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<p>Contabilidade para Microentidades e</p><p>Pequenas Empresas</p><p>LIVRO DIGITAL</p><p>Stephanie Kalynka</p><p>Contabilidade, Gestão e Tributação</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>2</p><p>IDENTIFICAÇÃO</p><p>CONTEÚDO</p><p>Stephanie Kalynka</p><p>Empreendedora, Contadora, Mestra em Contabilidade e Especialista em</p><p>controladoria e Auditoria Contábil. Atuante em empresas contábeis, também se</p><p>dedica a impactar diariamente jovens e adultos em formação de nível superior por</p><p>meio de aulas ativas, facilitando o entendimento da vida teórica com a prática</p><p>empresarial. Gestora Nacional dos cursos da área de Negócios do grupo Yduqs e</p><p>tutora de disciplinas online do Centro Universitário Estácio de Santa Catarina. Tem</p><p>experiência de 12 anos na área Contábil, ao qual já exerceu os cargos de Auxiliar</p><p>contábil, Coordenadora de Contabilidade e líder de equipe contábil e possui</p><p>experiência na área da educação, com cargos de Coordenação de Curso e</p><p>Assessora Técnica de Assuntos Estudantis. Atua também como capacitadora de</p><p>professores.</p><p>PRODUÇÃO E-BOOK</p><p>Juliana Gualberto – Especialista Contábil</p><p>DESIGNER/ DIAGRAMAÇÃO</p><p>Diogo Assunção – Coordenador Visual</p><p>COORDENAÇÃO DO E-BOOK</p><p>Mariana Pimentel – Especialista Contábil</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>3</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. BOAS VINDAS!! ........................................................................................................................... 4</p><p>2. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS DA DISCIPLINA: .............................................................................. 5</p><p>3. NORMAS E LEGISLAÇÕES APLICADAS ............................................................................................ 6</p><p>3.1. Conceitos de Microentidades e Pequenas Empresas .................................................................. 6</p><p>3.2. Normas e Legislações aplicáveis à Microentidades e Pequenas Empresas ................................. 7</p><p>3.3. Prática de Classificação e Normas Contábeis Aplicáveis .............................................................. 9</p><p>3.4. Principais Aspectos Normas Aplicáveis a Microentidades e Pequenas Empresas ..................... 10</p><p>4. ASPECTOS GERAIS APLICÁVEIS PARA AS MICROENTIDADES E PEQUENAS EMPRESAS ............. 11</p><p>4.1. Análise da ITG 1000 .................................................................................................................... 11</p><p>4.2. Análise da NBC TG 1002 ............................................................................................................. 12</p><p>4.3. Análise da NBC TG 1001 ............................................................................................................. 14</p><p>5. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..................................................................................................... 15</p><p>5.1. Demonstrações das Microentidades ........................................................................................ 15</p><p>5.2. Balanço Patrimonial para Microentidades: Uma análise privilegiada...................................... 17</p><p>5.3. Modelo de Balanço Patrimonial para Microentidades: Um Passo a Passo .............................. 19</p><p>5.4. Análise Demonstração de Resultado Microentidades: Entendendo o Desempenho</p><p>Financeiro ........................................................................................................................................ 20</p><p>5.5. Modelo Demonstração de Resultado para Microentidades: Compreendendo o</p><p>Desempenho Financeiro .................................................................................................................. 22</p><p>5.6. Análise da DLPA: Compreendendo os Lucros ou Prejuízos Acumulados ................................. 25</p><p>5.7. Modelo de Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) para Microentidades 26</p><p>5.8. Demonstrações Contábeis para Pequenas Empresas .............................................................. 28</p><p>5.9. Balanço Patrimonial para Pequenas Empresas ........................................................................ 29</p><p>5.10. Demonstração de Resultado para Pequenas Empresas ........................................................... 30</p><p>5.11. DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) para Pequenas Empresas ....... 32</p><p>5.12. Demonstrações dos Fluxos de Caixa Pequenas Empresas ....................................................... 33</p><p>5.13. Notas Explicativas Pequenas Empresas ................................................................................... 35</p><p>6. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 36</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>4</p><p>1. BOAS VINDAS!!</p><p>Prezado(a) leitor(a),</p><p>É com imensa alegria que lhe damos as boas-vindas a esta emocionante jornada de</p><p>aprendizado. A trilha que vamos iniciar tem como centro um tema de importância</p><p>inestimável: a Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas.</p><p>Estamos realmente entusiasmados por ter você a bordo, pois compreendemos que a</p><p>educação é a chave para o desenvolvimento pessoal e profissional. Sua decisão de</p><p>se dedicar a este e-book representa um passo significativo na direção à sua própria</p><p>transformação e ao fortalecimento do seu conhecimento contábil.</p><p>Nossa equipe está aqui para apoiá-lo(a) a cada passo do caminho. Comprometemo-</p><p>nos a oferecer os recursos educacionais mais relevantes e úteis, com o objetivo de</p><p>tornar sua jornada de aprendizagem tão eficaz e envolvente quanto possível. Afinal,</p><p>pensamos que aprender deve ser uma jornada inspirada e instigante.</p><p>“A Contabilidade Facilitada” não é apenas um guia, mas um companheiro de viagem</p><p>nesta exploração do universo contábil. Juntos, vamos desvendar os segredos da</p><p>contabilidade para microentidades e pequenas empresas, capacitando você a</p><p>dominar esse campo fundamental.</p><p>Tenha a certeza de que estamos ao seu lado em cada página, em cada capítulo. Seu</p><p>compromisso e entusiasmo são o combustível que gerará seu sucesso. Aproveite esta</p><p>oportunidade máxima excepcional de crescimento e saiba que pode contar conosco</p><p>em cada etapa da sua jornada.</p><p>Mais uma vez, seja muito bem-vindo(a)! Estamos ansiosos para embarcar com você</p><p>nesta aventura de aprendizado e conquistas ao seu lado. Prepare-se para ampliar</p><p>seus horizontes e dominar a contabilidade de maneira prática e acessível.</p><p>Vamos começar!</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>5</p><p>2. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS DA DISCIPLINA:</p><p>É com grande entusiasmo que o recebemos nesta jornada de aprendizado!</p><p>Esta disciplina nos conduz a explorar um universo de grande importância: as normas</p><p>contábeis para Microentidades e Pequenas Empresas, verdadeiras jóias no mundo</p><p>empresarial.</p><p>Quantas vezes você já se perguntou sobre qual direção tomar em relação às normas</p><p>contábeis? Ou se é necessário mergulhar nas leis e ou nos pronunciamentos do CPC</p><p>(Comitê de Pronunciamentos Contábeis)? Chegou o momento de desvendarmos</p><p>essas questões.</p><p>Ao longo deste curso, não apenas entenderemos por que seguir as normas brasileiras</p><p>de contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, que é</p><p>fundamental, mas também compreenderemos por que devemos dar prioridade a elas</p><p>em relação ao CPC. Discutiremos suas diretrizes e hierarquia.</p><p>Nossa missão é capacitá-lo(a) a compreender e aplicar essas normas contábeis</p><p>de</p><p>ter apenas duas declarações em vez das notas explicativas completas, desde que</p><p>estejam em conformidade com a norma e forneçam informações relevantes sobre a</p><p>atividade operacional da empresa.</p><p>As notas explicativas desempenham um papel crucial na comunicação eficaz das</p><p>informações financeiras e contábeis das pequenas empresas. Portanto, é essencial</p><p>compreender e aplicar as diretrizes da NBC-TG-1001 e da ITG-1000 para garantir a</p><p>integridade e a privacidade dessas notas nas demonstrações contábeis.</p><p>6. CONCLUSÃO</p><p>Impulsionando o Sucesso na Contabilidade para Microentidades e Pequenas</p><p>Empresas.</p><p>A jornada pela disciplina de Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>é enriquecedora e repleta de oportunidades para os futuros profissionais contábeis.</p><p>Ao longo deste e-book, exploramos os conceitos essenciais, as normas e as práticas</p><p>contábeis necessárias para atender às demandas das empresas de menor porte.</p><p>Concluímos nossa jornada com algumas reflexões importantes:</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>37</p><p>Profissionalismo Diferenciado: O conhecimento adquirido nessa disciplina oferece</p><p>a você a chance de se destacar como um profissional contábil diferenciado.</p><p>Aprofundar-se nas normas e legislações contábeis permite atender às necessidades</p><p>específicas de clientes e empresas, agregando valor significativo.