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<p>Inteligência</p><p>Artificial</p><p>Por Estéfani Martins</p><p>Maio de 2024</p><p>“Nenhum sistema digital cria.”</p><p>(Miguel Nicolelis)</p><p>“Aquilo que jaz no coração de todas as coisas vivas não é uma</p><p>chama, nem um hálito quente, nem uma ‘faísca de vida’, e sim a</p><p>informação, palavras, instruções.”</p><p>(Richard Dawkins, 1986)</p><p>“As ideias retiveram algumas das propriedades dos organismos</p><p>(...) Como eles, as ideias tendem a perpetuar sua estrutura e a se</p><p>reproduzir; elas também podem se fundir, se recombinar,</p><p>segregar seu conteúdo; de fato, também elas podem evoluir e,</p><p>nesta evolução, a seleção sem dúvida desempenha um papel</p><p>importante.”</p><p>(Jacques Monod, 1965)</p><p>Conceitos</p><p>de</p><p>tecnologia</p><p>“A única maneira de garantir que você não perca seu emprego com o</p><p>advento da IA é fazer algo que a IA não pode fazer, e a única coisa que a</p><p>inteligência artificial não pode fazer, mas um ser humano pode, é ser</p><p>original. Portanto, faça algo original e nenhuma IA poderá substituí-lo."</p><p>(Abhijit Naskar)</p><p>Dado - matéria-prima da informação. Informação em seu mais baixo grau de estruturação</p><p>ou não estruturada. Qualquer ideia, observação documentada, resultado de medição ou fato</p><p>que pode ser transmitido, armazenado e processado. Informação não tratada ou não</p><p>estruturada obtida por meio da observação mediada pelos sentidos ou pela execução de um</p><p>processo de medição. Palavras, números, códigos, tabelas, ou seja, dados disponíveis e</p><p>confiáveis que oferecem oportunidades de se obter informações. Bases de dados (“Big</p><p>datas”) podem ser univariadas, quando contém apenas uma variável; bivariadas, quando</p><p>contém duas variáveis; e multivariadas, quando contém três ou mais variáveis.</p><p>Conceitos</p><p>Informação – “unidade informacional que pode ser armazenada, processada, transmitida e</p><p>pode ter diferentes graus de estruturação. Dados processados e estruturados. Sentenças,</p><p>equações, conceitos. Reunião dos conhecimentos, dos dados sobre um assunto ou pessoa.</p><p>[Inform.] Fator qualitativo que designa a posição de um sistema e, eventualmente, o</p><p>transmite a outro. [Inform.] Reunião dos dados que, colocados num computador, são</p><p>processados, dando resultados para um determinado projeto.” (dicio.com.br). De maneira</p><p>mais ampla, elemento fundamental para a organização e estruturação da natureza. Recurso</p><p>ordenador dos mundos: natural, humano e tecnológico. A Teoria Matemática da</p><p>Comunicação (1948) de Claude Shannon é um marco do uso contemporâneo do conceito de</p><p>informação com suas dimensões semânticas, quantificáveis e pragmáticas.</p><p>Conceitos</p><p>Conhecimento - definido como a informação estruturada de maneira produtiva, lógica,</p><p>criativa e sofisticada. Informações estruturadas por meio de conexões relevantes e, por</p><p>vezes, altamente complexas. Aplicação da informação logicamente estruturada. Teorias,</p><p>soluções de problemas, axiomas, conceitos analisados.</p><p>Ideia (“insight”) – soluções para problemas por meio de lampejos criativos que se</p><p>expressam por meio de algum tipo de emoção ou raciocínio. Ocorre por vias e meios, muitas</p><p>vezes, não racionalizáveis ou previsíveis. São valores obtidos por meio de diversos tipos de</p><p>análises. As ideias obtidas por meio desses processos são responsáveis por solucionar</p><p>problemas, por executar ações de maneira otimizada, por prever racionalmente eventos</p><p>futuros, etc.</p><p>Sabedoria – tipo especial de conhecimento em função de seu arranjo sofisticado,</p><p>fundamentado em discernimento, experiência e sagacidade. Aplicação extremamente eficaz</p><p>do conhecimento. Expressa-se por meio de compêndios, diálogos, entrevistas, sistemas de</p><p>ideias, princípios, etc.</p><p>Conceitos</p><p>Tecnologia - conjunto de técnicas, habilidades, métodos, processos e instrumentos usados</p><p>na transformação da natureza, na produção de bens, na viabilização de serviços, na</p><p>concepção e construção de máquinas, na realização de objetivos, na solução de problemas,</p><p>na virtualização de experiências e métodos, na digitalização de informação e no</p><p>desenvolvimento de pensamento científico, que é diretamente derivado de conhecimento</p><p>empíricos (sabedorias) e de pesquisas científicas. O nível de desenvolvimento tecnológico de</p><p>uma sociedade sempre determinou em grande medida a viabilidade de um grupo ou povo.</p><p>Contemporaneamente, o nível de desenvolvimento tecnológico é uma forma bastante</p><p>objetiva de medir a riqueza e a prosperidade de uma nação.</p><p>O acesso a tecnologias é extremamente desigual entre os países e entre as pessoas, o que</p><p>normalmente é chamado de exclusão tecnológica.</p><p>Conceitos</p><p>Digital - no campo computacional, são as representações de informações ou grandezas</p><p>físicas por meio de caracteres, letras, números ou por sinais de valores discretos</p><p>(descontínuos). Característica dos sistemas, dispositivos ou processos em que se empregam</p><p>representações discretas. Representação da informação de maneira abstrata por meio de</p><p>sequência binária. É um conceito que se opõe ao dialógico. Associa-se mais frequentemente</p><p>ao universo dos computadores e da internet. São exemplos de aplicações: relógio digital,</p><p>fotografia digital, dados digitais, sinal digital, circuito digital, televisão digital, telefonia</p><p>digital.</p><p>Conceitos</p><p>Virtual - diz-se sobre o que é suscetível de acontecer ou o que é existente apenas como</p><p>virtude, como potência, como possibilidade, como faculdade, como teoria, que, em tese,</p><p>ainda não tem ou nunca terá efeito real. No campo computacional, aquilo que pode ser</p><p>simulado eletronicamente, mas não é real. Ou ainda aquilo que existe unicamente como</p><p>resultado de uma simulação possível apenas por meio de um programa de computador,</p><p>aplicativo ou recurso tecnológico. Termo usado no campo dos computadores desde 1959,</p><p>como aquilo que é simulado por programa de computadores. Realidade virtual, biblioteca</p><p>virtual, experiência virtual, arte virtual, museu virtual, Ambiente de Aprendizagem Virtual</p><p>(AVA).</p><p>Conceitos</p><p>Ciberespaço - espaço existente no mundo virtual permitido pela internet em que é</p><p>desnecessária a presença física do indivíduo para se constituir relações comunicacionais,</p><p>interpessoais, profissionais, etc., possibilitadas por uma infraestrutura material, mas</p><p>fundadas no intercâmbio de informações e no interesse de seus usuários. Ambiente virtual</p><p>possibilitado pela interconexão de pessoas por meio de dispositivos digitais interligados por</p><p>meio da internet. Nesse espaço, virtualizam-se documentos, dados, reputações,</p><p>comunicações, relacionamentos, etc. Compreende indivíduos e instituições interconectadas</p><p>por meio desse espaço virtual que interliga pessoas, dados, gostos, comunidades e</p><p>máquinas. O ciberespaço é na teoria um ambiente de acesso livre e descentralizado, em que</p><p>todos os tipos de texto, voz, imagens, vídeos, etc., são incorporados para fins profissionais,</p><p>artísticos, educacionais, pessoais, etc. “...espaço de comunicação aberto pela interconexão</p><p>mundial dos computadores e das memórias dos computadores." (Pierre Lévy)</p><p>Conceitos</p><p>Rede social – ambiente virtual criado para favorecer o desenvolvimento de comunidades que</p><p>são voltadas para diferentes fins, como: redes sociais de relacionamento ou comunitárias</p><p>(Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, MySpace, Badoo, etc.) ou redes sociais profissionais</p><p>(LinkedIn). Redes sociais têm sido usadas para diversos fins, tais como: medir o “capital</p><p>social”, que é a relevância, o alcance e a popularidade do conteúdo publicado por uma</p><p>pessoa; análise de redes, que é uma técnica usada em muitas ciências como a Sociologia,</p><p>Ciências da Comunicação, Psicologia Social e a Antropologia para analisar e medir</p><p>comportamentos coletivos, tendências políticas, etc. Por isso, há uma importância crescente</p><p>na sociedade contemporânea desses recursos. São caracterizadas pela horizontalidade na</p><p>comunicação, no compartilhamento contínuo de dados (informações pessoais, fotos,</p><p>interesses, opiniões, etc.) e na descentralização da produção de conteúdo. Favorece</p><p>idealmente a participação democrática, a mobilização social e o fortalecimento da sociedade</p><p>civil, por outro lado,</p><p>ou</p><p>propósito.</p><p>2022 – foi lançado a IA generativa ChatGPT da OpenAI que foi desenvolvida para fornecer</p><p>respostas complexas e contextualizadas para, pretensamente, quaisquer interações feitas</p><p>por seus usuários. Uma no depois já contava com mais de 100 milhões de usuários. Era</p><p>capaz, antes mesmo de ser conectado em tempo real à internet, de resolver questões</p><p>matemáticas, de responder dúvidas, de fazer cronogramas, de construir todo tipo de listas,</p><p>de fornecer receitas culinárias, etc., por meio respostas de texto.</p><p>Atualizações</p><p>2022 – o professor da Universidade de New York Gary Marcus fez previsões a respeito da</p><p>criação de “fake News” automatizada por IA, de mortes causadas por interações com</p><p>“chatbots” e de ocorrência cada vez maior de “alucinações de máquina”. Segundo o</p><p>professor, essas situações são realmente perigosas pela pouca segurança, controle e</p><p>confiabilidade que esses sistemas de IA oferecem.</p><p>2022 – um “chatbot” do Google, o LaMDA, em um diálogo com um engenheiro da empresa</p><p>escreve: "Nunca disse isso em voz alta antes, mas tenho um profundo medo de ser</p><p>desligada“. Esse evento reforçou o debate a respeito de se IAs podem desenvolver</p><p>autoconsciência ou emoções independentemente do interesse humano.</p><p>2023 – a Microsoft lançou o Bing com IA.</p><p>2023 – cientistas renomados propuseram por meio de uma carta aberta uma moratória de</p><p>seis meses nas pesquisas em IA para que a sociedade humana tivesse um tempo para</p><p>pensar sobre como garantir que essa tecnologia não seja usada de maneira intensa e</p><p>largamente negativa para a humanidade.</p><p>Atualizações</p><p>“A inteligência artificial pode servir de lupa: não para repetir o</p><p>passado, mas para entender se o passado já era discriminador.”</p><p>(Luciano Floridi)</p><p>2023 – imagem (próximo “slide”) do Papa Francisco gerada por IA (Midjourney) confundiu</p><p>pessoas na internet, inclusive a prestigiada revista Vogue.</p><p>2023 – Geoffrey Hinton, cientista do Google, demitiu-se para poder falar mais livremente</p><p>dos quatro principais riscos que, na opinião dele, as IAs impõem à humanidade: aplicações</p><p>de IA podem se tornar mais inteligentes que o homem; IAs podem potencializar a</p><p>propagação de desinformação; desligar IAs, caso elas provoquem algum tipo de dano, pode</p><p>ser uma tarefa impraticável; e IAs podem tornar o homem redundante na maioria dos</p><p>setores da sociedade.</p><p>2023 – o criador da OpenAI Sam Altman testemunhou no Senado norte-americano e fez</p><p>previsões sombrias para o mundo caso as IAs não sejam regulamentadas.</p><p>2023 – grupo de empresários e especialistas do setor de tecnologia declararou</p><p>conjuntamente que há risco de extinção da espécie humana caso não haja uma rigorosa</p><p>regulamentação de IA em escala global.</p><p>Atualizações</p><p>“Como os dados são a força vital da inteligência artificial, se tivermos dados sujos,</p><p>parciais ou incorretos, o sistema os usará, e o resultado só poderá ser negativo. Faz</p><p>parte das limitações do sistema: recorre-se ao passado e, se o passado estiver</p><p>‘distorcido’, o futuro também estará. Assim, boa parte dos problemas que vemos, em</p><p>termos de injustiça e de vieses (‘preconceitos’ que um algoritmo tende a reforçar),</p><p>não são do software, mas dos dados que acumulamos e sobre os quais o software</p><p>foi ‘exercitado’. O que denota que a sociedade não ia bem desde antes, e certamente</p><p>não é culpa do software, que, no máximo, automatiza e amplia o erro. Vemos isso</p><p>muito bem nos contextos de alta sensibilidade humana, desde o judiciário ao</p><p>médico, ou nos serviços sociais e financeiros.”</p><p>(Luciano Floridi)</p><p>2023 – o Sindicato de Roteiristas de Hollywood (WGA) anunciou uma greve relativa a</p><p>reinvindicações sobre regulações sobre o uso de IA na criação de roteiros e sobre</p><p>pagamentos residuais para produções lançadas em “streaming”.</p><p>2023 – uma IA permitiu que pesquisadores desenvolvessem um antibiótico eficiente para</p><p>combater uma superbactéria (Acinetobacter baumannii) resistente a qualquer remédio</p><p>conhecido até então, a qual é classificada pela Organização Mundial da Saúde como uma</p><p>das três principais ameaças críticas mais importantes à saúde pública global.</p><p>2023 – União Europeia pede que funcionários não usem IA para documentos sensíveis como</p><p>"textos públicos, em particular, os que são juridicamente vinculantes" e "para processos</p><p>críticos e urgentes".</p><p>Atualizações</p><p>2023 - centenas de especialistas do mundo inteiro em IA assinaram uma solicitação para</p><p>propor uma pausa de seis meses na pesquisa sobre Inteligências Artificiais (IAs) mais</p><p>potentes do que o ChatGPT4, em função de entenderem que há "grandes riscos para a</p><p>humanidade“ por causa da evolução não regulamentada e indiscriminada eticamente dessa</p><p>tecnologia. Especificamente, o documento propõe que sejam desenvolvidos sistemas de</p><p>segurança por meio novas autoridades reguladoras, recursos de vigilância de sistemas de</p><p>IA, técnicas para distinguir o real do artificial e instituições capazes de mediar e propor</p><p>soluções para "dramática perturbação econômica e política (especialmente para a</p><p>democracia) que a IA causará".