ---------------- ---------------------------------- — !— .—.-------------------- 721
CAPÍTULO VI - Da Intervenção ______________________ ____________________ __________ _________________ 721
CAPITULO VII - Da Administração Pública — -------- ------- — — -------- ----- ’----- —~ ~~ — — —— 723
Seção E - Dos Servidores Públicos.^,............................................ ..................:------- ...— --------- --------- ..— .-.------ 726
TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES------ ------------------------------------ --------- ------ -------------- ~W 7
CAPÍTULO í - Do Poder Legislativo_______________ _— ----------------------- --— --------•— ---------— ----------733
Seção VIII—Do Processo Legislativo_____ ___________ ________________________________— .......... 733
Seção IX —Da Fiscalização CaolábiL, Financeira e O rçam en tária^ ^ ................ — ------ ----- —— ------ ..—737
CAPÍTULO H - Do Poder Executivo__________________________________________________________________— ----------------— ------------- ---------------- — ----------- --------------741
CAPITULO m ~ D o Poder Judiciário------- --------------- —.....— — ------------------------------------- .--------- — ---------- .----------------...— — 742
Seção H —Do Supremo Tribunai Feder?tl.... ............ ................ ......................................... ....................... ...................— -747
Seção I S —Do Superior Tribunal de Justiça ---------- — ------------- _ --------,— — .................................................... ~~..................... 7S0
Seção IV — Dos Tribunais Regionais Federais e doa Juizes Federais.-................ .......................... ..............7S1
Seção V —Dos Tribunais e Juizes do Trabalho— ------ —— ..................... —...... —7S3
Seção V I—Doa Tribunais e Juizes Eleitorais --------------- -------- .----------------------- -— ---- -----------------------— ----------------754
Seção VR —Dos Tribunais e Juizes Militares.—— ------— .............................................. ........... — — 7S5
Seçâo V IU -D ca Tribuoais e Juizes dos Estados —.................. ...................... - .— ---------- ---------------- — — .--------- -------------- .— 755
CAPITULO IV — Das Funções Essenciais à Justiça..------- — .— ----- ..■■ ........—7S5
Seção I — Do Ministério Público—,_______ — .— ------------ — .— ~----------- — .— --------— 755
Seç2o II - Da Advocacia Púbiica __________________________ - — .----------------------------------------------------- ----------------...-------------- — ----- 761
Seção IH—Da Advocacia e daDefensoría Púbiica ..................................... - ....... ■ ■ ■ .....—- — 762
TÍTULO V - DA DEFESA DO ESTADO e .D AS INSTITUIÇÕES DEM O CRÁTICAS.,................................— 763
CAPÍTULO II ~ Das Forças A r m a d a s ...................... - — -------— ------------ — ~....~~-7S
CAPÍTULO IH -D a Segurança.Pública — ------ — .................. ......................:....... ...................— — .--------- .—764
TÍTULO VI -DATRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO___ _ ___________ ______________________ _ 7 6 5
CAPÍTULO D - Das Finanças Públicas —- .— ^ ------------------------------..—______ ___ 771
TÍTULO VO -D A ORDEM ECONÔMICA.E FINANCEIRA------------------------ ------- -------------------- :----------- 772
CAPÍTULO i-D o s Princípios Gerais da Atividade Ecooomica--------------------------------------------— — ----------------- .--------------- .«.772
CAPÍTULO H - Da Poütíca Urbana :----------------------— ..„-------------- ------- ,™,-----------------.774
CAPÍTULO HI ~Da PoJitica Agrícola e Fundiária c dafisfonna Agrária — ...— ---------- ------- -------- .------ ----- 776
CAPÍTULO IV — Do Sistema Financeiro Nacional— ---- ---------------------------- ------------------------------------ -..777
TÍTULO v m - DA ORDEM SOCIAL------------------ ---- ---------------------------------------------------------------------- ..777
CAPÍTULO m - Da Educação, da Cultura e do Desporto ------ ......------- --------______________ ___ — .„.780
CAPITULO VI — Do Meio Ambiente—,----------- --------- ..................................................................................................... ....................... ..................... ......................„...„7S!
CAPÍTULO VU -D a Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso.—.___________ ______ _________„__™™7&3
CAPÍTULO VE1 - Dos índios-_______________________ _______ — ____ ________ ____________ ,______787
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE____________________ _ _ _ __________________________ „ . 7 8 8
CONCURSO PÚBLICO: COMO SE PREPARAR 
COMO ESTUDAR, COMO FAZER A PROVA
Orientação para Estudo de Direito Constitucional e 
Outras M atérias para Concursos Públicos
Qualquer pessoa que tenha disputado, recentemente, um cargo público por concurso 
sabe das imensas dificuldades que essa empreitada envolve. A crescente complexidade 
das provas, empurrando às alturas o nível da exammação, passou a exigir do candidato 
muito mais que apenas decisão de passar: passou a exigir método de trabalho, organização, 
disciplina física e mental, conhecimento da fisiologia do conhecimento, identificação de 
seus próprios limites físicos e mentais, mapeamento de suas dificuldades.
O que leva à aprovação, atualmente, é menos a decisão de querer ser aprovado e 
mais, muito mais, o estudo segundo critérios metodológicos, adaptado à realidade, ao 
nível intelectual e à capacidade de concentração do candidato.
E bastante óbvio que cada pessoa tem as suas peculiaridades e que, em função 
disso, é um erro tremendo se pretender impor um formato único de estudos como se fosse 
a resposta a todos os problemas. O formato que dá certo para um pode conduzir outro ao 
fracasso. Á eficiência na preparação está, pois, diretamente relacionada com a adoção do 
modelo correto para CADA UM, respeitando os elementos intelectuais, físicos, psíquicos, 
emocionais e ambientais da pessoa.
E muito comum, nos meus contatos com meus alunos, reclamações a respeito de 
falta de tempo, falta de concentração, falta de organização, deficiência de memorização, 
reclamações sobre o barulho do local de estudo, pressões de pais e mães, noivos e na­
morados. Enfim, uma longa série de fatores que insiste em se colocar entre o candidato 
e seu objetivo: um cargo de alto nível no serviço público.
Desde logo, uma orientação se faz necessária ao candidato:
- não basta a vontade de passar,
—não basta ter tempo para estudar;
- não basta ter acesso ao material didático;
- não basta estar matriculado em cursinho;
- não basta estar freqüentando aulas;
- não basta gravar aulas e fotocopiar cadernos.
15
4SQG QUESTÔSS COMENTADAS OS D1REJTO CONSTmJCiONAL
É INDISPENSÁVEL que o candidato tenha MÉTODO de estudo, o que inclui 
desde a seleção do material que será utilizado até a forma de estudar, passando por cro- 
nogramas de trabalho, regras dè alimentação, programação de abordagem das matérias 
e organização do local de trabalho.
Duas premissas iniciais são fundamentais a quem queira fazer um bom trabalho 
de preparação em Direito Constitucional:
• NÃO USE O TEXTO “SECO” DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL!
* NÃO TENTE MEMORIZAR NEM DECORAR NADA!
Inutilidade do estudo do “texto seco” da Constituição
Ófqué seçhama de. “texto seco” da'Constituição, na linguagem jurídica, é o texto 
constitudqnal não comentado, contendo apenas ^os tdispositivos._ ,E ,a inutilidade de se 
trabalhar, sobre,ele vem dos vastosproblemas.çpni aredaçap, a qual contém contradições, 
inçompletudes,.dispositivos que negam um ao outro, regras enium lugar e.exceções 
importantíssimas em.outro..Veja alguns exemplos: , . :
, ,■. :L;No art.49, XVII, é dito, que compete aoÇpngr essoNacional aproyara, alienação 
de terj^spúblicas .de .área maior de^JOÔ hectares. §ó;issq..Masdo axt.l §§,.§- 2°, cqnsta 
que, se a alienação for para reforma.agrária,, isso.nlo-é necessário.
. • ' 2.-No '.a??. 20, ,§ 1 % lêrise .que a-minesadora que explorar-jazida mineral deve pagar
um- percentual sobre a.exploração a. três .entidades: ao órgão federal da área.mméral, ao 
Estado onde-está a.jazida, e ao Município,.-Nãa há nenhuma palavra sobre indenização 
aò proprietário;.Esta só aparecfc no art472y§;2?. t: " - ’
• *' ''3.fíó'art 49, IV, .é dito qué compètèaa Congresso Nacional aprovar a decretação 
de intervenção federal, mas o § 3o do art 36 informa que Háduas hipóteses de decretação 
dè intervençãonãò sujeitas-ao! Congresso:’ ■■ ;■
' '4** 'Âextinção de cargos públicos federais é matériá tra ta i 'em âETE dispositivos
còqs^túcíona^Çãrts: sir.W; 5 2 fm ;73 |9Ô , II;'Í27;§ Zo:f 8 ÍV I' e 8 4 , ^ ^ , i ^ N E - 
HfíuM deles 'faz qualquer referência, aos outros^ sendo 'problema do’ aluno localizá-los.
Esses são apenas quatro exemplos. A Constituição está repleta deles. Por conta 
disso, uma leitura do texto constitucional, no qual não há nenhuma referência aos dis­
positivos que contêm exceções ou situações especiais, fatalmente irá conduzâr o leitor a 
conclusões erradas e, consequentemente, à perda, de questões importantes em concursos-
Fica, então, uma primeira dica, que-.en^ndo-Mtal:, D-i'lLlZE:jUMA CQNST1TUI- 
ÇÃO INTERPRETADA, que contenha, além • de. explicações • e r.emissões; decisões do 
Supremo Tribunal Federal, permitindo a-você localizar a matéria de forma completa dentro
16
Concurso Púb!ic« como se prcjjaíar; como estudaz, como fazer a prov»
da Constituição e, a partir daí, elaborar seus esquemas, resumos, quadros e fluxogramas, 
essenciais a um bom aprendizado.
A importância desses esquemas e resumos é tanta que tratei do assunto em dois 
livros, ambos com edições já encerradas. Ainda neste ano de 2010 a Vestcon colocará no 
mercado uma nova obra de minha autoria que representará uma evolução no tratamento 
sistematizado e esquematizado do Direito Constitucional para concursos, cxrjo nome será 
Direito Constitucional Esquematizado.
O erro da memorização
Em nossa vida escolar e acadêmica fomos treinados, em vários momentos, a 
estudar decorando, quer fórmulas químicas, quer regras de colocação pronominal, quer 
acidentes geográficos. É bastante comum encontrar candidatos a concursos públicos que 
tentam utilizar esse mesmo caminho para o estudo dos Direitos para concurso público. 
Esse é um erro tenebroso. O Direito - qualquer Direito! - não pode ser estudado pela 
memorização, pois quem memoriza não se habilita a pensar, nâo tem elementos para 
raciocinar simplesmente porque NÃO ENTEHDEU o que leu. Ou seja: ou a questão da 
prova vem redigida da mesma maneira e nos mesmos termos lidos pelo candidato ou o 
candidato não poderá resolvê-ía.
Querexemplos?
1. Diz a Constituição Federal que “a promoção de juizes far-se-á por antiguidade e
merecimento, alternadamente”. Entendeu? Então tente responder às questões a seguir.
a) Quem promove o Juiz?
b) A alternância de critérios (antiguidade e merecimento) refere-se à pessoa do juiz 
ou à vaga a ser preenchida?
c) “Antiguidade”, paia fins de promoção, é tempo de entrância, tempo de magistratura 
ou idade?
d) O que é “merecimento” para fins de promoção?
Quantas questões você conseguiu responder? Pois é...
Outro exemplo:
2. O arL 84, VI, diz que o Presidente da República pode extmguir cargos públicos por
decreto, use vagos”. Pergunta-se;
a) e se o cargo estiver provido?
b) um cargõ no Senado ou em um Tribunal, se vago, pode ser extinto por decreto do 
Presidente da República?
17
4500 QUESTÕES COMENTAOAS OE DtRQTG CONSTITUCIONAL
Por aí já se pode ver a enonne dificuldade que encontra para enfrentai uma questão 
de prova o aluno que foi instruído a memorizar. NUNCA faça isso! Entenda o que está 
lendo, raciocine, faça quadros comparativos .entre figuras semelhantes (por exemplo, 
entre o veto legislativo do art 49, V, e o veto executivo do art. 66, § 1°) e procureis 
diferenças e semelhanças entre eles.
O próprio trabalho de montagem de esquemas e resumos é uma forma extrema­
mente produtiva de estudar, pois vai induzir o candidato a buscar respostas, a perceber 
as lacunas do raciocínio, a identificar as “pontas soltas” do tema que está lendo. Se 
você não tiver elementos para fechar seus quadros e resumos naquele momento, não se 
incomode: a evolução dos seus estudos irá apresentando as respostas e fornecendo os 
elementos necessários à finalização.
Há um exemplo que gosto de citar em aula: quando os Estados Unidos estavam 
selecionando os tcês astronautas que iriam tripular a Apoio 11, a primeira nave a ater­
rissar na lua, o número de voluntários à missão, todos pilotos de elite da Força Aérea 
Americana (Usaf), chegava às centenas. Quando os três (Michael Collins, Edwin Al- 
drin eNeij Armstrong) foram selecionados, perguntaram a Aldrin o que ele tinha feito 
para conseguir a vaga. Ele respondeu que, durante os exaustivos cursos preparatórios e 
, eliminatórios realizados pela Nas a, ia anotando todas as suas dúvidas em um pequeno 
caderno. Conforme os cursos evoluíam, as respostas que ia obtendo iam sendo lançadas 
no cademmho. As que não eram prestadas pelos instrutores viravam perguntas. Ao final, 
todas as dúvidas haviam sido solucionadas...
Da mesma forma, estude PENSANDO no que está lendo.
Se, por exemplo, você ieu que o Presidente da .República tem 15 dias úteis para 
sancionar ou vetar projeto de lei, pergunte-se imediatamente: e se o prazo acabar e ele não 
houver nem sancionado, nem vetado? Apartir de que momento começa correr esse prazo?
Tente aplicar essa técnica dos quadros, gráficos e fiuxogramas no estudo dos de­
mais ramos do Direito. Faça, por exemplo, um esquema comparando os diversos üpos 
de licitação contidos na Lei n6 8.666, estabelecendo suas diferenças. No Direito Penal, 
esquematize os diversos tipos de homicídios e, em um quadro, identifique sempre o mo­
mento consumativo do crime (no caso de corrupção passiva, por exemplo, há situação 
interessante). No Direito Piocessual Penal, se você ier que o Ministério Público, quando 
recebe os autos de um inquérito policial, terá prazo para agir, pergunte-se: quais são as 
possibilidades de ação para o promotor? Qual é o prazo que ele tem para agir? O que 
acontece se ele não fizer nada?
Essas são minhas sugestões iniciais.
Vamos passar agora a um pequeno grupo de sugestões de procedimentos e rotinas 
que tenho por muito importantes para se preparar para concurso público.
18
Coocwso Píiilico; tomo sc preparar, como estudar, coma fazer a prova
I ~ PREUM3NAJRMENTE
- Convivo com candidatos a concursos públicos há muitos anos, ao longo dos quais 
alguns milhares de alunos assistiram às minhas aulas* Alunos dos mais diversos níveis de 
formação, de interesse e de competência. Inúmeras vezes, a rigidez, o'nível das minhas 
atilas e as exigências que imponho ao aluno foram questionados, a partir da sensação de 
que eu estaria “exigindo demais”...
Lamentavelmente, parece que há, em muitos, um pacto com a “lei do menor esfor­
ço” ou seja, querem passar em concursos para cargos de primeira linha, com excelente 
remuneração, mas não querem abrir mão de nada. Vão às salas de aula, ouvem os pro­
fessores, mas não se desligam dos telefones celulares, dos “últimos babados” e, muitas 
vezes, um colega de sala mais bonitinho atrai muito mais a atenção que um esquema de 
quadro, indispensável para o entendimento da matéria.
Quando me deparo com uma situação como essa, costumo fazer uma pergunta 
à turma: vocês, pelo que pagaram paia estar aqui e tendo em conta os seus objetivos, 
preferem uma aula dada no nível médio da turma ou no nível da prova? Os alunos de­
terminados invariavelmente respondem com a escolha da segunda resposta. É a estes, 
os alunos sérios e determinados, que dirijo estes comentários. Àquele aluno que está 
estudando para concurso por conta da pressão do namorado(a) ou noivo(a), ou para 
escapar da “pegaçao de pé” do pai ou da mãe, ou para se livrar de um chefe chato ou de 
um emprego que odeia, ou que se inscreveu no concurso por impulso, pensando na grana 
. para comprar isso ou aquilo, um conselho: antes de começar, limpe a mente. É mais ou 
menos como limpar um porão, o sótão ou um quarto abandonado na casa. Você não pode 
querer começar polindo os metais. Primeiro, vai ter que se livrar do iixo!
Saiba que não há atalho para ser aprovado em concurso público. O único caminho 
é um trabalho sério, organizado, bem orientado, que vai exigir esforço e disciplina física 
e mental. A recompensa final vale a pena, mas haverá um caminho a percorrer.
Importante frisar: interessa pouco o quanto o candidato sabe sobre as matérias 
que serão pedidas no concurso. O elemento central, o que não pode faltar, o componente 
imprescindível para a aprovação é a DECISÃO de vencer, a VONTADE, a DISCIPLINAI
Os anos ao longo dos quais venho preparando alunos para concurso público 
proporcionaram-me momentos inesquecíveis. Às histórias vencedoras que já ouvi de 
alunos meus, cujo esforço testemunhei, são emocionantes. São pessoas que abriram 
mão de muita coisa pelo ideal de um cargo público, que sacrificaram parentes, filhos, 
cônjuges, família, para triunfar em um ambiente altamente competitivo, e que, ao final, 
com os olhos molhados, procuraxam-me para agradecer pelo que foi feito. Costumo dizer 
que o mérito não é meu, mas todo deles, pois foi a vontade de cada um que os levou a 
atravessar noites, feriados e finais de semana debruçados sobre jivros, sem ver as horas 
passando, na expectativa de alterar o curso de suas vidas. .
19
4S00 QUE3TÔES COMENTADAS DE DIREITO COfiSTfTUClOiíAi.
De qualquer forma, poucas coisas são mais sublimes a quem se dedica a ensinar 
do que ouvir de um aluno que ele triunfou a partir do que aprendeu com o professor, não 
só na matéria, mas na conduta, ita metodologia, na concepção de vida. O empenho de 
meus alunos, a determinação que vejo nas expressões de cada um quando começa um 
curso, as expressões cansadas ao final das aulas e as constantes indagações sobre como 
estudar minha matéria - que é pedida em todo e qualquer concurso, às vezes tão inaces­
sível ao arquiteto, ao matemático, ao engenheiro, ao pedagogo, ao aluno secundarista —, 
levaram-me a colocar no papel alguma coisa sobre programação de estudo, como forma 
de responder a isso e, principalmente, de tentar mostrar a cada um que o segredo de 
uma boa preparação para concurso é mais ou menos o que está na obra clássica de Sun 
Tzu (A Arte da Guerra), em que o grande general chinês ensina como preparar, iniciar, 
conduzir e vencer uma batalha.
Às lições táticas de SunTzu aliei outros ensinamentos, colhidos principalmente 
da leitura do Bushido (o código de conduta dos samurais), do Hagakure (um dos mais 
importantes livros sobre a concepção de vida dos samurais) e alguma coisa do Livro dos 
Sete Circubs (de Myãmoto Musashi, acerca de técnicas de enfrentamento em duelos). 
Nessas obras da literatura japonesa, uma constante: a disciplina do corpo e da mente, a 
determinação, a decisão de não lutar por lutar, mas para vencet
Vale di2er que esta orientação não contém nenhuma grande revelação ou grande 
segredo, como também não estarão aqui fórmulas mágicas para se obter a aprovação. 
0 ponto de partida é, e sempre será, como sempre foi, um só: empenho, dedicação 
obsessiva, método, força e determinação.
Essa é a sua parte. À minha, que vou tentar passar a você, é o método de trabalho 
e a organização.
U -D O INÍCIO DO TRABALHO: CONSCIÊNCIA £ DETERMINAÇÃO
Geralmente,.o candidato escolhe seu concurso pela remuneração do cargo, o que, se 
é natural; também é superficial. Leia, sim, a remuneração oferecida, mas dedique atenção 
a outro ponto do edital, a parte do conteüdo programático e das funções do cargo. Mas 
são decida-nada até esSe momento í
Dificilmente você terá uma formação básica que cubra todo o programa do editai, 
especialmente para concursos mais complexos. A finalidade da análise das matérias que 
você terá pela frente é apenas a de ajudá-lo a mensurar o nível de dificuldade, para 
você, daquelas provas. Assim, uma pessoa com formação de ensino médio que pretenda 
um concurso em que se exijam Direito Constitucional, Direito Administrativo e outras 
matérias jurídicas terá pela frente dificuldades maiores que um bacharel em Direito, 
mesmo'que recém-formado, já que este está habituado à linguagem jurídica e ao racio­
cínio exigido. Em contrapartida, esse bacharel em Direito vai sofrer se a prova exigir
2 0
Csocurso Público; como se preparar, como estudar, como fezrr a prova
matemática, cálculo, raciocínio lógico-maiemático, contabilidade pública, análise de 
balanço, o que favoreceria a pessoa com formação em exatas.
Veja, então, que, a rigor, ninguém está sumariamente fora do páreo, como ninguém 
pode julgar-se aprovado.
Qual é a finalidade, então, dessa leitura do conteúdo prograroático do edital e das 
funções do cargo? Simples: ela vai dimensionar a você o tamanho do problema que 
vem pela frente, o quanto a preparação vai exigir de seu tempo, de seu empenho, de sua 
paciência e de sua dedicação.
Essa fase preliminar vai levá-lo a uma segunda, que lhe é derivada. Será a hora 
de pensar, e pensar seriamente, sobre as coisas das quais você pretende abrir mão para 
conquistar o cargo que pretende e a posição profissional, financeira e social que pensa 
merecer.
O brasileiro, especialmente o brasileiro desses tempos, está envolvido por uma 
atmosfera muito sedutora, em que a decisão de estudar a sério para concursos púbHcos 
vai colidir- e às vezes ser düuída-com opções por bares, festas, futebol, amigos, filmes 
e coisas do tipo. Abrir mão de uma parte disso e, em certos casos, de uma grande parte 
disso, é decisão dificiL Pense: você tem pela frente três meses até a prova, é sexta-feira, 
noite, e há um convite instigante martelando a sua cabeça. Qual é a sua decisão? Enfiar a 
cara nos livros com convicção ou justificar-se de que ‘‘há tempo” e ir para a balada? Ou 
você é do tipo que acaba ficando em casa para não sentir o peso da consciência, mas abre 
o livro e não tira da cabeça o que poderia estar “rolando” se estivesse em outro lugar?
Então, saiba: lido o edital, tomada a decisão, prepare-se para entrar de cabeça na sua 
preparação. Nossa formação ocidental, e latina, infelizmente, nos privou dos benefícios 
do planejamento de médio e longo prazo, típicos do oriental. Gostamos de pensar no 
resultado imediato. Assim, muitos candidatos fazem dez, quinze concursos ao longo de 
dois anos, sem se preparar adequadamente para nenhum deles e, obviamente, não obtêm 
êxito em nenhum. Não é preciso ser um gênio para perceber que uma preparação séria, 
durante um prazo médio, de seis a dez meses, dá a você qualquer cargo que queira. 
Então, o.que é melhor, mais inteligente: dedicar parte do seu tempo à preparação para 
concurso, e outra, a maior, para viver intensamente cada dia como se fosse o último, ou 
sacrificar um ano de sua vida e chegar a um cargo que vai mudá-la para sempre? Gastar 
dinheiro duas a três vezes por ano em cursinhos eterna carteira mais alguma coisa para 
uma cerveja, ou não gastar nada com cerveja, mas gastar o dinheiro no curso e todo o 
seu tempo disponível para nunca mais pagar cursinho algum e ter condições financeiras 
de fazer planos?
Decida: o que quer, o quanto quer isso e o que « tá disposto a fazer para obter. 
Inspire-se em exemplos de sucesso e pegue pesado no trabalho. Ollie-se de frente e veja 
se está diante de um vencedor ou de um perdedor, se você vai ser concorrente ou é me­
ramente candidato inscrito.
4SC0 QUESTCSS COMENTADAS DE DIREITO CONSTmiCiON/U.
Não despreze, nunca, a força da determinação. Ela será o seu combustível
Um comentarista da Segunda Guerra Mundial escreveu, certa vez, acerca da guerra 
do Pacífico que estava para começar, que os generais envolvidos nas manobras prepa­
ratórias e nas táticas que antecediam as furiosas batalhas que começariam em lugares 
como Okinawa e Iwojima estavam, com as suas decisões, arriscando seus lugares na 
História. Você, quando se inscreve em um concurso público, também está. A sua vitória 
no concurso vai fazer diferença na sua vida, senão você não estaria entrando nessa briga.
m - DA ORGANIZAÇÃO
1. Prazo: se a prova tiver data marcada, trabalhe com o prazo fixado, menos dez 
dias. Estes últimos dez dias serão usados para revisão de cada uma das matérias do con­
curso, por meio dos resumos dos quais falarei adiante.
Se a prova ainda não estiver marcada, estabeleça um prazo inicial de 50 dias para ver 
todo o conteúdo. Esse prazo será prorrogado em blocos de 20 dias, até que seja marcada 
a data da prova, durante os quais você vai refazer resumos, ampliá-los, aprofundá4os.
Marcada a data, avalie o tempo que falta e divida-o de forma a possibilitar, pelo 
menos, uma revisão de cada uma das matérias, a partir dos seus melhores resumos. 
Use, inclusive, a véspera da prova. Não concordo com a teoria de que é recomendável 
um’'descansa de vinte e quatro horas. Descanso desconcerto, afrouxa a determinação, 
relaxa demais.
2. Matérias: você vai abordar todas as matérias. Não cometa o eno de pensar 
que é bom demais nessa ou naquela matéria e que, por isso, não vai precisar estudá-la. 
Isso é um ótimo argumento para impressionar alguém com quem se fale, mas nunca para 
um trabalho sério de preparação. Humildade conta pontos.
Além disso, com a elevação geral das notas de corte, você não poderá se dar ao luxo 
de fazer excelentes provas em duas matérias e naufragar estrondosamente nas demais. 
Será necessária uma pontuação média em todas as matérias.
3. Cronograma: com auxílio de um calendário, identifique todos os dias que o 
separam da prova (finais de semana, feriados, dias úteis e festas). Desconte os dez dias 
de que se falou no ponto 1. Nos demais, distribua toda a matéria, de acordo eom a ordem 
de prioridade do ponto 4, a seguir. Nessa primeira distribuição, o objeto é a matéria (por 
exemplo: Direito Constitucional, de 6 a 25 de março; Direito Administrativo, de 26 de 
março a 15 de abril). Depois, dentro dessa rotina, distribua os pontos do edital em cada 
matéria (exemplo: de 6 a 9 de março, teoria da Constituição; de 10 a 16, controle de 
constitucionalidade). Use, para ter uma. noção do tempo em cada tópico, apostilas, livros 
e a ajnda dos professores. A cada 20 ou 30 dias deixe um ou dois dias como margem 
de erro, caso alguns tópicos exijam mais que o inicialmente previsto. Todos os tópicos 
devem entrarno prazo dado à matéria.
2 2
Concurso Público: como sa prepara; como estudar, como Eazcr a prova
4. Ordem de prioridade: inicie a distribuição pelas matérias com as quais você 
tenha mais afinidade ou algum conhecimento. Dedique a elas o menorprazo po3sível. Vá . 
aumentando o prazo com a dificuldade e deixe as matérias que você nunca viu para o final
5. Aula x estudo próprio: algumas matérias admitem estudo por módulo, como 
as ciências exatas, em geral, História, Geografia e Português. Outras, contudo, aparente­
mente dão maiores resultados se abordadas em seqüência, cómo os Direitos. Se isso for 
verdade para você, faça o seu planejamento de estudos independentemente das aulas do 
curso de preparação. Nelas, você vai apenas tomar todas‘as notas possíveis e tirar todas 
as dúvidas. Fora de sala, volte ao cronograma inicialmente previsto, exceto nos casos de 
matérias, como dito acima, que admitam estudo fracionado. Cursos de preparação são 
fundamentais para quem não conhece a matéria. Estudar sozinho, na maioria dos casos, 
leva a resultados ínfimos.
6. Tempo diário: se você não trabalha, programe-se para estudar em dois períodos 
(não o do curso), como, por exemplo, cursinho de manhã, estudo próprio à tarde e à noite. 
Se você trabalha em um período, use o que sobra, fora o do curso. Se você trabalha em 
expediente integral, mesmo fazendo curso de preparação, alguns, ajustes de agenda podem 
dar-Lhe umas três horas por dia (por exemplo, uma hora no intervalo de almoço e duas 
após o seu curso, à noite), Não se esqueça de que quanto mais ocupado for o seu tempo, 
mais bem você tende a usá-lo. A prática mostra que alunos com agendas carregadas 
tendem a estudar com mais proveito que outros com o dia todo livre, os quais, em regra, 
não têm a disciplina necessária para gerenciar um espaço de meia hora. 0 ocupado que 
sabe gerenciar seu tempo o mede em minutos, o desocupado, em horas.
1. Sobras de tempo: ao longo do dia, inúmeras situações geram espera. Uma fila 
de banco, um ponto de ônibus, uma sala de espera em dentista ou médico. Tenha sempre 
consigo um livro, .uma apostila ou anotações e, sem medo da censura pública, use esse 
tempo para estudar. Se você, enquanto espera por alguma coisa, conseguir estudar duas 
ou três regras de crase, já terá evoluído. A utilização correta, efetiva, do tempo contribui 
muito para manter, a concentração e o foco nos estudos. De qualquer maneira, se você 
não dispSe de todo o tempo de que gostaria ou precisaria, use o tempo que tem com efe­
tividade e produtividade. Não comece a construir a teoria que iria explicar sua derrota 
no futuro (“não tive tempo suficiente”).
8. Disciplina: os pontos programados para cada dia precisara, necessariamente, 
ser vencidos. Não permita “furos” no seu cronograma, a não ser que isso seja absoluta­
mente inevitável. Tenha por premissa o respeito à sua programação.
9. Ambiente: estudo requer concentração, mas cada pessoa tem uma relação diversa 
com o ambiente de estudo, por ter diferentes níveis de concentração e mcomodação. 
Procure o que lhe seja ideal. Evite, contudo, lugares que não permitam a você ficar à 
vontade. Uma série de elementos (sono, calor, fome, frio, desconforto, dores de postura) 
influi na concentração. Veja o próximo ponto.
23
4500 QUESTÕES COMENTADAS 0E DIREITO CONSTFTUCiONAS.
10. Descanso: não aja contra o relógio. Oíbarpara ele e ter a satisfação de ver que 
estudou, sem interrupção, por seis, sete horas, é muito bom para contentar o ego e conter 
a pressão da consciência, mas, em termos de rendimento, não ajuda nada. Em média, uma 
pessoa não consegue manter a concentração e a produtividade, com assimilação, de um estudo 
por mais de quatro horas, Identifique o seu bloco de trabalho ideal e use-o. Nas jornadas 
longas (todo diapara quem não trabalha, ficais & semana e feriados, para os mais ocupados), 
não ultrapasse um bloco ideal de quatro horas. X>ê um intervalo de uns trinta minutos entoe 
um e outro bloco de trabalho e use-o para alimentação e para descanso. Importante: não 
tenha medo de dormir entre os blocos. O sono é reparador e restaura, soas energias para 
os próximos módulos de trabalho. Limite-o, contudo, a 15 ou 20 minutos. É-o bastante para 
assegurar um bom rendimento até o repouso noturno. Nuno Cobra escreveucerta vez que o 
coipo é sábio. Se você está sonolento, uma cochilada curta pode restaurar sua concentração 
nos estudos. Apropósito disso, cuidado com os estimulantes: guaraná em pó, cafe preto e uma 
longa série de estimulantes podem causar efeitos colaterais (o guaraná em pó,por exemplo, é 
vasoconstritor, o que pode contribuir para o endurecimento das artérias). Energéticos (como 
Red Buli, Flying Horse e outros) podem ser Consumidos, mas com moderação.
11. Alimentação: evite consumir alimentos pesados, cuja digestão exija muito 
do corpo. O õuxo de sangue nesse processo tende a ser maior, com maior estado de 
sonolência. Prefira, em intervalos, alimentação natural (frutas e sanduíches leves) e, nas 
refeições mais fortes, cames brancas.
12. Exercitamento: não descuide da sua parte física. A preparação intelectual pe­
sada pode levar o corpo, submetido ao siress, à exaustão se nâo houver uma compensação 
física. Se você tem o saudável hábito de praticar exercícios, mantenha-o, adaptando a 
frequência e o tempo ao seu cronograma de estudos. Se nâo, tente, entre os blocos de 
trabalho, fazer uma caminhada, pedalar ou fazer alguma outra atividade semelhante em 
dias alternados. Perceba que,.-se você estudar dias inteiros sem uma atividade física, 
terá tido um desgaste intelectual e emocional enorme, mas um desgaste físico mínimo, 
pois o corpo ficou em repouso. Ao longo dos dias, isso poderá ievá-lo à insônia, nâo 
conseguindo, assim, conciliar o sono, o que, obviamente, vai custar caro no dia seguinte.
IV - DA ABORDAGEM DA MATÉRIA
Basicameüte, você pode estudar fora de sala de aula: lendo; lendo e fazendo 
ressaltes no material de consulta; lendo e fazendo resumos no computador ou a punho.
Tente usar os três sistemas, para compensar o desgaste de um com a exigência 
nova de outro. Por exemplo, a leitura é mais confortável, mas a sonolência é maior, já 
a elaboração de resumos dá menor sonolência e mantém melhor a atenção, mas cansa 
o corpo (mão, braço, costas). Alterne um com o outro. Resolver exercícios é útil para 
fixar a matéria, mas, obviamente, essa etapa deve acontecer depois de um bom estudo 
da parte teórica.
24
Concurso Ktbiico: como se pttjwrst; cosoo estudar; «ano 6 ier a prova
V - DO USO DE RESUMOS E NOTAS
Seu instrumento finai de trabalho serão os resumos que foram elaborados ao longo 
da preparação. Para tanto, faça-os da maneira mais completa possível. Um resumo não 
é um apontamento incompleto, mas, apenas, sucinto, sem grandes explicações ou re­
missões teóricas. Elabore-os da maneira mais organizada possível, de forma a permitir 
uma rápida localização da matéria e um acesso claro e seguro à informação. Lembre-se: 
você vai usá-los, e muito, nos dias que antecedem a.prova.
VI - DA BIBLIOGRAFIA DE APOIO
Por melhor que seja o material do curso, para algumas matérias recomenda-se leitura 
extra, tanto pela própria iacompletude de algumas obras quanto pela necessidade da prova 
em sL Informe-se com os professores sobre leitura de apoio e use-a, sempre resumindo.
Repito: use o material integral (livro» apostila) o mínimo possíyel. Converta toda 
a parte importante em resumos completos e dedique atenção a eles.
Não se esqueça de que se você souber tudo o que está na apostila, saberá tanto 
quanto outros candidatos que a tenham trabalhado bem. Aproíunde-se, busque mais 
informações e elabore o seu diferencial.
V H -D A ESQÜEMÁTIZAÇÃO
Matérias jurídicas (Direito Constitucional, Direito Administrativo, leis, regimen­
tos, Códigos) não devem ser decoradas, corao já se disse anteriormente. A abordagemcorreta deve ser a de esquematização e sisteraatização. Sugiro o seguinte procedimento:
a) leia a lei, o regimento, a parte do Código ou da Constituição ou o capítulo do 
livro de Administrativo. Identifique a matéria. Se houver um índice, use-o; senão houver, 
elabore um para seu uso, o mais completo possível, para auxiliar na localização da matéria;
b) começando pelo primeiro artigo, veja do que ele fala. Faça um esquema, mesmo 
que simplificado. Decomponha a matéria;
c) se o tema for tipos (de atos administrativos, de licitações, de vantagens do ser­
vidor, de competências legislativas) elabore QUADROS COMPARATIVOS, apontando 
semelhanças e diferenças entre os tipos;
d) se o tema por procedimentos, fàça FLUXO GRAMAS. Identifique a seqüência 
dos atos e trace-a. A seguir, vá enriquecendo o esquema com detalhamentos. Por exem­
plo: em licitação, o.èsquema começa com o edital e evolui até a contratação. Depois de 
identificar todas as fases, enriqueça (conteúdo do edital, impugnação do edital). Sempre
4500 c u e sT O e s comemtadas o s ojreito constttucsonaí.
que houver um prazo, identifique quando ele começa a ser contado e desenvolva. Se 
há um prazo para recurso, ao final pode ter havido ou não esse recurso. Desenvolva as 
conseqüências. Por.exemplo: o Presidente da República tem 15 úteis para vetar ou 
sancionar um projeto de lei, contados do dia em que esta autoridade xecebe o projeto 
aprovado pelo Congresso. Ao final do prazo, pode: a) ter havido sanção (por isso o pro­
jeto se toma lei); b) ter havido veto (então as razões do veto voltam ao Congresso para 
apreciação); c) pode não ter havido nada (então haverá a sanção tácita ou presumida, que 
transforma o projeto de lei em lei);
e) se a matéria for longas relações de competências, AGRUPE AS SEMELHANTES 
(por exemplo: a competências de um Presidente de Tribunal podem ser administrativas - 
relativas a servidores e serviços processuais - quando referentes ao encaminhamento 
de processos orgânicas - quando se refiram ao funcionamento de órgãos do Tribunal, 
como Conselho Especial ou Órgão Especial);
f) se você percebeu a existência de figuras semelhantes (como veto executivo e 
veto legislativo, como ato administrativo composto e ato administrativo complexo, como 
homicídio simples, homicídio privilegiado e homicídio qualificado, como adjudicação 
e homologação em.licitação), faça QUADROS COMPARATIVOS novamente, fixando 
as semelhanças e as diferenças entre as figuras. Isso é excelente para fixar a matéria.
Para finalizar, use a coastrução do “E SE?”. Se estiver estudando uma matéria e 
houver uma restrição (extinção de cargo público VAGO; veto PARCIAL de projeto de lei; 
se o requerimento for apresentado HO PRAZO; o servidor tomará posse em 30 DIÁS.„), 
pergunte-se SEMPRE o que ocoue no OUTRO caso (e se o cargo estiver PROVIDO? 
E se o veto for TOTAL? E se o requerimento NÃO for apresentado no prazo? E se não 
tomar posse no prazo?).
Vffl - DA PREPARAÇÃO FORA DE SALA
As turmas de cursos de preparação são heterogêneas por excelência. Nelas são 
encontráveis alunos que não descobriram exatamente o que estão fazendo lá, alunos es­
forçados, alunos com um bom conhecimento de base da matéria e alunos com maiores 
dificuldades de acompanhamento e entendimento. O professor tende a dar uma aula que 
satisfaça a média da turma. Por conta disso, é importante que o aluno não fique limitado 
ao que ouve e anota em sala de aula. A leitura do material didático e das próprias ano­
tações e o uso de bibliografia de apoio podem fazer, e fazem, muita diferença na hora 
da classificação.
Di ~ DOS MOMENTOS QUE ANTECEDEM O INÍCIO DA PROVA
Chegue ao local da prova com boa antecedência (pelo menos uns quarenta 
minutos). Sair de casa em cima da hora é contar com. a colaboração de uma série de
26
Concurso Púbiico: somo s t prcparat, como estudar; como ftnrr a prova
fatores imponderáveis, como o tráfego, o veículo, o endereço e o local corretos da 
prova. Qualquer erro, qualquer ameaça de atraso já cria, no candidato, uma situação 
psicoiógica adversa, um nervosismo absolutamente prejudicial à resolução das questões. 
Chegue, portanto, com antecedência e, se for o caso, leve algumas notas finais consigo. 
Embora seja muito variável de pessoa para pessoa, é recomendável que, no local, 
você se mantenha absolutamente concentrado. Para isso» a formação de “rodinhas”, o 
bate-papo informal e a conversa fiada são inteiramente prejudiciais. Reserve-se, leia 
suas notas, ignore informações de última hora do tipo “èti soube que a prova vai ser de 
lascar” ou “um amigo meu disse que essa prova já estava sendo vendida no lugar tal”. 
A concentração é fundamental. Tenha bem presente o peso de cada matéria, conforme
o edital, e os escores mínimos de aprovação. Não adianta gabaritar algumas matérias 
e não fazer o mínimo em outras.
X - DO ENTRENTAMENTO DA PROVA
Dentro da sala, mantenha-se calmo. Jamais pense no quanto você quer ou precisa 
do cargo, ou em quanto tempo e dinheiro investiu na sua preparação, ou na necessidade 
de dar uma resposta aos que não apostaram em você, ou, ainda, na pressão de pais, 
amigos, namorada(o) e outros, para quem você precisa conseguir aprovação. Baixe a 
cabeça, respire pausadamente, cheque canetas, borrachas, lápis e o que mais for usar, 
organize seu local de prova. Tente não ouyít conversas laterais e as “bombas” de última 
hora que sempre aparecem. Àposte tudo em você. VOCÊ sabe, VOCÊ está preparado, 
VOCÊ está pronto.
Ao receber a prova, ieía, ao sinal, cuidadosamente, as instruções da folha de 
rosto, sublinhando o que lhe parecer importante. Se houver distribuição de cartão de 
respostas, preencha-o e assine-o. Cheque se a sua prova corresponde ao cartão (no caso 
de provas diferentes aa mesma turma).
Veja o tempo de prova e número delas. Distribua um tempo para cada prova. 
Veja quais são as matérias que compdem aquela etapa de provas. Inicie pela sua melhor 
matéria, aquela na qual você se sente mais seguro. Deixe as piores para o final. Em cada 
prova, íeia a questão cuidadosamente, palavra por palavra, sublinhando, anotando e 
riscando tudo o que lhe parecer importante. Antes de resolver a questão, leia-a toda de 
novo, com atenção aos seus ressaltes e dando muita atenção ao seguinte: "muitos” não 
é todos, “alguns” não é iodos, “há possibilidade de” não é em regra. Leia as alternativas 
ou as variáveis e aponte o que for pedido. Cuidado com inversões, do tipo “escolha a 
‘ incorreta”, “não está certa”, “a afirmativa errada”. Finalmente, saiba que, em questões 
do úpo VouF, a afirmativa jamais está incompleta. O candidato é chamado a julgar 
a afirmação, nâo o tema.
27
4500 QUESTÔS3 COMEKTAÜAS OS OIREiTQ CONSTTTUCÍONAL
Nessa primeira rodada, somente responda às questões sobre as quais não reste 
duvida alguma. Conclua a matéria. Volte à primeira questão da prova e revise aque­
las sobre as quais tem certeza.'Aponte a resposta. Ao final, passe as respostas para o 
gabarito. Leia as questões sobre as quais ficaram dúvidas. Senão encontrar respostas, 
anote todas essas questões no alto da prova e passe para a prova seguinte. Ao final de 
cada prova, passe imediatamente para o gabarito todas as respostas sobre as quais 
tenha certeza. Ao resolver e passar para o gabarito a última questão da última prova, 
volte às questões em que houve dúvidas e ataque-as, uma a uma, não sem antes checar 
qnanto tempo de prova ainda resta.
A cada questão resolvida, passe a nova resposta para o gabarito, com cuidado, 
atentando para a matéria e o número da questão.
Atenção: em provas em que questões enadas anulam certas, énecessário o cuida­
do especial de não deixar muitas em branco, mas também de não arriscar demais 
nas mais complexas. Muitas vezes, é melhor mesmo deixá-las sem resposta. Na fase de 
resolução das questões que sobraram, é fundamental ter o tempo restante absolutamentesob controle. A pressão que o relógio exerce sobre o candidato é enoime e tende a levar 
ao descontrole psicológico. Essa é a razão pela qual recomendamos que as questões 
resolvidas em cada matéria sejam imediatamente passadas para o gabarito. O que 
não está no cartão de respostas não existe, como também não vaie nada uma resolução 
correta na prova, mas erradamente lançada no cartão.
Antes de dar a prova por encerrada, certifique-se de que as matérias, ou grupos de 
matérias, que impõem um acerto mínimo foram bem enfrentadas. Se resolver a prova 
com sobra de tempo e ainda restarem questões pendentes, antes de tentar resolvê-las 
veja se você conhece a matéria. Nas provas em que há a anulação de respostas certas por 
erradas, não ê recomendável esse “polimento finai”, em razão da tentação do “chute”.
No caso de haver questão discursiva, a melhor estratégia é: comece aprova pela 
leitora da questão discursiva, não para responder logo, mas para saber qual é o tema. 
Faça um rápido rascunho da resposta, enumerando, com breves comentários, os itens 
que deverão ser percorridos. O rascunho é importante porque você está tranqüilo nesse 
momento, focado, e a resposta—se você souber a matéria - emergirá mais facilmente. Não 
finalize a resposta ainda, porque se você responder à questão nesse momento, poderá, ao 
longo das questões objetivas, encontrar ou se lembrar de um ponto que deveria ter sido 
abordado na discursiva, porém será tarde demais. Sabendo qual é o tema da discursiva, 
você poderá, enquanto responde às questões objetivas, ir colhendo elementos importantes 
para usar. Ao resolver a última questão da prova objetiva sobre a qual tenha certeza da 
resposta, volte à discursiva e a finalize, passando sua resposta ao formulário adequado. 
Feito isso, retome à prova objetiva, abordando, cuidadosa e serenamente, as questões 
que deixou para trás.
28
Concurso Publico; çotno se pttparat. como cstadar. coma faztra pfova
XI - COMENTÁRIO FINAL
Es3es breves comentários são passados a você com o 'único intuito de ajudar, de 
alguma forma, na sua preparação. É possível que nâo sirvam para cada, que não tenham 
nada a ver com o seu perfil ou a sua filosofia de vida.
Tomei a liberdade de fazer isso em virtude dos apelos de inúmeros alunos, que não 
conhecem o trabalho metódico de preparação, e também porque usei exatamente esse 
sistema nos concursos que prestei com excelentes resultados.
Espero que isso ajude você, de alguma maneira, a chegar onde merece.
Prof. Gabriel Dezen Junior 
Direito Constitucional
29
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
1. Não está entre os fundamentos da República, nos termos constitucionais:
a) a cidadania.
b) os valores sociais da livre iniciativa.
c) a dignidade da pessoa humana.
d) a privatividade da propriedade ao nacional.
2. Julgue as afirmativas.
I - A União não integra a divisão territorial dã República.
H — A indissolubiüdade do pacto federativo, que marca a Federação brasileira, decorre 
da adoção do modelo de estado confederativo.
IH - À Constituição restringe as hipóteses de democracia direta ao plebiscito e ao 
referendo.