</p><p>Aplicação Prática Imediata: Uma das vantagens cruciais de dominar a contabilidade</p><p>para microentidades e pequenas empresas é a capacidade de aplicar esse</p><p>conhecimento imediatamente. Você se decidirá por um recurso relevante para ajudar</p><p>as empresas a cumprir suas obrigações fiscais de maneira eficaz.</p><p>Esforço e Dedicação: O sucesso na profissão contábil depende do seu esforço e</p><p>dedicação contínua. À medida que você continuar a aprimorar suas habilidades e</p><p>conhecimentos, estará mais bem preparado para enfrentar os desafios em constante</p><p>evolução do mundo contábil.</p><p>Valor para Clientes e Empresas: Seu papel como contador não se limita a números;</p><p>você se torna um parceiro estratégico que ajuda as empresas a tomar decisões</p><p>informadas. Sua compreensão das normas e práticas contábeis permitirá que você</p><p>oriente seus clientes e tenha formação para alcançar seus objetivos financeiros.</p><p>Em resumo, a Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas é uma</p><p>disciplina que oferece a você a oportunidade de se tornar um profissional contábil</p><p>altamente qualificado e valorizado. Aprofundando-se no conhecimento, esteja sempre</p><p>atualizado com as mudanças nas normas e leis e mantenha o compromisso com a</p><p>excelência em sua profissão. Com determinação e dedicação, você estará pronto para</p><p>enfrentar os desafios e contribuir para o sucesso das empresas que atendem.</p><p>Parabéns pela sua busca pelo conhecimento contábil e pelo caminho que você está</p><p>trilhando em direção a uma carreira de sucesso!</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>38</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>de</p><p>forma sólida e eficaz, fornecendo uma base robusta para que você atue com sucesso</p><p>no cenário empresarial das Microentidades e Pequenas empresas.</p><p>Abrace esta oportunidade de aprendizado e prepare-se para desvendar os segredos</p><p>das normas contábeis. Estamos aqui para acompanhá-lo(a) em cada passo deste</p><p>caminho, rumo ao domínio da contabilidade nesse contexto tão essencial.</p><p>Vamos começar esta jornada fascinante!</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>6</p><p>3. NORMAS E LEGISLAÇÕES APLICADAS</p><p>3.1. Conceitos de Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>É importante ressaltar que os profissionais contábeis devem seguir as Normas</p><p>Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade.</p><p>Embora algumas normas sejam influenciadas pelos CPCs, nem todas as normas são</p><p>baseadas neles. Portanto, é essencial estudar e seguir as normas brasileiras para</p><p>atuar como um profissional contábil.</p><p>Antes de entrarmos nas normas e legislações específicas, abordaremos o conceito de</p><p>Microentidades e Pequenas empresas. Esses conceitos são definidos pelas normas</p><p>brasileiras de contabilidade para essa categoria de empresas.</p><p>O que é uma Microentidade?</p><p>Microentidades são negócios de pequeno porte, com características simplificadas em</p><p>relação à contabilidade.</p><p>O termo "Microentidade" foi introduzido recentemente na contabilidade brasileira, em</p><p>dezembro de 2021. Segundo a norma, uma Microentidade é uma empresa com receita</p><p>bruta anual de até 4 milhões e 800 mil reais. Essa classificação é aplicável a empresas</p><p>com finalidade de lucro.</p><p>Dentro de um escritório de contabilidade, a maioria das empresas são microentidades,</p><p>incluindo todas as empresas do Simples Nacional. No entanto, não é o regime</p><p>tributário que define uma empresa como Microentidade, mas sim sua receita bruta</p><p>anual.</p><p>O que é uma Pequena Empresa?</p><p>As pequenas empresas possuem características contábeis um pouco mais complexas</p><p>que as microentidades.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>7</p><p>Uma pequena empresa, também com finalidade de lucro, tem uma receita bruta anual</p><p>acima de 4 milhões e 800 mil reais, mas limitada a 78 milhões de reais. Portanto, uma</p><p>empresa com receita bruta anual acima de 4 milhões e 800 mil reais até 78 milhões</p><p>de reais é considerada uma pequena empresa.</p><p>Assim como no caso das Microentidades, o regime tributário não é o critério para</p><p>definir uma empresa como pequena empresa, mas sim sua receita bruta anual.</p><p>3.2. Normas e Legislações aplicáveis à Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>É fundamental que os profissionais contábeis tenham conhecimento das normas e</p><p>legislações aplicáveis a Microentidades e Pequenas Empresas para realizar a</p><p>contabilidade de forma adequada.</p><p>A classificação correta da empresa é fundamental para determinar qual norma contábil</p><p>deve ser aplicada para elaboração de suas demonstrações financeiras. Além disso, a</p><p>correta aplicação das normas assegura a confiabilidade das demonstrações</p><p>financeiras e contribui para uma gestão mais eficiente e transparente.</p><p>Microentidades</p><p>As microentidades devem seguir a NBC TG 1002 emitida pelo Conselho Federal de</p><p>Contabilidade.</p><p>Link da NBC TG 1002:</p><p>Pequenas Empresas</p><p>As pequenas empresas, por sua vez, devem seguir a NBC TG 1001 - Contabilidade</p><p>para Pequenas e Médias Empresas.</p><p>Link da NBC TG 1001:</p><p>Fique atento!</p><p>Não deixe de conhecer a ITG-1000. Essa interpretação do Conselho Federal de</p><p>Contabilidade define o conceito de Microentidade e Pequena Empresa e indica qual a</p><p>norma contábil a ser utilizada para cada uma delas. Casos não contemplados pelas</p><p>normas específicas, é permitido recorrer a normas mais abrangentes.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2021/NBCTG1002&arquivo=NBCTG1002.doc&_ga=2.109364613.1846884955.1695662173-524363146.1687107843</p><p>https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTG1000(R1)&arquivo=NBCTG1000(R1).doc&_ga=2.268214670.1846884955.1695662173-524363146.1687107843</p><p>https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTG1000(R1)&arquivo=NBCTG1000(R1).doc&_ga=2.268214670.1846884955.1695662173-524363146.1687107843</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>8</p><p>A ITG-1000 também estabelece que as microentidades e pequenas empresas que</p><p>são qualificadas como companhias fechadas (sociedades anônimas de capital</p><p>fechado) ou que estão sujeitas ao regime do lucro real devem seguir a Lei 6.404/76,</p><p>que trata sobre as sociedades por ações. Portanto, se a empresa se enquadra nessas</p><p>categorias, além de seguir a NBC-TG 1002 ou 1001, é necessário também aplicar as</p><p>regras estabelecidas na Lei 6.404/76.</p><p>Link da ITG 1000 (R1):</p><p>É importante ressaltar que a adoção parcial das normas contábeis é vedada. Ou seja,</p><p>não é permitido utilizar apenas algumas seções das normas, escolhendo quais partes</p><p>seguir e quais não seguir. As normas devem ser aplicadas na íntegra. Se houver</p><p>alguma situação específica não contemplada nas normas de microentidades ou</p><p>pequenas empresas, é permitido utilizar normas mais abrangentes, desde que sejam</p><p>aplicadas a situação em questão.</p><p>Exemplo:</p><p>Se uma Microentidade deseja elaborar uma Demonstração dos Fluxos de Caixa</p><p>(DFC), mas a NBC-TG 1002 não aborda esse assunto, é permitido utilizar a NBC-TG</p><p>1001, que trata sobre a DFC, mesmo que a empresa se enquadre como</p><p>Microentidade. Nesse caso, a norma mais abrangente é utilizada para suprir a lacuna</p><p>na regulamentação específica.</p><p>Como dito anteriormente, a classificação de uma empresa como Microentidade,</p><p>pequena, média ou grande está relacionada à sua receita bruta anual. É possível que</p><p>uma empresa mude de categoria de um ano para o outro, por isso é necessário revisar</p><p>essa classificação anualmente e verificar se é necessário alterar as normas aplicadas.</p><p>É válido ressaltar a importância de acompanhar o Diário Oficial da União, pois as</p><p>normas são publicadas lá antes de estarem disponíveis no site do CFC. Além disso,</p><p>o acesso às normas pode ser feito em formato Word ou PDF.</p><p>Ao acessar o site do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) – Link site da CFC –</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2022/ITG1000&arquivo=ITG%201000.doc&_ga=2.261466637.1846884955.1695662173-524363146.1687107843</p><p>https://cfc.org.br/</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>9</p><p>você encontrará a seção de legislação. Nessa seção, é possível acessar as normas</p><p>brasileiras de contabilidade.</p><p>Leitura recomendada!</p><p>LINK do Artigo que explica motivo da substituição das normas:</p><p>3.3. Prática de Classificação e Normas Contábeis Aplicáveis</p><p>Classificando as empresas</p><p>A classificação baseia-se principalmente na receita bruta anual, o desafio proposto é</p><p>classificar três empresas como microentidade ou pequena empresa e identificar a</p><p>norma contábil aplicável a cada uma delas.</p><p>A primeira empresa é optante pelo Simples Nacional e possui uma receita bruta anual</p><p>de R$2,5 milhões. É classificada como microentidade, e a norma aplicável é a NBC</p><p>TG 1002.</p><p>A segunda empresa é optante pelo Lucro Presumido e tem uma receita bruta anual</p><p>de R$3 milhões. Também é classificada como microentidade, e a norma aplicável é a</p><p>NBC TG 1002.