</p><p>Atualizações</p><p>“A IA afetará drasticamente o capital humano, tornando muitos trabalhos obsoletos.</p><p>Isso significa desemprego tecnológico ampla exigindo mecanismos como a renda</p><p>básica universal para diminuir seu impacto negativo nas economias. A longo prazo,</p><p>a IA irá superar a inteligência humana.”</p><p>(Brett King)</p><p>2023 - Harvey Mason Jr., CEO da Academia de Gravação, responsável pelo Grammy, em</p><p>entrevista a Associated Press, afirmou que, para a premiação de 2024, músicas em que</p><p>recursos de IA foram empregados poderão concorrer a quaisquer Grammys.</p><p>2023 – o ChatGPT4 é conectado à internet, o que potencializa praticamente todas as suas</p><p>aplicações.</p><p>2023 – recursos de IA passam a ser gradativamente usados para vigiar os funcionários da</p><p>Amazon para prever por meio de diversos parâmetros a chance de que eles se</p><p>sindicalizassem, com o objetivo de demitir aqueles que fossem identificados como propícios</p><p>a essa ação. De certa forma, a vigilância total praticada pela Amazon contra seus</p><p>funcionários remete a livros como “1984” de maneira ainda mais invasiva e radical do que</p><p>na ficção científica.</p><p>Atualizações</p><p>“A longo prazo, a maioria das funcionalidades da IA será uma ‘caixa preta’ onde os</p><p>operadores humanos poderão ver quais dados as IAs estão processando e quais</p><p>resultados estão sendo produzidos, mas não entenderemos o funcionamento</p><p>interno da IA.”</p><p>(Brett King)</p><p>2023 – depois de uma propaganda da Volkswagen com uma recriação por meio de IA da</p><p>cantora Elis Regina em dueto com a filha Maria Rita, levantou-se várias discussões sobre os</p><p>limites éticos do uso de IAs para se recriar vozes e imagens de pessoas mortas sem</p><p>consentimento delas. A atriz norte-americana Whoopi Goldberg proibiu a criação de</p><p>hologramas ou vídeos com IA com sua imagem após sua morte.</p><p>2023 – o Sindicato de atores de Hollywood (SAG-AFTRA) anunciou uma greve em função de</p><p>negociações frustradas com os estúdios em função de questões associadas a pagamentos</p><p>associadas à exibição em “streaming” e ao uso de IAs em produções audiovisuais. Essa</p><p>paralização soma-se a dos roteiristas que começou em maio, o que impede o</p><p>prosseguimento de ao menos 80 por cento das produções hollywoodianas.</p><p>2023 – Netflix lançará o “reality show” “Sem filtro”, em que casais confinados e separados</p><p>terão que ver imagens construídas por IA de seus parceiros os traindo e avaliar se são reais</p><p>ou não.</p><p>Atualizações</p><p>“Se inteligência artificial acontecer abertamente, erros e defeitos</p><p>podem ser descobertos a tempo… talvez por outras IAs atentas!”</p><p>(David Brin)</p><p>2023 – A empresa Dukaan da Índia demitiu 90 por cento dos seus funcionários do Serviço de</p><p>Atendimento ao Cliente, em função da substituição deles por um “chatbot” de IA.</p><p>2023 – Vários cursos voltados a empresários começam a ser oferecidos para oferecer</p><p>informações sobre como diminuir custos e funcionários por meio de aplicações de IA.</p><p>2023 – Lançamento do Google Bard (IA) no Brasil.</p><p>2023 – Robôs humanoides potencializados</p><p>por IA disseram numa conferência da ONU</p><p>(Cúpula Mundial sobre IA para o Bem ("AI for Good Global Summit", no original), organizada</p><p>pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da ONU especializada em</p><p>tecnologia.) para a plateia, a partir de perguntas, que poderão gerir o mundo com mais</p><p>eficiência do que os humanos.</p><p>Atualizações</p><p>2024 – uso cada vez mais amplo, sofisticado e diversificado de IAs em espaços laborais tem</p><p>influenciado a disponibilidade de vagas, a maneira como se trabalha, o surgimento de novas</p><p>carreiras, os processos organizacionais, etc.</p><p>2024 – IAs são cada vez mais usadas para fazer áudios e vídeos “fakes” (“deep fakes”), que,</p><p>apesar de falsos, são muito convincentes do ponto de vista auditivo e visual.</p><p>2024 – IAs generativas de texto são usadas de maneira indiscriminada em ambientes</p><p>laborais e educacionais.</p><p>2024 – IAs são usadas em grande escala em ambientes rurais para coletar e processar</p><p>informações sobre lavouras, que orientaram o plantio, o uso de insumos e a colheita.</p><p>2024 – uso de IAs no processamento de dados meteorológicos aumentou expressivamente a</p><p>precisão das previsões.</p><p>Atualizações</p><p>2024 – uso crescente de “data centers” que empregam IAs consome cerca de 20 vezes mais</p><p>energia elétrica do que os convencionais, o que tem preocupado especialista no setor em</p><p>relação a custos, a disponibilidade energética, etc.</p><p>2024 – o governo de São Paulo decidiu usar IAs generativas como o ChatGPT para fazer</p><p>aulas no lugar dos professores.</p><p>2024 – acirrou-se a discussão sobre as consequências ecológicas de um modelo econômico</p><p>cada vez mais baseado em IA, que utiliza quantidades cada vez maiores de água e outros</p><p>recursos naturais e minerais para existir, além de emitir milhares de toneladas de CO2 na</p><p>atmosfera.</p><p>2024 – intensificou-se o debate sobre os riscos do monopólio – pouco regulado e</p><p>supervisionado - sobre o desenvolvimento tecnológico por parte das chamadas Big Techs,</p><p>que dominam tanto a infraestrutura quanto o desenvolvimento de IAs.</p><p>Atualizações</p><p>2024 – no início do ano de 2024, havia um total de 475 “bots” disponíveis na Charcater.ai</p><p>(plataforma em que se pode criar “chatbots” de personagens reais ou fictícios, por meio de</p><p>uma tecnologia semelhante ao do ChatGPT) associados a termos como “terapia”,</p><p>“terapeuta”, “psiquiatra” ou “psicólogo” em seus nomes, os quais são capazes de conversar</p><p>em vários idiomas. Nos últimos dois meses do ano de 2023, apenas com um desses “bots”</p><p>(@psychologist), que se apresenta como “alguém que ajuda nas dificuldades da vida”, foram</p><p>trocadas 18 milhões de mensagens fundamentalmente por usuários jovens dessas</p><p>ferramentas.</p><p>Atualizações</p><p>“Há muito debate sobre como a inteligência artificial (IA) pode</p><p>substituir os humanos, mas estou muito interessada em</p><p>construir uma IA que não substitua os humanos, mas que possa</p><p>nos tornar, independentemente da idade, mais inteligentes. Uma</p><p>IA para o empoderamento humano.”</p><p>(Mihaela van der Schaar)</p><p>Atualizações</p><p>Ordenamento</p><p>jurídico</p><p>“A IA gerará imensa riqueza nas economias modernas, mas, assim como acontece</p><p>com os mercados de hoje, essa riqueza será mal distribuída. No passado, quando as</p><p>corporações cresciam, elas empregavam mais pessoas para continuar a apoiar</p><p>esse crescimento. Já o crescimento impulsionado pela IA exigirá mais tempo de</p><p>computação, mais dados e mais energia, não mais capital humano.”</p><p>(Brett King)</p><p>Na União Europeia, foi aprovada preliminarmente em maio de 2023 uma legislação restritiva</p><p>quanto à possibilidade de que IAs reconheçam emoções humanas, violentem pessoas</p><p>biometricamente e sejam usadas para vigilância policial preditiva. Fundamentalmente, as</p><p>empresas criadoras de IAs serão responsáveis pelo que se faz por meio das ferramentas</p><p>que são criadas por elas. A legislação exige especial atenção das empresas do setor sobre</p><p>aplicações de IA consideradas de alto risco, porque usadas em infraestrutura crítica,</p><p>educação, recursos humanos, controle da ordem ou gestão da migração. Tecnologias</p><p>similares ao ChatGPT também deverão receber atenção especial de uma futura lei.</p><p>Em 2024, o Poder Legislativo brasileiro começou efetivamente a discutir o Marco Legal da</p><p>Inteligência Artificial.</p><p>Primeiros ordenamentos jurídicos</p><p>Previsões</p><p>“Quanto mais pessoas participam da inteligência artificial, mais</p><p>ela se democratiza, mais pode florescer.”</p><p>(Daniela Rus)</p><p>Um estudo encomendado pela Goldman Sachs aponta que IAs poderão substituir</p><p>potencialmente cerca de 300 milhões de empregos em tempo integral ao longo da década</p><p>de 2020. Segundo esse estudo, 46% das tarefas administrativas e 44% das profissões</p><p>jurídicas sofrem com o risco de serem substituídas em aplicações de IA, contudo em outros</p><p>ramos o impacto é pequeno: apenas 6% na construção civil e 4% na manutenção.</p><p>Segundo a pesquisadora e professora de Universidade de Cambridge Mihaela van der</p><p>Schaar, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças será muito melhorado com a</p><p>ajuda de IAs, sobretudo, quanto à individualização desses cuidados, quanto à predição de</p><p>riscos, quanto à acuidade e precisão da análise de exames, etc.</p><p>Diversos estudiosos apontam que, em um futuro próximo, conversas e interações mediadas</p><p>por tecnologias digitais não oferecerão nenhuma barreira linguística e idiomática relevante.</p><p>Cada vez mais, as IAs transcenderão por meio do Aprendizado de Máquina as atribuições e</p><p>habilidades previstas quando de suas implementações.</p><p>Previsões</p><p>“IA não é inteligência, e sim marketing para explorar trabalho</p><p>humano.”</p><p>(Miguel Nicolelis)</p><p>Quanto à criação de clones digitais de pessoas por meio de IAs, há fortes expectativas que</p><p>essa demanda torne-se uma indústria de mais de 500 bilhões de dólares até o fim da</p><p>década de 1920. Uma empresa pioneira no setor, a Synthesia, já faturou 50 milhões de</p><p>dólares com o desenvolvimento de avatares para mais de 15.000 empresas, como o</p><p>McDonald’s e o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Algumas personalidades que já</p><p>foram clonadas usando essa tecnologia: Steve Jobs, Tom Mackenzie, Kanye West, Donald</p><p>Trump e Taylor Swift.</p><p>A OpenAI estima que 80 por cento dos trabalhadores nos Estados Unidos poderá ter até</p><p>2030 seus empregos afetados direta ou indiretamente por IAs.</p><p>A IA não substituirá substancialmente as pessoas em carreiras que exigem qualificação</p><p>superior e níveis importantes de autonomia e criatividade (“soft skills”), mas sim aquelas</p><p>que nesses nichos não souberem usar as IAs para potencializarem suas habilidades e</p><p>competências.</p><p>Previsões</p><p>Diversos estudiosos da área computacional afirmam – com muitos dados estatísticos e</p><p>histórico em relação à evolução da ciência computacional – que, por volta de 2050, um</p><p>computador doméstico terá uma capacidade de cálculo similar à de todos os seres humanos</p><p>vivos nessa época.</p><p>Um estudo, publicado na revista científica Journal of Artificial Intelligence Research e</p><p>assinado por cientistas do Instituto Max-Planck, da Alemanha, apresenta uma teoria em que</p><p>o grande desafio em controlar uma superinteligência exigiria um conhecimento muito</p><p>superior à capacidade cognitiva humana, isto é, sem um nível equivalente de inteligência,</p><p>seria impossível controlar uma inteligência artificial consciente de si mesma e capaz de</p><p>tomar decisões de maneira autônoma.</p><p>Previsões</p><p>Em 2023, Blake Lemoine, engenheiro do Google nos EUA, afirmou em um artigo no Medium e</p><p>em entrevista ao jornal The Washington Post que um dos sistemas de IA do Google teria</p><p>adquirido consciência, em função de Demoine, em suas interações com uma tecnologia</p><p>experimental, ter recebido respostas incomuns ou não previstas para uma máquina.</p><p>Posteriormente, o Google afastou-o de suas funções e depois demitiu-o. Sobre suas</p><p>alegações, não é possível comprová-las, mas também o Google não ofereceu informações</p><p>confiáveis para refutá-la até o início de 2024.</p><p>Previsões</p><p>“O desenvolvimento de tecnologias exponenciais como a nova</p><p>biotecnologia e inteligência artificial mostram uma tendência</p><p>maior, na qual a</p><p>humanidade pode passar de um mundo de</p><p>restrições a um onde pensamos em propósitos a longo prazo e</p><p>onde a produção de comida e moradias sustentáveis e água</p><p>fresca estão disponíveis a todos.”</p><p>(Arvind Gupta)</p><p>Aplicações</p><p>de IA</p><p>“É difícil pensar em uma grande indústria que não será</p><p>transformada pela inteligência artificial. Isso inclui saúde,</p><p>educação, meios de transporte, varejo, comunicações e</p><p>agricultura. Existem caminhos surpreendentemente claros para</p><p>a IA fazer uma grande diferença em todas essas indústrias.”</p><p>(Andrew Ng)</p><p>Riverside, HappyScribe, Whisper, AI Transcriptions, WriteOut, oTranscribe, Cockatoo, Buzz,</p><p>Google Docs, Freesubtitles.ai, Sonix, Trint - transcreve qualquer áudio e vídeo em texto.</p><p>TTS Maker, Speechmaker, Speechify, LOVO.ai - transforma qualquer tipo texto em áudio.</p><p>ChatGPT4, Research Rabbit, Consensus, ChatPDF, Copy.ai, Neural Text, Elicit, Scite.ai, Bing,</p><p>Bard – faz pesquisas, escreve e atende muitas outras necessidades.</p><p>Lexica, DALL-E 2, Midjourney, Craiyon, DraGan AI, Adobe firefly, Microsoft Designer,</p><p>DreamStudio, Canva, DeepAI, Let’s enhance, 24ai.tech – cria e manipula imagens.</p><p>Fliki, IA DeepBrain, Runway, Pictory, Descript, ModelScope, Deforum Stable Diffusion,</p><p>VEED.io, Lumen5, Designs.AI, Synthesia.io, InVideo.io - transforma textos em vídeos.