IV-A soberania da República, enquanto fundamento da República, impede o trânsito 
de forças militares estrangeiras em território brasileiro.
a) Uma certa.
b) Duas certas.
c) Três certas.
d) Quatro certas.
e) Nenhuma certa,
3. ( ) Atos estatais contrários à forma republicana de estado admitem, nos termos
constitucionais, correção por intervenção federal.
4. ( ) A ação popolar é hipótese de democracia direta no modelo constitucional brasi­
leiro.
5. ( ) A iniciativa popular de leis, enquanto forma de expressão direta de poder pelo
povo, é hipótese restrita à esfera federal.
6. ( ) A atividade fiscalizatória é função típica e constitucional do Poder Legislativo.
7. ( ) Apenas o Congresso Nacional é detentor de competência para a fiscalização e
a investigação, não se reconhecendo ao demais Legislativos da República tal 
atribuição.
8. ( ) O Poder Legislativo, a exemplo do Poder Judiciário, no Brasil, é uno.
9. ( ) A tripartíção do poder éprincípio constitucional que se estende também às esferas
estaduais, distritais e municipais.
10. ( ) A redução das desigualdades sociais e regionais e a erradicação da pobreza, 
enquanto objetivos fundamentais da República, são considerados normas cons­
titucionais programáticas.
11. ( ) O regime constitucional para a República Federativa do Brasil admite a secessão 
ou separatismo.
12. { ) À forma de Estado da República brasileira é a coafederativa, por haver centra- 
. lização de poder em tomo da Capital Federal, sem autonomia regional.
13. { ) A República Federativa do Brasil é classificada como Estado democrático de 
direito.
14. ( ) Dignidade da pessoa humana e prevalência dos direitos humanos são fundamentos 
da República.
15. C ) A independência nacional é um fundamento da República, juntamente com a 
soberania e a cidadania.
16. ( ) São objetivos fundamentais da República, além do pluralismo político, construir
uma sociedade livre, justa e solidária e erradicar a pobreza.
17. ( ) Reduzir as desigualdades regionais é fundamento da República.
18. ( ) Segundo a Constituição, a Republica deverá atuar no sentido de promover o bem 
de todos, sem preconceito de qualquer espécie, principalmente de raça, sexo, cor 
e idade.
19. ( ) Os Poderes da União, Executivo, o Legislativo e o Judiciário, são independen­
tes e autônomos entre si e apresentam essa divisão tripartite mesmo no âmbito 
municipal.
20. ( ) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social 
e cultural dos povos da América do Sul, visando à formação de uma comunidade 
sul-americana de nações.
4500 QUESTÕES COMEWtAOAS QE DIREfTO CONSTITUCIONAL
32
Tanto I—Dos Princípios Fundamtotiis
21. ( ) A Constituição brasileira define a República Federativa do Biasil como união
indissolúvel. Pode-se afirmar que essa indissolubilidade é uma das características 
do estado federal que o separa do estado confederai.
22. ( ) A divisão territorial ou espacial da República é composta pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, sendo que a existência de 
Territórios só é admitida no âmbito da União.
23. ( ) A Constituição identifica a dignidade da pessoa humana como um dos fundamen­
tos da República, e, nessa concepção, inclusive os estrangeiros no Brasil estão 
incluídos nessa proteção.
24. ( ) A Constituição brasüeira atual não prevê a possibilidade de exercício direto de
poder pelo povo, ficando esse encargo atribuído aos representantes eleitos.
25. ( ) Povo e população são conceitos de mesmo significado e conteúdo.
26. ( ) O modelo brasileiro de divisão de poderes nâo prevê o sistema de freios e con­
trapesos,
27. ( ) A Constituição não reconhece a existência de desigualdades regionais no Brasil.
28. ( } Nos termos constitucionais, a concessão de asilo político é direito líquido e certo
do estrangeiro sob perseguição política de outro País.
29. ( ) A igualdade entre os Estados é criação da atual Constituição brasileira, não sendo
encontráveis, no Direito Internacional, notas de sua concepção e existência até 
•a data de promulgação da Carta Magna do Brasil.
30. ( ) O Direito Internacional não reconhece fonuas judiciais de solução de conflitos,
tendo como único instrumento a essa finalidade a ação diplomática.
31. ( ) As definições conceituais para asilo diplomático neutro e para asilo diplomático
territorial são iguais.
Cjabamo
1. Letra d, A propriedade, no Brasil, nâo é privativa do brasileiro, a teor do art 5o, XXU, 
Além disso, o regramento da propriedade urbana (arts. 182 e 183) e dapropriedade.rural 
(arts. 184 a 291) não contém qualquer dispositivo impondo essa exclusividade. Os demais 
fundamentos estão elencados no art Io.
4500 QUESTÕES COMENTADASDE DíRglTO CONSnTUCiONAÍ.
2. Letra a, A primeira afirmativa é a única correta, em face do capta do a it Io. A afirmativa
II está errada por ser a indissolubilidade dos laços territoriais do Estado característica do 
modelo federativo, não confederativo. A afiimativa 23 está errada por excluir inúmeras 
outras hipóteses constitucionais de democracia direta, como a iniciativa popular, a ação 
popular, o direito de informação, o direito de petição e o voto. A afirmativa IV está errada 
porque o trânsito de forças estrangeiras em território brasileiro é permitido pela Cons­
tituição, por decisão do Presidente da República, dependente de aprovação, por decreto 
legislativo, pelo Congresso Nacional (arts. 49, H, e 84, XXH).
3. Verdadeira. A forma republicana é principio constitucional sensível, nos termos do 
art 34, VH, a, e atos a ela iesivos autorizam a propositura da ação direta de inconstitu- 
cionalidade interventiva, de acordo com o art 36, ÜI.
4. Verdadeira. A. ação popular, prevista no art 5o, LXXHL, é ação constitucional reservada 
ao cidadão brasileiro, para a defesa de interesses coletivos ou difusos relativos à cidadania. 
Rev.este-se, por isso, da condição de instrumento de expressão direta do podar peío povo.
5. Falsa. A iniciativa popular existe para lei federal (art 61, § 2o), para lei estadual (art 
27, § 4o), para lei distrital (art 32, § 3o) e para lei municipal (art 29, XIII).
6. Verdadeira. O art 49, IX e X, o art 70, caput, e o art 71, caput, deixam claro que a 
titularidade constitucional do controle extemo é do Poder Legislativo. O art. 74 reafirma 
esse poder.
7. Falsa. Todos os Poderes Legislativos da República (federal, estaduais, distrital e mu­
nicipais) são detentores constitucionais dessa competência.
8. Falsa. O Poder Judiciário, a teor dos arts. 92 e 93, caput, efetivamente é uma unidade, 
mas o mesmo não ocorre em relação aos Poderes Executivos e Legislativos no âmbito 
da República, os quais não se submetem a nenhuma hierarquização em relação a cada 
estrutura federativa.
9. Falsa. No âmbito municipal não existe Poder Judiciário, sendo, portanto, bipartido 
o poder.
10. Verdadeira. O art 3o, ao enumerar objetivos fundamentais da República, buscou a 
enunciação de ações estatais necessárias, mas apenas.mdicadas constitucionalmente. Essa 
condição de estabelecimento de um programa de ação estatal pela Constituição atribui 
a tal dispositivo, dentre outros, a condição de norma programátáca.
11. Falsa. O caput do art Io afirma que a República Federativa do Brasil é formada pela 
união indissolúvel de Estados, Distrito Federal e Municípios. A União não entra na divisão 
Ssica da República, mas apenas na jurídica, ou institucional, ou poKtico-admiriisíratíva, 
do caput do art 18.
34
Tiüiio I —Dos Priccipios fundamentais
12. Falsa. A forma de Estado é a federativa, como bem diz o capuí do art Io, ao de­
nominar o Brasil como República Federativa do Brasil. O poder federal é efetivamente 
centralizado na Capital Federal, que exerce as competências da União, no plano interno, 
e da República, neste e no plano externo. A existência de autonomias regionais (Estados, 
Municípios e o Distrito Federal) é característica do sistema federativo. Essas entidades 
são autônomas de acordo com o que consta do art IS.
13. Verdadeira. Essa é a redação do capuí do art. Io. Entende-se, por esse conceito, que 
além de ser um Estado em que o exercício do Poder é limitado pela lei, essa lei tem origem 
democrática, ou seja, traduz um govemo no interesse do povo, para este e em seu nome.
14. Falsa. A dignidade da pessoa, humana, efetivamente, é fundamento da República, de 
acordo com o art Io, Dl. Mas a prevalência de direitos humanos é princípio das relações 
internacionais, nos tennos do art 4o, H
15. Falsa. A independência nacional é princípio das relações internacionais (art. 4o, I). 
A soberania e a cidadania são, efetivamente, fundamentos da República (art Io, I e II),
16. Falsa. O pluralismo político é fundamento da República (art Io, V). Os demais, efe­
tivamente, são objetivos fundamentais (art 3*, I e 113). Para não se confundir em prova, 
perceba que os objetivos fundamentais são todos introduzidos por verbos no infinitivo, 
já que se trata de metas a atingir, ações a realizar. Já os fundamentos do art Io são todos 
conceituais.
17. Falsa, Reduzir as desigualdades regionais é objetivo fundamental da República, 
segundo consta expressamente do art. 3o, EQ, da Constituição, na segunda parte. Até 
porque está sob a forma de uma ação a ser realizada, não poderia ser entendida como 
um fundamento, este devendo ser algo preexistente.
18. Verdadeira. É o conteúdo de um dos objetivos fundamentais da República (art 3o, TV).
19. Falsa. Na locução constitucional, os Poderes são independentes e harmônicos entre si. 
E de se notar que essa independência e harmonia não se referem ao poder propriamente 
dito, já que este é único, e emana do povo, segundo o parágrafo único do art. Io. O que 
ocorre é que os órgãos que exercem as três funções estatais básicas (a legislativa, a exe­
cutiva e a judiciária) devem atuar de maneira harmônica, para possibilitar govemo, mas 
independente, para evitar o absohatismo. No âmbito municipal não existe Poder Judiciário.
20. Falsa. A questão tem um eiro fundamental. A atuação da República não será no 
sentido de integrar apenas a América do Sul, mas a América Latina (art. 4o, parágrafo 
único). As duas expressões não são sinônimas.
35
4soo Q u e a r f le s c o m h w ta d a s o s d ir s x to c o n s t o v c x in a l
21. Verdadeira. A confederação é forma de estado que se define como urna união disso- 
lúvel de unidades com alto nível de autonomia. No estado federai, que é o caso brasileiro, 
a indissoíubüidade é üma necessidade, paia manter a unidade federativa, por conta do 
que a secessão é inconstitucional.
22. Falsa. À União não integra a estrutura territorial brasüeira, mas apenas a político- 
administrativa, a teor do art 18, caput Os territórios federais são autarquias territoriais 
exclusivamente federais, a teor do art 18, § 2o.
23. Verdadeira. Apessoa humana» na dicção constitucional, é qualquer pessoa no Brasil, 
cuja proteção só admite as restrições que o próprio documento constitucional imponfaa 
(art Io, DX).
24. Falsa» O parágrafo único do art Io é claro ao determinar que o exercício do poder 
popular se faz diretamente ou através de representantes. As vias diretas de exercício de 
poder pelo povo são, dentre outras, as do art 14, apropositura de ação popular, a filiação 
a partido político, a elegibilidade e a fiscalização popular de contas.
25. Falsa. População é o conjunto de pessoas em dado território e momento. Povo é o 
conjunto de nacionais, o que exchú os estrangeiros.
26. Falsa. Amterpenetração dos Poderes, característica do sistema de freios e contrapesos 
(checks and balances) é bem clara no modelo brasileiro. Como exemplo, poder-se-ia citar 
a nomeação para Ministro do STF, cujo nome é escolhido pelo Presidente da República 
e depende da aprovação do Senado, a possibilidade de impeachment do Presidente da 
República e de Ministro do STF, o controle de constitucionalidade judiciai de leis.
27. Falsa. Não só reconhece como impõe que um dos objetivos fundamentais da Repú­
blica é a sua redução (art 3o, III).
2S. Falsa. A concessão de asilo político é ato de soberania do Estado brasileiro e está su­
jeita à discricionariedade do Poder Executivo. A possibilidade está assentada no art 4o, X.
29. Falsa. Tanto a' ONU quanto a OEA, em declarações de princípios, assentaram a 
igualdade entre os Estados como princípio nas relações internacionais.
30. Falsa. As soluções jurisdiciooais, como as buscadas em cortes de arbitragem ou 
Tribunais internacionais» são fortemente praticadas atualmente.
31. Falsa. O asilo territorial ocorre quando o estrangeiro cruza fronteira e se colocano 
âmbito espacial de soberania de outra país. O asilo neutro é concedido por país que não 
esteja participando de determinado conflito militar, a pessoas e militares das partes em 
conflito.
36
TITULO n
DOS DIREITOS E GARANTIAS FU1NDAMENTAIS
E
&
M
’C
m
CAPITULO I 
Dos Direitos e Deyeres Individuais e Coletivos
PRIMEIRO BLOCO
32. ( ) A doutrina constitucional atribuí às expressões “direito” e “garantia” o mesmo
conteúdo técnico-jurídico.
33. ( ) A partir da técnica de interpretação constitucional no caso de colisão de direitos
fundamentais, è possível, para solucionar essa hipótese, conferir-se vigência a 
um em detrimento do outro.
34. ( ) Aresolução das questões envolvendo conflitos de direitos individuais fundamen­
tais é tarefa do constituinte originário» em cuja obra bâ que se encontrar solução 
literal e objetiva para a questão.
35. ( ) O direito à associação e o direito de reunião são direitos individuais de expressão
coletiva.
36. ( ) A Constituição proíbe a alteração, por emenda, dos dispositivos constitucionais
que confiram direitos ou garantias fundamentais, erigindo essa proibição como 
limitação material ao poder reformador.
37. ( ) Na vigente Constituição brasileira, é correta a aákmação de que direitos e garantias
vêm previstos nos mesmos dispositivos constitucionais.
38. ( ) O princípio da isonomia, ou da igualdade formal, admite tratamento desigual
com amparo constitucional.
39. ( ) Estrangeiro não residente no Brasil não tem, neste País, direito constitucional de
proteção à propriedade e à segurança.
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37
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE DiRSJTO CONSTITUCIONAL
40. ( ) Os direitos fundamentais (vida, liberdade, segurança, propriedade e igualdade)
são detentores de proteção especial na Constituição Brasileira e, exceto o de 
propriedade, são absolutamente invioláveis.
41. ( ) O princípio da igualdade formal veda que a lei, sem fundamento em desigualdade
de feto, arbitre um tratamento diferenciado a quem esteja na mesma situação.
42. ( ) Homens e mulheres são detentores de igualdade absoluta na Constituição vi­
gente, nâo havendo prescrição, em seus dispositivos, que determine tratamento 
diferenciado exclusivamente em razão do sexo.
43. ( ) A Constituição aponta situações de tratamento desigual em razão do sexo.
44. ( ) É constitucional a existência de leis infecoBstitucionais, complementares ou
ordinárias, iodando situações de tratamento desigual em. razão do sexo ou regu­
lamentando as situações constitucionais de desigualdade sexual.
45. ( ) Uma lei elaborada anteriormente à Constituição vigente, e que consagre situação
de desigualdade sexual não amparada por essa Constituição, será inconstitucional.
46. ( ) Pelo princípio da legalidade estrita, somente norma jurídica elaborada por órgão
competente poderá criar obrigação de fazer ou não fazer.
47. ( ) Um decreto do chefe do Poder Executivo elaborado após o advento da atual
Constituição Federal, e que crie obrigação de fazer ou de não fazer, é inconsti­
tucional.
43. ( ) Um decreto do chefe do Poder Executivo que regulamente obrigação criada por 
lei, mas que, ao fazê-lo, crie procedimentos e detalhes de aplicação não previstos 
na lei, é constitucional.
49. ( ) A tortura, proibida pela Constituição, é definida por lei como o ato de constranger
alguém, mediante emprego de violência ou grave ameaça, física ou psíquica, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental
50. { ) A Constituição brasileira atual Dão tutela o pensamento.
51. ( ) A expressão do pensamento, desde que quem se expressa esteja identificado,
é livre, não se podendo proibir alguém de se referir a outrem de determinada 
maneira, mesmo que ofensiva.
52. ( ) A proibição do anonimato não impede qualquer pessoa de manifestar o seu
pensamento como queira.
Titulo li - Dos Dinrfios e Garantias Fundamentais
53. ( ) O direito constitucional do atingido por ato ofensivo à sua honra ou imagem é
restrito à indenização por dano que essa ofensa tenha causado.
54. ( ) A Constituição não assegura a proteção aos locais de cultos religiosos, reconhe­
cendo ser essa uma atribuição da lei.
55. ( ) O ateísmo é protegido pela atual Constituição,
56. ( ) À prática de religiões ofensivas à morai e aos bons costumes é proibida pela
Constituição. .
57. ( ) G direito à liberdade religiosa é ilimitado.
58. ( ) A Constituição assegura ao preso o direito de guardar e praticar a sua orientação
religiosa.
59. ( ) A recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta é hipótese de sus­
pensão de direiios.politicos.
60. ( ) E inconstitucional a censura prévia de obra artística ou intelectual.
' 61. { ) Há hipóteses constitucionais de violação da vida privada e da intimidade.
62» ( ) Intimidade e vida privada são conceitos que se eqüivalem, e referem-se, ambos, 
a condutas baseadas em convicções íntimas da pessoa.'
63. ( ) A iesão à intimidade ou à vida privada é indenizável.
64. ( ) É possível a um oficial de justiça ingressar em residência particular durante a
noite para cumprir determinação judicial.
65. ( ) “Casa”, para fins de proteção constitucional, ê qualquer local ou compartimento
habitado, noção que inclui uma barraca.de camping, um trailer e até, em certas 
circunstâncias, o local de trabalho.
66. { ) Se o proprietário de um imóvel reside neíe, mas alugou quartos para terceiros, não
poderá ele autorizar o ingresso de autoridade ou pessoa nesses quartos alugados.
67. ( ) O ingresso em determinada casa, durante a noite, depende da existência de situ­
ação de flagrante delito, sem o que só poderá ser feito por ordem judicial escrita 
e fundamentada.
68. ( ) O sigilo de correspondência é, na Constituição, absolutamente inviolável
39
4Soo Q u e s r o ç s com entadas o e o ir eíto coN srm jcioN A i.
69. ( ) 0 sigilo das comunicaçoes telefônicas só pode ser quebrado por ordem judicial.
70. ( ) O princípio da liberdade de trabalho proíbe que haja lei impondo restrições às 
atividades laborais.
71. ( ) Um dos direitos fundamentais da pessoa, no Brasil, é o do acesso à informação, 
mesmo que relativa à atividade do Estado ou dos seus agentes.
72. ( ) Qualquer pessoa pode entrar ou sair do Brasil com seus bens, mas esses movi­
mentos serão regulados por lei, a qual poderá impor certas obrigações tanto a 
um quanto a outro.
73. ( ) Desde que pacífica, com seus membros desarmados e comunicada previamente 
à autoridade, nada pode impedir a realização de uma reunião*
74. ( ) Não há diferença entre o direito de reunião e o direito de associação, em termos
constitucionais.
75. ( ) À liberdade de associação não é restrita pela Constituição.
76. ( ) Indica o caráter páramilitar de uma associação o fato de ela pertencer ou estar 
integrada a um órgão público.
77. ( ) Tanto a criação de associações quanto a de cooperativas deverão ser feitas na 
forma da lei, sendo que nem as primeiras, nem as segundas, dependem de auto­
rização.
78. ( )Ê constitucional a imposição, por lei, de cargo em associação a ser ocupado por
servidor público indicado pelo Estado.
79. ( ) A dissolução de associação depende de decisão judicial transitada em julgado.
80. C ) A autorização para representação judicial de filiados a uma certa associação, por 
esta, é presumida do ato de filiação.
81. ( ) O direito de propriedade, garantido pela Constituição, abrange apenas a proprie­
dade material.
82. ( ) À sujeição da propriedade ao cumprimento de sua função social não configura 
uma restrição ao direito da propriedade.
83. ( ) Em área urbana., o atendimento da função social da propriedade é comprovado 
pela observância das normas impostas pelo plano diretor do Município.
40
TrtnloH-Dos Direitos e Garaaaas Ftmdtrg talais
( ) A função social da propriedade rural estaráatendida se se praticar, nela, explo­
ração econômica que garanta a preservação ambiental.
( ) À desapropriação, como regra, na Constituição, é indeoizável em dinheiro.
( ) A prévia indenização deve ser prévia à imissão provisória na posse.
( ) A requisição administrativa é sempre indemzável.
( ) À regra da peahorabilidade da propriedade rural é quebrada, na Constituição, pela 
pequena propriedade rural, desde que a dívida tenha por origem o financiamento 
da atividade produtiva.
( ) Autores têm direito autoral vitalício sobre suas obras, transmissível, com essa 
qualidade, aos seus herdeiros.
( ) Apropriedade de marcas e de signos distintivos de empresas tem, na Constituição 
brasileira, proteção temporária.
( ) Uma lei estrangeira pode vir a regular, no Brasil, a sucessão de bens aqui loca­
lizados.
( ) O direito constitucional à obtenção de informações em órgãos públicos depende 
da alegação e comprovação de interesse pessoal nela.
( ) A negativa de prestação de informações, por órgão público, tem, como instru­
mento judicial apto à superá-la, exclusivamente a ação de habeas data.
( ) O uso do habeas data depende de ter havido a utilização de requerimento admi­
nistrativo e da não obtenção da informação desejada por essa via.
( ) O poder gerai de cautela, de extração constitucional, pennite a intervenção do 
Judiciário para amparar pessoa ergo direito não tenha sido, ainda, lesado, mas 
se encontre ameaçado de lesão.
( ) Ê constitucional a obrigação de depósito prévio de quantia questionada, como 
no caso de multas previdenciârias, para o ingresso no Judiciário.
( ) É constitucional a obrigação de depósito prévio de quantia questionada para a 
interposição de recurso administrativo.
4500 QUê STOES COMENTADAS OE OIRETTO CONSTTmCJQNAi.
98. ( ) Uma emenda à Constituição pode, validamente, prejudicar direito adquirido.
99. ( ) A lei civil pode retroagir para, desfazendo ato jurídico perfeito, beneficiar uma
das partes.
100. ( ) Há hipótese de um tribunal previsto na Constituição vir a ser considerado
Como tribunal de exceção.'
101. ( ) O Tribunal do Júri integra o segundo grau do Judiciário.
102. { ) Qualquer crime em que haja morte vai a julgamento pelo Tribunal do Júri,
desde que essa morte haja sido querida pelo criminoso.
103. ( ) Há hipótese de um criminoso vir a ser julgado pelo Tribunal do Júri sem que
haja ocorrido morte da vítima.
104. ( ) Os princípios da irretroatividade da lei penal mais gravosa ao réu e da ultra-
atividade da lei penai mais benigna levam ao mesmo resultado quanto à apli­
cação da lei penal.
105. ( ) Se urna pessoa é condenada pelo crime de roubo de RS 100 mil, e, na decisão
final, foi obrigado a restituir essa quantia à vítima, porque tinha condição de 
fazê-lo, mas vem a falecer tão logo ingresse na prisão, deixando bens à viúva, 
então a vitima, em virtude do principio da personalização da pena, terá que 
arcar com o próprio prejuízo.
106. ( ) O pedido de extradição perante o Supremo Tribunal Federal é direito dado
apenas ao País de origem do extraditando.
107. ( ) Não há hipótese de extradição, pelo Brasil, de brasileiro nato.
108. í ) O estrangeiro não será extraditado por crime político, mas a qualificação do
que seja crime político é atribuição do Supremo Tribunal Federal, que vai 
julgar o caráter político do fato criminoso sobre o qual se pede a extradição.
109. ( ) O princípio do juiz natural é assentado na fixação legal da competência do
julgador, na determ inabilidade do juiz e na independência e imparcialidade 
dos juizes.
110. ( ) O princípio do promotor natural obriga que o promotor que iniciou o processo
nele prossiga até o final.
Título 11 — Dos Direitos * Garaonas Fundamrataia
111.
1 1 2 .
113.
114.
115»
116,
117.
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121.
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123.
124.
125.
) O contraditório e a ampla defesa são assegurados no inquérito policial.
) O princípio da presunção da inocência não impede, por exemplo, que uma 
pessoa com uma condenação criminal, mas que dela haja recorrido para a 
instância superior, registre-se como candidato a mandato eletivo, eleja-se e 
seja diplomado antes do final do processo.
) Dúvida sobre a identidade da pessoa, a partir do exame de documento civil de 
identificação, não pode sujeitar essa pessoa à identificação criminal sem que 
a lei preveja essa hipótese excepcional. •
) É cabível a ação penal privada subsidiária quando o órgão do Ministério Público 
solicita o arquivamento do processo.
) A Constituição não admite prisão civil por dívida.
) O não pagamento de pensão alimentícia, por qualquer razão, é caso de prisão 
por dívida, de natureza criminal.
) Habeas corpus não pode ser impetrado por estrangeiro ou por terceiro, que 
não esteja sofrendo violência ou coação contra a sua liberdade de locomoção.
) O habeas corpus pode ser pedido para acautelar a pessoa contra ameaça séria 
e iminente de constrangimento contra a sua liberdade de locomoção, mesmo 
que por ato de pessoa física que não seja agente público.
) Pessoa jurídica pode impetrar habeas corpiis em beneficio de uma pessoa 
física.
) Ao julgar o habeas corpus3 o juiz está limitado aos argumentos usados pelo 
impetrante.
) Um promotor de justiça pode entrar com ação de habeas corpus.
) Um ato de particular pode ser objeto de habeas corpus.
) O mandado de segurança somente pode ser impetrado contra ato de autoridade 
pública.
) Ê admissível mandado de segurança contra ato de tribunal.
) O mandado de injunção pode ser usado para obter judicialmente a edição de 
decreta regulamentador de lei ordinária.
43
4500 QUESTÕES COMHNTAQAS DS OIRÊTTO CONSTtTUClONAi.
126.
-127.
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139.
140.
141.'
O mandado de injunção- dá ao autor o direito de obter, no Judiciário, decisão 
que lhe permita o desfrute do direito assegurado pela Constituição.
O mandado de injunção e o mandado de segurança são ações de competência 
exclusiva do Supremo Tribunal Federal.
O STF tem competência privativa para julgar mandado de segurança.
O mandado de segurança coletivo pode ser usado para defender judicialmente 
o direito de um úníco filiado a uma associação.
À ação de habeas dalapoâe ser usada para obter informações sobre a própria 
pessoa constante em banco de dados de empresa privada.
O habeas data permite a obtenção de certidão sobra informação de interesse 
pessoal.
O habeas data só pode ser usado apôs o indeferimento de requerimento Ad­
ministrativo de informações.
Qualquer brasileiro pode usar a ação popular.
À ação popular pode ser utilizada para a defesa de direito próprio do autor 
contra ato ilegal ou abusivo de autoridade publica.
Àto lesivo ao meio ambiente pode ser atacado por ação popular.
O autor da ação popular está constitucionalmente isento de custes.
Se o dispositivo garantidor de direito fundamental é aplicável a partir da emm- 
ciação da Constituição, não tem amparo constitucional negar-se a sua eficácia 
ao fundamento da falta de lei que o regulamente.
O rol de direitos fundamentais exaure-se e limita-se pela Constituição.
É possível extrair-se direito fundamental constitucional não expresso pela via 
da interpretação constitucional.
Os direitos individuais fundamentais podem ser regulados por medida provi­
sória.
É constitucional o acréscimo, por emenda à Constituição, de novo direito 
individual ou coletivo fundamentais à Constituição.
44
Titulo H - Dos Direito» c Garanto Faadwnenlaà
(jabariío
32. Falsa. Direito é o que a Constituição atribui ou confere, como o direito de locomoção, 
o de obter informações em órgãos públicos e o de só ser preso por ordem judicial escrita 
e fundamentada ou em flagrante delito. Garantia á o instrumento ou mecanismo que a 
Constituição oferece paraa proteção do direito, como, em relação aos citados, o habeas 
corpus, o habeas data e o mandado de segurança.
33. Falsa. Pela jurisprudência e pela doutrina, a solução deverá ser encontrada na redução 
proporcional de cada um dos direitos, de forma a se harmonizar a Constituição e os direitos 
em conflito. Não é possível ao intérprete da Constituição concluir pela mapiicabüidade 
de suas prescrições.
34. Falsa. É tareia do intérprete da Constituição, que, valendo-se dos princípios de 
interpretação constitucional, deverá harmonizar e pacificar o texto nas suas aparentes 
contradições lógicas e literais. Em resultado, o intérprete deve concluir pela inexistência 
de contradição lógico-jurídica na Constituição, superando as imperfeições do texto.
35. Verdadeira. É essa a definição da doutrina. São direitos que tem, no ponto de partida, 
o exercício de uma prerrogativa pessoal, mas que somente se realiza pela convergência 
de uma coletividade.
3ó. Falsa. A Constituição, pelas limitações materiais expressas (cláusulas pétreas, art 60, 
§ 4o), proíbe a abolição de tais direitos, não a mera alteração. A abolição pode vir com a 
supressão, pura e simples, o ü pela redução conceituai que implique a exclusão de uma 
ou algumas categorias dos agraciados originariamente. Não está proibida a alteração que 
acrescente direitos, ou que amplie os já existentes.
37. Falsa. À afirmação não é correta, já que a previsão poderá se conter no mesmo dis­
positivo ou em diferentes deles. Não há nenhuma obrigação e nenhum impedimento a 
que a Constituição consagre uma ou outra via de tratamento, ou até ambas.
38- Verdadeira. À definição elementar do princípio da isonomia é tratar igualmente os 
iguais, e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade, conforme o art 5o, 
caput Nessa linha, o tratamento desigual dos que estejam em posição desigual é uma 
imposição pata a realização do princípio.
39. Falsa. A interpretação sistemática da Constituição impõe que se supere a deficiência 
redacional do caput do art 5o, para, harmonizando o princípio da isonomia com o § 2o do 
art 5o, tratar nacionais e estrangeiros na forma prevista na Constituição, sem distinção 
quanto à residência. Entende-se que é inconstitucional a criação de distinção entre um e 
outro grupo sem previsão constitucional.
4500 csuesrrôEs comentadas oe direito constítucíonaí.
40. Falsa. Nenhum direito, nem os fundamentais, é absoluto na Constituição. O direito à 
vida, por exemplo, é excepcionado quando a Constituição admite pena de morte, no art
5o, XLVH, a. O direito à liberdade de locomoção, pela possibilidade de prisão. O direito 
à propriedade, pela desapropriação e pela requisição administrativa.
41- Verdadeira- O correto entendimento do princípio da isonomia, ou igualdade formal, 
impede que a lei desiguale arbitrariamente, sem que haja nma diferença de fato a consi­
derar- Com essa construção doutrinariamente, quer~se proibir que o legislador construa 
arbitrariamente um critério diferenciador e o consagre por lei para desigualar pessoas 
que, de feto, estão igualadas.
42. Falsa. A igualdade é relativa, conforme-o art 5®, I, combinado com o art T , XX; 
art 40; e art 201.
43. Verdadeira. No art 5o, I; no art 7o, XX; e nos arts. 40 e 201 estão consagrados 
constitucionalmente tratamentos desiguais em razão do sexo.
44. Verdadeira. A chegada, ao Brasil, da teoria da ação afirmativa, ou da discriminação 
positiva, que se originou nos Estados Unidos e ganhou especial força na Europa, permite 
que a lei crie situações de desigualação não previstas na Constituição, como forma de 
vencer a discriminação de feto existente por questão de raça, sexo, orientação sexual, 
condição física ou outra. Fconstitucionai, assim, uma lei que reserva percentual de vagas 
em universidades a deficientes, ou de empregos a mulheres.
45. Falsa. Não há inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição vigente- Se tal lei 
for compatível com a nova ordem constitucional, será recepcionada; caso contrário, será 
revogada por não recepção.
46. Falsa. Pelo princípio da legalidade, somente a lei, produzida, em regra, pelo Le­
gislativo, poderá criar obrigações de fazer ou não fazer, tudo segundo o art 5o, II. A 
medida provisória e a lei delegada são instrumentos hábeis a isso graças à equiparação 
constitucional.
47. Verdadeira. Um decreto executivo que crie obrigação de fazer oa não fazer configura- 
se, segundo o Supremo Tribunal Federal, em decreto autônomo. Esse tipo de decreto 
autônomo é inconstitucional, segundo o art 5o, J3.
48. Verdadeira. A função do decreto regulamentador, ou regulamento autônomo 
(art. 84, IV), é justamente explicitar a obrigação criada pela lei, criando os procedimentos 
necessários à sua aplicação.
49. Verdadeira* E essa a definição legal.
46
Titulo S —Dos Direitos e Garaatias Fundamentais
50. Verdadeira. Obviamente, o pensamento não admite tutela. A Constituição vigente 
apenas cuida da manifestação do pensamento, impondo a necessidade de identificação 
e prescrevendo garantias contra os excessos no exercício desse direito, no art 5o, IV.
51. Verdadeira. A Constituição assegura esse direito no art 5% IV, mas, em contrapartida, 
dá ao eventualmente ofendido as garantias previstas nos incisos V e X desse mesmo artigo.
52. Verdadeira. Segundo a Constituição, é livre a manifestação do pensamento (art 5o, IV).
53. Falsa. A Constituição garante, também, a indenização por dano morai ou à imagem, 
segundo o art 5o, V e X, e, cumulativamente, o direito de resposta.
54. Falsa. A Constituição determina proteção aos locais de culto, no art 5o, VI, e determina 
que a lei estabeleça as formas dessa proteção. Ao legislador, então, não cabe escolher se 
haverá ou não proteção aos locais de culto, por ser essa uma imposição constitucional. 
À lei caberá apenas regulamentar essa proteção.
55. Verdadeira. A partir da liberdade de consciência e de crença, prevista no art 56, VI, 
a doutrina reconhece que uma consciência livre pode optar por não ter religião alguma.
56. Falsa. A liberdade de orientação religiosa é direito individual. Estão proibidas apenas 
condutas que configuram ilícitos. A proibição de ofensa à moral e aos bons costumes só 
ocorre quando se tratar de atos públicos, não se tutelando, portanto, a vida privada e a 
prática restrita de tais cultos.
57. Falsa. Há limites, que são os direitos de terceiros e as legislações relativas a isso. 
Eis porque a Constituição exige a regulamentação da proteção por legislação infracons- 
titucional.
58. Verdadeira. Isso está garantido no art 5o, VII. Observe-se, contudo, que nos locais 
de internação coletiva, como presídios, não poderá haver envolvimento estatal com a 
prestação religiosa, o que é proibido pelo art 19,1.
59. Verdadeira. De acordo com a razão da recusa, pode ser ou não, e porque pode ser, é 
hipótese de suspensão de direitos. Se a obrigação não for cumprida por conta de alegação 
de excludente de ilicitude (convicção religiosa, filosófica ou política), a Constituição 
determina que o obrigado receba prestação legal alternativa (art 5o, VIU). Em caso de 
descumprimento por qualquer outra razão que não aquela excludente, o obrigado terá 
privação temporária de direitos. O art 15 também rege o assunto.
60. Verdadeira. A Constituição proíbe expressamente a censura intelectual ou artística, 
no inciso IX do art 5o.
47
4500 QUEsrrOes c om ên tad as d e d ireito comstitucsomaí.
61. Verdadeira. É o caso, par exemplo, da degravaçâo telefônica (grampo) autorizada 
por autoridade judiciária (art 5a, XI) e da invasão da casa para prisão em flagrante ou. 
para prestar socorro (art 5o, XU)-
62. F ais a. Intimidade é o grupo de concepções mais íntimas da pessoa, como, por exemplo, 
um sentimento racista ou um impulso masoquista. Vida privada é o exercício, por atos 
ou omissões, dessas concepções, como a elaboraçãode cartazes racistas ou a promoção 
doméstica de sessões masoquistas. Ambas estão protegidas pelo inciso X do art 5°.
63. Verdadeira. E o que garante o inciso X do art 5o.
64. Verdadeira. É possível, se o morador autorizar, tudo de acordo com o art 5°, XI.
65. Verdadeira. Essa é a melhor definição, com amparo na doutrina e na jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal
66. Verdadeira. A Constituição garante a proteção da casa ou do compartimento habitado 
em razão da intimidade e da vida privada da pessoa. A proteção à casa não se confunde 
com a proteção da propriedade, mas, sim, com a da intimidade e da vida privada, pelo 
que cada aposento alugado será a “casa” do inquilino.
67. Falsa. Além das situações de flagrante delito, poderá haver ingresso em casa alheia, 
mesmo durante a noite, para prestar socorro ou em caso de acidente. Ainda, é inconsti­
tucional determinação judicial para violação de domicílio à noite.
68. Falsa. A Constituição permite a violação da correspondência, como no caso de Estado 
de sítio, segundo o art 139, IH.
69. Verdadeira. A jurisprudência do STF permite às Comissões Parlamentares de Ia- 
. quérito a quebra do sigilo de dados telefônicos, apenas.
70. Falsa. A própria Constituição, no art 5o, Xm, admite a possibilidade de regula­
mentação profissional. Há que se respeitar, contudo, o princípio da proporcionalidade, 
principalmente a demonstração objetiva da necessidade pública da regulamentação.
71. Verdadeira. A Constituição, no inciso XXffi do art. 5o, determina a existência de 
informações de caráter sigiloso, as quais não serão obtidas por requerimento administra­
tivo ou decisão judicial. Essas situações excepcionais, contudo, não impedem que, como 
regra, o cidadão interessado tenha assegurado o acesso à informação sobre a ação estatal.
72. Verdadeira. Ê o que consta do art. 5o, XV. Essas limitações serão principalmente 
tributárias e relativas à saúde pública.
43
Título H - Do$ Direitos « Garaaóas Fuodatoinlais
73. Falsa. Uma outra reunião anteriormente marcada para o mesmo local, dia e horário 
pode impedir, de acordo com o art 5o, XVI.
74. Falsa. A reunião é um acontecimento eventual e de curta duração. A associação 
detém maior permanência.
75. Falsa. Dentre as restrições estão a finalidade lícita e a proibição de caráter paramilitar, 
tudo segundo o art 5o, XVEL
76. Falsa. O caráter paramilitar é indicado pela existência de adestramento com armas, 
uniformes, palavras de ordem e disciplina interna.
77. Falsa. A criação de associações não está sujeita a essa formalidade, de acordo com 
o inciso XVia do art 5o.
78. Falsa. Isso configuraria a ingerência estatal na associação, expressamente proibida 
pelo inciso XVHI do art 5o.
79. Falsa. Somente a dissolução compulsória de associação depende de decisão judicial 
transitada em julgado, de acordo com o inciso XIX do art. 5o. A dissolução voluntária 
será feita na forma do regimento dessa entidade.
80. Falsa. Tanto não é que a Constituição exige a autorização expressa para que a asso­
ciação atue em nome de seus associados. A rt 5o, XXI.
81. Falsa. O direito de propriedade, assegurado pelo art 5o, XX33, atinge qualquer bem 
passível de apropriação, como o direito autoral, o direito intelectual, entre outros.
82. Falsa. É o chamado ônus da propriedade. Esse condicionamento está expresso no 
art 5o, XXffl.
83. Verdadeira. É o que consta do art 5o, XXIII, combinado com. o art 182, § 2o.
84. Falsa. Segundo o art 186, essa não é a única atitude que caracteriza o atendimento 
da. função social da propriedade rural, já que esse dispositivo exige o atendimento con­
comitante das imposições que dele constam.
85. Verdadeira. Excepcionalmente é indenizável em títulos, da dívida pública ou da 
dívida agrária, e, no caso do art 243, não é indenizável, configurando a exproprxação 
confiscatória (art 5°, XXIV; art 182, § 4a, EG; e art 1S4, cagai).
45C0 QUÊS7ÕES COMENTADAS OE DSRBTO CONSTITUCIONAL
86. Falsa. Segundo a doutrina, a jurisprudência' e a legislação, a indenização deve ser 
prévia à imissão definitiva na posse, isso é, quando o Estado toma-se proprietário.
87. Falsa. Nos termos do art. 5o, XXV, só é indenizáveí se houver dano material.
88. Faisa. A Constituição, no inciso XXVI do art 5% impõe quatro requisitos paraproteger 
a propriedade rural com a impenhorabüidade, dos quais o financiamento para atividade 
produtiva é apenas um deies.
89. Falsa. Os herdeiros recebem tais direitos por prazo certo, a ser determinado por lei 
(art 5o, XXV33).
90. Falsa. A proteção é permanente, nos termos do art 5o, XX2X.
91. Verdadeira. Basta que seja mais favorável ao cônjuge ou aos filhos brasileiros, 
segundo o art 5o, XXI.
92. Falsa. Também pode-se obter informação em órgão público alegando interesse co­
letivo ou geral, tudo de acordo com o art 5o, XXIII.
93. Falsa. O kabeas datà só cabe quando a informação for relativa à própria pessoa do 
autor da ação. Nos demais casos, cabe o mandado de segurança, tudo de acordo com os 
incisos LXXn e LX3X do art. 5o.
94. Verdadeira. Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, a impeixação da ação de 
habeas data depende da não obtenção da informação pela via administrativa, por negativa 
ou por omissão do órgão ou agente responsável.
95. Verdadeira. É o que decorre do art 5o, XXV. Segundo o STF, a competência de 
acautelar decorre da competência de julgar.
96. Falsa. Segundo o STF, isso configura inconstitucionalidade, por se converter em 
obstáculo ao livre acesso ao Judiciário, garantido pelo art 5o, XXV.
97. Verdadeira. Segundo o mesmo STF, a Constituição garante o direito direto de petição 
em órgão administrativo, mas não o direito ao duplo grau de jurisdição administrativa, 
pelo que a sujeição de tal recurso a depósito é aceitável.
98. Falsa. O direito adquirido está garantido no art 5o, XXVI, inclusive contra ofensa 
por"emenda à Constituição. A palavra “lei”, nesse dispositivo,-está em sentido amplo.
50
Tittsío 0 - Dos Direitos e Gaiaoões Fundanjemais
99. Falsa. O ato jurídico perfeito não pode ser desfeito» segundo garante o art 5°, XXVI.
100. Verdadeira. De acordo com a jurisprudência do STF, um tribunal previsto na 
Constituição que venha a negar garantias processuais às partes converte-se em tribunal 
de exceção.
101. Falsa. O Tribunal do Júri integra o primeiro grau, ou primeira instância, do Judici­
ário Estadual ou do Federai. .
102. Falsa. A competência do Tribunal do Júri, estabelecida pela Constituição, é para o 
julgamento de crimes dolosos contra a vida, ou seja, quando o objetivo da ação principal 
do criminoso era tirar a vida (art 5o, XXVE3)- Além disso, mesmo nos casos de crime 
doloso contra a vida, o julgamento não será pelo Júri se o réu tiver foro especial por 
prerrogativa de fimção.
103. Verdadeira- Também se insere na competência constitucional do Tribimal do Júri 
a tentativa nos crimes dolosos contra a vida.
104. Verdadeira. São duas definições para o mesmo fenômeno, a primeira levando 
em conta a lei nova, a segunda, & lei-antiga (art. 5o, XL). A aplicação do princípio da 
irretroasdvidade da lei penal mais gravosa impede a aplicação da lei nova, se pior para 
o acusado. O princípio da ultratividade da lei penal mais benéfica vai levar à aplicação, 
nesse caso, da lei penal anterior, revogada.
105. Falsa. A vítima poderá cobrar da viúva, até o limite do patrimônio transferido como 
sucessão, de acordo com o art. 5°, XLV.
106. Falsa. A extradição é solicitada pelo país interessado, quer o de origem do estran­
geiro, quer outro.
107. Verdadeira. O art 5o, LI, impede a extradição do brasileiro nato. Somente o natu­
ralizado, por exceção, é extraditável
108. Verdadeira. A questão reproduz a jurisprudência do STF.
109. Verdadeira. A questão veicula a melhor doutrina a respeito do princípio do juiz 
natural, que está consagrado no art.5o, LUI.
110. Falsa. Segundo o art 127, o Ministério Público é indivisível e uno, pelo que não se 
pode personalizar a atuação de seus membros. O princípio do promotor natural apenas 
impede a ação processual de membro do Ministério Público que não detenha competência 
para o feito.
51
4soo Q u e stõ e s co m e ntad as d s o tR a r o c o n s titu c io n a í
111. Falsa. A jurisprudência é tranqüila a respeito, já que, no inquérito policial, há in­
vestigação, não acusação (art 5% LV).
112. Verdadeira. A pessoa só será considerada culpada após o trânsito em julgado de 
decisão penai condenatória (art 5o, LVH).
113. Falsa. Se.há dúvida.quanto à identificação .da pessoa, não foi ela civilmente iden­
tificada, pelo que pode ser sujeita à identificação criminal, nos termos do art. 5o, LVffi.
114. Falsa. Só se admite a ação penal privada subsidiária da pública no caso de não ter 
havido qualquer ação do Ministério Público.
115. Falsa. Admite em duas hipóteses: do depositário infiel e do não pagamento de pensão 
alimentícia sem justo motivo (art 5o, LXV33).
116. Falsa. Há dois erros na questão. Primeiro, a razão do não pagamento é importante 
para que se decida sobre a possibilidade de prisão. Segundo, cabendo, é caso de prisão 
civil por dívida.
117. Falsa. A impetxação do habeas corptts não depende de capacidade jurídica, postu- 
latória ou nacionalidade (art 5o, LXVUI).
118. Verdadeira. Trata-se do salvo-conduto. E a jurisprudência adróite habeas corpus 
contra ato de particular.
119. Verdadeira. A doutrina e a jurisprudência admitem essa possibilidade.
120. Falsa. É tranqüilo na doutrina que o juiz pode conceder a ordem por razão diversa 
da apontada pelo autor.
121. Verdadeira. Essa hipótese é aceita pela jurisprudência.
122.- Verdadeira. Qualquer restrição ilegal à locomoção pode ser corrigida por habeas 
corpus.
123. Falsa. Também pode-ser proposto contra, ato de agente que esteja na condição de 
representante ou preposto de autoridade pública (art 5°, LXCX).
124. Verdadeira. Há diversas hipóteses, inclusive na Constituição, como nos arts. 102, 
1 ,4 e 105,1, a.
125. Falsa. O mandado de injunção só pode ser usado em relação a dispositivo consti­
tucional, segundo a doutrina, a jurisprudência e o art 5o, LXXL
52
Tltuto Q—Dos ZXnãios e Gsaaati»! FtmdaniBolaü
126- Falsa. O STF adotou, como regra, a teoria não concretista, pela qual limita-se a 
declarar a mora normativa e a comunicar o órgão omisso.
