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Sample_BEAG.indd 1Sample_BEAG.indd 1 30/12/2020 09:06:3730/12/2020 09:06:37 1.ª edição Rio de Janeiro 2021 Antonio Gilberto da Silva Sample_BEAG.indd 3Sample_BEAG.indd 3 30/12/2020 09:06:3730/12/2020 09:06:37 Antonio Gilberto – vida e obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxx Prefácio à edição brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxx Prefácio à tradução de Almeida Revista e Corrigida – 4ª edição . . . . . . . . . . . xxxx O Antigo Testamento Gênesis. . . . . . . . . . . . . 3 Êxodo . . . . . . . . . . . . . 95 Levítico . . . . . . . . . . 179 Números . . . . . . . . . 223 Deuteronômio . . . . . 275 Josué . . . . . . . . . . . . 325 Juízes . . . . . . . . . . . . 359 Rute . . . . . . . . . . . . . 391 1 Samuel . . . . . . . . . 399 1 Samuel . . . . . . . . . 445 1 Reis . . . . . . . . . . . . 483 2 Reis . . . . . . . . . . . . 521 1 Crônicas . . . . . . . . 559 2 Crônicas . . . . . . . . 591 Esdras . . . . . . . . . . . 635 Neemias . . . . . . . . . . 647 Ester . . . . . . . . . . . . 667 Jó . . . . . . . . . . . . . . . 679 Salmos . . . . . . . . . . . 711 Provérbios . . . . . . . . 811 Eclesiastes . . . . . . . . 849 Cantares . . . . . . . . . 867 Isaías . . . . . . . . . . . . 875 Jeremias . . . . . . . . . 943 Lamentações . . . . . 1003 Ezequiel . . . . . . . . 1011 Daniel . . . . . . . . . . 1069 Oseias . . . . . . . . . . 1107 Joel . . . . . . . . . . . . 1117 Amós . . . . . . . . . . . 1125 Obadias . . . . . . . . . 1133 Jonas . . . . . . . . . . . 1135 Miqueias . . . . . . . . 1141 Naum . . . . . . . . . . . 1149 Habacuque . . . . . . 1153 Sofonias . . . . . . . . . 1159 Ageu . . . . . . . . . . . 1163 Zacarias . . . . . . . . . 1167 Malaquias . . . . . . . 1183 O Novo Testamento Mateus . . . . . . . . . . 1193 Marcos . . . . . . . . . . 1287 Lucas . . . . . . . . . . . 1341 João . . . . . . . . . . . . 1447 Atos . . . . . . . . . . . . 1515 Romanos . . . . . . . . 1607 1 Coríntios . . . . . . 1657 2 Coríntios . . . . . . 1773 Gálatas . . . . . . . . . . 1799 Efésios . . . . . . . . . . 1827 Filipenses . . . . . . . 1873 Colossenses . . . . . . 1889 1 Tessalonicenses . 1905 2 Tessalonicenses . 1923 1 Timóteo . . . . . . . 1931 2 Timóteo . . . . . . . 1949 Tito . . . . . . . . . . . . 1961 Filemom . . . . . . . . 1967 Hebreus . . . . . . . . . 1971 Tiago . . . . . . . . . . . 2007 1 Pedro . . . . . . . . . 2023 2 Pedro . . . . . . . . . 2039 1 João . . . . . . . . . . 2057 2 João . . . . . . . . . . 2073 3 João . . . . . . . . . . 2077 Judas . . . . . . . . . . . 2081 Apocalipse . . . . . . . 2085 Sumário Sample_BEAG.indd 4Sample_BEAG.indd 4 30/12/2020 09:06:3830/12/2020 09:06:38 GêneSiS A criação do céu e da terra e de tudo o que neles se contém 1No aprincípio, criou bDeus os céus e a terra. 2 E a terra cera sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o dEspírito de Deus se movia sobre a face das águas. 3 E disse Deus: eHaja luz. E fhouve luz. 4 E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. 5 E Deus chamou à luz Dia; e às gtrevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro. 6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. S í n t e S e Título Gênesis é o primeiro livro da Bíblia. É a tradução de uma palavra hebraica para o grego e que significa no princípio. No grego quer dizer ori- gem – origem do mundo, do gênero humano, do povo hebreu e das primitivas nações; origem dos céus e da Terra. A palavra-chave do livro é no princípio e isto não significa nos dias da cria- ção. Esse princípio é eterno, antes do tempo. Autor Os mais abalizados escritores e estudiosos so- bre o assunto são unânimes em dizer que foi Moisés o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia, o Pentateuco. Esfera de Ação Em Gênesis, surgiram as primeiras revela- ções através de patriarcas que viveram an- tes e depois do Dilúvio. A história do livro abrange um período de 2.370 anos – da criação à morte de José (Gn 50.26) – assim distribuídos: • Da criação ao Dilúvio – 1650 anos; • Do Dilúvio a Abraão – 528 anos; • De Abraão a Isaque – 105 anos; • De Isaque a Jacó – 27 anos. O período total é de 4004 a 1689 a.C. Divisão Divide-se o livro em duas seções principais: 1. A origem do mundo e do governo humano (1–11); 2. A história do povo eleito (12–50). a1.1 Pv 8.23; Hb 1.10; 11.13 b1.1 Sl 8.3; 33.6; Is 40.26; Jr 5.15; Zc 12.1; At 14.15; Rm 1.20; Cl 1.16 c1.2 Jr 4.23 d1.2 Jó 26.13; Sl 104.30 e1.3 Sl 33.9 f1.3 2Co 4.6 g1.5 Is 45.7 O tempo entre a criação original e a recriação – a teoria da lacuna Gn 1.1-2 Talvez milhões de anos tenham transcorrido entre os ver- sículos 1 e 2, acima. Ler Hb 11.3, que se relaciona com esta passagem. Aí o grego diz aionas = eras. A criação original Gn 1.1,27; 2.2,4,18; Êx 20.11; 31.17 1. A criação original: a) A criação original vemo-la em Gn 1.1,27; no heb. é bara. b) A ciência afirma que os fósseis vivem milhões de anos. c) Em Gn 1.1, Deus declara pela sua Palavra que criou o mundo, mas não diz como nem quando criou. 2. A recriação (adâmica): Levou 6 dias de 24 horas. No heb. asah, em Gn 1.7; 2.2,4,18; Êx 20.11; 31.17. 3. Deus criou todas as coisas. A evolução é uma farsa. Sample_BEAG.indd 5Sample_BEAG.indd 5 30/12/2020 09:06:3830/12/2020 09:06:38 6GêneSiS 1 o Único e Verdadeiro deuSo Único e Verdadeiro deuS Gn 1.1-2,26; Dt 6.4; Mt 28.19; Lc 3.22; Jo 1.1,14,18; 14.26; 2Jo 6-9 INTRODUÇÃO Estudaremos a doutrina da Trindade Divina: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, dando ênfase maior ao Fi- lho o Senhor Jesus Cristo. O alvo principal das seitas e doutrinas falsas, direta ou indiretamente, é des- merecer Jesus Cristo, porque o inimigo sabe que Je- sus é o único Redentor da humanidade, e que se Ele for desconhecido do povo, as almas não se salvarão e a vantagem será do inimigo. Mesmo quando o pe- cador sabe que Jesus é o Salvador do mundo, o ini- migo ainda lhe diz para aceitar Jesus depois; mais tarde. Este estudo também serve para você obser- var quão longe da verdade divina estão os que abraçam as seitas falsas. I. A TRINDADE DEFINIDA (Gn 1.1-2,26; Dt 6.4; Lc 3.22). O único e verdadeiro Deus revela-se através das Sa- gradas Escrituras como o eterno “Eu Sou”, o Criador do universo e Redentor do gênero humano. Deus ainda se revela deixando claro que reúne em si os princípios de relacionamento e associação pessoal, como Pai, Filho, e Espírito Santo. A Bíblia revela um Deus único em essência ou substância, subsistindo em três distintas e divinas pessoas (Dt 6.4; Is 48.16; Lc 3.22; Mt 28.19). A Bíblia começa revelando a Trin- dade, pois em Gn 1.1, Elohim é um plural, e no versí- culo 2, temos o Espírito Santo em atividade. Cada Pessoa divina tem ofícios distintos na criação, na pre- servação, todavia as três são perfeitamente uma em natureza e harmonia, de modo que as três consti- tuem um Deus uno; não três deuses. O termo trinda- de não se acha escrito na Bíblia, mas a realidade da Trindade está lá claramente. Os inimigos da sã dou- trina não veem isso porque não querem crer e por- que não podem ver, devido a seus preconceitos e as trevas em que se encontram. Há muitos fatos do mundo que auxiliam na compreensão da Trindade. Três lâmpadas acesas formam uma única luz, e, en- tretanto, são três elementos. A imagem é uma só, po- rém tem três dimensões. Nenhuma delas é a imagem completa, somente as três. 1. A doutrina da Trindade no Antigo Testamento. Esta doutrina aparece muitas vezes na Bíblia. To- das as nações em volta de Israel eram politeístas. Era preciso fi xar em Israel a verdade bíblica que o verdadeiro Deus é uno. Se a Trindade santa fosse revelada a Israel explicitamente como no NT, sem dúvida eles fi cariam confusos e disso surgiria má compreensão e má interpretação. a. Gn 1.1. “No princípio criou Deus os céus e a ter- ra”.Aqui temos Deus sendo uno e trino ao mes- mo tempo. Aqui, a palavra “Deus” é no original “Elohim”, um plural, enquanto que o verbo da frase (criar) está no singular. Elohim é o nome de Deus como Criador. b. Gn 1.26. Deus ao efetuar a criação do homem, disse: “Façamos o homem à nossa imagem, con- forme a nossa semelhança”. Os inimigos da ver- dade afi rmam que Deus estava aqui se dirigindo aos anjos, mas o versículo 27 desfaz essa ideia, pois ali está dito que Deus criou o homem se- gundo a sua imagem, e não segundo a imagem dos anjos. c. Dt 6.4. “O Senhor nosso Deus é o único Se- nhor”. A palavra “Deus” aqui é Elohim, um nome plural, denotando uma unidade sim, mas composta. Por sua vez, a palavra “único”, é no original echad e indica uma unidade composta. Outros exemplos do termo echad, sempre indicando unidade também compos- ta: Gn 2.24, “e serão ambos uma carne”; ora marido e mulher são um em propósito, har- monia e vivência, mas individualmente duas pessoas. Gn 11.6: “Eis que o povo é um”. Em que sentido uma multidão de pessoas pode ser um? Outros casos são: Ed 3.1 e Ez 37.17. A unidade absoluta em hebraico tem outro ter- mo diferente para designá-la. Em Jo 10.30, Je- sus disse: “Eu e o Pai somos um”. A palavra “um” aqui é, no original, eis, correspondente a echad no Antigo Testamento. 2. A doutrina da Trindade no Novo Testamento. Aqui, destacamos Lc 3.22; Jo 14.16; Mt 28.19; 2Co 13.14; 1Pe 1.2; 3.18; Lc 5.1-4. 3. A distinção entre as três pessoas. O Filho está no Pai, e vice-versa; em comunhão. O Pai está com o Filho, mas o Filho procede do Pai em autoridade. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, em natu- reza, relacionamento, cooperação e autoridade. Não são três deuses distintos nem também são uma só pessoa. São três pessoas e uma só essência. Quando em conjunto, a menção mais comum destas Sample_BEAG.indd 6Sample_BEAG.indd 6 30/12/2020 09:06:3830/12/2020 09:06:38 7 GêneSiS 1 pessoas são: Pai, Filho, Espírito Santo, mas isto não se trata de uma ordem fi xa; pode ser diferente, como em Mt 28.19; 2Co 13.13; Jo 14.26. II. A SEGUNDA PESSOA DA TRINDADE (Lc 3.22; Mt 28.19; Jo 1.1,14,18). 1. Jesus como Filho de Deus. Tem um título que so- mente lhe pertence como Filho de Deus: Senhor Jesus Cristo (Rm 1.7). Quanto à sua divina e eterna natureza, Ele é o Senhor Jesus Cristo, porém, quan- to à sua natureza humana, Ele é chamado Filho do Homem. “Filho”, nas línguas bíblicas, não quer dizer somente gerado, mas também participante; da mesma natureza (Dn 7.13; Mt 9.6; Jo 3.13). Portan- to, Jesus encerra em si, tanto a natureza divina, quanto a humana (pura, como Adão antes de pecar, 1Co 15.45). Porque Jesus é divino e humano, Ele é o Emanuel, que signifi ca Deus com os homens (Mt 1.23; 1Jo 4.2; Ap 1.13). Uma vez que o nome Ema- nuel abrange tanto Deus quanto, o homem numa só pessoa – Cristo; conclui-se que o título Filho de Deus se refere a sua deidade, e Filho do Homem, à sua humanidade. Nós nos tornamos fi lhos de Deus mediante o novo nascimento, mas Jesus é o Filho de Deus num sentido único, desde toda eternidade. 2. A posição de Cristo antes de ele vir ao mundo. Cristo já existia desde toda eternidade como o Filho de Deus, antes de nascer como um bebê. O texto de Jo 1.1 afi rma: “O Verbo era Deus.” Em Fp 2, o após- tolo Paulo mostra que o Filho é igual ao Pai. Ele “não teve usurpação ser igual a Deus” (v. 6). 3. Como e por que o Filho de Deus se fez homem. O milagre da encarnação do Filho de Deus vai além da nossa compreensão. Ele deixou de lado suas prerrogativas como Deus. Ele tornou-se ho- mem e viveu entre os homens. Cristo veio para re- dimir a humanidade por sua morte na cruz, mas Ele veio também para revelar Deus ao mundo (Jo 1.18). III. A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19; Lc 3.22; At 10.19-20). O Espírito Santo é Deus (At 5.3-4). Ele é a terceira pes- soa da Trindade. Em Mt 28.19, Ele é posto juntamen- te com o Pai e o Filho. Logo, se o Pai e o Filho são pessoas, o Espírito Santo também é. Em Lc 3.22, te- mos o Espírito Santo manifesto “em forma corpórea, como uma pomba”; junto ao pai e ao Filho. Ele não apareceu ali em forma humana, porque Deus queria destacar a pessoa do Filho, que a partir dali iniciaria o seu ministério de poder entre os homens através do Espírito Santo (Lc 4.18-19; At 10.38). A operação do Espírito Santo seria na vida de Jesus como o Filho do Homem. É a mesma razão porque Ele não se ma- nifestou em forma humana no dia de Pentecoste: destacar e glorifi car a pessoa de Jesus, e, deixar claro que na igreja a sua operação é interior, isto é, habi- tando no crente e capacitando-o para viver a vida cristã e realizar a obra de Deus. Porém, o Espírito San- to é também Senhor (1Co 3.18, ARA) e Criador (Jó 33.4; Sl 33.6). Seu ministério principal é interior, dan- do vida, daí Ele ser chamado “Espírito de Vida” (Rm 8.2; Jo 6.63). 