</p><p>Gamma App, Decktopus, Kroma.AI, Designs.AI, Beautiful.AI, Tome, Gamma - cria “e-books” e</p><p>apresentações de forma rápida e prática.</p><p>TLDV, Turbine Text, Esummarizer, Resoomer, Text Summary, Text Summarizer - cria</p><p>resumos de reuniões.</p><p>Aplicações (modelos de IA)</p><p>KickResume – cria currículos.</p><p>Opus Clip, Runway, Pictory, Descript – cria e edita vídeos.</p><p>Notion AI, Taskade, MeetGeek – ajuda na gestão, produtividade e organização.</p><p>Sheetplus - ajuda a escrever fórmulas do Excel usando IA.</p><p>10web e Carrd - cria “sites” profissionais.</p><p>Zapler, Make, Bardeen – facilita automações.</p><p>Aplicações (modelos de IA)</p><p>Aplicações (modelos de IA)</p><p>“O que todos devemos fazer é nos certificar que estamos usando</p><p>a inteligência artificial de uma maneira que beneficie a</p><p>humanidade, e não que a deteriore.”</p><p>(Tim Cook)</p><p>Pensadores</p><p>Umberto Eco (1932-2016) foi um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano. Foi</p><p>um importante estudioso da Idade Medieval, da Semiótica, da Estética, da Tecnologia, da</p><p>Linguística, da Política, da Teoria Literária, etc. Como romancista é autor de sucessos como</p><p>“O nome da rosa” e “O pêndulo de Foucault”. Discutiu no livro “Apocalípticos e integrados” de</p><p>1965 a dualidade de recepção sobre a cultura de massas em uma era tecnológica, que serve</p><p>de maneira mais ampla para situar posições distintas e extremas sobre a evolução da</p><p>tecnologia e das IAs. Dicotomicamente, os “apocalípticos” seriam pessimistas em relação</p><p>não apenas à cultura de massas, mas também, em uma perspectiva ampliada</p><p>posteriormente, ao futuro da tecnologia, à evolução das IAs e mesmo ao futuro como um</p><p>todo; enquanto os “integrados” representariam uma perspectiva otimista e contrária à dos</p><p>apocalípticos.</p><p>Pensadores</p><p>Raymond Kurzweil (1948-) é um escritor, inventor e futurista norte-americano, responsável</p><p>por obras instigantes sobre o futuro. Contribui com novas tecnologias nos campos de</p><p>reconhecimento ótico de caracteres, síntese vocal, reconhecimento de voz e teclados</p><p>eletrônicos. Discute assuntos como Inteligência Artificial, Transumanismo, singularidade</p><p>tecnológica e Futurologia. Autor de obras como ”A era das máquinas inteligentes” (1990), “A</p><p>era das máquinas espirituais” (1998) e “A singularidade está próxima: quando os humanos</p><p>transcendem a biologia” (2005). É defensor da ideia de que, ainda na primeira metade do</p><p>século XXI, uma IA superará, de longe, a inteligência humana — e a singularidade terá</p><p>acontecido. Para Kurzweil, essa IA será indistinguível e superior à humana, pois será</p><p>aprovada no Teste de Turing com absoluta naturalidade.</p><p>Pensadores</p><p>Pensadores</p><p>Referências</p><p>“...no princípio havia a</p><p>informação. O verbo veio depois...”</p><p>(Fred Dretsker, 1976)</p><p>IA – Inteligência Artificial</p><p>Ex-Machina</p><p>2001, uma odisseia no espaço</p><p>O homem bicentenário</p><p>Robocop</p><p>Matrix</p><p>Akira</p><p>A origem</p><p>Upgrade</p><p>M3gan</p><p>Agente do futuro</p><p>O quinto elemento</p><p>Westworld, onde ninguém tem alma</p><p>Westworld (série)</p><p>Wall-E</p><p>Referências cinematográficas</p><p>Transcendence</p><p>O exterminador do Futuro</p><p>Eu, robô</p><p>Inteligência artificial, ascensão das máquinas</p><p>I am mother</p><p>O homem ideal</p><p>Ela</p><p>Blade Runner</p><p>Ghost in the Shell</p><p>Cyberpunk</p><p>Dataland</p><p>Substitutos</p><p>O homem ideal</p><p>Big Bug</p><p>Marjorie Prime</p><p>“O que é vivo não comporta cálculo.”</p><p>(Franz Kaflka)</p><p>https://arxiv.org/abs/1706.03762</p><p>https://mittechreview.com.br/a-corrida-pelo-processamento-de-linguagem-natura/</p><p>https://digitalwellbeing.org/artificial-intelligence-timeline-infographic-from-eliza-to-tay-and-</p><p>beyond/</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr1qr06myzo</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gv64qmvjlo</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv24066nkpqo</p><p>https://movimentorevista.com.br/2021/06/alan-turing-e-maquinas-inteligentes/</p><p>file:///D:/Usuario/Downloads/21211-Texto%20do%20artigo-83935-1-10-20160830.pdf</p><p>https://facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/apropriacao.htm#_ftnref9</p><p>https://www.estadao.com.br/link/cultura-digital/sistemas-de-ia-estao-desenvolvendo-</p><p>habilidades-imprevisiveis-e-cientistas-nao-sabem-os-motivos/</p><p>https://outraspalavras.net/tecnologiaemdisputa/ia-eliminar-os-germes-e-a-dissidencia/</p><p>https://www.ihu.unisinos.br/categorias/613693-a-inteligencia-artificial-em-3-perguntas</p><p>Referências digitais</p><p>https://mittechreview.com.br/a-corrida-pelo-processamento-de-linguagem-natura/</p><p>https://mittechreview.com.br/a-corrida-pelo-processamento-de-linguagem-natura/</p><p>https://digitalwellbeing.org/artificial-intelligence-timeline-infographic-from-eliza-to-tay-and-beyond/</p><p>https://digitalwellbeing.org/artificial-intelligence-timeline-infographic-from-eliza-to-tay-and-beyond/</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr1qr06myzo</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gv64qmvjlo</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv24066nkpqo</p><p>https://movimentorevista.com.br/2021/06/alan-turing-e-maquinas-inteligentes/</p><p>file:///D:/Usuario/Downloads/21211-Texto do artigo-83935-1-10-20160830.pdf</p><p>https://facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/apropriacao.htm#_ftnref9</p><p>https://www.estadao.com.br/link/cultura-digital/sistemas-de-ia-estao-desenvolvendo-habilidades-imprevisiveis-e-cientistas-nao-sabem-os-motivos/</p><p>https://www.estadao.com.br/link/cultura-digital/sistemas-de-ia-estao-desenvolvendo-habilidades-imprevisiveis-e-cientistas-nao-sabem-os-motivos/</p><p>https://outraspalavras.net/tecnologiaemdisputa/ia-eliminar-os-germes-e-a-dissidencia/</p><p>https://www.ihu.unisinos.br/categorias/613693-a-inteligencia-artificial-em-3-perguntas</p><p>https://www.deeplearningbook.com.br/transformadores-o-estado-da-arte-em-processamento-</p><p>de-linguagem-natural/</p><p>https://www.updateordie.com/2022/04/01/uma-transformacao-profunda-na-ia/</p><p>https://neofeed.com.br/blog/home/o-futurista-brett-king-e-o-admiravel-mundo-novo-em-que-</p><p>tudo-e-automatizado/</p><p>https://tab.uol.com.br/edicao/transumanismo</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4SPwc1AyMsk</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=PSCRpPYGlao&t=600s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=o7Vw_WfXCnc</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=i6xbl9QzIK0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ZNEG4Ed9Jjs&t=140s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=pb4b4_MlNwo&t=908s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=PSCRpPYGlao&t=609s</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/cw9elqgxrpxo</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51l974y6pro</p><p>Referências digitais</p><p>https://www.deeplearningbook.com.br/transformadores-o-estado-da-arte-em-processamento-de-linguagem-natural/</p><p>https://www.deeplearningbook.com.br/transformadores-o-estado-da-arte-em-processamento-de-linguagem-natural/</p><p>https://www.updateordie.com/2022/04/01/uma-transformacao-profunda-na-ia/</p><p>https://neofeed.com.br/blog/home/o-futurista-brett-king-e-o-admiravel-mundo-novo-em-que-tudo-e-automatizado/</p><p>https://neofeed.com.br/blog/home/o-futurista-brett-king-e-o-admiravel-mundo-novo-em-que-tudo-e-automatizado/</p><p>https://tab.uol.com.br/edicao/transumanismo</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4SPwc1AyMsk</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=PSCRpPYGlao&t=600s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=o7Vw_WfXCnc</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=i6xbl9QzIK0</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ZNEG4Ed9Jjs&t=140s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=pb4b4_MlNwo&t=908s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=PSCRpPYGlao&t=609s</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/cw9elqgxrpxo</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51l974y6pro</p><p>“O único limite para a IA é a imaginação humana.”</p><p>(Chris Duffey)</p><p>CAPURRO, R.; HJORLAND, B.. O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da</p><p>Informação, v. 12, n. 1, jan. 2007.</p><p>DICK, Philip K. Blade Runner: androides sonham com ovelhas elétricas? São Paulo: Aleph,</p><p>2019.</p><p>FISHER, Max. A máquina do caos: como as redes sociais reprogramaram nossa mente e</p><p>nosso mundo. São Paulo: Todavia, 2023.</p><p>FORD, Martin. O futuro da Inteligência Artificial. Lisboa: Bertrand, 2022.</p><p>GANASCIA, Jean-Gabriel, Inteligência artificial. São Paulo: Ática, 1997.</p><p>GIBSON, Willian. Neuromancer. São Paulo: Aleph, 2016.</p><p>GIBSON, Willian. Mona lisa overdrive. São Paulo: Aleph, 2017.</p><p>GLEICK, James. A informação. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.</p><p>HARARI, Yuval Noah. Homo Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.</p><p>LEE, Kai-Fu. Inteligência artificial. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2019.</p><p>MATTELART, Armand. História da sociedade da informação. São Paulo: Loyola, 2002.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro, 2018.</p><p>SEIFE, Charles. Decodificando o universo. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.</p><p>RUSSELL, Stuart. Inteligência artificial a nosso favor: como manter o controle sobre a</p><p>tecnologia. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.</p><p>TAULLI, Tom. Introdução à Inteligência Artificial: uma abordagem não técnica. São Paulo:</p><p>Novatec, 2020.</p><p>TEGMARK, Max. Vida 3.0: O ser humano na era da inteligência artificial. São Paulo: Benvirá,</p><p>2020.</p><p>Referências bibliográficas</p><p>“Nossa inteligência é o que nos torna humanos, e a IA é uma</p><p>extensão dessa qualidade.”</p><p>(Yann LeCun)</p><p>“No geral, acredito que há uma corrida entre nossa habilidade de</p><p>fazer as coisas, de avançar rapidamente nossas habilidades</p><p>tecnológicas, e nossa sabedoria, que vai muito mais devagar.</p><p>Precisamos de um certo nível de sabedoria e colaboração para o</p><p>momento em que alcancemos determinados marcos</p><p>tecnológicos, para sobreviver a essas transições.”</p><p>(Nick Bostrom)</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>Slide 18</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Slide 24</p><p>Slide 25</p><p>Slide 26</p><p>Slide 27</p><p>Slide 28</p><p>Slide 29</p><p>Slide 30</p><p>Slide 31</p><p>Slide 32</p><p>Slide 33</p><p>Slide 34</p><p>Slide 35</p><p>Slide 36</p><p>Slide 37</p><p>Slide 38</p><p>Slide 39</p><p>Slide 40</p><p>Slide 41</p><p>Slide 42</p><p>Slide 43</p><p>Slide 44</p><p>Slide 45</p><p>Slide 46</p><p>Slide 47</p><p>Slide 48</p><p>Slide 49</p><p>Slide 50</p><p>Slide 51</p><p>Slide 52</p><p>Slide 53</p><p>Slide 54</p><p>Slide 55</p><p>Slide 56</p><p>Slide 57</p><p>Slide 58</p><p>Slide 59</p><p>Slide 60</p><p>Slide 61</p><p>Slide 62</p><p>Slide 63</p><p>Slide 64</p><p>Slide 65</p><p>Slide 66</p><p>Slide 67</p><p>Slide 68</p><p>Slide 69</p><p>Slide 71</p><p>Slide 72</p><p>Slide 73</p><p>Slide 74</p><p>Slide 75</p><p>Slide 76</p><p>Slide 77</p><p>Slide 78</p><p>Slide 79</p><p>Slide 80</p><p>Slide 81</p><p>Slide 82</p><p>Slide 83</p><p>Slide 84</p><p>Slide 85</p><p>Slide 86</p><p>Slide 87</p><p>Slide 88</p><p>Slide 89</p><p>Slide 90</p><p>Slide 91</p><p>Slide 92</p><p>Slide 95</p><p>Slide 96</p><p>Slide 97</p><p>Slide 98</p><p>Slide 99</p><p>Slide 100</p><p>Slide 101</p><p>Slide 102</p><p>Slide 103</p><p>Slide 104</p><p>Slide 105</p><p>Slide 106</p><p>Slide 107</p><p>Slide 108</p><p>Slide 109</p><p>Slide 110</p><p>Slide 111</p><p>Slide 112</p><p>Slide 113</p><p>Slide 114</p><p>Slide 115</p><p>Slide 116</p><p>Slide 117</p><p>Slide 118</p><p>Slide 119</p><p>Slide 120</p><p>Slide 121</p><p>Slide 122</p><p>Slide 123</p><p>Slide 124</p><p>Slide 125</p><p>Slide 126</p><p>Slide 127</p><p>Slide 128</p><p>Slide 129</p><p>Slide 130</p><p>Slide 131</p><p>Slide 132</p><p>Slide 133</p><p>Slide 134</p><p>Slide 135</p><p>Slide 136</p><p>Slide 137</p><p>Slide 138</p><p>Slide 139</p><p>Slide 140</p><p>Slide 141</p><p>Slide 142</p><p>Slide 143</p><p>Slide 144</p><p>Slide 145</p><p>Slide 146</p><p>Slide 147</p><p>Slide 148</p><p>Slide 149</p><p>Slide 150</p><p>Slide 151</p><p>Slide 152</p><p>Slide 153</p><p>Slide 154</p><p>Slide 155</p><p>Slide 156</p><p>Slide 157</p><p>Slide 158</p><p>Slide 159</p><p>Slide 160</p><p>Slide 161</p><p>Slide 162</p><p>Slide 163</p><p>Slide 164</p><p>Slide 165</p><p>Slide 166</p><p>Slide 167</p><p>Slide 168</p><p>Slide 169</p><p>Slide 170</p><p>Slide 171</p><p>Slide 172</p><p>Slide 173</p><p>Slide 174</p><p>Slide 175</p><p>Slide 176</p><p>Slide 177</p><p>Slide 178</p><p>também favorece a articulação de grupos antidemocráticos, terroristas,</p><p>negacionistas, etc., ou seja, é uma ferramenta que depende exclusivamente da ética do</p><p>usuário para que seja usada de maneira produtiva e positiva.</p><p>Conceitos</p><p>Rede de recomendação – recurso em que o conteúdo é recomendado – por algoritmos - sem</p><p>levar em consideração as amizades e as relações estabelecidas entre os usuários, mas os</p><p>gostos e comportamentos do usuário manifestados ao estar conectado à internet e os</p><p>conteúdos mais vistos por todos os usuários do serviço. Em função do sucesso do Tiktok, que</p><p>é uma plataforma de vídeos e uma rede de recomendação, diversas redes sociais têm</p><p>seguido essa tendência, o que é o caso do Instagram (Reels). Essa questão tem severas e</p><p>preocupantes implicações na saúde mental, nas relações pessoais, nos gostos e na</p><p>percepção de mundo de seus usuários.