127. Falsa. Dentre outros, o art 102,1, q, e 105,1, k.
128. Falsa. Dentre outros, o art 102,1, g, e 105,1, h.
129. Falsa. Se impetrado por associação, o mandado de segurança coletivo só pode
ser utilizado para a defesa de direitos líquidos e certos, individuais e homogêneos, dos
filiados da associação autora.
130. Verdadeira. Se a empresa privada dá acesso pdblico ao seu banco de dados, essas 
informações são obteníveis por habeas data.
131. Falsa. À obtenção de certidão exige, se negada pela via administrativa, o uso do 
mandado de segurança.
132. Falsa. Além do indeferimento, a mera omissão da autoridade administrativa em 
responder ao pedido de informações viabiliza a utilização do habeas d a ta .
133. Falsa. Somente o cidadão brasileiro pode, ou seja, o eleitor (art 5o, LXXDI).
134. Falsa. Não cabe ação popular para defesa de direito próprio, mas apenas de interesse 
coletivo ou difuso enumerado no inciso LXXHI do art 5“.
135. Verdadeira. É o que consta do inciso LXXHI do art 5o.
236. Faisa. Só está isento de custas e do ônus da sucumbência se atuar de boa-fé.
137. Verdadeira. É o que comanda o princípio da imediata aplicabilidade, § Io do art 5°.
138. Falsa. O § 2o do art 5® identifica, expressamente, outras fontes de direitos funda­
mentais, como os tratados, o sistema e o regime constitucional brasileiro.
139. Verdadeira. É isso que significa o reconhecimento, pelo § T do art 5o, da possibili­
dade de existência de direitos fundamentais a partir do sistema e do regime constitucional,
140. Verdadeira. Em regra, onde cabe lei ordinária, cabe medida provisória. As exceções 
estão elencadas no art 62, § Io, da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda 
n°32.
141. Verdadeira. Uma emenda pode aumentar o roí dos direitos e garantias previstos 
na Constituição, embora não possa aumentar a relação das cláusulas pétreas assentadas 
no § 4o do art 60.
4500 QUESTÔeS COMENTADAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
CAPÍTULO I 
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
SEGUNDO BLOCO
142. { ) Os direitos sociais das minorias e os relativos à biogenética são classificados
doutrinariamente como direitos constitucionais de terceira geração.
143. ( ) Doutrinariamente, admite-se, quanto aos direitos fundamentais, tanto a renúncia
ao seu exercício quanto ao próprio direito.
144. ( ) A construção doutrinária que prega a igualdade efetiva entre as pessoas, e não
apenas! a igualdade jurídica, é chamada de princípio da igualdade material,
145. ( ) Em face da nova ordem constitucional, a jurisprudência brasileira aceita a
recepção da legislação processual que determina a prevalência do foro de 
domicílio da mulher para as ações de divórcio direto.
146. ( ) O princípio da legalidade impede a criação de obrigação de fazer ou de não
fazer por medida provisória.
147. ( ) A legislação infiraconstitucional não define como tortura a lesão à integridade
psíquica da pessoa, para fins de incidência da norma constitucional proibitiva, 
restringindo sua incidência à lesão física.
148. ( ) A liberdade de manifestação do pensamento, constitucionalmente assegurada,
refere-se tanto às manifestações presentes, como em conversas, quanto às 
ausentes, como através da mídia-
149. ( ) O dano estético é indenizável, a título de dano moral.
150. ( ) É constitucional a recusa à sujeição a exame hematoiógico para investigação
de paternidade, a partir da defesa constitucional da intimidade.
151. ( ) Admite-se a indenização, como dano moral, pela dor soôida com a perda de
pessoa da família.
152. ( ) A inviolabilidade da casa pode ser estendida para proteger também, em deter­
minadas condições, o iocal de trabalho.
54
Titulo 0 — Do» Direitos e GatsotUs Fundamentais
153. ( ) Comissão parlamentar de inquérito pode, por ordem direta, determinar a quebra
de sigilo telefônico e bancário de investigado, sem necessidade de recorrer a 
autoridade judiciária.
154. ( ) A atuação de associação em juízo, em nome de seus filiados, é, segundo a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, hipótese de representação pro­
cessual, e não de substituição processual
155. ( ) A autorização expressa para a representação judicial de associado, por asso*
ciação, exige, além de previsão genérica estatutária, também a indicação de 
poderes específicos para o processo.
156. ( ) Nos termos constitucionais, a propriedade urbana cumpre a sua função social
quando cumpre as exigências de ordenação do solo urbano prevista no plano 
diretor e apresenta edificação e exploração que respeitem as relações de trabalho 
e a preservação do meio ambiente.
157. ( ) ' Uma das conseqüências constitucionais possíveis ao descumprimento da fonção
social do solo rural é a desapropriação para fins de reforma agrária.
158. ( ) Segundo a jurisprudência brasileira, é necessário que o executado resida no
imóvel objeto da penhora para que possa opor à execução o benefício da im- 
penhorabilídade.
159. ( ) A divulgação, por revista, de transcrição literal, integral e significativa de
capítulo de novela ainda não exibido ofende o direito autoral.
160. ( ) A utilização ambiental, em estabelecimento comercial, de música captada de
' emissora de rádio não’ sujeita esse estabelecimento ao pagamento de direito 
autoral.
161. ( ) A garantia constitucional do direito de herança não abrange o filho incestuoso.
162. ( ) O direito de petição aos Poderes Públicosé assegurado constitucionalmente
ao estrangeiro, em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
163. ( ) A adoção da instância administrativa de curso forçado é, sob a nova Consti­
tuição, inadmissível.
164. ( ) A jurisprudência brasileira entende ser constitucional ao Poder Público con­
dicionar o exercício do direito de ação judicial ao depósito prévio da quantia 
rslativa-a multa a ser questionada.
55
450Q QUESTÕES COMENTADAS DE OiRSTO CONSTITUCIONAL
165. ( ) O sistema constitucional brasileiro prevê a existência de duplo grau de juris­
dição administrativa.
166. ( •) A vedação constitucional de que lei não prejudicará o direito adquirido Dão
tem validade relativamente a Emendas Constitucionais.
167. ( ) E possível aretroação da lei civü, desde que mais benéfica ao autor do processo.
168. ( ) Há possibilidade constitucional de um Tribunal previsto na Constituição bra­
sileira vigente vir a ser considerado de exceção.
169. ( ) O principio do juiz natural é de aplicação restrita a órgãos do Poder Judiciário.
170. ( ) O princípio constitucional .da soberania dos veredictos do Tribunal do Júri
toma inconstitucional a admissão de recurso contra essa.
171. ( ) No conflito entre a competência do Tribunal do Júri e foro criminal especial
por prerrogativa de função, prevalece aquele.
172. ( ) É admissível a possibilidade de as Constituições Estaduais estabelecerem
foro especial paria julgamento de seus agentes políticos» como Governadores, 
podendo, inclusive, afastar, era relação a essas autoridades, a competência do 
Tribunal do Júri.
173. ( ) O princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica não se apüca no caso
de lei sobre execução penal.
174. ( ) O princípio da retroação da lei penal mais benigna não se aplica no caso de
crime continuado, hipótese que sujeitará o autor do crime à lei penal superve­
niente, mesmo que mais gravosa a si.
175. ( ) É constitucional ao juiz fixar como pena, a título de prestação de serviço à
comunidade, a obrigação de o condenado doar sangue.
176. ( ) Um dos requisitos essenciais à extradição é a dupla incriminação, ou seja, que
os fatos a partir dos quais se pede a extradição sejam puníveis tanto pela lei 
brasileira quanto peia lei do país requerente.
177. ( ) O processo de extradição é encerrado e a extradição deferida se o extraditando
revelar vontade de ir ou voltar ao país que postula a extradição.
178. ( ) Não se admite a liberdade vigiada do extraditando, enquanto pendente o pro­
cesso de extradição.
56
179.
180. 
181.
182.
183.
184.
185.
186.
187.
188.
189.
190.
191.
a
)
Título 3J - Dos D tó u » e Garactiai Funriam toaü
Exige-se a comutação de pena no caso de o crime atribuído ao estrangeiro cuja 
extradição é pedida ser punível, no país requerente, com prisão peipétua ou 
morte.
A ordem constitucional presente impõe que o acusado utilize todos os meios 
de prova postos à sua disposição.
Aanulação do processo por falta de intimação do defensor do réu em processo 
criminal exige a comprovação de prova de prejuízo àquele.
A inserção processual de prova ilícita impõe, como conseqüência, a retirada 
da vaHdade de todas as demais provas produzidas, mesmo que independentes 
daquela.
%
Há possibilidade constitucional de existência de situações que penmtem a 3
validação da prova ilícita, como no caso de legítima defesa.
A incompetência do juízo criminal que conduz o processo torna ilícitas todas í!
as provas colhidas a partir do deferimento dessa autoridade judiciária.
/
O princípio da presunção da inocência impede as prisões cautelares, por serem íl
antecípatórias da punição do acusado, antes do transito em julgado do processo 
criminal '
a'
i
O princípio da presunção da inocência impede, além de prisão criminal, também a
a prisão civü por dívida, por ser essa uma medida restritiva de liberdade. j
8,
A revista policiai em pessoa do povo exige a demonstração de motivação apta g-'
a justificar, fundameatadamente, a suspeita policial sobre o revistado. )
A omissão da comunicação de prisão à autoridade competente é, por si só, 
causadora da ilegalidade da prisão. ^ ‘
\>
É constitucionalmente aceito que uma testemunha se recuse a depor sobre ^
tudo o que sabe sobre determinado fato, não se constituindo, nessa variável, g
a ocorrência do crime de falso testemunho. J
Ü
É amparada pela Constituição a prisão civil do inadimpiemento de pensão I
alimentícia íundamentada em prestações já vencidas. ^
)
Ê constitucionalmente aceitável a utilização do habeas corpus para amparar 
o direito de locomocão no caso de esse ser «üreito-meio. jsf;
57
4500 QUESTÕES COM&tTAOAS DS D1REJTQ CONSTITUCIONAL
192.
193.
194.
195.
196.
197.
198. 
; 199.
200.
201.
202.
203.
204.
205.
206.
O habeas corpus não pode ser utilizado para reexame das provas nas quais se 
fundamentou a decisão pela prisão.
O habeas corpus não admite desistência.
Cabe habeas corpus contra ato de particular.
£ admissível a impetração de habeas corpus contra intimação para depor 
perante comissão parlamentar de inquérito.
Não é admissível a utilização de habeas corpus para impugnar a inserção de 
prova ilicita em procedimento penal.
Para fins de utilização do mandado de segurança, todos os fetos, mesmo os 
incontroversos, precisam ser provados para dar coatomos à Hquidez do direito.
É admissível a impetração de mandado de segurança contra lei em tese, no 
caso de essa ter efeitos concretos.
É admissível a utilização, pelo Procurador-Geral da República, de mandado 
de segurança contra ato do Presidente da República.
A impetração de mandado de segurança coletivo por partido político somente é 
admissível para a defesa de direitos de seus filiados e relativamente a questões 
políticas.
Associação profissional não detém legitimidade para impetrar mandado de 
injunção.
Não é admissível, em mandado de injunção, pedido de suspensão de lei por 
inconstitucionalidade.
A retificação de dados não pode ser feita por habeas daia. ^
É inconstitucional a utilização, em ação popular, de argumentos de ordem 
constitucional. ■
A assistência jurídica integral e gratuita compreende os honorários de advo­
gados e de peritos.
Não é admissível a cobrança do ônus da sucumbência do beneficiário da justiça 
gratuita.
58
Tituio II -D os Diseitas e Garantias Fundamentais
207. ( ) A previsão constitucional de extensão do reconhecimento dos direitos e ga­
rantias aos previstos em tratados internacionais confere a esses atos estatura 
de norma constitucional, quanto a tais temas.
C ja b a r i to
142. Falsa. Os direitos constitucionais das minorias e relativos à biogenética têm sido 
classificados como de quarta geração, juntamente com as questões relativas à eutanásia, 
às biociências, aos alimentos transgênicos e aos softwares.
143. Falsa, A moderna doutrina constitucional não admite a renúncia a direitos funda­
mentais, mas apenas o seu não exercício, se disponíveis* É de se observar, contudo, que, 
quanto aos direitos indisponíveis (salário-mínimo, por exemplo), não há opção possível, 
sendo o exercício obrigatório.
144. Verdadeira. A diferença fundamental entre a igualdade formal e a igualdade material 
está em que a primeira é uma mera igualdade perante a lei, construção que não considera 
as diferenças sociais e econômicas. A igualdade material, em contrário, preocupa-se com 
os diversos extratos sociais e é a que fundamenta o princípio da ação afirmativa, também 
chamado de discriminação positiva.
145. Falsa. O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que não houve recepção desse 
dispositivo, em face da igualação entre homem e mulher nas questões relativas ao casa­
mento, operada pelo art 226.
146. Falsa. E aceitável a utilização de medida provisória, sendo as exceçõesao seu uso 
apenas as indicadas no art 62, § Io, e no art 246,
147. Falsa. A integridade psíquica da pessoa é especialmente protegida, qualificando-se 
como tortura, legalmente, as ações deia lesivas.
148. Verdadeira. É o que preleciona a modema doutrina.
149. Verdadeira. Ê o que indica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federai.
150. Verdadeira. O Supremo Tribunal Federal, contudo, deixou julgado que a recusa do 
alegado pai será interpretada livremente pelo juiz, à luz das provas nos autos.
151. Verdadeira. É o que consta da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
59
4500 QUESTÕES COMENTAOAS OE DifOSIO CONSTíTUCKINAl.
152. Verdadeira. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afana que o local de 
trabalho, se vedado ao acesso público, equipara-se a casa para fins de proteção consti­
tucional.
153. Falsa. A jurisprudência do STF aceita que CPI determine, por ato direto, apenas 
a quebra do sigilo dos dados telefônicos, não permitindo o “grampo” telefônico, pois 
esta providência está submetida ao princípio da Tesarva judicial, dependendo, sempre, 
de autorização judicial
154. Verdadeira. Segundo o Supremo Tribunal Federal, a representação processual 
ocorre quando há habilitação para a entidade defender, em juízo* em nome de terceiros, 
um direito que não é seu.
155. Verdadeira. É exigência firmada pelo Supremo Tribunal Federai, segundo quem 
não é necessária, contudo, a autorização expressa de cada associado.
156. Falsa. A segunda parte da questão enumera itens cujo cumprimento configura a 
realização da função social da propriedade rural, não urbana, de acordo com os arts.
182, § 2o, e 186.
157. Verdadeira. É o que consta do art 184.
158. Verdadeira. Esta exigência vai demonstrar a utilização, pelo proprietário, do imóvel 
como residência.
159. Verdadeira. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que tal divulgação ofende, sim, 
o direito autoral
160. Falsa. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que essa difusão musical implica 
pagamento de direitos autorais.
161. Falsa. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o filho incestuoso, com o advento da 
nova Constituição, foi equiparado aos filhos legítimos e desfrutado direito de suceder.
162. Verdadeira. A Constituição não distingue entre brasileiros e estrangeiros para o 
exercício do direito de petição.
163. Verdadeira. A obrigatoriedade de exaurimento da via administrativa para discutir 
judicialmente lesão a direito não foi recepcionada pela nova ordem constitucional, a 
partir do princípio do amplo acesso à jurisdição, do art. 5o, XXV. Anote-se, contudo, que 
a CF> no art 217, § Io, ordena o uso da via administrativa como preliminar necessária à
Titulo U - Dos Direitos f Garantias Fandameasis
ínterposição de ação judicial relativa a competição desportiva, e que a jurisprudência do 
STF condiciona o mo do habeas data a não obtenção da informação pela via adminis­
trativa. Apesar de não serem, tecnicamente, instância administrativa de curso forçado, 
são situações nas qoais é obrigatória a sujeição, inicialmente, à administração.
164. Falsa- Segundo o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, a 
condição do depósito do valor questionado lesa o princípio do amplo acesso ao Judiciário, 
inscrito no art 5o, XXV
165. Falsa* Não há essa previsão, pelo que é constitucional à autoridade administrativa 
condicionar o recebimento de recurso administrativo ao depósito da quantia questionada.
166. Falsa- As emendas à Constituição estão abrangidas pela expressão “lei” do art 5o, 
XXVI, que deve ser interpretado em sentido amplo.
167. Falsa* Primeiro porque a lei não poderá desfazer o ato jurídico perfeito, protegido 
pelo art 5a, XXVI, e segundo porque a condição de autor é irrelevante para a defesa 
judiciai de direitos.
168* Verdadeira. Segundo o Supremo Tribunal Federal, isso é possivel sempre que um 
tribunal previsto na Constituição não assegurar as garantias constitucionais às partes em 
litígio.
169. Falsa* Ajurispradênria do Supremo Tribunal Federal revela que esse princípio vale 
também para outros órgãos dotados de poder de decidir, como o Senado Federal, quanto 
aos processos de impeachment.
170. Falsa, O Supremo Tribunal Federal decidiu que a recorribüidade das decisões do Júri 
não vulnexa a soberania dos veredictos, porque, se provido o recurso, o novo julgamento 
será novamente proferido pelo Tribunal do Júri.
173. Falsa. Esse conflito se resolve em favor do foro especialporprerrogativa de função. 
Assim, se um membro do Congresso cometer crime doloso contra a vida, será julgado 
pelo STF, não pelo Júri.
172. Falsa. O Supremo Tribunal Federal realmente permite o estabelecimento de foro 
especial estadual, mas reconhece ser inconstitucional ao Estado afastar a competência do 
Júri, em razão de ser privativa da União a legislação sobre o processo penal (art 22,1).
173. Falsa* O Supremo Tribunal Federal aceita a retroação da lei de execução penal mais 
benigna ao condenado.
61
4500 QU6ST0ES COMENTADAS D£ DIREÍTO CONSTiTUClONAL
174. Verdadeira. 0 Supremo Tribunal Federal decidiu que, tratando-se de crime con­
tinuado, aplica-se a ioda a série de delitos a lei penal superveniente, ainda que mais 
gravosa ao réu.
175. Falsa. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal mostra que a exigência judicial 
de doação de sangue à comunidade não se ajusta aos parâmetros conceituais fixados paia 
definir prestação de serviços à comunidade.
176. Verdadeira. É essa a linha jurisprudência! do Supremo Tribunal Federal.
177. Falsa. O Supremo decidiu que a eventual concordância do extraditando é irrelevante 
paia a decisão do processo.
178. Verdadeira. É essa a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal,
179. Falsa- O Supremo Tribunal Federal não estabelece a comutação, nessa hipótese, 
como requisito essencial.
180. Falsa. A possibilidade de utilização de todos os meios lícitos de prova não obriga 
o seu uso pelo acusado. /
181. Falsa. O processo será anulado independentemente da demonstração do prejuízo.
182. Falsa. A teoria do frutos da árvore envenenada, adotada pelo Supremo Tribunal 
Federal, impõe a nulidade apenas das provas decorrentes da prova viciada pela ilicitude.
183. Verdadeira. E aceita a prova üícita quando, por exemplo, for a única maneira de 
demonstrar a inocência do acusado.
184. Falsa. A incompetência do juízo não fulmina de nulidade das provas produzidas 
no processo por ele conduzido.
185. Falsa. Segundo o Supremo Tribunal Federai, as prisões cautelares não são anteci- 
patórias da punição ao acusado, mas meramente acaútelatórías da aplicação da decisão 
judicial.
186. Faisa. Segundo o Supremo Tribunal Federal, a prisão civil por dívida não tem na­
tureza penal, não estando impedida pelo princípio da presunção da inocência.
Título ü — Dos Direitos c Goreniiai Funiamtntaij
187- Verdadeira. Segundo o Supremo Tribunal Federal, essa revista exige demonstração 
da razoabilidade da suspeita.
188. Falsa. O Supremo Tribunal Federal entende que a mera omissão da comunicação 
não enseja a ilegalidade da prisão.
189. Verdadeira. E o caso em que as declarações sobre a verdade, feitas pela testemunha, 
podem vir a ser usadas para acusar a própria testemunha (depoimento autoincriminatório). 
Além disso, não comete faiso testemunho quem nada diz.
190. Falsa, Segundo o Supremo Tribunal Federal, prestações alimentares já vencidas 
perdem o significado alimentar,
191. Verdadeira. É a lição da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
192. Verdadeira. No habeas corpus, não é aceito o pedido de reexame do material 
probatório.
193. Falsa. O Supremo Tribunal Federal aceita a hipótese de o impetratante do habeas 
corpus desistir da ação.
194. Verdadeira. É nessa linha a jurisprudência, inclusive de segundo grau, como a do 
TJ-SP.
195. Verdadeira. Segundo o Supremo Tribunal Federal,essa intimação traz, incita, a 
possibilidade de prisão.
196. Falsa. O Supremo Tribunal Federal admite a utilização do habeas corpus para im­
pugnação de prova ilícita, já que dela poderá sobrevir a condenação do réu.
197. Falsa. Ajurisprudência do Supremo Tribunal Federal mostra que não é necessária 
a comprovação de fato incontroverso.
198. Verdadeira. A hipótese é aceita pelo Supremo Tribunal Federal.
199. Verdadeira. Há precedentes na jurisprudência do Supremo Tribunal FederaL
200. Falsa. Embora ajurisprudência anterior do STJ apontasse nessa direção, o STF a 
modificou, determinando o cabimento do mandado de segurança coletivo por partido 
político para defender direitos individuais homogêneos de qualquer grupo de pessoas, 
filiadas ao partido ou. não.
63
« 0 0 QUÊSTÔeS COMENTADAS 0 6 CHREíTO CONSTTTUCSONA!.
201- Falsa. Apartir da admissão, pelo STF, do cabimento de mandado de injunção cole­
tivo, foi validada a atuação de associações em benefícios de grupos de filiados.
202* Verdadeira. O pedido de suspensão da lei é estranho .ao objeto do mandado de 
injunção.
203. Falsa. Essa é uma das aptidões do habeas data, segundo o art 5o, LXXH.
204. Falsa. A ação popular pode ser usada para controle incidentai de constítucionaüdade, 
segundo o Supremo Tribunal Federai.
205. Verdadeira. É a dicção da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
206. Falsa. O Supremo Tribunal Federal admite a hipótese.
207. Falsa. O Supremo Tribunal Federal deixou julgado que, mesmo a partir da previsão 
do art . 5o, § 2o, os tratados internacionais são detentores, no Brasil, de estatura de lei or­
dinária. Os tratados internacionais sobre direitos humanos, desde a Emenda nQ 45 (art 5o, 
§ 3o), podem vir a ser elevados ao nível de Emenda Constitucional. Mão, contudo, ao 
nível da própria Constituição.
CAPÍTULO I 
Dos Direitos e Deveras Individuais e Coletivos
TERCEIRO BLOCO
208. { ) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se,
aos brasileiros e aos estrangeiros, inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, sendo que a extensão de direitos 
constitucionais ao estrangeiro é matéria de legislação rafraconstitucional.
209. ( ) Homens e mulheres são iguais, em termos absolutos, em direitos e obrigações,
podendo lei complementar criar e disciplinar hipóteses de tratamento diferen­
ciado entre os sexos, desde que no interesse público.
210. ( ) A manifestação do pensamento é livre e incondicionada, mesmo no caso de
obra intelectual ou artística.
211. ( ) O princípio da legalidade, nós termos da Constituição, impõe que nenhuma
pessoa poderá ser obrigada a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei, pelo que uma obrigação, criada por um decreto ou portaria, por
64
212. (
213. {
214. (
215. {
216. (
217. (
218. (
219. (
Tituío H —Dos Direitos e Garacãas Fundamentais
i Ê assegurado a todos o acesso à informação, sendo que, no conflito eventual 
entre o direito, da pessoa de ser informado e o direito da pessoa sobre quem se 
informa a preservar a sua intimidade e sua. imagem, prevalece sempre aquele.
':ji
i .1
H
■1
exemplo, se não amparados em lei, será inconstitucional, o mesmo ocorrendo 
no caso de criação de obrigação por medida provisória, pela sua condição de 
ato executivo. 1 j
) Aprestação de assistência religiosa pelo Poder Público é assegurada nas entida- !•
des civis e militares' de internação coletiva, o que implica entender que quartéis, 1 I
prisões, orfanatos e outras entidades semelhantes deverão prestar atendimento , j
religioso aos internos, sendo possível, no caso de escolas püblicas, a adoção, 
por opção da direção, por determinada orientação religiosa. *
í
) O livre exercício dos cultos religiosos e a proteção aos seus locais de culto 
e às suas liturgias são assegurados nos termos da Constituição, mas ambos 8
dependem de regulamentação infraconstitucional para sua efetividade. s. ‘
i '
) A expressão da atividade artística é livre e independente de censura, condicio­
nada, no entanto, à licença, sendo constitucionalmente lícito ao poder público * r
condicionar a exibição de determinados tipos de obra artística a espaço deter- g >
minados, com restrição de acesso público.
a.
> A violação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas 3 ‘
dá direito a pedir indenização pelo dano material ou moral decorrente dessa 
violação, exceto no caso de ato do poder público, quando a superioridade do 1
interesse coletivo sobre o particular leva à impossibilidade de responsabilização. $ ‘
|
I A casa é o abrigo inviolável do indivíduo que dela seja proprietário. Sem con­
sentimento desse, só é possível penetrá-la, durante o dia ou à noite, nos casos 8
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou por determinação 
judicial.
S
I O sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e e '
comunicações telefônicas são invioláveis, mas pode ser quebrado, na forma 
que a lei estabelecer, por ordem judicial, para fins de investigação criminal ou ^ ,
instrução processual penal, sendo a quebra de tais sigilos sujeita ao princípio %
da reserva judicial.
( É livre a locomoção no território nacional, podendo qualquerpessoa, estrangeiro ‘
ou nacional, nos termos da lei, e a qualquer tempo, nele entrar, permanecer ou 
deie sair com seus bens. l!-
81<
65 n'
« 0 0 QUESTÕES COMENTADAS DE DfRSTO CONSTITUCIONAL
220. ( ) Sobre o direito de reunião, é lícito dizer que, nos termos da Constituição, ne­
nhuma providência precisa ser tomada por aqueles que pretendem se remir, 
de forma pacífica e sem armas, em local aberto ao público, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local
:ão e de221. ( ) A criação de associações e a de cooperativas independe de autorização
qualquer outro procedimento imposto por lei.
222. ( ) Pode haver desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por in­
teresse social, sempre mediante justa e prévia indenização em dinheiro, não 
sendo aceita constitucionalmente a desapropriação confiscatória. A Constitui­
ção Federal ressalva, contudo, casos em que essa indenização não se fará em 
dinheiro.
223. ( ) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas ati­
vidades suspensas por decisão judicial, podendo ser decisão recorrível para 
este caso, e devendo ser transitada em julgado para aquele, embora a disciplina 
constitucional não impeça a dissolução e a suspensão de funcionamento por 
decisão dos sócios.
224. ( ) Apequena prppdedade rural; assim definida em lei, não será objeto de pex&ora
desde que o proprietário comprove, perante a autoridade responsável, a explo­
ração familiar exclusiva, independentemente de outra condição.
225. ( ) Ho caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular pelo tempo necessário, mediante indenização ao pro­
prietário, a qual está condicionada à comprovação de dano material.
226. ( ) A existência de crime depende de lei anterior que o defina e de lei anterior que
comine a pena, sendo aceitável a utilização de medida provisória paia qualquer 
das duas finalidades.
227. ( ) Será assegurado, por lei, privilégio temporário aos autores de inventos in­
dustriais. A ieí também protegerá permanentemente as criações industriais, a 
propriedade de marcas, os nomes de empresas e outros signos distintivos.
228. ( ) Aprátiea do racismo constitui crime inafiançável, imprescritível e insuscetível
de graça ou anistia, e sujeito, necessariamente, à pena de reclusão.
229. ( ) É inconstitucional uma lei que preveja, para o exime de racismo, a pena res-
.tritiva de liberdade de detenção.
6 6
Titulo H -Dos Diraios e Garantias Fuadaracoiais
230. (
231. (
232. (
233. (
234.(
235. (
236. (
237.. (
238. ('
239. (
240. (
241. (
) Nenhum brasileiro nato será extraditado, salvo em caso de comprovado en­
volvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.
) O direito de petição aos poderes públicos e a obtenção de certidões em repar­
tições públicas são assegurados a todos, independentemente do pagamento de 
taxas, constituindo-se, ambas, em variáveis de democracia direta no sistema 
constitucional brasileiro.
) Não será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
) Pelos crimes hediondos respondem os seus mandantes, os seus executores e 
aquelas pessoas que, podendo evitá-lo, tiverem se omitido.
) O mandado de segurança será concedido para proteger qualquer direito liquido 
e certo, mas apenas quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder 
for autoridade pública.
) Á ação de grupo armado militar contra a ordem constitucional constitui crime 
inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia, podendo a lei, 
contudo, em face de situações específicas, possibilitar o estabelecimento, 
exclusivamente pelo juiz do processo, de fiança.
) O habeas data pode ser usado tanto para conhecer dados relativos à pessoa do 
impetrante quanto para retificá-los.
) Apena de prestação social alternativa é permitida no Direito brasileiro.
) O banimento é, como a extradição, permitido pela Constituição brasileira, 
para o caso de condenação de estrangeiro, no Brasil,-por atividade nociva ao 
interesse nacional.
) Um brasileiro naturalizado que comprovadamente esteja envolvido com o 
crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, praticado dois anos 
depois de deferida a sua naturalização, não pode ser extraditado.
) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político, assim tipifi­
cado pela legislação nacional do Estado estrangeiro requerente.
) As provas obtidas por meios ilícitos deverão ser necessariamente desconside­
radas no processo, não sendo jurisprudencialmente aceitável a sua validação, 
para quaisquer fins.
67
4500 QUEST0S3 COtóEííWDAS D£ OIRBTQ CONSTITUCIONAL
242. ( ) Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenaíória, o que toma constitucionalmente inaceitável a classificação do acu­
sado como culpado, antes que o processo seja julgado peios Tribunais Superiores.
243. ( ) Exceto os casos de transgressão mfiitar ou crime propriamente militar, defi­
nido em leí, as únicas possibilidades constitucionais de prisão se restringem 
aos casos de flagrante delito ou mediante ordem escrita e fundamentada da 
autoridade judiciária competente.
244. { ) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por qualquer partido
político, para defesa de interesses de seus filiados.
245. ( ) O habeas corpus é recurso a ser utilizado unicamente para a defesa da liberdade
de locomoção, ameaçada ou efetivamente lesada por ilegalidade ou abuso de 
poder.
246. ( ) Arelaçãç dos direitos e garantias expressa na Constituição Federal é exaustiva,
ou seja, consagra todos os direitos constitucionalmente amparados na ordem 
jurídica brasileira.
Çjabarito_______________ __________________________________________________
208. Falsa. Apesar de a Constituição, no caput do art 5o, fazer constar a expressão 
“estrangeiros residentes”, segundo a melhor doutrina essa condição de residência deve 
ser desconsiderada, já que o sistema constitucional não admite distinção, para fins de 
proteção dos direitos assegurados, peja residência. Deve-se ter, então, como não escrita 
a condição de residência para a proteção do estrangeiro. A extensão dos direitos funda­
mentais é matéria constitucional, não infraconstitucional
209. Falsa- À igualdade entre os dois sexos se faz nos termos da Constituição, mas não 
é absoluta. Tem o alcance de significar que nenhuma lei, em regra, por mais especial que 
seja, poderá criar novas diferenças entre os dois sexos que não aquelas expressamente 
previstas na Carta Magna. E importante notar que a própria Constituição os distingue, . 
como, por exemplo, no art 7o, XX, para proteção do mercado de trabalho, e no art 40, • 
EI, para aposentadoria, neste caso mesmo após a Emenda na 20/1998. Essas hipóteses
e a construção doutrinária em tomo do principio da ação afirmativa, ou discriminação 
positiva, confirmam, contudo-, a possibilidade de criação de diferenças não previstas na 
Constituição, em respeito ao princípio da' igualdade material.
21 Oi Falsa. A manifestação do pensamento é livre, sendo vedado o anonimato. Essa 
obrigação de identificação impõe, portanto, uma limitação, e é extensiva às obras inte­
lectuais e artísticas.
6 8
TUuio II—Dos Direilos e Garantias Fuadameatais
211- Faisa. O princípio da legalidade impõe exatamente que apenas a lei é instrumento 
hábil para criar uma obrigação. Decretos regulamentadores não podem criar obrigação, 
mas, apenas, detalhar e explicar o seu cumprimento, e são feitos a partir da competência 
dada ao chefe do Executivo pek parte fbóa] do art 84, ÍY, O erro da questão, contudo, 
está no final. À medida provisória é constitucionalmente equiparada à lei ordinária, e, 
salvo as exceções constitucionais (art 62, § 1 °, e art 246), pode percorrer as matérias de 
lei ordinária, mesmo criando obrigações.
212. Falsa. O Poder Público está proibido pela Constituição de envolver com religiões 
ou seus dirigentes, a partir do que consta do art 19,1. Nas escolas públicas, a educação 
religiosa será optati va, na forma do art 210, § Io. A redação do inciso VII do art 5° trata 
do atendimento religioso em estabelecimentos de internação coletiva.
213. Falsa. Aproteção aos locais de culto e às suas liturgias ê garantida pela Constituição, 
na forma da lei. Assim, o direito à liberdade de culto não exige regulamentação, sendo 
autoaplicável. A proteção aos locais de culto decorre da Constituição Federal, mas o 
exercício desse direito se fará na forma da lei.
214. Faisa. O erro da questão está na referência ao condicionamento à licença.
215. Falsa. É o teor do inciso X do art 5o. A proteção constitucional inclui, evidente­
mente, os atos do poder público, obrigado a indenizar pela responsabilidade objetiva que 
decorre do art 37, § 6o.
21-6. Falsa. Aproteção à intimidade e à vida privada independe da propriedade da casa, 
pois não se protege a propriedade, e sim aqueles outros direitos. Os casos de flagrante 
delito, desastre ou para prestar socorro autorizam a invasão da casa, sem consentimento 
do morador, durante o dia ou à noite. A determinação judicial, contudo, é exclusiva para 
o dia, poís não há possibilidade de tal ordem determinar à autoridade que penetre em 
alguma casa durante a noite (art 5o, XI)-
217. Falsa. Dos sigilos referidos, a quebra de dados telefônicos pode ser feita por deter­
minação de CPI, não estando, portanto, submetido à reserva judicial.
218. Falsa. O sigilo da fonte é resguardado, apenas, quando necessário ao exercício pro­
fissional, como no caso de jornalistas. No caso de conflito de direitos, a jurisprudência 
do STF mostra que se deverá impor redução proporcional aos conflitantes, de forma a 
manter-se a vigência de um e de outro.
219. Falsa. É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz (art 5°, XV), e 
não a qualquer tempo, podendo haver — e a decretação de Estado de sítio autoriza isso 
(art 139,1) - limitações ao direito em caso de convulsão social ou calamidade. A pro­
teção, em tempo de paz, é efetivamente de qualquer pessoa, brasileiro ou estrangeiro.
4500 QUESTÕES COMENTADAS 0 5 PIREfTO CONSTITUCIONAL
220. Falsa. O inciso XVI do art. 5o diz que tai direito independe de autorização. É exigido, 
contudo, o prévio aviso à autoridade competente. Essa providência, por isso, precisa ser 
tomada por quem deseje se reunir, especialmente para se dar conseqüência à parte final 
do dispositivo, que é o controlede preferência cronológica para uso do direito de reunião.
221. Falsa. A criação, tanto de associaçSes quanto de cooperativas, independe de auto­
rização. A de cooperativas, no entanto, se fará na forma da lei, o que implica dizer que 
poderá haver um procedimento ou observância de requisitos necessários para a criação 
dessas entidades.
222. Falsa. A regra é o pagamento da desapropriação em dinheiro. Nos casos dos arte. 
184 e 182, m , contudo, estão previstas duas hipóteses de indenização pagas em títulos 
da dívida agrária e títulos da dívida publica, para os casos de desapropriação por inte­
resse social de imóvel rural e. imóvel urbano, respectivamente, A desapropriação não 
indenizável no art 243, chamada pelo STF de desapropriação confiscaióría, contudo, • 
não é indenizável, pelo que a generalização da primeira parte da questão toxna-a errada. -
223. Verdadeira. É o teor do inciso XIX do art 5o. Cabe frisar que a dissolução ou a 
suspensão voluntária de atuação de associação é assunto a ser decidido pelos próprios 
associados, na fonna dos estatutos, não sendo, portanto, matéria constitucional.
224. Falsa. A pequena propriedade rural é, realmente, impenhorável, mas há de ser 
respeitada a dicção constitucional, que exige, além da definição em lei, que essa pro­
priedade seja produtiva e trabalhada pela família, e, ainda, que essa penhora se deva por 
pagamento de débito decorrente de sua atividade produtiva. Sem a confluência desses 
quatro requisitos, não há que se falar em impenhorabilídade da pequena propriedade rural.
225. Verdadeira. A indenização ao proprietário será posterior e somente se houver dano 
à sua propriedade, gerado pelo uso dela pelo poder público. Perceba-se que não se trata 
aqui de desapropriação, mas de requisição administrativa de uso.
226. Falsa. É o teor dos incisos XX3X e XL do art 5o, combinado com o § Ia do art 62." 
Não é admissível a utilização de medida provisória para matéria penaí e processual penal;
227. Verdadeira. É o teor do inciso XX3X do art. 5o.
228. Falsa. A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível. A Consti-, 
tuiçâo Federal nada feia sobre a possibilidade de concessão de graça ou anistia.
229. Verdadeira. O inciso XLII é ciaro ao dizer que o crime de racismo é sujeito à pena 
de reclusão.
Tmito ÍX 0úcicjs t Garantias fucdamcQiÂÍs
230. Falsa. À extradição, peia sistemática constitucional, tem regras bem claras. O bra­
sileiro nato não será extraditado nunca, por ser uma impossibilidade jurídica e lógica, O 
brasileiro naturalizado, no entanto, poderá ser extraditado em dois casos: pela prática de 
crime comum em data anterior à naturalização; ou, em qualquer tempo, pelo envolvimento 
comprovado com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (art 5o, LI)'
231. Verdadeira. Teor do art 5o, XXIV.
232. Falsa. Será admitida a ação penal privada nos crimes de ação penal pública se o 
Ministério Público, único titular desta (art 129,1), ficar omisso no prazo legal de que 
dispõe para requer diligências, arquivamento ou para oferecer a denúncia.
233. Verdadeira, Teor do inciso XLm do art 5o,
234. Falsa. A questão tem dois erros graves. O primeiro diz respeito ao objeto, que não 
é qualquer direito líquido e certo, mas apenas aqueles não amparados por habeas corpus 
ou habeas data. O segundo é quanto ao responsável pela ilegalidade ou abuso de poder, 
que não precisa ser apenas autoridade pública, mas esta ou qualquer agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do poder público.
235. Falsa. Tal crime é considerado, pela Constituição, inafiançável e imprescritível, 
nada constando acerca da possibilidade de graça ou anistia. Se a Constituição proíbe 
expressamente, nâo pode a lei autorizar o jui2 a fixar fiança.
236. Verdadeira. É o teor do inciso LXXÜ do art 5o, a e b.
237. Verdadeira. Teor do inciso XLVI, letra d do art 5“
238. Falsa. A extradição efetivamente é prevista como possível pela Constituição Federal, 
mas o banimento está entre as penas inconstitucionais, no inciso XLVH, d. Banimento, 
conceitualmente, é expulsão de brasileiro, não de estrangeiro.
239. Falsa. O envolvimento com o crime de tráfico, em qualquer época, quer antes, quer 
depois da naturalização, sujeita o brasileiro naturalizado à extradição. Teor do inciso LI 
do art 5o.
240. Falsa. O estrangeiro não será extraditado, pela regra constitucional, quando a extra­
dição for pedida com base na prática de crime político ou de opinião, assim classificados 
pela lei brasileira. Art 5o, LU
241. Falsa. A Constituição Federal é clara: são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos. Não é, então, uma questão de decisão sobre a retirada de tais
71
4SOO QUESTÕES COMENTADAS OE DIREtTO CONSTÍTUCiONAL
provas do processo, mas, sim, de sua condição de imprestáveis como prova. Registre- 
se, contudo, a existência de uma corrente jurisprudencial no Supremo Tribunal Federal 
que prega a possibilidade de mo eventual da prova ilícita, no caso de ser essa a única 
maneira de provar o crime.
242. Falsa, Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória, mas isso poderá ocorrer já no primeiro grau de jurisdição, se não 
houver recurso, nó prazo legal, por parte do condenado.
243. Verdadeira. Art 5o, LXI.
244. Falsa. Há dois erros no comando da questão. O primeiro é que não é qualquer 
partido que pode impetrar o mandado de segurança coietivo, mas apenas aqueles com 
representação no Congresso Nacional. O segundo é que não se eíxige a condição de filiado 
ao partido político para que seus interesses sejam defendidos por este em mandado de 
segurança coletivo. Teor do art 5o, LXX, cl
245. Verdadeira. Teor do art 5o, LXVEL
246. Falsa. O § 2o do art 5o afirma que “os direitos e garantias expressos na Constituição 
não excluem outros (...)”. Logo, também esses “outros”, decorrentes do regime e dos prin­
cípios por ela adotados, ou de tratados internacionais, também têm amparo constitucional.
CAPÍTULO 1 
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
QUARTO BLOCO
247. { ) A Constituição-assegura que nenhum brasileiro ou estrangeiro será submetido
a tortura, a tratamento desumano ou degradante.
248. ( ) A pessoa atingida pela manifestação de pensamento ou concepção de outra
tem direito de resposta, que deverá necessariamente ser proporcionai à ofensa. .
249. ( ) A liberdade de crença é garantida, desde que dentro do senso comum do bra­
sileiro, que é temente a Deus. Não- sendo assim, as liturgias de outros cultos 
são proibidas, como o candomblé e o satanismo.
250. ( ) A lei deverá assegurar a proteção aos locais de culto e também às liturgias e
cerimônias desses cultos.
72
Tínilo 13 - Dos Direitos « Cmaatm FmKfcuuentaii
251, ( ) O preso fica temporariamente impedido., nos termos da Constituição, de exercer
a sua crença ou religiosidade, em virtude da restrição de locomoção a que está 
sujeito.
252. ( ) invocar convicção política para não cumprir uma obrigação legal a todos
imposta é hipótese de privação de direitos.
■253. ( ) À atividade de comunicação depende de licença para ser exercitada, mas a 
expressão da atividade intelectual ou artística não depende de licença nem de 
sujeição à censura.
254. ( ) A violação da intimidade pode levar à obrigação de pagamento de indenização
por dano moral ou material decorrente de sua violação.
255. ( ) À vidaprivada é Inviolável
256. ( ) Com consentimento do morador, a casa pode serpenefrada a qualquer momento,
de dia ou à noite.
257. ( ) O caso de flagrante delito ou de prestação de socorro autorÍ2a a penetração na
casa a qualquer momento, durante o dia ou durante a noite, independentemente 
do consentimento do morador.
258. ( ) A determinação judicial autoriza, a penetração na casa contra o consentimento
do morador, mas exclusivamente durante o dia, sendoindiferente para a Cons­
tituição se o morador é o proprietário ou não.
259. ( ) A proteção da casa como abrigo inviolável visa a proteger a intimidade e a vida
privada, principalmente, sendo, portanto, a proteção constitucional dedicada 
ao morador, independentemente de sua condição de proprietário ou não, e não 
tendo relevância se o local onde a pessoa habita é uma casa, uma barraca de 
camping, um barraco sob uma ponte ou um escritório de trabalho fechado ao 
público.
260. ( ) Com autorização judicial, autoridades públicas podem violar o sigilo das
comunicações telefônicas para qualquer finalidade pública ou de interesse 
público.
261. ( ) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, sendo que a lei
somente-poderá estabelecer prazos de experiência prévia e locais específicos 
de exercício.
4500 QUESTÕES COMENTADAS OE OtRSfTO CONSTITUCIONAL
262.
263.
264.
265.
266.
26-7.
268.
269.
270.
271.
272.
273.
274.
O sigilo da fonte é sempre resguardado, para que seja observado o direito de 
todos de acesso à informação.
À Constituição assegura que estrangeiros podem, nos termos da lei, entrar,, 
permanecer e sair do território nacional com seus bens.
A Constituição não exige nenhuma providência para a realização de reunião 
em local público, desde que seja realizada sem armas e pacificamente e não 
frustre outra, previamente marcada para o mesmo local.
A liberdade de associação é condicionada.
À criação de associações e a de cooperativas serão feitas na forma da lei, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento, sendo que a criação não .. 
pode ser condicionada a uma autorização.
A dissolução e a suspensão de atividades de uma associação dependem, ambas, ■' 
de decisão judiciai.
Poderá haver obrigação de associar-se a determinada associação se esta for -' 
oficialmente autorizada pela União, pelo Estado ou pelo Distrito Federal.
As entidades associativas, mesmo que expressamente autorizadas, não têm ;■ 
legitimidade para representar seus associados judicialmente, podendo apenas ■ ■ 
fazê-lo exírajudicialmente.
O direito de propriedade é livre e absoluto, na Constituição em vigor.
Existe a possibilidade constitucional da indenização, por desapropriação, ser 
justa, prévia, mas não em dinheiro.
O perigo público iminente autoriza a autoridade competente a usar de pro­
priedade particular temporariamente, sem que o proprietário tenha direito à 
indenização, uma vez que se trata de atendimento de interesse público relevante. ■
A condição para que se defina e reconheça a condição de impenhorabilidade 
da pequem propriedade rural é a origem do débito pelo qual se pretenda a 
penhora, o qual deverá ser necessariamente referente ao financiamento de sua 
atividade produtiva.
Os aurores e seus herdeiros têm igual tratamento constitucional quanto ao 
desfrute de direitos sobre a utilização, publicação e reprodução das obras ' 
daqueles.
Tiaúo II—Dos Dkeilos e Garantiai FundameataiA
Pessoas que participem de obras coletivas, como filmes, novelas ou peças de 
teatro, têm direitos protegidos sobre essa obra.
A reprodução da voz humana pode gerar direitos ao dono da voz.
A sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil será regulada pela lei 
brasileira ou pela lei estrangeira, pessoal do falecido, sendo aplicável aquela 
que for mais favorável ao cônjuge brasileiro ou aos filhos brasileiros.
Estrangeiro tem direito de receber de órgão público informações de seu inte­
resse particular ou coletivo.
Brasileiro tem direito de receber de órgãos públicos informações que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, desde que demonstre 
interesse pessoal nelas.
Todos têm direito de receber qualquer informação de órgãos públicos de seu 
interesse pessoal, coletivo ou geral.