</p><p>A terceira empresa também é optante pelo Lucro Presumido, mas possui uma receita</p><p>bruta anual de R$6 milhões. É classificada como pequena empresa, e a norma</p><p>aplicável</p><p>é a NBC TG 1001.</p><p>Qual Norma Utilizar?</p><p>Independentemente do regime tributário, as normas contábeis essenciais para quem</p><p>atua com microentidades e pequenas empresas incluem:</p><p>ITG 2000 – trata de escrituração contábil e é aplicável a todos os tipos de empresas.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>https://www3.crcpr.org.br/crcpr/noticias/micro-e-pequenas-empresas-terao-novas-normas-de-contabilidade-a-partir-de-1-de-janeiro#:~:text=Anteriormente%2C%20duas%20normas%20principais%20norteavam,e%20Empresa%20de%20Pequeno%20Porte</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>10</p><p>ITG 1000 – normas aplicáveis e modelos de plano de contas e demonstrações</p><p>contábeis para Microentidades e Pequenas empresas.</p><p>NBC TG 1002 – norma contábil que dispõe sobre a contabilidade das Microentidades.</p><p>NBC TG 1001 – norma contábil que dispõe sobre a contabilidade para Pequenas</p><p>Empresas.</p><p>Recomendações importantes</p><p>Para quem atende exclusivamente microentidades, é fundamental estudar ITG 2000</p><p>e ITG 1000. Para quem atende apenas pequenas empresas, a NBC TG 1002 pode</p><p>ser omitida. No entanto, é altamente recomendável estudar as três primeiras normas</p><p>da lista, independentemente do tipo de empresa atendida.</p><p>Essas normas são consideradas leituras acessíveis e fundamentais. Elas são a base</p><p>para uma atuação bem-sucedida na área contábil, especialmente quando se trata de</p><p>microentidades e pequenas empresas.</p><p>3.4. Principais Aspectos Normas Aplicáveis a Microentidades e Pequenas</p><p>Empresas</p><p>Ao abordar a contabilidade para microentidades e pequenas empresas, é fundamental</p><p>compreender a importância das normas específicas que regem esses tipos de</p><p>empresas. A leitura completa dessas normas é essencial para conduzir melhor a</p><p>escrituração contábil, o fechamento contábil e a elaboração das projeções financeiras.</p><p>Um aspecto notável é a necessidade de classificar as empresas anualmente, com</p><p>base na sua receita bruta anual. Isso ocorre porque uma microentidade pode, ao longo</p><p>do tempo, expandir seus negócios e tornar-se uma pequena empresa, ou vice-versa.</p><p>Essa mudança de classificação pode influenciar diretamente na aplicação das normas</p><p>estruturais específicas.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>11</p><p>Portanto, é altamente recomendável que os profissionais de contabilidade leiam</p><p>atentamente as normas regulamentares dessas empresas e as mantenham</p><p>acessíveis para consulta. Isso pode ser feito por meio da impressão das normas ou</p><p>do armazenamento em um local de fácil acesso. Essas normas não são apenas</p><p>diretrizes; elas se tornam uma referência essencial para contadores comprometidos</p><p>em fornecer serviços contábeis de alta qualidade.</p><p>Nesse contexto dinâmico e em constante evolução, o conhecimento atualizado dessas</p><p>normas desempenha um papel crucial no sucesso dos profissionais contábeis e na</p><p>garantia da conformidade de suas empresas-clientes com as regulamentações</p><p>vigentes.</p><p>Portanto, ao explorarmos mais profundamente o universo da contabilidade para</p><p>microentidades e pequenas empresas, tenhamos em mente a importância desses</p><p>aspectos-chave das normas aplicáveis. Eles são o alicerce sobre o que construímos</p><p>a precisão e a confiabilidade na contabilidade dessas empresas, contribuindo para</p><p>seu crescimento e sucesso contínuo.</p><p>4. ASPECTOS GERAIS APLICÁVEIS PARA AS MICROENTIDADES E PEQUENAS</p><p>EMPRESAS</p><p>Neste capítulo, aprofundaremos os aspectos gerais que são de extrema relevância</p><p>para as microentidades e pequenas empresas no que diz respeito à sua contabilidade.</p><p>Em particular, exploraremos a norma ITG 1000 e como ela desempenha um papel</p><p>fundamental na garantia da conformidade contábil desses negócios.</p><p>4.1. Análise da ITG 1000</p><p>O ITG 1000 é muito mais do que uma norma simples; é um guia abrangente que</p><p>contém modelos e diretrizes essenciais para aqueles que desejam seguir as normas</p><p>contábeis aplicáveis. Ela serve como um manual completo, uma bússola confiável que</p><p>orienta os profissionais contábeis em direção à conformidade contábil.</p><p>Ter acesso às normas contábeis, em especial ao ITG 1000, é de extrema importância</p><p>para aqueles que trabalham com pequenas empresas e microentidades. Sempre</p><p>recomendamos buscar as normas diretamente no site do Conselho Federal de</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>12</p><p>Contabilidade (CFC) ou no Diário Oficial, a fim de evitar confusões com versões</p><p>desatualizadas.</p><p>A ITG 1000 é uma interpretação de valor inestimável para os profissionais contábeis</p><p>que prestam serviços a esses tipos de empresas. Ela não apenas esclarece a</p><p>brangência da ITG 1000, mas também define o tipo de entidade ao qual se aplica as</p><p>normas contábeis e aborda a carta de responsabilidade da administração.</p><p>Um recurso particularmente relevante encontrado nos anexos da ITG 1000 são</p><p>osmodelos de planos de contas e demonstrações financeiras destinados a pequenas</p><p>empresas e microentidades. Embora esses modelos sejam sugestões e possam ser</p><p>adaptados, eles desempenham um papel fundamental na verificação da classificação</p><p>correta dos itens contábeis.</p><p>No entanto, vale ressaltar que os sistemas contábeis utilizados podem conter erros,</p><p>uma vez que são parametrizados por pessoas. Portanto, cabe ao profissional contábil</p><p>garantir a precisão e a conformidade das informações, conforme previsto nas normas</p><p>contábeis.</p><p>Dica útil: Faça o download do ITG 1000 e mantenha essa norma sempre à mão para</p><p>consultas diárias. Ela é uma fonte inestimável de informações que o auxiliarão na sua</p><p>jornada de conformidade contábil e no fornecimento de serviços de alta qualidade para</p><p>as microentidades e pequenas empresas.</p><p>Compreender os aspectos gerais e a aplicação do ITG 1000 é um passo vital na</p><p>direção à mestria da contabilidade para esses tipos de empresas. Vamos agora</p><p>explorar mais o fundo dos detalhes e nuances que essa norma oferece.</p><p>4.2. Análise da NBC TG 1002</p><p>No que se refere às normas contábeis para microentidades, a NBC TG 1002 se</p><p>destaca como uma das mais relevantes e fundamentais para os profissionais</p><p>contábeis. O que se torna especial é sua linguagem simples e acessível, tornando-a</p><p>um recurso valioso para aqueles que lidam com microentidades.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>13</p><p>A Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral (NBC TG) 1002 aborda</p><p>especificamente a contabilidade para microentidades. Ela é uma norma simplificada,</p><p>com requisitos menos rigorosos em comparação com outras normas contábeis, devido</p><p>ao perfil e tamanho dessas empresas. A estrutura da norma segue o mesmo padrão</p><p>das outras normas, como a NBC TG 1001 e 1000, o que facilita a padronização e</p><p>compreensão por parte dos profissionais contábeis.</p><p>Dentro da NBC TG 1002, encontramos orientações elaboradas sobre a elaboração</p><p>das projeções contábeis, seguindo uma abordagem comparativa, com exceção do</p><p>primeiro ano de adoção da norma. Além disso, a norma oferece instruções sobre o</p><p>registro de proteção de receitas e despesas financeiras, bem como informações sobre</p><p>benefícios a trabalhadores e administradores, e o uso do princípio da competência</p><p>contábil.</p><p>A norma contém pontos cruciais que os contadores devem considerar ao atender</p><p>microentidades, que representam a maioria das empresas no Brasil. Uma das</p><p>particularidades dessa norma é que, uma vez escolhida pelo contador, ela deve ser</p><p>mantida por dois anos consecutivos. Portanto, a escolha da norma deve ser feita com</p><p>cuidado, a fim de manter</p><p>a consistência nas práticas contábeis e facilitar o trabalho do</p><p>profissional contábil ao longo do tempo.</p><p>Ponto de Atenção: Tanto a NBC TG 1002 quanto as normas NBC TG 1001 e a ITG</p><p>1000 possuem a mesma estrutura de obrigações, o que promove uma maior</p><p>uniformidade e compreensão.</p><p>É importante notar que alguns declarações não se aplicam à norma NBC TG 1002, e</p><p>isso é indicado pela pulsação da numeração, indo da seção 30 diretamente para a 35,</p><p>já que os declarações 31, 32, 33 e 34 não têm relevância para esse tipo de empresa.</p><p>A seção 35 da norma discute a adoção inicial da NBC TG 1002, especialmente quando</p><p>não há histórico contábil anterior disponível para o cliente. Nesse caso, é sugerida a</p><p>realização de um balanço especial de abertura, conforme especificado na NBCTG</p><p>1002.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>14</p><p>É fundamental enfatizar que o profissional contábil deve sempre buscar a leitura</p><p>integral da norma, pois cada detalhe é relevante para a correta aplicação das regras</p><p>contábeis nas microentidades. Ler e compreender todos os requisitos da norma é</p><p>essencial para garantir a aplicação precisa e adequada das normas contábeis.