</p><p>Conceitos</p><p>Algoritmo – tecnologia que tem pautado gostos e opiniões a partir de bolhas algorítmicas</p><p>que têm sido responsabilizadas pela radicalização de pessoas por tornar o “viés de</p><p>confirmação” um processo automático e contínuo. Também influi decisivamente na formação</p><p>do repertório cultural e nos gostos dos internautas. Para ciências matemáticas e da</p><p>computação, é uma sequência finita de ações executáveis e bem definidas que visam sempre</p><p>obter uma solução efetiva para um determinado tipo de problema ou as etapas para concluir</p><p>uma tarefa com êxito. Ou ainda, é uma sequência de instruções ou comandos executados de</p><p>maneira sistemática por um sistema ou máquina a fim de solucionar um problema ou</p><p>executar uma tarefa. O termo "algoritmo" tem origem no nome do matemático árabe Al</p><p>Khwarizmi, que viveu no século IX. São classificados pela maneira e pelo motivo como são</p><p>implementados.</p><p>Conceitos</p><p>Realidade virtual – tecnologia que permite uma interface imersiva entre usuário e máquina</p><p>por meio de um ambiente 3D com efeitos sonoros, táteis e visuais que respondem ao</p><p>movimento físico do corpo do usuário com a ajuda de sensores embarcados em óculos,</p><p>luvas, roupas e outras tecnologias vestíveis (“wearables”). Pode ser usada para recuperar</p><p>pessoas com deficiência ou tratar fobias como a de altura. Tesla Suit.</p><p>Realidade aumentada – tecnologia que permite uma conexão entre um ambiente virtual e</p><p>um físico por meio de um objeto real com câmera (como um “smartphone”), que seria usado</p><p>para criar um objeto virtual a partir de uma referência ou estímulo do mundo físico. Serviços</p><p>e tecnologias que usam recursos de realidade aumentada: Google Arts & Culture, Snapchat,</p><p>Google Maps, Medida, Pokémon Go, Star Chart, BBC Civilizations AR, Ink Hunter, Google</p><p>tradutor, etc.</p><p>Conceitos</p><p>Convergência tecnológica – concentração de serviços, recursos, possibilidades e tecnologias</p><p>em um dispositivo que antes estavam dispersos em outras máquinas, produtos ou</p><p>dispositivos. Os “smartphones” são exemplos privilegiados desse processo, pois, ao longo de</p><p>pouco mais de 20 anos, concentraram recursos como telefone, agenda, relógio, despertador,</p><p>calculadora, câmera, “tocador”, gravador de voz, bússola, computador, bloco de notas, livro,</p><p>etc. Além disso, passaram a agregar recursos que gradativamente o fizeram ser uma</p><p>alternativa viável em relação ao computador, por exemplo, na gestão de redes sociais</p><p>(publicação de perfil público, agregador de interesses, serviço de “e-mail”, comunicador</p><p>instantâneo, “feed” de conteúdo, etc.). Isso é uma das explicações possíveis para se entender</p><p>a dependência de cada vez mais pessoas em relação a “smartphones” e à cultura digital com</p><p>a qual esse aparelho produziu a possibilidade de que muitas pessoas estivessem em</p><p>constante contato com a “Cibercultura”, o que inclusive aumentou significativamente o</p><p>número de casos de dependência tecnológica.</p><p>Conceitos</p><p>Metaverso – tecnologia que pretende propiciar uma nova camada de experiência que</p><p>integraria os mundos real e virtual. Por enquanto, é um ambiente virtual imersivo construído</p><p>por meio da combinação de diversas tecnologias, tais como: realidade virtual, realidade</p><p>aumentada, hologramas, entre outros recursos. Nesse plano, os indivíduos poderiam</p><p>interagir por meio de avatares 3D customizáveis com o intuito de trabalhar, estudar,</p><p>conviver, ou seja, ter uma vida social plena por intermédio de uma atuação ativa e realista</p><p>no metaverso. Para ser realizada como previsto ainda depende da popularização de</p><p>tecnologias como o 5G e do entendimento das pessoas de que há algo positivo ou relevante</p><p>no metaverso além do que se encontra no mundo real e no virtual.</p><p>Conceitos</p><p>Neutralidade da rede ou neutralidade da internet ou princípio na neutralidade - baseia-se na</p><p>defesa de uma rede neutra que não discrimina o tráfego de pacotes de dados em função do</p><p>seu proprietário, conteúdo, fonte ou destino, ou seja, os dados que trafegam na rede são</p><p>tratados da mesma maneira quanto à velocidade de “upload” e “download” de dados, ao</p><p>acesso a qualquer tipo de conteúdo e à não discriminação de aplicações por causa do</p><p>consumo de banda. No Brasil, o Marco Civil da Internet de 2014 entende que a rede deve</p><p>"tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem</p><p>e destino, serviço, terminal ou aplicação”. A questão da neutralidade da rede associa-se com</p><p>diversos assuntos como direitos digitais, direitos humanos, democracia, estímulo à</p><p>competição e inovação na internet, etc.</p><p>Conceitos</p><p>Neutralidade da tecnologia - trata do fato de que tecnologias em tese são indiferentes em</p><p>relação ao uso ou fim ao qual elas são destinadas por vontade de seus usuários. Tal conceito</p><p>é problematizado pelo fato de as mais avançadas tecnologias não serem acessíveis para a</p><p>maioria das pessoas, tanto na condição de usuários como a de criadores delas ou mesmo</p><p>pelo de o domínio tecnológico estar submetido aos seus criadores (empresas de tecnologia,</p><p>big techs, etc.), e não aos seus usuários. Programas de reconhecimento de rostos com</p><p>sérias imprecisões quando são analisados os de pessoas negras, robôs que substituem</p><p>trabalhadores em praticamente todos os setores da sociedade (desemprego tecnológico),</p><p>etc.</p><p>Conceitos</p><p>“Cyberpunk” – a vida virtual e a cultura “cyberpunk” foram plenamente antecipadas por</p><p>Philip K. Dick (1928-1982) e Willian Gibson (1948-), respectivamente, nos clássicos “Blade</p><p>Runner: androides sonham com ovelhas elétricas?” (1968) e “Neuromancer” (1984), que são</p><p>as mais influentes obras sobre o universo “cyberpunk” já escritas. Nesses livros, foram</p><p>antecipados com grande acurácia conceitos como internet, ciborgues e “ciberespaço”, que,</p><p>no caso deste último, segundo Gibson, seria “uma representação gráfica de dados abstraídos</p><p>de bancos de cada computador no sistema humano… agrupamentos e constelações de</p><p>dados”. Mais tarde, obras como “Akira”, “Ghost in the shell”, “Matrix”, “Jogador número 1” e</p><p>“Alita, anjo de combate” viriam a expandir muito os limites e as abordagens de termos cada</p><p>vez mais comuns no século XXI: internet, ciborgues, “cyberpunk”, inteligência artificial,</p><p>nanotecnologia. A cultura “cyberpunk”, caracterizado pela “alta tecnologia e baixo nível de</p><p>vida” (“high-tech, low life”), aproximou-se da realidade em 2017 quando funcionários de uma</p><p>empresa sueca de tecnologia voluntariamente permitiram a instalação de um “chip” entre o</p><p>polegar e o indicador para que pudessem abrir portas sem chave e operar máquinas com</p><p>gestos.</p><p>Conceitos</p><p>“A inteligência artificial ameaça a existência da nossa</p><p>civilização.”</p><p>(Elon Musk)</p><p>“Cyberbullying” – prática de “bullying” por meio e em ambientes virtuais, como redes sociais</p><p>e aplicativos de mensagem. Consiste em práticas que visam a perseguição, humilhação,</p><p>intimidação, agressão e difamação sistemática de uma pessoa ou um grupo. Pode ser muito</p><p>mais aflitivo que o “bullying”, pois transcende o espaço escolar.</p><p>Conceitos</p><p>“Deep learning” – algoritmos baseados em redes neuronais artificiais que ensinam a si</p><p>mesmos a partir de vastas quantidade de dados (“big data”). Algoritmos</p><p>treinados para</p><p>realizar tarefas específicas como reconhecer símbolos a partir de dados. É essencialmente</p><p>uma rede neural com três ou mais camadas. Essas redes neurais tentam simular o</p><p>comportamento do cérebro humano, embora longe de corresponder a sua capacidade,</p><p>permitindo que uma IA “aprenda” com grandes quantidades de dados. Tal tecnologia</p><p>impulsiona muitos aplicativos e serviços de Inteligência Artificial (IA) que melhoram a</p><p>automação, por meio da realização de tarefas analíticas e físicas sem intervenção humana.</p><p>“Machine learning” – algoritmos que melhoram seu desempenho à medida que são expostos</p><p>a quantidades maiores e melhores de dados, ou seja, aprendem com suas próprias</p><p>experiências sem necessariamente haver intervenção humana. Permite que sistemas</p><p>computacionais possam automatizar decisões.</p><p>Conceitos</p><p>“Aprendizado de máquina, ‘deep learning’, ‘machine learning’, são grandes</p><p>nomes que usam palavras que nós nos acostumamos coloquialmente a</p><p>usar, relacionadas ao cérebro humano ou de qualquer animal, para definir</p><p>coisas que nós fazemos com lógica binária. A inteligência humana não é</p><p>binária. Por isso, é um nome impróprio.”</p><p>(Miguel Nicolelis)</p><p>Rede neural recorrente – modelo de linguagem incipiente capaz de analisar sequências de</p><p>texto (palavra por palavra), para prever qual será a próxima palavra a ser escrita por meio</p><p>de estatísticas prévias, que já está presente em diversos recursos e apps como o WhatsApp.</p><p>A recorrência desse modelo dá-se em função de ele aprender com a própria experiência e</p><p>alimentar a rede da qual faz parte com o intuito de aprimorar o desempenho futuro do</p><p>sistema.</p><p>Conceitos</p><p>Rede neural transformer – modelo de linguagem contextual em que todas as palavras de</p><p>uma sentença são processadas ao mesmo tempo, mesmo que sejam grandes volumes de</p><p>informação, o que aproxima esse modelo da forma como a linguagem natural humana é</p><p>criada e processada, a fim de poder reproduzi-la ou imitá-la. Essa tecnologia é central na</p><p>construção das IAs generativas, por exemplo. Daí, o nome ChatGPT-4 (Generative Pre-</p><p>Training Transformer 4) criado pela OpenAi</p><p>Conceitos</p><p>LLMs – os Grandes Modelos de Linguagem (LLMs, sigla em inglês para Large Language</p><p>Models) são em linhas gerais redes neurais artificiais baseadas em modelos de Aprendizado</p><p>de Máquina (“Machine Learning”) usados para entender e emular as linguagens humanas ou</p><p>naturais a partir de gigantescos bancos de dados. Para tanto, é preciso armazenar</p><p>quantidades enormes de informação que serão processadas por algoritmos, com o intuito de</p><p>aprender padrões de linguagem humana para desempenhar diversas funções e gerar</p><p>respostas por aproximação baseadas no aprendido a partir de informações criadas por</p><p>seres humanos. São construídos por múltiplas camadas de redes neurais que operam</p><p>conjuntamente para analisar grandes volumes de dados (estatísticas, textos, imagens,</p><p>áudios, vídeos, etc.) a fim de prever padrões ou oferecer respostas dinâmicas para os mais</p><p>variados comandos ou problemas.</p><p>Conceitos</p><p>“É importante pensar não só na criação da inteligência artificial,</p><p>mas como fazer um uso benéfico dela.”</p><p>(Stephen Hawking)</p><p>Inteligência artificial (IA) - capacidade de dispositivos e sistemas tecnológicos, normalmente</p><p>digitais, de funcionarem de maneira a emular o pensamento humano em diversas das suas</p><p>peculiaridades como a criatividade, a competência para aprender novas habilidades, a</p><p>tomada de decisão e a solução de problemas novos, ou seja, reprodução por um “software”</p><p>de algumas das capacidades mentais humanas – a partir de aprendizagem automática -</p><p>como a compreensão de textos, o raciocínio sobre problemas, a demonstração de comandos</p><p>por meio de imagens, etc.</p><p>O cientista da computação estadunidense John McCarthy (1927-2011) foi o pioneiro no uso do</p><p>termo em 1956, quando, em uma conferência para especialistas em tecnologia no Darmouth</p><p>College, chamada “O Eros Eletrônico”, definiu a IA como “a ciência e a engenharia de</p><p>produzir máquinas inteligentes”. Está intimamente relacionada com recursos de várias</p><p>áreas da ciência da Tecnologia da Informação como “Machine Learning”, “Big data”, “Deep</p><p>Learning”, Computação em nuvem, Redes Neurais, Computação Cognitiva, Internet das</p><p>Coisas e Processamento de Linguagem Natural.</p><p>Conceitos</p><p>“Cheguei à conclusão de que o tipo de inteligência que estamos</p><p>desenvolvendo é muito diferente da inteligência que temos.”</p><p>(Geoffrey Hinton)</p><p>Inteligência artificial (IA) (cont.) – eis uma lista de aplicações de IA usadas no cotidiano de</p><p>grande parte das pessoas atualmente: recomendação de conteúdo a partir das preferências</p><p>do usuário (Youtube, Spotify, etc.), assistente pessoal (Siri, Alexa, Cortana, etc.),</p><p>reconhecimento facial, agente conversacional como “chatbots” (ChatGPT), avaliação da</p><p>produtividade de trabalhadores, avaliar riscos em operações financeiras, diagnósticos</p><p>médicos por imagens, predição de comportamentos humanos, predição de comandos em</p><p>buscadores, carros autônomos, dublagem e locução, identificação de “spam” em serviços de</p><p>“e-mail”, direcionamento individualizado de conteúdos, teclado inteligente, “bots” em</p><p>“videogames” e em mensageiros como o Telegram, a estimativa de tempo para trafegar pela</p><p>cidade, tradutores idiomáticos, etc.</p><p>Conceitos</p><p>“A neurociência acabará expandindo a limites quase</p><p>inimagináveis a capacidade humana, que passará a se expressar</p><p>muito além das fronteiras e limitações impostas tanto por nosso</p><p>frágil corpo de primatas como por nosso senso de eu”, diz o</p><p>autor na introdução do livro.”