1. At 15.28: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”. Aqui, o Espírito Santo aparece como uma pes- soa em defi nida e séria atividade mental na tomada de uma resolução, em consulta e cooperação numa assembleia de crentes. Portanto, se o leitor é uma pessoa real com os seus devidos atributos, o Espíri- to Santo também é. Em Ez 8.3, vemo-la agindo de forma nitidamente pessoal. 2. At 10.19-20. Aqui o Espírito Santo fala como pes- soa (“disse-lhe o Espírito”), e, identifi ca-se como pessoa (“eu os enviei”). Algo inexistente não faz isso, nem também uma simples infl uência, poder ou unção. Ver Ez 3.24. CONCLUSÃO 1. O Deus uno e trino ao mesmo tempo, são das dou- trinas bíblicas que transcendem a razão humana, mas que as aceitamos pela fé. Há outras verdades e doutrinas bíblicas do mesmo quilate. 2. Se a unidade composta do homem (espírito, alma e corpo), encerram fatos inexplicáveis para sábios, cientistas, e teólogos, quanto mais a triunidade de Deus: Pai, Filho, Espírito Santo. Contudo, em resu- mo podemos afi rmar – que o Pai é a plenitude da divindade invisível. – Que o Filho é a plenitude da divindade manifesta. – Que o Espírito Santo é a ple- nitude da divindade agindo na criatura. 3. Todas as três divinas Pessoas da Trindade são coe- ternas e iguais entre si, mas distintas em suas ope- rações concernentes à Criação. a. O Pai criou tudo, planejando (Ef 3.9). O Filho criou tudo, executando (Hb 1.3). O Espírito Santo criou tudo, dando vida e pondo ordem (Jó 33.4; Gn 1.2). b. Na obra da Redenção. O Pai planejou a salvação no céu. O Filho consumou a salvação na cruz. O Espírito Santo realiza a salvação na vida das pes- soas. Entretanto, em qualquer desses atos grandiosos as três divinas Pessoas estão presentes. Tal é o nosso Deus, a quem seja a glória, a honra e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém! Sample_BEAG.indd 7Sample_BEAG.indd 7 30/12/2020 09:06:3830/12/2020 09:06:38 8GêneSiS 1 h1.7 Jó 37.18; Jr 10.12 i1.7 Pv 8.28; Sl 148.3 j1.9 Jó 38.8; Sl 104.9; Jr 5.22; 2Pe 3.5 7 E fez Deus a expansão he fez separação entre as águas que iestavam debaixo da ex- pansão e as águas que estavam sobre a ex- pansão. E assim foi. 8 E chamou Deus à expansão Céus; e foi a tarde e a manhã: o dia segundo. 9 E disse Deus: Ajuntem-se jas águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi. 10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares. E viu Deus que era bom. Atos divinos na criação Gn 1.1 Nestes dois capítulos, Deus permite darmos uma olhadela na sua oficina de trabalho. Todos gostam de olhar uma oficina (cf. Jo 5.17). Os atos divinos na criação são também representativos e informativos (cf. Gn 1.3; 2Co 4.1). Exemplos: 1) O sol (Gn 1.16; Sl 84.11; Ml 4.2); 2) As estrelas (Gn 1.16; Fp 2.15; Dn 12.3; Ap 22.16). Em Dn 8.10, “estrelas” são os sacerdotes (cf. Dn 8.11-13); 3) A lua (Gn 1.16; Ct 6.10); 4) A criação original (Gn 1.1; Ef 4.24). A criação original em Gn 1.1 é bara, e a recriação em Gn 1.3 é asah; 5) Deus assoprou sobre a primeira ordemde seres materiais, para lhes comunicar vida (Gn 2.7). Jesus assoprou sobre a segunda ordem de seres (seres espirituais), para lhes dar vida eterna, a vida espiritual (Jo 20.22). O sopro de Jesus foi para comunicar vida e santidade, pois Ele disse: “Recebei o Espírito Santo”. Isto é, “recebei o Espírito de santidade; o Espírito que santifica”. A súmula da natureza de Deus (2Pe 1.4), é santidade (cf. Lv 11.44- 45; 1Pe 1.16; Hb 12.10). Cf. a repetida frase divina através do Antigo Testamento: “Eu sou santo”. Atos divinos na criação: 1) Gn 1.1: Deus criou, heb. bara = criar do nada; idem no v. 21 ›› seu poder. Deus criou os mundos de Hb 11.3 (gr. aionas). Comparar Hb 11.3 e Hb 1.2, onde “mundo” é a mesma palavra (aionas). Aion significa eras sucessivas e também seu conteúdo. Sua tradução por “mundo” é uma sinédoque. Isto é, o continente tomado pelo conteúdo (as eras bíblicas tomadas em lugar de tudo aquilo que elas encerram). Em Gn 1.1, Deus criando do nada, revela o seu poder. Assim Ele continua fazendo (cf. Sl 51.10; Jo 15.7). 2) Gn 1.2: Deus o Espírito se movia = Deus age. Voltemos um pouco atrás para vermos outras mara- vilhas de Gn 1.1. • “No princípio Deus”. Isto nega o ateísmo, com sua doutrina de que não existe Deus. • “Princípio Deus”. Isto nega o politeísmo, com sua doutrina da existência de muitos deuses. • “No princípio criou Deus”. Isto nega o fatalismo, com sua doutrina do acaso, da coincidência etc. Também nega a evolução, com sua doutrina da transformação das espécies. • “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Isto nega o panteísmo, com sua doutrina de que Deus e a criação são idênticos. • “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Isto nega o materialismo, com seu falso ensino da eternidade da matéria. 3) Gn 1.3: e disse Deus. Deus fala (a sua Palavra, as Escrituras). 4) Trevas: a primeira coisa que Deus fez ou operou, foi dissipar as trevas (cf. v. 3). 5) Gn 1.4: Deus viu, Deus observa, Deus inspeciona. 6) Deus separou: nada de mistura, de confusão, nas coisas de Deus. 7) Gn 1.5: Deus chamou a luz de Dia (Deus definiu). As coisas de Deus são claras, conhecidas (p.ex., o perigo da maçonaria; não há “dia sem noite”). 8) Gn 1.7: Deus fez, Deus recriou (heb. asah = fazer daquilo que já existe, p.ex., acender a luz; fazer uma mesa da madeira já existente, ver Is 43.7: “formar e criar”). Deus refaz ou Deus restaura (Sl 19.7; 23.3). “Restaura”, aqui, tem o sentido de recompor. É o mesmo que “refrigerar” em Sl 19.7 (cf. Is 61.1; At 1.6). Deus fez: sabemos fazer o trabalho do Senhor? (Jo 6.6). 9) Gn 1.9: Deus ajuntou = Deus uniu (cf. a desunião e suas consequências). 10) Gn 1.11-12: frutificação. Porém, reprodução, frutificação segundo a sua “espécie”. (Cf. Gn 5.3: evi- te-se o egoísmo, o parasitismo, a esterilidade. Cf. Jo 15.) 11) Gn 1.17: Deus pôs = Deus estabelece, Deus coloca, Deus também tira. 12) Gn 1.22: Deus abençoou = a bondade de Deus, a graça de Deus. A primeira bênção de Deus foi para a criação. Cf. Rm 8.20-22, exceto Is 65.25. 13) Gn 1.28: Deus abençoou (novamente). Deus abençoa continuamente. Ele tem prazer em abençoar. A segunda bênção de Deus foi para o primeiro casal; a primeira família. 14) Gn 2.2: Deus acabou sua obra = Deus completou, Deus completa. Cf. Fp 1.6 – Deus aperfeiçoa. C O M E N T Á R I O Sample_BEAG.indd 8Sample_BEAG.indd 8 30/12/2020 09:06:3830/12/2020 09:06:38 9 GêneSiS 1 11 E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi. 12 E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie e árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. 13 E foi a tarde e a manhã: o dia terceiro. 14 E disse Deus: kHaja luminares na ex- pansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; le sejam eles para sinais e para 1tempos determinados e para dias e anos. 15 E sejam para luminares na expansão dos céus, para alumiar a terra. E assim foi. 16 E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e mfez as estrelas. k1.14 Sl 136.7 l1.14 Sl 104.19 11.14 ou estações m1.16 Sl 138.6; Jr 31.35 A oficina de Deus Gn 1.1-31; Jo 5.17 Neste capítulo, Deus permite darmos uma olhada na sua oficina de trabalho (Jo 5.17). Os atos divinos na criação são também representativos. 1. Gn 1.1 – “Deus criou”. Deus é poderoso, pois Ele criou do nada. Sl 51.10 (Deus cria agora). “Deus criou”. – Nega o fatalismo. – Nega o evolucionismo. 2. Gn 1.2 – “[...] se movia”. Deus age. Estamos parados? Ociosos? 3. Gn 1.3 – “E disse Deus”. Deus fala e diz. O que falamos? 4. Gn 1.3 – “Haja luz”. Deus dissipa as trevas: – O pecado, Jo 3.19. – O mundo. – A ignorância. – O engano. – Os demônios, Ef 6.12. 5. Gn 1.4 – “Deus viu”. Deus observa. Deus inspeciona. 6. Gn 1.4 – “Fez Deus separação”. Deus separa: nada de mistura, de confusão na sua obra. Deus quer santidade. Pureza de doutrina; de costumes, de atos. 7. Gn 1.5 – “Deus chamou à luz ‘dia’”. Deus esclarece; define. As coisas de Deus são claras. “E às trevas chamou ‘noite’.” Não há dia sem noite. 8. Gn 1.7 – “fez Deus”. Deus é sabedoria. Para criar é preciso poder e, para fazer, é preciso saber. Ciência e sabedoria. 9. Gn 1.9 – “Ajuntem-se as águas”. Deus ajuntou. A desunião e sua consequência. 10. Gn 1.11 – “Produza a terra”. Frutificação. O parasitismo; o egoísmo. Jo 15. 11. Gn 1.17 – “Deus os pôs”. Os luminares, Deus os fez (v. 18), e Deus os pôs (v. 17) no “alto” (Deus também tira!). Deus também criou os que estão “em baixo” (v. 21). 12. Gn 1.22 – “Deus os abençoou”. Deus é bom; gracioso. Ele abençoa a criação (v. 22). Ele abençoa a família (v. 28). 13. Gn 2.2 – “Havendo Deus acabado”. Deus termina. Deus aperfeiçoa. Fp 1.6; Rt 3.18. Dias e anos Gn 1.14 Os dias e anos são controlados pelo sol e as semanas e meses são controlados pela lua, conforme estabelecido por Deus. Movimentos do Espírito Santo Gn 1.2-3; Jo 6.63; At 8.29 1. Movimento de vida, Gn 1.2; Jo 6.63. 2. Movimento de regeneração, Jo 3.8. 3. Movimento de santificação, Rm 1.4; 2Ts 2.13. 4. Movimento de subida, Ez 3.12; 8.3; 11.1; 11.24; 43.5. 5. Movimento de cooperação, 1Cr 12.18. 6. Movimento de adoração, Lc 2.27. 7. Movimento de evangelizar, At 8.29; 10.19-20; 11.12. Sample_BEAG.indd 9Sample_BEAG.indd 9 30/12/2020 09:06:3830/12/2020 09:06:38 GêneSiS 12 10 filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, kpara ir à terra de Canaã; e vieram até Harã e habitaram ali. 32 E foram os dias de Tera duzentos e cinco anos; e morreu Tera em Harã. Deus chama Abrão e lhe faz promessas 12Ora, o aSenhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 E far-te-ei buma grande nação, e abençoar- -te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. 3 E abençoarei cos que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas dtodas as famílias da terra. 4 Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã. 5 E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acres- ceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã. 6 E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho ede Moré; e estavam, então, os cananeus na terra. 7 E apareceu o Senhor fa Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um galtar ao Senhor, que lhe aparecera. 8 E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente hde Betel e armou a sua tenda, tendo iBetel ao ocidente e Ai ao oriente; e k11.31 Gn 12.1; Ne 9.7; At 7.4 a12.1 Gn 11.31; Is 51.2; At 7.3; Hb 11.8 b12.2 Gn 17.6 c12.3Gn 18.18; 28.4 d12.3 Gn 27.29; Êx 23.22; Nm 24.9 e12.6 Dt 11.30 f12.7 Gn 17.1; 18.1 g12.7 Gn 13.15; Rm 9.8; Gl 3.16; 4.28 h12.8 Gn 13.4,18; 26.25; 33.20; 28.19 i12.8 Gn 20.2; 26.7 Abraão e sua vida relacionada a quatro lugares: Ur, Harã, Canaã, Egito Gn 11.31 1) Ur – fala de Abraão, fiel entre os infiéis (Js 24.2,14- 15; Is 51.2); 2) Harã – fala de Abraão na sua obediên- cia incompleta. Compare Gn 11.31 com At 7.1-4; 3) Canaã – fala de Abraão na sua obediência completa; em comunhão com Deus, ilustrada pelo “altar” por onde ele peregrinava (Gn 11.5-8; 12.1-8); 4) Egito – fala de Abraão e sua desobediência (Gn 12.9-10; 13.1-4; 26.2 [Isaque]). Israel e as alianças de Deus Gn 12.1-3; 2Sm 7.8-17; At 7.8 Ninguém destruirá Israel porque há duas grandes alian- ças entre Deus e esse povo. São duas alianças perpétuas e incondicionais: 1) Aliança com Abraão (Gn 12.1-3; 13.14-17; 15.1-18; At 7.8). É incondicional e perpétua (Gn 17.19). Assegura a posse por Israel de toda Terra Prometida, conforme Gn 15.18, que vai do ribeiro do Egito até ao Eufrates; 2) Aliança com Davi (2Sm 7.8- 17). É incondicional e perpétua. Garante três coisas a Israel: a) um trono eterno; b) uma casa real ou dinastia eterna; c) um reino eterno. Tudo isso virá por meio de Cristo (Lc 1.32-33; Rm 1.3; Mt 1.1). Por essa razão, em Mt 1.1 a ancestralidade de Jesus parte de Abraão e de Davi. Aleluia! Também por essa razão é dada sua genea- logia em Mt 1 e Lc 3, para provar seu direito à Terra Prometida (“Filho de Abraão”) e ao trono (“Filho de Davi”). Abraão – lições da sua fé Gn 12.1-8; Rm 1.19-21; 3; Hb 11.8-19 1. A separação de Abraão, pela fé. v. 1 “Sai-te” 2. As bênçãos de Abraão, pela fé. vv. 2-3 “Te abençoarei”; cf. Ef 1.3 3. A confiança e obediência de Abraão, pela fé. v. 4 “E partiu” 4. A influência de Abraão, pela fé. v. 4 “E Ló foi com ele” 5. A família de Abraão, quanto a fé. v. 5 “E tomou Abraão a Sarai, sua mulher” 6. Os adversários de Abraão, apesar da sua fé. v. 6 “E estavam então os cananeus na terra” 7. A comunhão de Abraão com Deus, pela fé. v. 7 “E edificou ali, um altar ao Senhor, que lhe apa- recera”, cf. v. 8; 13.18 8. A peregrinação de Abraão em terra estranha, pela fé. v. 8 “E moveu-se dali”. Ver também versículo 9b. Cf. Ló, tornou-se cananeu, habitando em Sodoma. 