</p><p>Portanto, à medida que exploramos mais profundamente a NBC TG 1002, prepare-se</p><p>para absorver os detalhes e nuances que essa norma oferece, tornando-a uma</p><p>ferramenta valiosa em seu trabalho com microentidades.</p><p>4.3. Análise da NBC TG 1001</p><p>A NBC TG 1001 é uma norma contábil específica e fundamental para as pequenas</p><p>empresas. Antes da existência dessa norma, as pequenas empresas eram regidas</p><p>pela NBC TG 1000, que, embora aplicável a pequenas e médias empresas, implicava</p><p>em critérios mais robustos. No entanto, a NBC TG 1001 foi criada com foco nas</p><p>necessidades e características específicas das pequenas empresas, tornando-se um</p><p>guia mais adequado para elas. Esta norma foi publicada em dezembro de 2021 e</p><p>tornou-se obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2023.</p><p>A estrutura da NBC TG 1001 segue um padrão semelhante às normas NBC TG 1000</p><p>e NBC TG 1002, embora isolados com seções específicas que são únicos para cada</p><p>uma delas.</p><p>A NBC TG 1001 aborda uma variedade de relatórios contábeis essenciais, incluindo</p><p>a preparação de projeções contábeis, a elaboração da Demonstração dos Fluxos de</p><p>Caixa (DFC), a inclusão de notas explicativas, demonstrações consolidadas, a</p><p>correção de erros contábeis, o tratamento de instrumentos financeiros, o</p><p>gerenciamento de estoques, ativos imobilizados, ativos intangíveis e muito mais. Além</p><p>disso, esta norma fornece orientações valiosas sobre como proceder na elaboração</p><p>das demonstrações contábeis quando não há histórico contábil anterior.</p><p>É de extrema importância que os profissionais contábeis analisem cada norma de</p><p>acordo com o tipo de empresa que atendem. Isso garantirá que os critérios de</p><p>elaboração sejam atendidos de maneira precisa e adequada, levando em</p><p>consideração as especificidades de cada entidade.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>15</p><p>É relevante observar que algumas seções não se aplicam à NBC TG 1001, como as</p><p>seções: 1, 12, 15 e 16, uma vez que essas seções podem ser específicos para outros</p><p>tipos de empresas.</p><p>Um ponto de atenção importante é que, embora certas demonstrações não sejam</p><p>exigidas para fins práticos na NBC TG 1002, como a Demonstração dos Fluxos de</p><p>Caixa (DFC), as instruções sobre como elaborar essas demonstrações podem ser</p><p>incluídas em seguindo as orientações específicas, disponível na seção 7 como base</p><p>de elaboração.</p><p>À medida que exploramos mais profundamente a NBC TG 1001, prepare-se para</p><p>compreender as nuances e os detalhes que essa norma oferece. Ela desempenha um</p><p>papel vital na simplificação das práticas contábeis para pequenas empresas,</p><p>tornando-as mais acessíveis e adequadas às suas necessidades exclusivas.</p><p>5. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>As projeções financeiras desempenham um papel fundamental em qualquer</p><p>organização, independentemente do seu tamanho. No entanto, para microentidades</p><p>e empresas de pequeno porte, essas previsões são ainda mais cruciais, pois ajudam</p><p>a moldar o presente e o futuro dos seus negócios de maneira significativa.</p><p>Em resumo, as projeções contábeis são fontes externas para microentidades e</p><p>empresas de pequeno porte. Eles fornecem insights claros sobre a saúde financeira</p><p>de um negócio e auxiliam na tomada de decisões inteligentes. Portanto, investir tempo</p><p>e recursos na preparação e análise dessas projeções é uma escolha sábia para</p><p>qualquer empresa que aspire ao crescimento e à prosperidade em um ambiente</p><p>empresarial dinâmico e competitivo.</p><p>Vamos conhecer abaixo cada uma delas!</p><p>5.1. Demonstrações das Microentidades</p><p>As microentidades têm obrigações específicas em relação às demonstrações</p><p>contábeis, em conformidade com a NBCTG 1002.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>16</p><p>Essas obrigações envolvem a elaboração das seguintes demonstrações contábeis:</p><p>Balanço Patrimonial: Esta é uma demonstração contábil que todas as empresas,</p><p>incluindo as microentidades, devem preparar. O balanço patrimonial fornece uma</p><p>visão clara da situação financeira da empresa em um período determinado,</p><p>destacando seus ativos, passivos e patrimônio líquido.</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Também conhecida como DR,</p><p>essa demonstração contábil é obrigatória para todas as empresas,</p><p>independentemente do seu tamanho. A DRE revela o desempenho financeiro da</p><p>empresa durante um período específico, exibindo suas receitas, despesas e o</p><p>resultado líquido.</p><p>Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): Esta é uma</p><p>exigência recente para as microentidades, a partir de 1º de janeiro de 2023, de acordo</p><p>com a NBCTG 1002. A DLPA apresenta o histórico acumulado de lucros ou prejuízos</p><p>da empresa ao longo dos anos.</p><p>Além das três demonstrações mencionadas, a norma também incentiva as</p><p>microentidades a elaborarem e divulgarem notas explicativas. Embora não sejam</p><p>obrigatórios, é altamente relevante que as microentidades elaborem pelo menos duas</p><p>notas explicativas, conforme orientado na NBCTG 1002.</p><p>Essas notas devem conter:</p><p>Declaração explícita e sem ressalvas da conformidade com a norma: Essa nota deve</p><p>declarar que a empresa sofreu a NBCTG 1002 na elaboração das demonstrações</p><p>contábeis.</p><p>Informações sobre a atividade operacional da microentidade: Esta nota deve</p><p>descrever a principal atividade da empresa.</p><p>É crucial que as empresas compreendam a importância da elaboração adequada</p><p>dessas demonstrações contábeis, mesmo que muitos sistemas de contabilidade</p><p>automatizem essa tarefa atualmente. É necessário garantir que o sistema contábil</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>17</p><p>esteja configurado corretamente para atender aos requisitos da NBCTG 1002,</p><p>especialmente em relação à nova exigência da DLPA.</p><p>Por fim, é importante ressaltar que as pequenas empresas enfrentam requisitos</p><p>contábeis mais complexos em comparação com as microentidades. As notas</p><p>explicativas são incentivadas para as microentidades, mas são obrigatórias para as</p><p>pequenas empresas.</p><p>Tanto microentidades quanto pequenas devem estar cientes das demonstrações</p><p>contábeis obrigatórias e de sua importância para análises financeiras e tomadas de</p><p>decisão. O Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício e a</p><p>Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados desempenham papéis cruciais</p><p>na divulgação de informações relevantes sobre a situação financeira e o desempenho</p><p>da empresa. Além disso, a elaboração das notas explicativas e das declarações de</p><p>conformidade garante a transparência e a conformidade das informações contábeis.</p><p>5.2. Balanço Patrimonial para Microentidades: Uma análise privilegiada</p><p>O balanço patrimonial é um balanço das demonstrações contábeis mais crucial para</p><p>qualquer empresa, independentemente do seu tamanho. Para as microentidades,</p><p>essa ferramenta financeira desempenha um papel fundamental na compreensão da</p><p>saúde financeira do negócio e na tomada de decisões estratégicas.</p><p>Aqui estão os pontos essenciais relacionados ao Balanço Patrimonial para</p><p>Microentidades, conforme definido pela NBCTG 1002:</p><p>Ativos Mínimos: O balanço patrimonial deve incluir uma lista de ativos mínimos que</p><p>todas as microentidades devem apresentar. Esses ativos abrangem desde valores em</p><p>caixa e bancos até estoques, investimentos, ativos imobilizados e ativos intangíveis.</p><p>A ordem de apresentação segue uma lógica decrescente de liquidez, o que significa</p><p>que os ativos mais líquidos devem aparecer primeiro.</p><p>Passivos Mínimos: Da mesma forma, o balanço patrimonial deve apresentar um</p><p>conjunto mínimo de passivos que inclua fornecedores, tributos a pagar, empréstimos,</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>18</p><p>capital social e muito mais. A classificação também segue uma ordem decrescente de</p><p>liquidez para garantir uma visão clara das obrigações financeiras.</p><p>Classificação de Ativos e Passivos: A classificação de ativos e passivos como</p><p>circulantes ou não circulantes depende dos dados das projeções contábeis. Ativos e</p><p>passivos que serão realizados ou liquidados nos próximos 12 meses a partir dos</p><p>dados das demonstrações financeiras são classificados como circulantes. Os demais</p><p>são considerados não circulantes.</p><p>Flexibilidade Adicional: A NBCTG 1002 permite a inclusão de subcontas, contas</p><p>adicionais, cabeçalhos e subtotais no balanço patrimonial, desde que sejam</p><p>relevantes para uma compreensão completa da situação financeira da microentidade.</p><p>Isso proporciona facilidade para adaptar o balanço patrimonial às necessidades</p><p>específicas da empresa.</p><p>Dados das Demonstrações Contábeis: É fundamental que os dados das</p><p>demonstrações contábeis sejam utilizados como base para a classificação de ativos</p><p>e passivos como circulantes ou não circulantes. Normalmente, essa data é 31 de</p><p>dezembro, mas pode variar de acordo com o contrato social da empresa.