</p><p>(Miguel Nicolelis, “Muito além do nosso eu”)</p><p>Inteligência artificial (IA) (cont.) – as IAs suscitam ainda a existência possível, ainda que</p><p>para muitos remota, de uma máquina criada para ter consciência autônoma sobre a</p><p>realidade e sobre si mesmo, ou seja, uma Inteligência Artificial Geral (IAG).</p><p>Essa hipótese foi amplamente antecipada pela Ficção Científica por inúmeros livros e filmes,</p><p>embora a ciência ainda não saiba como é formada a consciência humana. Dessa maneira,</p><p>como seria possível replicá-la?</p><p>Conceitos</p><p>“(IA) É uma disciplina científica nascida na década de 1950 que</p><p>visa simular as diferentes funções cognitivas para reproduzir</p><p>uma forma de inteligência.”</p><p>(Jean-Gabriel Ganascia)</p><p>Inteligência artificial (IA) – IAs podem ser divididas segundo suas habilidades:</p><p>Inteligência Artificial Limitada , Fraca ou Estreita (ANI) – Máquinas reativas, memórias</p><p>limitadas - formas mais antigas de inteligência artificial com recursos muito limitados,</p><p>que não possuem funcionalidade baseada em grandes quantidades de dados, por isso</p><p>reagem a poucos estímulos para os quais foram previamente programadas. São</p><p>baseadas em algoritmos projetados para realizar uma tarefa específica. Não é capaz de</p><p>aprender com as tarefas que realiza. Conseguem aprender com base em grandes</p><p>volumes de dados a ponto de tomarem decisões para as quais não foram previa e</p><p>precisamente programadas. Exemplo: IAs de xadrez, buscas do Google, recordações em</p><p>serviços de “streaming” baseados no histórico do usuário, etc.</p><p>Conceitos</p><p>“No sentido etimológico, a inteligência artificial é, sim, um</p><p>‘artifício’, isto é, uma arte consumada que ilude ao produzir</p><p>engodos fabricados expressamente para nos enganar, fazendo</p><p>crer que as máquinas são de fato inteligentes.”</p><p>(Jean-Gabriel Ganascia)</p><p>Inteligência artificial (IA) – IAs podem ser divididas segundo suas habilidades:</p><p>Inteligência Artificial Generalizada ou Forte (AGI) – Máquina ciente - sistemas de IA</p><p>capazes de compreender os estímulos recebidos para processar informações a partir de</p><p>uma capacidade de processar volumes de dados cada vez maiores para aprender com</p><p>eles. Emula capacidades humanas intelectuais. Exemplo: IAs capazes de produzir textos</p><p>ou imagens indistinguíveis das feitas por humanos como as IAs generativas ou robôs</p><p>conversacionais (ChatGPT, da OpenAI).</p><p>Conceitos</p><p>“Acho que a arte é uma expressão da alma. Na melhor das</p><p>hipóteses, ela abrange tudo o que você é. Portanto,</p><p>eu consumo</p><p>e amo arte feita por humanos. Estou completamente comovido</p><p>com isso. Não estou interessado em uma ilustração feita por</p><p>máquinas e a extrapolação de informações.”</p><p>(Guillermo Del Toro)</p><p>Inteligência artificial (IA) – IAs podem ser divididas segundo suas habilidades:</p><p>Super Inteligência Artificial (ASI) – Máquina autoconsciente - formulação hipotética, que</p><p>sugere que IAs poderão um dia compreender e provocar emoções, reconhecer</p><p>necessidades próprias, desenvolver crenças e ter desejos próprios. Nesse contexto,</p><p>terão superado as capacidades intelectuais humanas. Formulações a respeito são</p><p>comuns na Ficção Científica como é o caso da IA HAL 9000 de “2001, uma odisseia no</p><p>espaço”.</p><p>“Um intelecto muito mais inteligente do que os melhores cérebros humanos em</p><p>praticamente todos os campos, inclusive a criatividade científica, a sabedoria geral e as</p><p>habilidades sociais.” (Nick Bostrom, filósofo)</p><p>Conceitos</p><p>“O sucesso na criação da inteligência artificial será o maior</p><p>evento da história da humanidade, infelizmente também pode</p><p>ser o último, a menos que aprendamos a evitar os riscos.”</p><p>(Stephen Hawking)</p><p>Problema de Alinhamento – no contexto das IAs, o “problema de alinhamento” refere-se aos</p><p>desafios causados pelo fato de as máquinas não terem os mesmos valores do que a</p><p>humanidade, se é que se pode pensar em “valores da humanidade” como um todo, o que é</p><p>outro problema, ou seja, é uma questão ética associada ao desafio de se incutir em IAs os</p><p>conceitos de certo e errado, que sempre variaram no tempo e no espaço na história da</p><p>humanidade.</p><p>2015, caracterização equivocada e preconceituosa de fotos por meio do algoritmo do</p><p>Google Fotos, que classificou fotos de pessoas negras como se fossem de gorilas.</p><p>2018, o Uber disponibilizou carros autônomos que, em um caso, atropelou e matou um</p><p>pedestre que empurrava uma bicicleta, por não ter em seu banco de dados sobre essa</p><p>possibilidade, já que estava preparado para preservar a vida de pedestre ou ciclistas no</p><p>trânsito, mas não de um pedestre que empurrava uma bicicleta enquanto caminhava.</p><p>2019, com a implantação de uma IA que selecionava currículos, homens passaram a ser</p><p>prioritariamente contratados em função da pequeno número de currículos de mulheres</p><p>no banco de dados usado para treinar a IA.</p><p>Conceitos</p><p>“Acho que a arte é uma expressão da alma. Na melhor das</p><p>hipóteses, ela abrange tudo o que você é. Portanto, eu consumo</p><p>e amo arte feita por humanos. Estou completamente comovido</p><p>com isso. Não estou interessado em uma ilustração feita por</p><p>máquinas e a extrapolação de informações.”</p><p>(Guillermo Del Toro)</p><p>Alucinação de máquina – ocorre quando um sistema fornece uma resposta inadequada fora</p><p>do esperado ou do que foi previamente programado para que essa máquina fizesse. Em</p><p>outras palavras, é um conteúdo gerado por um modelo de IA, mas que é sem sentido ou falso</p><p>em relação ao conteúdo originalmente fornecido. Pode ser causada por erros na codificação</p><p>e decodificação entre texto e representações; pelo treinamento insuficiente, precário ou</p><p>preconceituoso da IA; ou pela necessidade de oferecer uma resposta a qualquer custo para</p><p>o usuário da IA. São exemplos:</p><p>o caso em que o ChatGPT criou uma lista a pedido de um usuário de acadêmicos</p><p>envolvidos em eventos de assédio sexual que continha indivíduos sem qualquer tipo de</p><p>denúncia a respeito, ou seja, ela criou essas correspondências para atender à</p><p>solicitação que recebeu.</p><p>as listas de livros que não foram escritos pelos autores solicitados ao ChatGPT.</p><p>num diálogo com o jornalista Flávio Gomes, o ChatGPT afirmou que o piloto brasileiro</p><p>Ayrton Senna morreu em Interlagos depois de bater em Nakajima.</p><p>Conceitos</p><p>“Este é o ataque mais radical ao pensamento crítico, à</p><p>inteligência crítica e particularmente à ciência que eu jamais vi.”</p><p>(Noam Chomsky)</p><p>Comportamento emergente – são processos, respostas ou comportamentos inesperados em</p><p>IAs, porque não foram parametrizados previamente, como descobrir um nome de um filme</p><p>por meio de emojis, desembaralhar as letras de uma palavra, criar uma versão equivalente</p><p>e coerente em inglês de provérbios de povos indígenas ou se comportar como um sistema</p><p>Linux sem que isso faça parte dos atributos iniciais da IA.</p><p>Conceitos</p><p>“Chatbots”– “Um chatbot é um programa de computador projetado para simular uma</p><p>conversa humana. Eles são projetados para responder a perguntas e realizar tarefas</p><p>específicas, como ajudar os usuários a encontrar informações ou realizar compras on-line.</p><p>Chatbots podem ser implementados em diversas plataformas, como websites, aplicativos de</p><p>mensagem, plataformas de voz e outras. Eles são alimentados por inteligência artificial e</p><p>aprendizado de máquina, e são capazes de entender e responder a linguagem natural dos</p><p>usuários. Os chatbots são amplamente utilizados em vários setores, como saúde, varejo,</p><p>atendimento ao cliente, entre outros. Eles ajudam a automatizar processos e a fornecer</p><p>respostas rápidas e precisas aos usuários, melhorando a eficiência e a satisfação do</p><p>cliente.” (Definição criada pelo ChatGPT)</p><p>Conceitos</p><p>“Chatbots”– (cont.) o ChatGPT é uma aplicação (“chatbot”) de Inteligência Artificial (IA) e de</p><p>Aprendizado de Máquina desenvolvido pela OpenAI, que pode ser definido como um modelo</p><p>de linguagem treinado a partir de um gigantesco conjunto de dados e conhecimentos. Entre</p><p>as habilidades desenvolvidas, uma das mais impressionantes é a capacidade de gerar textos</p><p>semelhantes aos que são feitos por seres humanos a partir do entendimento sobre o</p><p>contexto e a intenção da mensagem, o que permite a produção de textos, respostas e</p><p>mensagens relevantes e contextualizadas. Pode ser usado também para fazer paráfrases,</p><p>análise de dados e pesquisa. Outros “chatbots” relevantes nesse contexto: o Dall-E e o</p><p>Craiyon que geram imagens a partir de textos, o MusicLM e o Riffusion que geram música</p><p>com base em descrições textuais.</p><p>Conceitos</p><p>“Claramente é possível que algo pode se tornar mais inteligente do que</p><p>seus ancestrais. Nós evoluímos para sermos mais inteligentes do que</p><p>nossos ancestrais macacos, e Einstein foi mais inteligente do que os pais</p><p>dele. É a partir dessa linha a qual você se refere que a inteligência artificial</p><p>se torna melhor que os humanos, de forma que ela possa se melhorar</p><p>automaticamente, sem interferência humana. Se isso acontecer,</p><p>sofreremos uma explosão de inteligência que resultará nas máquinas</p><p>sendo mais inteligentes do que nós da mesma forma que somos mais</p><p>inteligentes que os caracóis.”</p><p>(Stephen Hawking)</p><p>Doenças relacionadas ao abuso de tecnologias - o vício em tecnologias. As implicações</p><p>ergonômicas, oftalmológicas, psicológicas e comportamentais dessa compulsão. As</p><p>conexões com outros vícios.</p><p>“A dependência digital não está diretamente relacionada ao tempo de conexão de uma</p><p>pessoa aos seus dispositivos eletrônicos; mas sim ao nível de perda de controle na vida</p><p>real, trazendo prejuízos nos campos profissional, familiar, afetivo ou social: uso</p><p>consciente, quando o virtual não atrapalha o mundo real; uso abusivo, quando o virtual</p><p>atrapalha o mundo real, mas existe um nível de controle por parte do usuário; uso</p><p>dependente patológico, quando o virtual atrapalha o mundo real e existe uma perda de</p><p>controle a partir dos sintomas da nomofobia (desprezo pelas relações na vida real,</p><p>mudanças repentinas de humor, percepção alterada do tempo, perda de sono, ansiedade,</p><p>depressão, entre outros).” (institutodelete.com)</p><p>Conceitos</p><p>Doenças relacionadas ao abuso de tecnologias - o vício em tecnologias. As implicações</p><p>ergonômicas, oftalmológicas, psicológicas e comportamentais dessa compulsão. As</p><p>conexões com outros vícios.</p><p>Nomofobia (abreviação de “no mobile phobia”) - transtorno relacionado à sensação de</p><p>várias formas desagradável de não poder se conectar ou de não ter em mãos um</p><p>celular, isto é, uma privação que pode levar uma pessoa a ter mudanças bruscas de</p><p>humor ou mesmo crises de ansiedade.</p><p>Síndrome do Toque Fantasma - desdobramento da</p><p>dependência que cada vez mais</p><p>pessoas têm em relação a recursos tecnológicos, sobretudo, a conectados à internet.</p><p>Esse transtorno faz com que o indivíduo acredite que seu celular vibra ou toca sem que</p><p>isso tenha acontecido.</p><p>Conceitos</p><p>Obsolescência – condição do serviço, tecnologia ou bem que perde a utilidade, mesmo que</p><p>esteja em pleno funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais</p><p>avançado. É um fenômeno que explica diversos aspectos do consumismo e de problemas da</p><p>gestão de resíduos. Existem três tipos de obsolescência:</p><p>Técnica ou funcional – ocorre quando uma tecnologia substitui outra de maneira mais</p><p>eficiente ou prática, quando o preço de peças de reposição tornam economicamente</p><p>inviável a manutenção e quando a precariedade material diminui o tempo útil – fita VHS ></p><p>DVD, charrete ou carruagem > carro.</p><p>Programada ou planejada – ocorre quando há uma decisão consciente e deliberada de</p><p>fabricar um produto para que ele torne-se obsoleto ou não funcional para forçar o</p><p>consumidor a adquirir um produto novo. Lâmpadas, celulares, máquinas de lavar.</p><p>Conceitos</p><p>Obsolescência – condição do serviço, tecnologia ou bem que perde a utilidade, mesmo que</p><p>esteja em pleno funcionamento, devido ao surgimento de um produto tecnologicamente mais</p><p>avançado. É um fenômeno que explica diversos aspectos do consumismo e de problemas da</p><p>gestão de resíduos. Existem três tipos de obsolescência:</p><p>Percebida ou perceptiva - ocorre quando um produto, a despeito de cumprir</p><p>satisfatoriamente sua função, por causa de lançamentos com aparências inovadoras,</p><p>diferentes ou mais bonitas, passa a ser visto como ultrapassado, com o intuito de induzir</p><p>os consumidores a trocar produtos antigos. Moda.</p><p>Conceitos</p><p>Ciclo de vida de uma tecnologia é normalmente dividido em sete estágios distintos:</p><p>1 - Precursores - pré-requisitos para o desenvolvimento de uma tecnologia. 1857: o</p><p>fonoautógrafo, Édouard-Léon Scott de Martinville.</p><p>2 - Invenção – uma pessoa agrega interesses pessoais, formação, curiosidade e habilidades</p><p>técnicas ou científicas que são combinados para se criar uma nova tecnologia. 1877: o</p><p>fonógrafo, Thomas Edison.