O direito de petição é assegurado a todos, brasileiros e estrangeiros, indepen­
dentemente do pagamento de taxas.
O Judiciário poderá ser impedido de apreciar ameaça de lesão a direito de 
alguém em caso de relevante interesse do Estado ou de ameaça à segurança 
da sociedade.
O direito adquirido com base em uma lei revogada pela Constituição não é 
reconhecido peio Judiciário.
É absoluta a proibição de existência de juízo ou tribunal de exceção.
Á competência do tribunal do júri, para julgar os crimes contra a vida, é asse­
gurada na Constituição, juntamente com outros princípios dessa instituição, 
como a plenitude da defesa e a soberania dos veredictos.
O crime exige lei anterior ao fato criminoso, que assim o defina, mas a pena é 
sempre posterior, fixada pelo juiz. Essa é a determinação constitucional para 
a matéria.
A lei penal pode reíroagir.
Racismo é ato definido pela Constituição como crime inafiançável, e sirjeito, 
sempre, à pena de reclusão.
75
♦SOO CSUESTÕES COMENTADAS DE DIRETO CONSmUCiOMAL
289. { ) Os crimes hediondos são imprescritíveis, inafiançáveis e insuscetíveis de graça
ou anÍ3tia.
290. { ) É possível que o mandante do crime de tortura, e também aquele que, podendo
tê-lo evitado, tenha se omitido, respondam por tal crime.
291. ( ). Não há possibilidade constitucional de a pena passar dapessoa do condenado.
292. ( ) A reparação do dano cansado pelo criminoso» em virtude da morte deste
antes de vir a fazê-lo, poderá não ser integral, se os valores deixados para os • 
sucessores daquele delinqüente não forem suficientes para o ressarcimento, 
já que a vítima não poderá pretender retirar bens ou valores pessoais daqueles 
sucessoras, os quais não respondem pelo crime ou pelos seus efeitos.
293. ( ) A prestação social alternativa é pena possível
294. ( ) À suspensão de direitos é pena possível,
295. ( ) Todas as penas constitucionalmente possíveis estão previstas na Constituição.
296. ( ) A Constituição determina o cumprimento da pena em estabelecimentos dis­
tintos, conforme a natureza do delito.
297. ( ) Às presidiárias terão direito de ficar com seus filhos apenas nos 15 dias que
se seguem ao parto, para amamentação.
298. ( ) Há possibilidade de extradição de brasileiro.
299. ( ) Determinada pessoa, estrangeira, comete crime de furto em seu país de origem.
Vem a residir no Brasil e aqui obtém a condição de brasileiro naturalizado. 
Localizado, tem sua extradição pedida pelo país de origem. Essa extradição 
poderá ser concedida.
300. ( ) Um ex-estrangeiro, que se naturalizou brasileiro, em viagem pelo exterior,
comete o crime de homicídio e consegue voltar ao Brasil antes de ser preso.' 
O Brasil poderá conceder a extradição dessa pessoa, se pedida pelo país em 
que foi cometido o crime..
301.’( ) O comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
permite a extradição do brasileiro a qualquer tempo, quer esse envolvimento 
tenha ocorrido antes, quer depois da naturalização.
76
303.
304.
305.
306.
307.
308.
309.
310. 
31L
312.
313.
314.
302.
Titulo O - Dos Diftàos e Garaasias FtaxJanyaitaií
) A Constituição proíbe termmantemente a extradição de estrangeiro por crime 
político. ")
) A sentença proferida pela autoridade competente supre eventuais erros come- . ^
tidos durante o processo, como o de ter sido conduzido por autoridade cão )
competente para isso.
x'
) Brasileiro não poderá ser privado da liberdade oU de seus bens, sem processo 
legal. *.
3'
) Estrangeiro no Brasil poderá ser privado de seus bens por processo adminis­
trativo, desde que lhe seja assegurada ampla defesa e contraditório. ã •
) Qualquer acusado, em qualquer situação, tem direito ao contraditório e à ampla
defesa. -
3 '
) O contraditório pode não ocorrer em processo judicial ou administrativo me­
diante a demonstração definitiva, no início do processo, da culpa do acusado, S -
o que atende ao princípio da economia, processual, já que, nesse caso, o con-S '
traditório apenas alongaria o processo, sem nenhum efeito prático.
) A prova ilícita pode ser admitida no processo se o fato provado por ela for fi
secundário no processo, ou no caso de não existir outros meios de provar fato 
relevante.
a.
) O acusado em processo penal somente será considerado culpado após o trânsito ^
em julgado da sentença penal.
K
} Há possibilidade de o civilmente identificado ser submetido a identificação ^ ■
criminai. ’
) A decisão penal condenatória de juiz criminal de primeira instância pode jj
transformar o acusado em culpado definitivamente, nos termos constitucionais.
ü'
) Crimes de ação penal pública somente poderão ser apreciados em processo y -
penal se houver iniciativa do Ministério Público.
W
) A manifestação do promotor público, pedindo o arquivamento de inquérito g
penal sobre crime de ação penal pública, dá condição ao particular de iniciar 
o processo penal por via da ação penal privada subsidiária. ^
i í 
53 
Jí
) A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais, que serão pú­
blicos, no interesse da Justiça.
77 H
.................. J
4500 QUESTÕES COMENTADAS OS DIREITO CONSTITUCIONAL
315. { ) Ninguém será preso senão por ordem escrita e fundamentada de autoridade
policiai ou judiciária competente.
316. ( ) A prisão de alguém, fora dos casos de flagrante delito, somente poderá acon­
tecer por ordem de juiz criminal.
317. ( ) Há possibilidade constitucional de prisão sem flagrante delito ou sem ordem
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente.
318. ( ) A comunicação da prisão de pessoa, e do local onde está presa, deverá ser
obrigatoriamente feita ao juiz competente.
319. ( ) A comunicação da prisão de pessoa à família do preso, ou à pessoa por ele
indicada, alternativamente, poderá ser feita a qualquer tempo, desde que antes 
do inicio do processo penal competente.
320. ( ) É direito constitucional do preso a assistência de sua família.
321. ( ) O preso tem direito de permanecer calado e só falar em juízo, pelo que é proi­
bido pela Constituição a autoridade policial concluir pela culpa desse diante 
de sua recusa de alegar inocência ou explicar-se.
322. ( ) O preso não tem direito à identificação dos responsáveis pela sua prisão, dada
a irrelevância desse dado no processo penal.
323. ( ) Aprisão ilegal poderá ser relaxada pela autoridade policiai ou judiciária, diante
da existência de indícios que façam presumir não ser o preso o autor do crime 
alegado.
324. ( ) A possibilidade de liberdade provisória, mesmo que sem fiança, deve ser as­
segurada ao preso.
325. ( ) Há possibilidade de prisão civil por dívida,
326. ( ) O inadimplemento involuntário e escusável de prestação alimentícia toma
possível a prisão civil do responsável
327. ( ) Habeas corpus é ação que protege a liberdade de locomoção apenas de brasi­
leiros, natos ou naturalizados.
328. ( ) O habeas corpus é ação que visa a proteger direitos líquidos e certos, princi­
palmente a liberdade de locomoção.
7$
Titulo n — Dos Diieúos t Garantias Fuadameatau
Não cabe habeas corpus se a restrição ilegal ou abusiva da liberdade de loco­
moção não estiver concretizada, ou seja, quando for apenas uma possibilidade, 
mesmo que iminente.
O uso do mandado de segurança pressupõe, necessariamente, ato de autoridade 
pública diretamente praticado por esta e iesivo a direito liquido e certo.
O mandado de segurança protege todos os direitos líquidos e certos não am­
parados por habeas corpus ou habeas data.
O mandado de segurança pressupõe, sempre, um ato ilegal ou abusivo.
Não cabe mandado de segurança quando o ato ilegal ou abusivo a direito 
liquido e certo do impetrante tenha sido praticado por pessoa física que não 
seja autoridade pública.
As entidades com legitimidade para propor mandado de segurança coletivo ■ 
somente podem fazê-lo em benefício de interesses de seus membros ou asso­
ciados.
Um partido político que tenha um único deputado federal eleito por sua legenda, 
e nenhum secador, pode propor mandado de segurança coletivo.
Entidades de classe e organizações sindicais não precisam estar funcionando 
há mais de um ano para poder propor mandado de segurança coletivo.
O mandado de injunção destina-se, exclusivamente, a proporcionar o exercício 
de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacio­
nalidade, à soberania e à cidadania.
O habeas data é a única via possível para a retificação de dados pessoais exis­
tentes em bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.
O habeas data é instrumento constitucional assegurado ao impetrante para 
conhecer quaisquer dados de seu interesse, constante em bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público.
Qualquer brasileiro é parte legítima para propor ação popular.
O autor da ação popular é isento de custas e do ônus da sucumbência.
Qualquer ato de autoridade pública, lesivo a um bem jurídico, é atacável por 
ação popular.
79
4S0Q QUeSTÕÊS COMSNTADAS OE QlfiSTO CONSTmjOONAl.
343. { ) O Estado poderá prestar assistência jurídica integrai e gratuita à pessoa que
tenha rendimentos que lhe assegurem apenas a subsistência.
344. ( ) Existe possibilidade constitucional de pagamento, pelo Estado, de indenização
por causa de tuna decisão judicial.
345. ( ) A certidão de óbito é gratuita para o reconhecidamente pobre.
346. ( ) Habeas corpus, habeas data, mandado de mjtmção e ação popular são ações
gratuitas.
347. ( ) Como regra, as normas que, na Constituição, garantem direitos fundamentais,
têm aplicação imediata. Por exceção, aquelas que dependam de lei que as 
regulamente precisam dessa lei para que sejam aplicadas» antes do que não 
produzem nenhum efeito.
348. ( ) Somente a Constituição pode prever direitos e garantias à pessoa, ao brasileiro
e ao cidadão. As leis e tratados limitam-se a regulamentá-los.
349- ( ) Tratados internacionais, sempre, são fontes de direitos e garantias ao brasilei­
ro, desde que prevejam matéria de interesse do brasileiro ou que o alcance de 
qualquer forma.
(jafearito
247. Verdadeira. A redação do art 5o, EI, informa que “ninguém” será submetido a 
tais situações. Ninguém, no texto constitucional, significa qualquer brasileiro, nato ou 
naturalizado, e qualquer estrangeiro.
248. Verdadeira. É o teor do art 5o, V.
249. Falsa. A Constituição afirma que é inviolável a liberdade de crença, o que inclui 
qualquer crença e qualquer rito, desde que não fira direitos de terceiros» Não se pode 
perder de vista que trata-se, aqui, de direitos individuais de consciência e crença.
250. Falsa^ Aproteção aos cultos e Hturgias já está assegurada pela Constituição Federal. 
A lei deverá apenas regular a proteção aos locais de culto.
251. Falsa. A Constituição determina que, nas entidades civis e militares de internação 
coletiva (como presídios e quartéis) seja assegurada a prestação de assistência religiosa.
252. Falsa. Sendo a liberdade de consciência, como é, inviolável, a alegação de convicção 
política paia eximir-se dessa obrigação é um direito constitucionalmente assegurado à
8 0
Título U ~ Dos Direitos e Garaatras ruodamcntãs
pessoa, a qual, logicamente, não poderá ser punida por exercitá-lo. A perda de direitos 
ocorre se essa pessoa recusar-se, também, a cumprir a prestação alternativa que a lei lhe 
impõe, tudo segundo o art. S3, VUL
253. Falsa. À expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação 
independe de censura ou de licença (art 5% IX).
254. Verdadeira. Teor do art 5o, X.
255. Falsa. A vida privada, como todos os direitos fimdameiitais previstos na Constituição, 
não tem proteção absoluta, e é violável em caso de investigação policial ou judicial. B 0 
que consta do art 5o, X, XI e XEL
256* Verdadeira. É 0 qae consta do art 5o, XI.257. Verdadeira. Art 5o, XI.
258. Verdadeira* Segundo 0 art. 5°, XI, a proteção é sobre a pessoa do morador, que, 
naquilo que chama ou faz de casa, exerce a sua privacidade e sua intimidade.
259. Verdadeira. Pelos mesmos motivos da questão anterior.
260. Falsa. Segundo 0 art 5o, XH, a autorização judiciai somente pode ser dada para 
duas finalidades: a investigação criminal, a cargo de autoridades policiais, e a instrução 
processual pecai, incumbência das autoridades judiciárias e do Ministério Público.
261 .“Falsa, A lei estabelecerá “qualificações” paia 0 exercício de trabalho, ofício ou 
profissão (art 5o, X33I), logo, deverá identificar quem não poderá exercê-los, por não 
estar qualificado.
262. Falsa. O sigilo da fonte não é sempre resguardado, mas apenas quando necessária 
essa providência para o exercício profissional, geralmente no trabalho de mídia.
263. Verdadeira. O art 5o, XV, fixa que “qualquer pessoa”, portanto, brasileiro -ou 
estrangeiro, pode entrar, permanecer e sair do Brasil com seus bens, nos termos da lei; 
lei essa que vai determinar identificação, tributação, passaporte, vacinações e outras 
exigências razoáveis.
264. Falsa. A Constituição determina que deverá haver prévio aviso à autoridade com­
petente (art 5o, XVI).
265. Verdadeira. Condicionada à finalidade, que deverá ser lícita, e às suas caracterís­
ticas, que não poderão ser pararmKtares (art 5o, XVH).
4500 QUESTÔSS COMENTADAS DE CHRHTO CONST!TUClDHAl_
266. Falsa. Apenas a criação de cooperativas está condicionada aos termos de uma lei. 
A de associação independe dela (art 5o, XVTQ).
267. Falsa. A Constituição não trata, e nem deveria fazê-lo, da dissolução voluntária, 
pelos associados, da associação, mas apenas da compulsória. Teor do art. 5o, XIX,
268. Falsa. A questão está duplamente errada. Primeiro, não pode haver obrigação de 
associar-se ou de permanecer associado (art 5% XX); segundo, nâo pode haver sujeição 
de criação de associação a uma autorização estatal, o que configuraria interferência es­
tatal, proibida pelo art. 5o, XVIII.
269. Falsa. A legitimação da associação, se expressamente autorizada (art. 5°, XXI)» é 
para a representação de seus associados judicial ou extrajudicialmente.
270. Falsa* A Constituição garante o direito de propriedade (art. 5°, XXII), mas não de 
forma absoluta, já que a condiciona ao atendimento de sua função social (art 5o, XXHT) 
e permite a desapropriação (XXTV) e a requisição administrativa (XXV).
271. Verdadeira. Teor do art 5o, XXTV, na parte final. São previstas as indenizações em 
títulos da dívida pública (art 182, § 4o, EU) ou em títulos da dívida agrária (art 184, capiit),
272. Falsa* A Constituição (art. 5o, XXV) assegura a indenização posterior sempre que 
houver dano.
273. Falsa. A Constituição impõe outras condições: ser “pequena propriedade rural” 
nos termos de lei; ser produtiva; ser trabalhada exclusivamente pela família. A origem 
do débito não é condição bastante para se chegar à solução da ímpenhorabilidade (art 
5*, XXVI).
274. Falsa. A Constituição estabelece que o direito autoral, para o autor, é vitalício. Para 
os herdeiros, será temporária, no prazo que a lei indicar (art 5o, XXVH).
275. Verdadeira. Teor do art 5o, XXVII, a.
276. Verdadeira. Teor do art. 5o, XXVII, a.
277. Verdadeira. £ o que se lê no art. 5o, XXI.
278. Verdadeira. Esse é o conteúdo do art 5o, XXHL
279. Falsa. Não é necessária a demonstração de interesse pessoal, podendo ser tal interesse 
coletivo, ou geraL Ainda, é de se perceber a exceção para as informações confidenciais, 
no final do inciso XXHt do art 5o.
82
Titulo 11 - Dos Direitos e Garantias ■Fundamentais
280. Falsa. Há informações não obteníveis, que são aquelas cujo sigilo seja imprescin­
dível à segurança da sociedade e do Estado (art. 5o, XXHI).
281. Verdadeira. Art 5o, XXIV, a.
282. Falsa. Não há exceções à regra do Princípio do Amplo Acesso ao Judiciário, que 
está no art 5o, XXV.
283. Falsa. A Constituição garante o direito adquirido (art 5o, XXVI), como necessidade 
da segurança jurídica das relações. Quando se costuma dizer que não há direito adquirido 
contra a Constituição, está-se afirmando incorretamente. O correto é que não se adquire 
direito contra a Constituição.
284. Verdadeira. Art. 5o, XXVII.
285. Falsa. A competência do Tribunal do Júri não é para julgamento de todo e qualquer 
crime contra a vida, mas apenas daqueles em que haja dolo, ou seja, crimes dolosos contra 
a vida (art 5°, XXVIII' d). É importante ressaltar que tais crimes serão processados pelo 
Júri tanto no caso de tentativa quanto de consumação.
286. Falsa, A “prévia cominação legal” de que fala o inciso XXEX do art 5o não é a pena 
imposta pelo Juiz ou Tribunal ao caso concreto, mas, sim, a fixação dos limites mínimos 
e máximos da pena em abstrato, e do tipo ou tipos de penas possíveis para determinado 
crime. A partir dessa previsão é que o Órgão julgador vai fixar a pena para o caso que está 
julgando. Alei que identifica apena deve ser, necessariamente, anterior ao fato criminoso.
287. Verdadeira. Pode. Apenas para beneficiar, mas pode. A questão está correta porque 
não restringe a hipótese, dizendo, por exemplo, que a lei “sempre” retroage, ou “nunca” 
retroage. Apenas se indaga se há possibilidade constitucional de retroação. E há, quando 
beneficiar o réu.
288. Verdadeira. É o que consta do inciso XLH do art 5o.
289. Falsa. Os crimes hediondos são inafiançáveis (não admitem fiança, que é o pagamento 
que o preso faz para responder ao processo penai em liberdade) e não admitem graça ou 
anistia (espécies de perdões judiciais dados aos presos, específica ou coletivamente). Tais 
crimes são prescritiveis, ou seja, o Judiciário tem um determinado tempo para encontrar, 
processar e punir o criminoso.
290. Verdadeira. É © que se lê no inciso XLGI do art 5o.
83
4300 QUESTÕES c o m e n t o ja s o e DIREtrO CONSTITUCIONAL
291. Falsa. Há, e está no inciso XLV do art 5o, consistente na possibilidade de os lesados 
peío crime arrancarem dos sucessores do criminoso os valores que dele tenham recebido, 
para que se paguem do prejuízo, até o limite do patrimônio transferido. Cuida-se, aqui, 
dos efeitos civis da decisão penal condenatória, os quais, a princípio, deverão ser supor­
tados pelo próprio condenado, mas que, diante do falecimento deste e da existência de 
bens transferidos a sucessores, poderão onerar tais sucessores.
292. Verdadeira. E essa a melhor tradução para o que consta do inciso XLV do art 5o. 
O ressarcimento é limitado ao valor do jpatrimônio transferido pelo criminoso aos seus 
sucessores.
293. Verdadeira. Teor do art 5°, XLVI, d.
294. Verdadeira. Teot do art. 5o, XLV1, e.
295. Falsa. O enunciado-do art 5o, XLVI, é claro ao dizer que são possíveis as penas que 
ele enumera, “entre outras”, que estarão, portanto, fora da Constituição.
296. Verdadeira. O art 5®, XLVUI, determina essa separação para comprimento de pena.
Além da natureza do delito, também determinará a separação, a idade e o sexo do apenado./
297- Falsa. O mciso L do art 5o garante às presidiárias o direito de permanecer com 
seus filhos durante todo o período da amamentação, e não apenas no de nascimento e 
imediato p.ós^parto.
298. Verdadeira. 0 brasileiro nato não poderá ser, nunca, extraditado. Mas a questão 
indaga sobre uma possibilidade de extradição de brasileiro, sem qualificá-lo, e essa existe. 
O brasileiro naturalizado pode ser extraditado em duas situações: por crime comum, 
cometido antes da naturalização, e por comprovado envolvimento com tráfico de drogas, 
a qualquer tempo (art 5o, LI).
299. Verdadeira. Há possibilidade dessa extradição, pois o crime é comum e foi come­
tido aníes da aquisição da condição de brasileiro, quando a pessoa ainda era estrangeira 
.(art. 5o, LI).
300. Falsa. Não há possibilidade de extradiçãodesse brasileiro naturalizado, pois o 
crime foi cometido depois da naturalização. No caso, será processado no Brasil, peia lei 
brasileira, se o fato for, também aqui, punido como crime (art. 5o, LI).
301. Verdadeira* Ao mencionar a situação da naturalização, a questão esclarece que se 
trata de brasileiro naturalizado, e este pode ser extraditado por envolvimento com tráfico, 
quer esse envolvimento ocorra antes, quer depois da naturalização (art 5o, LI).
84
Tlnito B -D oa DireiMs » Garatttôs FuadameomU
302. Verdadeira. O art 5o, L1I, impede a extradição pelo cometimento de crime político 
ou de opinião, logicamente assim qualificado pelas leis brasileiras.
303. Falsa* O inciso LJU do art 5o irapõe que nâo só a decisão, mas também o processo 
seja conduzido por autoridade competente. É de se notar, contudo, que algumas irregu­
laridades processuais sâo relativas e superáveis, se a parte prejudicada não pretender 
corrigi-las. A nulidade relativa à competência pode ser absoluta ou relativa, e, somente 
no. primeiro caso, anula os atos decisórios.
304. Falsa. Hão é qualquer processo legal o ato para privar alguém de seus bens ou de 
sua liberdade, mas sim, apenas do “devido processo legal”, qualificado pelo princípio 
que vem desde a Magna Carta inglesa, de 1215, do Dueprocess ofLaw (art 5o, LIV).
305. Falsa. Nos termos do inciso LIV, “ninguém” será privado da liberdade ou de 
seus bens som o devido processo legal. Na linguagem constitucional, esse “ninguém” 
refere-se também aos estrangeiros, pelo que o processo administrativo será inteiramente 
inconstitucional
306. Verdadeira. Os “acusados em geral”, diz o inciso LV do art 5o, têm direito ao 
contraditório e à ampla defesa.
307. Falsa. Não existe possibilidade de isso acontecer, por ser absolutamente incons­
titucional. Em £odo e qualquer processo, tanto judicial quanto administrativo, deverá 
haver contraditório (que é a possibilidade de uma parte se opor à pretensão da outra) e da 
ampla defesa (de utilizar em seu proveito todos os meios lícitos de defesa) (art. 5a, LV).
308. Falsa. A prova ilícita só será admitida no processo, a partir do princípio da propor­
cionalidade pro rea, se for a única maneira de provar a inocência do acusado.
309. Falsa. À presunção da inocência, que o inciso LVH garante, somente pode ser ven­
cida por trânsito em julgado de sentença penal condenatória, e não de qualquer sentença 
penal, até porque essa pode absolver o acusado.
310. Verdadeira. Existe essa possibilidade, como se lê claramente na parte final do 
inciso LVHI.
311. Verdadeira. Há essa possibilidade. O trânsito em julgado não ocorre apenas nos 
Tribunais Superiores, podendo acontecer já na primeira instância, se a parte perdedora 
do processo não recorrer, ou, recorrendo, fizer isso fora do prazo.
312. Falsa. Segundo o inciso LIX do art. 5o, há possibilidade de a vítima, ou alguém 
por ela, iniciar ação penal privada subsidiária da pública, diante da inação do Ministério 
Público.
85
4500 ouesroes comentadas de osrejto cowsmTuaoNAi.
313. Falsa. Não existe essa possibilidade, pois que o promotor de justiça, ao pedir o 
arquivamento, manifesta-se, age, faz alguma coisa; a ação penal privada subsidiária 
somente cabe no caso de o órgão do Ministério Público não ter feito nada.
314. Falsa. O inciso LX afirma que a publicidade dos atos processuais poderá ser 
restringida quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem, como, por 
exemplo, numa ação de investigação de paternidade, em que se vai falar da mais profunda 
intimidade dos envolvidos.
315. Falsa. Questão muitiplaroenie errada, pois a autoridade policial não pode mandar 
prender; há a possibilidade de prisão em flagrante delito, que não exige ordem; e existem 
dois casos em que a prisão pode ocorrer sem flagrante e sem ordem judicial: nos casos 
de crimes militares ou transgressão disciplinar militar (art. 5o, LXE).
316. Falsa. Há dois erros. Primeiro, não é apenas o juiz criminai que poete mandar prender, 
mas qualquer autoridade do Poder Judiciário, como um desembargador ou um Ministro 
de Tribunal Superior. Segundo, há as exceções militares.
317. Verdadeira. São as prisões por crime militar e por transgressão militar, do inciso 
LX3 do art. 5o.
;
318. Verdadeira* É o que manda o inciso LX2I do art 5o.
319. Falsa. A Constituição (art 5°, LXH) determina que essa comunicação seja imediata, 
ou seja, logo após a prisão.
320. Verdadeira. Teor do inciso LXÜH do art 5o.
321. Verdadeira. Essa é a melhor interpretação do direito de ficar calado que a Consti­
tuição assegura ao preso (art 5o, LX2H).
322. Falsa. O preso tem o direito de identificar os responsáveis pela sua prisão e pelo 
seu interrogatório, não porque isso tenha relevância necessária no processo (embora 
possa ter), mas, sim, para que seja punido eventual abuso de autoridade (art. 5o, LXXV).
323* Faisa* A prisão será, necessariamente, .relaxada pela autoridade judiciária, e só por 
ela, nos termos do art 5o, LXV.
324. Verdadeira* É o que consta do art 5o, LXVI.
325* Verdadeira* É o que afirma o inciso LXVU do arL 5o.
Titulo ü —Dos Direitos e Garantias Fundamentais
326- Falsa. 0 inadimplemento da prestação alimentícia, para que comporte o pedido de 
prisão civil do obrigado, há de ser “voluntário e inescusável”, ou seja, a pessoa obrigada 
a pagar a pensão alimentícia deve ter parado de fazê-lo por vontade própria, mas tendo 
condições financeiras de prosseguir ao pagamento. No caso, por exemplo, de haver a 
interrupção do pagamento por demissão, não cabe a prisão civil do obrigado.
327- Falsa- O inciso LXVHI mostra que cabe o habeas corpus sempre que “alguém” 
sofrer restrição ao seu direito de locomoção. Esse “alguém” abriga qualquer pessoa, 
brasileiro ou estrangeiro.
328. Falsa. O habeas corpus somente se presta à defesa do direito de locomoção, que 
é, certamente, líquido è certo, por força do inciso XV do art 5o. Outros direitos líquidos 
e certos têm outros instrumentos a defendê-los. O habeas corpus é exclusivo (art 5o, 
LXVHI).
329- Falsa. Ao direito de locomoção apenas ameaçado de lesão também se dará habeas 
corpus, como se vê da leitura do inciso LXVm do art 5o. À ameaça de lesão iminente a 
essa locomoção é suficiente para o pedido de habeas corpus preventivo.
330. Falsa. Não somente ato de autoridade pública. O “agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuição do Poder Público” também pode ter um ato seu atacado por 
mandado de segurança, já que, nesse momento, age como preposto da autoridade pública 
(art 5°, LXDQ.
331. Verdadeira. É o teor do inciso LXDÍ do art 5o.
332. Verdadeira. É o que consta do art. 5o, LXEC Não cabe o mandado de segurança se 
o ato agressivo foi realizado estritamente dentro da lei.
333. Falsa. Essa pessoa física pode ser preposto da autoridade pública naquele ato, e, 
nesse caso, o mandado de segurança é cabível.
334. Faísa. O partido político, desde que representado no Congresso Nacional, pode 
impetrar mandado de segurança coletivo em defesa de interesse de qualquer grupo, de 
filiados ou não (art 5°, LXX ).
335. Verdadeira. O que se quer é a representação do partido político no Congresso 
Nacional, isto é, em qualquer das suas Casas, podendo ser no Senado ou na Câmara dos 
Deputados (art. 5o, LXX ).
336. Verdadeira. A exigência de constituição lega] e funcionamento regular há pelo 
menos um ano só vale para as associações (art 5o, LXX, b). .
87
4S00 QueSTÔÊS COMENTADAS DÊ D1RSÍTO CONSTTTUCtONAi.
337. Verdadeira. É o teor do inciso LXX1 do art 5o.
338. Falsa. Existem, também, paxa a retificação desses dados, os processos sigüosos 
judiciai e administrativo (art. 5o, LXX U, b).
339. Falsa. O habeas data é ação constitucional que se destina exclusivamente à obten­
ção de dados relativos à pessoa do impetrante (autor), e não qualquer informação de seu 
interesse,já que esta pode se referir a outra pessoa (art 5o, LXXU, a). Para esses casos, 
a ação correta é o mandado de segurança.
340. Falsa. A ação popular é deferida pela Constituição, exclusivamente, ao cidadão» e 
não a qualquer brasileiro. Cidadão é brasileiro dotado de capacidade eleitoral ativa, ou 
seja, poder de votar. ;
341. Falsa. O pagamento de custas (valores necessários ao andamento do processo) e 
do ônus da sucumbência (pagamento, pela parte perdedora do processo, do advogado 
da parte vencedora) sô é feito, na ação popular, pelo autor, se este ingressou com a ação 
de má-fé. O autor de boa-fé, mesmo que perdedor na ação popular, nâo paga nem uma 
nem outra verba (art. 5o, LXXIil).
/
342. Falsa. São quatro os grupos de bens protegidos pela ação popular: patrimônio pu­
blico, patrimônio histórico-cultural, moralidade pública e meio ambiente. O ato atacado 
deve ser de autoridade pública ou de seu preposto (art 5°, LXXIII).
343. Verdadeira. Se a pessoa tem rendimentos suficientes para sobreviver, mas não dispõe 
de recursos para custear um processo judicial, terá direito à assistência jurídica integral 
e gratuita do Estado, através da Defensoria Pública (art 5o, LXXTV).
344. Verdadeira. É o que consta do art 5o, LXXV. As hipóteses dizem respeito ao 
condenado por erro judiciário (por exemplo, a de um irmão gêmeo ou de um homô­
nimo) e à decisão que mantenha uma pessoa presa por mais tempo do que o fixado 
na sentença*
345. Verdadeira. É o teor do art. 5o, LXXVL Reconhecidamente pobre e insuficiente de 
recursos, do inciso LXXTV, não são sinônimos, pois este tem renda para subsistência, 
e aquele, não.
346. Falsa. Nos termos do inciso LXXVH do art 5°, são gratuitas as ações de habeas 
corpus é habeas data, além de outros atos necessários ao exercício da cidadania, como 
a confecção de titulo de eleitor, carteira de trabalho e cédula de identidade.
r
. 347. Falsa. Independentemente da possibilidade de sua regulamentação* as normas 
constitucionais definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, 
nos termos do § 2o do art 5Q. Apenas aqueles direitos que não possam ser exercidos sem 
a regulamentação é que poderão ser obstados pela falta desta.
348. Falsa. Os princípios e o regime adotados pela Constituição podem inspirar a 
elaboração de lei garantidora de novos- direitos ou garantias, ou até impor uma nova 
interpretação a uma lei existente, de fonna a criar novo direito ou garantia. Também os 
tratados internacionais podem ser fonte desses direitos ou garantias, desde que o Brasil 
seja parte deles (art 5o, § 2o).
349. Faisa. Tais tratados só produzem efeitos "jurídicos se o Brasil deles for parte 
(art 5o, § 2o).
CAPÍTULO n 
Dos Direitos Sociais
PRIMEIRO BLOCO
350. ( ) Os direitos dos trabalhadores, assegurados pelo art 7o, são relacionados como
identificados com o trabalhador urbano. A extensão ao trabalhador rural, de 
alguns daqueles direitos, decorre de expressa disposição constitucional.
351. ( ) A Constituição Federal não admite a possibilidade de outros direitos dos tra­
balhadores urbanos e rurais que não aqueles que ela expressamente identifica.
352. ( ) A relação de emprego deverá ser protegida nos termos de lei complementar,
através da previsão, por esta, de indenização compensatória.
353. ( ) Nos termos constitucionais, a empregada gestante não poderá ser demitida
desde o momento da confirmação da gravidez até o 5o mês após o parto.
354. ( ) O seguro-des emprego protege o trabalhador rural no caso de desemprego
involuntário.
355. ( ) A Constituição Federal prevê, no art T , IV, o aumento do salàrio-mfnimo
através da correção periódica, para garantir a satisfação das necessidades vitais 
básicas do trabalhador e da sua família.
356. ( ) A Constituição assegura a possibilidade de redução, de salário, quebrando,
assim, a regra de sua absoluta inedutibilidade.
Titulo fl - Dos Dkeitaj e Gataotías Fuodaoseotais
89
4SC0 QUESTÕES COMENTADAS QS DSRÊ1TO CONSTTTUCiONAl.
357.
358.
359.
360.
361.
362.
363.
364.
365.
366.
367.
368.
369.
370.
O décimo terceiro salário terá como base o salário integral ou o valor da apo­
sentadoria.
Pela Constituição, a remuneração do trabalho noturno será superior em 50% 
à do diurno.
Participação nos lucros, nos resultados e na gestão da empresa são direitos 
regulares, incondicionados e autoaplicáveis dados peia Constituição ao traba­
lhador urbano e ao rural,
Tanto a jornada diária de trabalho quanto a semanal podem ser reduzidas ou 
aumentadas por acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Para trabalho realizado em tumos ininterruptos de revezamento, a jornada só 
poderá sei* de 6 horas, nos termos da Constituição Federal.
O repouso semanal será dado preferencial, e não obrigatoriamente, aos domin­
gos.
A remuneração do serviço extraordinário, superior em 45% a do normal, está 
inconstitucional.
Férias anuais serão remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a 
remuneração normal.
A licença à gestante será de até 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
Uma proteção especial ao mercado de trabalho da mulher é inconstitucional por 
incidir na proibição de discriminação sexual firmada, no art 5° da Constituição 
Federai
Convenções e acordos coletivos de trabalho deverão ser reconhecidos por 
imposição constitucional.
Aprescrição de ação quanto a crédito resultante -derelações de trabalho será de 
cinco anos, sendo que, no caso de trabalhador rural está limitada a dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho.
O menor, entre 14 e 18 anos, não poderá exercer trabalho noturno, insalubre 
ou perigoso.
Os trabalhadores domésticos têm direito a aviso prévio proporcional, aposen­
tadoria, férias anuais remuneradas e hcença á gestance.
90
Titulo U — Dos Diieitus t Garaurias Fundameatais
371. ( ) O sindicato pode atuar judicialmente na defesa de interesses individuais de
membros da categoria.
372. ( ) A Constituição Federal não prevê e não exige nenhum procedimento formal
e oficial de sindicato em relação ao Poder Público, podendo ele ser fundado, 
atuar e existir independentemente do Estado.
373. ( ) Não há nenhuma imposição constitucional acerca da base territorial de um
sindicato, tendo os trabalhadores liberdade para convencioná-la, respeitado o 
princípio da unicidade sindical consagrado pela Constituição Federal.
374. ( ) A existência e cobrança de uma contribuição paia custeio do sistema confe-
derativo, fixada por Ássembleia-Geral do sindicato, impede a cobrança da 
contribuição sindical, instituída em lei.
375. ( ) É obrigatória a participação do sindicato nas negociações coletivas de trabalho.
376. ( ) O empregado sindicalizado não pode ser dispensado desde o registro da can­
didatura a cargo de direção ou representação sindical até um ano após o final 
do mandato que pleiteava, eleito ou não.
377. ( ) Os sindicatos rurais e as colônias de pescadores poderão aplicar os princípios
constitucionais sobre associação profissional ou sindical a si próprios, depen­
dendo, para isso, de regulamentação em lei complementar.
378. ( ) O direito de greve dos trabalhadores será exercido nos termos de lei comple­
mentar.
379. ( ) Trabalhadores e empregadores, têm direito a. participar dos çoiegiados dos
órgãos públicos, onde seus interesses profissionais e previdenciários sejam 
objeto de discussão e deliberação.
380. ( ) Nas empresas de mais de 200 empregados, é assegurada a eleição de um re­
presentante destes com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto 
com os empregadores, dentre outras.
( j a b a r i t o
350. Falsa. Todos os direitos do trabalhador, consagrados no art 7o, beneficiam tanto os 
trabalhadores urbanos como os rurais.
351. Falsa. Na parte final do caput do art. 7o consta, expressamente, que “são direitos 
dos trabalhadoresurbanos e rurais, além de outros que visem.à melhoria de sua con­
dição social”..
91
4500 QUESTÕES COMENTADAS OS ESRHTTO CONSTTUíaONAS.
352. Falsa. A indenização compensatória será um de -uma série de direitos a serem previs­
tos pela lei complementar que proteja a relação de emprego contra despedida arbitrária ou 
sem justa causa. Diz a parte final do art 7o, I, %~) nos termos de lei complementar, que 
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos”. Veja, também, como com­
plementar a esta disciplina, o art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
353. Verdadeira. À empregada, nessas condições, não poderá ser dispensada por justa 
causa. Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, art. 10, H,'£.
354. Verdadeira. O seguro-desenrprego é devido no caso de desemprego involuntário 
E esse é um dos direitos comuns do trabalhador urbano e do trabalhador rural, nos termos 
do caput do art. T.
355. Falsa. A locução constitucional á no sentido oposto, garantindo ao salário-minitno 
“reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo”, ou seja, não se fala em 
aumento do salário-mínimo, mas nos reajustes que preservem o seu poder de compra, ou 
seja, o seu valor real, não tocando a dicção constitucional no acréscimo deste.
356. Verdadeira. É o inciso VI do art I a. Diz ele que é direito do trabalhador a irredu- 
tibiüdade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
357. Falsa. Diz o inciso VIO do art T3 que o décimo terceiro salário terá como base a 
remuneração integral ou o valor da aposentadoria. Salário e remuneração são conceitos 
que não se confundem.
358. Falsa. A regra constitucional não fala em percentual, garantindo apenas “remune­
rarão do trabalho noturno superior à do diurno” (art V, XE).
359. Falsa. A participação nos lucros e nos resultados será desvinculada da remune­
ração. A participação na gestão da empresa será excepcional. E todas dependem de lei 
que as defina, não sendo, portanto, aplicáveis, mas condicionadas à existência de lei que 
as regulamente (art 7o, XI).
360. Falsa. A Constituição Federal é claríssima: são facultadas, quanto à jornada de 
trabalho, a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou con­
venção coletiva. O aumento de jornada é inconstitucional (art 7o, XHI).
361. Falsa. Para tais tomos a jornada será de seis horas, salvo negociação coletiva, 
sendo, portanto, admitida alteração (art 7o, XTV).
362. Verdadeira. É o teor do inciso XV do art 7o.
363. Verdadeira. O inciso XVI do art 7o diz que o serviço extraordinário será remune­
rado, no mínimo, com 50% a mais do que a remuneração do trabalho normal.
92
Título H - Das Direitos e Omamias Fundamentais
364. Falsa» Aremuneração de férias será calculada sobre o salário normal (art 7°, XV3U).
365. Falsa. O inciso XVH3 consagra claramente que a iicença à gestante será de 120 
dias, não “até”, nâo “pelo menos” (art. V , XVIII).
366. Falsa* O art T , XX, consagra, dentre os direitos do trabalhador urbano e rural, pro­
teção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da 
•lei. Não há inconstitucionalidade, porque é regra hermenêutica de Direito que o principio 
especial se sobrepõe ao geral, prevalece a ele.
367» Verdadeira. O inciso XXVI do art 7a afirma ser direito constitucional do trabalhador 
urbano e rural o reconhecimento de convenções e acordos coletivos.
368. Falsa- Á Emenda Constitucional n° 28, de 2000, eliminou a distinção de prazo 
prescricional para trabalhador urbano e trabalhador rural. O prazo, agora, é contado da 
mesma maneira: cinco anos durante a relação de emprego, limitado a dois anos após o 
fim dessa relação* A Emenda n° 28 também revogou integralmente o art 233.
365. Verdadeira. E a regm do inciso XXEQ do art T . Perceba, contudo, que a Emenda 
Constitucional u° 20/1998 alterou a redação original do dispositivo, impondo uma nova 
disciplina, que se resume assim: menor de 18 anos não pode ter trabalho noturno, peri­
goso ou insalubre; menor entre 14 e 16 anos só pode trabalhar na condição de aprendiz; 
e menor de 14 não pode ter nenhuma espécie de trabalho.
37ô. Verdadeira. É a regra do parágrafo único do art 7o.
371. Verdadeira. E a dicção do art 8o, inciso III. Perceba que não se exige, para o sin­
dicato, a autorização expressa exigida para as entidades associativas pelo art 5o, XXI.
372. Falsa. A Constituição Federal diz que a lei não poderá exigir autorização do Es­
tado para a fundação de sindicato, e diz* também, que são vedadas a interferência e a 
intervenção do Poder Público na organização dessa entidade, mas obriga o registro ao 
órgâo competente. O Superior Tribunal Federal já decidiu que esse “órgão competente” 
é, por enquanto, o Ministério do Trabalho.
373. Falsa. O princípio consagrado na Constituição Federal é, realmente, o da unicidade 
sindical, embora nisso contrarie recomendação da Organização Internacional do Traba-. 
Iho. Mas a liberdade para fixar a base territorial nâo é ampla, pois essa não poderá ser 
inferior à área de um município (art 8°, H).
374. Falsa. È claro o inciso XV do art. 8o, em sua parte final, onde diz que a fixação da 
contribuição para custeio do sistema confederativo e sua cobrança independem da 
contribuição prevista em lei, o que deixa claro que a cobrança das duas poderá ser, e 
será, cumulativa.
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE DIRSTO CONSTITUCIONAL
375. Verdadeira. Teor do inciso VI do a it 8o.
376. Falsa. A proteção constitucional ao empregado sindicalizado envolvido com po­
lítica sindical se dá em duas partes: a primeira protege a todos os membros de todas as 
chapas em disputa desde o registro dessas até o momento de publicação e homologação 
dos resultados da eleição. A partir desse momento, a proteção constitucional prossegue 
apenas em relação aos eleitos, que não poderão ser dispensados até um ano após o final 
do mandato, que conquistaram, salvo se cometerem falta grave. Teor do art 8o, VHI.
377. Falsa. Primeiro, porque tais entidades associativas não poderão, mas deverão apli­
car tais princípios. A Constituição Federal usa o verbo “aplicara-se” Segundo, porque 
lei complementar não vai regular a matéria,.mas, a teor do parágrafo único do art 8%
vai estabelecer condições para a aplicação desses princípios. Lei apenas. Quando a 
Constituição Federal quer lei complementar, ela o diz expressamente.
378. Falsa. Diz o art 9° que é assegurado o direito de greve aos trabalhadores, aos quais 
compete decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por 
meio dele defender. A lei ordinária é exigida apenas no § Io do artigo citado» mas para 
definir os serviços ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das necessida­
des inadiáveis da comunidade. Direito de greve condicionado nos termos e limites da lei 
complementar é o direito de greve dos servidores públicos, nos termos do art 37, VIL
379. Verdadeira. Teor do art 10.
380. Falsa. Tal eleição se faz com a finalidade exclusiva de promoção do entendimento 
entre empregados e empregadores.
CAPÍTULO II 
Dos Direitos Sociais
SEGUNDO BLOCO
381. ( ) Constitucionalmente, os direitos sociais são definidos como direitos dos tra­
balhadores.
382. ( ) Os direitos sociais assegurados pela Constituição Federal, nos termos do art
6o, não conferem ao brasileiro qualquer direito líquido e certo imediatamente 
exigíveL
383. { ) O lazer é um dos direitos sociais assegurados aos brasileiros.
94
Título li -D os Dü^üo-S c Garantias Fundaracíüaís
384.
385.
386.
387.
388.
389.
390.
391.
392.
393.
394.
395.
396.
397.
398.
Tecnicamente, trabalhador eventual e trabalhador avulso são conceitos de 
mesmo conteúdo jurídico.
Não são incluídos no roi de proteção trabalhista constitucional os trabalhadores 
eventuais e os trabalhadorestemporários. ■
Há possibilidade constitucional de existência de lei complementar estadual 
disciplinadora da proteção das relações de emprego contra despedida arbitrária 
ou sem justa causa.
A participação pacífica em paralisação trabalhista configura, para. fins de apli­
cação da legislação trabalhista, falta grave.
O seguro-desexnprego tem natureza previdenciária.
O financiamento do programa de seguxo-desemprego é feito pelas contribuições 
sobre concursos de prognósticos.
A vinculação ao fondo de garantia por tempo de serviço é facultativa. 
Tecnicamente, o FGTS tem a mesma função do seguro-desemprego.
O FGTS tem natureza tributária.
E inconstitucional a vinculação do adicional de insalubridade ao salário- 
mínimo.
A ocorrência de prejuízos devidamente comprovados é hipótese admitida pela 
jurisprudência para fundamentar a redução de salário.
É possível a retirada de pagamento de adicional por trabalho noturno após o 
fim da jornada de trabalho nessas condições, sem que se possa alegar redução 
inconstitucional de salário, exceto no caso de habítuaiidade, quando passa a 
integrar a remuneração para todos os fins.
A participação nos lucros, por não ter caráter salarial, pelo que não devem 
incidir sobre tais verbas as contribuições previdenciárias.
O trabalhador doméstico e o.trabalhador'avulso não são beneficiados pelo 
salário-família.
Em termos técnicos, jornada de trabalho e horário de trabalho são expressões 
de mesma significação.
95
45») CUESTOES c om en tad as DE DIREITO CONSTiTUClCNAS.
399. ( ) O trabalho realizado em feriado é, se não compensado, pago em triplo ao
trabalhador.
400. ( ) O pagamento do adicional de férias deve anteceder o período de gozo do be­
nefício.
(jfabari»
381. Falsa.. Os direitos sociais compreendem também pessoas nâo empregadas, como 
os direitos à educação, à infância , e de assistência aos desamparados. Desde a Emenda 
Constitucional n° 64, .de 4 de fevereiro de 2010, a alimentação também passou a ser 
direito social.
382. Verdadeira. O dispositivo tem patureza de norma programáiica, ou sejà, encerra uma 
mera sugestão de ação estatal, não consolidando, em favor da pessoa, direito oponível 
ao Poder Público, conforme já decidido pelo Supremo Tribunal Federal.
383. Verdadeira. E a redação do art 6o, caput.
384. Falsa. Trabalhador avulso é o subordinado atípico, que, de forma descontínua, presta 
serviço essencial e de natureza complementar à atividade da empresa. Trabalhador even­
tual é o subordinado que presta serviços em caráter transitório e acidental, sem exigência 
de permanência, cujos serviços são prestados a diversos tomadores.
385. Verdadeira. E o que aponta a doutrina especializada.
386. Falsa. A legislação sobre Direito do Trabalho é privativa da UniSo, de acordo com 
o art. 22,1
387. Falsa. Segundo a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, não configura 
falta grave.