</p><p>Exemplo Prático: Para ilustrar, se a empresa tem vendas parceladas com</p><p>pagamentos programados ao longo de 36 meses e os dados das demonstrações</p><p>contábeis é 31 de dezembro, as parcelas a serem recebidas nos próximos 12 meses</p><p>são consideradas passivas circulantes, enquanto as parcelas a serem recebidas esse</p><p>após período são ativos não circulantes.</p><p>Em resumo, o Balanço Patrimonial é uma ferramenta poderosa para as</p><p>microentidades, oferecendo uma visão clara de seus ativos, passivos e situação</p><p>financeira. Ao seguir as diretrizes da NBCTG 1002 e compreender os princípios</p><p>subjacentes à classificação de ativos e passivos, as microentidades podem aproveitar</p><p>ao máximo essa demonstração contábil vital. Além disso, a flexibilidade para incluir</p><p>informações adicionais garante que o balanço patrimonial seja uma ferramenta</p><p>personalizada que atende às necessidades individuais de cada empresa.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>19</p><p>5.3. Modelo de Balanço Patrimonial para Microentidades: Um Passo a Passo</p><p>Elaborar um balanço patrimonial é uma parte fundamental da gestão financeira de</p><p>qualquer empresa, incluindo microentidades. Este documento fornece uma visão</p><p>panorâmica da situação financeira da organização e é uma ferramenta crucial para</p><p>avaliação e tomada de decisões. Abaixo, apresentamos um guia passo a passo para</p><p>a criação de um modelo de balanço patrimonial para microentidades, conforme ITG-</p><p>1000:</p><p>Informações Básicas: O balanço patrimonial começa com informações básicas da</p><p>empresa, como o nome, CNPJ e o período a que se refere. É importante fornecer</p><p>esses dados para uma identificação clara.</p><p>Comparativo com Ano Anterior: Uma prática recomendada é comparar as</p><p>demonstrações contábeis com anos anteriores. Isso ajuda a identificar tendências e</p><p>mudanças significativas. No entanto, observa-se que no primeiro ano de adoção da</p><p>norma, não é necessário apresentar o ano comparativo.</p><p>Estrutura em Duas Colunas: O balanço patrimonial é elaborado em duas colunas,</p><p>começando pelas informações mais recentes e, em seguida, incluindo o comparativo</p><p>com o período anterior. Isso permite uma comparação fácil.</p><p>Ativo: No lado do ativo, são discriminados os ativos circulantes, que incluem</p><p>disponibilidades (caixa, banco, aplicações financeiras), contas a receber (de clientes</p><p>e outras perdas) e outros recebíveis (como créditos de funcionários e adiantamento a</p><p>fornecedores). Além disso, são apresentados os estoques (mercadorias, matériais-</p><p>primas, produtos acabados, produtos em processos ou em elaboração, material de</p><p>consumo e materiais para reposição) e as despesas antecipadas. Em seguida, são</p><p>listadas as despesas do exercício seguinte, incluindo as despesas antecipadas</p><p>Ativo Não Circulante: Em seguida, na seção de ativo não circulante, são</p><p>apresentados os ativos realizáveis de longo prazo (créditos de longo prazo),</p><p>investimentos (incluindo investimentos societários), ativo imobilizado (bens tangíveis</p><p>e depreciação acumulada), propriedades para investimentos (conforme NBCTG 1002)</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>20</p><p>e ativo intangível (bens intangíveis e amortização acumulada).</p><p>Passivo: No lado do passivo circulante, são incluídas as comissões e encargos</p><p>sociais, fornecedores (nacionais e estrangeiros), contas a pagar (como aluguel,</p><p>adiantamento de clientes) e obrigações fiscais. Empréstimos e financiamentos de</p><p>curto prazo também são detalhados.</p><p>Passivo Não Circulante: Na seção de responsabilidade não circulante, são</p><p>atribuídas as obrigações com terceiros de longo prazo (fornecedores, empréstimos e</p><p>financiamentos), obrigações fiscais de longo prazo (parcelamentos) e obrigações com</p><p>partes relacionadas (empréstimos de sócios, multas com partes relacionadas).</p><p>Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido inclui o capital social da empresa, reservas</p><p>de capital, reservas de lucro e lucro/prejuízo acumulado.</p><p>Lucro Acumulado: Importante ressaltar que, ao contrário do que a Lei 6.404 indicada</p><p>para sociedades anônimas, as microentidades podem incluir a conta de lucro</p><p>acumulado no balanço.</p><p>Detalhes do Contábil Profissional: É fundamental incluir informações do profissional</p><p>no balanço, como nome completo, categoria profissional, registro no CRC, nome da</p><p>organização contábil e número do CRC.</p><p>Além disso, o administrador da empresa deve monitorar o balanço, garantindo suas</p><p>conformidades.</p><p>Lembre-se de que este é apenas um exemplo de modelo de balanço patrimonial</p><p>sugerido para microentidades, de acordo com o ITG-1000. É fundamental</p><p>compreender a estrutura básica do balanço e seguir a ordem das informações, em</p><p>conformidade com as normas contábeis, para garantir a transparência e a</p><p>conformidade das informações financeiras da microentidade.</p><p>5.4. Análise Demonstração de Resultado Microentidades: Entendendo o</p><p>Desempenho Financeiro</p><p>A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma ferramenta fundamental</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>21</p><p>para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa em um período específico. No</p><p>contexto das microentidades, a norma NBCTG 1002 fornece diretrizes importantes</p><p>para a elaboração dessa demonstração. Vamos explorar as principais informações</p><p>contidas no DRE, conforme orientações da norma:</p><p>Receita Bruta: A DRE inicia com a Receita Bruta, que representa o valor total das</p><p>vendas realizadas pela empresa durante o período. É essencial para entender o</p><p>faturamento bruto gerado.</p><p>Deduções: Em seguida, são apresentadas as deduções da Receita Bruta, como o</p><p>Simples Nacional no caso de empresas sob esse regime tributário. A Receita Líquida</p><p>é calculada subtraindo essas deduções da Receita Bruta, refletindo a receita líquida</p><p>de impostos e deduções.</p><p>Custo dos Produtos Vendidos (CPV): O CPV é uma parte crítica da DRE e</p><p>representa os custos associados à produção ou fornecidos aos produtos ou serviços</p><p>que geraram a Receita Bruta. O resultado após a dedução do CPV é conhecido como</p><p>Resultado Bruto, que pode ser um Lucro Bruto ou um Prejuízo Bruto.</p><p>Despesas: A DRE inclui uma seção dedicada às Despesas, que podem ser</p><p>categorizadas em Despesas com Vendas, Despesas Administrativas e Outras</p><p>Despesas e Receitas Operacionais. Essas despesas refletem os gastos relacionados</p><p>à comercialização, administração geral e outras operações.</p><p>Receitas e Despesas Operacionais: As Outras Despesas e Receitas Operacionais</p><p>abrangem receitas e despesas que não estão diretamente ligadas às vendas ou</p><p>administração, como a venda de ativos. O Resultado Antes das Receitas e Despesas</p><p>Financeiras é calculado após a dedução das despesas operacionais e a inclusão das</p><p>receitas operacionais.</p><p>Receitas e Despesas Financeiras: Essas contas destacam-se como receitas e</p><p>despesas relacionadas a atividades financeiras, como rendimentos de aplicações</p><p>financeiras e tarifas bancárias.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>22</p><p>Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro: O Resultado Antes dos Tributos</p><p>sobre o Lucro reflete o desempenho operacional da empresa, antes da dedução dos</p><p>tributos. É um indicador importante para avaliar a eficiência operacional.</p><p>Tributos sobre o Lucro: A DRE inclui os tributos sobre o lucro, como a Contribuição</p><p>Social e o Imposto de Renda. É importante destacar que, para empresas do Simples</p><p>Nacional, esses tributos podem ser lançados como deduções da Receita, sem a</p><p>necessidade de separar o Imposto de Renda e a Contribuição Social.</p><p>Resultado Líquido do Exercício: A última linha da DRE apresenta o Resultado</p><p>Líquido do Exercício, que representa o Lucro ou Prejuízo da empresa durante o</p><p>período analisado.</p><p>É importante notar que a norma NBCTG 1002 orienta que os efeitos de correção de</p><p>erros e mudanças de práticas contábeis não devem ser incluídos como parte do</p><p>Resultado, mas sim registrados como ajustes de exercícios anteriores, na conta de</p><p>Lucros ou Prejuízos Acumulados do Patrimônio Líquido.</p><p>Além da estrutura básica, a norma permite a adição de contas adicionais, cabeçalhos</p><p>e subtotais na Demonstração de Resultado do Exercício, desde que sejam relevantes</p><p>para a compreensão do desempenho da empresa.</p><p>Portanto, a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício requer atenção</p><p>às contas mínimas indicadas na norma, seguindo a ordem sequencial, bem como o</p><p>entendimento das orientações para o tratamento de erros e mudanças contábeis. A</p><p>DRE é uma ferramenta poderosa para a gestão financeira, pois oferece informações</p><p>essenciais para a análise do desempenho econômico e a tomada de decisões</p><p>estratégicas. Ao compreender a estrutura da DRE e as contas que a composição, é</p><p>possível usá-la de maneira eficaz para avaliar o resultado da empresa e fazer</p><p>projeções futuras.