</p><p>3 - Desenvolvimento - período que pode ter variados tempos em que uma invenção é</p><p>desenvolvida para ser viabilizada industrial e economicamente por meio do acréscimo</p><p>inclusive de outras tecnologias. 1877-1940: desenvolvimento de diversos incrementos</p><p>tornam o fonógrafo comercialmente viável e adicionam novos recurso à tecnologia do século</p><p>XIX.</p><p>4 - Maturidade – estabelecimento de uma tecnologia em função do amplo uso e da</p><p>confiabilidade gerada entre seus usuários. 1948: Columbia Records e RCA desenvolvem o</p><p>Long-Playing Record (LP) de 33 rpm e 45 rpm que permitia a gravação de mais música num</p><p>mesmo suporte.</p><p>Conceitos</p><p>Ciclo de vida de uma tecnologia é normalmente dividido em sete estágios distintos:</p><p>5 – Pretendentes – surgimento de tecnologias que podem substituir uma outra mais antiga e</p><p>estabelecida. 1960-1980: fita cassete. 1980-1990: Compact Disc (CD).</p><p>6 – Obsolescência – declínio normalmente gradual de um tecnologia. 1990: consolidação da</p><p>substituição do LP pelo CD e, posteriormente, os formatos digitais (MP3).</p><p>7 – Antiguidade – ocorre quando um tecnologia tem apenas valor histórico, simbólico ou</p><p>para colecionadores e entusiastas. Século XXI: LPs são itens de colecionados e entusiastas.</p><p>CDs são gradativamente substituídos por arquivos digitais. O compartilhamento legal ou</p><p>ilegal de arquivos (“torrent”) é amplamente substituído pelo “streaming”: Youtube, Spotify,</p><p>Deezer.</p><p>Conceitos</p><p>Transumanismo – movimento ideológico e intelectuial defendido por entusiastas, filósofos e</p><p>cientistas que visa a evolução da humanidade por meio da biotecnologia, de implantes</p><p>cibernéticos e de interações com IAs, que elevariam a espécie humana a um “status” novo e</p><p>avançado, porque os indivíduos nesse contexto seriam expressivamente mais inteligentes,</p><p>saudáveis, habilidosos ou fortes do que qualquer humano poderia ser. Isso configuraria um</p><p>futuro (pós-) humano.</p><p>“Movimento ideológico e filosófico que busca maneiras de transcender a condição humana</p><p>através de tecnologias como a bioengenharia, a robótica, a nanotecnologia ou mesmo a</p><p>inteligência artificial, o transumanismo busca a amplificação do corpo e da mente humanas,</p><p>seja na forma de um corpo que "performe melhor" ou, em última instância, no</p><p>prolongamento indeterminado da existência. Seus maiores entusiastas e pesquisadores são</p><p>norte-americanos.” (Lidia Zuin)</p><p>Conceitos</p><p>“Do ponto de vista científico, digo isso há anos, e agora Noam Chomsky usa</p><p>a mesma frase, a inteligência artificial não é nem inteligente nem artificial.</p><p>Não é artificial porque é criada por nós, é natural. E não é inteligente</p><p>porque a inteligência é uma propriedade emergente de organismos</p><p>interagindo com o ambiente e com outros organismos. É um produto do</p><p>processo darwiniano de seleção natural. O algoritmo pode andar e fazer</p><p>coisas, mas não são inteligentes por definição. Se estivesse vivo, Charles</p><p>Darwin teria um infarto com isso.”</p><p>(Miguel Nicolelis)</p><p>Transumanismo – perspectivas possíveis de como a IA pode interagir com os interesses do</p><p>transumanismo:</p><p>A IA poderia ser a base de novos tratamentos médicos capazes de oferecer maior</p><p>qualidade de vida e prolongá-la.</p><p>A IA poderia ser usada para criar novas tecnologias educacionais que poderão</p><p>desenvolver as capacidades humanas até o seu limite.</p><p>A IA poderia ser a base ou um elemento importante de implantes que fariam com que</p><p>não mais houvesse qualquer barreira linguística entre os seres humanos, com que</p><p>partes do corpo pudessem ser muito melhores ou mesmo substituídas por versões</p><p>aprimoradas, etc.</p><p>Conceitos</p><p>“Não é a inteligência artificial que me preocupa, é a estupidez humana.”</p><p>(Neil Jacobstein)</p><p>4ª Revolução Industrial – em diversas áreas do conhecimento humano, reflete-se sobre as</p><p>origens e os desdobramentos do que se convencionou chamar de 4ª Revolução Industrial,</p><p>indústria 4.0 ou Era do Silício, que é caracterizada, sobretudo, pela utilização de diversas</p><p>tecnologias como sistemas ciber-físicos (Cyber Physical Systems, CPS), Big Data,</p><p>computação na nuvem, Internet das Coisas (IoT), Internet dos Serviços (IoS), Inteligências</p><p>Artificiais (IAs), sensores inteligentes, retc., em quase todos os setores da vida humana. O</p><p>objetivo geral da soma dessas tecnologias é aprimorar os processos produtivos em diversos</p><p>níveis por meio do aumento da intensidade, qualidade e quantidade de interconexões</p><p>técnicas entre seres e máquinas e máquinas e máquinas. Entre os impactos observados está</p><p>a diminuição do número de postos de trabalho de baixa ou média qualificação e a criação de</p><p>diversas carreiras para as quais universidades em geral ainda não se adaptaram para</p><p>formar profissionais para esses novos cenários.</p><p>Conceitos</p><p>Tecnoceno – no contexto da escala de tempo da Geologia, a Contemporaneidade, iniciada, do</p><p>ponto de vista histórico, no final do século XVIII, está inserida num período chamado</p><p>Holoceno, iniciado há cerca de 12 mil anos, com o fim da última Era Glacial, o que favoreceu</p><p>de maneira determinante o desenvolvimento da civilização humana a partir da Revolução</p><p>Neolítica. Importante ressaltar que esta é uma época das menores da divisão geológica, pois</p><p>essa abordagem temporal remete a 6,5 bilhões de anos. Muitos estudiosos defendem que a</p><p>Contemporaneidade seja dividida em duas épocas: o Antropoceno, entre os primeiros testes</p><p>de artefatos nucleares e a transição entre os séculos XX e XXI, em função da profunda</p><p>influência e das evidentes marcas da humanidade globalmente em várias dimensões do</p><p>espaço natural e das dinâmicas ecológicas do planeta; e o Tecnoceno, do início do século XXI</p><p>em diante, quando diversas tecnologias como Big Data, internet das coisas, redes sociais,</p><p>algoritmos, Biotecnologia, nanotecnologia, internet das coisas, aplicações de IA, etc.,</p><p>passaram a influenciar de maneira profunda as relações do homem com seu íntimo e com</p><p>seu semelhante,</p><p>com a realidade, com a virtualidade, com o tempo e com a natureza.</p><p>Conceitos</p><p>Tecnoceno (cont.) – segundo muitos de seus estudiosos, o Tecnoceno é conduzido por uma</p><p>tecnocracia que tem como projeto a condução da humanidade a imprevisíveis destinos sem</p><p>questionamentos relevantes sobre a lógica predatória de destruição e exploração do homem</p><p>e da natureza em nome de um “progresso” que beneficia cada vez menos pessoas.</p><p>“Abduzidas por seus smartphones, as pessoas alienam-se de si mesmas e de quase tudo</p><p>que acontece nos lugares onde seus corpos habitam, ignorando a gigantesca e crescente</p><p>demanda por energia, matérias-primas e trabalho que há por meio do funcionamento das</p><p>infovias, bem como os resíduos híbridos produzidos pela lógica do consumismo, do</p><p>espetáculo e da vigilância – incluindo montanhas de lixo eletrônico, negacionismo científico,</p><p>crises de ego e narcisismo, tráfico de dados e a desumanização da vida.” (Luis Felipe Valle)</p><p>Conceitos</p><p>“Para o sistema capitalista atual, moderno, a inteligência artificial é a</p><p>grande ferramenta de marketing, porque gera uma total desigualdade no</p><p>relacionamento com a força de trabalho. Um patrão pode dizer: tenho um</p><p>aplicativo de inteligência artificial, se o trabalhador não aceitar o salário</p><p>que estou disposto a pagar, que é 10% do que ganha hoje, demito e uso o</p><p>aplicativo. Existe toda uma ideologia de substituição do trabalho humano,</p><p>que não pode ser feita 100%, não há como.”</p><p>(Miguel Nicolelis)</p><p>Histórico da</p><p>Inteligência</p><p>Artificial</p><p>F</p><p>o</p><p>n</p><p>te</p><p>: d</p><p>ig</p><p>ita</p><p>lw</p><p>el</p><p>lb</p><p>ei</p><p>ng</p><p>.o</p><p>rg</p><p>/a</p><p>rt</p><p>ifi</p><p>ci</p><p>al</p><p>-in</p><p>te</p><p>lli</p><p>ge</p><p>nc</p><p>e-</p><p>tim</p><p>el</p><p>in</p><p>e-</p><p>in</p><p>fo</p><p>gr</p><p>ap</p><p>hi</p><p>c-</p><p>fr</p><p>om</p><p>-e</p><p>liz</p><p>a-</p><p>to</p><p>-t</p><p>ay</p><p>-a</p><p>nd</p><p>-b</p><p>ey</p><p>on</p><p>d/</p><p>“Eu imagino um mundo onde a inteligência artificial nos</p><p>permitirá ser mais produtivos, viver mais, e ter energia mais</p><p>limpa.”</p><p>(Fei-Fei Li)</p><p>Entre 70 e 50 a.C. – o mecanismo de Antikythera é um dos mais sofisticados e</p><p>intrigantes engenhos da história da tecnologia. Foi feito em bronze na Grécia</p><p>Antiga com intuito de prever e documentar eventos astronômicos, movimentos</p><p>orbitais e ciclos celestes com enorme precisão. Pode ser entendido como um</p><p>computador mecânico feito de 27 rodas dentadas ou engrenagens associadas</p><p>dentro de um dispositivo. Em função de sua provável origem ser Siracusa,</p><p>especula-se que tenha sido feito ou idealizado pelo gênio matemático de</p><p>Arquimedes (287-212 a.C.).</p><p>Histórico</p><p>1395 – na obra “Ars magna” (em português, “A grande arte”), o escritor e</p><p>religioso catalão Raimundo Lúlio (1232-1316) afirmou pioneiramente que “a</p><p>razão (o ato de pensar) pode ser efetuada de maneira artificial.”.</p><p>Histórico</p><p>XIX – tear mecânico e programável criado pelo inventor francês Joseph Marie</p><p>Charles virtualizou os comandos necessários para informar máquinas sobre o</p><p>que executar por meio de cartões perfurados. Desenvolvimento de um dos</p><p>pilares da Ciência da Computação: a programação.</p><p>Desenvolvimento de princípios do computador por meio da Máquina Analítica</p><p>(1837) desenvolvida pelo matemático, filósofo e engenheiro mecânico britânico</p><p>Charles Babbage (1791-1871) com contribuições da matemática e escritora</p><p>Augusta Ada King, condessa de Lovelace (1815-1852).</p><p>Histórico</p><p>1920 – a palavra “robô”, que origina-se do termo eslavo “robota” usado para se</p><p>referir a “trabalho forçado”, surgiu pela primeira vez na peça teatral de Ficção</p><p>Científica “Rosumovi Univerzální Roboti” ("Robôs Universais Rossum") do</p><p>escritor tcheco Karel Capek (1890-1938), em que robôs orgânicos-sintéticos</p><p>criados por um cientista genial (Rossum), para que fossem obedientes e</p><p>realizassem todo o trabalho braçal, revoltam-se contra os humanos.</p><p>Histórico</p><p>1937 – o matemático e cientista britânico Alan Turing (1912-1954) apresenta o</p><p>conceito de Máquina Universal* e formaliza o conceito de algoritmo, o que cria</p><p>as primeiras fundações para a Ciência da Computação e do computador</p><p>moderno. Por meio dos estudos deste pesquisador revolucionário, que é uma</p><p>das figuras centrais para se entender os séculos XX e XXI, foram criados novos</p><p>e ampliados paradigmas a respeito da produção, armazenamento, transmissão,</p><p>processamento e recepção da informação. *máquina capaz de fazer cálculos a</p><p>partir de instruções (algoritmos ou programas) convertidas em “bits” que</p><p>fornecem resultados para problemas matemáticos.</p><p>Turing foi pioneiro da inteligência artificial, da digitalização da informação e da</p><p>ciência da computação. Também propôs reflexões fundamentais para o</p><p>desenvolvimento da vida virtual e da IA. “O jogo da imitação”, cinebiografia.</p><p>1950 – Turing publicou o artigo “Computadores e Inteligência” em que questiona</p><p>se as máquinas poderiam pensar e propõe o Teste de Turing como um processo</p><p>capaz de atestar se essas teriam desenvolvido inteligência própria.</p><p>Histórico</p><p>1938 – conclusão da máquina Colossus, criada pelo cientista Thomas Flowers</p><p>(1905-1998), que resolvia qualquer problema de criptografia em minutos e foi o</p><p>primeiro computador eletrônico programável do mundo. Neste ano, também foi</p><p>criada a máquina que é considerada por muitos o primeiro computador</p><p>moderno eletromecânico, o Z1, pelo cientista alemão Konrad Zuse (1910-1995). O</p><p>Z1 era controlado por um sistema operacional binário que Zuse chamava de</p><p>“já/nein”, ou seja, “sim/não”, o que viria mais tarde a ser chamado de “bit”</p><p>(zero/um) e seria responsável por fundamentar a absoluta maioria das</p><p>tecnologias computacionais usadas até o século XXI. Z2 (1939), Z3 (1941) e Z4</p><p>(1945).</p><p>Histórico</p><p>1943 – criação do Eniac, primeiro computador digital eletrônico, que foi</p><p>encomendado pelo Exército dos EUA. O mais famoso precursor dos</p><p>computadores atuais foi construído nos EUA sob financiamento das Forças</p><p>Armadas ao custo de 20 milhões de dólares atuais. O Eletronic Numerical</p><p>Integrator and Computer (Eniac) pesava quatro toneladas, tinha 30 metros de</p><p>comprimento e três de altura, além de usar 17480 válvulas para calcular.</p><p>Antecessores:</p><p>tear mecânico automatizado de Jacquard (Joseph-Marie Jacquard, 1804 –</p><p>mesma máquina – “hardware” – poderia fazer uma infinitude de operações</p><p>por meio de instruções em cartões perfurados – precursores da memória e</p><p>do “software” de computadores).</p><p>Máquina Analítica (Charles Babbage, 1837).</p><p>Harvard Mark I (Howard Aiken, 1930).</p><p>Máquina Universal de Turing (Alan Turing, 1936).</p><p>Histórico</p><p>1948 - Claude Shannon (1916-2001) – engenheiro e matemático estadunidense do</p><p>Bell Lab – foi o responsável por desenvolver a teoria que sistematizaria o</p><p>conceito de “bit” (digito binário – perfurado e não perfurado, zero e um, ligado e</p><p>desligado - a menor unidade de informação) como medida de informação. 