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ISBN 978-85-16-11088-8 9 7 8 8 5 1 6 1 1 0 8 8 8 C o m p o ne nt e cu rr ic ul ar : G eo g ra fi a G EO G R A FI A 4 o an o Ensino Fundamental Anos Iniciais Componente curricular: Geografia GEOGRAFIA ano4 o ano Rogério Martinez Wanessa Garcia Novo Pitanguá g19_4pmg_capa_prof.indd 1 1/20/18 10:36 AM 1a edição São Paulo, 2017 MANUAL DO PROFESSOR Ensino Fundamental • Anos Iniciais 4o ano Componente curricular: Geografia GEOGRAFIA Rogério Martinez Licenciado e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP) - campus Marília. Professor da rede pública de ensino básico. Autor de livros didáticos para o ensino básico. Wanessa Garcia Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestra em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autora de livros didáticos para o ensino básico. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 1 1/19/18 2:03 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martinez, Rogério Novo Pitanguá : geografia : manual do professor / Rogério Martinez, Wanessa Garcia. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano. Componente curricular: Geografia. 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Garcia, Wanessa. II. Título 17-11213 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Érika Fernanda Rodrigues Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Edson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Luciane Gomide Revisão: Clara Recht Diament, Fernanda Rizzo Sanchez Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 2 1/19/18 2:03 PM O conhecimento de Geografia é essencial para a formação de cidadãos com uma postura participativa na sociedade, capazes de interagir de forma crítica e consciente. Diante disso, elaboramos esta coleção procurando confeccionar um material de apoio que fornece aos professores e aos alunos uma abordagem abrangente e integrada dos conteúdos, na qual os alunos são agentes participativos do processo de aprendizagem. Durante o desenvolvimento dos assuntos, procurou-se estabelecer relações entre os conteúdos e as situações cotidianas dos alunos, respeitando os conhecimentos trazidos por eles, a partir de suas vivências. Com isso, os assuntos são desenvolvidos de maneira que o aluno seja agente na construção de seu conhecimento e estabeleça relações entre esses conhecimentos e seu papel na sociedade. Diante dessas perspectivas do ensino de Geografia, o professor deixa de ser apenas um transmissor de informações e assume um papel ativo, orientando os alunos na construção de seus conhecimentos. Apoiados nessas ideias e com o objetivo de auxiliar os professores em seu trabalho em sala de aula, propomos este manual do professor. Nele, encontram-se pressupostos teóricos, comentários, sugestões e atividades complementares que visam auxiliar o desenvolvimento dos conteúdos e atividades propostas em cada volume desta coleção. APRESENTAÇÃO 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 3 1/19/18 3:42 PM SUMÁRIO Conhecendo a coleção ............... V Estrutura da coleção ........................................................ V Estrutura do livro do aluno ............................................. V Estrutura do manual do professor ................... IX A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) .......XI A estrutura da BNCC .......................................................XI Competências da BNCC ....................................................XII Competências gerais ..........................................................XIII Competências específicas de área .......................................................................................................XIV Competências específicas de Ciências Humanas ........................................................XIV Competências específicas de Geografia ...................................................................................... XV Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC ..........................................................XVI Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC ............................ XVI O trabalho com os Temas contemporâneos ...............................................................XIX Relações entre as disciplinas ............................. XX A prática docente ................... XXI Procedimentos de pesquisa ...................XXII Definição do tema ................................................................XXII Objetivo da pesquisa.......................................................XXII Cronograma .................................................................................XXIII Coleta de informações ..............................................XXIII Análise das informações ........................................XXIII Produção ..........................................................................................XXIII Divulgação ....................................................................................XXIV Espaços não formais de aprendizagem ....................................................... XXIV Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem ....................... XXV A tecnologia como ferramenta pedagógica ...............................................................................XXV Competência leitora .......................................... XXVI Avaliação ............................. XXVIII Três etapas avaliativas ............................XXVIII Avaliação inicial ou diagnóstica .......... XXVIII Avaliação formativa ............................................... XXVIII Avaliação somatória .............................................. XXVIII Fichas de avaliação e autoavaliação..............................................................XXIX Proposta teórico-metodológica da coleção ............................... XXX O ensino de Geografia escolar na atualidade .......................................... XXX Os conceitos básicos e os conteúdos no ensino de Geografia .....................................................................XXXII Os conceitos e conteúdos geográficos na coleção ..............................XXXV Geografia e Cartografia ...................................XXXVI O raciocínio geográfico ............................... XXXVIII Os objetivos do ensino de Geografia nos anos iniciais ..............XXXIX Os conteúdos e suas categorias ...........XL Conteúdos conceituais ................................................... XLI Conteúdos procedimentais ..................................... XLI Conteúdos atitudinais....................................................XLIIO trabalho com os conteúdos ............XLIII As atividades e o desenvolvimento de habilidades ........................................................................... XLIII Distribuição dos conteúdos de Geografia .....XLIV Material para reprodução ..XLVI Bibliografia .......................... XLVIII 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 4 1/19/18 2:03 PM 110 Aspectos naturais das paisagens g19_4pmg_lt_u4_p110a125.indd 110 1/17/18 5:25 PM 111 Paisagem de formação rochosa conhecida como Pedra Furada, devido ao seu formato característico, localizada no município de Ponta Alta do Tocantins, Tocantins, em 2015. O território brasileiro tem características naturais bastante variadas. Vamos conhecer um pouco sobre o clima, a vegetação, o relevo e a hidrografia do nosso país. 1. Que elementos naturais você observa na foto? 2. No lugar onde você mora há elementos naturais semelhantes aos mostrados na foto? CONECTANDO IDEIAS Z IG K O C H /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u4_p110a125.indd 111 1/17/18 5:25 PM sedimentos: partículas de rochas, solo, areia, etc. 127 1. De acordo com as descrições das formas de relevo, qual das fotos mostra uma paisagem de uma área de planalto? 2. E qual das fotos mostra uma paisagem com relevo de planície? Ilha: porção de terra cercada de água.F A Planalto: área com superfícies irregulares situadas em altitudes relativamente mais elevadas que os terrenos ao seu redor. Os planaltos fornecem grande quantidade de sedimentos para as áreas em seu entorno, em geral planícies e depressões. B Depressão: área situada em altitudes mais baixas que os terrenos em seu entorno. D Morro: elevação de terreno, com altitude maior que as áreas localizadas à sua volta. E Serra: áreas mais elevadas e com grandes desníveis situadas em terrenos de planalto. C Planície: terreno relativamente plano, de modo geral, situado em áreas pouco elevadas em relação ao nível do mar. São áreas que acumulam sedimentos vindos de outros lugares. Paisagem do Pantanal, no municípo de Corumbá, Mato Grosso do Sul, em 2017. Paisagem serrana no município de Canela, Rio Grande do Sul, em 2015. B A A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u4_p126a135.indd 127 1/17/18 5:09 PM 126 Relevo e hidrografia12 O relevo é o conjunto das formas que a superfície terrestre apresenta. As paisagens, tanto no espaço rural quanto no espaço urbano, também se diferenciam por causa do relevo, ou seja, por causa das diversas formas existentes na superfície terrestre. Os morros e os vales são algumas dessas formas. Identifique, na imagem a seguir, de acordo com a legenda apresentada na próxima página, algumas das principais formas de relevo. E C F D B A C H U G O A R A Ú JO g19_4pmg_lt_u4_p126a135.indd 126 1/17/18 5:09 PM V Páginas de abertura As duas páginas espelhadas de abertura apresentam uma imagem, um pequeno texto e questões no boxe Conectando ideias, que abrem espaço para que se inicie a abordagem dos conteúdos da unidade. As questões têm como objetivo levar o aluno a refletir sobre a situação apresentada na imagem, explorar seus conhecimentos prévios acerca dos conteúdos e aproximar o assunto da realidade da criança. Conteúdo Nos cinco volumes (1o ao 5o ano) os conteúdos serão iniciados por temas e subtemas que exploram e aprofundam os conteúdos geográficos. Esses conteúdos são iniciados preferencialmente por situações contextualizadas e com recursos editoriais diversificados. Ao longo deles, são propostas questões a fim de tornar a aula dinâmica e estimular a participação dos alunos. Conhecendo a coleção Esta coleção destina-se a alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Funda- mental. Ela é formada por um conjunto de cinco volumes (1o ao 5o ano), sendo cada um deles subdividido em quatro unidades temáticas. As unidades são formadas por duas páginas de abertura, nas quais uma imagem e algumas questões têm o objetivo de levar os alunos a realizarem reflexões iniciais sobre o tema abordado. As páginas de conteúdos, as seções especiais e as atividades apresentam imagens, tabelas, qua- dros e outros tipos de recursos que favorecem a compreensão dos assuntos estudados e instigam o desenvolvimento de um olhar crítico para os temas. Estrutura da coleção Estrutura do livro do aluno 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 5 1/19/18 2:03 PM 15 Observe a foto a seguir e faça um croqui dessa paisagem no espaço abaixo, seguindo os passos apresentados acima. AGORA É COM VOCÊ! Veja os passos para produzir um croqui como o da página anterior. 1. Observar atentamente os elementos que mais se destacam na paisagem, verificando o conjunto formado por esses elementos. 2. Prender as extremidades de uma folha transparente sobre a foto. Para isso, utilizar clipes. 3. Usar um lápis para traçar na folha transparente o contorno dos conjuntos de elementos da foto. 4. Respeitar a disposição dos elementos na paisagem, uns em relação aos Paisagem rural no município de Socorro, São Paulo, em 2015. outros, para que as principais características da paisagem sejam mantidas. 5. Colorir cada conjunto de elementos com cores diferentes. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 15 17/01/18 4:48 PM PARA SABER FAZER Croqui da paisagem Os elementos que observamos em uma paisagem podem ser representados por meio de desenhos, também chamados croquis. Ao desenhar o croqui de uma paisagem é possível representar seus diferentes elementos de maneira simplificada ou em conjunto. Assim, podemos analisar facilmente como esses elementos estão distribuídos na paisagem. Paisagem de parte do município de Miraselva, Paraná, em 2015. Veja como essa paisagem foi representada por meio de um croqui. Os croquis também podem ser produzidos com base em fotos, contornando os principais elementos, utilizando símbolos, traços ou cores para indicar cada conjunto da paisagem. Observe os elementos da paisagem mostrada na foto ao lado. 14 E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 14 17/01/18 4:48 PM 141 Das subestações, a energia elétrica é enviada até os consumidores (residência, comércios, empresas, indústrias), por meio das redes elétricas urbana e rural. 