</p><p>5.5. Modelo Demonstração de Resultado para Microentidades: Compreendendo</p><p>o Desempenho Financeiro</p><p>A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) é uma ferramenta essencial para</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>23</p><p>avaliar o desempenho financeiro de uma empresa em um período específico. A ITG-</p><p>1000, é uma norma contábil que apresenta um modelo sugerido para o DRE de</p><p>microentidades, facilitando a elaboração e compreensão desta demonstração</p><p>financeira.</p><p>Vamos explorar os principais elementos do modelo sugerido:</p><p>Informações Básicas: O modelo da DRE inicia com informações essenciais, como o</p><p>nome da empresa, seu CNPJ e uma descrição da demonstração, identificando que se</p><p>trata da Demonstração de Resultado do Exercício dos anos de X2 e X1.</p><p>Período de Análise: A DRE não apresenta um saldo estático, mas sim o resultado</p><p>financeiro da empresa durante um período específico. Portanto, o modelo sugere</p><p>indicar o período de análise, que vai de 1º de janeiro de X2 a 31 de dezembro de X2,</p><p>comparado com o período de 1º de janeiro de X1 a 31 de dezembro de X1.</p><p>Componentes da DRE: A DRE apresenta uma série de elementos que são cruciais</p><p>para compreender o desempenho financeiro da empresa.</p><p>São eles:</p><p>Receita Bruta: Representa o valor total das vendas realizadas pela empresa no</p><p>período.</p><p>Deduções: Inclui atributos sobre a receita, devoluções e vendas canceladas,</p><p>descontos incondicionais e juros de AVP, que são deduzidos da Receita Bruta para</p><p>obter a Receita Líquida.</p><p>Receita Líquida: Reflete a receita após as deduções da Receita Bruta.</p><p>Custos: Compreende os custos dos produtos vendidos, das mercadorias vendidas ou</p><p>dos serviços prestados, representando os custos diretos associados à geração de</p><p>receita.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>24</p><p>Resultado Bruto do Período: É calculado após a dedução dos Custos e indica se</p><p>houve Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto.</p><p>Despesas Operacionais: Inclui Despesas com Vendas, Despesas Administrativas e</p><p>Outras Receitas e Despesas Operacionais.</p><p>Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras: É obtido após a dedução</p><p>das despesas operacionais e a inclusão das receitas operacionais.</p><p>Resultado Financeiro: Destaca as Receitas Financeiras e as Despesas Financeiras.</p><p>Lucro ou Prejuízo Líquido do Período: Representa o resultado final da empresa</p><p>após a dedução das Receitas e Despesas Financeiras.</p><p>Impostos sobre o Lucro: O modelo sugerido não inclui os impostos sobre o lucro.</p><p>No entanto, se a empresa estiver sujeita a esses impostos, eles deverão ser</p><p>acrescentados à DRE.</p><p>Informações Adicionais: O modelo também indica o local (cidade) e os dados de</p><p>demonstração, bem como a necessidade de incluir as informações do profissional de</p><p>contabilidade e do administrador da empresa.</p><p>É importante destacar que o modelo sugere a classificação adequada das</p><p>informações, como a alocação correta das despesas financeiras e receitasfinanceiras</p><p>e o lançamento adequado do custo do serviço prestado.</p><p>A Demonstração de Resultado do Exercício é uma ferramenta útil para a análise</p><p>financeira e tomada de decisões estratégicas. Com o modelo sugerido pelo ITG-1000,</p><p>é possível obter informações precisas sobre as receitas, custos e despesas,</p><p>possibilitando uma análise completa e comparativa. Compreender e aplicar</p><p>corretamente esse modelo contribui para uma gestão financeira eficiente e informada.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>25</p><p>5.6. Análise da DLPA: Compreendendo os Lucros ou Prejuízos Acumulados</p><p>A Demonstração</p><p>dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é uma peça essencial</p><p>nas projeções contábeis de microentidades, aquelas empresas com receita bruta</p><p>anual de até R$ 4,8 milhões. Introduzida pela norma NBCTG 2002, a DLPA tem um</p><p>propósito fundamental: mostrar as movimentações que ocorreram no grupo de lucros</p><p>ou prejuízos acumulados, que fazem parte do patrimônio líquido da empresa. Vamos</p><p>explorar detalhadamente os elementos que compõem esta demonstração:</p><p>Saldo Inicial do Lucro ou Prejuízo Acumulado: Esta é a representação do saldo</p><p>final do grupo de lucros ou prejuízos acumulados do período anterior.</p><p>Movimentação na Conta de Ajustes de Exercícios Anteriores: A DLPA deve</p><p>demonstrar todas as movimentações ocorridas nessa conta, que podem ser tanto</p><p>devedoras quanto credoras, afetando o saldo do grupo de lucros ou prejuízos</p><p>acumulados.</p><p>Reversão de Reserva de Lucro: Caso ocorra a reversão de alguma reserva de lucro,</p><p>ou seja, o retorno dessa reserva para o lucro acumulado, essa transação deve ser</p><p>destacada na DLPA.</p><p>Resultado Líquido do Período: Este valor representa o resultado financeiro do</p><p>período, podendo ser um lucro ou prejuízo. É o mesmo montante apresentado na</p><p>Demonstração do Resultado ou Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).</p><p>Dividendos ou Outras Formas de Lucro Declarados e Pagos no Período: A DLPA</p><p>deve refletir os valores dos lucros distribuídos aos sócios durante o exercício.</p><p>Dividendos ou Outras Formas de Lucro a Pagar no Exercício Seguinte: Caso haja</p><p>uma previsão de distribuição de dividendos ou outros lucros no exercício seguinte,</p><p>essa informação deve ser registrada na DLPA.</p><p>Aumentos ou Reduções no Capital Social: Se ocorrerem alterações no capital</p><p>social da empresa que afetem o grupo de lucros ou prejuízos acumulados, essas</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>26</p><p>mudanças devem ser incluídas na DLPA.</p><p>Resultado Final do Grupo de Lucros ou Prejuízos Acumulados: Esse é o saldo</p><p>resultante de todas as movimentações apresentadas na DLPA, representando a</p><p>situação atual do grupo de lucros ou prejuízos acumulados.</p><p>É importante destacar que a norma permite que uma microentidade apresente a</p><p>Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) no lugar da DLPA, desde</p><p>que a DLPA seja incluída em uma das colunas. No entanto, optar pela DMPL pode</p><p>exigir mais informações e trabalho adicional, sendo recomendado seguir a</p><p>obrigatoriedade da DLPA. Caso o sistema contábil não apresente a DLPA, o DMPL</p><p>pode ser utilizado, mas é crucial consultar a NBCTG 1001 para entender como</p><p>elaborá-la corretamente.</p><p>Em resumo, a DLPA é uma demonstração que revela as movimentações ocorridas no</p><p>grupo de lucros ou prejuízos acumulados dentro do patrimônio líquido da empresa.</p><p>Composta por diversos itens, como saldos iniciais e finais, movimentações, reversões,</p><p>resultados financeiros e dividendos, a DLPA fornece uma visão clara do</p><p>históricofinanceiro da empresa, auxiliando na tomada de decisões informadas e na</p><p>transparência das operações contábeis.</p><p>5.7. Modelo de Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) para</p><p>Microentidades</p><p>O ITG-1000 é um recurso valioso para microentidades, uma vez que oferece um</p><p>modelo sugerido para a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA),</p><p>um componente crucial das demonstrações financeiras. O Anexo 10 desta norma</p><p>contábil é uma referência importante para entender como a DLPA deve ser</p><p>apresentada.</p><p>Formato Vertical: Diferentemente de outras projeções contábeis que utilizam formato</p><p>de colunas, a DLPA é apresentada de forma vertical. Ela começa com informações</p><p>referentes ao ano mais antigo e progride para o mais recente. Isso permite uma</p><p>análise clara da evolução dos lucros ou prejuízos acumulados ao longo do tempo.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>27</p><p>Elementos Essenciais: O modelo sugerido pelo ITG-1000 detalha informações</p><p>críticas para cada período, incluindo:</p><p>Saldo da Conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados no Final do Ano Anterior: Reflete</p><p>a situação no encerramento do período anterior.</p><p>Resultado do Exercício: Indica se a empresa obteve lucro ou prejuízo durante o</p><p>período.</p><p>Movimentação na Conta de Ajustes de Exercícios Anteriores e Seu Saldo Final:</p><p>Demonstração das movimentações nessa conta, que podem ser tanto devedoras</p><p>quanto credoras, afetando o saldo dos lucros ou prejuízos acumulados.</p><p>Lucro Distribuído no Ano: Reflete os valores distribuídos aos sócios durante o</p><p>exercício.</p><p>Saldo Final da Conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados no Final do Período:</p><p>Representa a situação atual dessa conta após todas as movimentações.</p><p>Assinaturas e Identificação: As auditorias contábeis, incluindo a DLPA, devem ser</p><p>assinadas pelo representante legal da empresa e pelo profissional de contabilidade</p><p>registrado no Conselho Regional de Contabilidade. Além disso, essas projeções</p><p>devem conter referências claras aos dados ou ao exercício a que se referem.