9. A desobediência, apesar da fé. vv. 9-10 “Seguindo ainda para a banda do Sul”, 13.1- 4; 26.2 “Não desças ao Egito” Conclusão A obediência à chamada de Deus: 1. Chamada para a salvação. 2. Chamada para o serviço. 3. Chamada para a glória (“sobe aqui”). Sample_BEAG.indd 10Sample_BEAG.indd 10 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 11 êxodo 3 aS PraGaS diVinaS e aS ProPoStaS ardiloSaS de faraÓaS PraGaS diVinaS e aS ProPoStaS ardiloSaS de faraÓ Êx 3.19-20; 7.4-5; 8.8,25; 10.8,11,24 INTRODUÇÃO Deus havia declarado que se Faraó não deixasse o seu povo sair do Egito, Ele feriria os egípcios com várias pragas (Êx 3.19-20). Em Êx 7.4-5, Deus reiterou o envio de fl agelos terríveis sobre o Egito, os quais tinham como propósitos: julgar tanto o governo quanto o povo por seus atos, e apressar a saída dos hebreus e mostrar o poder de Deus sobre os deuses egípcios. A partir da ocorrência da segunda praga (a das rãs, Êx 8.1-15), Faraó passa a fazer uma série de propostas ar- dilosas e destruidoras a Moisés e Arão. Estudaremos o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram as pragas e as propostas de Faraó ao povo de Deus. I. AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ 1. Pragas atingem o Egito (Êx 7.19–12.33). Deus ordenou que Moisés e Arão fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe que deixasse o povo hebreu partir. Diante de Faraó Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse uma amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo de Deus. Faraó era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais e maravilhas. Porém, Faraó endureceu o seu coração e não deixou o povo partir (Êx 7.13-14,22; 8.15,19,32; 9.7,34-35; 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,27; 11.10; 14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito, Faraó decide fazer al- gumas propostas ardilosas para Moisés e Arão. 2. A primeira proposta (Êx 8.25). Esta proposta exi- gia que Israel cultuasse a Deus no próprio Egito, em meio aos falsos deuses. O ecumenismo tam- bém parte deste princípio, porém, a Palavra de Deus nos exorta: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus sem qualquer separação do mal. Todavia, sem a santifi cação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Deus requer santida- de do seu povo. Nestes últimos dias antes da volta de Cristo, o pecado sob todas as formas avoluma- -se por toda a parte, como um rolo compressor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). Precisa- mos ser mais santos e consagrados a Deus! II. FARAÓ NÃO DESISTE 1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28). “Somen- te que indo, não vades longe”. Isso resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles, como acontece ainda hoje com o crente mundano (Tg 4.4-5; 1Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32). O propósito de Faraó ao orde- nar “não vades longe” era vigiar e controlar os pas- sos do povo de Israel. “Não vades longe”, signifi ca para o crente, hoje, o rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É a vida cristã sem profun- didade, sem expressão e por isso sempre vulnerá- vel. “Não vades longe” (Êx 8.28), equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superfi cial, sem consagração a Deus e ao seu serviço. 2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7). Essa pro- posta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais membros da família fi cariam no Egito. O povo de Israel vivia organizado por famílias e casas paternas (Êx 6.14-15,17,19). A família é universal- mente a unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, divi- dindo-as. O propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, uni- da, coesa, forte, feliz e saudável. A proposta de Fa- raó traria resultados nefastos para o povo de Deus. Vejamos: a) Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção, sem direção. b) Maridos sem as esposas; homens viajando no deserto e as crianças sem os pais. O Diabo quer a ruína do casa- mento (Êx 1.16). Oremos por um avivamento espi- ritual sobre os casais que servem ao Senhor. c) Mis- cigenação devastadora. Os jovens de Israel sozi- nhos no deserto a caminho de Canaã se casariam com moças pagãs, idólatras. Por sua vez, as jovens deixadas no Egito se casariam com os incrédulos egípcios. Enfi m, haveria perda de identidade dos hebreus como povo do Senhor. Sample_BEAG.indd 11Sample_BEAG.indd 11 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 êxodo 18 12 sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez; 22 para que julguem este povo em todo o tempo, pe seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, qe eles a levarão contigo. 23 Se isto fizeres, e Deus to mandar, rpo- derás, então, subsistir; assim também todo este povo em paz virá ao seu lugar. 24 E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro e fez tudo quanto tinha dito; 25 e escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, se os pôs por cabeças sobre o povo: maiorais de mil e maioraisde cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez. 26 E eles julgaram to povo em todo tempo; o negócio árduo traziam a Moisés, e todo ne- gócio pequeno julgavam eles. 27 Então, despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua terra. p18.22 Êx 18.26; Lv 24.11; Nm 15.33; Dt 1.17 q18.22 Nm 11.17 r18.23 Êx 18.18 s18.25 Dt 1.15; At 6.5 t18.26 Jó 29.16; Êx 18.22 A lei mosaica Êx 20.1-10; 21.1–24.11; 24.12–31.18 A Lei mosaica, como pacto do Sinai A Lei era uma, mas tri-dividida na sua aplicação: 1. Mandamentos, Êx 20.1-10. É a lei moral. Os man- damentos expressam a vontade geral de Deus. Eles visam a consciência humana. 2. Juízos, Êx 21.1–24.11. É a lei civil Tratam do governo civil de Israel. É a sua “Constituição”. 3. Ordenanças, Êx 24.12–31.18. É a lei cerimonial. Tra- tam do governo religioso, teocrático, da nação. Israel adorou ídolos Êx 20.1 1. No Egito, antes do êxodo, Êx 20.1-3; 2. Na peregrinação no deserto, Sl 106.24-29; Êx 32.1-6; 3. Na terra prometida, Jz 2.11-13; 3.5-6; 4. Na Babilônia, durante o desterro, Ez 14.1-6; 5. Em Jerusalém, no pós-exílio, Ed 9.1-2. Os dez mandamentos da Lei Êx 20.3-17 Sua correspondência no NT. Todos os manda- mentos do Decálogo estão incorporados ou re- petidos no NT, exceto o quarto – o do sábado. Mandamento Correspondência no NT 1.º Êx 20.3 Idolatria, ter, ser e adotar 1Co 8.4-6; 1Tm 1.17; Ef 4.6; Mt 4.10 2.º Êx 20.3-6 Idolatria, fazer ídolos 1Jo 5.21; 1Co 10.14; Ef 5.5 3.º Êx 20.7 O nome de Deus em vão Tg 5.12 4.º Êx 20.8-11 O sábado - - - - - - - - - - - - - - - 5.º Êx 20.12 Honrar pai e mãe Ef 6.1-3; Cl 3.20 6.º Êx 20.13 Homicídio Rm 13.9; Ap 21.8 7.º Êx 20.14 Adultério 1Co 6.9-10,18; Ef 5.3,5; Cl 3.5 8.º Êx 20.15 Furto Ef 4.28 9.º Êx 20.16 Falso testemunho Cl 3.9; Tg 4.11 10.º Êx 20.17 Cobiça Ef 5.3; Rm 7.7; Hb 13.5 Pais Êx 20.12; Lv 20.9; Mt 15.4; Mc 7.10; Ef 6.1; Cl 3.20 A família é a célula básica da sociedade humana. Foi instituída por Deus, conforme Gn 2.22,24. • A história da humanidade começa com uma família (Adão e Eva). • A história de Israel começa com uma família (Abraão e Sara). • A história da Igreja começa com uma famí- lia (José, Maria, Jesus). I. Conceitos bíblicos de “pai” 1. Pai – chefe da família, Ef 1.22; Js 24.15; 1Co 11.3; 2. Pai – chefe religioso da família, Gn 46.1; Js 24.15; Dt 6.7; 11.19; 3. Pai – educador da família (eticamente, in- clusive orientador, Pv 22.6), Pv 4.1; Ef 6.4 (trata-se aqui de formar). A importância de formar; 4. Pai – defensor da família, Gn 14.14; Jó 1.5; 5. Pai – provedor da família, Pv 13.22; 2Co.12.14; 6. Pai – um exemplo, para a família, Sl 101.2; 7. Pai – atento a dor da família, Pv 11.21; Sl 112.2; Gn 48.15; 1Co 29.19. II. Problemas da família moderna 1. Mãe trabalhando fora; 2. Pouco tempo para comunicação; 3. Comunicação de massa; 4. Secularismo. A base de todas as relações humanas, inclusi- ve na família, é sempre o amor. Sample_BEAG.indd 12Sample_BEAG.indd 12 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 13 JoSué 7 24 Porém a cidade e tudo quanto havia nela queimaram-no a fogo; tão somente a prata, e o mouro, e os vasos de metal e de ferro deram para o tesouro da Casa do Senhor. 25 Assim, deu Josué vida à prostituta Raabe, e à família de seu pai, e a tudo quanto tinha; e habitou no meio de Israel naté ao dia de hoje, porquanto escondera os mensageiros que Josué tinha enviado a espiar a Jericó. 26 E, naquele tempo, Josué os esconjurou, dizendo: Maldito odiante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta ci- dade de Jericó! Perdendo o seu primogênito, a fundará e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas. 27 Assim, era o Senhor com pJosué; e corria a sua fama por toda a terra. Os israelitas são derrotados por causa do pecado de Acã 7E prevaricaram os filhos de Israel no 9aná- tema; porque Acã, afilho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel. 2 Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Áven, da banda do oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai. 3 E voltaram a Josué e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou três mil homens a ferir a Ai; não fatigues ali a todo o povo, porque poucos são os inimigos. 4 Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram bdiante dos homens de Ai. 5 E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis, e seguiram-nos desde a porta até 10Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração cdo povo se derreteu e se tornou como água. 6 Então, Josué rasgou das suas vestes e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do Senhor até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre eas suas cabeças. 7 E disse Josué: Ah! Senhor Jeová! Por que, fcom efeito, fizeste passar a este povo o Jordão, para nos dares nas mãos dos amorreus, para nos fazerem perecer? Tomara nos contentá- ramos com ficarmos dalém do Jordão. m6.24 Js 6.19 n6.25 Mt 1.5 o6.26 1Rs 16.34 p6.27 Js 1.5; 9.1,3 97.1 ou consagrado (vide Lv 27.28; Dt 20.17) a7.1 Js 22.20 b7.4 Lv 26.17; Dt 28.25 107.5 que significa as pedreiras c7.5 Js 2.9,11; Lv 26.36; Sl 22.15 d7.6 Gn 37.29,34 e7.6 1Sm 4.12; 2Sm 1.2; 13.19; Ne 9.1; Jó 2.12 f7.7 Êx 5.22; 2Rs 3.10 O valor da santificação Js 7.7-15; Hb 12.14 Poucos dias antes da tomada de Jericó, Josué preparou-se para ocupar outra cidade da terra prometida chamada Ai. Todo mundo estava crendo que a vitória seria igual ao caso de Jericó. Ora, Jericó era uma cidade mais forte do que Ai, logo seria mais fácil a tomada desta. Mal começou a batalha pela posse da cidade, o exército de Josué começou a ser derrotado e logo procurou fugir para escapar. O povo todo ficou triste e amedrontado. Josué ficou confuso, sem atinar porque acontecera aquilo, uma vez que estavam fazendo tudo de acordo com as ordens do Senhor. Josué foi orar. Assim devemos fazer também quando enfrentamos derrota e fracasso no trabalho do Senhor, para vermos onde está a causa de tudo. Josué e seu exército não sabiam de nada errado. Pensavam que tudo estava muito certo, mas Deus sabia do que tinha acontecido. É o seguinte: antes da tomada de Jericó, Deus ordenara que ninguém tomasse para si coisa nenhuma da cidade. Porém um homem chamado Acã apanhou e escondeu várias coisas de muito valor. Isso ele fez escondido, mas Deus viu tudo! Deus vê e sabe de tudo o que fazemos! É melhor confessarmos a Ele nossos erros para sermos perdoados. Acã tomou para si coisas proibidas por Deus. Isso foi a causa de todo o fracasso naquele dia. Muita gente pensa que pode andar bem com Deus, carregando consigo os costumes do mundo, sem cuidar da santificação, vivendo como um incrédulo. Santificação significa a pessoa pertencer de fato a Deus. Vivendo para Ele e o servindo com sua vida. Ora, isso significa um santo viver, muito diferente do mundo incrédulo. Josué rogou a Deus que lhe mostrasse porque o povo de Deus fora derrotado pelo inimigo. Deus lhe respondeu logo: Israel pecou. Acã tinha tomado para si das coisas proibidas. Tens tu destas “coisas proibidas”? O pecado foi descoberto e Acã foi julgado. Deus afirmou que estaria com eles, enquanto não deso- bedecessem à sua palavra. Tudo por causa de um só pecado. Vale a pena pecar contra Deus? Certamen- te não! Confiemos no Senhor para vencermos o mundo e o pecado. C O M E N T Á R I O Sample_BEAG.indd 13Sample_BEAG.indd 13 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 2 Samuel 10 14 13 Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto de contínuo comia à mesa do rei; ke era coxo de ambos os pés. Davi derrota os amonitas e os siros 10E aconteceu, depois disso, que morreu o rei dos filhos de Amom, ae seu filho Hanum reinou em seu lugar. 