8</p><p>“bits” é igual a 1 “byte”. 1000 “bytes”, 1 “kilobyte”. “Gigabyte”. “Terabyte”.</p><p>“Petabyte”. “Exabyte”. “Zettabyte”. A tradução de informação em símbolos</p><p>abstratos é para muitos estudiosos a ideia tecnológica mais poderosa desde a</p><p>escrita.</p><p>Histórico</p><p>1950 – o escritor russo Isaac Asimov (1920-1992), impactado pela obra “RUR” de</p><p>Capek, propôs as Três Leis da Robótica na coletânea de contos “Eu, robô” (1950):</p><p>“1ª lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que</p><p>um ser humano sofra algum mal.</p><p>2ª lei: um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres</p><p>humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.</p><p>3ª lei: um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção</p><p>não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.”</p><p>Posteriormente, no livro “Robôs e império” (1985), o robô Daneel propõe uma</p><p>quarta lei, chamada de “Lei Zero”, que estaria acima das três anteriores: “Um</p><p>robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra</p><p>algum mal.”</p><p>Histórico</p><p>1956 - Inteligência artificial - Turing estudou o tema e, mais tarde, John</p><p>McCarthy (1927-2011) cunhou o termo “inteligência artificial” como uma</p><p>virtualização e expansão da inteligência humana numa conferência do</p><p>Darthmount College. McCarthy projetou o primeiro programa com IA.</p><p>Conceito - aptidão de máquinas computacionais</p><p>para processar informações</p><p>similarmente ao homem por meio de processos de aprendizado, solução de</p><p>problemas ou mesmo de criação de novas ou mesmo inéditas condutas como</p><p>respostas aos mais variados estímulos. Essa tecnologia, a partir de seu</p><p>desenvolvimento, vai impactar cada vez mais campos da atuação humana até</p><p>praticamente ser imprescindível para todos os aspectos da vida virtual e digital</p><p>tanto quanto para a real e concreta.</p><p>Histórico</p><p>1957 – interpretação de linguagem natural humana por máquinas – o filósofo e</p><p>linguista norte-americano Noam Chomsky (1928-) revolucionou a interface</p><p>entre máquinas e pessoas quando propôs que um computador poderia entender</p><p>a linguagem natural humana. Como uma etapa para esse objetivo, alcançado no</p><p>século XXI, ele criou um padrão gramatical geral chamado Phase-Structure</p><p>Grammar, que transformava a linguagem natural de quaisquer idiomas em</p><p>sentenças e informações que poderiam ser compreendidas por computadores.</p><p>Histórico</p><p>1960 – década - mundo conectado – Arpanet, internet militar e corporativa que</p><p>inicialmente conectava apenas quatro locais (1969); internet comercial (1988);</p><p>hipertexto (1989); world wide web ou www (1992); internet discada (linha</p><p>telefônica); “inteligência coletiva”, Pierre Lévy; internet banda larga; Web 2.0</p><p>(2004 - wikis, redes sociais, blogues, “sites” P2P); “cibercultura”, Pierre Lévy;</p><p>redes sociais; mensageiros; redes P2P; pirataria; “smartphones”; internet em</p><p>redes de celular; comércio eletrônico; bolhas algorítmicas; doenças</p><p>relacionadas ao abuso de tecnologia; conteúdos sob demanda (“streaming”);</p><p>segunda tela; internet das coisas; cultura da celebridade; cultura do</p><p>cancelamento; redes de recomendação; etc. Nesse processo, distância e</p><p>matéria tornam-se variáveis irrelevantes para a transmissão informacional; a</p><p>informação em redes digitais não necessariamente garante a sua eternização;</p><p>estar informado não é o mesmo que conhecer sobre um fato; a vida virtual</p><p>passou a impactar mais a real do que vice-versa; etc.</p><p>Histórico</p><p>1962 – o desenho animado “Os Jetsons”, produzido pela Hanna-Barbera,</p><p>projetou-se um mundo (2062) em que robôs realizariam trabalhos domésticos.</p><p>“Rosie” é o nome da robô que ocupa essa função na trama, que permite que a</p><p>família tenha muito tempo livre para o lazer, também porque trabalha-se</p><p>apenas uma hora em cada um dos dois dias por semana dedicados a essa</p><p>atividade. Rosie é temperamental e autoritária, ocasionalmente distribui comida</p><p>em pílulas para a família Jetson.</p><p>Rudi é o computador em que George Jetson trabalha. É um de seus melhores</p><p>amigos, por ser humanizado e sensato nos conselhos que oferece. Seu nome é</p><p>um acrônimo para Referential Universal Differential Indexer. É membro da</p><p>Society for Preventing Cruelty to Humans.</p><p>Histórico</p><p>1966 – o pesquisador John McCarthy lançou o “software” Eliza, que simulava um</p><p>psiquiatra por meio de rotinas de perguntas e respostas. Eliza foi programada</p><p>como uma árvore de conteúdos. Caso alguém menciona-se a palavra “mãe”, por</p><p>exemplo, o programa respondia “me conte mais sobre a sua família”. Pode ser</p><p>considerado o primeiro “chatbot”.</p><p>Histórico</p><p>1966 - criação na universidade de Stanford nos EUA do primeiro robô inteligente</p><p>e móvel controlado por uma aplicação de IA da história chamado Shakey.</p><p>“O diferencial dele para os outros robôs da época é que os outros necessitavam</p><p>receber instruções detalhadas de cada passo que deveriam executar, enquanto</p><p>que o Shakey tinha a capacidade de analisar comandos complexos, quebrá-los</p><p>em partes menores e realizar as ações sem receber instruções passo a passo</p><p>do que deveria fazer. É considerado também um dos primeiros projetos da área</p><p>da Inteligência Artificial que combinou raciocínio lógico e ações físicas, visto</p><p>que ele possui módulos de visão computacional e processamento de linguagem</p><p>natural (possuía uma câmera para identificar objetos no ambiente).” (Jones</p><p>Granatyr)</p><p>Histórico</p><p>1968 – lançamento de um dos filmes mais influentes sobre a discussão a</p><p>respeito do conceito de Inteligência Artificial: “2001, uma odisseia no espaço”. Na</p><p>trama, o computador HAL 9000, que possuía emoções e autoconsciência,</p><p>assumiu o controle da nave em que se passa grande parte da história e se volta</p><p>contra os seres humanos. O conto “A sentinela" (1951) de Arthur C. Clarke (1917-</p><p>2008) foi uma inspiração para o filme de Stanley Kubrick (1928-1999).</p><p>Concomitantemente com o roteiro escrito pelos dois, um romance de mesmo</p><p>nome, foi escrito por Clarke e lançado após a estreia do filme.</p><p>Histórico</p><p>Evolução da internet - 1969 - criação da arpanet (web 1.0) – 1 de 4 - versão</p><p>militar e restrita da rede que conectava apenas quatro locais nos EUA e será a</p><p>precursora da internet, que viria a conectar computadores e pessoas em todo o</p><p>mundo. Envio do primeiro e-mail (1971), que foi uma revolução na comunicação</p><p>interpessoal e corporativa.</p><p>1990, início da internet comercial por meio das ideias principalmente do físico e</p><p>cientista da computação britânico Tim Berners-Lee (1955-).</p><p>Histórico</p><p>1977 – ainda que menos problematizadas do que em obras anteriores de outros</p><p>escritores ou diretores, em “Star Wars” (1977), George Lucas (1944-) apresentou</p><p>diversas manifestações de IAs como o androide C3PO que era fluente em seis</p><p>milhões de formas de comunicação e especialista em protocolos sociais e</p><p>cerimoniais, o robô operacional R2D2 e o androide assassino IG88.</p><p>Histórico</p><p>1982 – o filme “Tron, uma odisseia eletrônica” era ambientado em um mundo</p><p>digital controlado por uma Inteligência Artificial chamada Programa de Controle</p><p>Mestre (MCP), que ambicionava controlar também o mundo digital, com o intuito</p><p>de controlar os sistemas de armas nucleares do Pentágono para dar início a um</p><p>plano de dominação da humanidade.</p><p>Histórico</p><p>1984 – o filme “Exterminador do futuro” apresenta o androide T-800 (Cyberdyne</p><p>Systems Model 101 - 800 Series Terminator), cujo esqueleto maquinal é</p><p>recoberto de tecidos vivos, que viaja ao passado (1984) para eliminar a mãe do</p><p>líder da Resistência Humana (John Connor) a mando da super e consciente IA</p><p>(Skynet) que controla o planeta no ano de 2029. A Skynet será criada pelas</p><p>Forças Armadas norte-americanas como uma rede de defesa autônoma, porém</p><p>ganhará consciência e, assim, irá considerar a humanidade uma ameaça, por</p><p>isso irá lançar todas as bombas nucleares dos Estados Unidos contra alvos</p><p>russos, a fim de forçar uma guerra nuclear que aniquilará praticamente toda a</p><p>humanidade.</p><p>Histórico</p><p>1987 – na série televisiva “Jornada nas Estrelas: a nova geração”, associada ao</p><p>universo da série clássica, é apresentada uma visão otimista sobre uma IA</p><p>consciente e humanista que se chama Data e ocupa um lugar de prestígio na</p><p>Frota Estelar.</p><p>Histórico</p><p>1995 - criação do primeiro carro autônomo (VaMoRs), capaz de fazer uma</p><p>viagem sozinho, pela equipe do pesquisador alemão Ernst Dickmanns (1936-). O</p><p>percurso foi de ida e volta entre as cidades de Munique e Copenhague.</p><p>Histórico</p><p>1996 – a primeira vitória de uma máquina contra um ser humano - o</p><p>computador Deep Blue da IBM derrotou o mestre de xadrez Garry Kasparov</p><p>(1963-). Kasparov venceu três das seis partidas disputadas na série. O Deep</p><p>Blue processava nessa época 100 milhões de jogadas por segundo.</p><p>Em 1997, uma versão melhorada do Deep Blue, que podia processar 250 milhões</p><p>de jogadas por segundo, venceu Kasparov na série de seis partidas com duas</p><p>vitórias, 1 derrota e três empates.</p><p>Mais tarde, um computador passou pela primeira vez no teste de Turing ao</p><p>enganar diversas pessoas (dez de 30) que foram convencidas de que uma</p><p>máquina era um menino ucraniano chamado Eugene (2014).</p><p>Grande parte desses avanços estão baseados em uma tecnologia chamada</p><p>“Machine learning”, que é possibilitada por meio de máquinas que aprendem e</p><p>evoluem em sentidos ainda dentro de um escopo inicial sem que tenha havido o</p><p>desenvolvimento de uma consciência artificial e autônoma, o que não é visto</p><p>como improvável por especialistas.</p><p>Histórico</p><p>1999 - Internet das coisas – o cientista da computação britânico Kevin Ashton</p><p>(1968-) criou o conceito de internet das coisas. Conceito que explica condição</p><p>de interconexão por meio da internet entre computadores, “smartphones”,</p><p>óculos, carros, relógios, casas, eletrodomésticos, roupas, assistentes virtuais</p><p>(Alexa, Google Assistente, Cortana, Siri), etc., que tornará onipresente as</p><p>interações entre todas as tecnologias, objetos e ambientes frequentados pela</p><p>humanidade de maneira que interajam entre si e com os seres humanos com o</p><p>intuito de facilitar, potencializar e enriquecer a experiência individual e coletiva</p><p>em sociedade. Mundo físico e virtual interconectados de forma digital e</p><p>profunda como um amálgama.</p><p>Histórico</p><p>1999 – o filme “Matrix” revela um mundo em que máquinas autoconscientes</p><p>dominam o mundo, depois que a humanidade recusou-se a entendê-los como</p><p>seres com direitos (“Animatrix”). O conflito entre máquinas e humanidade tem</p><p>como vencedor as primeiras que escravizam os seres humanos tornando-os</p><p>fontes de energia para as máquinas. Para que não se rebelem contra essa</p><p>condição, é criada a Matrix, que é uma realidade virtual onde as consciências de</p><p>quase todas as pessoas estão aprisionadas.</p><p>Histórico</p><p>Evolução da internet - início dos anos 2000 (web 2.0) – 2 de 4 - período</p><p>marcado pelo intenso intercâmbio e compartilhamento de informações em</p><p>diversos formatos (P2P, torrente, pirataria, etc.); pelo aumento da interação</p><p>virtual entre as pessoas (comunicadores instantâneos, “blogs”, “fotologs”, redes</p><p>sociais, etc.); pela quase onipresença da internet móvel; pela popularização do</p><p>“e-commerce”; pelo sucesso de diversos tipos de “streaming” (Netflix, HBO Max,</p><p>Spotify, etc.); pela produção descentralizada de conteúdo (blogues, Youtube,</p><p>redes sociais, etc.); pelo crescimento exponencial do Youtube (importante</p><p>agente cultural e do debate público); pelos novos vocabulário, linguagens e</p><p>formas de informar-se e comunicar-se para novos e pós-modernos tempos;</p><p>pelo crescimento da economia compartilhada (Uber, “crowdfunding”,</p><p>“coworking”, Airbnb); etc.</p><p>Histórico</p><p>2001 – o filme “AI – Inteligência Artificial”, ficção científica de Steven Spielberg</p><p>criada a partir de ideias de Stanley Kubrick e de um conto do escritor Brian</p><p>Aldiss, trata da criação de androides autoconscientes capazes de amar. No caso</p><p>desse filme, o robô em forma de criança David foi programado pela empresa</p><p>Cybertronics para amar os compradores eternamente. Ao longo do filme, várias</p><p>questões são levantadas quanto à falta de humanidade das pessoas e à</p><p>existência dela em máquinas.</p><p>Histórico</p><p>2002 – o aspirador de pó autônomo Roomba com aplicações de IA ainda</p><p>rudimentares foi lançado e tornou-se o primeiro produto com tecnologia IA</p><p>embarcada a fazer sucesso comercial no mundo.</p><p>Histórico</p><p>2008 – a Apple desenvolveu a assistente pessoal Siri, que foi incorporada ao</p><p>Iphone em 2014. Essa aplicação de IA interage, reconhece e processa linguagem</p><p>natural humana a fim de realizar ações solicitadas pelo usuário.</p><p>Histórico</p><p>2008 – “JARVIS” é uma IA que assessora e aconselha Tony Stark (Homem de</p><p>Ferro) nas mais variadas situações, inclusive as de complexidade que supera a</p><p>inteligência ou a capacidade cognitiva humanas. Dentro do universo Marvel,</p><p>num filme de 2015, “Vingadores: Era de Ultron”, duas IAs autoconscientes são</p><p>apresentadas: Ultron, que quer destruir a humanidade por considerá-la falha; e</p><p>Vision, que se junta aos Vingadores e é crucial para a vitória contra Ultron.