388. Verdadeira. É o que ensina a doutrina especializada.
389. Falsa. É feito pelas contribuições do PIS/Pasep.
390. Falsa. Anova ordem constitucional eliminou a facultatividade de filiação ao sistema, 
ao estabelecer a indenização pela despedida arbitrária ou sem justa causa como calculável 
sobre o total dos depósitos.
96
391. Falsa. O seguro-desemprego visa a proporcionar ram remuneração mínima ao traba­
lhador em situação de desemprego involuntário, e o FGTS constitui um fundo financeiro 
pessoal para o empregador, com o objetivo de atender despesas insupríveis com o salário.
392. Falsa. Segundo o Tribunal Regional Federal da 4a Região, o FGTS não tera natureza 
tributária. À doutrina aponta a natureza indenízatória e parafiscal.
393. Falsa. O Tribunal Superior do Trabalho aceita a vinculação.
394. Verdadeira. É uma das hipóteses da legislação específica, aceita pela Justiça do 
Trabalho.
395. Verdadeira. É o que consta da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
396. Verdadeira. É o que decidiu o Tribunal Superior do Trabalho.
397. Verdadeira. Segundo a doutrina especializada, essas categorias não o recebem.
398. Falsa. Jornada de trabalho abrange especificamente o tempo em que o empregado 
fica efetivamente trabalhando e colocado à disposição do empregador. Horário de traba­
lho é o lapso temporal compreendido entre o inicio e o fim de uma jornada de trabalho, 
abrangendo os intervalos.
399. Falsa. Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, é pago em dobro.
400. Verdadeira. É essa a posição da jurisprudência e da própria índole do acréscimo.
CAPÍTULO JIÍ 
Da Nacionalidade
PRIMEIRO BLOCO
401. ( ) Há possibilidade de filho de estrangeiro ser brasileiro nato.
402. ( ) A regra que confere nacionalidade brasileira ao nascido no Brasil é dita jtis
solis.
403. { ) Á criança nascida no estrangeiro, de pais a serviço da República Federativa do
Brasil, somente será considerada brasileira nata se ambos, pai e mãe, forem 
brasileiros.
404. ( ) A única possibilidade de a criança nascida no estrangeiro, filba de pai ou mãe
brasileira, que lá não estejam a serviço da República brasileira, ser brasileira nata 
é que ela venha a residir no Brasil e, aqui, opte pela nacionalidade brasileira.
Titulo 21—Dos Direitos e Garantias Fimdam totais
4SG0 QUESTÔSS COMSNTABAS OS DIREITO CONSTITUCSONAL
405. (
406. (
407. (
408. (
409. (
410. (
411. (
412. (
413. (
414. (
415. (
416. (
Para adquirirem a nacionalidade brasileira, os estrangeiros deverão comprovar 
quinze anos de residência ininterrupta no Brasil e ausência de condenação 
criminal.
O português poderá adquirir a nacionalidade brasileira se houver reciprocidade 
e desde que tenha residência permanente no Brasil.
A lei complementar tratará de outros casos de distinção entre brasileiro nato e 
naturalizado, no interesse dã segurança nacional e da integridade do patrimônio 
nacional e do'mercado de trabalho do brasileiro.
Os cargos de Presidente da Republica, de Vice-Presidente da República e de 
Ministro de Estado são privativos de brasileiros natos.
Brasileiro naturalizado pode eleger-se Senador.
Exceto os Ministros do Supremo Tribunal Federal, que devem ser todos natos, 
nos demais Tribunais, ditos Superiores, um brasileiro naturalizado pode ocupar 
qualquer das vagas eventualmente abertas.
Uma das hipóteses de perda de nacionalidade, para o brasileiro naturalizado, é 
o cancelamento de naturalização por sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional.
À opção voluntária por outra nacionalidade leva, como regra, à perda da na­
cionalidade do brasileiro.
A imposição de naturalização, pela lei estrangeira., ao brasileiro, como con­
dição de permanência no território estrangeiro, é uma das hipóteses de dupla 
nacionalidade.
A naturalização extraordinária, direito do estrangeiro com residência no Brasil 
há mais de 15 anos e sem condenação penal, é direito reconhecido a qualquer 
estrangeiro, inclusive o egresso de pais de língua portuguesa.
A naturalização extraordinária coníere ao estrangeiro de qualquernacionalidade, 
preenchidos os seus* requisitos, direito liquido e certo à naturalização.
Para ter, no Brasil, direitos de brasileiro naturalizado, um cidadão de Portugal 
dispõe, pela Constituição, de três vias: a naturalização ordinária (requerimento 
-r um ano de residência + idoneidade moral), a naturalização extraordinária 
(requerimento + quinze anos de residência + ausência de condenação penal), 
ou a equiparação (dependente de reciprocidade).
98
Titulo 8 -D os Dirírtos 4 Garantias Fundam raiais
417. ( ) Para ter, no Brasil, direitos de brasileiro naturalizado, um cidadão de Moçam­
bique dispõe, pela Constituição, das mesmas vias oferecidas ao cidadão de 
Portugal.
418. ( ) A única hipótese de um cidadão da Alemanha ter, no Brasil, direitos de brasi­
leiro naturalizado é a naturalização extraordinária, quedepende, dentre outros 
requisitos, da demonstração de residência no Brasil por mais de quinze anos.
Cjabarito
401. Verdadeira. Se-for nascido no Brasil, sendo filho de pais que aqui não estejam a 
serviço oficiai de seu país (art 12, 1, a),
402. Verdadeira. Matéria de doutrina. O jus solis defere a nacionalidade pelo local de 
nascimento. O jus sanguinís, pela nacionalidade dos pais. O Brasil admite os dois crité­
rios, de maneira combinada.
403- Falsa. O art. 12, X, b, fala em “pai ou mãe brasileira”; portanto, basta que um dos 
pais seja brasileiro para que a criança, tenha a condição de brasileiro nato.
404. Falsa. Embora o art. 12,1, c, não fale da hipótese, sabe-se, pela doutrina, que a 
primeira hipótese diz respeito, ao registro em repartição consular brasileira. A segunda, 
para o caso de a primeira não acontecer, é a de que trata a Constituição. Atualmente, 
após o advento da Emenda n° 54/2007,o registro consular atribui nacionalidade brasilei­
ra originária permanente, sem necessidade de opção confmnatória. Se não houver esse 
registro, ainda segundo o novo texto, a pessoa poderá requerer a nacionalidade brasileira 
se estiver residindo no Bxasil e aqui optar, formalmente, perante juiz federal (art 109, X) 
por essa condição.
405. Falsa. Há, constitucionalmente, duas classes de estrangeiros em relação ao tema 
aquisição de nacionalidade. A primeira, a dos estrangeiros que venham de país de língua 
portuguesa (como Portugal, Angola, Moçambique, Goa, Timor, Macau), sendo deles 
exigida apenas residência no Brasil por um ano ininterrupto e idoneidade morai. Paia 
os demais estrangeiros serão exigidos os requisitos da <flei’\ hoje a Lei n° 6.815, dentre 
os quais a residência por mais de quatro anos, renda ou bens para se manter no Brasil, 
saber compreender e falar o português, dentre outros. A hipótese do art 12, II, b, é aberta 
a estrangeiros “de qualquer nacionalidade”, como via extraordinária de naturalização.
406. Falsa. A hipótese do § Io do art 12 não diz respeito à aquisição de nacionalidade, 
mas, sim, ao exercício de direitos no Brasil sem ela. O portuguêsque pretenda se natura­
lizar brasileiro terá de comprovar um ano de residência e idoneidade moral, nos termos
99
4S00 QUESTÕES COMENTADAS DS DIREITO CONSTrmjCiONAÍ.
do art 12, n , a. O português que não queira tomar-se brasileiro, mas que está residindo 
aqui e aqui pretenda exercer direitos, se houver reciprocidade (direitos de brasileiro em 
Portugal), terá tais direitos como se naturalizado fosse, sem sê~lo.
407. Palsa. O § 2® do art 12 é claro ao dizer que a lei não poderá estabelecer distinção 
entre o brasileiro nato e o naturalizado» salvo as distinções que apropria Constituição traz.
408. Falsa. O cargo de Ministro de Estado não é privativo de brasileiro nato, como se 
vê pela leitura do art 12, § 3o, combinado com o art 87, onde somente se diz que os 
ministros serão escolhidos dentre ‘'brasileiros” com mais de 21 anos, isto é, brasileiros 
natos ou naturalizados. Apenas o cargo de Ministro da Defesa é privativo de brasileiro 
nato, conforme se lê no art 12, § 3o, VH.,
409. Verdadeira. Somente o cargo de Presidente do Senado Federal é privativo de 
brasileiro nato, de acordo com o art. 12, § 3o, Ht, porque está na linha de sucessão do 
Presidente da República, no caso de vacância do cargo, como se vê na leitura do art 80.
410. Faisa. Efetivamente, todos os onze ministros do STF precisam ser brasileiros natos 
(art 12, § 3o, IV) e, como regra, os membros dos Tribunais Superiores podem ser brasi­
leiros naturalizados. Mas há duas importantes exceções. No Superior. Tribunal Militar, 
dos quinze cargos de Ministros, dez somente podem ser ocupados por brasileiros natos, 
já que são privativos de oficiais-generais do Exército, Marinha e Aeronáutica (art 123), 
e o art 12, § 3o, VI, diz que os cargos de oficiais das Forças Armadas são privativos de 
brasileiros natos. Outra exceção é a do Tribunal Superior Eleitoral, ao qual, dos sete 
membros, três serão Ministros do Supremo Tribunal Federal (art 119,1, a) e tais Minis­
tros devem ser natos.
413. Verdadeira. É o que consta do art 12, § 4o, I. Note que o cancelamento judicial 
da naturalização vai conduzir à declaração administrativa da perda da nacionalidade 
brasileira.
412. Verdadeira. É a regra do art 12, § 4o,
413. Verdadeira. É o teor do art. 12, § 4o, H, b. A outra hipótese é o reconhecimento da 
nacionalidade originária pela lei estrangeira.
414. Verdadeira. Trata-se, aqui, de um favor'constitucional aberto por opção do consti­
tuinte, e oferecido, nos termos do art 12, II, ò, a “qualquer estrangeiro”.
41.5. Verdadeira. É pacífico na melhor doutrina que a expressão “desde que requeiram”, 
constante do art 12, n , b, garante ao estrangeiro direito líquido e certo ao deferimento | 
da condição de brasileiro, presentes os pressupostos exigidos.
1 0 0
-1
Título fl - Dos Díralos e Garantias Fundamentais
416- Verdadeira, As três possibilidades estão abertas ao natural de Portugal, e só a ele. 
A primeira, pelo art. 12, EE, a, (segunda parte); a segunda, pelo art 12, U, ò\ e a terceira, 
pelo art 12, § Io.
417. Falsa. A equiparação, aberta aos portugueses pelo art. 12, § 1°, somente beneficia 
o natural de Portugal, e não de qualquer pais de língua portuguesa.
418. Falsa. Há, também, a via do art. 12, II, as que dá a esse estrangeiro o direito de 
postular a naturalização nos termos da “lei”, a qual estabelece requisitos bem específicos, 
como a residência por mais de quatro anos, dentre outros.
CÀPITULO m 
Da Nacionalidade
SEGUNDO BLOCO
419. ( ) Em termos técnico-jurídicos, os conceitos de nação e estado não são equiva­
lentes.
420. ( ) O princípio da pluralidade de nacionalidades implica determinação de que
os regimes constitucionais dos diversos países não podem criar hipóteses de 
perda de nacionalidade.
421. ( ) Pelo princípio- da inconstrangibüidade, ninguém pode ser obrigado a adquirir
uma nacionalidade, nem mesmo os apátridas, representando essa condição 
uma opção da pessoa.
422. ( ) A adoção tem o poder jurídico de transferir paia o adotado a nacionalidade
dos pais adotiyos.
423. ( ) A aquisição de nacionalidade pelo jus solis é classificada como nacionalidade
primária, ou originária, e involuntária.
424. ( ) É admissível, no Brasil, a criação, pela legislação infraconstitucional, de novas
hipóteses de aquisição de nacionalidade brasileira originária.
425. ( ) Para fins de aquisição da nacionalidade brasileira originária pelo nascimento,
o conceito de território nacional inclui as aeronaves e embarcações militares 
brasileiras no espaço aéreo internacional ou em águas internacionais.
426. ( ) O direito constitucional brasileiro admite a aquisição da condição de brasileiro
nato pelo nascido acidentalmente em território brasileiro.
4500 QUESTÕES COMEWIADAS Og DIREJTO CONSTnUCIQNAl.
427. ( 
42S. (
429. (
430. (
431. (
432. (
433. (
434. (
435. ( 
Cjabarilo
A opção pelanacionalidade brasileira originária ou primária pode ser exercitada 
por tutor ou curador do. menor.
O sistema brasileiro vigente admite a radicação precoce como forma de aqui­
sição da nacionalidade brasileira primária.
E causa interruptiva de residência no Brasil, para fins da aquisição da nacio­
nalidade secundária brasileira pela via expressa extraordinária, a existência de 
viagens internacionais comprovadas e periódicas do estrangeiro que aqui resida.
A equiparação do português é garantia constitucional do originário de Portugal, 
e exige apenas a residência permanente no Brasil e a existência dereciprocidade.
Um português equiparado pode vir a ser nomeado Ministro do Superior Tribunal 
de Justiça,;eleito Senador da Repúbüca ou nomeado Ministro de Estado.
Os cargos de Governador de Estado, de Desembargador de Tribunal de Justiça 
e de oficial da Policia Militarsão privativos de brasileiros natos.
Os efeitos da decisão que cancela a naturalização são retroativos à data da 
concessão da condição de brasüeiro naturalizado.
Não é possível a/ reaquisição da nacionalidade brasileira ao nacional que a 
tenha perdido por opção por nacionalidade estrangeira.
No sistema brasüeiro vigente é possível a acumulação da condição de brasileiro 
nato com nacionalidade estrangeira também originária.
419. Verdadeira. Estado, na doutrina* é comunidade política independente e soberana, 
dotada de governo próprio e com território reconhecido. Nação resulta da associação de 
indivíduos de igual origem étnica e mesma lingua e costumes. -
420. Falsa. O conteúdo do principio indica a impossibilidade de um país condicionar a 
aquisição de sua nacionalidade à perda da que anteriormente possua.
421. Verdadeira. E esse o conteúdo técnico do princípio.
422» Falsa. A adoção não tem o condão de transferir nacionalidade.
423. Verdadeira. Essa é a noção doutrinária da definição.
424. Falsa. O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou pela inconstitucionalidade 
dessa hipótese.
1 0 2
Tstuio II —Dos Direitos e Garantias Fundamentais
425. Verdadeira. O conceito de território nacional que se adota é o jurídico.
426. Verdadeira. E irrelevante o nascimento acidental ou optativo em território brasileiro 
paia esses fins.
427. Falsa. Como direito personalíssimo, a opção só pode ser feita pela própria pessoa, 
após completar a maioridade civil, segundo o Superior Tribunal de Justiça.
428. Verdadeira. A radicaçao precoce ocorre quando o estrangeiro vem residir no Brasil 
antes de completar cinco anos de idade e aqui permanece. Ao atingir a maioridade civil, 
pode optar pela condição de nato.
429. Falsa. Viagens internacionais, mesmo que freqüentes, nâo interrompem a residência 
no Brasil, mas apenas a presença física. A residência é juridicamente qualificada como 
morar com ânimo definitivo.
430. Falsa. Segundo o Supremo Tribunal Federal, a equiparação, como direito de so­
berania, exige o deferimento, pelo goyemo brasileiro, de requerimento formulado pelo 
português interessado.
431. Verdadeira. As hipóteses de restrição são apenas as do art. 12, § 3o, e do art. 89, VH.
432. Falsa. Todos os cargos citados são atingíveis por brasileiro naturalizado e até por 
português equiparado.
433. Falsa. Os efeitos são ex rmnc, isso é, da data da decisão em diante.
434. Falsa. A reaquisição é possível e depende de sujeição ao processo administrativo 
previsto.
435. Verdadeira. O art. 12, § 4o, G, <3, permite a acumulação de duas nacionalidades 
originárias.
CAPÍTULO III 
Da Nacionalidade
TERCEIRO BLOCO
436. ( ) Poderá se tomar brasileiro nato o filho de brasileiro nascido no exterior, de
pai ou mãe brasileiros que não estavam em missão oficial pela República 
Federativa do Brasil, e não registrado em repartição brasileira competente no 
exterior, desde que opte, após a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
103
4S0Ó QUESTÕES COMENTADAS OS DIRSTO CONSTITUCIONAL
437. ( ) O nascido no Brasil, filho de pais estrangeiros, poderá ser brasileiro nato.
438. ( ) Uma criança nascida na Tailândia, filha de mãe brasileira com pai japonês, .
sendo que a mãe chefiava missão comercial oficial Brasil-Tailândia, pode ser 
brasileira nata.
439. ( ) Um natural de Angola pretende naturalizar-se brasileiro. Deyerá ser informado
de que ser-lhe-á exigida apenas residência no Brasil por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral, e não residência por mais de 15 anos ininterruptos e nenhuma 
condenação penal, dentre outros requisitos constitucionais, como é exigido dos 
estrangeiros em geral.
440. ( ) Os portugueses com residência permanente no Brasil terão todos os direitos
de brasileiro nato, independente de qualquer outra condição.
441. ( ) Dentre os cargos privativos de brasileiro nato, previstos na Constituição Federal,
estão o de Deputado Federai e o de Senador.
442. ( ) Qualquer cargo da carreira diplomática é privativo de brasileiro nato.
443. ( ) Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios poderão ter símbolos pró­
prios.
444. ( ) Todos os cargos de Ministro de Estado podem ser ocupados por brasileiro
naturalizado, desde que maior de 21 anos.
445. ( ) Não há cargo de Ministro de Estado privativo de brasileiro nato.
446. ( ) A existência de reciprocidade e de tratado com Portugal são condições bas­
tantes para o deferimento,, ao português que aqui resida, da equiparação com 
brasileiro naturalizado. .
G abaríto
436. Verdadeira, O art. 12,I, c, com redação alterada pela Emenda Constitucional n° 
3/1994, deixou implícita a hipótese de registro consular para a aquisição de naciona­
lidade, sob condição confirmatória de vir a residir no Brasil. Não tendo sido feito esse 
registro pelos pais, à- época própria, a própria pessoa, com maioridade civil, poderá 
requerê-la, no Brasil, vindo a residir aqui. Com o regime novo, inaugurado pela Emenda 
n° 54/2007, o sistema foi alterado para permitir que o registro consular atribua a nacio­
nalidade brasileira originária de forma permanente, não sujeita à opção confirmatória.
104
Titulo U - Dos Dúeitós e Garantias Fuatismeutós
437. Verdadeira» É a aplicação do critério do jus solis. É brasileiro nato o nascido no 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes nâo estejam a serviço de seu 
país, segundo o art. 12, 1, a.
438. Verdadeira. É brasüeiro nato aquele nascido no estrangeiro de pai brasüeiro ou 
mãe brasüeira, desde que qualquer deles esteja a serviço do BrasiL Teor da alínea b do 
inciso I do art. 12.
439. Falsa. São brasÜeiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigida aos originários de países de língua portuguesa (Portugal, Angola, 
Moçambique, dentre outros), apenas, residência por um ano ininterrupto no Brasil e 
idoneidade moral. O erro, contado, está na parte ficai da questão, já que os demais es­
trangeiros estarão submetidos à “lei” A hipótese do art 12, II, b, é aplicáveí a “qualquer 
estrangeiro” e consolida via de naturalização extraordinária. A questão mistura as vias 
de naturalização ordinária e extraordinária.
440. Falsa. Há dois erros crassos na assertiva. Primeiro, aos portugueses com residência 
permanente ao Brasil serão atribuídos os direitos de brasileiro naturalizado, com exclusão, 
portanto, de todo e qualquer cargo, direito, prerrogativa ou benefício reconhecido apenas 
ao brasileiro nato. Segundo, para que tais direitos sejam conferidos aos portugueses, há 
uma condição inafastável: é preciso a reciprocidade em íàvor dos brasÜeiros em Portugal. 
Quanto à condição do português no Brasü, ela será de brasüeiro naturalizado, porque a 
Emenda Constitucional n° 3/1994 retirou do texto constitucional a palavra “nato”, sina­
lizando a vontade do Parlamento brasüeiro.
441. Falsa. O art 12, em seu § 3o, diz que são privativos de brasileiros natos os cargos de 
presidente da Câmara dos Deputados e presidente do Senado Federal. Os de deputado 
federal e de senador podem ser ocupados pôr brasüeiro naturalizado, como já aconteceu, 
e até por português amparado pela reciprocidade.
442. Verdadeira. Teor do art 12, § 3% V.
443. Falsa. Pela redação do art 13, § 2°, os territórios não poderão ter símbolos próprios.
444. Falsa. A Emenda Constitucional n° 23 inseriu no § 3o do art 12, como inciso VII, 
que o cargo de Ministro de Estado da Defesa é privativo de brasileiro nato» A idade está 
correta, a teor do art 87.
445. Falsa. A razão é a apontada no comentário da questão anterior.
446. Falsa. Segundo.o Supremo Tribunal Federal, é necessário, também, que tenha havido 
requerimento de reciprocidade deferido peio Governo brasüeiro.
105
4500 QUESTÕES COMENTADAS Q£ DIREITO CONSTlTUCiONAi.
447.
448.
449.
450.
451.
452.
453.
454.
455.
456.
457.
458.459.
CAPÍTULO IV 
Dos Direitos Políticos
PRIMEIRO BLOCO
) Referendo e iniciativa popular serão regulados por lei complementar e convo­
cados, em todas as hipóteses constitucionais, pelo Congresso Nacional.
) Nos termos da Constituição, o voto deve ser direto e secreto, com valor igual 
para todos, sendo preservado, no modelo brasileiro, o principio democrático 
que impõe que se atribua o mesmo peso a todo e qualquer voto.
) Á iniciativa popular é a possibilidade de o cidadão, individualmente ou em 
grupo, sugerir a depurado federal ou senador o oferecimento de projeto de lei, 
e pode ocorrer inclusive em face de Câmara Municipal de Vereadores, para 
lei municipal.
) O voto é obrigatório ao maior de 18 anos, desde que alfabetizado.
) O voto é facultativo ao analfabeto, sendo constitucionalmente admissível a 
retirada dessa faculdade por emenda à Constituição.
) O analfabeto pode votar, mas não pode ser votado para nenhum cargo eletivo.
) O militar conscrito, durante o serviço militar obrigatório, é inalistável.
) Todos os estrangeiros, no Brasil, são absolutamente inalistáveis e inelegíveis, 
exigindo o sistema brasileiro, no mínimo, a condição de brasileiro naturalizado.
) O militar não pode alistar-se eleitor.
) A condição de brasileiro nato, o pleno exercício dos direitos políticos, a filiação 
partidária e o alistamento eleitoral são requisitos de elegibilidade.
) Um brasileiro nato de mais de írinta e cinco anos, se alfabetizado, é eiegível 
para qualquer caxgo eletivo no Brasil.
) As idades mínimas para eleger-se vereador, deputado federal, deputado estadual 
e senador são, respectivamente, 18,30,21 e 35 anos.
) Os alistáveis são elegíveis.
106
Titulo II - Dos Dircáais c Oarantias Fundamentais
460. ( ) O Presidente da República, o governador de estado, o governador do Distrito
Federal e o prefeito são inelegíveis para o mesmo cargo se estiverem no exer­
cício do mandato nos seis meses anteriores ao pleito.
461. ( ) O substituto do prefeito ou do governador, durante o mandato, é sempre ine­
legível na eleição subsequente.
462. { ) O Presidente da República é elegivel para outro cargo, desde que renuncie a
esse mandato até seis meses antes do pleito.
463. ( ) Cônjuge de governador de Estado é inelegível para qualquer cargo naquele
Estado, não tendo a eventual renúncia o poder de remover o impedimento.
464. ( ) Parente consanguíneo do Presidente da República é absolutamente inelegível,
para qualquer cargo no Brasil. .
465. ( ) O militar que se eleja passará, automaticamente, no ato de diplomaçâo, para
a inatividade.
466. ( ) Lei ordinária federal poderá estabelecer outros casos de inelegíbilidade,
admitindo-se a existência de lei estadual sobre esse tema, desde que relativa 
à inelegíbilidade para cargos estaduais.
467. ( ) A vida pregressa do candidato deverá ser considerada para fins de se prever a
sua inelegíbilidade a cargo público eletivo.
46S. ( ) !0 mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, se o interes­
sado na impugnação entrar com a ação em até 15 dias, contados da diplomaçâo, 
e não da posse do eleito, não estando o julgamento da ação sujeito a prazo 
constitucional.
469. ( ) A ação de impugnação de mandato tramita, em segredo de justiça.
470. ( ) A cassação de direitos políticos é vedada, podendo haver apenas a perda ou a
suspensão deles.
471. ( ) A condenação criminal transitada em julgado é causa de perda dos direitos
políticos.
472. ( ) O cancelamento de naturalização é hipótese de perda de direitos políticos.
107
45(30 o u E s rrô e s co m en ta d a s o e d ireito c o n sto u c jo n a l
473. ( ) Lei que altere o processo, eleitoral somente será aplicada à eleição que ocoxxa
até um ano após a data de sua vigência, sendo exigível, assim, que tal lei esteja 
vigente, na data da eleição que regulamente, há pelo menos doze meses.
474. ( ) A legislação que vai reger determinada eleição é a publicada até o final do ano
anterior ao pleito.
C j a b a r i t o
447. Falsa. 0 art 14, caput, informa que essas.formas de exercício direto, de poder pelo 
povo (art Io, parágrafo único) serão exercidas “nos termos da Iei”, portanto, lei ordi­
nária, não complementar, já que esta, a iei complementar, segundo a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, somente pode ser utilizada no caso de a Constituição expres­
samente a exigir, cahendo lei ordinária para todos os demais casos. Além disso, embora o 
art 49, XV, preveja a.possibilidade, nem todo plebiscito ou referendo será convocado 
pelo Congresso, podendo sê-lo pelo Legislativo estadual.
448. Falsa. A primeira parte da questão é o que consta do caput do- art 14, textualmente. 
Há erro, contudo, na afirmação final, já que o sistema de composição da Câmara dos 
Deputados, firmado pelo art 45, resulta em severa distorção matemática que faz, por 
exemplo, o voto de um eleitor paulista valer menos que o de um eleitor acreano.
449. Falsa. Iniciativa popular é o poder que tem o cidadão, em grupos determinados, de 
oferecer projeto de iei federal ao Congresso Nacional, através da Câmara dos Deputados 
(art 61, § 2o), de lei estadual à Assembleia Legislativa (art. 27, § 4°) e de lei municipal * 
à Câmara de Vereadores (art. 29, XHI).
450. Falsa. O voto é obrigatório ao maíor de 18 e ao menor de 70 anos, desde que brasileiro 
e alfabetizado. Ao maior de 70 anos o voto é facultativo, segundo o art 14, § Io, le l l ,
451. Falsa. A primeira parte da questão está correta, reproduzindo o que consta do 
art 14, § 1°, n , a O final, contudo, está errado, porque emenda à Constituição com tal 
objeto seria materialmente inconstitucional, por incidir em limitação material expressa 
ao poder de reforma, já que eslaria abolindo direito fundamental da pessoa assegurado 
pelo art 60, § 4o, IV.
452. Verdadeira. É a conclusão a que se chega pela análise do art 14, § Io, II, a, com­
binado com o § 4o do mesmo artigo.
453. Verdadeira. Leitura do art. 14, § 2o.
108
Tttulo H - Dos D im toí e Garantia» Fundamentais
454. Falsa. O português equiparado é estrangeiro no Brasü, e somente é inelegível para 
os cargos de Presidente da Repúbüca e Vice-Presidente da República, de acordo com o 
art. 12, § 3o, L Teor do art 14, § 2o, combinado com o ait 12, § Io.
455. Falsa. Somente o militar conscrito, isto é, em serviço militar obrigatório, é inalistável. 
0 militar de carreira é tanto alistável quanto elegível, conforme se vê no art 14, § 8o.
456. Faisa. Não é necessária a condição de brasileiro nato para a elegibilidade. Qualquer 
brasileiro, nato ou naturalizado, é elegível, com exceção dos cargos de Presidente da 
República e de Vice-Presidente da República, os quais, pelo art 12, § 3o, são privativos 
de brasileiros natos. Teor do art. -14y §. 3o. Ainda, pela regra de equiparação do português 
ao brasileiro naturalizado (art 12, § Io), também esse estrangeiro é elegível.
457* Verdadeira. £ o que se compreende da leitura do art 14, § 3o, VI.
458. Faisa, Nos teimos do art 14, § 3o, VI, as idades mínimas são; para vereador, 18 
anos; para deputado federal e deputado estadual, 21 anos; e para senador, 35 anos.
459. Falsa* Segundo o art 14, § 4°, os inalistáveis são inelegíveis, mas nem todo alistável 
é elegível, já que a elegibilidade exige a satisfação de vários requisitos, o principal deles, 
para esta questão, é a idade. Assim, um brasileiro -de 17 anos, voluntariamente inscrito 
eleitor, não ê elegível para nenhum cargo, já que a menor idade para elegibilidade é 18 
anos, para o cargo de vereador. Ê de lembrar-se também que o alistamento eleitoral é 
condição de elegibilidade, nos teimos do § 3o, KL Os inalistáveis estão identificados 
no § 2o do art 14 e são o estrangeiro e o militar conscrito, durante o período de serviço 
militar obrigatório.
460. Falsa. Com a nova redação do art 14, § 5o, Presidente da República, governadoresde Estado e do Distrito Federal e prefeitos são elegíveis para ura segundo mandato no 
mesmo cargo, sem precisar afastar-se do cargo. Estarão inelegíveis para outros cargos 
eletivos se, nos seis meses anteriores ao pleito, estiverem no exercício desse mandato 
executivo. Se, ainda, estiverem já no segundo mandato executivo e, nos seis meses ante­
riores ao pleito, estiverem desempenhando esse mandato, são absolutamente inelegíveis.
461. Falsa. Primeiramente, somente se considera, para fins de ínelegibilidade, a ocupação 
de chefia de Executivo nos seis meses anteriores ao pleito, e não a qualquer época. E, 
também, tais sucessores e substitutos poderão disputar a eleição seguinte para o mesmo 
cargo que estejam ocupando nesse semestre pré-píeito.
462. Verdadeira. É o que consta do § 6° do art 14.
4500 QUESTÕES COMENTADAS OS OIRSTO CONSTTTUCiONAt.
463. Falsa. O cônjuge do prefeito somente é inelegível para cargos dentro do Município 
em questão, a saber: prefeito, vice-prefeito e vereador. O art 14, § T , fala que essa ine- 
legibilidade é “no território de jurisdição do titular*’, sendo esse titular o Presidente da 
República, o governador ou o prefeito, e o território, respectivamente, o Brasil, o Estado 
ou Distrito Federai e o Município. A renúncia, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, 
remove a inelegíbilidade do titular do mandato executivo.
464. Falsa- Há. uma exceção no final do § T do art 14: salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição.
465. Falsa. Se contar menos de'dez anos de serviço, apenas deverá afastar-se da ativida­
de. Se, contrariamente, contar mais de dez anos, com a candidatura será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará, aí sim, no ato de diplomaçâo, automaticamente 
para a inatividade (art 14, § 8o).
466. Falsa. Não é lei ordinária o instrumento que a Constituição exige para a de­
finição de outros casos de inelegíbilidade além dos nela previstos, mas, sim, lei 
complementar (art 14, § 9o). Além disso, é inconstitucional a edição de lei estadual 
sobre o tema, em face do comando objetivo da Constituição Federal, que exige lei 
complementar federal.
467. Verdadeira- É o que consta do art. 14, § 9o.
468. Verdadeira. Teor do art 14, § 10.
469. Verdadeira. E o que afirma o art. 14, § 11.
470. Verdadeira. Teor do art. 15, caput.
471. Falsa. É causa de suspensão, já que'a Constituição é bem clara ao afirmar que será 
apenas “enquanto durarem os seus efeitos” (art 15, III).
472. Verdadeira. Caso do art. 15, L A perda da condição de brasileiro, que é condição 
de elegibilidade (art. 14, § 3o, I), leva à perda dos direitos políticos no Brasil.
473. Verdadeira. É o que comanda o art 16.
474. Falsa. A eleição que vai reger o pleito é a publicada e vigente até doze meses antes 
da eleição. Portanto, uma lei eleitoral publicada em 4 de outubro de 1999 não é aplicável 
ao pleito de 3 de outubro de 2000.
1 1 0
Titulo 0 — Dos Direitas e Garantías Fuadameatais
475. (
476. (
477. {
478. (
479. (
480. (
481. (
4S2, ( 
483. (
CAPÍTULO rv 
Dos Direitos Políticos
SEGUNDO BLOCO
) São formas de exercício da soberania popular o sufrágio universal, o voto direto 
e secreto, com valor igual para todos, o plebiscito, o referendo e a iniciativa 
popular.
) O voto é obrigatório para todos os brasileiros maiores de 18 anos.
) O militar conscrito tem o seu alistamento eleitoral facultativo, mas é inelegível.
) A filiação partidária é condição de elegibilidade para qualquer brasileiro, civil 
ou militar.
) Uma- das condições de elegibilidade é ter idade mínima de 35 anos, paxa o 
cargo de senador, e de 18 anos, para o cargo de vereador.
) O militar em serviço militar obrigatório (conscrito) é inelegível.
) Determinado governador de Estado pretende candidatar-se ao Senado pelo 
Estado que governou. Renuncia ao mandato de governador sete meses antes 
do pleito. A esposa desse governador pode candidatar-se a deputada estadual 
no mesmo Estado que o marido governou.
) A companheira do prefeito pode candidatar-se ao cargo de vereadora para 
mandato no período imediatamente subsequente ao do mandato daquele chefe 
de Executivo, tendo este renunciado ao mandato mais de seis meses antes da 
data do pleito.
) Em um determinado Estado, o governador, A, renunciou ao mandato 6 meses 
antes da data do próximo pleito e pretende concorrer a uma vaga de deputado 
federai. Já dentro do período dos seis meses antes do pleito, o vice-govemador, 
B, ocupou, por rnn dia, oficialmente nomeado, o cargo de governador e, logo no 
dia seguinte, renunciou para postular o mandato de vice-govemador na eleição 
que preencherá o cargo no período imediatamente subsequente ao em curso. 
Ocupou-lhe o lugar o presidente da Assembleia Legislativa, C, sucedendo-o, 
tendo ficado até as vésperas da eleição, na qual tentará reeleição ao caxgo de 
deputado estadual Nessas condições, apenas o governador, A, tem condições 
constitucionais de pleitear o mandato enunciado.
1 1 1
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE OIHSTO CQNSTmjCiON/U.
484. ( ) O militar com mais de dez anos de serviço é elegível. Nesse caso, ficará agre­
gado (afastado) desde o registro da candidatura até a diplomação ou o regresso 
à Força Armada. Se eleito, passará automaticamente no ato de diplomação para 
a inatividade.
485. ( ) Lei complementar poderá estabelecer outros, casos de inelegibilidade, além
dos previstos na Constituição Federal.
486. ( ) O interessado em impugnar um mandato eletivo precisará entrar com a res­
pectiva ação em 15 dias, a contar da posse do eleito, na Justiça comum.
487. ( ) A condenação criminal transitada em julgado é hipótese de perda dos direitos
políticos do: condenado.
488. ( ) A improbidade administrativa é hipótese de suspensão dos direitos políticos.
489. ( ) O cancelamento da naturalização, por sentença transitada em julgado, é hipótese
de cassação de direitos políticos.
Gabarito
475. Verdadeira. Termos do art 14, caput e incisos.
476. Falsa. O voto é obrigatório para o brasileiro alfabetizado e não militar conscrito 
entre 18 anos e 70 anos. Para maiores de 70 anos, o voto é facultativo. Ainda, o bra­
sileiro maior de 18 e menor de 70 anos que seja analfabeto tem alistamento eleitoral 
e voto facultativos.
477. Falsa. O militar conscrito é inalistável (art 14, § 2o) e inelegível (art 14, § 4o).
478. Falsa. O Superior Tribunal Federal já decidiu, julgando o Agravo de instrumento 
n° 135.4526, que o militar alistável e elegível não precisa de filiação partidária. Diz o 
acórdão, citando o julgamento -do Recurso n6 8.963/MS, da lavra do Ministro Octávío 
Galotti, que “militar da ativa (subtenente), com mais de dez anos de serviço, sendo alistável 
e elegível, mas nâo filiável, basta-lhe, nessa condição excepcional, como suprimento da 
prévia filiação partidária, o pedido do registro da candidatura, apresentado pelo partido 
e autorizado pelo candidato".
479. Verdadeira. Ê o teor do axt 14, § 3o, a e d
Tftulo H - D « Direitos e Gajaoibus Fundamentais
480. Verdadeira. Os militares conscritos são inalistáveis (art 14, § 2o). E os inalistáveis 
sao inelegíveis (art 14, § 4o).
481. Verdadeira. Com a renúncia, o chefe do Executivo remove a inelegíbilidade do 
cônjuge. Como ela ocorreu a sete meses do pleito, o habilita a disputar outro cargo pú­
blico eletivo. A rt 14, § T.
482. Falsa. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a companheira, para os efeitos de 
inelegíbilidade, equipara-se a cônjuge. Vale para ela, então, a mesma regra que impede 
que a esposa de chefe de Executivo seja candidata na circunscrição eleitoral dominada 
pelo cargo do marido (art 14, § 7o).
483. Falsa. O vice-govemador, B, pode, a partir da nova redação imposta ao § 5o do art. 
14 pela Emenda à Constituição n° 16/1997, postular tanto o cargo de vice-govemador 
quanto o de governador doEstado, na eleição que se realizará. C, porém, foi alcançado 
pela inelegíbilidade, por ter sucedido ao governador nos seis meses anteriores ao pleito. 
A regra do dispositivo alterado é clara: os chefes de Executivo podem pleitear um novo 
mandato subsequente paxa o mesmo cargo, sem que precisem afastar-se dele. Para con­
correrem a outro cargo, contudo, devem renunciar ao cargo executivo em até seis meses 
antes do. pleito. O sucessor ou substituto de presidente, governador e prefeito que esteja 
no exercício desses mandatos nos seis meses antes do pleito somente é elegível para o 
próprio cargo ou ao de vice, sendo inelegível para os demais.
484. Verdadeira. Complementam-se o art 14, § 8o, H, e o julgado do TSE, publicado 
como acórdão nü 11.314, de 30/8/1990.
485. Verdadeira. É o § 9o do art 14.
486. Falsa. Primeiro, o prazo de 15 dias para a ação de impugnação de mandato conta- 
se da data da diplomaçâo. Segundo, a ação deve ser apresentada à Justiça Eleitoral (art 
14, § 10).
487. Falsa. O teor do art 15, 2JJ, é claríssimo. O caso enfocado é “condenação criminai 
transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos”. Efeitos da condenação, portanto. 
É caso de suspensão dos direitos políticos.
488. Verdadeira. Teor do art 15, V, combinado com o art. 37, § 4o.
489. Falsa. O art 15, caput, é claro ao afirmar que “é vedada a cassação de direitos 
políticos”, podendo haver apenas as hipóteses de perda ou suspensão deles. O cancela­
mento da naturalização é hipótese de perda.
4500 ü u e s r â e s COMENTADAS OECJRETTO CONSTITUCIONAL
CAPÍTULO IV 
Dos Direitos Políticos
TERCEIRO BLOCO
490. ( ) A melegíbilidade é classificada como direito político negativo.
491. ( ) O voto censitário é definido como os sistema pelo qual o eleitor precisa
preencher determinados requisitos de natureza econômica, como renda ou 
propriedade de bens.
492. ( ) O voto censitário e o voto capacitário são modalidades de sufrágio restrito.
493. ( ) Afacultatiyidade do alistamento eleitoral impõe, se exercida, a obrigatoriedade
do voto.
494. ( ) Para fins constitucionais e eleitorais, a alfabetização se comprova pela capa­
cidade de a pessoa assinar ou escrever o próprio nome.
495..( ) Domicílio eleitoral é conceito que não se confunde com domicílio civil,
496. ( ) Por estarem impedidos constitociooalmente de atividade polMco-partidária e,
assim, à vedação de filiação partidária, os magistrados são baélegíveis-
497. ( ) O regime constitucional vigente não impõe aos Chefes de Executivo o afasta­
mento ou a renúncia a tais cargos como condição para disputa de reeleição.
498. ( ) E inelegível o vice-govemador por dois mandatos consecutivos e que pretende
disputar a chefia do Executivo estadual num terceiro mandato também conse­
cutivo.
499. ( ) A renúncia de Governador de Estado ao segundo mandato consecutivo nessa
condição, antes dos seis meses anteriores ao pleito, permite ao agora ex- 
GoYernador a disputa, novamente, do cargo de Governador do mesmo Estado 
para um terceiro mandato consecutivo.
500. ( ) A eletivídade para o cargo de suplente de Senador não exige do titular de
mandato executivo que renuncie a este.
501. ( .) A viúva de Governador permanece inelegívei no território de circunscrição
eleitoral do falecido.
114
Título B — Dos Direitos e Garantias fuadsxncntaia
. 502. ( ) Com a eleição do pai ao cargo de Presidente da República, nâo é inelegível o 
filho que, sendo Deputado Federal por um Estado, busque reeleição à Câmara 
dos Deputados por outro Estado.
503. ( ) A suspensão dos direitos políticos por condenação criminal transitada em
julgado exige a declaração expressa acerca dessa conseqüência na decisão 
judicial."
504. ( ) Acondenação criminal por crime culposo não suspende o exercício dos direitos
políticos.
C jfa b a r ito
490. Verdadeira. É essa a classificação doutrinária.
491- Verdadeira. Definição doutrinária para voto censitário está correta.
492. Verdadeira. O voto capacitário é a exigência de que o eleitor comprove especiais
condições de formação intelectual e escolaridade.. . .
493. Falsa. Segundo a Constituição brasileira, o alistamento eleitoral e o voto são facul­
tativos a certos pessoas, portanto um e outro.
494. Falsa. A jurisprudência eleitoral é tranqüila, atualmente, ao exigir, como prova de 
alfabetização, a capacidade redacional.
495. Verdadeira* O primeiro é a residência em determinada circunscrição eleitoral por 
tempo mínimo determinado em lei.
496. Falsa. Segundo a jurisprudência brasileira, os magistrados, apesar de estarem im­
pedidos de filiação, são elegíveis, estando dispensados de cumprir o prazo de filiação 
fixado em lei ordinária.
497. Verdadeira. Nem o afastamento, nem a renúncia-são exigíveis, segundo o Tribunal 
Superior Eleitoral.
498. Faisa. O Tribunal Superior Eleitoral admitiu a elegibilidade do více-govemador 
nas condições da questão.
499. Falsa. A jurisprudência indica a inelegibilidade do Governador nessas condições, 
pois representaria burla à proibição constitucional demais de dois mandatos consecutivos.
4SOQ QUESTÕES COMENTADAS OE DtRSíTO CONSTITUCIONAL
500. Falsa» A renúncia é obrigatória.
-501. Pais a* A jurisprudência brasileira mostra que o falecimento dissolve os laços de 
matrimônio e, com isso, remove a ineiegibiMdade.
502- Falsa. A permissão da reeleição do filho, segundo o atual regime constitucional 
(art 14, § 7o), pressupõe reeleição para o mesmo cargo epelo mesmo grupo de eleitores.
503. Falsa. A suspensão dos direitos políticos decorre automaticamente da condenação.
504. Falsa. Nem a Constituição, nem a jurisprudência distinguem o dolo ou a culpa para 
fins de suspensão de direitos políticos.
CAPÍTULO V 
Dos Partidos Políticos
PRIMEIRO BLOCO
505. ( ) A criação de partido político é livre, mas a Constituição impõe que sejam pre­
servados diversos princípios, como a soberania nacional e opluripartidarismo.
506. ( ) Partidos políticos podem receber recursos financeiros de entidades estrangeiras,
desde que o declarem à Justiça Eleitoral e não estejam subordinados a essas.
507. ( ) A prestação de contas à Justiça Eleitoral, pelo partido político, é obrigatória.
508. ( ) Os estatutos dos partidos políticos devem, obrigatoriamente, conter normas
sobre a fidelidade partidária.
509. ( ) Os partidos políticos, por serem obrigados a registrar seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral, são pessoas jurídicas de direito público.
•510. ( ) Os partidos políticos têm direito constitucional de acesso gratuito ao rádio e 
à televisão.
abarfto
505. Verdadeira. É o que consta do caput do art 17.
506. Falsa. O art 17,13, proíbe expressamente tanto o recebimento de recursos como a 
subordinação.
116
Titulo n —Etòs Direitos e Garantias Fundamentais
. 507. Verdadeira. É o que comanda o art 17, HL
508. Verdadeira. Essa determinação está no art 17, § Io.
509. Falsa. Partido político, com a atual Constituição, é pessoa jurídica de Direito Pri- 
•vado, porque, antes de registrar os seus estatutos no TSE, deve adquirir personalidade 
na forma da lei civil, segundo o art. 17, § 2o.
510. Verdadeira. É o que diz o art. 17, § 3*.
CAPÍTULO V 
Dos Partidos Políticos
SEGUNDO BLOCO
511. ( ) Os partidos políticos têm autonomia para definir sua estrutura intsma, sua
organização e seu funcionamento, mas seus estatutos terão que ter, obrigato- 
■ riamente, normas sobre fidelidade e disciplina partidárias.
512. ( ) Os partidos políticos têm personalidade jurídica de direito público interno.
513. ( ) Os partidos políticos têm acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da
Constituição.
514. ( ) Um partido político brasileiro está proibido pela Constituição Federal de receber
recursos financeiros de uma entidade estrangeira.
G a b a r i t o
511. Verdadeira. É o teor do art 17, § Io.
512. Falsa. A grande mudançaoperada sobre o assunto pela Constituição Federal atual 
foi justamente essa. Hoje, os partidos políticos adquirem personalidade jurídica “na 
forma da lei civil” e após registram seus estatutos no TSE. Têm, portanto, personalidade 
jurídica de direito privado.
513. Falsa. Tal acesso é direito assegurado pela Constituição Federal, mas se fará na 
forma da lei. Teor do § 3o do art 17.
514. Verdadeira. Teor do art. 17, D.
TÍTULO III 
BA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I 
Da Organização Político-Administrativa
PRIMEIRO BLOCO
515. ( ) A organização territorial da República compreende União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.
516. ( ) República e União são expressões equivalentes.