2 Então, disse Davi: Usarei de beneficência com Hanum, filho de Naás, como seu pai usou de beneficênciacomigo. E enviou Davi a con- solá-lo, pelo ministério de seus servos, acerca de seu pai; e vieram os servos de Davi à terra dos filhos de Amom. 3 Então, disseram os príncipes dos filhos de Amom a seu senhor, Hanum: Porventura, honra Davi a teu pai aos teus olhos, porque te enviou consoladores? Porventura, não te enviou Davi os seus servos para reconhecerem esta cidade, e para espiá-la, e para transtor- ná-la? 4 Então, tomou Hanum os servos de Davi, e lhes rapou metade da barba, e lhes cortou me- tade das vestes, até às nádegas, be os despediu. 5 O que fazendo saber a Davi, este enviou a encontrá-los, porque estavam estes homens sobremaneira envergonhados; e disse o rei: Deixai-vos estar em Jericó, até que vos torne a crescer a barba; e então vinde. 6 Vendo, pois, os filhos de Amom que se ti- nham feito abomináveis cpara Davi, enviaram os filhos de Amom e alugaram dos siros de Bete-Reobe e dos siros de Zobá vinte mil ho- mens de pé, e do rei de Maaca, mil homens, e dos homens de Tobe, doze mil homens. 7 O que ouvindo Davi, enviou contra eles a dJoabe com todo o exército dos valentes. 8 E saíram os filhos de Amom e ordenaram a batalha à entrada da porta, mas os siros de Zobá e eReobe e os homens de Tobe e Maaca estavam à parte no campo. 9 Vendo, pois, Joabe que estava preparada contra ele a frente da batalha, por diante e por detrás, escolheu dentre todos os escolhidos de Israel e formou-os em linha contra os siros. 10 E o resto do povo entregou na mão de Abisai, seu irmão, o qual o formou em linha contra os filhos de Amom. 11 E disse: Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e, se os k9.13 2Sm 9.3,7,10 a10.1 1Cr 19.1 b10.4 Is 20.4; 47.2 c10.6 Gn 24.30; Êx 5.21; 1Sm 13.4; 2Sm 8.3,5 d10.7 2Sm 23.8 e10.8 2Sm 10.6 Um servo de Deus sempre agradecido 2Sm 10.1; Sl 116.12 A. A gratidão/a ingratidão: a gratidão no espaço e no tempo B. A gratidão de Davi 1. A gratidão de Davi para com Deus a. 2Sm 7 b. 2Sm 22 c. Os Salmos (muitos), p.ex., Sl 116.12: “Que da- rei [...]?” 2. A gratidão de Davi para com os homens a. Jônatas, 2Sm 9.1,7 b. Barzilai, 1Rs 2.7; 2Sm 17.27-29; 19.31-33 c. O rol dos 37 “valentes”, 2Sm 23: Urias, heteu; Itai, geteu (filisteu!), de Gate d. Sua tropa de elite = 600 homens (composta de estrangeiros!) 3. A gratidão da natureza a Deus a. Vento: cicio, uivo b. Mar: bramido, as profundezas do mar c. Regato: murmúrio d. Folhas: farfalhada e. Aves: canto (!) f. Animais: vozes (!) g. Insetos: o espaço h. O ser humano: não (!) C. 2Sm 10.1-2 1. Quando? Como? Onde? a. Sobi, um filho de Naás, rei amonita, enviou víveres para o rei Davi, em Maanaim, 2Sm 17.27-28 b. Um dos heróis de guerra de Davi era amonita, Zelegue, 2Sm 28.37 c. Uma profecia futura milenial inclui os amoni- tas, Is 11.14 d. A bisavó de Davi era moabita – Rute (os moa- bitas eram irmãos dos amonitas) e. Certa vez, Davi asilou seus pais em Moabe, 1Sm 22.3 2. Ef 5.20: “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” 3. 1Ts 5.18, por exemplo: a. a vida b. a saúde c. os talentos d. a família e. os bens (emprego, finanças, status, cultura) f. a salvação g. “E que tens tu que não tenhas recebido?”, 1Co 4.7 Sample_BEAG.indd 14Sample_BEAG.indd 14 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 SalmoS A felicidade dos justos e o castigo dos ímpios 1Bem-aventurado o avarão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta bna roda dos escarnecedores. 2 Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua clei medita de dia e de noite. 3 Pois será como a árvore plantada djunto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto efizer prosperará. 4 Não são assim os ímpios; mas são como a fmoinha que o vento espalha. 5 Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. 6 Porque o Senhor gconhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá. A rebelião das nações e a vitória do Messias 2Por que ase amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs? S í n t e S e Título Salmos é o segundo livro da seção dos Poéti- cos. É o mais importante desta seção, devido ao espírito profético que ele apresenta e à sua coordenação musical. Nas Bíblias de edições católicas ou oriundas de tradução dos LXX, ob- servamos a diferença na colocação de alguns salmos, como por exemplo: os salmos 9 e 10 estão reunidos em um só. O 23 das nossas ver- sões é o 22 daquelas. O 114 e o 115 nossos são o 113 delas. O 116 de nossa Bíblia é ali dividido em 114 e 115, de igual modo o 147. Dizemos nossa referindo-nos às versões que usamos. Isso não altera e nem fere a inspiração divina. O importante é saber que em todas as Bíblias há 150 salmos, embora divididos ou conden- sados em edições católicas. O livro é composto de 150 salmos, com 2.461 versos. Era chamado pelos hebreus de Tehillim, que significa “cântico de louvor” ou “saltério”. Os salmos são hinos com que o povo de Deus cantava louvores a Jeová. Em todo o tempo o povo de Deus cantou: a) Moisés ensi- nou o povo a cantar (Êx 15; Dt 32); b) durante a peregrinação Israel cantava (Nm 21.17); c) Débora e Baraque cantavam (Jz 5); d) Davi foi o maior cantor e musicista da Bíblia (2Sm 6.5,14); e) Neemias cantava construindo os muros (Ne 12.42); f ) Paulo e Silas cantavam na prisão; g) o patriarca Jó nos diz que as “estrelas cantavam e os filhos de Deus jubilavam”. Autor Davi, Moisés, Salomão, Asafe e muitos outros. Dentre esses, quem mais escreveu foi Davi, com 73 dos salmos. Moisés escreveu o salmo 90 e Salomão os de número 2, 72, e 127. Os salmos anônimos são atribuídos aos profetas Jeremias, Ageu e Zacarias. Esfera de Ação A data pode ser fixada entre 1.500 a 450 a.C. A tradição afirma que Esdras foi o coordena- dor. Lembremos que, das 228 citações que há nas páginas do Novo Testamento, 116 são dos salmos. Divisão Divide-se o livro em cinco seções: 1. 1ª seção – Salmos 1–41; 2. 2ª seção – Salmos 42–72; 3. 3ª seção – Salmos 73–89; 4. 4ª seção – Salmos 90–107; 5. 5ª seção – Salmos 108–150. a1.1 Pv 4.14-15 b1.1 Jr 15.17 c1.2 Js 1.8 d1.3 Ez 47.12 e1.3 Gn 39.3,23; Is 3.10 f1.4 Jó 21.18; Is 17.13; 29.5; Os 13.3 g1.6 Na 1.7; Jo 10.14; 2Tm 2.19 a2.1 At 4.25-26 Sample_BEAG.indd 15Sample_BEAG.indd 15 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 SalmoS 3 16 2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor be contra o seu ungido, dizendo: 3 Rompamos cas suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas. 4 Aquele que habita nos céus se rirá; o Se- nhor zombará ddeles. 5 Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá. 6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo emonte Sião. 7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; feu hoje te gerei. 8 Pede-me, ge eu te darei as nações por he- rança e os confins da terra por tua possessão. 9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; htu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. 10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; dei- xai-vos instruir, juízes da terra. 11 Servi iao Senhor com temor e alegrai-vos com tremor. 12 Beijai o Filho, para que jse não ire, ke pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam. Davi confia em Deus na sua adversidade Salmo de Davi, quando fugiu de diante da face de Absalão, seu filho 3Senhor, como se têm amultiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. 2 Muitos dizem da minha alma: Não há sal- vação bpara ele em Deus. (Selá) 3 Mas tu, Senhor, és um escudo cpara mim, a minha glória e o que exalta a minha cabeça. 4 Com a minha voz clamei ao Senhor; ele ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá) 5 Eu me deitei e dormi; dacordei, porque o Senhor me sustentou. b2.2 Jo 1.41 c2.3 Jr 5.5; Lc 19.14 d2.4 Pv 1.26 e2.6 2Sm 5.7 f2.7 At 13.33; Hb 1.5; 5.5g2.8 Sl 22.28 h2.9 Ap 2.27; 12.5; 19.15 i2.11 Fp 2.12; Hb 12.28 j2.12 Gn 41.10; 1Sm 10.1; Jo 5.23 k2.12 Pv 16,20; Is 30.18; Jr 17.7; 1Pe 2.6; Ap 6.16-17 a3.1 2Sm 15.12; 16.15 b3.2 2Sm 16.8 c3.3 Gn 15.1 d3.5 Lv 26.6; Pv 3.24 Davi – tipo de Cristo Sl 2.6; 16; 18.43; 69.7-9,20-21,26,29; 89.19-37; Jr 30.9 Jesus chamado “filho de Davi”, Mt 9.27; 12.23; 15.22; 20.30-31; 21.9; 22.42; Mc 10.47-48; Lc 18.37,39 “Davi”, um nome profético de Cristo, Jr 30.9; Ez 34.23-24; 37.24-25; Os 3.5 Oração – seu papel vital Sl 2.8; Tg 1.5 1. Na salvação dos pecadores, Sl 2.8 2. Na sabedoria do alto, Tg 1.5 3. Na recepção da adequada mensagem para o povo, Ef 6.18-19 Quem ora mais, cresce mais em humildade. Eu noto que fico melhor ou pior à medida que eu oro mais ou menos! Selá Sl 3.1-8 É um termo musical quanto ao emprego na música e quanto ao sentido (significado). Aparece 76 vezes na Bíblia, sendo 73 vezes nos Salmos e três vezes em Habacuque. Em hebraico, a palavra é constituída de três caracteres. Seu sentido pode ser: 1. Mudança de voz no canto, ou mudança de tom; 2. Pausa técnica na partitura, no canto, ou na execução instrumental (interlúdio); 3. “Crescendo” musical (aumento progressivo da inten- sidade sonora na música). Lições: 1. Pausa para fortalecimento da fé em Deus, Sl 3.1-8 (atenção aos vv. 2 e 8). 2. Pausa espiritual no fim do dia – pensando em Deus, Sl 4. 3. Pausa para meditar quando a vitória final é dos que confiam no Senhor, Sl 46. Temor e tremor na Bíblia Sl 2.11; 55.5; 1Co 2.3; 2Co 7.15; Fp 2.12 “Temor”, em relação a Deus, no sentido de reverência, fidelidade, adoração, respeito, e submissão a Deus. “Tremor”, no sentido de pasmo, espanto, perplexida- de. Temor é interno; vem de dentro de nós; tremor é ex- terno, como resultado do temor; tudo no sentido positi- vo. Textos: Dt 6.26; Sl 2.11; 55.5; 1Co 2.3; 2Co 7.15; Ef 6.5; Fp 2.12 Is 11.2 – O Espírito Santo é chamado aqui “Espírito de [...] temor do Senhor”. Ml 1.6 – Aqui Deus interroga o homem: “E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor?” Sample_BEAG.indd 16Sample_BEAG.indd 16 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 17 SalmoS 6 e3.7 Jó 16.10; 29.17; Lm 3.30 f3.8 Pv 21.31; Is 43.11; Jr 3.23; Os 13.4; Ap 7.10; 19.1 a4.3 2Tm 2.19; 2Pe 2.9 b4.4 2Cr 13.5; Ef 4.26 c4.5 Dt 33.19 d4.6 Nm 6.26 e4.7 Is 9.3 f4.8 Jó 11.18-19 g4.8 Lv 25.18-19 a5.5 Hc 1.13 b5.5 Ap 21.8 c5.10 2Sm 15.31; 17.14,23 d5.11 Is 65.14 a6.1 Jr 10.24; 46.28 6 Não terei medo de dez milhares de pessoas que se puseram contra mim ao meu redor. 7 Levanta-te, Senhor; salva-me, Deus meu, pois eferiste a todos os meus inimigos nos queixos; quebraste os dentes aos ímpios. 8 A salvação vem fdo Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção. (Selá) Davi ora a Deus na sua angústia Salmo de Davi para o cantor-mor, sobre Neguinote 4Ouve-me quando eu clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. 2 Filhos dos homens, até quando converte- reis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? (Selá) 3 Sabei, apois, que o Senhor separou para si aquele que lhe é querido; o Senhor ouvirá quando eu clamar a ele. 4 Perturbai-vos be não pequeis; falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos. (Selá) 5 Oferecei sacrifícios cde justiça e confiai no Senhor. 6 Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Senhor, dexalta sobre nós a luz do teu rosto. 7 Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram eo seu trigo e o seu vinho. 8 Em paz também me deitarei e dormirei, fporque só tu, gSenhor, me fazes habitar em segurança. Deus aborrece os ímpios e abençoa os justos Salmo de Davi para o cantor-mor, sobre Neilote 5Dá ouvidos às minhas palavras, ó Senhor; atende à minha meditação. 