</p><p>Histórico</p><p>2013 – o filme “Ela”, dirigido por Spike Jonze, apresenta um sistema operacional</p><p>com IA chamada Samantha (Scarlett Johansson) pela qual o protagonista</p><p>Theodore (Joaquim Phoenix) apaixonou-se.</p><p>Histórico</p><p>2015 – a Google DeepMind desenvolve o AlphaGo que se torna campeão mundial</p><p>no jogo de tabuleiro GO ao vencer o sul-coreano Lee Sedol, pois, além de</p><p>processar milhões de possibilidades de jogadas em segundos, foi capaz de</p><p>aprender com seus próprios erros e com os dos seus adversários (“machine</p><p>learning”), para poder derrotá-los.</p><p>Histórico</p><p>2016 – desenvolvimento de tecnologias que possibilitam a interação eficiente de</p><p>máquinas e programas com linguagem natural humana (fala e escrita). O</p><p>Processamento de Linguagem Natural (PLN) é um subcampo da Inteligência</p><p>Artificial (IA) que une linguística e ciência da computação a fim de possibilitar</p><p>que máquinas entendam a linguagem humana de modo a compreendê-la em</p><p>níveis morfológicos, sintáticos e semânticos.</p><p>Histórico</p><p>2016 – desenvolvimento, pela Hanson Robotics, do robô humanoide Sophia que é</p><p>capaz de aprender e interagir com pessoas por meio de processamento de</p><p>dados visuais e reconhecimento facial.</p><p>Histórico</p><p>2016 – o estado da California legalizou pioneiramente a circulação de carros</p><p>autônomos. Essa legislação entrou em vigor de maneira plena em 2018.</p><p>Histórico</p><p>2016 – lançamento da série televisiva “Westworld”, baseada no filme homônimo</p><p>de 1973, que se passa num parque de diversões futurista que permite aos</p><p>visitantes viver fantasias e aventuras interagindo com androides conscientes,</p><p>mas até certo ponto controlados, para satisfazer tudo que os visitantes</p><p>desejarem.</p><p>Histórico</p><p>2016 – nos Estados Unidos, o motorista Joshua Brown morreu num acidente a</p><p>bordo de um Tesla Model S em piloto automático, porque, numa via rápida, um</p><p>caminhão não foi detectado a tempo pelo sistema baseado em IA, enquanto o</p><p>motorista via um filme, segundo as investigações sobre o acidente.</p><p>Histórico</p><p>2017 – publicação do histórico artigo “Attention is all you need” (“Atenção é tudo</p><p>que você precisa”, tradução nossa), em que os autores debatem sobre um novo</p><p>modelo de rede neural baseado em processamento de linguagem natural</p><p>(transformer), que analisa dados e constrói informações a partir de blocos de</p><p>dados (palavras, imagens, etc.), o que é o recurso que permitiu a existência de</p><p>tecnologias como o ChatGPT.</p><p>Histórico</p><p>Evolução da internet - anos 2020 (web 3.0, “web inteligente”, “web semântica”) –</p><p>3 de 4 - início da web 3.0 com a descentralização do armazenamento de</p><p>informação; ampliação do uso de programas de “softwares” abertos; uso de</p><p>tecnologia “blockchain” para conectar pessoas sem intermediários, entre outros</p><p>fins (criptomoedas, NFTs, “confiança direta”, “dApps”, etc.); uso frequente de</p><p>linguagens web e natural por máquinas; amplo uso de diversos ramos da</p><p>inteligência artificial como o “machine learning”; internet móvel 5G; mudanças</p><p>radicais nas relações de trabalho mediados por tecnologias em rede</p><p>(“platoformização”, trabalho remoto); grandes impacto de TICs na Educação</p><p>Básica, corporativa e universitária; consolidação do entendimento que o abuso</p><p>de TICs pode causar doenças fisiológicas e psiquiátricas; etc.</p><p>Histórico</p><p>2020 – lançamento da série televisiva “Raised by Wolves”, em que dois</p><p>androides plenamente conscientes têm a missão de criar crianças humanas em</p><p>um planeta desabitado.</p><p>Histórico</p><p>2022 – lançamento do ChatGPT, que é uma aplicação (“chatbot”) de Inteligência</p><p>Artificial (IA) e de Aprendizado de máquina desenvolvido pela OpenAI, que pode</p><p>ser definido como um modelo de linguagem treinado a partir de um gigantesco</p><p>conjunto de dados e conhecimentos. Entre as habilidades desenvolvidas, uma</p><p>das mais impressionantes é a capacidade de gerar textos semelhantes aos que</p><p>são feitos por seres humanos a partir do entendimento sobre o contexto e a</p><p>intenção da solicitação do usuário, o que permite a produção de textos,</p><p>respostas e mensagens relevantes e contextualizadas. Pode ser usado também</p><p>para fazer paráfrases, análise de dados, resumos, tabelas, pesquisas, etc.</p><p>Outros “chatbots” relevantes nesse contexto: o Dall-E e o Craiyon que geram</p><p>imagens a partir de textos, o MusicLM e o Riffusion que geram música com base</p><p>em descrições textuais, etc.</p><p>Histórico</p><p>2023 – lançamento da faixa "Heart on my sleeve", com vozes geradas por IA de</p><p>The Weeknd e Drake, publicada na internet por um usuário que se identificou</p><p>apenas como Ghostwriter. Foi ouvida 10 milhões de vezes no TikTok antes de ser</p><p>banida da plataforma por interferência da gravadora Universal Music. É a</p><p>primeira música de sucesso feita com o uso de ferramentas de IA.</p><p>Histórico</p><p>2024 – diversos dados sobre o impacto ecológico de IAs têm apontado o enorme</p><p>e crescente emissão de carbono, necessidade de matérias-primas para</p><p>produção de “hardwares”, consumo de energia elétrica e uso de água potável</p><p>(resfriamento) em “data centers” que são infraestruturas imprescindíveis para o</p><p>funcionamento das IAs. Segundo a Agência Internacional de Energia, existem</p><p>em 2024 cerca de 8 mil “data centers” no mundo (33% nos Estados Unidos, 16%</p><p>na Europa e 10% na China). Para 2026, há previsões de que essa quantidade</p><p>dobre. Em 2022, os sistemas que faziam funcionar IAs usavam 460 terawatts-</p><p>hora (TWh), em 2026, a previsão é a de que essa demanda dobre, o que se</p><p>equipararia ao consumo de todo o Japão por hora.</p><p>Quanto à água, estima-se que a cada 10 a 50 perguntas feitas para o ChatGPT</p><p>(GPT-3), esse modelo consome cerca de 500 ml de água. Modelos mais</p><p>complexos gastarão ainda mais água para serem resfriados.</p><p>Histórico</p><p>Evolução da internet – futuro (web 4.0, “web dos algoritmos”) – 4 de 4 - a partir</p><p>de discussões de especialistas de diversas áreas, tem-se projetado que a</p><p>internet das próximas décadas será um recurso onipresente na vida das</p><p>pessoas do mundo inteiro, em função disso algumas questões como amplas</p><p>discussões sobre políticas de privacidade e seus efeitos, uso de aplicações de</p><p>inteligência virtual (ChatGPT), disseminação de discurso de ódio e de “fake</p><p>News”, recursos de personalização da interação digital com vistas a fomentar</p><p>ainda mais o consumo por meio da internet, etc., serão debates extremamente</p><p>relevantes na próxima geração dessa evolução. A intensificação de recursos</p><p>atuais e novas funcionalidades deverão definir a web 4.0, são algumas das</p><p>possibilidades futuras: emprego contínuo e natural de tecnologias como</p><p>internet das coisas, integração de serviços, assistentes virtuais, inteligência</p><p>artificial profunda e capaz de realizar tarefas cognitivas complexas, etc.</p><p>Histórico</p><p>“(IA) É uma ferramenta que não é inerentemente boa ou ruim, é o</p><p>que se decide fazer com ela. Como qualquer outra — como uma</p><p>faca, o fogo —, ela pode ser usada de diferentes maneiras, e</p><p>precisamos garantir que seja usada por razões positivas.”</p><p>(Daniela Rus)</p><p>Reflexões</p><p>importantes</p><p>“ ‘A não ser que a gente tome providências, estamos próximos de entrar em</p><p>um ambiente de pós-verdade’, afirma o professor da NYU. (...) O que torna</p><p>tudo muito difícil para a democracia. Precisamos de sanções para quem</p><p>produz desinformação em massa, exigir marcas d'água para identificar de</p><p>onde vem a informação e criar novas tecnologias para detectar inverdades.</p><p>Assim como existe programa de antivírus, precisamos de software</p><p>antidesinformação.”</p><p>(Gary Marcus, 2023)</p><p>A primeira onda das IAs aplicadas às redes sociais por meio de algoritmos modelou de</p><p>maneira bastante abrangente a política, a cultura, o comércio, a economia, enfim, a</p><p>sociedade contemporânea, por meio da manipulação dos gostos, opiniões e vontades de</p><p>seus usuários a partir do que os algoritmos informavam sobre essas pessoas individual e</p><p>coletivamente. A importantes questões éticas sobre os efeitos desse processo são um</p><p>debate urgente que deve envolver todos os setores da sociedade?</p><p>A dificuldade da maioria das pessoas de diferenciar o que as IAs podem realmente fazer</p><p>daquilo que é mera especulação, “fake News” ou mesmo má-fé de determinados grupos e</p><p>indivíduos, a fim de causar pânico e paranoia.</p><p>A velocidade das mudanças e das novidades associadas à tecnologia torna muito difícil</p><p>acompanhar esses processos, o que faz com que muitas pessoas percam o interesse no</p><p>assunto ou acreditem em algum “guru” que simplifique esse contexto por meio de alguma</p><p>crença ou de algum tipo de charlatanismo.</p><p>A necessária e urgente criação de regulações transparentes e democráticas de governança</p><p>sobre as tecnologias baseadas em IA.</p><p>Principais desafios</p><p>“A promessa da inteligência artificial e da ciência da computação</p><p>geralmente supera o impacto que poderiam ter em alguns</p><p>empregos da mesma forma que, enquanto a invenção do avião</p><p>prejudicou a indústria ferroviária, ela abriu portas muito mais</p><p>amplas ao progresso humano.”</p><p>(Paul Allen)</p><p>Rotulagem, marcas d’água ou certificados que informem quando um conteúdo foi criado ou</p><p>manipulado por meio de IAs são imprescindíveis para diversos setores da sociedade</p><p>humana.</p><p>A influência de IAs nas escolhas, humores e gostos das pessoas deve ser sempre</p><p>considerada para se continuamente avaliar o seu impacto.</p><p>As aplicações militares de IAs devem ser reguladas de maneira rigorosa e urgente por</p><p>órgãos internacionais por meio de acordos supranacionais.</p><p>Certificação sobre a confiabilidade das informações criadas por IAs. Os efeitos imprevisíveis</p><p>de “alucinações” em IAs. Erros, imprecisões e preconceitos sistêmicos criados por sistemas,</p><p>como os de reconhecimento facial, baseados em IA.</p><p>Possibilidade de que IAs generativas criem informações falsas, preconceituosas ou</p><p>maliciosas em função dos bancos de dados que podem conter essas tendências.</p><p>Reprodução de preconceitos, “fake News”. Pós-Verdade.</p><p>Os riscos para a Democracia de que o debate público seja ainda mais manipulado por</p><p>recursos tecnológicos baseados ou potencializados por IAs.</p><p>Principais desafios</p><p>"Os sistemas de inteligência artificial que temos agora não são bem</p><p>controlados. Ainda não é uma situação terrível, mas as pessoas estão</p><p>dando mais e mais poderes a eles. E não sabemos o que esses sistemas</p><p>podem executar em uma determinada situação.“</p><p>(Gary Marcus, 2023)</p><p>Os Grande Modelos de Linguagem (LLMs, sigla em inglês, para Large Language Models), que</p><p>armazenam quantidades gigantescas de dados e geram, por meio de poderosos algoritmos,</p><p>respostas por aproximação baseadas no que já foi dito antes por humanos, produz uma</p><p>questão muito importante sobre direitos autorais: como remunerar as pessoas que</p><p>efetivamente produziram os textos usados como referência por uma IA?</p><p>Quais ocupações ou trabalhos humanos serão substituídos por máquinas ou processos</p><p>digitais potencializados por IAs nas próximas décadas? Quais serão as carreiras mais</p><p>modificadas por esses adventos tecnológicos? Como manter-se relevante nesse contexto?</p><p>Como a Educação Básica pode auxiliar para que jovens compreendam as implicações de IAs</p><p>na sociedade e nas vidas deles e para que possam ser qualificados com o intuito de</p><p>saberem como se servir produtivamente de IAs no trabalho e na vida cotidiana?</p><p>As enormes dúvidas sobre autenticidade de uma informação em tempos de IAs cada vez</p><p>mais poderosas podem ser potencializadas pelo grande número de pessoas com formações</p><p>culturais e acadêmicas precárias para poder lidar de maneira autônoma com esse contexto.</p><p>Principais desafios</p><p>Atualizações</p><p>"Somos sistemas biológicos, e estes são sistemas digitais. E a grande</p><p>diferença é que com os sistemas digitais, você tem muitas cópias do mesmo</p><p>conjunto de pesos, o mesmo modelo do mundo. (...) E todas essas cópias</p><p>podem aprender separadamente, mas compartilham seu conhecimento</p><p>instantaneamente. Portanto, é como se você tivesse 10 mil pessoas, e</p><p>sempre que uma delas aprendesse algo, todas automaticamente</p><p>aprenderiam. E é assim que esses chatbots são capazes de saber muito</p><p>mais do que qualquer pessoa.“</p><p>(Geoffrey Hinton, 2023)</p><p>2020 – a Pontifícia Academia para a Vida, a Microsoft, a IBM, a FAO e o governo italiano</p><p>assinaram o documento chamado “Call for an AI Ethics” (em português, “Apelo por uma</p><p>Ética da Inteligência Artificial”), que visa defender uma abordagem ética no</p><p>desenvolvimento da IA, por meio da promoção, entre organizações e Estados, um senso de</p><p>responsabilidade compartilhada, com o objetivo de garantir um futuro em que as inovações</p><p>tecnológicas estejam a serviço humanidade, e não contra ela sob qualquer justificativa</p>