517. ( ) A União exerce soberania tanto em atos de gestão de administrativa quanto de
representação da República.
518. ( ) AUnião pode exercer soberania.
519. { ) O tratamento constitucional da organização Político-Administrativa da Repú­
blica compreende os Territórios Federais, ao lado da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.
520. ( ) A eleição para Governador de Território é indireta.
521. ( ) O Governador de Território está sujeito, antes de ser empossado, a arguição
e votação pelo Senado Federal, nesta dependendo de aprovação por maioria 
absoluta.
522. ( ) Territórios Federais com mais de 100.000 habitantes terão Poder Judiciário
próprio.
523. ( ) Na dicção constitucional, a criação de Território Federal depende de lei com­
plementar federal.
119
4500 QUESTÕES COMENTADAS GE OIREíTO CONSTITUCIONAL
524. ( ) A criação de Território Federal implica a supressão dos Municípios existentes
na sua área física.
525. { ) As contas do govemo do Território Federai serão prestadas ao Congresso
Nacional.
526. ( ) O funcionamento dp Legislativo, no Brasil, é unicameral, exceto na União.
527. ( ) Lei federal e lei nacional são expressões sinônimas.
528. ( ) Deputados distritais, deputados estaduais e vereadores são eleitos, todos, pelo
sistema eleitoral proporcional. -
529. ( ) A fixação do número de deputados estaduais é tema que se insere na compe­
tência constitucional dos Estados, os quais poderão sobre ele dispor de forma 
livre, desde que não excedam a 50% da composição numérica da Câmara dos 
Deputados.
530. ( ) Aremuneração dos deputados distritais e dos deputados estaduais é matéria de
' lei local, a qual, por Versar sobre matéria financeira, é de competência reservada 
ao Governador.
531. (. ) O limite de remuneração dos vereadores é de 75% dos subsídios de deputado
estadual.
532. ( ) O limite do valor dos subsídios dos Deputados Estaduais é de 95% dos subsí­
dios dos Deputados Federais.
533. ( ) Os subsídios do Governador do Estado, do Více-Govemador e dos Secretários
Estaduais serão fixados pela Assembleia Legislativa.
534. ( ) A Constituição prevê duas estruturas Judiciárias: a federal e as estaduais, as
quais, contudo, são dotadas de unidade, segundo o modelo vigente.
535. ( ) Não há Poder Judiciário municipal.
536. ( ) O Poder Judiciário do Distrito Federal é organizado e mantido pela Umâo,
confundindo-se, portanto, com a Justiça Federal que atua nessa seção judiciária.
537. ( ) A chefia do Poder Executivo de um Estado é exercida pelo Governador e pelo
■Více-Govemador do Estado, auxiliados pelos Secretários Estaduais.
1 2 0
538. ( ) Há possibilidade de existência de Ministério Público próprio nos Temtórios 
Federais.
539. { ) O Ministério Público do Distrito Federal, a exemplo do Ministério Público 
dos Estados, é próprio e organizado por essa entidade federativa.
540. ( ) O Procurador-Geral do Estado chefia o Ministério Público Estadual.
541. ( ) Promotores de Justiça são membros do Ministério Publico do Distrito Federai, 
a exemplo dos Procuradores do Distrito Federal
542. ( ) Todo o Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da 
República.
543. ( ) Procurador-Geral de Justiça é membro da Procuradoria-Geral do Estado.
544. ( ) Nâo há advocacia de Estado nos Estados.
545. { ) O Ministério Público e a Advocacia da União prestam assessoría, consultoria 
e representação judicial e extrajudicial à União.
546. ( ) Há hipótese de um Advogado da União opor-se, em um processo especifico, 
a üm Procurador da República.
547. ( ) A representação judicial do Distrito Federal é realizada pelos Procuradores do
Distrito Federal, chefiados pelo_ Procurador-Geral do Distrito Federal.
548. ( ) O Tribtmai de Contas do Distrito Federal é órgão federal no Distrito Federal.
549. ( ) Não há Tribunal de Contas de Município, à vista da ordem de extinção que 
consta da Constituição Federal.
550. ( ) A Constituição Federal proíbe a criação de Tribunal de Contas do Município, 
órgão municipal, mas não a de um Tribunal de Contas dos Municípios, órgão 
estadual.
551. ( ) As disposições constitucionais federais relativas à organização» estrutura e
composição do Tribunal de Contas da União são aplicáveis, no que couberem» 
aos Tribunais de Contas dos Estados.
552. ( ) A Defensoria Pública é órgão exclusivamente federal
TímloM—Da Chganiza(So dü Estado
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1 2 1
4500 QU6STOES COMENTADAS OE OIREITO CONSTITUCIONAL
553.
554.
555.
556.
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55S.
559.
560.
561.
562.
563.
564.
565.
566.
567.
A Defensoria Mblica no Distrito Federal é órgão federal.
A competência legislativa da União é estritamente a definida na Constituição 
Federal, não se podendo identificar competência legislativa remanescente 
federal.
A competência legislativa dos Estados é a indicada na Constituição Federal e 
nas Constituições respectivas.
Toda a competência legislativa dos Estados e dos Municípios é, cumulativa­
mente, competência legislativa do Distrito Federai.
Estados e Distrito Federal não exercem competência legislativa suplementar.
A União ppde delegar aos Estados matéria a si conferida como de competência 
legislativa privativa.
Na área de competência legislativa concorrente, pode haver lei estadual que 
abranja normas gerais e normas específicas.
A superveniência de lei nacional sobre normas gerais revoga a lei estadual ou 
distrital sobre esse núcleo temático, no que lhe for contrário, quanto às matérias 
sob competência legislativa concorrente.
Procedimentos em matéria processual são matérias de competência legislativa 
privativa.
A matéria de legislação privativa da União que venha a ser delegada aos Estados 
deverá, por estes, necessariamente ser tratada por lei complementar.
A criação de Estados é matéria de lei complementar estadual.
A criação de Estados e de Municípios está sujeita, pela Constituição, à oitiva 
popular, que poderá ser realizada por plebiscito ou referendo.
A aprovação de emancipação de um Estado, pela população, em plebiscito, 
vincula o Legislativo à criação dessa nova unidade federativa.
A jurisprudência do STF reconhece a possibilidade de ocorrer consulta popular 
após a promulgação da lei que cria Estado novo.
Tanto a população residente dentro quanto fora da área que se pretende eman­
cipar Estado novo será consultada no plebiscito.
1 2 2
Título IB —Da Organização do Esq<5o
568.
569.
570.
571.
572.
573.
574.
575.
576.
577. 
57S.
579.
580.
Na emancipação de Município, falará em plebiscito a população diretamente 
interessada.
Os Estados podem arbitrar a periodicidade com que vão. deliberar sobre a 
criação de novos Municípios em seus territórios.
Não há hipótese constitucional de manutenção de relação entre o Poder Público 
e Igreja, culto ou seus dirigentes.
Dentre os bens da União estão a plataforma continental e a zona econômica 
exclusiva.
À União exerce soberania sobre as águas da zona econômica exclusiva.
Os recursos minerais são bens da União, quer estejam acima*quer abaixo do 
solo.
O mar territorial é bem da Uniãos que sobre ele exerce soberania.
Ilhas em rios que sejam bens da União são, também elas, e necessariamente, 
bens da União. --
Os bens dos Estados podem, a teor da Constituição Federal, incluir áreas em 
ilhas oceânicas ou costeiras.
Os Estados podem ser proprietários de terras devolutas.
A intervenção federal é realizada nos Estados e no Distrito Federal, exclusi­
vamente.
A intervenção federal é definida como instrumento excepcional de defesa da 
Federação.
Há hipótese de intervenção federal em Município.
C ja b a r i to
525. Falsa. A União não compõe a estrutura física da República, de acordo com o art 
Io, mas. apenas a sua estrutura Político-Administrativa, nos termos do art. 18.
516. Falsa. República é um conjunto, do qual a União é parte componente, sob o aspecto 
poKtico-admmistratjyo, nos termos do art. 18, caput
123
4500 QUSSTÔeS COMBrrftOAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
517. Faisa. A União detém poder de autonomia, nos termos do art 18, capuí. Apenas 
quando age em nome da República, em alguns eventos constitucionalmente definidos, 
utiliza poder es superiores aos da autonomia, como no caso de intervenção federal, Estado 
de defesa e Estado de sítio. •
5X8. Faisa. A União, quando atua no plano internacional, age em nome da República e 
exerce poderes especiais-, acima da autonomia, mas abaixo da soberania.
519. Falsa. Os Territórios Federais integram a União, na condição de autarquias territoriais 
federais, e não diretamente a República, segundo o art. 18, caput, e § 2o.
520. Falsa. Não bá eleição paia governador de Território Federal, já que ele é nomeado 
pelo Presidente da Republica, após aprovação do nome pelo Senado Federal (arts. 84, 
XTV, e 52,133).
521. Falsa. A maioria necessária é relativa, ou simples, pelo que consta do art. 52, Ht, 
c, combinado com o art. 47.
522. Falsa. O Judiciário que atua nos Territórios Federais é o que atoa no Distrito Fe­
deral. Territórios com mais de cem mil habitantes terão órgãos judiciários de primeiro e 
segundo graus situados no seú próprio território, segundo o art 33, § 3o.
523. Verdadeira. A melhor interpretação, hoje, aponta para a necessidade de lei com­
plementar, em virtude do que prevê a interpretação, combinando o art 18, § 2o, com o 
seu § 3o.
524. Falsa. A criação de Território não acarreta nenhüm efeito sobre os Municípios nele 
localizados, como bem o prova o a it 35, caput, e o art 147.
525. Verdadeira. E também estão sujeitas a controle do Tribunal de Contas da União, 
tudo de acordo com o art 33.
526. Verdadeira. Os Poderes Legislativos dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni­
cípios são unicamerais. O da União funciona de quatro modos: unicameral, bicameral, 
em sessão conjunta e privativa.
527. Falsa. Lei federal á lei produzida pela União para aplicação à sua própria estrutura. 
Lei nacional é lei produzida pela União para aplicação a todo o Brasil.
528. Verdadeira. O único membro do Legislativo, no Brasil, que não é eleito pelo sis­
tema proporcional é o Senador, sujeito ao sistema majoritário, tudo de acordo com os 
arts. 45 e 46.
124
529. Falsa, Esse assunto foi previsto e regulado na Constituição Federal, no art 27, caput. ^?
i
530. Falsa. A Constituição Federal impôs parâmetros, nos arts. 27, § 2°, e 32, § 3o, com s ] 
redação da Emenda Constitucional n° 19.
)
531. Falsa. A Emenda Constitucional n° 25/2000 impôs novos limites, variáveis de 20% ®
dos subsídios de deputado estadual, paia Município de até 10 mil habitantes e até 75%, $
para Municípios com mais de 500 mil habitantes. Art 29, Vl, com redação da Emenda 
Constitucional n° 25. '
S
532. Falsa* O limite é de 75% dos subsídios de deputados federais, de acordo com o
art 27, §2°. 81
533. Falsa. Serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, mas que, como ^
lei, vai passar pela sanção ou veto do Governador do Estado, conforme o art 28, § T .
Sl'
534. Verdadeira. È de se ressaltar, contudo, o Princípio da Unidade da Jurisdição, que §
consta do art 92.
31
■535. Verdadeira. Os juizes que atuam nas comarcas são estaduais, gp
536. Falsa. Há juízes de direito do Distrito Federal e juizes federais no Distrito Federal, -®
cada qual com atuação própria, embora ambos sejam integrantes de estruturas federais ffl
no Distrito Federai.
537. Falsa. O vice-govemador não exerce função constitucionaiizada, a teor dos arts. SÍ
76 e79, ’ !(í
538. Falsa. O Ministério Público que atua nos-Territórios é o do Distrito Federal (MPDFT) $
o qual, por sua vez, é ramo do Ministério Público da União. Arts. 128 e 33, § 3o.
539. Falsa. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios á mantido e organizado
pela União, conforme o art 128. . ill'
i]|'
540. Falsa. A chefia do Ministério Púbiico Estadual é do Procurador-Geral de Justiça. O
Procurador-Geral do Estado chefia a Advocacia Pública, tudo conforme os arts. 128 e 132. Jíi
541. Falsa. Os Procuradores do Distrito Federal são membros da Procuradoria-Geral do
Distrito Federal, que realiza advocacia pública. $
ilf
542. Falsa» Os Ministérios Públicos do Trabalho e Militar têm Procuradores-Gerais
próprios, nomeados pelo Procurador-Geral da República. ^
'í
Titolo m - Da OtganizaçSo do Eílado \
125 üi‘
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE OIREJTO CONSTITUCIONAL
543. Falsa. O Procurador-Geral de Justiça é o chefe do Ministério Público Estadual.
544. Falsa. Há, sob o nome de Procuradoria-Geral do Estado.
545. Falsa. O Ministério Público está proibido pela. Constituição de prestar consultoria 
ou representação, segundo o art. 129, DC
546. Yerdadeira. Quando a ação for movida por um Procurador da República contra a 
União.
547. Verdadeira. É essa a estrutura, no Distrito Federal.
548. Falsa. É órgão do próprio Distrito Federal, e convém anotar que não atua nos Ter­
ritórios Federais. ;
549. Faisa. O art 31, § 4o, admitiu a manutenção dos Tribunais de Contas de Municípios 
existentes na data de promulgação da Constituição Federal atual.
550. Verdadeira. É nesse sentido a jurisprudência do STF.
551. Verdadeira. É o que consta do art. 75.
552.Falsa. Há defensoria pública nos Estados, de acordo com o art. 134, parágrafo único.
553. Verdadeira. É o que consta do art 134, caput.
554. Verdadeira. E essa a lição doutrinária mais moderna.
555. Falsa. A competência legislativa dos Estados é dita remanescente, a partir do que 
consta do art. 25, § Io, e também suplementar (art. 24, § 2o), com possibilidade de, no 
caso de legislação concorrente, vir a ser plena'(art 24, § 3o).
556. Falsa. Apesar de o Distrito Federal ter competência legislativa cumulativa, de acordo 
com o art. 32, § Io, a legislação sobre o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria 
Pública, Policia Civil, Polícia Militar e Coipo de Bombeiros, no Distrito Federal, é da 
União (arts. 21, XH3 e XIV; 22, XVH; 48, DÇ e 32, § 4o).
557. Falsa. Exercem, nos termos do art 24, § 2o.
558. Falsa. A União, de acordo com o art 22, parágrafo único, somente pode delegar 
questões específicas das matérias ali relacionadas.
1 2 6
Título E l - Da OtsaaizaçSo do Estado
. 559. Verdadeira. É essa hipótese que consta do art 24, § 3o.
560. Faisa. Não é hipótese de revogação, mas de suspensão de execução, de acordo com 
o art 24, § 4o.
561. Faisa. São matérias de competência legislativa concorrente, de acordo com o art 24, 
XI. Direito Processual é matéria de competência legislativa privativa, de acordo com o 
art 22 ,1.
562. Falsa. Será tratada por íei ordinária, de acordo com a jurisprudência do STF. À iei 
delegatória é que deve ser federal, nos termos do art. 22, parágrafo único.
563. Falsa. Criação de Estados é matéria de lei complementar federal, de acordo com 
o art 18, § 3o.
564. Falsa. A Constituição kapoe a realização de plebiscito (art 18, §§ 3o e 4o), porquea consulta é prévia, segundo o STF.
565. Falsa. A deliberação política de criação do Município por lei não está vinculada à 
aprovação dessa criação por plebiscito.
566. Falsa. O STF impõe que a consulta seja feita antes da tramitação da lei de criação.
567. Falsa. Segundo o STF, a população diretamente interessada (art Í8, § 3o) é apenas 
a residente dentro da área a se emancipar.
568. Falsa. O art 18, § 4o, impõe que se ouça a população dos Municípios envolvidos, 
residentes tanto dentro quanto fora da área emancipada.
569. Falsa. Á periodicidade é matéria de lei complementar federal, de acordo com o art 
18s§4°.
570. Falsa. O art. 19,1, aponta a colaboração no interesse público como possível.
571. Falsa. Apenas os recursos naturais nessas áreas são bens da União, segundo o art 
20, V:
572. Falsa. A União exerce apenas poderes de exploração econômica exclusiva.
573. Verdadeira. É o que consta do art. 20, Dí.
574. Verdadeira- De acordo com o art. 20, VI.
575* Falsa. Somente as ilhas em rios que sejam fronteira internacional, de acordo com 
o art 20, TV.
576. Verdadeira. E o que consta dos arts. 20, IV, e 26, II.
577. Verdadeira. Segundo o art. 20, II, e 26, IV
578. Falsa. Também é federal a intervenção da União em Municípios localizados em 
Territórios Federais, segundo o caput do art. 35.
579. Verdadeira. Essa é a definição doutrinária.
580. Verdadeira. No caso de Município localizado em Território Federal, segundo o 
art 35.
C A PÍT U L O I 
Da Organização PoHtíco-Àájimiistrariya
SEGUNDO BLOCO
4 SOO QUESTôSS COMEKTAOAS D£ DlREfTO CONSTTTUCIONA1.
581. ( ) O Distrito Federal, capital da República, não compõe a organização Folítico- 
Adroinistrativa do Brasil.
5 82. ( ) A União não compõe a estrutura física da República, mas, sim, a sua estrutura 
institucional, ou política, ou, ainda, Poiíüco-Admmistrativa.
583. ( ) À transformação de um Território Federal em Estado, bem como a reintegração
ao Estado de origem, serão matérias de lei complementar, e, constitucional­
mente, não estão sujeitas a plebiscito.
584. ( ) A criação de um novo Estado, ou sua subdivisão, dependem de let complementar
federal.
585. ( ) Os Estados podem formar Territórios Federais.
586. ( ) O plebiscito para a decisão sobre a anexação de Estados será realizado entre
a população dos-Estados envolvidos.
587. ( ) À criação de municípios depende de plebiscito realizado entre a população
diretamente interessada e de lei ordinária estadual.
128
589.
590.
591.
592.
593.
594.
595.
596.
597.
598.
599.
600.
601.
602.
. 588. A criação de municípios será obrigatoriamente antecedida de Estudos de Via­
bilidade Municipal, elaborados nafoima de lei, de plebiscito entre a população 
dos municípios enyolyidos e de lei ordinária estadual, discutida e votada na 
época determinada por lei complementar federal.
A Constituição proíbe expressamente o relacionamento, quer para beneficiar, 
quer para prejudicar, entre o Poder Público e cultos religiosos, igrejas ou seus m
representantes, nâo admitindo hipótese em que essa relação seja possível.
Título IH - Da Oij^ttázaçÍQ do Estado
A União pode negar fé a documento público municipal, mas o Município não iül
pode fazê-lo em relação a documento público federal. ^
É inconstitucional determinado Estado estabelecer preferências nos serviços 
públicos para as pessoas nele nascidas.
República e União são expressões que se eqüivalem.
A Constituição reconhece a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos !-
Municípios, e a soberania da União.
w'
O Município é entidade federativa. ■í
}
À divisão territorial da República Federativa do Brasil compreende a União, $S.
os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios Federais. g-
)
A técnica de repartição das competências das entidades federativas da Repú- 
biica, na Constituição, é a de atribuição expressa e terminativa.
, r
Território Fedeiral com menos de cem mil habitantes não terá governador 
nomeado. m
Lei Orgânica de Município está sujeita a dupla subordinação: à Constituição j
Federal e à Constituição do respectivo Estado. N
83Os princípios extensíveis são as cláusulas pétreas na Constituição Federal. ;
A competência legislativa concorrente admite a existência de três leis sobre o ^
mesmo tema: uma, federal; outra, estadual; e uma terceira, municipal. }
$)
Todas as entidades federativas têm Poder Judiciário próprio. gjj’
}
A competência constitucional do Estado é dita cumulativa. ^
129
4Soo q u e s t õ e s com en tad as o e o ir s t o coN srrrucjoN A i.
603. ( ) A competência do Distrito Federal compreende toda a competência constitu­
cional dos Estados e dos Municípios.
Cjabsinto
581. Falsa. A afirmação está duplamente errada. Primeiro; não é o Distrito Federal a 
Capital Federal,, mas Brasília, aos teimos.do a it 18, § Io. O Distrito Federal é apenas 
o quadrilátero de segurança que envolve a cidade capital federal. Segundo, o Distrito 
Federal compõe a organização Fotítico-Admlnistrativa da República, como se vê na 
leitura do art 18, caput.
582. Verdadeira. A questão combina os arts. Io e 18.0 primeiro trata da estrutura física 
da República; o segundo, da institucional. A União integra somente esta última.
583. Verdadeira. É exatamente isso que se vê na leitura do art. 18, § 2o. Lá, está apenas 
que a matéria será tratada por lei complementar, necessariamente federal, mas nada se 
diz sobre a necessidade de plebiscito.
584. Verdadeira. O fato de depender também de plebiscito entre a população diretamente 
interessada não toma errada a questão, pois não se diz, nela, que a criação depende ^ so­
mente” de lei complementar federal. Depende desta e também de plebiscito, mas como 
a questão não exclui, está certa (art. 18, § 3o).
585. Verdadeira. É o que se vê no art 18, § 3o.
586. Falsa. Será realizado apenas com a população “diretamente interessada”, diz o art 
18, § 3% o que significa que somente votará nesse plebiscito (que é forma de exercido 
direto de poder pelo povo, como se viu, no art 14) a população da região diretamente 
envolvida na questão, qual seja a que habita a área que pretende a emancipação.
587. Falsa. A lei está correta, será ordinária estadual. Mas o plebiscito está errado. Após 
a Emenda Constitucional n° 15/1996, o plebiscito não será mais entre a população di­
retamente interessada, mas entre a população dos municípios envolvidos (art 18, § 4o, 
com redação da Emenda Constitucional n° 15/1996).
588. Verdadeira. E exatamente esse o conteúdo da nova redação do § 4o do art. 18, dada 
pela Emenda Constitucional n° 15/1996.
589. Falsa. O art 19,1, na parte final, permite a ^colaboração no interesse público”, em 
áreas que serão definidas em lei. mas que tendem a ser a assistência à saúde e às ações 
de interesse público relevante, como em caso de catástrofe, por exempio.
130
Titulo m ~ O t Organização do Estado
590. Falsa. O art 19, IL, é ciaro. Proíbe a União, Estados, Distrito Federai e Municípios 
de recusarem fé aos documentos públicos uns dos outros.
591. Verdadeira. É absolutamente inconstitucional, à vista da ordem contida no art 19, HL
592. Falsa. República é o todo do qual a União é parte, segundo o art. IS.
593. Falsa. A Constituição reconhece e assegura a autonomia da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. A soberania é atributo da República.
594. Verdadeira. Embora exista ainda discussão doutrinária a respeito, a posição que 
predomina, modernamente, é afirmativa.
595. Falsa. A divisão temtorial da República, segundo o art Io, compreende apenas 
Estados, Distrito Federal e Municípios.
596. Falsa. A Constituição atribui expressamente as competências da União, indica as 
dos Municípios, determina serem residuais as competências dos Estados e cumulativa 
a do Distrito Federal,segundo os arts. 21 a 24; 29; 30; caput, 25, § Io; e 32, § Io, prin­
cipalmente.
597. Falsa. Segundo o art 33, § 3o, o território federal terá governador nomeado mesmo
que tenha menos de cem mil habitantes. A diferença está para a existência de Judiciário, 
de Ministério Público e de Defensoria Pública no local :'
59S. Verdadeira* O caput do art 29 determina essa dupia subordinação.
599. Falsa. Embora ainda exista controvérsia sobre a existência de princípios extensíveis 
na atual Constituição (princípios que, indicados à-União, são de obediência obrigatória 
por Estados e Municípios), a posição jurisprudencial e doutrinária majoritária parece 
reconhecer a sua existência. De qualquer maneira, tais princípios não se confundem com 
as cláusulas pétreas.
600. Falsa. A competência legislativa concorrente admite a existência de apenas duas 
leis: uma, federal, de normas gerais, e outra, estadual ou distrital, de nonnas específicas, 
segundo os §§ Io e 2o do art. 24.
601* Falsa. O Judiciário do Distrito Federal não é próprio, mas federal, e o Município 
não tem Judiciário.
602. Falsa. A competência do Estado é residual, segundo o § Io do art 25.
131
451» QUESTÕES COMENTADAS DE DiftSTO COHSOTUCJQNA1.
603. Falsa* Embora o § 1® do art, 32 indique a competência cumulativa, há competências 
dos Estados, principalmente, que não são dadas ao Distrito Federai, como a de organizar 
a sua Poiícia Militar e Polícia Civil e as relativas ao Judiciário, ao Ministério Público e 
à Defensoria Pública, segundo os arts; 21; XIII e XIV; 22, XVH; e 48, IX.
CAPÍTULO I 
D a Organização Políticô-Aàixdxüstraüva 
TERCimO BLOCO
604. ( ) No modelo brasileiro, reconhece-se a absoluta inexistência de subordinação
das autonomias estaduais e municipais à autonomia da União.
605. ( ) Lei complementar federal que cria Estado novo, por seu conteúdo concreto,
não pode ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, por ação 
direta, no Supremo Tribunal Federal.
606. ( ) A verificação dos requisitos de viabilidade de criação de Município novo deve,
necessariamente, preceder a realização do pleb iscito.
607. ( ) À doutrina não reconhece a possibilidade de a União ter, como bem federal,
coisa imaterial ou incorpórea.
608. ( ) Não é possível a utilização, por particulares, de bem público de uso especial.
609: ( ) Área rural localizada em faixa de fronteira ê, necessariamente, devoluta, e, po 
isso, bem da União.
610. ( ) As margens dos rios navegáveis podem ser objeto de usucapião rural.
611. ( -) O conceito de águas territoriais compreende o mar territorial e as águas inte­
riores.
612. ( ) A utilização de terreno de marinha não pode ser onerosa.
613. ( ) A compensação financeira por exploração mineral em área de Estado da Fe­
deração tem caráter mdenizatório, e não natureza jurídica de tributo.
614. ( ) É inconstitucional lei estadual que disponha sobre a competência processual
para processo e julgamento de delegado de polícia.
132
615. ( ) Há possibilidade constitucional de existência válida de lei municipal sobre 
questões relativas a matéria de competência legislativa concorrente entre União 
e Estado.
óíó. ( .) A limitação à ação do poder constituinte decorrente, por deputados estaduais, 
está sujeita apenas aos limites expressamente consagrados na Constituição 
Federal.
617. ( ) É admissível dispositivo de Constituição Estadual que preveja a possibilidade
de oferecimento de projeto de lei estadual por deputado estadual tendo como 
objeto o regime jurídico dos servidores públicos estaduais.
618. ( ) O modelo constitucional brasileiro admite a existência de previsão constitucio­
nal estadual de que o processo -criminal de Governador, no Superior Tribunal 
de Justiça, esteja sujeito à autorização da Assembleia Legislativa do Estado 
respectivo.
619. ( ) As imimidades parlamentares de deputados estaduais não precisam estar asse­
guradas na Constituição Estadual respectiva para terem validade plena, o que 
se obtém já a partir do que consta da Constituição FederaL
620. ( ) Municípios são detentores de capacidade tributária.
621. ( ) A Lei Orgânica do Município é estatuto jurídico de nível constitucional que,
por isso, pode ser usado como parâmetro para controle local de constitucio- 
nalídade municipal.
622. ( ) Lei municipal não admite controle abstrato de constitucionalidade federal no
Supremo Tribunal Federal.
623. ( ) É constitucional o estabelecimento, por Constituição Estadual, de subsídios
máximos para os vereadores dos Municípios em sua área, desde que dentro 
dos limites estabelecidos pela Constituição Federal.
624. ( ) Em face da autonomia municipal, é constitucional a fixação, por lei municipal,
de subsídio vitalício a ex-prefeitos municipais.
625. ( ) O foro especial por prerrogativa de função do Prefeito Municipal junto ao Tri­
bunal de Justiça do Estado respectivo persiste mesmo após o fim do mandato.
626. ( ) A definição jurisprudência! para matéria de interesse local, para fins de fixação
da competência legislativa do Município, exige a demonstração da exclusivi­
dade do interesse normativo do Município para o tema.
TihüoIIl—DaOiganizaçâodoEsiado
■4500 QUESTÕES COMENTAOAS DE OIRETTO CONSTITUCIONAL
627. ( ) ALei Orgânica do Distrito Federal é norma jurídica com nível de Constituição
locai.
628. ( ) Todas as leis distritais, sobre qualquer conteúdo de sua competência legislativa,
podem ser debatidas perante o Supremo Tribunal Federal em controle abstrato 
de constitucionalidade, por ação direta de mconstitucionalidade.
Cjabarito ________________________ _____
604. Verdadeira. As autonomias não são subordinadas entre si no âmbito da República 
brasileira.
605. Falsa* O Supremo Tribunal Federal decidiu que, excepcionalmente, cabe ação di­
reta de mconstitucionalidade contra lei criadora de Estado ou Município, apesar de seu 
conteúdo concreto, à vista dos grandes efeitos federativos que dela emanam.
606. Verdadeira- Segundo o Supremo Tribunal Federal, a ordem cronológica é, obvia­
mente, o plebiscito ser posterior à verificação dos requisitos legais à criação do Município.
607. Falsa. A doutrina claramente admite a propriedade imaterial, ou incorpórea, de 
bens pela União.
608. Falsa. E possíve), a partir do cumprimento, pelo particular, das condições estabe­
lecidas pelo Poder Público e fixadas em lei.
609. Falsa. O Superior Tribunal de Justiça decidiu que a só circunstância de a área rural 
não registrada estar localizada na faixa de fronteira não a toma devoluta e nem autoriza 
a inclusão entre os bens de domínio da União.
610. Falsa. As margens dos rios navegáveis são bens públicos e, por isso, não admirem 
usucapião.
611. Verdadeira. E essa a definição doutrinariamente aceita no Direito internacional.
612. Falsa. Tal utilização exige o pagamento de foro à União.
613. Verdadeira. É o que ensina a jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 5a 
Região.
614. Verdadeira. A competência legislativa para matéria processual é privativa da União, 
de acordo com o art 22,1.
1 3 4
TUulo m - D a Organização do Estado
615- Verdadeira. O Município pode elaborar lei própria, sobre questões específicas de 
matéria reservada à competência concorrente, no uso da competência supletiva que lhe 
chega pelo art. 30, n, da Constituição.
616. Falsa. Além de Limites expressos, classificados como princípios estabelecidos, há 
as limitações que chegam à ação dos constituintes estaduais por interpretação do regu­
lamento constitucional federal da União, chamados princípios extensíveis.
617. Falsa. A iniciativa reservada de lei para regulamentação do regime jurídico dos 
servidores públicos, que a Constituição Federal atribui privativamente ao Presidente 
da República, é automaticamente extensível aos Estados, sendo, portanto, privativa do 
Governador, segundo o Supremo Tribunal Federal.618. Verdadeira. O Supremo Tribunal Federal aceita essa condição, como expressão da 
autonomia dos entes federativos.
619. Verdadeira* E o que consta do art 27, § Io, da Constituição Federal.
620. Verdadeira* A capacidade tributária dos Municípios está assegurada no art 145 da 
Constituição Federal.
621. Falsa* A Lei orgânica de Município tem nível de legislação local, embora superior 
às demais leis ordinárias locais.
622* Falsa, A partir de 1999, com a regulamentação da arguicão de descumprimento de 
preceito fundamental, essa ação passou a se prestar ao controle abstrato de lei municipal.
623. Falsa* Segundo o Supremo Tribunal Federai, os Municípios tem competênciá consti­
tucional federal para fixarem tais subsídios, a partir das prescrições da Carta da República.
624* Falsa. O Supremo Tribunal Federal já declarou inconstitucional tal providência.
625. Falsa. A partir da revogação, pelo STF, da Súmula n° 394, o foro especial por prer­
rogativa de função passou a ser limitado ao período de exercício do mandato ou função 
a partir do qual se desfruta do privilégio.
626. Falsa* O interesse local, segundo o Superior Tribunal de Justiça e a doutrina, é 
qualificado não pela exclusividade, mas pela predominância do interesse.
627. Verdadeira. É essa a qualificação que o Supremo Tribunal Federal atribui à LODF.
628. Falsa. Segundo o próprio Supremo Tribunal Federal, apenas as leis distritais sobre 
matéria estadual admitem controle abstrato fedeial por ADIn.
135
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE OIREJTO CONSTITUCIONAI.
CAPÍTULO I 
Ba Organização PoKtfco-Ádmiiúsírativa
QUARTO BLOCO
629. (
630. (
631. {
632. (
633. (
Cjabarito
629. Verdadeira. É o teor do art 18.
630- Verdadeira. Ê o teor do art 18, § 2o.
631. Falsa. O plebiscito será convocado pelo Congresso Nacional, a teor do art 49, XV.
632. Falsa. A criação de município far-se-á por lei estadual ordinária, e o plebiscito, 
após a redação imposta pela Emenda Constitucional n° 15/1996 ao § 4o do art 18, setá 
realizado entre a população dos municípios envolvidos.
633. Verdadeira- Porque o art 19, III, diz que é vedado aos Estados “criar distinção 
entre brasileiros”.
) A organização PoHtico-Admioistxatíva da República Federativa do Brasil 
compreende á União, os Estados, o Distrito Federai e os Municípios, todos 
autônomos, inclusive’a União.
) Os Territórios Federais integram a União.
) Paia se subdividirem, os Estados necessitam de aprovação prévia da popula­
ção diretamente interessada, através de plebiscito convocado pela Assembleia 
Legislativa respectiva, e aprovação do Congresso Nacional, mediante lei 
complementar.
) A criação de município far-se-á por lei complementar estadual, nos teimos da 
Constituição estadual respectiva, e depende de aprovação, mediante plebiscito, 
da população diretamente interessada.
) Um Estado cuja legislação distinga e privilegie o brasileiro nato, em detrimento 
do brasileiro naturalizado, além dos casos previstos na Constituição Federal, 
incorre em conduta inconstitucional.
136
634.
635.
636.
637.
638.
639.
640.
641.
642.
643.
644.
645.
646.
647.
CAPÍTULO II 
Da União
PRIMEIRO BLOCO
) As terras devolutas são bens da União.
) Um rio que banhe dois Estados será, necessariamente, bem da União.
) Ê bem da União o rio que faça a fronteira, entre o Brasil e outro país, não im­
portando se banhe apenas um Estado brasüeiro, e também será bem da União 
o rio que venha de outro país para o Brasil, ou que vá dò Brasil para outro país.
) As ilhas fluviais podem ser bens da União ou do Estado, conforme estejam, 
ou nâo, situadas em rios que sejam bens da União ou do Estado.
) As praias marítimas são, sempre, bens da União.
) Poderá haver propriedade particular, de município e de Estado, em ilhas oce­
ânicas;
) A plataforma continental é bem da União.
) A zona econômica exclusiva é uma zona de águas marítimas além do mar 
territorial, e nâo é território brasileiro, como este, mas sim, apenas área cujas 
águas são de exploração econômica exclusiva pelo Brasil.
) O mar territorial é extensão do território brasileiro e compreende a área de 200 
milhas marítimas ao longo do continente brasileiro.
) Os acrescidos em terrenos de marinha são bens da União, como estes.
) Apenas a energia hidráulica efetivamente explorada é bem da União.
) Os recursos minerais, quer estgam acima, quer abaixo do solo, são bens da 
União.
) O particular, proprietário da terra, tem direito a uma participação percentual 
no resultado da lavra dos recursos minerais nela encontrados.
) Sítios pré-históricos são necessariamente bens da União.
Título IQ -D a OrganizaçJo do Estado
137
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE DJRESTO CONSTITUCIONAL
648. ( ) Os índios, apesar de proprietários das terras por eles tradicionalmente ocupa­
das, não podem explorar, nem permitir a exploração de recursos minerais nela 
encontrados, por serem estes bens da União.
649. ( ) O município tem direito à participação nos resultados da exploração de recursos
minerais ou hídricos em seu território ou à compensação financeira por essa 
exploração.
650. ( ) Á faixa de fronteira é uma faixa de cento e cinqüenta quilômetros ao longo das
fronteiras terrestres, sendo considerada pela Constituição como fundamental 
para a defesa do território nacional
651. ( ) A ocupação e utilização da faixa de fronteira serão reguladas por lei comple­
mentar estadual.
(jsbaríto
634. F alsa. As terras devolutas, que são terras públicas não utilizadas, podem ser bens 
da União ou dos Estados em que se encontrem. Serão bens da União quando “indispen­
sáveis” à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vías federais 
de comunicação e à preservação ambiental, nos termos do art. 20, H. Serão estaduais 
quando não indispensáveis a essas finalidades, nos termos do art. 26, IV.
635. Verdadeira. É o que consta do art. 20, HI.
636. Verdadeira- É exatamente isso o que se lê no art. 20, HL
637. Falsa, As ilhas fluviais (em rios) e lacustres (em lagos) podem ser bens federais ou 
estaduais. Serão necessariamente federais apenas quando se encontrem em rio que seja 
fronteira internacional, entre o Brasil e outro país, sendo necessário que essa ilha esteja 
localizada exatamente nessa área em que o leito do rio é a fronteira, pelo que se vê no 
art. 20, IV. Nos demais casos, é bem dos Estados, a teor do art. 26, III.
638. Verdadeira. É o conteúdo do art. 26, IV.
639.,Verdadeira. Apesar do erro em que incorre quem entender gramaticalmente o 
art 20, IV, a conclusão necessária, pela combinação deste com o art 26, II, é de que 
pode haver, nas ilhas oceânicas e costeiras, propriedade federal, estadual, municipal e 
particular. Ilha costeira é aquela ligada à plataforma continental. Ilha oceânica é a ilha 
fora dessa ligação, ou seja, cuja ligação com o continente esteja a uma profundidade 
maior qúe 200 metros.
138
Titulo III ~ Da Organização do Bsiado
640. Falsa. Não é a plataforma continental o bem da União, mas, sim, os seus recursos 
naturais. Plataforma continental é o relevo submarino até a profundidade de 200 metros 
(art. 20, V).
641. Verdadeira* E exatamente esse o melhor entendimento para zona econômica exclu­
siva. Até 1992, o mar territorial era de 200 -milhas marítimas ao longo da costa atlântica 
do Brasil. Após essa data, por convenção internacional, o mar territorial passou a ser de 
apenas 12 milhas marítimas. O saldo, da 12° milha à 200o, tomou-se zona econômica 
exclusiva, que não é território nacional, mas cuja exploração econômica somente pode 
ser feita pelo Brasil (axt 20, V).
642. Falsa. O mar territorial está corretamente conceituado, mas o tamanho está incorreto, 
já que, atualmente, é de 12 milhas marítimas.
643. Verdadeira. É o que consta do art. 20, VH.
644. Falsa.A Constituição, no art 20, VUI, é claríssima ao afirmar que “os potenciais” 
de energia hidráulica são. bens da União.
' 645. Verdadeira. Nenhuma dúvida na leitura' do art 20, IX.
646. Verdadeira. Curiosamente, contudo, a Constituição não inclui o particular na relação 
dos que participam dos resultados dessa exploração e que estão enumerados no § Io do art. 
20, Somente vai reconhecer o direito do particular a essa participação no art. 176, § 2°.
647. Verdadeira. É o que consta do art 20, X.
648. Falsa. A questão apresenta um erro seriíssimo. Os índios não são proprietários das 
terras por eles tradicionalmente ocupadas, mas apenas possuidores em caráter perma­
nente, a teor do art 231, § 2°. Essas terras são bens da União, de acordo com o art 20, 
XI. Quanto às riquezas minerais, somente podem ser exploradas com autorização do 
Congresso Nacional, ouvidas as comunidades indígenas e assegurado a essas o direito a 
uma participação percentual no resultado da lavra, pelo art 231, § 3o.
649. Verdadeira, É o que determina o art 20, § Io.
650. Falsa. A falta de fronteira é uma faixa de até 150 quilômetros ao longo das fron­
teiras terrestres.
651. Falsa* O art 20, § 2o, afirma que serão reguladas por lei. A palavra “lei”, sozinha, 
sem o adjetivo “complementar”, significa, sempre, lei ordinária e, por conta da juris- 
prudência do STF, só se pode fazer lei complementar nos casos em que a Constituição 
expressamente a requeira. Por causa da condição da faixa de fronteira, essencial à proteção 
do território nacional, essa lei ordinária será federal.
139
4500 QUESTÕES COMENTADAS 0 6 OIREÍTO COMSTITUCíONAL
652.
653.
654.
655.
656.
657.
658.
659.
660.
661.
662.
663.
664. (
CAPITULO n 
Ba União
SEGUNDO BLOCO
A Constituição proíbe que forças estrangeiras transitem pelo território nacional 
ou nele permaneçam temporariamente.
Os serviços de telecomunicações poderão ser explorados pela União, direta­
mente ou por autorização, concessão ou permissão, por empresa sob controle 
acionário estatal, não sendo permitida a concessão, autorização ou permissão 
a empresa privada.
A organização e manutenção do Poder Judiciário do Distrito Federal e dos 
Territórios é competência da União, exclusivamente.
A organização e manutenção da Policia Civil, da Polícia Militar e do Corpo 
de Bombeiros Militar do Distrito Federal é competência exclusiva da União.
Pode haver serviços de estatística de âmbito nacional não organizado ou man­
tido pela União.
Apesar de o desenvolvimento urbano ser matéria de competência do Município, 
o estabelecimento de diretrizes nessa área é competência exclusiva da União.
Pode baver concessão ou permissão para utilização dê radioisótopos (material 
nuclear).
Desapropriação é assunto que somente pode ser traiado por lei federal.
A organização judiciária do Ministério Público e da Defensoria Pública do 
Distrito Federal será feita por leis do Distrito Federai.
A organização administrativa do Distrito Federal e feita por iei federal.
A estruturação das polícias militares dos Estados será feita por lei federal.
As competências legislativas, privativas da Umão, podem ser delegadas aos 
Estados, por lei complementar, os quais poderão tratar dos assuntos mencio­
nados na Constituição de maneira global.
) Os Estados podem legislar sobre matéria de competência privativa da União.
140
Tíbiio OI - Da Ofgaubaçào do Estado
665. ( ) Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos minerais é competência' comum da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
666. ( ) Zelar pela guarda da Constituição Federal é competência exclusiva da União.
667. ( ) Ás normas para a cooperação entre a União, Estados, Distrito Federal e Muni­
cípios, no âmbito da competência comum, serão fixadas por lei complementar.
668. ( ) Os Municípios têm competência legislativa concorrente com a União, Estados
e Distrito Federal.
669. ( ) A legislação sobre florestas» caça, pesca e fauna é de competência concorrente.
670. ( ) Há hipótese de o Estado legislar, sozinho, sobre matéria reservada à compe­
tência legislativa concorrente.
671. ( ) No âmbito da competência legislativa concorrente, a União não poderá editar
leis cujo conteúdo vá além de normas gerais.
672. ( ) Nos tennos da Constituição, a polida aérea é competência da Polícia Federal.
673. f ) O serviço de radiodifusão sonora só pode ser prestado diretamente pela União 
ou por empresa sob controle acionário estatal.
674. ( ) O serviço de telecomunicações é de prestação exclusiva da União, por ser 
considerado serviço público típico, e não pode ser concedido.
675. ( ) A Constituição exige a criação, por lei, de um órgão regulador da atividade de 
telecomunicações, para disciplinar a atuação da iniciativa privada no setor.
676. { ) A Constituição obriga a União a prestar assistência financeira ao Distrito Fe­
deral, para a execução de serviços públicos, paia o que deverá ser criado um 
fundo próprio.
( j abarito
652. Falsa. O que a Constituição faz sobre o assunto é colocá-lo sob competência ex­
clusiva da União, que poderá autorizar trânsito e permanência temporários nos termos 
e casos previstos por lei complementar (art 21,1). Essa autorização é ato do Presidente 
da República (art 84, XXII), svgeito ao Congresso Nacional (art 49, H), que dele tratará 
por decreto legislativo.
4500 Q u e s tõ e s c o m e n ta d a s o e d l r e t t o c o n s t i t u c i o n a l
653. Falsa. O monopólio estatal nos serviços de telecomunicações foi quebrado em 
1995, pela Emenda Constitucional n° 8, de 15 de agosto de 1995. Atualmente, é possível 
a autorização, permissão e concessão a empresa privada (ait 21, XX, com nova redação, 
da Emenda Constitucional n° 8/1995).
654. Verdadeira- É o que consta do art. 21, XHL
655. Verdadeira. É o que manda o art 21, XFV.
656. Verdadeira. Pode, porque o art 21, XV, somente fala sobre os serviços oficiais de 
estatística, geografia, geologia e cartografia em âmbito nacional Nada impede, por óbvio, 
a realização desses serviços em caráter privado.
657. Verdadeira. Conteúdo do art. 21, XX*
658. Falsa. A redação da alínea b do inciso XXD3 do art 21 determina que a comercia­
lização e a utilização de radioisótopos se faça sob o regime de permissão.
659. Verdadeira- Apesar de os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Mu­
nicípios, além de algumas autarquias) poderem desapropriar, fazem-no sempre a partir 
de lei federal, a comando do art 22, H.
660. Falsa. Tais estruturas são objetos de lei federal, nos termos do art 22, XVTL
661. Falsa. A redação do art 22, XVH, é clara. A “organização administrativa destes” se 
refere unicamente à organização administrativa dos Territórios, que será, efetivamente, 
objeto de lei federal. A do Distrito Federal é matéria de lei distrital, até porque é eie 
dotado de autonomia, nos termos do art. 18, caput. A matéria também é tratada, e de 
maneira mais clara, no art. 48, IX.
662. Falsa. O que será feito por lei federal são normas gerais sobre organização, efetivos, 
material bélico, garantias, convocação e mobilização, de acordo com o art. 22, XXI.
663. Faisa. A delegação é permitida pelo parágrafo único do art 22, mas é restrita a 
“questões específicas” dentro dos temas relacionados no art 22.
664. Falsa. O parágrafo único do art 22 autoriza os Estados a legislarem apenas sobre 
questões específicas das matérias referidas, e não da sua integralidade.
665. Verdadeira. Teor do art 23, XI.
666. Falsa. É competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
porque a Constituição é a lei superior do Brasil, e não apenas da União. A resposta de­
corre da previsão do art 23, L
142
Titulo 1H - Da Organização do Eslado
667. Verdadeira. É o que consta do parágrafo únicodo art 23. Essa lei será necessa­
riamente federal.
668. Falsa. É claro o caput do art 24 ao afirmar que a competência legislativa concorrente 
é partilhada pela União, Estados e Distrito Federal. É prevista, então, a possibilidade 
de existência de duas leis no âmbito da legislação concorrente: uma, federal, de normas 
gerais; outra, estadual ou distrital, de normas específicas*
669. Verdadeira. Art 24, VI.
670. Verdadeira. Há, e está no art 24, § 3°, reservada para quando a lei de normas gerais, 
atribuição da União, não houver sido feita, caso em que o Estado exerce competência 
legislativa plena, estabelecendo normas gerais e normas específicas para o seu próprio uso.