</p><p>Configuração Adequada do Sistema Contábil: É de responsabilidade do</p><p>profissional de contabilidade garantir que o sistema contábil utilizado esteja</p><p>configurado de acordo com as normas contábeis vigentes. Isso inclui a verificação da</p><p>precisão das informações previstas nas projeções financeiras, garantindo que estejam</p><p>em conformidade com as normas previstas pelo conselho profissional.</p><p>Em resumo, o modelo sugerido de DLPA fornecido pelo ITG-1000 é uma ferramenta</p><p>valiosa para microentidades. Ele oferece uma estrutura organizada para a</p><p>apresentação de informações essenciais sobre os lucros ou prejuízos acumulados ao</p><p>longo do tempo. Seguir esse modelo ajuda a cumprir obrigações contábeis, fornece</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>28</p><p>esclarecimentos nas projeções financeiras e contribuições para uma gestão financeira</p><p>eficaz. Como profissionais contábeis, é nossa responsabilidade garantir que os</p><p>sistemas contábeis estejam devidamente configurados e prontos para atender às</p><p>normas contábeis em constante evolução.</p><p>5.8. Demonstrações Contábeis para Pequenas Empresas</p><p>Neste tópico, exploraremos as projeções financeiras para pequenas empresas.</p><p>Enquanto as microentidades têm requisitos mais simplificados, as pequenas</p><p>empresas enfrentam um conjunto mais amplo de obrigações contábeis. A norma</p><p>NBCTG 1001 é uma referência principal quando se trata de contabilidade para</p><p>pequenas empresas, e ela estabelece diretrizes mais abrangentes para essas</p><p>organizações.</p><p>Requisitos Ampliados: Ao contrário das microentidades, as pequenas empresas têm</p><p>uma faixa de receita brutal maior, que varia de 4,8 milhões a 78 milhões de reais.</p><p>Essas empresas, devido ao seu porte e complexidade, enfrentam uma necessidade</p><p>de estruturação e controle mais rígidas. Portanto, são obrigadas a preparar um</p><p>conjunto mais completo de projeções contábeis.</p><p>Demonstrações Contábeis Obrigatórias: Para pequenas empresas, além do</p><p>balanço patrimonial e da demonstração do resultado, as projeções contábeis</p><p>obrigatórias incluem a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), a</p><p>Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e as notas explicativas.</p><p>Identificação e Publicação: Todas as projeções contábeis contêm informações</p><p>essenciais, como o nome da empresa, os dados ou o exercício a que se referem e a</p><p>unidade monetária utilizada. Essas informações são cruciais para a compreensão e a</p><p>análise adequada das projeções contábeis. Vale mencionar que, em alguns casos, as</p><p>projeções contábeis podem ser publicadas no Diário Oficial, fornecendo um exemplo</p><p>útil para as empresas e profissionais contábeis.</p><p>Preparação Adequada: Se você planeja atuar em pequenas empresas, é</p><p>fundamental estar preparado para atender às exigências financeiras específicas</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>29</p><p>desse segmento. Isso inclui a investigação detalhada das revisões fiscais obrigatórias,</p><p>bem como a capacidade de elaboração de revisões e conformidade com as normas</p><p>contábeis.</p><p>Um conhecimento aprofundado das projeções financeiras ajuda a fornecer um serviço</p><p>de qualidade, apoiando o sucesso financeiro das empresas que você atende.</p><p>Conclusão: Lidar com pequenas empresas no campo contábil é um desafio</p><p>gratificante, mas requer um compromisso com a conformidade e a qualidade. As</p><p>auditorias contábeis são uma parte fundamental desse compromisso, e compreender</p><p>profundamente é o caminho para oferecer serviços valiosos e contribuir para o</p><p>crescimento e o sucesso das pequenas empresas.</p><p>5.9. Balanço Patrimonial para Pequenas Empresas</p><p>Neste tópico, abordaremos o balanço patrimonial exigido para pequenas empresas,</p><p>conforme delineado na norma NBC-TG-1001, que trata da contabilidade específica</p><p>para esse segmento. Além disso, o ITG-1000 apresenta um modelo sugerido para</p><p>essa demonstração contábil.</p><p>Contas Relevantes no Balanço Patrimonial: A NBC-TG-1001 estabelece que o</p><p>balanço patrimonial das pequenas empresas deve, no mínimo, incluir diversas contas</p><p>relevantes para um entendimento abrangente da posição patrimonial e financeira da</p><p>empresa. Essas contas abrangem áreas como disponibilidades (caixa, banco e</p><p>aplicações financeiras), contas a receber de clientes e outros recebíveis, estoque</p><p>(matéria-prima, produto acabado, produto em processo, material de consumo e</p><p>material de cobrança), tributos a recuperação, ativo imobilizado (incluindo ativos</p><p>biológicos para manutenção da atividade e propriedades para investimento),</p><p>intangíveis, investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto,</p><p>fornecedores, outras contas a pagar, empréstimos e financiamentos, impostos a</p><p>pagar, provisões e contas adicionais, quando relevantes .</p><p>Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido deve ser apresentado de forma clara,</p><p>incluindo o capital social, reserva de capital, reserva de lucro e lucros ou prejuízos</p><p>acumulados.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>30</p><p>Circulante e Não Circulante: A distinção entre circulante e não circulante segue a</p><p>regra das microentidades, considerando um prazo de 12 meses para a definição.</p><p>Modelo Sugerido: O ITG-1000 oferece um modelo sugerido de balanço patrimonial</p><p>para pequenas empresas. Esse modelo segue diretrizes que incluem o nome da</p><p>empresa, nome da demonstração, período abrangido, unidade monetária utilizada e</p><p>uma forma comparativa entre o ano mais recente e o mais antigo.</p><p>Estrutura do Modelo: O modelo proposto compreende ativos (circulante e não</p><p>circulante), passivos (circulante e não circulante), obrigações trabalhistas,</p><p>empréstimos, empréstimos e financiamentos, obrigações tributárias, provisões e</p><p>outras obrigações. Também são recomendados requisitos essenciais, como o local e</p><p>os dados de demonstração, juntamente com o nome do contador e do administrador,</p><p>acompanhados de suas respectivas assinaturas.</p><p>Importância do Balanço Patrimonial: O balanço patrimonial é uma das projeções</p><p>contábeis mais críticas para pequenas empresas, fornece uma visão completa da sua</p><p>saúde financeira. Ao seguir rigorosamente as normas, as empresas podem elaborar</p><p>um balanço patrimonial sólido e em conformidade com os requisitos contábeis,</p><p>garantindo a transparência e a confiabilidade das informações financeiras.</p><p>Referências-Chave: A NBC-TG-1001 e a ITG-1000 são documentos de referência</p><p>essenciais para a elaboração do balanço patrimonial de pequenas empresas. É</p><p>fundamental que as empresas compreendam e cumpram essas normas, pois isso</p><p>contribui para a integridade e a confiabilidade das informações contábeis.</p><p>5.10. Demonstração de Resultado para Pequenas Empresas</p><p>A demonstração de resultado, regida pelas normas brasileiras de contabilidade (NBC</p><p>TG 1001) e interpretações técnicas (ITG-1000), é uma peça fundamental no cenário</p><p>contábil das pequenas empresas. Apesar de ser denominado como "demonstração</p><p>do resultado", é importante ressaltar que tanto a expressão "DR" quanto "DRE"</p><p>(Demonstração do Resultado do Exercício) são utilizadas e reconhecidas por</p><p>profissionais contábeis.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>31</p><p>Contas na Demonstração do Resultado: A NBC TG-1001, em sua seção 5,</p><p>estabelece as contas que devem ser apresentadas na demonstração de resultado do</p><p>exercício. Contas com saldo consideradas irrelevantes podem ser agrupadas.</p><p>Contas Mínimas Obrigatórias:</p><p>O modelo padrão de demonstração de resultado deve conter as seguintes</p><p>contas mínimas:</p><p>Receita Bruta</p><p>Deduções</p><p>Receita Líquida</p><p>Custos dos Produtos Vendidos, Mercadorias Vendidas ou Serviços Prestados</p><p>Resultado Bruto (podendo ser Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto)</p><p>Despesas com Vendas e Administrativas</p><p>Outras Despesas e Receitas Operacionais</p><p>Receitas ou Despesas de Equivalência Patrimonial</p><p>Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras</p><p>Receitas e Despesas Financeiras</p><p>Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro</p><p>Despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social</p><p>Lucro ou Prejuízo do Exercício</p><p>Modelo Sugerido: A ITG-1000 fornece um modelo sugerido no Anexo 3, que</p><p>compreende informações essenciais, como nome da empresa, CNPJ, nome da</p><p>demonstração, período abrangido, duas colunas (ano mais recente primeiro e mais</p><p>antigo depois). Em seguida, são apresentadas as contas mencionadas acima,</p><p>calculando-se o resultado líquido do período, que pode ser lucro ou prejuízo.</p><p>Contas Adicionais: Pequenas empresas podem precisar incluir contas adicionais na</p><p>demonstração de resultados, dependendo de sua natureza e atividades.</p><p>Recomenda-se uma leitura atenta da NBCTG-1001 para obter informações</p><p>específicas sobre contas adicionais que podem ser relevantes para determinados</p><p>negócios.