2 Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei. 3 Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Se- nhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vi- giarei. 4 Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal. 5 Os loucos não apararão à tua vista; babor- reces a todos os que praticam a maldade. 6 Destruirás aqueles que proferem a men- tira; o Senhor aborrecerá o homem sangui- nário e fraudulento. 7 Mas eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade; e em teu temor me incli- narei para o teu santo templo. 8 Senhor, guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos; aplana diante de mim o teu caminho. 9 Porque não há retidão na boca deles; o seu íntimo são verdadeiras maldades; a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua. 10 Declara-os culpados, ó Deus; caiam cpor seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se revoltaram contra ti. 11 Mas alegrem-se dtodos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. 12 Pois tu, Senhor, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo. Davi recorre à misericórdia de Deus e alcança perdão Salmo de Davi para o cantor-mor em Neguinote, sobre Seminite 6Senhor, anão me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Termos em epígrafes dos salmos Sl 4; 5; 6; 7; 8; 9; 16; 22; 32 1. Sl 4 (cf. epígrafes de Sl 6; 54; 55; 61; 67; 76) – Neguinote, heb., “para instrumentos de cordas” (cf. NAA); vv. 2,4, Selá 2. Sl 5 – Neilote, heb., “para flautas” 3. Sl 6 (cf. epígrafe do Sl 12) – Seminite, heb., “oitava” 4. Sl 7 – Sigaiom, heb., plural de Sigionote; v. 5, Selá 5. Sl 8 (cf. epígrafes de Sl 81; 84) – Gitite, heb., “de Gate” (cidade) 6. Sl 9 – Mute-Laben, heb., “morte do filho”; v. 16, Higaiom Selá; v. 20, Selá 7. Sl 16 (TB; cf. epígrafes de Sl 56–60) – Mictão, heb., “salmo excelentíssimo” 8. Sl 22 – Aijelete-Hás-Saar, heb., “Corça da ma- nhã” (cf. NAA) 9. Sl 32 (cf. epígrafes de Sl 42; 44; 45; 52–55; 74; 78; 88, TB; 89; 142) – Masquil; vv. 4,5,7, Selá Sample_BEAG.indd 17Sample_BEAG.indd 17 30/12/2020 09:06:3930/12/2020 09:06:39 SalmoS 4 18 de sorte que os meus braços quebraram um arco de cobre. 35 Também me deste o escudo da tua sal- vação; a tua mão direita me susteve, e a tua mansidão me engrandeceu. 36 Alargaste os meus passos e os meus ar- telhos não vacilaram. 37 Persegui os meus inimigos e os alcancei; não voltei, senão depois de os ter consumido. 38 Atravessei-os, de sorte que não se pu- deram levantar; caíram debaixo dos meus pés. 39 Pois me cingiste de força para a peleja; fizeste abater debaixo de mim aqueles que contra mim se levantaram. 40 Deste-me também o pescoço dos meus inimigos, para que eu pudesse destruir os que me aborrecem. 41 Clamaram, hmas não houve quem os h18.41 Pv 1.28; Is 1.15 A revelação de Deus através da Bíblia Sl 19.7-11 Observações iniciais Epígrafe do Sl 19: “Salmo de Davi para o cantor-mor”. Estas palavras vêm do original; não são termos edito- riais. Termos editoriais são as palavras do título: “A ex- celência da criação e suas leis, assim como da palavra de Deus” (ARC). “Salmo”, lit. “uma composição lírica para ser cantada e acompanhada por instrumentos”. P.ex., Sl 46 (“Cânti- co sobre Alamote”); Sl 65 (“Salmo e cântico”). A. A revelação tríplice no Sl 19 1. Deus revela-se na criação, vv. 1-6 Aqui Deus revela seu poder, sua sabedoria e sua providência. 2. Deus revela-se nas Escrituras, vv. 7-11 Aqui Deus revela sua vontade, sua santidade e sua salvação por graça multiforme. 3. Deus revela-se no viver do crente; i.e., seu teste- munho, vv. 11-12 (cf. 2Co 3.2) A revelação de Deus através da Bíblia (vv. 7-11) é sêxtupla. Veremos também que, conectado a cada um desses seis aspectos da revelação de Deus na Bíblia, aparece o nome “Senhor”, lit. “Jeo- vá”, seis vezes. B. A Escritura é chamada primeiramente: 1. “Lei” do Senhor, v. 7 (cf. “lei” em Jo 15.25; 1Co 14.21) Lições – como “lei”, a Escritura: a. Revela a vontade de Deus: quanto a sua justi- ça(santidade); quanto à conduta que Deus requer do homem. b. “É perfeita”, i.e., completa e atual. c. “Refrigera a alma”, i.e., dá paz. 2. “Testemunho” do Senhor, v. 7 Lições – como “testemunho”, a Escritura: a. Revela a verdade. b. “Testemunho”, uma evidência da verdade. c. “É fiel”, i.e., funciona e cumpre-se. 3. “Preceitos” do Senhor, v. 8 Lições – como “preceitos”, a Escritura: a. Revela as ordens do Senhor. b. “São retos”, i.e., não são cruéis nem injustos. c. É um plural: “preceitos”. Cf. Gl 5.19,22, “obras da carne [...] fruto do Espírito”. 4. “Mandamento” do Senhor, v. 8 Lições – como “mandamento”, a Escritura: a. Revela a autoridade de Deus. b. Há, na Bíblia, mandamentos positivos e nega- tivos para o crente (p.ex., “Sai-te da tua terra”, Gn 12.1; “Não desças ao Egito”, Gn 26.2). c. “Alumia os olhos” (cf. Ef 1.18-19: 1. A esperan- ça da sua vocação; 2. As riquezas da glória da sua herança; 3. A sobre-excelente grandeza do seu poder). 5. “Temor” do Senhor, v. 9 Lições – como “temor”, a Escritura: a. Revela o temor reverente a Deus. b. Revela o temor que se deve ao Senhor, 2Co 5.11. c. Cf. Deus chamado “o Temor de Isaque”, Gn 31.42,53. 6. “Juízos” do Senhor, v. 9 Um termo forense Lições – como “juízos”, a Escritura: a. Revela as “decisões finais do Senhor”. b. Revela ao que devemos recorrer nas decisões que temos que tomar. c. “Mais [...] do que o ouro”, i.e., “riqueza”, v. 10. 1) Cf. “ouro branco” (algodão) 2) Cf. “ouro negro” (petróleo) 3) Depende de a pessoa procurar, buscar d. “Em os guardar há grande recompensa”, v. 11. P.ex., uma consciência tranquila é uma gran- de recompensa. e. É um plural: juízos, i.e., depende do que se passa com a pessoa. Conclusão 1. A natureza revela Deus como criador (vv. 1-6), mas não como redentor. Milhões reconhecem que Deus é o criador, mas não o aceitam como seu Salvador. 2. A revelação de Deus mediante a Palavra tem duas manifestações: a. A palavra escrita: a Bíblia b. A palavra viva: Cristo Sample_BEAG.indd 18Sample_BEAG.indd 18 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 19 SalmoS 20 livrasse; até ao Senhor, mas ele não lhes respondeu. 42 Então, os esmiucei como o pó diante do vento; deitei-os fora como a lama das ruas. 43 Livraste-me das contendas do povo e me fizeste cabeça das nações; um povo que não conheci me servirá. 44 Em ouvindo a minha voz, me obedecerão; os estranhos se submeterão a mim. 45 Os estranhos decairão e terão medo nas suas fortificações. 46 O Senhor vive; e bendito seja o meu ro- chedo, e exaltado seja o Deus da minha sal- vação. 47 É Deus que me vinga inteiramente e su- jeita ios povos debaixo de mim; 48 o que me livra de meus inimigos; — sim, tu me exaltas sobre os que se levantam contra mim, tu me livras do homem violento. 49 Pelo que, ó Senhor, te louvarei entre as nações e cantarei louvores ao teu nome. 50 É ele que jengrandece as vitórias do seu rei e usa de benignidade com o seu ungido, com Davi, e com a sua posteridade para sempre. A excelência da criação e suas leis, assim como da palavra de Deus Salmo de Davi para o cantor-mor 19Os céus amanifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. 2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. 3 Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes 4 em toda ba extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, 5 que é qual noivo que sai do seu tálamo e se alegra como um herói a correr o seu caminho. 6 A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso, até à outra extremidade deles; e nada se furta ao seu calor. 7 A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sa- bedoria aos símplices. 8 Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. 9 O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verda- deiros e justos juntamente. 10 Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e 9o licor dos favos. 11 Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa. 12 Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me ctu dos que me são ocultos. 13 Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim; então, serei sincero e ficarei limpo de grande trans- gressão. 14 Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e dlibertador meu! Oração pelo rei na guerra Salmo de Davi para o cantor-mor 20O Senhor te ouça no dia da angústia; o nome do aDeus de Jacó te 10proteja. 2 Envie-te socorro desde o seu santuário e te sustenha desde Sião. 3 Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos. (Selá) 4 Conceda-te conforme o teu coração e cumpra todo o teu desígnio. 5 Nós nos alegraremos bpela tua 11salvação e, em nome do nosso Deus, arvoraremos pen- dões; satisfaça o Senhor todas as tuas petições. 6 Agora sei que o Senhor salva o seu ungido; ele o ouvirá desde o seu santo céu com a força salvadora da sua destra. 7 Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas cnós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus. i18.47 Sl 47.4 j18.50 2Sm 7.13 a19.1 Gn 1.6; Rm 1.19-20 b19.4 Rm 10.18 919.10 ou as gotas c19.12 Lv 4.28 d19.14 Is 4.6; 47.4; 48.14 a20.1 Pv 18.10 1020.1 ou ponha em alto b20.5 Êx 17.6 1120.5 ou vitória c20.7 2Cr 32.8 Pecados inconscientes Sl 19.12 2Sm 6.6 – Uzá não sabia que errara, mas isso não o isentou da punição 2Cr 33.9 – “errar”, heb. (Lv 4.2; 5.2,15,18; 22.14) Sl 19.12 – “ocultos” Sl 90.8 – “ocultos” Sl 95.10 – “erra de coração” (cf. Jr 17.9) Os 4.12 – “enganam” Hb 9.7 – “ocultos” Sample_BEAG.indd 19Sample_BEAG.indd 19 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 20SalmoS 78 A doutrina da santificação Sl 77.13; Ef 4.24; Hb 12.14 Introdução 1. Textos fundamentais Sl 77.13: “O teu Caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?” (ARA) Ef 4.24: “e vos revistais do novo homem, que, segun- do Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade” Hb 12.14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” 2. A santificação bíblica é um dos aspectos da nossa salvação, tanto no sentido objetivo (a salvação vis- ta do ponto de vista divino) como no sentido sub- jetivo (a salvação vista do ponto de vista humano, isto é, a salvação na experiência humana). A salva- ção, assim considerada, tem esses dois aspectos, como acabamos de ver. 3. A obra que Jesus opera em nós é dupla (em resu- mo): salvação e santificação (Tt 2.14). Assim, o Se- nhor Jesus é tanto o altar (Êx 27.1-8; 38.1), como o lavatório (Êx 30.17-21; 38.8) da Antiga Aliança, sendo aqueles o tipo, e Jesus a sublime realidade. Assim, para nós, os salvos, a santificação não é pri- meiramente uma coisa, mas uma Pessoa (1Co 1.30). a. A santificação em nossa vida é uma prova da nossa justificação. Do lado ferido de Cristo fluiu “sangue e água”. O sangue fala da nossa justifi- cação; a água fala da nossa santificação (1Jo 5.6). b. O pecado resultante da queda de Adão corrom- peu todas as nossas faculdades. Nada ficou sa- dio. “Toda a cabeça está enferma, e todo o cora- ção, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e cha- gas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo” (Is 1.5-6). 4. A definição geral de “santificação” a. É a separação do pecado, do mal, do mundo e suas práticas pecaminosas, para o uso de Deus (At 27.23). b. Separação do pecado é o lado negativo da san- tificação. É “não fazer isso; não fazer aquilo” etc. c. A separação para o uso de Deus é o lado positivo da santificação, pois se trata de fazer a obra de Deus; de agir para Deus. 5. O sentido técnico de “santificar”: separar para um fim especial. Não se trata de separar no sentido de contato, mas no sentidode comunhão (participa- ção, associação, aceitação; 1Co 5.9-11). 6. Os livros prediletos sobre a santificação a. No Antigo Testamento: Levítico e Êxodo. (Levíti- co é o livro do santuário.) b. No Novo Testamento: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Efésios, 1 Tessalonicenses, Hebreus. 7. O estudo da santificação deve ser acompanhado de uma busca sincera e sedenta da revelação da santidade de Deus. Façamos todos isto, enquanto estudamos este sublime assunto na presença do Senhor! I. O significado de santidade e santificação 1. Distinção e diferenças Santidade é um estado; santificação é um pro- cesso. As duas coisas devem existir no crente (Hb 12.10,14): • v. 10 – santidade • v. 14 – santificação 2. A santidade No crente, a santidade é um estado relativo, mas em Deus é um estado intrínseco e perfeito. Quando contemplamos a santidade de Deus, mesmo em parte, como agora, somos desperta- dos em todo o nosso ser a viver em santidade. Vejamos, pois, algo da santidade de Deus: a. A santidade é uma qualidade intrínseca da natureza de Deus (Lv 11.45; 19.2; 20.26). b. Um de seus nomes é “Santo” (Pv 9.10; Is 5.16; 57.15; Jo 17.11). c. Deus é “glorioso em santidade” (Êx 15.11, TB). d. A santidade de Deus comparada com a dos homens mais santos: 1) Jó – Diante da revelação de Deus, Jó excla- mou cheio de temor reverente: “Com o ou- vir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.5-6). 