671. Falsa. A União, por lei nacional, regerá as normas gerais dos'temas apontados no 
art 24, mas elaborará iei federal para detalhá-los para o seu uso.
672. Falsa. À Emenda à Constituição n° 19/1998 alterou, corrigindo, a identificação. De 
polícia aérea, que é competência do Ministério da Aeronáutica, passou a constar, agora cor­
retamente, “'polícia aeroportuária’*, esta. sim, competência da Polícia Federal (art 21, XXH)-
673* Falsa. A Emenda Constitucional n° 8 quebrou o monopólio estatal na área. Agora, 
nos termos do art. 21, XII, tais serviços também podem ser autorizados, concedidos ou 
permitidos a empresas privadas.
674. Falsa. Com a Emenda Constitucional na 8/1995, esse serviço passou a ser passível 
de-concessão, permissão ou autorização a empresas privadas também (art 21, XII).
675. Verdadeira. É alteração imposta pela Emenda. Constitucional n° 8/1995, ao inciso 
XI do art 21.
676. Verdadeira. Alteração imposta pela Emenda Constitucional n° 19/1998 ao inciso 
XIV do art 21, contemplando uma antiga reivindicação do Distrito Federal, que passa . 
a ter um fondo financeiro constitucionalízado.
CAPÍTULO G 
Da União
TERCEIRO BLOCO
677. ( ) Todas as terras devolutas são bens da União.
678. ( ) As ilhas fluviais ou lacustres num rio entre dois Estados são bens da União.
143
4500 QUESTÕES GOMSMTADAS 0£ DIREITO CONSTíTUCiONAi.
679. ( ) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são propriedades da União.
680. ( ) Um rio que provenha de território estrangeiro e banhe, no Brasil, apenas um
Estado, é bem da União.
681.' ( ) Os terrenos marginais e praias fluviais de um rio que banhe dois Estados são
bens da União, .
6S2. ( ) Às áreas, em ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem em poder de particu­
lares, de Municípios ou áe Estados, são bens desses.
683. ( ) Os recursos minerais, quer estejam no subsolo, quer acima dele, são bens da
Uniâo.
684. ( ) Há uma queda d’água situada em propriedade particular, a qual se .encontra no
curso de rio que é bem estadual. Tal queda, d'água tem potencial hidráulico. E, 
por isso, bem da União.
685. ( ) Nos termos da lei, Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da Admi­
nistração direta da União participam do resultado da exploração de recursos 
. naturais no respectivo território, ou recebem uma compensação financeira por 
essa exploração.
686. ( ) As faixas de fronteiras são áreas compreendidas numa faixa de 150 quilôme­
tros ao longo das fronteiras internacionais e sua ocupação e utilização serão 
reguladas em lei.
687. ( ) Organizar o Poder Judiciário e a Defensoria Pública no Distrito Federal são
competências da União.
688. ( ) Organizar e_ manter a Polícia Militar do Distrito Federal é competência da
União.
689. ( ) Regulamentar e organizar o desenvolvimento urbano e o transporte urbano
são competências da União.
690. ( ) A União não tem nenhuma ingerência legislativa sobre a organização das
Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militar dos Estados.
691. ( ) A lei sobre licitações é única para a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Territórios e,- a teor do inciso XXVII, em que se baseou o Congresso Nacional 
para elaborar a Lei n° 8.666/1993, é de competência privativa da União tal 
matéria.
144
Titulo Q1 — Da Otgamzição do Efflrto
692. ( ) A União tem competência para explorar diretamente os serviços telefônicos,
telegráficos e de transmissão de dados.
693. ( ) Toda atividade nuclear em território nacional depende de aprovação do Con­
gresso Nacional.
694. ( ) A responsabilidade civil por danos .nucleares, nos termos da Constituição
Federal, independe de culpa.
695. ( ) É competência privativa da União legislar sobre serviço postal.
696. ( ) E competênciaprivativa da União legislar sobre política nacional de transportes.
697. ( ) As matérias legislativas de competência privativa da União não poderão ser
objeto de lei estadual.
698. ( ) Ás regras do exercício da competência comum entre União, Estados, Distrito
Federal e Municípios estão na Constituição Federal de forma impositiva.
699. ( ) Combater as causas da pobreza é competência privativa da União.
.700, ( ) Promover programas de construção de moradias é competência comum da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
701. ( ) Procedimentos em matéria processual é matéria de competência legislativa
privativa da União.
702. ( ) Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas é matéria
de competência legislativa dos Estados.
703. ( ) Atuam no âmbito da competência legislativa concorrente à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos'Municípios.
704. ( ) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais, devendo os Estados e o Distrito Federal aguardar 
para legislar sobre a matéria remanescente de seu específico interesse, a lei 
federal sobre normas gerais.
(jab arú o __________________________
677. Falsa. O art 20, II, é claro ao dizer que são bens da União “as terras de-volutas in­
dispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares e das vias 
federais de comunicação”. As terras devolutas-não indispensáveis a essas finalidades são 
bens dos Estados, a teor do art 26, IV.
4500 QUESTÕES CQMêNTAOAS OS DiRBTO CONSTÍTUCIONAl.
678. Falsa. As ilhas fluviais e lacustres somente serão bens da União se estiverem situadas 
nas zonas limítrofes com outros países. Teor do art 20, IV.
679. Verdadeira. É o teor do art 20» XL
680. Verdadeira. É bem da União pelo fato de provir de território estrangeiro (art 20,
pois essa condição o toma via de acesso internacional ao território brasileiro, 
de interesse, portanto, à segurança nacional,
681. Verdadeira. Os terrenos marginais e praias fluviais de qualquer rio que seja bem 
da União são bens da União, E rio que banhe mais de um Estado è bem da União, a teor 
do art. 20, HL
682. Verdadeira. Teor do art 20, IV, combinado com o art 26, II, Há uma contradição 
aparente entre as duas normas, pois, no art 20, IV, a Constituição Federal diz que são 
bens da União as ilhas oceânicas e costeiras, “excluídas, destas, as áreas" mencionadas 
no art. 26, n , ou seja, sob domínio de Estados, Municípios ou terceiros. O pronome de­
monstrativo utilizado (destas) mduz a interpretar como sendo suscetível de propriedade 
de Estados, Municípios ou terceiros apenas as áreas de.terra em ilhas costeiras. Àredação 
do art 26, II, resolve a dúvida, mas não elimina, absolutamente, a derrapada redacional 
constante do art 20, IV.
/
683. Verdadeira. Teor do inciso IX do art. 20.
684. Verdadeira. Teor do inciso VIU do art. 20. É uma das chamadas propriedades 
distintas das do solo, em favor da União.
685. Verdadeira. Teor do § 1 * do art. 20. Note que o particular participa dos resultados 
da lavra, nos termos do art 176, § 2o.
686. Falsa. Há dois erros evidentes na questão. O primeiro é quanto à área. O texto 
constitucional não diz que será de 150 quilômetros a faixa de fronteira. Diz que será de 
até 150 quilômetros- Isso muda muito o perfil da figura constitucional, pois, no primeiro 
caso, uma 2ona de, por exemplo, 100 km ao longo de fronteiranão seria constitucional 
e é, pela narrativa, constitucional O segundo erro é quanto ao ponto de referência para 
essa medição de até 150 km. Não é ao longo das fronteiras internacionais, mas apenas 
ao longo das fronteiras terrestres internacionais. Teor do § 2o do art 20.
687. Verdadeira. Teor do art 21, XIII.
688. Verdadeira. Teor do art 21, XIV.
689. Falsa. A competência da União se limita a instituir diretrizes para ambos os as­
suntos. Teor do art 21, XX.
146
Tííulo 10 - Da 0tgaaizíjj3o do Esudo
690. Falsa. Compete à União, privativamente, legislar sobre normas gerais de organiza­
ção-, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das Polícias Militares 
e Corpo de Bombeiros Militar dos Estados. Teor do art 22, XXI.
691. Falsa- O art. 22, XXVII, é claro ao dizer que é competência privativa da União 
legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para 
a Administração Pública direta e indireta, incluídas as fundações, nas diversas esferas de 
governo. Nas passagens em que a Lei n® 8.666/1993 fugia das normas gerais e entrou na 
apreciação de detalhes, e os impôs aos demais entes federativos, ferindo a sua autonomia, 
incorreu em incocstitucionalidade flagrante, segundo doutrinadores como Toshio Mukai, 
e essa mconstitucionaíldadejáfoi reconhecida inclusive pelo STF, em duas ações diretas 
de inconstitucionalidade propostas pelo Governo do Rio Grande do Sul.
692. Verdadeira. Teor do inciso XI do art 21, alterado pela Emenda Constitucional n° 
8/1995, Essa emenda suprimiu do texto original a obrigatoriedade de ser essa exploração 
feita por empresa sob controle acionário estatal, se concedida, quebrando, na prática, o 
monopólio do sistema Telebrás. Hoje, a nova emenda admite tal exploração por empresas 
privadas e também através de autorização ou permissão, e não apenas concessão. A emen­
da não quebrou, contudo, a possibilidade de a União explorar tais serviços diretamente.
693. Verdadeira. Teor do art 21, XXHI, a.
694. Verdadeira. Teor do art. 21, XXIH, c.
695. Verdadeira. Teor do art. 22, V.
696. Falsa. A competência privativa da União sobre a matéria, nos termos do art. 22, IX, 
restringe-se às diretrizes da política nacional de transportes.
697. Falsa. Embora a regra seja a enunciada acima, diz o parágrafo único do art 22 que 
“lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias (...)” de competência legislativa privativa da União.
698. Falsa. As regras sobre tal exercício serão dadas por lei complementar, à qual caberá 
ôxar as normas para a cooperação entre os quatro entes federativos. Teor do parágrafo 
único do art. 23.
699. Falsa. É competência comum dos quatro entes federativos. Teor do art 23, X
700. Verdadeira. Teor do art. 23, IX.
701. Falsa. Direito Processual (Civil, Penal ou Trabalhista) é matéria de competência 
legislativa privativa da União, mas procedimentos em matéria processual não. E de 
competência legislativa concorrente, a teor do art 24, XI.
147
4500 GUESTOSS COMENTADAS D£ OiRHÍTO CONSTTTUClONAt
702. Falsa. É matéria de competência legislativa concorrente, a teor do art 24, X. ..
703. Falsa. Apenas a União, os Estados e o Distrito Federal. Os Municípios não têm 
competência para atuar nesse campo.
704. Falsa. O art. 24, § 1% diz que “no âmbito da legislação concorrente, a competência 
da União limitar-se-á a estabelecer nonnas gerais”, mas 'diz, também, à altura do § 3o, 
que, “inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão competência 
legislativa plena, para atender as suas peculiaridades”,
CAPÍTULO III 
Dos Estados Federados
PRIMEIRO BLOCO
705. ( ) Os Estados regem-se pelas suas próprias Constituições, para cuja elaboração
devem obrigatoriamente ser observados os princípios estabelecidos na Cons­
tituição Federai.
706. ( ) São dos Estados apenas as competências previstas pela Constituição Federal.
707. ( ) Os serviços locais de gás canalizado podem ser explorados apenas pelo Estado,
diretamente, ou por concessão â empresa sob controle acionário estatal.
708. ( -) A instituição de região metropolitana, de aglomeração urbana e de microrregião
será feita pela União, por lei complementar federal
709. ( ) As águas em depósito são bens dos Estados.
710. ( ) Todos os bens dos Estados estão identificados na Constituição Federal
711. ( ) 0 número de deputados na Assembleia Legislativa de cada Estado será fixado
por lei estadual, atendida à proporcionalidade com a representação do Estado 
na Câmara dos Deputados.
' 712. ( ) Aplicam-se aos deputados estaduais as mesmas regras constitucionais aplicáveis 
aos parlamentares federais, quanto ao sistema eleitoral, inviolabilidade, imu­
nidade, remuneração, perda de mandato, licença, impedimento e incorporação 
às Forças Armadas.
148
Título JH— JDa Otganízaçâo do Estado
713. ( ) A remuneração dos deputados estaduais será fixada pela própria Assembleia
Legislativa, para cada legislatura, não havendo limitação constitucional, já que 
é matéria de sua própria competência.
714. ( ) Haverá iniciativa popular no processo legislativo estadual.
715. ( ) Governador não pode tomar posse ou assumir outro cargo 'Ou fixação na Ad­
ministração Püblica direta ou indireta.
Çjabarito_______________________________________________________________
705. Verdadeira. E o que comanda o art. 25, em que se lê que os Estados organizam-se 
e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Cons­
tituição Federal. Lembre-se de que esses princípios constitucionais federais podem ser 
expressos ou implícitos (veja o capítulo sobre poder constituinte decorrente).
706. Falsa. A técnica usada pela Constituição Federal sobre a competência estadual é a 
da competência remanescente, ou seja, são dos Estados todas a competências que não 
lhes sejam vedadas pela Constituição Federal. As competências vedadas são aquelas que 
a Constituição Federal reconhece à União e aos Municípios.
707. Falsa. O monopólio estatal nos serviços de distribuição de gás canalizado foi que­
brado em 1995, pela Emenda Constitucional n° 5, de 15 de agosto. Apartir dela, poderá 
haver concessão de tais serviços também a empresas privadas (art 25, § 2°).
708» Falsa. É competência do respectivo Estado, por lei complementar estadual (art. 
25, § 3o).
709. Falsa. Podem ser bens da União, se estiverem em depósito em virtude de obra 
federal, como no caso de uma hidroelétrica (art 26 ,1).
710. Falsa. O caput do art 26 informa que “incluem-se” entre os bens dos Estados os 
que estão na Constituição Federal.
711. Falsa. A questão está inteiramente errada. O número de deputados à Assembleia 
Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados 
e, atingido o número de 36, será acrescido de tantos quantos forem os deputados federais 
acima de 12. Regra do art 27, caput.
712. Verdadeira. Ê o que consta do art 27, § 1*.
4500 ÜUESTÓES COMENTADAS DE DIREITO CONSTTTUClOrWL
713. Falsa. A Emenda n° 19/1998 mudou o sistema original da Constituição nesse tema. 
Agora, os subsídios — e não mais remuneração, expressão tecnicamente equivocada — 
passam a ser fixados por lei, cujo projeto será de iniciativa da Assembleia Legislativa, 
mas que dependerá de sanção do governador do Estado. O sistema até então praticado, 
de se fixar por resolução interna sujeita apenas à votação pelo plenário da Assembleia e 
promulgação pela Mesa diretora, desaparece. Além disso, a Émenda Constitucional n° 
19 manteve o teto remuneratórío dos deputados estaduais, que continua sendo 75% do
. estabelecido para os deputados federais, e fixa, pela remissão ao § 4o do art 39, que esses 
parlamentares serão remunerados por parcela única, ficando expressamente proibido o 
pagamento de adicionais, abonos, verbas de representação e qualqueroutro acessório, 
exceto o comparecimento a sessão extraordinária, cuja parcela não poderá ultrapassar o 
valor do subsídio mensal.
714. Verdadeira. Haverá, na forma disposta pela lei, pelo que consta do axt 27, § 4o.
715. Falsa. O governador pode tomar posse em cargo público, se o conquistou por con­
curso público. Tomada a posse, não entrará em exercício, pedirá licença para exercício 
de mandato eletivo (art. 28, parágrafo único).
CAPÍTULO m 
Dos Estados Federados
SEGUNDO BLOCO
716. ( ) São competências dos Estados federados somente aquelas que lhes forem
expressamente conferidas pela Constituição Federal.
717. ( ) Os Estados federados podem ser proprietários de áreas de terras em ilhas
oceânicas ou ilhas costeiras.
718. ( ) Os serviços locais de gás canalizado são serviços de competência dos Muni­
cípios.
719. ( ) Pela redação constitucional, o particular pode ser proprietário de ilhas fluviais
ou lacustres.
720. ( ) Os Estados podem ser proprietários de terras devolutas.
721. ( ) Um Estado que tenha ló deputados federais-terá 40 deputados estaduais.
150
. 722. ( ) A remuneração dos deputados estaduais será fixada, em. cada legislatura, para 
viger apenas durante o mandato dos deputados que a fixarem, devendo ser re­
examinada depois do início da próxima legislatura pelos deputados que então 
forem empossados.
723. ( ) Aimciativa popular no processo legislativo estadual, a exemplo de tal iniciativa
nos processos legislativos federal emunicipal, está disciplinada na Constituição 
Federal.
724. ( ) O governador que assumir outro cargo ou função na Administração Pública,
mesmo que em função de concurso público pelo qual entre em exercício de 
cargo público, perderá o mandato.
C3"abariJo
Título Dl - Da Organizarão do Estada
716. Falsa. O art 25, § ]", diz que “são reservadas aos Estados as competências que não 
lhes sejam vedadas por esta Constituição”. Logo, todas as competências que a União 
não cometer expressamente a outros entes federativos são competências dos Estados.
717. Verdadeira. Teor do art* 26, II.
718. Falsa. Tais serviços eram de competência dos Estados, que a podia conceder apenas 
à empresa estataL A Emenda Constitucional n° 5/1995 eliminou essa obrigatoriedade, 
permitindo aos Estados que, se quiserem, por concessão, confiram a execução desses 
serviços a qualquer empresa, estatal ou privada.
719. Falsa. Tais ilhas ou são propriedades da União (quando estiverem em rios ou lagos 
localizados em limites internacionais) ou são bens dos Estados. Teor do art 26,133.
720. Verdadeira. Vimos que são bens da União as terras devolutas indispensáveis à 
defesa das fronteiras, construções e fortificações militares, vias federais de comunicação 
e à preservação ambientai. As terras devolutas não indispensáveis a essas finalidades 
são bens dos Estados onde se localizarem.
721. Verdadeira. É o calculo apresentado pelo art. 27, capuL
722. Falsa. A nova redação dada ao art. 27, § 2o, alterou profundamente o traco constitu­
cional da matéria. Os subsídios do parlamentar estadual serão fixados em parcela única, 
cujo valor será limitado a 75% do subsídio de deputado federal e, em qualquer caso, o 
valor dos subsídios de Ministro do STF. Essevalor será fixado por lei, sujeito, portanto, 
a sanção ou veto do governador do Estado, e poderá ser alterado até anualmente, desde 
que-não ultrapasse o, teto constitucional.
151
4500 QuesrrüES comentadas de dirsto constitucional
723. Falsa. A Constituição Federal realmente disciplina, brevemente, a iniciativa popu­
lar nos processos legislativos federal e municipal, mas cometeu expressamente à lei as 
disposições sobre tal iniciativa no processo legislativo estaduaL Essa matéria tem sido 
tratada pelas próprias Constituições Estaduais. Teor do art 27, § 4o.
724. Verdadeira. Teor do art. 28, parágrafo único. Mas perceba a parte final do dispo­
sitivo, segundo a qual o governador não perderá o mandato se apenas tomar posse 
em cargo público em virtude de concurso público. Posse e exercício são momentos 
diferentes e situações diferentes para o servidor público e, para o governador de Estado, 
têm conseqüências radicalmente diferentes.
CAPITULO IV 
Dos Municípios
725. ( ) O Município rege-se por Constituição municipal.
726. ( ) O processo de votação- da lei orgânica do Município é composto de votação,
em turno único, pela Câmara de Vereadores, e exige quorum qualificado de 
2/3 para a sua aprovação.
727- ( ) Por ser lei, a lei orgânica depende, para sua validade, de sanção e promulgação 
pelo prefeito municipal.
728. ( ) Poderá haver segundo turao nas eleições para prefeitos municipais, envolvendo
os dois maís votados, se nenhum dos candidatos alcançar a maioria absoluta 
dos votos válidos, mas esse segundo turno só acontecerá em alguns municípios, 
que preencherem o requisito de número de eleitores previsto na Constituição 
Federal.
729. ( ) Os vereadores são, a exemplo dos deputados federais e senadores, protegidos
por inviolabilidade e por imunidade, enquanto estiverem no exercício do 
mandato e na circunscrição do Município.
730. ( ) Os vereadores sofrem as proibições e incompatibilidades no exercício da ve-
reança semelhante» no que couber, ao disposto na Constituição Federal para 
. os membros do Congresso Nacional, unicamente.
731. ( ) O prefeito será julgado perante o Tribunal de Justiça.
732. ( ) A iniciativa popular de projeto de lei de interesse específico do município, da
cidade ou de bairros depende da subscrição de, pelo menos, 5% do eleitorado.
152
Titulo 03 -Da Organização do Estado
733. ( ) Criar, organizar e suprimir distrito é competência do Município, que deverá
obedecer ao disposto sobre o assunto na legislação federal.
734. ( ) A fiscalização do Município será exercida pelo Tribunal de Contas do Estado,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
735. ( ) O parecer prévio do órgão competente (Tribunal de Contas do Estado ou do
Município, ou Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios, conforme o 
caso) tem poder vinculante para a decisão do Poder Legislativo Municipal 
sobre as contas do prefeito e deverá prevalecer na votação.
736. ( ) Os subsídios dos vereadores estão limitados a 75% do valor dos subsídios dos
deputados estaduais.
737. ( ) Em um Município com duzentos mil habitantes, o valor máximo dos subsídios
pagos aos vereadores será de 50% do valor pago a deputados estaduais.
738; ( ) O total da despesa do Município com o Poder Legislativo Municipal varia de 
5% a 8% da receita tributária e transferências, conforme a população..
C ja b a r i to
725* Falsa* O Município rege-se por Lei Orgânica, a teor do art 29, caput.
726. Falsa. A lei orgânica será votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez 
dias entre um e outro, e depende de aprovação por quorum de 2/3 da Câmara Municipal 
em cada um dos turnos.
727- Falsa. A lei orgânica será promulgada pela Câmara Municipal. Apesar da deno­
minação e da existência jurídica como lei (tanto que será numerada como tal), sua edição 
é vinculada, aos princípios constitucionais sobre a promulgação das Cartas máximas 
federais e estaduais.
728. Verdadeira* Ê a regra do art. 29, HL O segundo turno pode, nas condições da ques­
tão, acontecer em municípios com mais de duzentos mil eleitores.
729. Falsa. Os vereadores, no exercício do mandato e na circursscrição do Município, são 
protegidos constitucionalmente apenas por inviolabilidade por suas opiniões, palavras 
e votos. Não são alcançados pela imunidade que protege os demais membros do Poder 
Legislativo federai, estadual e distrital contra, prisão e contra o início ou prosseguimento 
de processo criminal.
4500 QUÊSTÕSS CCMENTAOAS Dê DlRertO CONSTITUCIONAL
730. Falsa. Em termos de proibições e incompatibilidades, são knposiúvos.aos vereadores 
o que estiver dispostona Constituição Federal e o que estiver disposto na Constituição 
estadual.
731. Verdadeira. Teor do art 29, VH.
732. Verdadeira. Teor do art 29, XL
733. Falsa. Deverá ser observado o disposto em legislação estadual spbre a matéria. 
Teor do art. 30, IV.
734. Falsa. Àfiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, 
mediante controle externo, com auxílio dos Tribunais de Contas do Estado, e pelo 
sistema de controle interno do Podex Executivo Municipal. Nos Municípios, raros, que 
tinham Tribunal de Contas Municipal em 1988, será dessas Cortes de contas o auxílio 
ao. Legislativo local.
735. Falsa. O parecer prévio do órgão competente só deixará de prevalecer por decisão 
de dois terços dos membros da Câmara Municipal. Teor do art 31, § 2°.
736. Falsa. A Emenda Constitucional n°25 impôs novos limites percentuais, variáveis 
de 20% a 75%, de acordo com a população municipal. Art 29, VI.
737. Verdadeira. É esse o teor do art. 29, VI, d, com redação alterada pela Emenda n° 25.
738. Verdadeira. E esse o teor do novo ait. 29-A, imposto pela Emenda Constitucional 
n° 25, de fevereiro de 2000.
CAPÍTULO V 
~~ Do Distrito Federal e Territórios
Seção I 
D istrito Federal
739. ( ) O Distrito Federai, que atualmente não tem municípios, poderá criá-los através
de plebiscito e após aprovação da competente lei pela Câmara Legislativa do 
Distrito Federal, a qual disporá sobre sua estrutura e organização.
740. ( ) O Distrito Federal detém as competências que a Constituição reserva aos
Estados, somadas às dos Municípios.
154
Titulo SI — Da Organização do Estado
741. ( ) Lei distrital disporá sobre a utilização, pelo Govemo Federal, em Brasília, das 
Policias Civil e Militar e do Corpode Bombeiros Militar do Distrito Federal.
CjTabarito
739. Falsa. É vedada pela Constituição Federal a possibilidade de divisão do Distrito 
Federal em municípios. Teor do art. 32, caput.
740. Verdadeira. Teor do art 32, § Io. É, portanto, uma competência cumulativa.
741. Falsa. Ê justamente ao contrário. Lei Federal é que disporá sobre a utilização, 
pelo Distrito Federal, das Policias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. A 
organização e manutenção de tais corporações, no Distrito Federal, é competência da 
União. Teor do art 32, § 4o.
Seção H 
Dos Territórios
742. ( ) O Território poderá ser dividido em municípios.
743. ( ) Todos os Territórios Federais terão governador nomeado, órgãos judiciários
de primeira e segunda instância, membros do Ministério Publico e defensores 
públicos federais.
744. ( ) Os municípios existentes em Territórios terão tratamento constitucional espe­
cial, diferente do dispensado aos demais municípios existentes em Estados.
745. ( ) As contas do Território Federai serão apreciadas por Tribunal de Contas local,
e, após, encaminhadas ao Poder Legislativo local.
746. ( ) Órgãos judiciários de primeira e segunda instância somente serão estruturados
e funcionarão na área do Território nos casòs em que este tenha mais de 100 
mil habitantes.
747. ( ) Poderá haver Poder Legislativo no Território Federal, e será chamado de Câ­
mara Territorial. Sua competência, deliberativa será dada por lei.
155
4500 QUESTÔeS COMENTADAS 0 5 D1REÍTO CONSTITUCIONAL
Cjabarilo
742. Verdadeira. Teor do art 33» § 2 o.
743. Falsa. Apenas os Territórios Federais com mais de cem mil habitantes terão a 
estrutura mencionada na questão, com exceção do governador nomeado pelo Presidente 
da República. Em Territórios com população menor, Judiciário, Ministério Público e De- 
fensoria Pública, órgãos federais, serão sediados no Distrito Federal .Teor do art 33, § 3°.
744. Falsa. A esses municípios, a Constituição determina o mesmo tratamento dos mu­
nicípios existentes em Estados (art 33, § 1&).
745. Falsa. As contas do governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, 
com parecer prévio do Tribunal de Contas da União (art 33, § 2°).
746. Verdadeira. É o que consta do art 33, § 3*.
747. Verdadeira. Teor do art 33, § 3o.
CAPÍTULO VI 
Da Intervenção
PRIMEIRO BLOCO
748. ( ) Amanutenção da integridade nacional é uma hipótese que justifica a intervenção
da União em Estados.
749. ( ) A União poderá intervir no Distrito Federal.
750. ( ) A invasão territorial de um Estado em área de outro é hipótese que leva à
intervenção federai.
751. ( ) A não entrega, pelo Estado, a Município nele situado, das receitas tributárias
fixadas na Constituição não é hipótese de intervenção estadual
752. ( ) Uma decisão judicial que não esteja sendo cumprida pelo obrigado é hipótese
de prisão por desobediência, mas não de intervenção federal
753. ( ) Os princípios constitucionais sensíveis podem conduzir à intervenção federal,
se violados.
156
Anão aplicação do mínirao exigido da receita resultante de impostos estaduais 
na manutenção e desenvolvimento do ensino é hipótese de intervenção federal.
A intervenção em municípios localizados em Território Federal será federal, 
e não estadual.
O nâo pagamento, por quatro anos, de dívida fondada, pelo Município, é hi­
pótese de intervenção estadual;
A prestação de contas peio Município é dever constitucional cu ja inobservância 
leva à intervenção estadual.
A não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e 
desenvolvimento do ensino é hipótese de intervenção federal, mas não de 
intervenção estadual.
Representação pela observância de princípios indicados na Constituição Fede­
ral, pelo Tribunal de Justiça do Estado, se provida, leva à intervenção estadual.
A decretação de intervenção por coação contra o Poder Legislativo de um 
Estado depende de requisição desse Poder.
O Supremo Tribunal Federai pode decretar intervenção federal
A desobediência à ordem ou decisão judiciária leva à intervenção federal se 
requisitada pelo Supremo Tribunal Federal.
A desobediência a princípio constitucional sensível exige, para a decretação 
de intervenção, ajuizamento da competente ação interventiva perante o Su­
premo Tribunal Federal, a partir do qual já é constitucionalmente admissível 
a decretação.
Representação do Procurador-Geral da República perante o SuperiorTribunal 
de Justiça pode levar à decretação de intervenção.
Em todos os casos de intervenção federal haverá nomeação de interventor.
A amplitude, o prazo e as condições de execução da intervenção federal deverão 
estar no decreto de intervenção.
É admitida a convocação extraordinária do Congresso Nacional ou da Assem­
bleia Legislativa do Estado para o exame do decreto de intervenção federal, 
se esse for publicado fora do horário de sessão.
Título m - D » Organização do Estado
4soo a u e s r o e s com b eta da s d e ü ir q t o c o n s t jt u c ío n a i
768. ( ) O decreto de intervenção deve ser submetido ao Legislativo em, no máximo,
quarenta e oito horas. •
769. ( ) Há hipótese de decreto de intervenção que dispense a apreciação pelo Poder
Legislativo.
770. ( ) As autoridades afastadas de seus cargos pela intervenção federal, como o go­
vernador do Estado, não podem retomar aos seus cargos após a cessação dos 
motivos que levaram à intervenção.
Gabarito _________________________________________________________________________________ _______
748. Verdadeira. E o que consta do art. 34,1.
749. Verdadeira. Teor do caput do art 34. A União pode intervir aos Estados e no DF.
750. Verdadeira. Determinação do art. 34, H. Por Unidade da Federação entenda-se 
Estados e o Distrito Federal
751. Faisa. É hipótese de intervenção federal, nos termos do art 34, V, b.
752. Falsa. A desobediência de lei federal, ordem ou decisão judicial pode levar à de­
cretação da intervenção federal (art 34, VI).
753. Verdadeira. Princípios constitucionais sensíveis são os contidos no art 34, VH. A 
sua violação leva, efetivamente, à intervenção federai.754. Verdadeira. Essa possibilidade foi criada somente em 13 de setembro de 1996, 
pela Emenda Constitucional a0 14, art. 34, VH, e. Trata-se de um novo princípio cons­
titucional sensível.
755. Verdadeira- E o que manda o art 35. O Estado intervirá em seus Municípios, e a 
União, em Municípios situados em Territórios Federais.
756. Falsa. Há dois erros na questão. Primeiro, quanto ao prazo, o não pagamento é por 
dois anos, não por quatro. Segundo, é preciso que o não pagamento tenha ocorrido sem 
motivo de força maior (art 35,1).
757. Verdadeira. É o que consta do art 35, H.
158
TítaJo 01 - Da Otgsatzação do Hitído
758. Falsa. Essa não aplicação de recursos na manutenção e no desenvolvimento do ensino 
é hipótese de intervenção federai (art 34, YH, e) e de intervenção estadual (art 35, TTT),
759- Falsa. A representação interventiva estadual, impetrada perante e julgada pelo 
Tribunal de Justiça Estadual respectivo, terá como fundamento lesão a princípios cons­
titucionais estaduais, não federais, Alt. 35, IV.
760. Falsa. Depende de solicitação do Poder Legislativo ou Executivo coacto ou impe­
dido. A requisição é reservada às hipóteses de coação contra o Poder Judiciário e será 
feita pelo Supremo Tribunal Federal (art. 36,1).
761. Falsa. A única autoridade competente para decretar a intervenção federal é o Pre­
sidente da República, nos termos do art 84, X.
762* Falsa» A requisição poderá ser feita pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Superior 
Tribunal de Justiça ou pelo Tribunal Superior Eleitoral (art. 36, IX).
763. Falsa. É necessário mais que o ajuizamento da representação. É necessário o seu 
provimento pelo Supremo Tribunal Federal (art. 36, HI).
764. Falsa. Com a refouna do Poder Judiciário (Emenda n°45), não há mais represen­
tação- do Procurador-Geral da República perante o STJ nessa hipótese, mas sim perante 
o Supremo Tribunal Federal.
765. Falsa. Anomeação de interventor é facultativa. Diz o art 36, § Io, que o interventor 
será nomeado “se couber”.
766. Verdadeira* É o que consta do art. 36, § Io.
767. Falsa. A convocação extraordinária do Legislativo ocorrerá se a decretação da 
intervenção federal, pelo Presidente da República, for feita em época em que esse Poder 
não esteja funcionando, como recessos ou feriados (art 36, § 2o).
768. Falsa. O prazo é de vinte e quatro horas (art- 36, § 2o).
769. Verdadeira. £ o que afirma o art. 36, § 3®.
770. Falsa. Podem retomar aos seus cargos, se não houver impedimento legal, como o 
cometimento de crime de responsabilidade, cassação ou perda de direitos políticos (art 
36, § 4o).
159
4soo Q u ss rrô e s co m en ta d a s d e d ir eito c o n stitu c io n a l
771.
772.
773.
774.
775.
776.
777.
778.
779.
780.
781.
CAPÍTULO VI 
Da Intervenção
SEGUNDO BLOCO
) E admissível a criação, por legislação ordinária, de novas hipóteses de inter­
venção federal.
) A validade constitucional de todo decreto de intervenção federal depende da 
aprovação do Congresso Nacional.
) Há hipótese de decretação de intervenção federal pelo Supremo Tribunal Fe­
deral.
) É possível a decretação de interyenção federal em Município localizado em
• Estado.
) No caso de noticia acerca de processo de secessão do território da República, a 
decretação de intervenção federal é discricionária do Presidente da República.
) Um ato de Governador de Estado que impeça a regular liberação do duodécnno 
orçamentário ao Poder Judiciário estadual admite a decretação de intervenção 
federal, sob o argumento de lesão ao livre exercício do Poder Judiciário.
) Um ato de Governador de Estado que, há anos, venha impedindo a requisição 
de força policial para auxílio de cumprimento de decisão judicial transitada 
em julgado permite a decretação de intervenção federal, a partir de requisição 
do Tribunal de Justiça.
) O não repasse das transferências constitucionais relativas às ações e serviços 
públicos de saúde é hipótese de intervenção federal.
) É constitucionalmente aceitável ao Estado a criação, na respectiva Constituição, 
de hipóteses de intervenção estadual em Município.
) A ação direta de mconstitucionalidade interventiva estadual deve ser ajuizada 
perante o Tribunal de Justiça, mas a decretação é ato do Presidente da Repú- 
" blica.
) É admissível que o Município que esteja na iminência de sofrer intervenção 
estadual por descumprimento de decisão judicial obste à decretação da medida 
com a discussão, no Supremo Tribunal F ederal, em recurso extraordinário, do 
mérito da decisão que vem sendo descumprida.
1 6 0
Títuio ID — Da OrgaaizaçJo do Baadíi
782. { ) No caso de coação contra Poder estadual, a intervenção federai dependerá de
requisição do Poder coacto, dirigida ao Presidente da República*
783. ( ) No caso de descumprimenío de decisão ou ordem judicial, a requisição da interven­
ção federal ao Presidente da República é privativa do Supremo Tribunal Federal
784. ( ) O provimento da ação direta de inconstitucionáüdade intervenüva, pelo Supremo
Tribunal Federal, obriga o Presidente da República a decretar a intervenção federal
785. ( ) A Constituição toma compulsória ao Procurador-Geral da República a pro-
positura da representação ao Supremo Tribunal Federal no caso de aparente 
lesão a princípio constitucional sensível
786. ( ) Há possibilidade de decretação de intervenção federal sem a nomeação de
interventor e sem a apreciação do decreto do Presidente da República pelo 
Congresso Nacional
787. ( ) Há possibilidade de decretação de intervenção federal por autoridade que não
o Presidente da República*
C j a b a r i i c . _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
771. Falsa. Por ser instrumento excepcional de garantia da ordem democrática e da pro­
teção da República, as hipóteses de intervenção federal são exclusivamente as declinadas 
.pela Constituição Federal
772. Falsa. O art 36, § 3o, prevê hipótese de o decreto de intervenção não ser submetido 
à apreciação do Congresso Nacional
773. Falsa* Toda e qualquer intervenção federal somente pode ser decretada pelo Presi­
dente da República, com base no art 84, X.
774. Falsa. O Supremo Tribunal Pederaí entende a impossibilidade de a União intervir 
em Município localizado em Estado.
775. Verdadeira. À manutenção da integridade nacional é defensável pela intervenção 
federal, cujo decreto não está sujeito a solicitação, requisição ou processo, sendo, por­
tanto, discricionário do Presidente da República.
776. Verdadeira. A hipótese se acomoda como de intervenção- federal, de acordo com 
o art 34, IV, combinado com o art 36 ,1.
161
4500 QUESTÕES COMSNTAEIAS OE DIREITO CONSTITUCIONAL
777. Verdadeira. Essa hipótese já foi julgada pelo Superior Tribunal de Justiça.
778. Verdadeira. A hipótese consta do art 34, VH, e.
779. Falsa. As hipóteses de intervenção estadual em Município são exclusivamente as 
previstas na Constituição Federal.
780. Falsa. À decretação é situada sob a competência do Governador do Estado.
781. Falsa. O Superior Tribunal de Justiça já decidiu pela impossibilidade de sustação 
da intervenção estadual mediante o artifício de discussão, em recurso extraordinário, da 
decisão cuja execução é pleiteada.
782. Falsa. Se a coação for exercida contra órgão do Poder Judiciário, a requisição será 
feita pelo STF ao Presidente da República. Se contra os Poderes Legislativo ou Executivo, 
pelo Governador ou pela Assembleia Legislativa, respectivamente e, ainda assim, não 
requisição, mas solicitação, o que toma a decretação faculdade presidencial.
783. Falsa. Também são detentores de competência para a requisição, nos termos do art 
36, II, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior Eleitoral.
784. Verdadeira. Provida a ADIn interventiva, o Presidente da República, diante da re­
conhecida lesão a princípio constitucional sensível, deverá decretarintervenção federal, 
sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.
785. Falsa. O Procurador-Geral da República tem apropositura da ADIn interventiva como 
facultativa, de acordo com o seu convencimento sobre a lesão, ou não, de princípio sensível.
786. Verdadeira. A possibilidade está no art 36, §§ Io e 3o.
787. Falsa. A competência é privativa do Presidente da República, segundo o art 84, X.
CAPÍTULO VII 
Da Administração Pública 
Seção I 
Disposições Gerais 
PRIMEIRO BLOCO
788. ( ) Publicidade, eficiência e legalidade estão entre os princípios constitucionais
da Administração Pública. '
162
Ttaúo m -D a Drg&aizaçáo do Estsão
790.
791.
792.
793.
794.
795.
796.
797.
798.
799.
800. 
801.
- 789.
802.
Os princípios constitucionais da Administração Pública estão previstos na 
Constituição para aplicação na esfera federal, sendo que sua eventual aplicação 
nos Estados e Municípios decorre de forma implícita da redação do dispositivo.
Os princípios constitucionais da Administração Pública são aplicáveis somente 
à estrutura do Poder Executivo.
A Administração indireta não está abrangida pelos princípios constitucionais 
da Administração Pública.
Cargos públicos são acessíveis aos estrangeiros.
Alei poderá criar condições e requisitos para acesso a cargo público, diferentes 
dos previstos na Constituição.
Há possibilidade constitucional de provimento derivado vertical.
A investidura em todo e qualquer cargo público depende de aprovação prévia 
em concurso público de provas, títulos ou provas e títulos.
Há possibilidade constitucional de concurso público diferençado de acordo 
com a natureza e complexidade do cargo em disputa, pelo que, para cargos de 
atribuições mais simples, o concurso também poderá ser mais simples.
Concursos públicos são válidos por dois anos.
Concursos públicos são prorrogáveis por até duas vezes, sendo que nenhuma 
delas por prazo superior a dois anos.
O candidato aprovado em concurso público tem direito.líquido e certo aposse 
no cargo.
A Coüsòtmção impõe que não pode hayer convocação de candidato aprovado 
em concurso público com violação da ordem estrita de classificação.
A teor da Constituição, não pode ser realizado novo concurso público para um 
determinado cargo se houver concurso anterior, para o mesmo cargo, ainda 
válido.
Função de confiança somente pode ser exercida por servidor ocupante de cargo 
efetivo.
1 6 3
4500 QUESTÕES COMENTADAS D£ D1R0TO CONSTITUCIONAL
803.
804.
805.
806.
807.
808.
809.
810.
811.
812.
813:
.814.
815.
816. 
817.,
A Constituição determina que, por lei, um determinado percentual de cargos 
em comissão deverá ser preenchido por servidores de carreira.
Os cargos em comissão destinam-se exclusivamente às atribuições de direção, 
chefia e assessoramento;
Servidor público civil tem direito à livre associação sindical.
Servidor público civil tem direito à greve, e esse direito é exercitável a partir 
do que consta da Constituição.
Pela Constituição, os termos e limites do direito de greve do servidor público 
serão estabelecidos por lei complementar.
Pode haver provimento de cargo público por contratado.
A Constituição impõe a revisão geral anual da remuneração dos servidores 
públicos, na mesma data e nos mesmos índices para todas as categorias.
Nenbuma remuneração, subsídio ou provento de servidor público da União, 
Estados, Distrito Federai e Municípios, incluindo os titulares de .mandato ele­
tivo, poderá ultrapassar o subsídio mensal de Ministro do Supremo Tribunal 
Federal, mas nesse cálculo não estão incluídas vantagens pessoais.
Á vinculação de vencimentos é possível para cargos da mesma carreira.
Os vencimentos de servidor público podem ser reduzidos para adequação do 
seu valor ao teto remuneratório previsto na Constituição.
A acumulação de dois cargos remunerados de professor é sempre constitucio­
nalmente possível.
E possível, nos teimos da Constituição, a acumulação remunerada de um cargo 
técnico com outro, científico.
A proibição de acumulação de cargos públicos não se estende a íunções pú­
blicas.
A proibição constitucional de acumular restringe-se à Administração direta.
Somente por lei específica se pode criar empresa pública ou sociedade de 
economia mista.
1 6 4
Titulo £ü — Da Oiganização do Estado
818.
819.
820.
821.
822.
823.
824.
825.
826. 
827.
A criação de subsidiárias de empresa pública depende de lei.
As licitações exigem cláusulas sobre a obrigação de pagamento e admitem 
exigência de qualificação técnica, fixada livremente pelo órgão licitante, se­
gundo a concepção que adotem sobre o cumprimento da obrigação.
E possível a utilização de símbolos que identifiquem determinada autoridade 
na propaganda oficial de obras e serviços públicos, sendo inconstitucional, 
contudo, o uso de nomes e imagens.
À admissão de servidor em cargo efetivo sem concurso público torna o ato 
anulãvel, mas não gera conseqüência à autoridade que nomeou tal servidor.
A Constituição impõe que seja disciplinada por lei a participação do usuário 
na Administração Pública direta, especialmente no que tange a reclamações e 
acesso à informação.
A punição administrativa por ato de improbidade administrativa nâo impede 
que seja impetrada ação penal pelo mesmò fato.
Pessoa jurídica de direito privado pode ser responsabilizada por atos de seus 
empregados a partir da aplicação da teoria do risco administrativo.
Não haverá restrições a ocupante de cargo público no tocante à sua atuação 
enquanto servidor ou após deixar de sê-lo.
A Constituição assegura autonomia gerencial aos Órgãos e entidades da Ad­
ministração -direta.
O pessoal de sociedade de economia mista está, também, subordinado ao teto 
de remuneração fixado a partir dos subsídios de Ministro do Supremo Tribunal 
Federal.
G,abarito
788. Verdadeira. A nova redação dada ao caput do art. 37 pela Emenda Constitucional 
n° 19/1998 adicionou, aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publi­
cidade, o novo princípio da eficiência.
789* Falsa. A redação do caput do art 37 é expressa. Os princípios constitucionais da 
Administração Pública' devem ser aplicados à Administração direta e indireta, dos Três 
Poderes, nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal. A aplicação, portanto, de­
corre de forma explícita do texto.
« 0 0 QUESTÕES COMSNTADAS oe QIREfFO CONSTITUCIONAL
790. Falsa. Conforme visto da resposta da questão anterior, os Poderes Executivo, Le­
gislativo e Judiciário estão obrigados à aplicação das imposições constitucionais.
791. Falsa. Tanto a Administração direta quanto a indireta estão obrigadas à aplicação 
dos princípios constitucionais indicados. A redação do caput do art 37 é explícita.
792. Verdadeira. A nova redação do inciso I do art 37, imposta pela Emenda Constitu­
cional n° 19 (reforma administrativa), previu, expressamente, que os cargos, empregos 
e funções públicas são acessíveis aos estrangeiros, na forma da iei que virá a ser feita 
para disciplinar esse acesso. De qualquer forma, o art 207, § Io, já permitia a contrata­
ção de professores e técnicos estrangeiros por universidades e, ainda, o art 12, § Io, ao 
possibilitar a equiparação do português ao brasileiro naturalizado, ao abrigo do estatuto 
da reciprocidade, também permitiu a esses estrangeiros acesso a cargo público, e até a 
cargo público eletivo, ;
793. Verdadeira. O art. 37,1, já alterado pela Emenda Constitucional n° 19/1998, prevê 
expressamente a hipótese. É o caso, por exemplo, de previsão de exame psicotécnico, 
ou físico, para o provimento de certos cargos públicos. O Supremo Tribunal Federal, 
a propósito, já admitiu, em voto do Ministro Francisco Rezeic, essa possibilidade de 
inovação por lei.
794. Falsa.Todas as formas' de provimento derivado vertical, como enquadramento, 
ascensão, acesso, transformação e outros, foram banidas da ordem constitucional brasi­
leira pela atual Constituição, por força do seu art 37, II. O Supremo Tribunal Federal, 
em voto vencedor do Ministro Moreira Alves, deixou essa lição bastante clara. Note-se, 
contudo, que há autores que colocam a promoção como hipótese de provimento derivado 
vertical, e essa, nessas condições, é constitucional, desde que não conduza o promovido 
a outra carreira ou cargo.
795- Falsa. O provimento de cargo em comissão não exige essa formalidade,, já que é, 
por natureza, livre. Ainda há as possibilidades de contratação por tempo determinado 
(art. 37, IX). Ainda não existe, na atual Constituição, concurso público apenas de títulos.