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>32</p><p>A Demonstração de Resultado é uma ferramenta essencial para todas as empresas,</p><p>independentemente de seu regime tributário ou estrutura organizacional. Com um</p><p>formato padronizado, esta demonstração simplifica a análise e o acompanhamento do</p><p>desempenho financeiro da empresa, forneceu informações cruciais para orientar</p><p>decisões estratégicas. Profissionais contábeis desempenham um papel vital na</p><p>elaboração e interpretação dessa demonstração, auxiliando as pequenas empresas a</p><p>manter suas finanças saudáveis e bem gerenciadas.</p><p>5.11. DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) para Pequenas</p><p>Empresas</p><p>A DMPL, ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, é uma das revisões</p><p>contábeis obrigatórias para pequenas empresas. Esta demonstração compartilha</p><p>semelhanças com a DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados), uma</p><p>vez que ambas têm o propósito de detalhar as alterações nas contas do Patrimônio</p><p>Líquido ao longo de um período contábil.</p><p>Informações Essenciais na DMPL</p><p>A DMPL deve abranger informações cruciais, incluindo:</p><p>Saldos Iniciais das Contas do Patrimônio Líquido: Esses saldos refletem o estado</p><p>das contas no início do período contábil.</p><p>Ajustes de Exercícios Anteriores: Qualquer correção ou ajuste relacionado aos</p><p>exercícios</p><p>anteriores que afetam o Patrimônio Líquido é registrado nesta</p><p>demonstração.</p><p>Reversões de Reservas de Lucro: Caso ocorram reversões de reservas de lucro,</p><p>ou seja, o retorno dessas reservas para o lucro acumulado, essas mudanças são</p><p>refletidas na DMPL.</p><p>Resultado Líquido do Exercício: Representa o resultado financeiro do período, seja</p><p>ele um lucro ou prejuízo.</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>33</p><p>Dividendos: O montante de lucros distribuídos aos sócios durante o próprio exercício</p><p>deve ser apresentado na DMPL.</p><p>Aumento ou Redução do Capital Social: Se houver alterações no capital social da</p><p>empresa que afetem o Patrimônio Líquido, essas mudanças também são refletidas.</p><p>Saldos Finais das Contas do Patrimônio Líquido: Esses saldos indicam o estado</p><p>das contas no final do período.</p><p>Conformidade com o Balanço Patrimonial: É fundamental que todas as</p><p>informações contidas na DMPL estejam em harmonia com o balanço patrimonial da</p><p>empresa, garantindo a consistência entre as projeções contábeis.</p><p>Modelo e Padrão: O ITG-1000 disponibiliza um modelo para DMPL, o qual deve</p><p>incluir informações como o nome da empresa, CNPJ, período e descrição dos valores</p><p>em reais.</p><p>Dica Valiosa: Para uma melhor compreensão da DMPL e de outras projeções</p><p>contábeis, é consultar as projeções divulgadas por outras empresas no Diário Oficial.</p><p>Isso ajuda na familiarização com a estrutura dessas previsões e no entendimento da</p><p>relação entre elas e o balanço patrimonial.</p><p>A DMPL é uma ferramenta contábil essencial para empresas de pequeno porte, pois</p><p>evidencia as mudanças nas contas do Patrimônio Líquido ao longo do tempo. Embora</p><p>tenha sido montado à DLPA, o DMPL é obrigatório que haja outras movimentações</p><p>no Patrimônio Líquido além do grupo de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Cumprir as</p><p>normas e apresentar esta demonstração com precisão é crucial para garantir a</p><p>transparência e a conformidade contábil da empresa.</p><p>5.12. Demonstrações dos Fluxos de Caixa Pequenas Empresas</p><p>A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), conforme estipulado pela norma NBCTG</p><p>1001, que trata da DFC para pequenas empresas, mantém sua relevância e</p><p>obrigatoriedade. Embora não haja mudanças substanciais em relação aos critérios</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>34</p><p>anteriores, a norma reforça a necessidade de elaboração da DFC para essas</p><p>empresas.</p><p>A DFC tem como objetivo principal apresentar os fluxos de caixa em três categorias</p><p>distintas de atividades: operacional, de investimento e de financiamento. A sua</p><p>finalidade é analisar como o saldo da caixa e seus equivalentes se transformam ao</p><p>longo de um período contábil. Em outras palavras, a DFC esclarece a origem e o</p><p>destino dos recursos financeiros da empresa.</p><p>Atividades Operacionais: Esta categoria abrange as atividades fundamentais para</p><p>a geração de receitas em uma empresa. Por exemplo, as vendas de mercadorias e a</p><p>prestação de serviços. As atividades operacionais podem gerar ou consumir caixa,</p><p>dependendo do resultado obtido. Se uma empresa obtiver um resultado positivo,</p><p>haverá geração de caixa; se for negativo, haverá consumo de caixa.</p><p>Atividades de Investimento: Aqui, focamos nas aquisições ou alienações de ativos</p><p>de uso e outros investimentos. Isso inclui a compra de ativos imobilizados e</p><p>intangíveis, bem como a venda desses ativos. O objetivo é avaliar se a empresa gerou</p><p>ou consumiu caixa por meio dessas atividades.</p><p>Atividades de Financiamento: Essas atividades envolvem alterações no tamanho e</p><p>na composição dos empréstimos e do patrimônio líquido da empresa. Isso inclui</p><p>empréstimos obtidos, pagamento de dividendos, emissão de ações, entre outros.</p><p>Aqui, uma empresa pode ter gerado ou consumido caixa por meio dessas atividades.</p><p>O modelo sugerido de DFC para pequenas empresas, apresentado no Anexo 5 da</p><p>norma, utiliza o método indireto. Inicialmente, parte-se do lucro ou prejuízo do</p><p>exercício e realiza-se ajustes para despesas que não impactam a caixa. Em seguida,</p><p>são afetadas as variações nas contas do ativo e do passivo, diminuindo se houve</p><p>aumento ou redução de caixa. Os valores relativos às atividades de investimento e</p><p>financiamento são então incorporados à demonstração. Por fim, obtém-se o saldo final</p><p>de caixa e equivalentes de caixa.</p><p>Para uma elaboração precisa da DFC, é fundamental consultar a NBCTG 1001, que</p><p>fornece orientações específicas sobre lançamentos e classificações de contas. A</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>35</p><p>parametrização de sistemas contábeis pode simplificar o processo, mas é obrigatório</p><p>revisar e ajustar as informações de acordo com a estrutura e classificação corretas. A</p><p>DFC é uma ferramenta útil para compreender o movimento financeiro da empresa,</p><p>auxiliando na tomada de decisões estratégicas.</p><p>5.13. Notas Explicativas Pequenas Empresas</p><p>As notas explicativas desempenham um papel fundamental nas projeções contábeis</p><p>de pequenas empresas, conforme previsto na NBC-TG-1001 e na ITG-1000 . Elas são</p><p>diretrizes que fornecem orientações específicas sobre como essas notas devem ser</p><p>elaboradas, garantindo a transparência e a clareza das informações contábeis.</p><p>Conteúdo das Notas Explicativas: As notas explicativas devem conter detalhes</p><p>adicionais às revisões contábeis, como narrativas e quadros detalhados. É importante</p><p>ressaltar que não é necessário repetir informações que já estão nas previsões. O</p><p>objetivo principal das notas é complementar e específico do que está apresentado nas</p><p>projeções.</p><p>Informações Relevantes: As notas devem incluir informações sobre as bases de</p><p>elaboração dos itens, práticas contábeis utilizadas, estimativas e julgamentos</p><p>relevantes. Essas informações são cruciais para que os usuários das projeções</p><p>compreendam os critérios e as previsões adotadas na elaboração das projeções.</p><p>Orientações do ITG-1000: O ITG-1000 fornece orientações adicionais sobre a</p><p>elaboração de notas explicativas para pequenas empresas. A primeira nota deve</p><p>apresentar informações sobre a empresa, como seu objeto social, principais</p><p>atividades e localização. A segunda nota deverá conter uma declaração da</p><p>administração da empresa, garantindo que as projeções foram elaboradas em</p><p>conformidade com as normas e que apenas informações relevantes estão sendo</p><p>divulgadas.</p><p>Sequência Lógica: A ordem das demais notas deve seguir uma sequência lógica,</p><p>como a sequência das contas nas projeções contábeis, a relevância decrescente dos</p><p>itens ou uma ordem sistemática utilizada consistentemente ao longo do tempo. No</p><p>Amanda De Carvalho Silva - manda.carvalho@live.com - CPF: 411.037.398-08</p><p>Contabilidade para Microentidades e Pequenas Empresas</p><p>Stephanie Kalynka (Mestra)</p><p>36</p><p>entanto, essa ordem pode ser alterada caso haja uma melhoria na qualidade da</p><p>apresentação, desde que seja devidamente informada e justificada.</p><p>Relevância e Concisão: As notas explicativas devem ser relevantes e conter</p><p>informações que influenciam a decisão dos usuários das projeções. Evitar</p><p>informações desnecessárias ou redundantes é essencial para manter a decisão e a</p><p>eficácia das notas.</p><p>Exemplos no Diário Oficial: Como um desafio construtivo, você pode se referir a</p><p>notas explicativas em empresas semelhantes no Diário Oficial da União do seu</p><p>Estado. Isso pode fornecer uma oportunidade valiosa para analisar diferentes</p><p>estruturas e conteúdos de notas explicativas e, assim, aprimorar a elaboração das</p><p>notas para sua empresa.</p><p>Opção Simplificada para Microentidades: Para microentidades, existe a opção</p>