2) Isaias – Ao comtemplar a santidade de Deus, Isaias: disse: “ai de mim, que vou pe- recendo!” (Is 6.3-5). 3) Ezequiel – “Este era o aspecto da seme- lhança da glória do Senhor; e, vendo isso, caí sobre o meu rosto e ouvi a voz de quem falava” (Ez 1.28). 4) Daniel – A sublime experiência de Daniel e dos que estavam com ele ante a revelação da santidade de Deus (Dn 10.6-10). 5) Paulo – Ao contemplar o padrão da san- tidade de Deus, não teve outra atitude senão bradar “que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm1.15). (Este texto mostra que o crente está mais sem pecado quando está mais cônscio dele, e essa conscientização espiritual ocorre quando temos a revelação da santidade de Deus.) 6) João, o apóstolo – A reação de João ante a glória e a santidade divina foi: “caí a seus pés como morto” (Ap 1.17). Sample_BEAG.indd 20Sample_BEAG.indd 20 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 21 SalmoS 78 e. A santidade de Deus é absoluta em todos os sentidos. A nossa não! (Jó 15.15). Há santos “mínimos”. Paulo, ao se comparar com os de- mais santos, declarou: “A mim, o mínimo de todos os santos” (Ef 3.8). 3. A santificação a. Assim como Deus, na antiga dispensação, se- parou para si todos os primogênitos, assim, na nova dispensação, Ele consagra o crente para si mesmo, separando-o do pecado (Êx 13.2; Nm 3.13; Lc 2.23; Hb 12.23). É o Deus tri- no que realiza esta obra no crente através da sua vida. Deus, o Pai, planejou a nossa santifi- cação. Deus, o Filho, realizou-a. Deus, o Espí- rito Santo, aplica-a em nossa vida. b. A santificação é a vontade de Deus para o crente (1Ts 4.3). Deus cuidou da nossa santifi- cação mesmo antes de existir o primeiro ho- mem, Adão (Ef 1.4). c. O Senhor Jesus morreu por isso (Jo 17.19; Hb 13.12). d. Sem santificação não há salvação: 1) 2Ts 2.13 – “salvação, em santificação do Es- pírito” (grifo nosso). “Em”, no original, equi- vale a dia, “através de”. 2) Hb 12.14 – “santificação, sem a qual nin- guém verá o Senhor”. e. Deus nos chama para ser santos (Rm 1.7, ARA; 1Co 1.2, ARA; 1Ts 4.7, ARC) f. Uma congregação cristã deve ser uma assem- bleia de santos (Sl 89.5,7; 1Co 16.1; Hb 3.1). g. A santificação deve ser o constante anelo de cada verdadeiro crente (Mt 5.6). h. Deus abomina a mistura entre o que é santo e o que é profano (Dt 22.9-11; 2Co 6.17). 1) Exemplo prático: os israelitas no tempo dos Juízes: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia di- reito aos seus olhos” (Jz 17.6; 21.25). 2) Isso significa querer viver a vida cristã da maneira que cada um acha por bem, sem ob- servar o que Deus diz em sua Palavra. Errado! i. Quem quiser viver e andar com Deus precisa ser santo (Sl 24.3-4; Is 6.3,5). j. Ninguém pode andar com Deus e ter comu- nhão com Ele, permanecendo e gostando do pecado. 1) Ilustração prática: as diversas “barreiras” para chegar a Deus, ao lugar santíssimo, no tabernáculo. 2) Antes mesmo de penetrar no lugar santo, que precedia o lugar santíssimo, era preciso: • Decisão – na porta única de acesso ao tabernáculo • Consagração – no altar dos holocaus- tos, logo após a porta única de entrada • Santificação – no lavatório, após o altar dos holocaustos k. É na santificação que o Diabo centraliza seus ataques hoje. 1) Sua tática para corromper a santidade é a da mistura (Ap 2.14 + Nm 31.16 + Nm 25.1-3). 2) Considerar o nome “igreja” à luz do origi- nal, isto é, “chamada” (para fora do mun- do). 3) Ver também Tg 4.4 e 1Jo 2.15. 4) Outra tática é o próprio Satanás fingir-se de “anjo de luz”, todo inofensivo, e ao mes- mo tempo, seus agentes iníquos se apre- sentarem como “ministros da justiça”, isto é, aparentando falsa santidade. 5) É a confusão da ética com a santificação. l. A santificação é uma doutrina bíblica imutá- vel. Comparar Lv 20.26 (no AT) com 1Pe 1.16 (no NT). 1) Os modernistas é que alteram sempre a doutrina da santificação. 2) Em muitos lugares e igrejas, ela é hoje cha- mada de “fanatismo”. 3) Considerar as inúmeras “Leis da Separação” nos dois livros do Santuário (Êxodo e Leví- tico), as quais ensinam primordialmente a santificação. m. A santificação é requisito indispensável em nós para a vinda do Senhor (Mt 5.8; Ef 5.27; Hb 12.14; 2Pe 3.14). n. Ideias errôneas sobre a santificação, isto é, o que não é a santificação. 1) Exterioridades não são a santificação (1Sm 16.7; Mt 23.25-28; 2Tm 3.5). Exterio- ridade é apenas falsa santidade; é santimô- nia. É o caso dos fariseus de Mt 23. A real santificação opera em nós partindo do ho- mem interior (1Ts 5.23). 2) O batismo com o Espírito Santo não é a santificação como processo (cf. At 1.8). 3) Os dons do Espírito Santo não são a san- tificação como processo (1Co 12.31; 14.3). 4) A eleição divina não exime o crente da santificação (Ef 1.4; 2Ts 2.13). (Quanto à eleição e predestinação do crente, estudar cuidadosamente Jo 15.4; Cl 1.21-23; Hb 3.14; 5.9. Ilustração prática: 1Ts 1.4-10.) 5) O falso ensino da Igreja Romana sobre “santo”. 6) O falso ensino da santidade e santificação perfeitas aqui. Considerar os textos a se- guir: • Rm 6.11 – “Considerai-vos como mortos para o pecado”. Isto é, nesta vida, o pe- cado não é erradicado dentro do crente. Sample_BEAG.indd 21Sample_BEAG.indd 21 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 SalmoS 123 22 4 aonde sobem as tribos, as tribos do Se- nhor, como testemunho de Israel, para darem 90graças ao nome do Senhor, 5 pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi. 6 Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam. 7 Haja paz dentro de teus muros e prospe- ridade dentro dos teus palácios. 8 Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: haja paz em ti! 9 Por causa da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem. A oração do crente desprezado 91Cântico dos degraus 123Para ti, que habitas nos céus, le- vanto os meus olhos. 2 Eis que, como os olhos dos servos atentam para as mãos do seu senhor, e os olhos da serva, para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor, nosso Deus, até que tenha piedade de nós. 3 Tem piedade de nós, ó Senhor, tem pie- dade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo. 4 A nossa alma está sobremodo farta da zom- baria daqueles que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos. Só Deus pode livrar o seu povo 92Cântico dos degraus, de Davi 124Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora, diga Israel: 2 Se nãofora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, 3 eles, então, nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; 4 então, as águas teriam trasbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma; 5 então, as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma. 6 Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes. 7 A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos. 8 O nosso socorro está em o nome do Se- nhor, que fez o céu e a terra. A segurança daquele que confia em Deus 93Cântico dos degraus 125Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. 2 Como estão os montes à roda de Jeru- salém, assim o Senhor está em volta do seu povo, desde agora e para sempre. 3 Porque o cetro da impiedade não perma- necerá asobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as mãos à iniquidade. 4 Faze bem, ó Senhor, aos bons e aos que são retos de coração. 5 Quanto àqueles que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o Senhor com os que praticam ba maldade; paz haverá sobre Israel. Deus é louvado porque retirou do cativeiro o seu povo 94Cântico dos degraus 126Quando o Senhor 95trouxe do cati- veiro os que voltaram a Sião, está- vamos como os que sonham. 2 Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor a estes. 3 Grandes coisas fez o Senhor por nós, e, por isso, estamos alegres. 4 Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, Senhor, como as correntes do Sul. 90122.4 ou louvores 91123, título ou Cântico gradual 92124, título ou Cântico gradual 93125, título ou Cântico gradual a125.3 Is 14.5 b125.5 Gl 6.16 94126, título ou Cântico gradual 95126.1 Hebr. tornou o cativeiro de Sião A família e o templo Sl 122.1; 27.4; 55.14; 128.3; Lc 2.41; At 5.42; Hb 10.25 Sl 27.4 – “aprender no seu templo” Sl 122.1 – “Alegrei-me quando me disseram: Va- mos à Casa do Senhor!” Sl 128.3 – a família toda Lc 2.41 – a casa do Senhor, em Jerusalém At 5.42 – “no templo e nas casas” Rm 16.5; 1Co 16.19; Cl 4.15; Fm 2 – uma igreja em casa Hb 10.25 – “não deixando a nossa congregação” At 12.12; 16.31; Dt 29.18 (família); 2Tm 1.5; Jr 31.1 (gerações); Sl 55.14 (“íamos com a multidão à Casa de Deus”) Sample_BEAG.indd 22Sample_BEAG.indd 22 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 23 SalmoS 150 Os fiéis louvam a seu Deus com cânticos e instrumentos de música 149118Louvai ao Senhor! aCantai ao Senhor um cântico novo e o seu louvor, na congregação dos santos. 2 Alegre-se Israel naquele que o fez, regozi- jem-se os filhos de Sião no seu Rei. 3 Louvem o seu nome com 119flauta, can- tem-lhe o seu louvor com adufe e harpa. 4 Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação. 5 Exultem os santos na glória, cantem de alegria no seu leito. 6 Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus be espada de dois fios, nas suas mãos, 7 para tomarem vingança das nações e darem repreensões aos povos, 8 para prenderem os seus reis com cadeias e os seus nobres, com grilhões de ferro; 118149.1 Hebr. Aleluia a149.1 Is 42.10 119149.3 ou dança b149.6 Hb 4.12; Ap 1.16 120150.1 Hebr. Aleluia a150.2 Dt 3.24 121150.4 ou dança b150.5 1Cr 15.16,19,28 122150.6 Hebr. a Jah 9 para fazerem neles o juízo escrito; esta honra, tê-la-ão todos os santos. Louvai ao Senhor! O salmista exorta toda criatura a louvar ao Senhor 150120Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firma- mento do seu poder. 2 Louvai-o pelos seus atos poderosos; lou- vai-o aconforme a excelência da sua grandeza. 3 Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. 4 Louvai-o com o adufe e a 121flauta; louvai-o com instrumento de cordas e com flautas. 5 Louvai-o bcom os címbalos sonoros; lou- vai-o com címbalos altissonantes. 6 Tudo quanto tem fôlego louve 122ao Senhor. Louvai ao Senhor! As coisas mais importantes da vida Sl 73.25; 119.11,174; Hb 10.19 As quatro coisas mais importantes da vida: 1. Uma coisa para ser possuída por nós. O que você mais deseja possuir agora? O Se- nhor, Sl 73.25 (nossa possessão). 2. Uma coisa para ser guardada por nós. O que você mais precisa guardar agora? A Palavra de Deus, Sl 119.11. 3. Uma coisa para ser desejada por nós. O que você mais deseja agora? A salvação, Sl 119.174. 4. Uma coisa para ser conduzida por nós. O que você mais deseja levar consigo agora? O sangue de Jesus, Hb 10.19. Aniversário – textos apropriados Sl 90.12 Nm 6.23-27; Sl 16.1-8; 18.1-2; 90.9-10; 91.10-16; 100; 119.11-16; Ec 9.8; 11.9-10; 12.1; Is 30.21; At 17.24-25; Ef 6.1-2; Fp 4.4-8; 1Ts 5.16-23 Adoração a Deus Sl 95.6; Mt 2.11 1. Adoremos. 1.1. É entrega de tudo; entrega total. 1.2. Rendição. 1.3. Entrega como oferenda. 2. Prostremo-nos. 2.1. É submissão, e não simples obediência. 3. Ajoelhemo-nos. 3.1. É humildade (vem de humus, “pó da terra”). 3.2. “Trazei oferendas”, Sl 96.8. O nome do Senhor há de ser exaltado Sl 148.13 1. O nome do Senhor há de ser exaltado. 2. A força do Senhor há de ser exaltada. 3. O reino do Senhor há de ser exaltado. 4. A glória do Senhor há de ser exaltada. Sample_BEAG.indd 23Sample_BEAG.indd 23 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 mateuS 1 24 14 e Azor gerou a Sadoque, e Sadoque gerou a Aquim, e Aquim gerou a Eliúde, 15 e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar gerou a Matã, e Matã gerou a Jacó, 16 e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JeSuS, que se chama o Cristo. 17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e, desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e, desde a deportação para a Babi- lônia até Cristo, catorze gerações. 