796. Verdadeira. Novidade trazida pela Emenda Constitucional n“ 19/1998, da reforma 
administrativa, com a modificação do art. 37, E.
797. Falsa. Concursos públicos são válidos por até dois anos, podendo ter validade, por 
exemplo, de 30 ou 60 dias (art. 37, III).
798. Falsa. Concursos públicos são válidos por até dois anos, e renováveis, uma única 
vez, por igual período, ou seja, se o prazo iniciai era de um ano a renovação deverá ser 
por mais um ano.
166
Titulo ffl - D& Oiganizaç3o do Estado
799. Falsa. O aprovado em concurso público tem expectativa de direito à nomeação, 
mas direito líquido e certo de ser nomeado antes de qualquer outro classificado abaixo de 
sua colocação. Vale dizer que o Supremo Tribunal Federal já sumulou o entendimento, 
segundo o qual se houver preterição na ordem estrita de classificação, o preterido passa 
a ter direito líquido e certo à nomeação.
800. Verdadeira. A convocação dos candidatos para a posse será feita em estrita ordem 
de classificação. Aquebra dessa ordem admite discussão em.mandado de segurança, por 
atribuir direito líquido e certo à investidura ao candidato preterido.
801. Falsa. A Constituição expressamente permite a realização de novo concurso público 
durante o prazo de vigência do outro. O que está proibido é a convocação dos aprovados 
no concurso mais recente em detrimento dos anteriores, durante o pra20 de validade 
daquele (art. 37, IV).
802. Verdadeira. A nova redação do art. 37, V, imposta pela Emenda Constitucional 
n° 19/1998, consagra expressamente que as funções de confiança serão exercidas exclu­
sivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
803. Verdadeira. Também aqui vale alteração imposta pela Emenda Constitucional 
n° 19/1998. Lei ordinária deverá fixar “casos, condições e percentuais mínimos” de cargos 
em comissão a serem preenchidos por servidores de carreira (art 37, V).
804. Verdadeira. Redação do art 37, V, alterada pela Emenda Constitucional n° 19/1998, 
na parte final
805. Verdadeira. É o que consta do art 37, VI.
806- Falsa. O erro está na segunda parte do dispositivo, já que o Supremo Tribunal Fe­
deral, ao julgar o Mandado de Injunção n° 20, ainda sob o texto anterior, mas de mesmo 
fundamento de direito, deixou claro que o exercício do direito de greve por servidor pú­
blico só é possível com o advento da lei, então complementar, prevista e requerida pelo 
art. 37, VH. Agora, após as alterações "impostas pela Emenda Constitucional na 19/1998, 
a lei passou a ser ordinária, mas a regra constitucional permanece com a condição de 
eficácia limitada.
807. Falsa. Com a nova redação do art 37, VH, passou a ser por lei ordinária. Veja os 
comentários à questão anterior.
808. Verdadeira. A Constituição, no art*37, DC, abre a possibilidade de contratação por 
tempo determinado, z partir de excepcional interesse público.
167
4500 QUESTÕES COMSMTADAS OÊ DtRETTO CONSTITUCIONAL
809. Verdadeira- O comando é decorrência da nova redação do art. 37, X, imposta pela 
Emenda Constitucional n° 19/1998.
810. Falsa. O erro está na última afirmação, já que vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza estão incluídas no valor para fins de aferição de compatibilidade com o 
novo teto constitucional- E o teor do art 37, XL
811. Falsa. A vinculação de vencimentos é expressamente proibida pela Constituição, 
à altura do art 37, XHX
812. Verdadeira. A possibilidade está previsto ao art 37, XV, com redação nova imposta 
pela Emenda Constitucional n° 19/1998, de que consta expressamente a ressalva.
813. Falsa. Qualquer das acumulações permitidas pela Constituição somente o serão se 
houver compatibilidade de horário (art 37, XVI).
814. Falsa. A acumulação permitida é a de um cargo dfe professor com outro, técnico ou 
científico, e não deste com aquele (art 37, XVI).
815. Falsa. A extensão está expressamente consignada no teor do art 37, XVII.
816. Falsa. Peio art. 37, XVII, a proibição de acumulação de cargo, emprego e função 
alastra-se paxa atingir empresa pública e também sociedade de economia mista.
817. Falsa. A Emenda Constitucional n° 19/1998 veto adequar e melhorar a técnica do 
dispositivo, já que empresa pública e sociedade de economia mista, que são regidas pelo 
direito privado, dependem, para sua criação, do assento dos atos constitutivos em junta 
comercial. A lei vai, apenas, autorizar a criação desses órgãos (art 37, XIX).
818. Falsa. A expressão “autorização legislativa4’ contida no inciso XX do art. 3? dw 
fere profundamente da "lei” de que fala o XIX, Autorização iegislativa é veiculada por 
decreto legislativo, como, por exemplo, no caso de ausência do Presidente da Repúbli­
ca, por viagem, em prazo maior do que quinze dias. Se o constituinte quisesse, para a 
criação de subsidiárias, a autorização por lei, teria dito isso expressamente, como fez no 
inciso XIX. Vaie ressaltar, contudo, que algumas bancas de concurso estão traduzindo a 
expressão “autorização legislativa” como lei, enquadrando essa hipótese nas chamadas 
leis autorizativas.
819. Falsa. A exigência de qualificação técnica somente será constitucional se “indis­
pensável” à garantia do cumprimento das obrigações pelo contratado (art 37, XX í).
82Ô. Falsa. Nem símbolos, nem nomes, nem imagens. A Administração Pública deve ser 
despersonalizada (art. 37, § I o).
1 6 8
Titula IH -D a Organização do Estado
821. Falsa. Primeiro, o ato de admissão é nulo, e não apenas anulável. Segundo, a autori­
dade responsável por essa violação constitucional, nos casos em que o concurso público 
é obrigatório, será responsabilizada administrativa, civil e criminalmente (art 37, § 2°).
$22» Verdadeira- É o que consta da nova redação do § 3® do art 37, imposta pela Emenda 
Constitucional n° 19/1998.
823. Verdadeira. A ação penal cabível não é prejudicada pela eventual punição nos 
termos do art 37, § 4o,
•824. Verdadeira. Se essa pessoa jurídica de direito privado for detentora de serviço pú­
blico, e seus agentes agirem nessa condição, é aplicável a teoria do risco administrativo, 
com responsabilização objetiva, ressalvado o direito de regresso da empresa contra o 
empregado, nos casos de dolo ou culpa (art 37, § 6o).
825. Falsa. AExnenda Constitucional n° 19 trouxe um novo parágrafo ao art 37, o T , para 
determinar que lei disponha sobre requisitos e restrições aos ocupantes de determinados 
cargos, em que possam ter acesso à informação privilegiada.
826. Verdadeira. O contrato de gestão, criado pelo § 8o do art 37 - e este, criação da 
Emenda Constitucional n° 19/199S - confere autonomia gerencial, orçamentária e finan­
ceira a órgãos e entidades da Administração Pública.
827. Verdadeira. É o teor do novo § 9o do art 37, criado pela Emenda Constitucional 
ns 19/1998, da reforma administrativa*
Seção I 
Disposições Gerais
SEGUNDO BLOCO
828. ( ) A doutrina brasileira admite a identificação de Administração Pública, em
sentido subjetivo, exclusivamente com o Poder Executivo.
829. ( ) AAdvocacia-Geral da União integra a Administração Pública direta no nível
• federal.
830.( ) A definição conceituai de princípios reconhecidos os identifica como aqueles
que, não expressos na Constituição, são, apesar disso, identificados e aceitos 
pela doutrina admiro stxativista brasileira.
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE OiRETTO CONSTITUCiONAi.
831.
832.
833.
834.
835.
836.
837.
838.
839.
840.
841.
842.
843.
844.
845.
) Dentre os princípios reconhecidos, ou implícitos, estão o da eficiência, da 
supremacia do interesse público e da autotutela.
) A doutrina aceita a definição de função pública como sinônimo de atribuição, 
correspondendo às inúmeras tarefas que constituem o objeto dos serviços 
prestados pelos servidores públicos.
) A legislação ordinária relativa a cargos, empregos e funções públicas e às 
carreiras, no píano federal, é de autoria privativa do Presidente da Republica.
) Exceto quanto a cargos dè docência nas universidades, outros cargos públicos 
não são acessíveis a estrangeiros.
) Há possibilidade constitucional de realização de concurso interao.
) Há possibilidade de concurso público exclusivamente de títulos.
) São exemplos de provimento derivado vertical a transformação, o reingresso 
e a reversão.
) São exemplos de provimento derivado horizontal o aproveitamento, a recon­
dução e a reintegração.
) A identificação, como de provimento em comissão, de determinados cargos 
públicos, é atribuída exclusivamente à discricionariedade do administrador.
) A única hipótese de dispensa de concurso público para acesso a cargo inicial 
no serviço público é relativa aos cargos de provimento em comissão.
) Ajurisprudência brasileira desautoriza & reali2ação de exames psicotécnicos.
) E inconstitucional o julgamento sigiloso do candidato em concurso público, 
com base em sua conduta pública e privada.
) E inconstitucional o aproveitamento de aprovado em concurso público em 
cargo de natureza diversa àquele relativo ao cerrame de seleção.
) E inconstitucional, como regra, o estabelecimento de idade máxima coxno 
requisito para a inscrição em concurso público.
) É obrigatório o contraditório no levantamento énco-sociai do candidato em 
‘ concurso público.
170
846. {
847. {
848. (
849. (
850. (
851. (
852. (
853. (
854. (
855. (
856. (
857. (
) B constitucional condicionar a correção de prova relativa à segunda fase de 
um concurso público à aprovação do candidato na primeira fase.
) A transposição de cargos públicos não precedida de concurso público é in- 
. constitucional.
) Expirado o prazo de validade do concurso público, mesmo que não prorrogado, 
desfaz-se a expectativa de direito à nomeação.
) A abertura de novo concurso público para cargos determinados quando ainda 
em vigência o prazo de validade de concurso anterior para os mesmos cargos 
. atribui aos aprovados no primeiro certame direito líquido e certo à nomeação.
) É admissível a regulamentação da greve do servidor público por medida pro­
visória.
) O aproveitamento de deficiente físico em cargo público não prescinde de sua 
aprovação em concurso público.
) .Ante a impossibilidade aritmética de se reservar pelo. menos uma vaga a defi­
ciente em concurso público, por resultar a aplicação do princípio em número 
fracionário inferior a um, impõe-se o arredondamento para cima, de forma a 
garantir-se a reserva de pelo menos uma vaga.
) Hão é admissível a contratação temporária de servidores para ocupar cargo 
público se o cargo preenchido consubstancia atividade pública permanente, a 
ser desempenhado por servidores devidamente concursados.
) É constitucionalmente obrigatória a revisão gerai anual da remuneração dos 
servidores públicos.
) Agentes públicos de Município, como Prefeito e Vereadores, não estão sujeitos 
ao teto constitucional remuneratório que é o valor dos subsídios de Ministro 
do Supremo Tribunal Federal.
) É inconstitucional sistema remuneratório previsto em que permita que futuros 
aumentos a determinada categoria funcional repercutam, de modo instantâneo 
e imediato, sobre a remuneração devida a outra categoria.
) O sistema constitucional vigente dá ao servidor público direito' a reajuste real 
no valor de seus vencimentos.
Titulo HI— Da Organização do Estado
171
4500 ouESTôes coM em o A s oe direito constítucional
858.
859.
860. 
861. 
862.
863.
864.
865.
866. 
■867. 
■ 868 .
869.
870.
871.
Não há óbice constitucional à acumulação de proventos com vencimentos.
É lícito aos Estados e aos Municípios determinarem sistema próprio de acu- 
mulabilidade e macumulabilidade de cargos e empregos públicos, diverso do 
fixado pela Constituição Federal
O sistema constitucional brasileiro permite a criação, peios Estados interessa­
dos, de autarquia interestadual
Tecnicamente, dispensa de licitação e sua inexágibiiidade são conceitos de 
mesmo conteúdo.
A ação civil pública, movida peio Ministério Público, é instrumento processual 
adequado à busca de ressarcimento ao Erário por danos causados por impro­
bidade administrativa.
Os ilícitos administrativos são imprescritíveis.
Sob a teoria da responsabilidade administrativa, é lícito à Administração Pú­
blica fazer prova da culpa do particular de forma a eximir-se totalmente da 
responsabilidade peiós danos.
Atos de agentes públicos que desempenham atividade em caráter transitório não 
fixam, quantos aos danos que causem a terceiros, a responsabilidade objetiva 
do Estado.
Ato ofensivo à honra de particular praticado por autoridade judiciária no 
exercício de suas atribuições impõe ao Estado a obrigação de reparar.
O sistema de macumulabilidade de proventos não alcança detentor de mandato 
eletivo.
É inconstitucional a acumulação de-mandato público eletivo com a condição 
de servidor público, devendo este realizar a opção, inclusive pela remuneração.
O sistema constitucional em vigor demonstra a existência de direito adquirido 
à forma de regime jurídico de servidor público.
Há direito adquirido a regime de vencimentos do funcionalismo público.
A imposição de recebimento, por membro de Poder e detentor de mandato 
eletivo, de subsídios em parcela única não alcança as verbas de representação.
172
872. ( ) A determinação constitucional de pagamento de subsídios em parcela única
aos membros de Legislativo não impede o pagamento de parcela indenizatória 
relativa ao comparecimento a convocação extraordinária.
873. ( ) A aposentadoria especial de professores exige a comprovação de efetivo exer­
cício das funções de magistério.
S74. ( ) A jurisprudência trabalhista admite a extensão do conceito de estabiBdade aos 
três anos aos empregados de empresas públicas.
875. ( ) Os conceitos de efetividade e de estabilidade são equivalentes.
876. ( ) A disponibilidade remunerada é direito, também, do empregado público.
CjTa&arito
Titulo 111 - Da Oigacizaçâo do Estado
828. Falsa. A doutrina refere-se à atividade administrativa, que se exerce também no 
âmbito dos demais Poderes da Republica.
829. Verdadeira. É a conceituação da doutrina, por ser órgão diretamente subordinado 
ao Poder Executivo.
830. Verdadeira. É a lição da doutrina brasileira.
831. Falsa. O princípio da eficiência é expresso no capuí do art 37.
832. Verdadeira. É o que consta da melhor doutrina administrativista.
833. Falsa. Aautoria do projeto de lei (ou de resolução, no caso das Casas do Congresso) 
depende do Poder em que estejam os cargos e funções, sendo a autoria dos Tribunais (art 
96, H, ò \ do TCU (art 73, caput), do Procurador-Geral da República (art 127, § 2o), do 
Senado Federal (art 52, XHI) e da Câmara dos Deputados-(art 51, IV).
834. Falsa. A Emenda n° 19 abriu a possibilidade de a lei identíÊcar outros cargos pú­
blicos acessíveis a estrangeiros, no art. 31, I.
835. Verdadeira. Exclusivamente para promoção na carreira.836. Falsa.' A jurisprudência repudia essa possibilidade.
837. Falsa. A reversão é hipótese de provimento derivado horizontal.
838. Verdadeira- É como são classificados pela doutrina.
839. Falsa- O Supremo Tribunal Federal decidiu ser inconstitucional a criação de cargos 
em comissão por lei em moldes artíficiosos, quando o seu provimento não tenha como 
pressuposto necessário a existência dessa condição.
840. Falsa. Ex-combatentes da Segunda Guerra (ADCT, art 53,1) também detêm essa 
condição.
841. Falsa. O Supremo Tribunal Federal admite a realização de exame psicotécnico, 
desde que previsto em lei e norteado por critérios técnicos, e sempre por banca.
842. Verdadeira. É o que mostra ajurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
843. Verdadeira. É nesse sentido ajurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
S44. Verdadeira. O estabelecimento de idade limite em concurso público é, segundo o 
Supremo Tribunal Federal, aceito apenas por exceção, quando as funções do cargo exijam 
determinadas condições etárias.
845. Falsa. O Superior Tribunal de Justiça decidiupela inexistência dessa obrigação.
846. Verdadeira. O Superior Tribunal de Justiça admite essa previsão ediíaíícia.
847. Verdadeira- O Supremo Tribunal Federal já decidiu pela mconstitucionalidade da 
hipótese.
848. Verdadeira. É o que consta da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
849. Falsa. Os aprovados no certame anterior são detentores apenas de expectativa de 
direito, mas têm preferência sobre os novos aprovados, enquanto válido o concurso.
850. Falsa. O axt. 246 da Constituição proíbe a utilização'de medida provisória para 
esse fim.
851. Verdadeira. Segundo o Supremo Tribunal Federal, a aprovação em concurso pú­
blico é obrigatória.
852. Verdadeira. É nesse sentido a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
853. Verdadeira. E a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
4500 QUESTÕES COMSKTAOAS D£ DIREITO CONSTmJOOfWi.
174
Tílalo BI - D a Oiganização do Estado
854. Verdadeira. É o que consta do art 37, X, com redação pela Emenda n° 19.
855. Falsa. O art 37, X e XI, impõe o subsídio de Ministro do Supremo Tribunal Federal 
como teto nacional de remuneração nos Poderes Públicos. .
856. Verdadeira. Configura vinculação remuneratória, proibida pelo art 37, XU3.
857. Falsa. O Supremo Tribunal Federal decidiu pela inexistência de tal direito.
858. Faisa. O Supremo Tribunal Federai admite apenas a acumulação quando os cargos 
forem acumuláveis na ativa.
859. Faisa. O Supremo Tribunal Federal decidiu que o sistema de macumulabilidade 
previsto pela Constituição Federal é impositivo aos Estados e aos Municípios.
860. Falsa. O Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional essa possibilidade.
861. Falsa, No caso de inexigibilidade/a licitação é inviável. Ho caso de dispensa, é 
possível, mas inconveniente.
862. Verdadeira. O Superior Tribunal de Justiça deixou julgada essa possibilidade.
863. Faisa. Prescrevem em cinco anos, de acordo com o art 37, § 5".
864. Verdadeira. É o que assenta a doutrina especializada.
865. Faisa. Mesmo em atividade transitória, é possível a responsabilização do Poder 
Público pelo ato de seu ageate.
866. Verdadeira. O Supremo Tribunal Federal decidiu nesse sentido.
867. Verdadeira. É o que consta do art 37, § 10.
868. Falsa. Servidor em mandato de vereador pode acumular cargos e remunerações, 
na forma do art 38.
869. Falsa. O Supremo Tribunal Federai decidiu negativamente à hipótese.
870. Faisa. É nessa linha a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
871. Falsa. As verbas de representação estão expressamente incluídas pelo art 39, § 4o.
■175
872. Pais a. À possibilidade de pagamento de parcela indenizaíória por comparecimento 
a convocação extraordinária foi extinta pela nova redação do art 57, § 7o.
873. Verdadeira. Ê o que consta da jurisprudência do Supremo Tribunal Federai.
•874. Falsa. O Tribunal Superior do Trabalho, interpretando o art 41, decidiu em sentido 
contrário,
875- Falsa. Segundo a doutrina, a efetividade é atributo do cargo, e a estabilidade, do 
servidor.
876. Verdadeira* O Supremo Tribunal Federal decidiu nesse sentido.
4500 QUESTÕES COMENTADAS OE DIRSTO CONSTTTUCIONAL.
Seção I 
Disposições Gerais
TERCEIRO BLOCO
877. ( ) Os princípios constitucionais referentes à Administração Pública são expres­
samente formulados apenas para a União, sendo implícita a sua aplicabilidade 
aos Estados, Distrito Federal e Municípios.
878. ( ) Os princípios constitucionais referentes à Administração Pública abrangem a
Administração Pública direta e indireta.
879. ( ) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros.
880. ( ) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros
natos.
881. ( ) A investidura em cargo, emprego ou função pública sempre dependerá de
aprovação prévia em concurso público de provas ou provas e títulos.
882. ( ) Há possibilidade âe realização de concurso público de provas, provas e títulos
e títulos.
883. ( ) O prazo de validade de concurso público é de dois anos, prorrogável uma única
vez por igual período.
884. ( ) ' Os cargos e funções de confiança serão exercidos; obrigatoriamente, por ser­
vidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional
176
885. (
886. (
887. (
888. (
889. (
890. (
891. (
892. (
893. (
894. (
895. (
896. (
897. (
898. (
5
Titulo m - Da Organização do Esado j
O servidor público tem direito à greve.
j
Os tennos e limites da greve dos servidores públicos civis serão definidos em §1
lei ordinária, .JsS
)
Pela Constituição, a leireservará percentual de até 20% dos cargos e empregos Ü
públicos para as pessoas portadoras de deficiência, devendo definir os critérios ^
de admissão. ' Y
É possível a contratação sem concurso público e por prazo determinado, dentro ^ ^
da Administração Pública. ' )
6
A revisão da remuneração dos servidores públicos civis e militares será feita 
na mesma data e nos mesmos índices. ^
$
O limite máximo de remuneração dos servidores públicos do Poder Executivo % '
é a remuneração em espécie, a qualquer título, recebida pelo Presidente da 
República. w./
ifi
Nos Municípios, o limite máximo de remuneração, tanto para o Executivo 
quanto para o Legislativo e o Judiciário, é a remuneração do Prefeito. ^ -
No Distrito Federal, o limite máximo de remuneração dos servidores do Pode );
Executivo é a remuneração em espécie, a qualquer título, de secretário do j
Distrito Federal. â) !
>_
jjjp
A equiparação de vencimentos é possível quando for realizada para fins de ’ ^
isonomia. t i ;
V
A remuneração dos militares é irredutível. ^ i
!B.'-
A acumulação remunerada de dois cargos de professor é sempre lícita e cons- ^ ^
titucionaL )
•a
É constitucional a acumulação remunerada de um cargo técnico com outro ^
científico. )
SI
A proibição de acumulação remunerada é restrita aos cargos públicos, não se ^ '
estendendo às funções ou aos empregos públicos, por terem, estes, regência . 1
pela Consolidação das Leis do Trabalho. ^ ^
Os servidores fiscais da administração fazendária terão sempre preferência 5
sobre os demais setores administrativos. ■ ^
\
177 %
4S00 a u e s T ó e s c om en tad as d e d ireito c o n stitu c io n a l
899. ( ) A criação de empresa pública ou de sua subsidiária depende de lei específica.
900. ( ) A participação de sociedade de economia mista em empresa privada depende
de autorização legislativa para cada caso.
901. ( ) As obras, serviços, compras e alienações somente são contratados mediante
processo de licitação pública.
902. ( ) É obrigatória a existência, nas licitações, de cláusulas que assegurem as con­
dições efetivas da proposta.
.903. ( ) A publicidade de obras e serviços de órgãos públicosnão poderá trazer nomes, 
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou 
servidor público.
904. { ) A índispombilidade de bens e o ressarcimento ao erário são possíveis em caso
de ato de improbidade administrativa, mas prejudicam a ação penai, por já 
consistirem em penalização do culpado.
905. ( ) A responsabilidade objetiva, pela teoria do risco administrativo, pode alcançar
pessoa jurídica de direito privado.
906. ( ) Os atos de agentes públicos de pessoas jurídicas de direito público que cau­
sem prejuízo a terceiros serão sempre atribuídos ao órgão público a que esteja 
filiado.
907. ( ) Servidor público que se eleja prefeito pode optar pela remuneração.
908. ( ) Servidor público que se eleja vereador pode acumular caxgo e mandato e as
respectivas remunerações.
909. ( ) O afastamento do servidor para o exercício do mandato terá o respectivo tempo
contado para todos os efeitos legais.
\JTa
877. Falsa- O caput do art 37 é expresso ao afirmar que o seu conteúdo se estende à 
'Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios”. A expressão ue fundacional” foi retirada pela 
Emenda Constitucional n° 19/1998, porque já está tecnicamente incluída na Adminis­
tração indireta.
178
Titulo Dl -D a Ojsanisaçâo do Estado
• 878. Verdadeira. É o que consta do caput do art 37.
879. Falsa. São acessíveis também aos portugueses com reciprocidade, de acordo com 
a combinação do art 37 ,1, com o art 12, § Io, Além disso, a Emenda Constitucional 
n° 19/1998 incluiu, expressamente, a acessibilidade de outros estrangeiros, que deverão 
respeitar o que a lei ordinária vier a determinar sobre o assunto.
880. Falsa. Também são acessíveis aos brasileiros naturalizados e aos portugueses com 
reciprocidade (art. 37,1, e, após a Emenda Constitucional n° 19/1998, a qualquer estran­
geiro, de acordo com a Iei).
881. Falsa. Há- dois erros na questão: primeiro, a Constituição não exige concurso para 
investidura em função pública; segundo, o acesso aos cargos de confiança não depende de 
concurso público. Art 37, II. Vale notar que, após a Emenda Constitucional n° 19/1998, 
passa a existir a possibilidade de concursos públicos simplificados.
882. Falsa. A atoai Constituição extinguiu a figura dos concursos de títulos (art 37, H).
883. Falsa. É de até dois anos, prorrogável uma vez por igual período (art 37,133).
884. Falsa. Pela nova redação do inciso V do art 37, imposta pela Emenda Constitu­
cional n° 19/1998, da reforma administrativa, as funções de confiança serão exercidas 
exclusivamente por servidores-ocupantes de cargo efetivo. Os cargos em comissão terão, 
por lei, percentuais mínimos de ocupantes servidores de carreira.
885. Verdadeira. O servidor público civil tem direito à greve, nos termos do art 37, VII. 
É erro incluir na locução “servidor público” também o militar, já que, após a Emenda 
Constitucional n° 18/1998, não existe mais servidor púbUco militar, mas apenas ^ militar”.
886. Verdadeira. Os termos e limites da greve do servidor público civil serão definidos, 
por lei ordinária. A redação do art. 37, VII, foi mudada pela Emenda Constitucional 
n° 19.0 que era lei complementar passou a ser lei ordinária. O quorum de sua aprovação, 
portanto, deixa de ser o do art 69 e passa a ser o geral, do art. 47.
887. Falsa. A Constituição não fixa percentual algum, mas apenas diz qne a lei reservará 
“percentual” (art 37, VHI).
888. Verdadeira. É o que consta do art. 37, DC
889. Falsa. Com o advento da Emenda Constitucional n°. 18/1998, a remuneração dos 
militares fox desvinculada da dos servidores públicos civis. A remuneração dos militares 
está tratada agora no-art 144, § 9o. A dos servidores públicos civis, no art. 37, X, que
1 7 9
4SG0 QUESTÕES COMSKTADAS DE DtRSTO CQNSnTUCiOíJAL
também foi alterado por emenda, a Emenda Constitucional n° 19/1998, da reforma admi­
nistrativa, a qual assegurou, contudo, a obrigação de revisão geral anual de remuneração, 
na mesma data e índice.
890. Falsa* O art. 37, XI, estabelece como teto geral o valor dos subsídios de Ministro 
do STF, mas especializa esse limite para Estados, para o DF e para Municípios.
891. Falsa» Apesar de o teto remuneratório municipal realmente ser o valor dos subsídios 
do Prefeito respectivo, não há Poder Judiciário municipal.
892. Falsa. No âmbito do Distrito Federal, o teto remuneratório é o valor dos subsídios 
do Governador, para o Executivo; dos Deputados Distritais, para o Legislativo; e dos 
Desembargadores do TJDFT, para o Judiciário. A rt 37, XI.
893. Falsa. A Constituição proíbe expressamente a equiparação, no inciso XHI do art 37.
894. Falsa. Arts. 37, XV, e 142, YHL A Constituição, pela redação alterada pelas 
Emendas Constitucionais n“ 18 e 19, separou o tratamento constitucional dos militares 
e dos servidores públicos civis. A kredutibilidade de remuneração e subsídios, con­
tudo, prevista para estes é expressamente estendida àqueles, nos termos do art. 142,. 
VHI. Ambas as situações, no entanto, admitem expressamente a redução, como, por 
exemplo, para adequar o valor pago ao teto constitucional, que é o valor dos subsídios 
de Ministro do STF.
895. Falsa. Antes de se decidir pela possibilidade de acumulação, Há que se ver a com- 
p'atibilidade de horários (art 37, XVI).
896. Falsa. Somente é permitida a acumulação remunerada de um dos dois cargos com 
o de professor (art 37, XVI).
897. Falsa. A redação do inciso XVH do art 37 é .clara ao afirmar qué a proibição de 
acumular estende-se a empregos e funções.
898. Falsa. Somente se atuando nas suas áreas de competência ou jurisdição, conforme 
manda o art 37, XYHL
899. Falsa. A criação de empresa pública depende realmente de lei específica, mas essa 
lei não cria entidade, e, sim, autoriza a sua criação, já que a Emenda Constitucional 
n° 19/1998 veio consertar equívoco contido na redação anterior, nos termos do inciso 
XDC A criação de subsidiária não precisa de lei por haver na Constituição a exigência 
de autorização legislativa, pelo inciso XX, o que é diferente de lei, já que pode ser dada 
por decreto legislativo.
180
. 900. Verdadeira. É o que consta do art 37, XX.
901. Falsa. O inciso XXI do art. 37 inicia fazendo justamente a ressalva ao princípio 
geral da licitação.
902. Verdadeira. É o teor do art 37, XXI.
903. Verdadeira. Determinação do § Io do art 37.
904. Falsa. As sanções por ato de improbidade administrativa não impedem a ação penal 
cabível, como se lê no § 4o do art 37.
905. Verdadeira. Pode, se essa pessoa jurídica de direito privado for prestadora de serviço 
público e o seu agente estiver nessa condição (art 37, § 6o).
906. Faisa. Somente quando o agente agir “nessa qualidade”, diz o § 6° do art 37,
907. Verdadeira. É o que determina o art 38, EL
908. Verdadeira. Teor do art 38, HL Note que, se não houver compatibilidade de horário, 
o vereador deverá ocupar o seu mandato, podendo optar pela remuneração de servidor 
público. Aredação desse dispositivo foi alterada pela Emenda Constitucional n° 19/1998.
909. Falsa. Exceto para a promoção por merecimento, conforme se vê claramente no
art 38, IV,
Titulo U3 - Da Organização do Estado
Seção I 
Disposições Gerais 
QUARTO BLOCO
910. ( ) Todos os princípios constitucionais relativos à Administração Pública estão
expressos na Constituição Federal
911. ( ) Os princípios relativos à Administração Pública, elencados na Constituição
Federal, são impositivos para os Poderes da União e indicativos para os Poderes 
dos demais entes federativos.
912’ ( ) O prazo de validade de concurso público será de dois anos, prorrogável uma 
vez por iguâl período, o que resultará sempre no teto de 4 anos para qualquer 
concurso público.
4500 OUHSTOeS COMeNTAQAS 0 £ OlfUEJTO CONSTITUCIONAL
913. (
914.(
915. (
916. (
917. (
918. (
919. (
920. {
921. (
922. (
923. (
924. (
Aquele que for aprovado em concuxso público adquire o direito de nomeação 
após a homologação e publicação do resultado fina] do certame.
Pela interpretação dos princípios constitucionais relativos ao concurso público 
é possível dizer que um servidor pode trocar de carreira sem se submeter a 
novo concurso público.
Não há, na Constituição Federai, um percentual estabelecido para o número 
de cargos e empregos públicos destinados a pessoas portadoras de deficiência.
O limite máximo de remuneração para servidores do Poder Executivo é a 
remuneração percebida, a qualquer título, em espécie, por Ministro de Estado.
O servidor público tem direito à livre associação sindical e à greve.
O direito de greve do servidor público civil é autoaplicável, ou seja, não de­
pende de nenhuma providência legislativa para ser exercido.
Os limites máximos paia a remuneração do servidor público federal são, oa 
esfera do Judiciário, a remuneração de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
na esfera do Executivo, a remuneração do Presidente da República; e na esfera 
do Legislativo, a remuneração de deputados e senadores, que é a mesma.
Nos termos da Constituição Federal, as funções de confiança serão exercidas 
por servidores ocupantes de cargo de caixeira técnica ou profissional, nos casos 
e condições previstos em lei.
Apenas os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis. A remunera­
ção, contudo, poderá ser reduzida para conformar-se com a isonomia entre os 
Poderes e os limites máximos de remuneração de cada Poder.
A acumulação remunerada de dois cargos de professor, ou de dois cargos 
privativos de médico, é sempre possível, nos termos da Constituição Federal.
Um servidor público, médico formado, que ocupe cumulativamente um cargo 
de médico num hospital público e outro de secretário parlamentar, função 
de confiança, no Poder Legislativo não está acumulando ilicitamente, pois a 
Constituição Fèderal apenas proíbe a acumulação de dois cargos- públicos, e 
não de cargo e função.
A criação de sociedade de economia mista depende de autorização legislativa 
' específica.
1 8 2
Titulo ID -D a Organizflçáo da Estado
925. ( ) A criação de empresa pública e de suas subsidiárias depende de lei específica,
926. ( ) A proibição de acumulação remunerada é limitada à Administração direta, não
alcançando as sociedades de economia mista.
927. ( ) A utilização de nomes ou imagens, que caracterizem promoção pessoal de
autoridade pública em atos, programas, obras e serviços, é constitucionalmente 
vedada. A Constituição Federal, contudo, não impede a utilização do símbolo 
ou logotipo de determinada administração.
928. ( ) Os atos de improbidade administrativa, em relação aos direitos políticos, geram
apenas a sua suspensão.
929. ( ) As pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que seus agen­
tes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Essa responsabilidade não alcança, 
em nenhum caso, pessoa jurídica de direito privado.
930. ( ) Aúnica hipótese de servidor detentor de mandato eletivo acumular as vantagens
do cargo, emprego ou função com a remuneração do cargo eletivo é restrita 
ao mandato de vereador, se houver compatibilidade de horário.
931. ( ) O servidor eleito prefeito municipal não poderá acumular essas funções com as
do serviço público, mas poderá optar pela remuneração de um ou outro cargo.
932. ( ) Em qualquer dos casos que exija afastamento do servidor de seu serviço para
exercício de cargo público, o seu tempo de serviço será contado para todos os 
efeitos legais.
( j a b a r i i o ‘
910. Falsa. A doutrina especializada vem assegurando a existência de inúmeros “prin­
cípios constitucionais implícitos” que decorrem da Constituição e são, também eles, 
obrigatórios aos entes federativos.
911. Falsa. Os princípios a que se refere a questão .são impositivos para todos os entes 
federativos e também para a Administração indireta e fundacional, nas quatro esferas 
de poder.
912. Faisa. O prazo de validade do concurso público é de até dois anos.
183
4500 QUE5TÔSS COMENTADAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
913. Falsa. O único direito do aprovado em concurso público é o de ser convocado 
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira, 
durante o prazo de validade do concurso. Há exceções, já firmadas pela jurisprudência 
da Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, quanto à pretensão e ao 
não chamamento por falta de interesse público.
914. Falsa» A interpretação conjunta dos incisos IX e IV, parte final, leva à conclusão de 
que, para o ingresso em cada cargo inicial de carreira, é necessário e imprescindível o 
concurso público. Assim já decidiu o próprio Supremo Tribunal Federal.
915. Verdadeira. A Constituição Federal limita-se a dizer que “a ieí reservará percentual 
de cargos e empregos públicos" para deficientes. O percentual de 20%, costumeiramente 
lembrado, não é constitucional, mas sim da Lei n° 8.112 e vale apenas para os servidores 
públicos civis da União.
916. Falsa. A Emenda Constitucional n° 19, que alterou profundamente a parte referente 
à Administração Pública, também eliminou os tetos de remuneração existente para cada 
Poder. O teto passa a ser único com a nova redação dada ao art 37, XI, qual seja o valor 
em espécie dos subsídios de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
917. Verdadeira. O servidor público civil tem ambos os direitos (art 37, VI e VII)- A 
expressão servidor púbíico militar, às vezes usadas como coxnplicador de questão desse 
tipo, não existe mais, já que a Emenda Constitucional n° 18/1998 a aboliu, para tratar tal 
categoria como “militar”, apenas.
918. Falsa. O direito de greve do servidor púbíico civil será exercido nos termos e nos 
limites definidos em lei ordinária, desde a promulgação da Emenda Constitucional n° 
19/1998. O Supremo Tribunal Federal, julgando o Mandado de Injunção n° 20, decidiu 
que, até que exista a citada lei complementar, a greve de servidor público civil é incons­
titucional.
919. Falsa. No âmbito da Administração Pública Federal, o limite remuneratório é o 
valor dos subsídios de Ministro do Supremo Tribunal Federal, na forma do art. 37, XI.
920. Falsa. Com as alterações impostas pela Emenda Constitucional n° 19/1998, as fun­
ções de confiança serão ocupadas apenas por servidores do quadro efetivo, ao passo em 
que os cargos em comissão deverão ter percentuais mínimos de ocupação por servidor 
de carreira (art. 37, V).
921. Verdadeira. Com a nova redação do art. 37, XV, os vencimentos dos servidores 
poderão ser reduzidos para serem acomodados ao novo teto constitucional.
184
Titulo III — Da Otgan&aç&ú do Esrnio
922. Falsa. À naiTativa constitucional é clara: o primeiro requisito para tomar a acumu­
lação lícita é a compatibilidade de horários. Só a partir da verificação da existência 
dessa compatibilidade é que se poderá conferir constitucionaiidade à acumulação; 
inteligência do art 37, XVI, A Emenda Constitucional n° 34 não alterou a acumulação 
permitida de dois cargos de médico, mas estendeu para outras carreiras da saúde, desde 
que reconhecidas por lei.
923. Falsa. Há dois erros no comando da questão. O primeiro é que g acumulação lícita 
sem de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde com profissão 
regulamentada, conforme a Emenda Constitucional n° 34.0 segundo é quanto à exten­
são da acumulação, que atinge, também, funções e empregos públicos, a teor do art 37, 
XVIeXVH.
924- Falsa. Lei específica, ordinária, nâo vai criar tais entidades» mas, sim, autorizar a sua 
criação de acordo com a nova redação imposta pela Emenda Constitucional n°-19/1998 
ao inciso XIX do art. 37.
925. Falsa. A criação de empresa pública depende de autorização porlei específica, 
segundo o indso XIX, alterado pela Emenda Constitucional n° 19/1998. A criação de 
subsidiária depende de autorização legislativa, em cada caso. A diferença é fundamental, 
pois autorização legislativa pode ser dada por Decreto.
926. Falsa. A proibição de acúmnlar estende-se a empregos e funções e abrange autar­
quias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo poder 
público; teor do inciso XVII do art. 37.
927. Falsa. Todas as foixnas de promoção ou identificação pessoal de servidor ou agente 
público são proibidas pela Constituição Federal (art 37* § Io).
928. Verdadeira. Teor do a it 37, § 4°.
929- Falsa. As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos 
também respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros 
(art 37, § 6°).
930- Verdadeira. Teor do art. 38,21.
931. Verdadeira. A rt 38, II.
932. Falsa. O tempo de_serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento (art 38, IV).
1 8 5
4500 QUESTÕES COMENTADAS DE 01RST0 CONSrfTTUCSONAL
933.
934.
935.
936.
937.
938.
939.
940.
941.
942.
943.
944.
Seçao H 
Dos Servidores Públicos
PRIMEIRO BLOCO
) Servidores públicos, civis são constitucionalmente diferençados dos servidores 
públicos militares.
) A Constituição impõe a instituição de regime jurídico único aos servidores 
públicos da União.
) A Constituição determina que União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
instituam Conselho de Política de Administração e Remuneração de pessoal, 
para definir a condição jurídica e funcional de seus servidores.
) Os padrões de vencimento e outras verbas remuneratórias dos servidores públi­
cos deverão ser fixados em valores que levem em conta, em relação às diversas 
carreiras, dentre outras especificações, a natureza, o grau de responsabilidade 
e a complexidade dos cargos e os requisitos para a investidura.
) A Constituição determina que a União, Estados e Distrito Federal mantenham 
escolas de govemo/paia a formação e aperfeiçoamento de servidores públicos.
) A promoção na carreira somente levará em conta a antiguidade e a complexi­
dade do cargo do servidor público.
) A lei não poderá estabelecer requisitos diferenciados de admissão em razão 
da natureza do cargo, em obediência ao princípio da isonomia.
) O pagamento de gratificações e verbas de representação aos membros de Poder 
e a Ministros de Estado deverá ser feito nos percentuais estabelecidos em lei.
) Lei federai deverá estabelecer a diferença entre a maior e a menor remuneração 
dos servidores públicos em razão de, no máximo, 1/20.
) É obrigatória a publicação anual, pelos Poderes Executivo, Legislativo e Ju­
diciário, do valor dos subsídios pagos a seus membros.
) Lei dos Estados disciplinará a aplicação dos recursos orçamentários provenien­
tes da economia, com despesas correntes em cada órgão em desenvolvimento 
de programas de qualidade e produtividade.
) A aposentadoria por invalidez dar-se-á com proventos integrais.
1 8 6
Titulo ÜI — Da Oiçanização do Esiado
945. ( ) A aposentadoria compulsória por idade ocorre com proventos integrais.
946. ( ) São estáveis, após três anos, os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.
947. ( ) Servidor público estável pode perder o cargo mediante procedimento de ava­
liação periódica de desempenho, posterior ao estágio probatório.
948. ( ) Se o servidor demitido tiver a decisão de srua demissão invalidada pelo Judi­
ciário, será ele reconduzido ao cargo que ocupava.
949. ( ) A invalidação judicial da demissão de servidor estável impõe a reintegração
deste ao seu cargo anterior, saivo se esse estiver provido, caso em que o servidor 
reintegrado será aproveitado em outro cargo ou deixado em disponibilidade.
950.'( ) Em caso de invalidação judicial de demissão de servidor estável, a eventual
disponibilidade do eventual ocupante de seu cargo dar-se-á com proventos 
integrais.
951. ( ) Em caso de extinção do cargo de servidor estável, será ele colocado em
disponibilidade remunerada com proventos proporcionais; até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo.
952. ( ) A avaliação especial de desempenho, antes do término dos três anos de estágio
probatório, é condição para a aquisição de estabilidade.
G abaíiío
933.5'alsa. Não existe mais, desde a promulgação da Emenda Constitucional n° 18/1998, 
"servidor público militar”. A divisão constitucional, de ora em diante, é servidor público, 
expressão que designa os servidores civis, e militares dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Territórios. Títulos da Seção II e Seção III.
934. Falsa. Com a Emenda Constitucional n° 19/1998, da refoima administrativa, foi 
retirada da Constituição a ordem para a instituição de regime jurídico único. União, Esta­
dos, Distrito Federai e Município têm, agora, liberdade para a adoção do sistema jurídico 
de sua preferência, e até de vários deles, os quais serão apontados por um conselho de 
política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores (art 39, 
caput). Em agosto de 2007, o STF decidiu suspender a vigência da nova redação do 
art 39, caput, dada pela Emenda n° 19, devido à mconstitucionalidade no processo de 
elaboração dessa Emenda. Com isso, a redação anterior voltou a viger.
1 8 7
<500 QUÊSTÔÊS COMENTADAS OS DIREITO CONSTITUCIONAL
935. Verdadeira. Esses conselhos é que ditarão os sistemas a serem adotados em relação 
aos servidores públicos, inclusive quanto à política remuneraíória. Alteração imposta ao 
art. 39, caput, pela Emenda Constitucional n* 19/1993.
936. Verdadeira,' Ê a redação atual do § Io do art 39, após as alterações impostas pela 
Emenda Constitucional n° 19/1998.
937. Verdadeira. O § 2o do art. 39, com redação dada pela Emenda Constitucional 
n° 19/1998, determina a manutenção, pelos entes políticos, de escolas de govemo para 
tais finalidades. Note que o Município não é obrigado a ter tal escola. É de se ressaltar, 
também, que a participação nos cursos oferecidos por essas escolas será considerada 
para fins de promoção na carreira.
938. Falsa. Dentre outros elementos, a promoção na carreira levará em conta a partici­
pação com aproveitamento nos cursos oferecidos pelas escolas do governo.
939. Falsa. Pela redação do § 3o do art 39, a lei poderá estabelecer requisitos diferenciados 
de admissão de servidor público, variáveis segundo a natureza do cargo.
940. Falsa. O art 39, em seu § 4o, veda expressamente o acréscimo de qualquer gratifica­
ção, adicional, abono, prêmio," verba de représentação “ou outra espécie xemuaeratória” 
a membros de Poder, como deputados, senadores, ministros de tribunais e ministros do 
Executivo, a detentores de mandato eletivo e a secretários estaduais e municipais, os quais 
serão remunerados por subsídio fixo "em parcela única”. Essa alteração foi imposta pela 
Emenda Constitucional n° 19/1998.
9411 Falsa. Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios '‘poderá” 
estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos. 
Redação do § 5o do art. 39.
942. Verdadeira. É o teor do § 6o do art. 39, alterado pela Emenda Constitucional 
nó 19/1998.
943. Verdadeira. Pelo § 7o do art. 39, leis fedéraí, estaduais, distrital e municipais dis­
ciplinarão essa aplicação, sendo importante notar que esse artigo constitucional prevê, 
na sua parte final, que essa verba economizada poderá ser gasta com o pagamento de 
adicional ou prêmio de produtividade ao servidor público.
944. Falsa. A reforma previdenciária operada pela Emenda Constitucional n°20/1998 mudou 
a redação do dispositivo constitucional' assegurador da aposentadoria por invalidez. Agora, 
os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se a invalidez decorrer

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Se a empresa privada dá acesso público ao seu banco de dados, essas informações são obtíveis por habeas data.
131. Falsa. À obtenção de certidão exige, se negada pela via administrativa, o uso do mandado de segurança.
132. Falsa. Além do indeferimento, a mera omissão da autoridade administrativa em responder ao pedido de informações viabiliza a utilização do habeas data.
133. Falsa. Somente o cidadão brasileiro pode, ou seja, o eleitor (art 5o, LXXDI).
134. Falsa. Não cabe ação popular para defesa de direito próprio, mas apenas de interesse coletivo ou difuso enumerado no inciso LXXHI do art 5“.
135. Verdadeira. É o que consta do inciso LXXHI do art 5o.
236. Falsa. Só está isento de custas e do ônus da sucumbência se atuar de boa-fé.
137. Verdadeira. É o que comanda o princípio da imediata aplicabilidade, § Io do art 5°.
138. Falsa. O § 2o do art 5® identifica, expressamente, outras fontes de direitos fundamentais, como os tratados, o sistema e o regime constitucional brasileiro.
139. Verdadeira. É isso que significa o reconhecimento, pelo § T do art 5o, da possibilidade de existência de direitos fundamentais a partir do sistema e do regime constitucional.
140. Verdadeira. Em regra, onde cabe lei ordinária, cabe medida provisória. As exceções estão elencadas no art 62, § Io, da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda n°32.
141. Verdadeira. Uma emenda pode aumentar o rol dos direitos e garantias previstos na Constituição, embora não possa aumentar a relação das cláusulas pétreas assentadas no § 4o do art 60.

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