1O nascimento de Jesus Cristo 18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando pMaria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, qachou-se ter concebido do Espírito Santo. 19 Então, José, seu marido, como era justo re a não queria infamar, intentou deixá-la se- cretamente. 20 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque so que nela está gerado é do Espírito Santo. 21 E ela dará à luz um filho, te lhe porás o nome de JeSuS, uporque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Tudo isso aconteceu para que se cum- prisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 Eis que va virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de emanuel. (emanuel traduzido é: Deus conosco). 24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 e não a conheceu até que deu à luz seu filho, wo primogênito; e pôs-lhe o nome de JeSuS. 2Os magos do Oriente 2E, tendo nascido Jesus em aBelém da Ju- deia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, 2 e perguntaram: bOnde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo. 3 E o rei Herodes, ouvindo isso, pertur- bou-se, e toda a Jerusalém, com ele. 4 E, congregados todos os príncipes dos sa- cerdotes ce os escribas do povo, perguntou- -lhes onde havia de nascer o Cristo. 5 E eles lhe disseram: Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo profeta: 6 E tu, Belém, dterra de Judá, de modo ne- nhum és a menor entre 3as capitais de Judá, porque de ti sairá o 4Guia que há de apascentar eo meu povo de Israel. 11.18, título Quase cinco anos antes do ano Domini p1.18 Lc 1.27 q1.18 Lc 1.35 r1.19 Dt 24.1 s1.20 Lc 1.35 t1.21 Lc 1.31 u1.21 At 4.12; 5.31; 13.23,38 v1.23 Is 7.14 w1.25 Êx 13.2; Lc 2.7,21 22, título Quatro anos antes do ano Domini a2.1 Lc 2.4,6-7; Gn 10.30; 25.6; 1Rs 4.30 b2.2 Lc 2.11; Nm 24.17; Is 60.3 c2.4 2Cr 36.14; 34.13; Ml 2.7 d2.6 Mq 5.2; Jo 7.42 32.6ou príncipes 42.6 ou Governador e2.6 Ap 2.27 A genealogia de Jesus Mt 1.1; Lc 3 A genealogia apresentada por Mateus é, sem dúvida, a de José, esposo de Maria, pois 1.15 diz que Jacó gerou José. A genealogia apresentada por Lucas (cap. 3) é, sem dúvida, a de Maria, pois 3.23 diz que José era filho de Heli. Ora, vigendo o costume hebreu, o genro era cha- mado filho. José sendo chamado filho de Heli, significa que Heli era pai de Maria. Indignos e rejeitados Mt 1.5 1.3 – Tamar – uma mulher suspeita na linhagem do Mes- sias! (Gn 38.16ss; Mt 21.31). 1.5 – Raabe – era prostituta (Js 2.1; Hb 12.31); cana- neia, isto é, do povo maldito (Gn 9.25-27). 1.5 – Rute – era moabita, isto é, descendente da união incestuosa entre Ló e suas filhas (Gn 16.36-37). 1.3 – Farez ou Perez – foi nascido em pecado (Gn 38.29). 1.6 – Salomão – foi nascido em pecado (filho de Ba- te-Seba; 2Sm 12.24). Toda essa gente figura na genealogia de Jesus. Isso revela a grandiosidade da salvação por Cristo para todos, até os mais indignos e rejeitados. E quem é digno? Maria desposada com José Mt 1.18 Na linguagem do Antigo Testamento, o termo significa noivos, conforme vemos em Dt 20.7; 22.23-24. Naqueles tempos, em Israel, o noivado era seriíssimo. E de fato o é. Os noivos tinham responsabilidade como se fossem casados! Em suma: Em Israel, o noivado era o primeiro ato do casamento. Nessa ocasião, o noivo entregava à noiva o contrato do casamento, ou uma moeda inscrita: “Consagrada a mim”. Sample_BEAG.indd 24Sample_BEAG.indd 24 30/12/2020 09:06:4030/12/2020 09:06:40 25 mateuS 1 o naScimento de JeSuS, o SalVador do mundoo naScimento de JeSuS, o SalVador do mundo Mt 1.18-25; Lc 2.1,4-17 INTRODUÇÃO O maior de todos os eventos da história é, sem dúvi- da, o nascimento de Cristo, o Salvador. Jesus é mara- vilhoso até no que se refere ao andar do tempo. Ele veio a este mundo cercado de humildade, de uma família pobre, numa cidade pequena. Mas seu nasci- mento é lembrado e comemorado através de toda humanidade. I. A PREPARAÇÃO DO NASCIMENTO DE JESUS 1. Um longo período de paz. O “mundo” a que se re- fere Lc 2.1 era o império romano. Ele conquistara povos e nações, estabelecera legiões de soldados através do seu vasto território, e mantinha a paz pelo seu poderio: a famosa Pax Romana. O surgimento do próprio Império Romano nesse tempo, fazia parte do plano de Deus. César Augus- to (v. 1) foi o primeiro imperador romano. 2. Uma língua mundial. O mundo tinha importantes idiomas naquele tempo, como o hebraico, nos textos bíblicos e no culto a Deus; o latim, no co- mércio, nas armas e na justiça; mas o grego era a língua mundial preferida na comunicação entre os povos e na cultura. É tanto que na cruz de Jesus, a primeira das três línguas mencionadas é a grega (Lc 23.38). As boas-novas do nascimento do Salva- dor do mundo precisavam chegar depressa em toda parte. 3. Uma rede de boas estradas. Ainda hoje trechos dessas estradas podem ser vistos, como cortes, pontes e aterros, nas terras do antigo Império Ro- mano, principalmente na Europa meridional. Eram estradas para deslocamento rápido de tropas, cor- reio do império e caravanas comerciais. Isso tam- bém seria preciso, para logo mais os mensageiros do Senhor levarem as boas-novas do evangelho para toda a parte. 4. As vias marítimas desimpedidas. Roma procurou varrer do mar Mediterrâneo os piratas da época. As extensas viagens e grandes cargas serviam-se do mar. Os romanos chamavam aquele mar de Mare Nostrum (Nosso Mar). Navios estranhos tiveram que submeter-se às leis marítimas romanas, e hou- ve paz também nos mares do império. Os missioná- rios da Igreja primitiva não tiveram difi culdade de singrar os mares, levando o evangelho por toda parte. II. O NASCIMENTO MIRACULOSO DE JESUS 1. Deus controla a História (Lc 2.6). “Estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz”. Tratava-se da cidade de Belém, onde o Messias de- veria nascer, segundo as profecias. Nenhuma lei mosaica ou romana exigia que Maria viajasse na- quele estado fi nal de gravidez. Deve ter sido muito difícil para aquela futura mãe, a viagem de uns 115 km naqueles tempos! Mas ela foi sem protestar. Isso nos ensina três grandes lições: (a) O nosso descon- forto, inclusive em momentos bastantes impró- prios, pode ser parte do plano de Deus; (b) Para que a Palavra de Deus se cumpra em nossa vida e minis- tério, temos uma parte a desempenhar. O nasci- mento de Jesus deveria acontecer em Belém de Judá (Mq 5.2); (c) Devemos fazer as coisas do Senhor sem reclamar e sem exigências infantis e egoístas. 2. O nascimento miraculoso (v. 7). “E deu à luz o seu fi lho primogênito”. Deus cumpriu o seu propósito através de um imperador romano (vv. 1-5). Estava nos dias em que Jesus deveria nascer em Belém. Entretanto, seus pais moravam em Nazaré, muito distante. Mas a Palavra de Deus é fi el e o menino nasceu em Belém, segundo as profecias (Mq 5.2; Is 11.1; Jr 33.11). Tudo em Jesus foi miraculoso: seu nascimento, sua vida, seu ministério, sua morte, sua ressurreição e sua ascensão. 3. A humildade do Salvador (v. 7). “Deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. Estava predito que Jesus viria ao mun- do como pobre (Zc 9.9). Certa vez Ele disse a um escriba: “o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9.58). A manjedoura era a cocheira onde os animais comiam. Nesta sua humildade e pobreza, o nosso Salvador identifi cou-se com os pobres e necessitados. III. O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS 1. Revelado por um anjo (Lc 2.9). Não foi um anjo qualquer, mas um “anjo do Senhor”. Certamente, trata-se do anjo Gabriel, o mesmo que anunciou o seu nascimento (Lc 1.26) e também o guardou como recém-nascido. A linguagem deste anjo, no versícu- lo 12, é a de quem está montando guarda ao meni- no. Deve ser o mesmo anjo glorioso que tranquili- zou José sobre a conceição de Maria (Mt 1.20-24), conduziu a fuga da sagrada família para o Egito (Mt Sample_BEAG.indd 25Sample_BEAG.indd 25 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41 mateuS 1 26 2.13,19-20), e também anunciou o nascimento do precursor de Jesus: João Batista (Lc 1.11-19). A mensagem do anjo foi clara e precisa: “pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (v. 11). 2. Revelado pela glória divina (v. 9). “A glória do Se- nhor os cercou de resplendor”. Ele é o Rei da glória (Sl 24). A mesma glória visível que pairava sobre o tabernáculo no deserto (Êx 40.34) e que pousou so- bre Jesus no monte da Transfi guração (Lc 9.29-32), e o envolverá na sua vinda (Mt 25.31). Que a glória do Natal de Cristo sempre nos alcance e nos trans- forme segundo a imagem de Deus. 3. Revelado aos pastores no campo (v. 8). Eram ho- mens simples e humildes, homens do campo, distan- tes da cidade, ligados às suas ovelhas. Não foi aos grandes deste mundo a quem Deus anunciou o nas- cimento do seu Filho, mas aos pequenos, que certa- mente aguardavam a redenção de Israel. Através da natureza, contemplamos as obras do Criador, o que nos torna receptivos à mensagem do Senhor. O Natal de Jesus é uma época muito apropriada para refl e- xão e meditação espiritual diante de Deus, sobre tudo o que fez Ele por nós, dando-nos o seu fi lho Jesus para nos salvar da perdição eterna. Ver Lc 10.21. 4. Revelado para todo o povo (v. 10). “Novas de grande alegria, que será para todo o povo”. Estas são as boas-novas do Natal de Jesus, que ecoa para todo o ser humano. Uma ilustração disso temos nos participantes daquele primeiro Natal, a saber: (a) As crianças, porque Jesus ali estava como criança; (b) Os pais, representados por José e Maria; (c) Os che- fes e líderes, representados pelos príncipes dos sa- cerdotes, Herodes e César, que aparecem mencio- nados no Natal de Jesus; (d) Os iletrados e humil- des, vistos nos pastores, no campo, naquela noite; (e) Os sábios e ricos, representados pelos magos que mais tarde vieramadorar o Redentor; (f ) Os an- ciãos, representados por Simeão e Ana, também relacionados com o nascimento de Jesus. Todos são chamados para saudá-lo como o nosso poderoso Redentor, aceitá-lo como nosso único Salvador, e servi-lo como nosso glorioso Senhor. 5. Revelado com adoração angelical (vv. 13-14). “Uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus”. Antes, o anjo do Senhor, como um arauto, anun- ciou o nascimento do Senhor. Agora, esse mesmo gran- dioso anjo lidera uma multidão dos exércitos celestiais que veio das alturas para recepcionar o Salvador re- cém-nascido. Ali estava Jesus deitado na manjedou- ra, por sua mãe, porque não havia lugar para Ele na hospedaria. Um paradoxo da parte do homem! O Messias prometido há milênios não foi lembrado no seu nascimento. Aquele que era aguardado por todos não teve recepção. Aquele que era tão desejado não recebeu uma visita ao nascer. O versículo 14 ensina- -nos como celebrar o verdadeiro Natal de Jesus: (a) “Glória a Deus nas alturas”. Glorifi car ao Senhor pelo seu dom inefável: Cristo. O Natal deve ser uma época de abundante e espontâneo louvor, em gratidão ao Criador. (b) “Paz na terra”. Desfrutar a paz que Jesus confere. Ele disse: “a minha paz vos dou” (Jo 14.27). Essa paz vem pela reconciliação com Deus. É a paz com Deus (Rm 5.1). Ela também vem pela nossa comu- nhão com Deus. É a paz de Deus (Fp 4.7). (c) “Boa von- tade para com os homens”. É uma afi rmação da atitude de Deus para com o gênero humano, isto é, Deus quer que todos se salvem. O Natal deve ser também uma proclamação da salvação. IV. A OBEDIÊNCIA DOS PASTORES 1. Eles creram na mensagem dos anjos (Lc 2.15). “Vamos, pois, até Belém”. Que bênção não seria se o povo hoje cresse nessa maravilhosa mensagem do Natal de Jesus! 2. Eles logo obedeceram à mensagem (v. 16). “E fo- ram apressadamente”. A fé genuína apressa-se em obedecer a Deus (Rm 1.5). 3. Eles viram, quando obedeceram. O mundo diz: “Se veres, crerás”; mas a fé genuína afi rma: “Se cre- res, verás”. Eles creram, obedeceram e então viram o Salvador recém-nascido. 4. Eles voltaram para seu trabalho (v. 20). A obe- diência, que vem da fé em Deus, é prudente e res- ponsável. CONCLUSÃO A celebração do primeiro Natal da História, como acon- teceu. Seus participantes: pastores de ovelhas (Lc 2.8). Seu auditório: o campo aberto (v. 8). Seu horário: era noite (v. 8). Sua iluminação: a luz celestial da glória do Senhor (v. 9). Sua mensagem: o nascimento do Salvador (v. 11). Seu coral: constituído de anjos (v. 13). Seu púlpi- to: o fi rmamento divinamente iluminado (vv. 13-14). 7 Então, Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera. 8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e per- guntai diligentemente pelo menino, e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore. 9 E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. 10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande júbilo. 11 E, entrando na casa, acharam o menino Sample_BEAG.indd 26Sample_BEAG.indd 26 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41 27 mateuS 2 Os magos e o Natal de Jesus Mt 2.1; Dn 1.20; 2.2,48; 4.9; 5.11 A. Origem da palavra 1. “Magos”, em Mt 2.1, vem do gr. magoi, vocábulo de origem persa que denota uma casta de sábios sacerdotes que, na Pérsia antiga e depois na Mé- dia, estudavam as estrelas. 2. A palavra, em persa, vem de magain, nome da religião dessa casta sacerdotal. 3. Daniel foi feito chefe desses sábios sacerdotes; ver Dn 2.2,48; 4.9; 5.11; 1.20. B. A quantidade de magos que adoraram o meni- no Jesus, Mt 2.1-11 Sobre se foram três os magos que vieram adorar o menino Jesus, a Bíblia não fornece o total dos magos. Ela não afirma que eles eram reis, não dá os seus nomes, nem descreve suas raças e cores. Tudo isso são invencio- nices e tradições sem fundamento bíblico (Mt 2.1-11). C. Por que os magos eram “sábios”?, Mt 2.1-12 Você busca o saber? Milhões estão estudando, trei- nando, atualizando-se, de dia e de noite, no país e fora dele, para melhorarem de vida etc. Cf. o prejuízo e con- sequência da ignorância sob todas as suas formas, do dessaber, da imperícia, do analfabetismo. Os magos eram “sábios”, mas não sabiam onde es- tava o recém-nascido. Eis por que: 1. Sua pergunta foi sábia, v. 2: “Onde está aquele [...]?” a. Quais as principais perguntas da sua vida? b. Do seu futuro? c. É Cristo a sua primeira e principal pergunta? d. Se não, você é sábio? 2. Sua busca foi sábia, v. 2: “Onde está aquele [...]?” a. Quem você procura, busca? b. É Cristo primeiramente? c. Se não, você é sábio segundo a Palavra de Deus? (1Co 1.24b) 3. Sua visão foi sábia, v. 2: “Porque vimos a sua estrela no Oriente”. a. Você vê somente as coisas materiais? b. O que você vê? Em que consiste a sua “visão”? c. É Cristo primeiramente? d. Se não, você é sábio segundo Deus? 4. Seus motivos foram sábios, v. 2: “viemos a adorá-lo”. a. O que você veio fazer aqui? b. O que o motiva na vida – é Cristo primeira- mente? c. Se não, você é um sábio ou ignorante? d. O que você adora; quem adora? 5. Seu achado foi sábio, v. 11: “acharam o meni- no”. a. Você já o achou? Já o encontrou? b. Ele é o maior de todos os achados. c. Se ainda não o achou, você é um sábio? d. O que você tem achado na vida? Grandes coi- sas? e. Certamente, mas nada se iguala a Ele. 6. Suas dádivas foram sábias, v. 11: “ofertaram dádivas”. a. O que você dará a Cristo hoje? Dará o seu me- lhor? b. Ele deu-se inteiramente por nós, sem reser- vas. c. Dará a sua vida? Cultura? Talentos? Tempo? Finanças? Bens? Entregará tudo? d. Consagrará a sua vida e tudo o que tem (1Rs 20.4; 2Sm 19.38). 7. Sua decisão foi sábia, v. 12: “partiram para a sua terra por outro caminho”, conforme a revelação divina recebida (v. 12). a. Quem é o seu “senhor”? A quem você obe- dece? b. Vícios, apetites, o “eu”, o mundo, o Diabo? c. Quem manda na sua vida? d. Volte hoje por “outro” caminho – Jesus! (Jo 14.6). e. A desobediência consciente é fatal e embota a consciência, sufocando-a. f. Quem acha a Cristo não continua no mesmo caminho em que estava. g. Você é um sábio? Imagine um cego guiando outro cego em uma estrada. Jesus declarou: “quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (para guiá-lo). h. Quem é sábio aos olhos de Deus busca pri- meiramente a Cristo (v. 2). D. A pergunta dos magos no Natal de Jesus, Mt 2.1-2 “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?”, Mt 2.2. Onde está Jesus agora? 1. Para muitos, Jesus continua na manjedoura (Lc 2.7). É o Natal eterno de Jesus (!) 2. Para muitos, Jesus continua na cruz crucificado (Jo 19.17-20). 3. Para muitos, Jesus existe apenas na história: Im- pério Romano; livros; peças teatrais; filmes; escri- tores seculares etc. 4. Para muitos, Jesus está apenas nos quadros pin- tados; desenhos; figuras; imagens; esculturas. 5. Para muitos, Jesus está tão somente no trono ce- lestial. a. É o deísmo. b. Hb 1.3; 10.12; 12.2. c. Não se lembram da sua “mirra” (Mt 2.11). 6. Para muitos, Jesus vive e reina soberano em seus corações, em toda a sua vida. a. É o teísmo. b. Mt 18.20; 28.20; Ef 3.17. Sample_BEAG.indd 27Sample_BEAG.indd 27 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41 I. TEXTOS-CHAVES At 8.30-31 – “E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse”. 2Pe 3.16 – “falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição”. II. INTRODUÇÃO A. A exegese é uma das primeiras ciências bíblicas que o expositor da Palavra de Deus deve conhecer. A exegese é uma ciência gêmea dahermenêutica. Elas se completam, uma vez que uma depende da outra, sabendo-se que a exegese é precedida da hermenêutica. B. Hermenêutica é o conjunto de leis e princípios de interpretação e explanação do texto bí- blico. C. Exegese 1. É o estudo do sentido do texto bíblico. Portanto, lida com as línguas originais da Bíblia, principalmente no que concerne a: i. Morfologia. A estrutura da língua bíblica em estudo. ii. Lexicografia. O sentido das palavras isoladas do texto bíblico em estudo. iii. Sintaxe. As diferentes funções das palavras bíblicas, quando combinadas no discurso. 2. O vocábulo exegese (literalmente “sacar”) significa “extrair”, “traduzir”, “narrar”, “inter- pretar”. 3. É com este último sentido que o termo é mais usado em teologia. 4. Damos a seguir noções elementares de exegese e hermenêutica no campo bíblico. III. EXEGESE BÍBLICA A. Noções elementares de exegese bíblica. A exegese lida com o sentido original do texto bí- blico, este considerado como mensagem divina para o homem; como sema. B. O termo exegese significa “tradução”, “extração”, “narração” (sempre com a ideia de “sacar”). C. A exegese bíblica procura responder à pergunta do estudante da Bíblia: “O que significa este texto bíblico no original?” Em outras palavras: “Qual o sentido do texto?” D. O sentido original do texto bíblico envolve inicialmente quatro coisas: 1. O idioma original do texto bíblico. e x e G e S e B í B l i c a Sumário I. Textos-chaves II. Introdução III. Exegese bíblica IV. Hermenêutica V. Alguns princípios de hermenêutica VI. Alguns princípios de exegese bíblica VII. Erros de interpretação da Bíblia VIII. Ferramentas de trabalho do exegeta IX. A primeira tarefa do intérprete X. Exemplário prático de exegese Sample_BEAG.indd 28Sample_BEAG.indd 28 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41 I. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A. As dificuldades da Bíblia situam-se no campo da hermenêutica sagrada. B. Hermenêutica é o estudo das leis e princípios de interpretação das Sagradas Escrituras para encontrarmos os sentidos do texto bíblico. C. O termo hermenêutica significa, literalmente, “interpretar”, deriva-se do vocábulo grego “Her- mes”, um dos chamados deuses da antiga mitologia grega, porta-voz dos deuses e protetor dos viajantes e mercadores. D. Em latim, Hermes corresponde a Mercúrio, vocábulo de origem latina, derivado de merx = mercado, comércio, o qual aparece em At 14.12, ligado ao evento ocorrido em Listra, na Ásia Menor, quando os habitantes dessa cidade, vendo um milagre operado por meio de Paulo, julgaram-no deus, chamando-o de “Mercúrio”. E. Na mitologia grega, Mercúrio era filho de Júpiter, também mencionado em At 14.12, o qual era chefe dos deuses no panteão Olímpico (Júpiter corresponde ao deus grego Zeus). F. Passagens históricas da Bíblia, como At 14.12, precisam ser encaradas no contexto histórico da sua época. G. A Bíblia foi tecida no tear da história e não pode ser realmente compreendida, se o leitor ignorar os acontecimentos e as circunstâncias que a cercam, como, por exemplo, a igreja primitiva e seu lugar no mundo greco-romano. II. REQUISITOS PARA O PROGRESSO NO CONHECIMENTO DAS SAGRADAS ESCRITURAS Antes de abordarmos o campo das dificuldades bíblicas, vejamos alguns assuntos prioritários que devem preceder essa abordagem. Um deles é o dos requisitos para o progresso no conhe- cimento das Sagradas Escrituras. P o n t o S d i f í c e i S d a B í B l i a Sumário I. Considerações preliminares II. Requisitos para o progresso no conhecimento das Sagradas Escrituras III. Regras para eliminação de dificuldades bíblicas IV. O perigo do intelectualismo V. Dificuldades da Bíblia A. Dificuldades linguísticas B. Dificuldades geográficas C. Dificuldades antropológicas D. Dificuldades de compreensão E. Dificuldades cronológicas F. Dificuldades imaginárias e preconceituosas G. Aparentes contradições H. Dificuldades reais da própria Bíblia I. Dificuldades científicas da Bíblia J. Declarações e ensinos sobre Deus expressos em linguagem humana K. Declarações e ensinos sobre o céu e a vida futura expressos em linguagem humana L. Declarações e ensinos que, partindo do mundo físico, visam o mundo espiritual M. Fatos abordados e tratados pela Bíblia que só serão conhecidos no futuro Sample_BEAG.indd 29Sample_BEAG.indd 29 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41 PontoS difíceiS da BíBlia 30 O plano de Deus para o cristão é que ele, agora salvo, prossiga até o “pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4, ARA). A tragédia é que milhões de cristãos estacionam após o primeiro pas- so na vida cristã, o que infalivelmente resulta no seu nanismo espiritual. Alguns requisitos ou fatores de progresso no conhecimento da Palavra de Deus são os que pas- samos a considerar: A. A espiritualidade do cristão (1Co 2.15). 1. É o cultivo da vida espiritual profunda. 2. Essa espiritualidade fundamenta-se em um profundo amor pela Palavra de Deus (Dt 6.6b). Considerar aí o termo afetivo “coração”. B. A operação do Espírito Santo no cristão (Jo 14.26; 16.13). C. A oração constante do cristão (Tg 1.5). D. O ministério de ensino de mestres cristãos (Ef 4.11). Deus tem, na sua Igreja, pessoas com o dom e o ministério de ensinar a sua Palavra. E. Livros apropriados (2Tm 4.13). Livros de cultura bíblica e secular. F. O domínio da língua materna. Como poderá entender o sentido do texto bíblico, se não entender antes o que diz o texto em sua língua materna? G. O conhecimento das línguas originais da Bíblia. H. O conhecimento de hermenêutica sagrada. III. REGRAS PARA ELIMINAÇÃO DE DIFICULDADES BÍBLICAS Esse é outro assunto prioritário em relação às dificuldades da Bíblia. Seguem-se algumas regras simples, postas em prática pelo autor, no estudo da Bíblia, anos a fio: A. Leitura simples, mas contínua, de toda a Bíblia. A leitura seguida e completa de toda a Bíblia é a única maneira de conhecer toda a verda- de sobre um assunto que queremos conhecer. Por que é preciso ler toda a Bíblia, nesse caso? Porque a revelação divina através da Bíblia é progressiva. Isto é, nada é dito de uma vez, nem uma vez por todas. Um assunto inicia em Gênesis e termina no Apocalipse, por exemplo. B. O contexto bíblico. Considerar sempre o contexto do que estiver lendo. Destacar textos bíblicos, isolar ideias, enquadrar em um tema geral ensinos de uma só parte da Bíblia – tudo isso significa cair em grave erro. 1. O contexto geral da Bíblia. Ou seja, a analogia geral da Bíblia é um fato. Em outras pala- vras: nela não há contradições. 2. O contexto imediato da Bíblia. Pode ser anterior ou posterior ao texto escolhido para leitura ou estudo. 3. O contexto remoto da Bíblia. É o que fica a longa distância do texto em consideração, mas que com ele faz ligação. C. Comparar Escritura com Escritura (2Pe 1.20). Aqui o estudante da Bíblia precisa ter um prévio conhecimento dela e dispor de, pelo menos, uma concordância bíblica completa. Isto é, deixe a Bíblia falar por si mesma! D. Qualificações intelectuais do estudante. E. Qualificações espirituais do estudante. Especialmente, humildade e piedade. F. Os sentidos da Escritura. No estudo, o estudante da Palavra de Deus deve ter sempre em mente os dois grandes sen- tidos do texto bíblico: 1. O sentido literal do texto. 2. O sentido figurado do texto. Sample_BEAG.indd 30Sample_BEAG.indd 30 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41 Sample_BEAG.indd 32Sample_BEAG.indd 32 30/12/2020 09:06:4130/12/2020 09:06:41