1. Conte aos colegas sobre as atividades que você pratica diariamente e que precisam de energia elétrica. Depois, pensem sobre as possíveis dificuldades pelas quais passam as pessoas que não têm acesso à energia elétrica. 2. Embora seja uma forma menos agressiva ao meio ambiente, a construção de hidrelétricas transforma os rios, altera o curso dos rios interferindo na vida aquática e alaga extensas áreas de terras e formações vegetais. Desse modo, quando economizamos energia elétrica reduzimos a necessidade de mais geração de energia e até a construção de novas usinas. Conte aos colegas como você e sua família fazem para reduzir o consumo de energia elétrica no lugar onde vivem. F A corrente elétrica é enviada, por meio de torres e fios de transmissão, para as subestações próximas das cidades. E V IC T O R L E M O S g19_4pmg_lt_u4_p136a143.indd 141 1/17/18 5:02 PM 140 CIDADÃO DO MUNDO Energia elétrica: dos rios até a nossa casa A maior parte da energia elétrica gerada no Brasil para o abastecimento da população é proveniente de usinas hidrelétricas. As usinas hidrelétricas são construções realizadas em determinados locais do curso de um rio, com a finalidade de produzir energia elétrica, utilizando a força das águas. Veja, a seguir, um resumo do funcionamento de uma usina hidrelétrica. A barragem retém as águas do rio e forma um grande lago artificial ou reservatório. O movimento das turbinas faz funcionar o gerador,que produz a corrente elétrica. Por meio de tubulações, a água do reservatório é levada até as turbinas, no interior da barragem. A água que desce pelas tubulações, com enorme pressão, movimenta as pás das turbinas com grande velocidade. A D B C g19_4pmg_lt_u4_p136a143.indd 140 1/17/18 5:02 PM VI Cidadão do mundo Essa seção explora os temas contemporâneos com base em situações do cotidiano. Nela, são propostas questões que exploram a problemática levantada, estimulando reflexões em relação ao assunto. No decorrer dos volumes da coleção são trabalhados os 14 temas contemporâneos elencados na BNCC: preservação do meio ambiente; educação para o consumo; educação financeira e fiscal; trabalho; ciência e tecnologia; direitos das crianças e dos adolescentes; educação em direitos humanos; diversidade cultural; educação para o trânsito; sexualidade; saúde; educação alimentar e nutricional; processo de envelhecimento e valorização do idoso; e vida familiar e social. O nome do tema contemporâneo abordado é destacado nos comentários do manual do professor. Para saber fazer São apresentadas atividades práticas, lúdicas, jogos individuais ou em grupo, que permitem a interação entre os alunos, com o objetivo de problematizar ou despertar o interesse para o estudo sobre um tema. Nessa proposta, o aluno é orientado, passo a passo, a realizar uma determinada atividade, contribuindo para a ampliação eficaz de seu conhecimento. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 6 1/19/18 2:03 PM País de origem Como chegaram ao Brasil Contribuições para a nossa cultura Quantidade aproximada de pessoas 108 b. De acordo com o texto da página anterior, escreva duas dificuldades encontradas pelas crianças imigrantes quando passaram a viver no Brasil. 2. Converse com seus pais ou responsáveis sobre a origem dos seus antepassados. Anote as informações a seguir. a. Local onde nasceram: b. Nome dos povos de que descendem: 3. Escolha um dos grupos imigrantes do Brasil citados na página 106 e pesquise na internet as informações a seguir. g19_4pmg_lt_u3_p100a109.indd 108 1/18/18 8:27 PM 46 ATIVIDADES 1. Para cada foto abaixo, escreva o nome da atividade que está sendo realizada e o nome de um produto que pode ser obtido por meio dela. Vista do município de Cachoeira do Arari, Pará, em 2015. Vista do município de Duartina, São Paulo, em 2016. Vista do município de Taquaritinga, São Paulo, em 2017. Atividade: Produto: Atividade: Produto: Atividade: Produto: M U N IQ U E B A S S O LI /P U LS A R IM A G E N S R IC A R D O A Z O U R Y /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 46 17/01/18 5:09 PM VII Boxe complementar Apresenta informações complementares e curiosidades a respeito dos assuntos tratados no conteúdo, despertando o interesse do aluno e contribuindo para a contextualização dos conteúdos. Atividades Essa seção explora e aprofunda os conteúdos, buscando conexões com outras disciplinas, sempre que possível. As atividades são apresentadas em níveis gradativos, do mais básico ao mais complexo, e são exploradas situações contextualizadas e diferentes recursos editoriais. O que você estudou sobre... Essa seção tem como objetivo o fechamento da unidade, uma oportunidade para o aluno realizar uma autoavaliação de sua aprendizagem e retomar os conhecimentos aprendidos. Nela, são apresentadas questões com os principais temas, noções e conceitos trabalhados. Para isso, nesse manual são propostas dinâmicas para o trabalho com essa seção, de modo que o professor avalie a aprendizagem dos alunos, além de estimulá-los a construir colaborativamente uma síntese dela. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 7 1/19/18 2:03 PM Resposta oral: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido oralmente. Resposta no caderno: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido no caderno. Tecnologia: indica que a realização da atividade envolve o uso de algum recurso tecnológico digital, como o computador, o celular ou outras ferramentas. Atitude legal: indica um breve momento de reflexão a respeito de atitudes que envolvem valores ou competências socioemocionais relacionados ao assunto tratado. Ideias para compartilhar: indica uma oportunidade para os alunos compartilharem uma ideia ou experiência a respeito de determinado assunto. Um espaço para que o aluno expresse soluções para problemas individuais ou coletivos, propiciando a socialização de hipóteses, conhecimentos, habilidades e vivências. Cartografia: indica conceitos, noções ou habilidades relacionadas à aprendizagem de Cartografia. Cor: indica que as cores utilizadas na imagem não são reais. Proporção: indica que as imagens não estão proporcionais entre si. Em grupo: indica que a atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. VIII Ícones No decorrer das unidades diversos ícones auxiliam a organização e a condução do trabalho. Veja o significado de cada um deles. Para saber mais Apresenta sugestões de livros, filmes e sites que podem ser explorados pelos alunos. Cada sugestão é acompanhada por sua sinopse. Bibliografia Apresenta ao final de cada volume as principais obras utilizadas para consulta e como referência na produção das unidades do livro do aluno. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 8 1/19/18 2:03 PM A primeira vez que uma competência ou habilidade da BNCC é citada na unidade, seu texto é apresentado na íntegra. 42 Nesta unidade os conteúdos abor- dam a caracterização do trabalho no espaço urbano e no espaço rural e a interligação entre ambos a partir do processo de troca de serviços e produtos. São destacados também a importância da mulher nas atividades do campo e o despertar da consciên- cia ambiental. Destaques da BNCC • A imagem de abertura exemplifica a relação campo-cidade ao destacar uma atividade comercial com pro- dutos originários do campo sendo vendidos no espaço urbano. Isso possibilita o desenvolvimento das habilidades EF04GE04 e EF04GE07 da BNCC. • A imagem representa as atividades do campo em meio a um centro ur- bano. Faça uma roda de conversa com os alunos para resgatar os seus conhecimentos prévios sobre as ati- vidades predominantes no campo e nas áreas urbanas. • Comente que as hortas vêm ganhan- do espaço nas áreas urbanas. Pro- jetos que revitalizam praças e terre- nos baldios ampliam a segurança alimentar da população e melhoram a qualidade do ar. • Localize com os alunos onde ocor- rem as feiras de produtores do mu- nicípio. Pergunte se eles costumam frequentar ou se já visitaram uma. Se houver alguma próxima à esco- la, ao término da unidade, proponha um trabalho extraclasse aos alunos e leve-os para uma visita, a fim de que reconheçam os produtos que lá são comercializados. A atividade pode servir como estratégia para estimular a alimentação saudável. • EF04GE04: Reconhecer especi- ficidades e analisar a interdepen- dência do campo e da cidade, considerando fluxos econômi- cos, de informações, de ideias e de pessoas. • EF04GE07: Comparar as caracte- rísticas do trabalho no campo e na cidade. • Para explorar um pouco o assunto sobre o espaço urbano e rural, leia o texto a seguir. [...] O avanço da industrialização e desenvolvi- mento do setor de serviços gerou crescente urbanização do meio rural. O aumento da produtividade das pessoas liberou parcela da mão de obra familiar para o desenvol- vimento de outras atividades múltiplas, a maioria delas considerada como não rurais. [...] [...] Agroindústrias, centros de pesquisa, estabelecimentos que oferecem atividades de serviços como lazer, turismo rural, se- gunda residência e atividades festivas, uni- dades de conservação ambiental, de terras indígenas, de terras de quilombolas e áreas extrativistas usam espaços territoriaiscres- centes, antes considerados apenas como rurais. Muitas pessoas da cidade passaram 42 Campo e cidade: espaços interligados g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 42 17/01/18 5:09 PM 43 Os espaços que formam o município são interligados por diversos fatores que envolvem os seres humanos e o trabalho que realizam. Vamos conhecer como acontece essa interligação. 1. Como é o lugar que você observa na foto? 2. Em sua opinião, que tipos de produtos e serviços realizados no campo são importantes para a vida nas cidades e vice-versa? CONECTANDO IDEIAS Feira de produtores na cidade de São Paulo, São Paulo, em 2015. D A N IE L C Y M B A LI S TA / S H U T T E R S T O C K g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 43 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 42 1/18/18 11:37 AM Resposta da seção Conectando ideias Respostas das perguntas propostas na seção. As informações complementares para o trabalho com as atividades, teorias ou seções, assim como sugestões de condução e curiosidades, são organizadas e apresentadas em tópicos em toda a unidade. No início de cada unidade são apresentados os principais conceitos e conteúdos que serão trabalhados. No decorrer das unidades, sempre que oportuno, são apresentadas citações que enriquecem e fundamentam o trabalho proposto. IX Estrutura do manual do professor O manual do professor impresso é organizado em duas partes. A primeira delas é composta pelos pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentam a coleção, pela descrição e pelas orientações acerca das seções e da estrutura de conteúdos, bem como suas relações com a BNCC, pelos quadros de distribuição dos conteúdos de Geografia, pelo material para reprodução e pela bibliografia. A segunda parte é composta pelas orientações ao professor página a página. Para isso, o manual traz a reprodução de cada página do livro do aluno em tamanho redu- zido. Nelas, além do texto do livro do aluno na íntegra, estão as respostas de quase todas as atividades. As respostas que não estão nessas páginas, assim como os de- mais comentários e sugestões ao professor, estão nas laterais e nos rodapés. Além dos volumes impressos, é disponibilizado um material digital que oferece sub- sídios ao professor para o trabalho em sala de aula. Esse material possui sequências didáticas, avaliações, projetos integradores e planos de desenvolvimento compostos por sugestões para a organização de conteúdos, práticas pedagógicas e atividades recorrentes na sala de aula, entre outras sugestões. Conheça a seguir as características das orientações página a página do manual impresso. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 9 1/19/18 2:03 PM 64 Destaques da BNCC • Ao demonstrar o processo de pro- dução industrial, com base na trans- formação e no processamento da matéria-prima, espera-se atender à habilidade EF04GE08 da BNCC. • EF04GE08: Descrever e discutir o processo de produção (transfor- mação de matérias-primas), cir- culação e consumo de diferentes produtos. Objetivos • Compreender que muitas matérias- -primas do campo passam por di- versas etapas até chegar aos con- sumidores. • Conscientizar-se a respeito do ex- cesso de consumo e suas conse- quências para o meio ambiente. • Incentivar as compras conscientes. Acompanhando a aprendizagem • Leia e explique cada imagem presente nas duas páginas. Tire as dúvidas que surgirem de interpretação e de voca- bulário. O esquema de processo de produção representado pelas imagens desenvolve o raciocínio sequencial. • Relembre os alunos sobre o significa- do de produtos beneficiados, ou seja, produtos que podem ter sido lavados, descascados, cortados ou embalados. • Enfatize a importância de cada eta- pa até chegar ao consumidor final. Explique que a interrupção de uma delas poderia afetar as demais. Por exemplo, se falta energia na indústria ou a lavoura é atingida por intensas chuvas, a produção pode ficar com- prometida. • Peça aos alunos que digam o nome de outras matérias-primas que o campo fornece às indústrias. Pergun- te a eles o nome de outros alimentos que o campo fornece às cidades. Os produtos citados podem ser listados na lousa. Enriqueça o estudo com exemplos locais ou regionais, como: .A indústria de alimentos necessita de matéria-prima produzida no campo (indústria de farinha de mandioca; usina de açúcar e álcool, etc.). .Os habitantes do campo necessitam de materiais escolares, como livros, cadernos, lápis e borracha, geral- mente produzidos nas fábricas loca- lizadas no espaço urbano. Convide os alunos a darem outros exemplos. 64 Antes de chegar até os consumidores, os produtos passam por diversas etapas. Vamos compreender melhor como isso ocorre. Leia os textos seguindo a numeração. Da matéria-prima ao consumidor 14 Geralmente, as matérias-primas são produzidas ou extraídas da natureza no espaço rural. Veja o caso do trigo sendo colhido no campo. Depois de colhidas ou extraídas, as matérias-primas são transportadas do campo até as indústrias. Muitas vezes, essas matérias-primas são transformadas em produtos que serão utilizados em outras indústrias. O trigo, por exemplo, é usado para fabricar a farinha, que, por sua vez, é utilizada na produção de massas, bolos, pães, etc. 21 B B E R N A R D /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 64 17/01/18 5:20 PM 65 Depois de comprados, os produtos são consumidos pelas pessoas. • Converse com os colegas sobre a origem de alguns produtos que vocês costumam consumir diariamente. Os produtos beneficiados ou fabricados são transportados novamente até os estabelecimentos comerciais para serem vendidos aos consumidores em geral. 3 4 Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletirem sobre a origem de alguns alimentos e de outros produtos que utilizam diariamente, como os de higiene pessoal. K A R IM E X A V IE R /F O LH A P R E S S IG O R K A R D A S O V/ S H U T T E R S TO C K M B IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 65 17/01/18 5:20 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 64 1/18/18 11:38 AM 65 • Complemente as explicações da pági- na informando que todo município tem regras próprias sobre a circulação dos transportes de grande porte. Os cami- nhões, por exemplo, às vezes podem encontrar restrições para não transitar em algumas vias e, geralmente, há ho- rários para sua circulação. • Amplie o tema da página explicando que muitos recursos da natureza são finitos, ou seja, esgotáveis ou demo- ram muito tempo para se recompor. Como o consumo é mais veloz do que o tempo de recomposição, uma das alternativas, como no caso da extração de madeira, é o reflores- tamento para recompor áreas onde houve a derrubada de vegetação. As árvores do reflorestamento também são usadas para fins econômicos. Dessa forma, incentive os alunos a procurar saber a origem do produto que estão consumindo, se foi usada madeira de reflorestamento. Expli- que que é importante observar se os materiais acompanham um selo de qualidade, comprovando que o processo de fabricação do produto atendeu às normas ambientais. Mais atividades • Organize os alunos em duplas ou trios. Peça que escolham um produto de que gostem e que seja consumido com fre quência. Se for mais conveniente, escolha uma catego- ria de produto (por exemplo, alimentos ou material escolar), evitando os objetos mais complexos, como os eletroeletrônicos. Em uma folha de papel sulfite, os alunos de- verão elaborar um esquema de todas as etapas de produção daquele produto. Por exemplo: para fazer a geleia de morango, é preciso cultivar os morangos (atividade agrícola), transportá-los até as indústrias onde são processados (nesse caso podem ser adicionadas vitaminas, açúcares, con- servantes) e depois embalados. Depois de prontas, as geleias seguem para os esta- belecimentos comerciais (é importante ci- tar onde sãocomercializadas: mercados, padarias, etc.) e, por fim, são compradas pelos consumidores. Se possível, oriente os alunos a pesquisarem na internet como esses produtos são feitos. • Aproveite para mostrar que há continuida- de desse processo de produção, que é o descarte dos resíduos, como as embala- gens. É importante eles perceberem que esses produtos geram resíduos que po- dem poluir o meio ambiente. 64 Antes de chegar até os consumidores, os produtos passam por diversas etapas. Vamos compreender melhor como isso ocorre. Leia os textos seguindo a numeração. Da matéria-prima ao consumidor 14 Geralmente, as matérias-primas são produzidas ou extraídas da natureza no espaço rural. Veja o caso do trigo sendo colhido no campo. Depois de colhidas ou extraídas, as matérias-primas são transportadas do campo até as indústrias. Muitas vezes, essas matérias-primas são transformadas em produtos que serão utilizados em outras indústrias. O trigo, por exemplo, é usado para fabricar a farinha, que, por sua vez, é utilizada na produção de massas, bolos, pães, etc. 21 B B E R N A R D /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 64 17/01/18 5:20 PM 65 Depois de comprados, os produtos são consumidos pelas pessoas. • Converse com os colegas sobre a origem de alguns produtos que vocês costumam consumir diariamente. Os produtos beneficiados ou fabricados são transportados novamente até os estabelecimentos comerciais para serem vendidos aos consumidores em geral. 3 4 Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletirem sobre a origem de alguns alimentos e de outros produtos que utilizam diariamente, como os de higiene pessoal. K A R IM E X A V IE R /F O LH A P R E S S IG O R K A R D A S O V/ S H U T T E R S TO C K M B IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 65 17/01/18 5:20 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 65 1/18/18 11:38 AM Objetivo do tema No início de cada tema são apresentados os objetivos de aprendizagem. Destaques da BNCC No decorrer das unidades são destacadas e comentadas algumas relações entre o que está sendo abordado no livro do aluno e o que é proposto na BNCC. Acompanhando a aprendizagem Sugere estratégias para que o professor realize a avaliação da aprendizagem dos alunos em momentos oportunos. Mais atividades Além das atividades presentes no livro do aluno, novas propostas são feitas nessa seção. Para a realização de algumas dessas atividades, é necessário que sejam organizados alguns materiais com antecedência. Saberes integrados São apresentadas relações do conteúdo abordado com outras disciplinas e áreas do conhecimento, assim como sugestões de trabalho com esses conteúdos. X O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... Respostas Respostas das atividades e questões que não estão nas páginas reduzidas do livro do aluno. Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo. Atitude legal: Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Atitude legal. Ideias para compartilhar Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Ideias para compartilhar. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 10 1/19/18 2:03 PM XI A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Desde as publicações da atual Constituição brasileira (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), tem sido recorrente no Brasil a ideia de se estabelecer um documento normativo como referencial curricular para orientar os processos de ensi- no e aprendizagem no país e delimitar as aprendizagens consideradas essenciais da Educação Básica. Nesse sentido, nas últimas décadas, algumas publicações e legislações contribuí- ram para consolidar no país uma proposta de educação que valorizasse a formação cidadã. Sendo assim, foram de extrema importância as publicações das Leis no 10.639 (2003) e no 11.645 (2008), que complementaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tornando obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e dos povos indíge- nas. Essas iniciativas fazem parte do processo de luta e mobilização por uma educação voltada para combater o racismo e valorizar a diversidade cultural. [...] A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhe- cimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionali- dade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democrá- ticos e igualitários. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. p. 15. Disponível em: <http://www. acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. Outro marco foi a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educa- ção Básica (2013), destacando a relevância de temas como Educação do Campo, Educação Especial, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Rela- ções Étnico-Raciais, Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental. Nesse contexto, em 2017, após o diálogo entre especialistas, professores e a socie- dade em geral, foi enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento tem o objetivo de defi- nir “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alu- nos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2017). Como proposta fundamental, a BNCC destaca que a prioridade da Educação Bási- ca é a “formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, demo- crática e inclusiva” (BRASIL, 2017). A estrutura da BNCC A BNCC está estruturada em dez Competências gerais. Com base nelas, para o Ensino Fundamental, cada área do conhecimento apresenta Competências específi- cas de área e de componentes curriculares. Esses elementos são articulados de modo a se constituírem em unidades temáti- cas, objetos de conhecimento e habilidades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 11 1/19/18 2:03 PM XII Competências da BNCC Os debates em torno de currículos referenciados no desenvolvimento de competên- cias têm sido recorrentes nos últimos anos no Brasil. De modo geral, uma aprendiza- gem voltada à formação de competências tem como objetivo a construção de relações cognitivas para que o aluno possa mobilizá-las e refletir acerca da realidade, levantar hipóteses e solucionar problemas do seu dia a dia. [...] Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência e eficá- cia uma série de situações. Três exemplos: • Saber orientar-se em uma cidade desconhecida mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes sa- beres: ter noção de escala, elementos da topografia ou referências geográficas. • Saber curar uma criança doente mobiliza as capacidades de observar sinais fisiológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os se- guintes saberes: identificar patologias e sintomas, primeiros socorros, tera- pias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêuticos. • Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber se informar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instituições políti- cas, processo de eleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas, etc. [...] GENTILE, Paola; BENCINI, Roberta. Construindo competências: entrevista com Philippe Perrenoud, Universidade de Genebra. Revista Nova Escola, set. 2000, p. 19-31. Disponível em: <https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html>. Acesso em: 15 nov. 2017. Com o desenvolvimento de competências, os alunos são instigados a formar um repertório cognitivo que possibilita a eles atuar de forma autônoma, responsável e justa. Os conhecimentos escolares passam a ser mobilizados em prol da resolução de conflitos e de problemas. De acordo com a BNCC, as competências auxiliam os alunos na tomada de deci- sões pertinentes ao longo de sua vida, auxiliando-os em situações e experiências vi- vidas diariamente. Segundo a LDB (Artigos 32 e 35), na educação formal, os resultados das aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como sendo a possibilida- de de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplicá-lo para tomar decisões pertinentes. A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em si- tuação se dá o nome de competência. [...] No âmbito da BNCC, a noção de competência é utilizada no sentido da mobili- zação e aplicação dos conhecimentos escolares, entendidos de forma ampla (con- ceitos, procedimentos, valores e atitudes). Assim, ser competente significa ser capaz de, ao se defrontar com um problema, ativar e utilizar o conhecimento construído. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 12 1/19/18 2:03 PM XIII Competências gerais A BNCC reconhece como princípio fundamental a formação integral dos estudan- tes. O documento propõe o desenvolvimento global dos alunos, aliando perspectivas cognitivas e afetivas, além da formação de cidadãos plenos, com pensamento autôno- mo e preocupados com os desafios contemporâneos. Assim, adotando como base as discussões éticas apresentadas nas Diretrizes Cur- riculares Nacionais Gerais da Educação Básica, o documento apresenta dez Compe- tências gerais que se articulam ao longo de todos os componentes curriculares. Competências gerais da BNCC 1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 7 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 3 Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. 4 Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar- -se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 5 Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. 10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. Esta coleção visa o desenvolvimento dessas competências por meio do trabalho com o texto-base e do desenvolvimento das seções especiais e das atividades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_001a013.indd 13 1/19/18 2:03 PM XIV Competências específicas de área Segundo a BNCC, as Competências gerais podem ser abordadas de forma variada de acordo com cada área de conhecimento. Assim, o documento apresenta também, de maneira mais específica, as competências referentes a cada uma dessas áreas. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Área do conhecimento Componentes curriculares Linguagens • Língua Portuguesa • Arte • Educação Física • Língua Inglesa Matemática • Matemática Ciências da Natureza • Ciências Ciências Humanas • Geografia • História 1 Reconhecer a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural. 5 Comparar eventos ocorridos, simultaneamente, no mesmo espaço e em espaços variados e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. 2 Compreender eventos cotidianos e suas variações de significado no tempo e no espaço. 6 Compreender os conceitos históricos e geográficos para explicar e analisar situações do cotidiano e problemas mais complexos do mundo contemporâneo e propor soluções. 3 Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural. 7 Reconhecer e fazer uso das linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e de diferentes gêneros textuais no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. 4 Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas. Competências específicas de Ciências Humanas A área de Ciências Humanas na BNCC apresenta como objetivo principal desenvol- ver nos alunos as capacidades de interpretar o mundo, compreendendo sua realidade e engajando-se para atuar de forma responsável e ética diante de problemas. É pos- sível observar essas competências no quadro a seguir. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_014a018.indd 14 1/19/18 2:04 PM XV BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional ComumCurricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Competências específicas de Geografia Algumas áreas do conhecimento apresentam mais de um componente curricular, como as áreas das Linguagens e das Ciências Humanas. Sendo assim, a BNCC esta- belece também as Competências específicas a serem atingidas pelos alunos. Competências específicas de Geografia 1 Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2 Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico e entre distintas áreas do currículo escolar, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 3 Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. 4 Desenvolver o pensamento espacial, exercitando a leitura e produção de representações diversas (mapas temáticos, mapas mentais, croquis e percursos) e a utilização de geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. 5 Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 6 Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outro tipo. 7 Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos democráticos, sustentáveis e solidários. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_014a018.indd 15 1/19/18 2:04 PM XVI Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC Além das competências, a BNCC apresenta os objetos de conhecimento a serem desenvolvidos pelos componentes curriculares. Os objetos de conhecimento são for- mados pelo conjunto de conteúdos, conceitos e processos que envolvem a aprendi- zagem dos alunos. Esses elementos estão ligados também às habilidades. [...] Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada compo- nente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento — aqui entendidos como con- teúdos, conceitos e processos —, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. As habilidades representam um guia importante, sendo possível aproveitá-las para verificar os processos de aprendizagem dos alunos. Esta coleção contempla em diver- sos momentos o trabalho com as habilidades da BNCC. Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC Ativação de conhecimento prévio São atividades constituídas principalmente de questionamentos, em sua maioria, orais. Elas resgatam e exploram os conhecimentos prévios dos alunos, estimulando sua participação e despertando seu interesse pelos assuntos que estão sendo estudados. Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões divergentes e valorizar o conhecimento do outro. Debate Atividade que visa à discussão de diferentes pontos de vista, com base em conhecimentos e opiniões pessoais. Necessita da mobilização de argumentos e desenvolve a oralidade, levando o aluno a expressar suas ideias. Além disso, motiva o respeito a opiniões diferentes. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, argumentação e respeito a opiniões distintas. Interpretação Atividade que, por meio da exploração de imagens, textos, tabelas, gráficos, mapas, etc., estimula o aluno a buscar informações, assim como analisar e emitir opiniões. As princi- pais habilidades desenvolvidas são: leitura, observação, interpretação. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_014a018.indd 16 1/19/18 2:04 PM XVII Pesquisa Sob orientação adequada, esse tipo de atividade exige que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios para obter novas informações em diferentes fontes. Necessita de leituras, cujas informações devem ser selecionadas e registradas. Também possibilita a troca de ideias entre os alunos. Principais habilidades desenvolvidas: leitura, escrita, interpretação, seleção, síntese e registro. Realidade próxima Atividades que envolvem a exploração e a contextualização da realidade próxima levam o aluno a buscar respostas e soluções em sua vivência e nos seus conhecimentos prévios. Principais habilidades desenvolvidas: reconhecimento, exemplificação e expressão de opinião. Desenho Esse tipo de atividade permite o registro de conhecimentos prévios e permite que o aluno expresse suas ideias sobre os conteúdos abordados. Trata-se de uma estratégia útil, sobretudo nos anos iniciais, durante o processo de letramento e alfabetização. Principais habilidades desenvolvidas: representação, colorização, análise e expressão de ideias. Entrevista Atividade que pode auxiliar na ampliação do conhecimento, buscando respostas fora do ambiente da sala de aula. Visa à elaboração de questionamentos pertinentes relacionados aos conteúdos estudados. Permite a integração com a comunidade e o desenvolvimento da oralidade. O registro da atividade pode ser escrito ou gravado e posteriormente transcrito. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, análise, expressão de ideias e respeito a opiniões. Atividade de associação Nesse tipo de atividade, o aluno compara diferentes elementos, textuais e/ou imagéticos. Trata-se de atividade de contextualização entre texto e imagens, mobilizando os conhecimentos dos alunos para responder questões ou buscar soluções para problemas. Principais habilidades desenvolvidas: comparação, classificação e interpretação. Atividade de ordenação Esse tipo de atividade é fundamental para a compreensão dos conteúdos, por meio de noções temporais de anterioridade, simultaneidade e posterioridade. Principais habilidades desenvolvidas: interpretação e inferência. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_014a018.indd 17 1/19/18 2:04 PM XVIII Atividade em grupo Esse tipo de atividade pode ser escrita e/ou oral, contemplando elementos gráficos, e pode ser realizada coletivamente. Com base em orientações, os alunos devem colaborar entre si, buscando informações. Principais habilidades desenvolvidas: pesquisa, análise, interpretação, associação, comparação e trabalho em equipe. Observação Esse tipo de atividade pode estar presente em atividades práticas ou teóricas e envolve o olhar atento do aluno sobre uma imagem e/ou situação, antecedendo a análise e auxiliando na comparação de resultados. Principais habilidades desenvolvidas: utilização de conhecimentos prévios e observação. Atividade de reflexão São atividades sugeridas para que o aluno reflita individualmente ou em grupo. Nesse tipo de atividade, são apresentadas questões sobre sociedade, cultura, cidadania, etc. O pa- pel do professor como mediador nas atividades de reflexão é fundamental. Principais habilidades desenvolvidas: debate, reflexão, expressão de opinião e respeito às diferentes opiniões. Atividade prática Atividade que visa à utilização de diferentes procedimentosrelacionados ao saber científico. Pode ser experimental, envolvendo procedimentos científicos, ou pode ser de construção, quando diferentes materiais são utilizados na elaboração de objetos distintos e outros produtos, como cartazes e panfletos. Principais habilidades desenvolvidas: manipulação de materiais, análise, associação, comparação e expressão de opiniões. Levantamento de hipóteses Atividade que coloca o aluno em contato com um importante procedimento utilizado na construção do saber científico, o levantamento de hipóteses. Por meio desse tipo de ati- vidade, o aluno terá condições de avaliar a importância da hipótese na construção do saber geográfico. Principais habilidades desenvolvidas: reflexão, uso dos conhecimentos anteriores, análise crítica e expressão de opinião. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_014a018.indd 18 1/19/18 2:04 PM XIX O trabalho com os Temas contemporâneos A BNCC recomenda que todas as disciplinas escolares trabalhem conteúdos rela- cionados aos Temas contemporâneos. Esses temas estão ligados aos desafios do mundo atual, entre eles a preservação do meio ambiente e a educação em direitos humanos. Os temas contemporâneos têm o amparo da legislação brasileira. A seguir, é possí- vel observar quais são os temas contemporâneos sugeridos pela BNCC e quais leis eles representam. [...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas res- pectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às pro- postas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transver- sal e integradora. [...] Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades de todos os componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas possibilidades e especificidades, tratá-las de forma contextualizada. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Esta coleção privilegia o trabalho com os temas contemporâneos de diferentes ma- neiras. Eles podem aparecer ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, nas seções especiais e nas atividades. Por se tratarem de temas globais que podem ser aborda- dos em âmbito local, é interessante que o trabalho com esses temas aconteça de maneira contextualizada às diferentes realidades escolares. Direitos das crianças e dos adolescentes Lei no 8.069/1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Educação alimentar e nutricional Lei no 11.947/2009 Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da Educação Básica e dá outras providências. Educação para o trânsito Lei no 9.503/1997 Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Preservação do meio ambiente Lei no 9.795/1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Educação em direitos humanos Lei no 7.037/2009 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 e dá outras providências. Saúde, Sexualidade, Vida familiar e social, Educação para o consumo, Educação financeira e fiscal, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Diversidade cultural Resolução no 7/2010 Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso Lei no 10.741/2003 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 19 1/19/18 2:04 PM XX Relações entre as disciplinas Em consonância com os princípios da BNCC, é importante que as escolas busquem contemplar em seus currículos o ensino interdisciplinar. Ele pode acontecer, principal- mente, por meio de atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos de dife- rentes áreas, envolvendo os professores, os alunos e também outras pessoas da comunidade escolar e da comunidade local. O objetivo principal dessas atividades deve ser sempre o de proporcionar aos estudantes uma formação cidadã, que favore- ça seu crescimento intelectual, social, físico, moral, ético, simbólico e afetivo. Por isso, é esperado que as escolas adequem as proposições da BNCC à realidade local, buscando, entre outras ações: [...] • contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; • decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curri- culares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; • selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversi- ficadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alu- nos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. A busca pela aproximação dos conhecimentos escolares com a realidade dos estu- dantes é uma atribuição da escola, mas também deve ser uma responsabilidade do professor. A análise do contexto sociocultural oferece as chaves para o diagnóstico do ní- vel cultural dos estudantes, do seu nível real de desenvolvimento, assim como das suas expectativas diante da instituição escolar, dos seus preconceitos, etc. Conhecer as respostas a estas interrogações é requisito essencial para que a proposta planejada possa se ligar diretamente a esses meninos e meninas reais, à sua autêntica vida cotidiana. [...] Outro requisito prévio importante é conhecer e localizar os recursos que exis- tem na comunidade, no meio natural e social, que possam sugerir a realização de tarefas concretas, bem como facilitar e enriquecer outras que podem ser desen- volvidas através da unidade didática. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad. Cláudia Shilling. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 225-226. Trabalhar a interdisciplinaridade não é algo tão complicado e algumas dicas podem ajudar a tornar sua prática mais acessível. O texto a seguir apresenta dicas de como trabalhar os conteúdos escolares de maneira interdisciplinar. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 20 1/19/18 2:04 PM XXI A realidade é um banco de ideias O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear em uma situação real. Os transportes ou as condições sanitárias do bairro, por exemplo, são temas que rendem desdobramentos em várias áreas. Isso não signifi- ca carga de trabalho além da prevista no currículo. A abordagem interdisciplinar permite que conteúdos que você daria de forma convencional, seguindo o livro didático, sejam ensinados e aplicados na prática — o que dá sentido ao estudo. Para que a dinâmica dê certo, planejamento e sistematização são fundamentais. [...] Quando as disciplinas são usadas para a compreensão dos detalhes, os alu- nos percebem sua natureza e utilidade. [Atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos] também pedem te- mas bem delimitados. Em vez de estudar a poluição, é preferível enfocar o rio que corta o bairro e recebe esgoto. A questão possibilita enfocar aspectos histó- ricos, analisar a água e descobrir a verba municipal destinada ao saneamento. Quantas disciplinas podem ser exploradas? É possível que um caso assim seja trazido pela garotada. Convém não desperdiçar a oportunidademesmo que você não se sinta à vontade para tratar do assunto. Não precisa se envergonhar por não saber muito sobre o tema. Mostre à classe como é interessante buscar o co- nhecimento. “A formação continuada do professor não se resume a realizar um curso atrás do outro, mas também [a] ler diariamente sobre assuntos gerais” [...]. Dessa maneira, ele aprende a aproveitar motes que surgem em sala e que ten- dem a ser produtivos se abordados de forma ampla. [...] Como ensinar relacionando disciplinas • Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferra- mentas para compreender detalhes. [...] • Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos. • Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia. • Pesquise com os estudantes. • Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser explorados por outras disciplinas. • Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento anual para quem quiser fazer parcerias. • Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho. • Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho. CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade: um avanço na educação. Revista Nova Escola. n. 174, ago. 2004. p. 52-54. Além de atividades que promovam o diálogo com os conhecimentos de diferentes áreas, o professor deve criar, no dia a dia da sala de aula, momentos de interação entre eles. Ao longo desta coleção, são apresentados vários exemplos de atividades que favorecem o trabalho interdisciplinar. Elas são destacadas na seção Saberes integra- dos, cujas características foram apresentadas na página X. A prática docente As atuais propostas de ensino sugerem uma metodologia que tenha como objetivo levar o aluno a organizar e a estruturar seu pensamento lógico e a analisar de forma crítica e dinâmica o ambiente que o cerca. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 21 1/19/18 2:04 PM XXII Para que essa metodologia seja posta em prática, é necessário redimensionar o papel do professor. É preciso deixar de ser apenas transmissor de conhecimentos e passar a ser mediador da relação entre o aluno e a aprendizagem. Como mediador, é preciso promover debates sobre as propostas dos alunos, indi- car os caminhos que podem levar à resolução dos problemas, orientar as reformula- ções das hipóteses e valorizar as soluções mais adequadas. Ser “mediador” não pode ser entendido apenas como sendo um aplicador de pacotes educacionais ou um mero constatador do que o aluno faz ou deixa de fa- zer. Ser mediador deve significar, antes de mais nada, estar entre o conhecimen- to e o aprendiz e estabelecer um canal de comunicação entre esses dois pontos. MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas: Mercado de Letras, 1999. p. 255. Sendo assim, é papel do professor: • tornar os conceitos e os conteúdos possíveis de serem aprendidos pelos alunos, fornecendo as informações necessárias que eles não têm condições de obter sozinhos; • conduzir e organizar o trabalho em sala de aula, buscando desenvolver a autono- mia dos alunos; • estimular continuamente os alunos, motivando-os a refletir, investigar, levantar questões e trocar ideias com os colegas. É importante conhecer as condições socioculturais, as expectativas e as competên- cias cognitivas dos alunos, pois, dessa maneira, terão condições de selecionar situa- ções-problema relacionadas ao cotidiano deles. É relevante também o trabalho de um mesmo conteúdo em diversos contextos, a fim de incentivar a capacidade de genera- lização nos alunos. Procedimentos de pesquisa As atividades de pesquisa são fundamentais para desenvolver autonomia, capaci- dade de análise e síntese, práticas de leitura, além de estimular o trabalho em grupo e a socialização, entre diversas outras habilidades, dependendo de como a pesquisa é orientada e de qual será o seu produto final. Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas orientações possíveis de serem transmitidas aos alunos antes de sua realização. Os pontos principais a serem considerados são: a definição do tema, o objetivo da pes- quisa, o cronograma, o produto final e a socialização desse produto. Definição do tema É importante definir claramente o tema da pesquisa, estabelecendo um objeto de estudo que desperte o interesse dos alunos. Objetivo da pesquisa Para definir o objetivo da pesquisa, cria-se uma problemática inicial sobre o tema escolhido. Com os alunos, deve-se formular perguntas norteadoras e estabelecer tó- picos secundários dentro do tema geral. Igualmente importante é definir um produto final: pode ser um seminário, um vídeo, uma publicação coletiva, um texto escrito para ser lido na classe... Seja qual for a escolha, o fundamental é ampliar o público. Por dois motivos: 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 22 1/19/18 2:04 PM XXIII primeiro, como forma de incentivar a preocupação com os propósitos da pesqui- sa e a forma como ela será comunicada. Segundo, para que a pesquisa cumpra verdadeiramente sua função. Se na sociedade a meta de uma investigação é dis- seminar informações, não faz sentido que na escola ela se transforme em um contato restrito entre aluno e professor. MARTINS, Ana Rita. Busca certeira: como selecionar sites confiáveis. Revista Nova Escola. Disponível em: <https:// novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis>. Acesso em: 23 nov. 2017. Com o objetivo definido, o passo seguinte é escolher quais serão as fontes de pes- quisa. Deve ser explicada aos alunos a importância da seleção de fontes confiáveis, que tenham informações sobre suas origens e os respectivos autores. Além disso, deve ser destacado que a pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, como li- vros, jornais, revistas, internet, dicionários, enciclopédias, fotos, documentários, fil- mes, ou até por meio de entrevistas e pesquisas de campo. Cronograma Caso o trabalho seja em grupo, os alunos devem estabelecer quem ficará responsá- vel pela elaboração de cada tópico. Por fim, prazos devem ser definidos para a entrega desse material. Esse prazo pode conter apenas a data final de apresentação do traba- lho ou incluir as datas em que cada um terá de entregar a parte que lhe cabe. Coleta de informações Nessa fase, cada aluno deverá seguir com a pesquisa do tópico que lhe foi proposto na etapa anterior. A pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, e os alunos deve- rão selecionar as informações com maior utilidade para a produção final. É trabalho do professor orientá-los a selecionar fontes confiáveis, bem como imagens para ilustrar e enriquecer o trabalho, como fotos, desenhos, mapas, tabelas e gráficos. Nessa etapa, a interação e a troca de experiências entre os alunos são muito importantes, pois des- sa forma é possível verificar se o trabalho deles está sendo produtivo para o restante do grupo. Análise das informações É importante orientar os alunos a analisarem e a interpretarem as informações cole- tadas, verificando se elas realmente estão relacionadas com os conteúdos estudados naquele momento e com as problemáticas propostas no início da pesquisa. Vale ressaltar que coletar dados, imagens e textos não caracteriza de fato uma pes- quisa. É preciso que essas informações sejam interpretadas e selecionadas de manei- ra crítica, tendo em mente sempre o contexto em que serão utilizadas. Nos trabalhos em grupo, é interessante que essa etapa seja realizada em conjunto, a fim de que cada um tome conhecimento sobre as informações coletadas pelos colegas. Produção Essa etapa pode variar de acordo com o produto final da pesquisa. Se for um traba- lho escrito, é nesse momento que deve acontecer a produção escrita e, por fim, a centralização de todos os textos produzidos. Caso a apresentação final seja um semi-nário, nessa etapa também precisam ser planejados e escritos os cartazes ou slides que acompanharão a apresentação. Por outro lado, se a apresentação for uma roda de leitura, nessa etapa é importante treiná-la. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 23 1/19/18 2:04 PM XXIV De qualquer maneira, é essencial que os alunos percebam a importância de elabo- rar uma primeira versão, que deverá ser conferida por todos os envolvidos, até mesmo o professor. Após a leitura de todos, o texto final pode ser escrito. Divulgação Com o texto pronto, os cartazes produzidos ou a leitura ensaiada, chegou o mo- mento de divulgar a pesquisa. Cada evento ou formato de trabalho possui caracterís- ticas diferentes e é importante ressaltar isso aos alunos. Uma apresentação oral exige postura, entonação de voz e até o uso de fichas organizadoras para que os alunos não se percam durante a fala. Já em um trabalho escrito, pode ser necessário criar uma capa com o nome de cada participante, o nome da escola e a turma em que estudam. Espaços não formais de aprendizagem A escola e suas dependências constituem um espaço formal de ensino-aprendiza- gem. Mas não é somente no ambiente escolar que a aprendizagem acontece. Os espaços não formais de ensino-aprendizagem têm se destacado por oportunizar a aprendizagem de maneira interativa. Por apresentar diferentes recursos e realizar exposições, esses locais podem contribuir significativamente para a aprendizagem, pois o público participa ativamente desse processo. Entre as vantagens dos espaços não formais de ensino-aprendizagem está a de levar a cultura científica a todos, con- tribuindo para a divulgação científica e o envolvimento da sociedade nos conceitos científicos. Na definição de espaços não formais de educação são sugeridas as categorias Ins- tituições e não Instituições. [...] Na categoria Instituições, podem ser incluídos os espaços que são regula- mentados e que possuem equipe técnica responsável pelas atividades executa- das, sendo o caso dos Museus, Centros de Ciências, Parques Ecológicos, Parques Zoobotânicos, Jardins Botânicos, Planetários, Institutos de Pesquisa, Aquários, Zoológicos, entre outros. Já os ambientes naturais ou urbanos que não dispõem de estruturação institucional, mas onde é possível adotar práticas educativas, en- globam a categoria não Instituições. Nessa categoria podem ser incluídos teatro, parque, casa, rua, praça, terreno, cinema, praia, caverna, rio, lagoa, campo de fu- tebol, entre outros inúmeros espaços. [...] JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação da cultura científica. Revista Em extensão, v. 7, 2008. p. 56-57. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/ revextensao%20/article/viewFile/20390/10860>. Acesso em: 20 nov. 2017. É possível perceber que a aprendizagem pode ocorrer em diferentes espaços e não depende somente de instituições de pesquisa. É fundamental expor os objetivos da realização de visitas a espaços não formais de aprendizagem antecipadamente, orien- tar os alunos durante a visitação e ressaltar a importância de um relatório para regis- trar o que foi observado, juntamente com as impressões dos alunos sobre a visitação e a troca de ideias entre eles, a fim de socializar suas observações e compartilhar suas opiniões. Os espaços não formais de educação são fundamentais na disseminação da cultura humana e da cultura científica, tornando-se instrumentos relevantes na educação e na formação cidadã. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 24 1/19/18 2:04 PM XXV Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem A visita a espaços não formais pode contribuir para a aprendizagem e garantir mo- mentos de interação com o objeto de estudo, experiência enriquecedora para a apren- dizagem. Para que tal experiência seja relevante, é necessária a programação prévia. É essencial agendar a visita antecipadamente, garantir que haja acompanhamento específico, indicar o nome da escola, a série, a faixa etária e a quantidade de alunos que será levada. Além disso, é indispensável providenciar autorizações que devem ser entregues aos pais ou responsáveis e assinadas por eles. Caso seja necessário pagar algum valor para a entrada, deve ser identificado na autorização, bem como o local a ser visitado, o endereço, a data e o horário. É necessário orientar os responsáveis so- bre os possíveis gastos no dia da visita e sobre o meio de transporte utilizado. O transporte deve ser contratado antecipadamente e devem ser verificadas as con- dições de segurança do veículo. O itinerário e os horários previstos devem ser combi- nados com o motorista. Caso a visita seja feita em campo, em locais com solo ou rochas, os alunos devem ser orientados a utilizarem roupas e calçados apropriados, bem como óculos de sol, boné, protetor solar e repelente de insetos. Os alunos devem levar um caderno de campo para fazerem suas anotações e, se possível, aparelhos celulares ou câmeras para registrarem imagens. Se forem conduzir entrevistas, devem preparar as questões previamente e gravar as respostas para anali- sá-las e transcrevê-las posteriormente. Esses registros serão essenciais na avaliação da aprendizagem. A tecnologia como ferramenta pedagógica O uso das novas tecnologias da informação e da comunicação já é uma realidade no cotidiano de crianças e adolescentes. Diante disso, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas em nosso país caminham no sentido de incorporar essas tecno- logias ao trabalho escolar. Incluir os recursos tecnológicos nas aulas parece uma tendência inevitável e, ao mesmo tempo, capaz de contribuir para o desenvolvimento de metodologias inovado- ras no processo de ensino-aprendizagem. Porém, cabe salientar que, para que o uso dessas tecnologias como ferramenta de ensino-aprendizagem realmente se justifique e de fato contribua para esse processo, faz-se necessário um planejamento prévio considerando sua relação com o conteúdo, os objetivos pretendidos, a aplicação em sala de aula e a capacitação dos profissionais que delas vão se utilizar. Portanto, deve- -se adotar o seguinte critério: [...] Só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteú- dos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tor- nam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planeja- mento malfeito. “Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem co- laborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas”, afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de Nova Escola. [...] POLATO, Amanda. Tecnologia + conteúdos = oportunidades. Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita, ano 24, n. 223, jun. 2009. p. 51. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 25 1/19/18 2:04 PM XXVI Com a presença cada vez maior de computadores nas escolas, bem como de alu- nos que dispõem de aparelhos celulares, a internet passou a ser cada vez mais utiliza- da na realização de pesquisas e também como recurso didático. Por meio dela, professores e alunos têm acesso a um universo de informações as quais podem, se bem exploradas, ser muito úteis e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. [...] Não há dúvida de que novas tecnologias de comunicação e informação trouxe- ram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferen- ciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensi- no-aprendizagem, onde, anteriormente, predominavam a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as [Tecnologias de Informação e Comunicação] TICs possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitaras especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garan- tir que seu uso, realmente, faça diferença. [...] KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2007. p. 46. É necessário, no entanto, tomar certos cuidados para fazer uma boa utilização des- se recurso, garantindo que os alunos possam usufruir plenamente dos benefícios desse instrumento e evitando que se desviem dos objetivos pretendidos. A seguir, são apresentadas algumas sugestões e orientações para incluir essa ferramenta na prática pedagógica. • Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores que já tiveram experiências no uso da tecnologia. [...] • Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só de- pois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. [...] • Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as atividades que você irá realizar. [...] • Teste: antes de utilizar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo que puder. [...] • Limites: as regras de convivência são importantes em qual- quer aula e tam- bém devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos quais programas e equipamentos podem ser usados. [...] • Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? [...] COMO o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33. Competência leitora Cada vez mais sou tomado pela certeza de que ser leitor faz a diferença, [de] que ser leitor é a possibilidade de construção de um ser humano melhor, mais crítico, mais sensível; alguém capaz de se colocar no lugar do outro; alguém mais imaginativo e sonhador; alguém um pouco mais liberto dos tantos preconceitos que a sociedade vai impondo-nos a cada dia, a cada situação enfrentada. Ser lei- tor, acredito, qualifica a vida de qualquer pessoa. [...] RITER, Caio. A formação do leitor literário em casa e na escola. São Paulo: Biruta, 2009. p. 35. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 26 1/19/18 2:04 PM XXVII Atualmente, a rapidez com que se tem acesso à informação faz com que o contato com a leitura em contextos reais de informação seja cada vez mais fragmentado. Des- se modo, é importante que a escola possibilite ao aluno desenvolver estratégias de leitura que o auxiliem a compreender e explorar mensagens, verbais ou não verbais, em diversos níveis de cognição. Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recapi- tular para os colegas, opinar, resumir, comparar suas opiniões com relação ao que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. Estas atividades podem ser propostas desde o início da escolaridade, a partir da leitura realizada pelo professor e da ajuda que proporciona. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 173. Vale ressaltar que a interpretação de um texto acontece de forma progressiva, con- siderando não apenas a mensagem que o autor pretendia transmitir, mas também os objetivos do leitor ao ler esse texto, assim como seus conhecimentos prévios e o pro- cesso de leitura em si. Nesse sentido, é importante a criação de estratégias de leitura, que permitirão ao aluno: • Extrair o significado do texto, de maneira global, ou dos diferentes itens in- cluídos nele. • Saber reconduzir sua leitura, avançando ou retrocedendo no texto, para se adequar ao ritmo e às capacidades necessárias para ler de forma correta. • Conectar novos conceitos com os conceitos prévios que lhe permitirão incor- porá-los a seu conhecimento. SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão da leitura: a língua como procedimento. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37. Por fim, se o objetivo principal é formar leitores autônomos a partir da leitura de tex- tos e imagens apresentadas a esses alunos, é preciso favorecer esse processo, tendo o cuidado de: • escolher temas relevantes e interessantes à sua faixa etária; • selecionar textos verbais com vocabulário e extensão adequados; • preocupar-se com a gradação da leitura e a complexidade dos textos; • garantir que sejam propostas leituras de imagens e de gêneros multimodais, aten- tando-se para a diversidade de gêneros textuais, de modo que não sejam estuda- dos sempre os mesmos; • apresentar ao aluno o objetivo das leituras, a fim de que ele perceba que em al- guns momentos lemos para estudar e buscar informações e, em outros, a leitura é realizada por diversão, por exemplo; • orientar como a leitura deverá ser realizada: silenciosamente, guiada, em grupo, etc. Ao longo desta coleção, a competência leitora é estimulada por meio da utilização de recursos textuais e imagéticos diversificados. Para favorecer a análise desses re- cursos, são propostas questões de interpretação no livro do aluno, além de sugestões de questões de análise nas orientações ao professor. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 27 1/19/18 2:04 PM XXVIII Avaliação A avaliação deve ser compreendida como um meio de orientação do processo de ensino-aprendizagem. Isso porque é uma das principais formas pela qual se pode reconhecer a validade do método didático-pedagógico adotado pelo professor. Além disso, é possível acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, procurando identificar seus avanços e suas dificuldades. Para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido, é necessária uma avaliação contínua e diversificada. Para tanto, devem ser levados em considera- ção os conhecimentos prévios dos alunos para que se possa traçar objetivos em rela- ção aos conteúdos. A avaliação pode ser realizada individualmente ou em grupo, por meio das expres- sões oral, textual e pictórica e da realização de diferentes atividades, como entrevistas e análises de imagens, permitindo a percepção das diferentes habilidades e do desen- volvimento dos alunos. A ação avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras e em momentos distin- tos no decorrer do estudo dos conteúdos, como apresentado a seguir. Três etapas avaliativas Avaliação inicial ou diagnóstica Tem como objetivo perceber o conhecimento prévio dos alunos, identificando inte- resses, atitudes, comportamentos, etc. Essa avaliação deve ser procedida no início de um novo conteúdo para que possa haver melhor integração entre os objetivos e os conhecimentos que os alunos já possuem. Nesse sentido, a coleção apresenta situa- ções que propiciam conhecer a realidade do aluno, como a sua convivência social, as relações familiares, etc. Avaliação formativa Essa etapa avaliativa consiste na orientação e na formação do conhecimento por meio da retomada dos conteúdos abordados e da percepção dos professores e dos alunos sobre os progressos e as dificuldades no desenvolvimento do ensino. Esse processo requer uma avaliação pontual, ou seja, o acompanhamento constante das atividades realizadas pelo aluno. Assim, análises de pesquisas, entrevistas, trabalhos em grupos e discussões em sala de aula devem ser armazenados e utilizados para, além de acompanhar a aprendizagem dos alunos, avaliar os próprios métodos de ensino. Avaliação somatória Essa avaliação tem como prioridade realizar uma síntese dos conteúdos trabalha- dos. Assim, deve-se valorizar trabalhos que permitam avaliar a capacidade de organi- zação e de construção do conhecimento do aluno. Esse método permite um diagnóstico do aprendizado em um período mais longo, como o final de uma temática, determi- nando sua relação de domínio com os objetivos propostos. Atividades como produção e análisede textos, a emissão de opinião e as variadas formas de registro do que foi estudado são maneiras de verificar o que foi apreendido e como se deu a formação do conhecimento nos alunos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 28 1/19/18 2:04 PM XXIX Fichas de avaliação e autoavaliação Para facilitar o trabalho, é possível fazer uso de fichas para avaliar o desempenho da turma. A seguir, apresentamos um exemplo de ficha de avaliação. Nome: Sim Às vezes Não Participa de debates e discussões em sala de aula? Realiza as tarefas propostas? Demonstra interesse pela disciplina? Tem bom relacionamento com os colegas de sala? Expressa suas opiniões por meio de trabalhos orais ou escritos? Consegue organizar o aprendizado? É organizado com o material didático? Tem facilidade para compreender os textos? Respeita outras opiniões sem ser passivo? O processo de avaliação do ensino-aprendizagem é uma responsabilidade do pro- fessor, porém os alunos também devem participar desse processo para que identifi- quem seus avanços e seus limites, colaborando assim para que o professor tenha condições de avaliar sua metodologia de ensino. Uma das sugestões para esse pro- cesso é o uso de fichas de autoavaliação, por meio das quais os alunos são estimula- dos a refletir sobre o seu desenvolvimento em sala de aula e sobre seu processo de aprendizagem. A seguir, apresentamos um modelo de ficha de autoavaliação. Nome: Sim Às vezes Não Compreendo os assuntos abordados pelo professor? Faço os exercícios em sala e as tarefas da casa? Falo com o professor sobre minhas dúvidas? Expresso minha opinião durante os trabalhos em sala de aula? Participo das atividades em grupo? Mantenho um bom relacionamento com meus colegas de sala? Organizo meu material escolar? 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_019a029.indd 29 1/19/18 2:04 PM XXX Proposta teórico-metodológica da coleção O ensino de Geografia escolar na atualidade Ao longo das últimas décadas, a Geografia escolar tem sido marcada por um processo de renovação que busca, em especial, romper com o caráter tradicional e essencialmente descritivo de seu ensino que, por muito tempo, foi calcado ape- nas na memorização dos conteúdos. Esse processo de renovação vem sendo impulsionado pelo surgimento de pro- postas e abordagens inovadoras, mediante concepções pedagógicas contemporâ- neas e avanços ocorridos nos campos da didática e da metodologia de ensino. Como exemplo, podemos destacar o ensino voltado para o domínio de conceitos, procedimentos, habilidades e competências, a ênfase no desenvolvimento de atitu- des visando a formação integral dos alunos, a busca pela abordagem interdisciplinar e a diversificação e a valorização dos processos avaliativos colocados a serviço da aprendizagem e não como mera classificação dos alunos. Parte desse processo de renovação também se insere no conjunto de reformas educacionais promovidas pelas políticas do Ministério da Educação. Entre elas, po- demos destacar a instituição do Ensino Fundamental de 9 anos, com a inclusão da criança de 6 anos de idade no Ensino Fundamental (Lei no 11.274, de 2006), a insti- tuição do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), que, desde 2012, constitui um compromisso assumido em conjunto com os governos federal, estadual e municipal, de assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3o ano do Ensino Fundamental. No conjunto dessas reformas, várias mudanças também estão sendo promovi- das no campo dos currículos, como as orientações lançadas nas Diretrizes Curri- culares Nacionais da Educação Básica (2013) e, mais recentemente, a instituição de uma Base Nacional Curricular Comum, a BNCC (2017), ainda que em fase de finalização. O conjunto de todas essas mudanças, tanto no campo acadêmico quanto nas políticas educacionais, tem contribuído para se repensar as práticas metodológi- cas no ensino de Geografia, ancoradas na valorização do aluno e no papel do professor como mediador do processo de ensino-aprendizagem e voltada também para um processo formativo, em que o aluno seja capaz de compreender e inter- pretar o mundo em que vive em seu permanente processo de transformação. Nes- se sentido: Estudar Geografia é uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive, na medida em que esse componente curricular aborda as ações humanas construídas nas distintas sociedades existentes nas diversas regi- ões do planeta. Ao mesmo tempo, a educação geográfica contribui para a formação do conceito de identidade, expresso de diferentes formas: na com- preensão perceptiva da paisagem que ganha significado, à medida que, ao observá-la, nota-se a vivência dos indivíduos e da coletividade; nas relações com os lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa memória social; 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 30 1/19/18 2:06 PM XXXI na identidade cultural; e na consciência de que somos sujeitos da história, distintos uns dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 311. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. Nesse sentido, a Geografia escolar busca o desenvolvimento do pensamento espacial necessário para a análise e a interpretação dos fenômenos geográficos. Isso significa, por exemplo: promover o domínio de noções espaciais e topológi- cas; desenvolver a alfabetização cartográfica; e compreender as interações entre a sociedade e o meio físico-natural, assim como, o papel do trabalho e das ativi- dades econômicas na produção do espaço geográfico e os impactos provocados pelas atividades humanas no meio natural. Sendo assim, podemos identificar três razões fundamentais para ensinar Geografia na escola: [...] Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segundo: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (co- nhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organi- zação do espaço, procura-se compreender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza. Para entendê-las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Ter- ceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, for- necer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse proces- so, pelos temas, pelos assuntos que trata. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. (Orgs.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 1999. p. 57. Diante disso, a proposta de trabalho desta coleção visa proporcionar aos edu- candos um estudo mais significativo da ciência geográfica, de forma que eles re- conheçam a presença dos conhecimentos geográficos em seu dia a dia e percebam de que maneira esses conhecimentos podem ser aplicados em suas vivências, com o propósito de transformar a realidade e o mundo em que vivem. Assim, essa proposta de estudo busca a formação de cidadãos críticos e cons- cientes, que sejam capazes de compreender, entre outros aspectos, as relações entre os seres humanos na construção do espaço geográfico, sentindo-se assim, atuantes e integrantes desse processo. Dessa forma, os educandos poderão com- preender que eles e as pessoas com quem convivem são sujeitos que “fazem e refazem o mundo”. Para Kaercher (2001): [...] Essa é uma ideia de fundamental importância para a Geografia, pois esta ciência trata do espaço, e este é carregado de [...] intencionalidade. Por onde andamos vemos nossa criação: casas, ruas,plantações, máquinas. Nossa es- pécie, capaz de criar a riqueza e a pobreza, pode lutar por um espaço 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 31 1/19/18 2:06 PM XXXII geográfico com menos contrastes sociais. Isso implica em considerar a reali- dade mutável por obra nossa, dos homens, que não estão, assim, condenados por forças alienígenas a permanecerem nesta ou naquela situação. Mas por que conscientizar é importante? Porque a conscientização implica em utopia. Qual? Comprometermos com um processo radical de transforma- ção do mundo para que os homens possam realizar sua vocação ontológica, qual seja, serem mais. É aqui mais uma vez que se reafirma o caráter político da educação pois ela é uma tomada de decisão e, como tal, pode ser uma prá- tica para a domesticação dos homens ou uma prática para a sua libertação. [...] KAERCHER, Nestor André. Desafios e utopias no ensino de Geografia. 3. ed. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2001. p. 56. Os conceitos básicos e os conteúdos no ensino de Geografia Entre os especialistas e estudiosos em ensino de Geografia existe certo con- senso de que os conteúdos dessa disciplina escolar devam ser norteados com base nos conceitos essenciais dessa ciência. Entre esses conceitos, destacam- -se: lugar, paisagem, território, região e o próprio conceito de espaço geográfico. Como toda ciência, a Geografia possui alguns conceitos-chave, capazes de sintetizarem a sua objetivação, isto é, o ângulo específico com que a socieda- de é analisada, ângulo que confere à Geografia a sua identidade e a sua auto- nomia relativa no âmbito das ciências sociais. Como ciência social, a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetiva- da via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisa- gem, região, espaço, lugar e território. [...] CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná Elias de. et al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 16. Esses mesmos conceitos também são essenciais para o desenvolvimento das competências gerais de aprendizagem previstas na Base Nacional Curricular Co- mum, que destaca: [...] a BNCC está organizada com base nos principais conceitos da Geogra- fia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o es- paço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam as- pectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 313. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 32 1/19/18 2:06 PM XXXIII A seguir, é apresentado um resumo explicativo sobre o significado de alguns dos principais conceitos da ciência geográfica. Conceitos Elementos de aprofundamento Espaço geográfico É o conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas) que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar. (Milton Santos) O espaço é perceptível e sensível, porém, é extremamente difícil de ser delimitado, quer por dinâmica, quer pela vivência de elementos novos e elementos de permanência. Apesar de sua complexidade, ele apresenta elementos de unicidade. Estes interferem nos mesmos valores que são atribuídos pelo próprio ser humano e que resultam numa distinção entre o espaço absoluto – cartesiano –, uma coisa em si mesma, independente; e um espaço relacional, que apresenta sentido (e valor) quando confrontado com outros espaços e outros objetos. Paisagem É a unidade visível do arranjo espacial, alcançada por nossa visão. Contém elementos impostos pelo homem por meio de seu trabalho, de sua cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa forma, ela pode ser identificada de maneira informal, mediante a percepção, e também de maneira formal, de modo seletivo e organizado. É neste último sentido que a paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da Geografia. Lugar É a porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e produtor de identidades. O lugar guarda em si mesmo as noções de densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa, além da dimensão da vida como tempo passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso, conflito, dominação e resistência. É nele que se dá a recuperação da vida. É o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente. Território É a porção do espaço definida pelas relações de poder, passando, assim, da delimitação natural e econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade, que se constitui em outro importante conceito da Geografia. Essa relação de territorialidade se define como a relação entre os agentes sociais, políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço. A delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas. É, portanto, uma porção concreta. O território pode, assim, transcender uma unidade política, e o mesmo acontece com o processo de territorialidade, sendo que este não se traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob as relações variadas, desde as mais simples até as mais complexas. Região Geralmente, este conceito está associado à localização e à extensão de certo fato ou fenômeno. É um conjunto de áreas que apresenta o domínio de determinadas características em comum, que as distinguem das demais áreas. A região se articula com território, natureza e sociedade quando essas dimensões são consideradas em diferentes escalas de análise. Ela permite a apreensão das diferenças e particularidades no espaço geográfico. Fontes de pesquisa: BRASIL. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 1999. p. 56. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf>. Acesso em: 7 dez. 2017. GOMES, Paulo Cesar da Costa. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná Elias de. et al. Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 53. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006, p. 53. v. 3. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 33 1/19/18 2:06 PM XXXIV Com base no domínio de tais conceitos, os alunos têm condições de se apropriar de maneira mais efetiva dos conhecimentos geográficos, elaborando novas formas de ver o mundo e de compreender, de maneira mais crítica e autônoma, suas complexas e múltiplas relações. Nos dizeres de Kaercher (2004): [...] Nosso desejo é de a partir do espaço e suas categorias, tais como região, paisagem, lugar, território, ambiente, etc., discutir nossa ontologia, nosso ser/ estar no mundo. Através das construções espaciais (o urbano, o rural, a rela- ção entre nações, os conflitos entre os grupos sociais) podemos almejar a dis- cussão/reflexão dos valores éticos, estéticos e políticos das sociedades e espaços a que pertencemos. [...] NESTOR, André Kaercher. Quando a Geografia Crítica pode ser um pastel de vento. Mercator - Revista de Geografia UFC, ano 3, número 06, 2004, p. 56. Sendo assim, nessa fase da escolarização, é fundamental que os alunos consigam responder a algumas questões a respeitode si e do mundo em que vivem: Onde ocorre ou se localiza certo fenômeno? Por que se localiza? Como se distribui? Como se manifesta? Ao utilizar corretamente os conceitos geográficos para responder a tais ques- tões, os alunos são estimulados a pensar, refletir e propor soluções para os pro- blemas gerados na vida cotidiana, o que se coloca como condição fundamental para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas na BNCC. Tais competências podem ser lidas no tópico Competências específicas de Geogra- fia, citado anteriormente. Ao promover o desenvolvimento dessas competências, o ensino de Geografia permite aos alunos a apropriação de um conjunto de habilidades para construir novas formas de ver, pensar e agir no mundo em que vivem. É com esse desafio que a BNCC propõe a organização do componente curricular Geografia em cinco grandes unidades temáticas comuns, estabelecidas ao longo de todo o Ensino Fundamental. Conheça, a seguir, essas unidades temáticas e o que elas propõem para os anos iniciais do Ensino Fundamental: O sujeito e seu lugar no mundo Abrange as noções de pertencimento e de identidade, aprofundando o conhecimento sobre si mesmo e sua comunidade, valorizando, desse modo, as relações sociais dos alunos no lugar em que vivem e em diferentes contextos sociais. Busca-se então ampliar as experiências com o espaço e tempo vivenciadas pelas crianças. Para essa etapa de escolarização, o conceito de espaço está voltado para o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas. Essas noções espaciais são importantes para o processo de alfabetização cartográfica. Conexões e escalas Voltada para a articulação de diferentes escalas de análise geográfica, por meio da qual os alunos possam compreender as relações entre o local e o global. O princípio da conexão, por sua vez, estimula a compreensão do que ocorre entre a sociedade e os elementos do meio físico natural. Tomados em conjunto, conexões e escalas ajudam a explicar os arranjos das paisagens, assim como a localização e a distribuição espacial de diferentes fenômenos geográficos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 34 1/19/18 2:06 PM XXXV Os conceitos e conteúdos geográficos na coleção Esta coleção apresenta uma proposta de ensino organizada com base em cate- gorias e conceitos geográficos básicos de lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico, abordados de maneira acessível aos alunos que cursam os anos iniciais do Ensino Fundamental. Tais conceitos são apresentados, sempre que possível, com conteúdos e temas que fazem parte do cotidiano e do lugar em que os alunos vivem. De maneira direta ou indireta, outras temáticas relevantes à compreensão e ao en- tendimento dos fenômenos geográficos são paulatinamente incorporadas. Entre elas, são privilegiadas questões ligadas à natureza, ao meio ambiente, ao trabalho, à cultu- ra, à cidadania e às relações econômicas e sociais. Com esse trabalho, procura-se desenvolver nos alunos o entendimento das ações do ser humano e suas relações com o espaço, de modo que eles tenham subsídios para analisar e compreender, criticamente, a sociedade em que vivem, tornando-se cidadãos atuantes. A fim de que a aprendizagem desses conceitos e temas seja significativa, procura-se abordá-los respeitando o nível de desenvolvi- mento cognitivo e afetivo dos alunos e ampliando, de maneira gradativa, a escala de análise geográfica. Os conteúdos estão organizados na forma de espiral, ou seja, as temáticas apresen- tadas vão se articulando com as categorias e conceitos geográficos, que vão sendo retomados no decorrer dos volumes. No volume do 1o ano, são propostos estudos sobre o sujeito e seu lugar no mundo, com destaque para o desenvolvimento das noções espaciais e topológicas, sobre os Mundo do trabalho Destaca os processos técnicos produzidos ao longo do tempo pela sociedade e seus impactos nas formas e na organização do trabalho. Por meio dessa temática, busca-se, portanto, conhecer as diferentes atividades econômicas, comparar as características do trabalho no campo e analisar as mudanças que o desenvolvimento tecnológico promove nas formas de trabalho e nas atividades econômicas. Formas de representação e pensamento espacial Voltada para o desenvolvimento do pensamento espacial e da leitura cartográfica. Para isso, nela é enfatizado o processo de criação de representações espaciais, como da sala de aula, da escola e do bairro, a utilização de mapas, croquis, entre outras representações bidimensionais e tridimensionais, como as maquetes. Como ferramentas da análise espacial, o ensino dessas representações espaciais serve de suporte para o desenvolvimento do raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa pelo mapa, como fim em si mesmo. Natureza, ambientes e qualidade de vida Aborda questões relacionadas aos processos físico-naturais do planeta, assim como aos impactos ambientais decorrentes das atividades humanas. Por meio dessa temática, os alunos podem reconhecer a importância da natureza para a vida, adotar atitudes visando à preservação dos recursos naturais, identificar a ocorrência de problemas ambientais diversos, além de buscar a solução de tais problemas. Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 314-318. Disponível em: <http:// basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 35 1/19/18 2:06 PM XXXVI lugares de vivência, como a moradia, a escola e seus respectivos espaços, e também sobre os caminhos do dia a dia , como foco no percurso casa-escola. No volume do 2o ano, essas mesmas categorias são abordadas, com destaque para o lugar de vivência, o espaço da escola, as ruas e o trânsito, o bairro e suas histórias, a natureza e seus recursos. No volume do 3o ano, os conteúdos privilegiam a análise do lugar, como espaço vivido, o estudo da paisagem e seus elementos, a construção da paisagem pelo tra- balho humano e a exploração dos recursos naturais e os impactos ambientais decor- rentes das atividades humanas. No volume do 4o ano, os conteúdos tratam do estudo sobre o território brasileiro, incluindo sua divisão política e regional, as paisagens naturais e humanizadas do país e o estudo sobre as origens e a diversidade do nosso povo, das paisagens rurais e urbanas e das interações entre campo e cidade. No volume do 5o ano, é importante que os alunos desenvolvam estudos sobre essas categorias (lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico) articulados aos conteúdos que abordam temas sobre a população brasileira e os movimentos desta no território, as regiões brasileiras e as características naturais e socioeconômicas do nosso país. Do ponto de vista didático-pedagógico, a elaboração desses conceitos e categorias depende do papel que professores e alunos assumem no processo de ensino-apren- dizagem. De um lado, os professores têm a tarefa de atuar como sujeitos norteadores e motivadores, criando as condições necessárias para os alunos se apropriarem de maneira efetiva de novos conhecimentos. Os alunos, por sua vez, devem ser conside- rados sujeitos criativos e autônomos, capazes de reelaborar novos conhecimentos com base nas diversas informações que já dispõem sobre o mundo em que vivem e nas trocas de experiências e conhecimentos realizadas mediante processos de socia- lização e interação. Nesse sentido, a tarefa de ensinar deve privilegiar as dimensões subjetivas e, por- tanto, singulares dos alunos, valorizando os conhecimentos que já possuem e as ex- periências individuais adquiridas em sua vivência. Geografia e Cartografia A Cartografia é um dos mais importantes instrumentos que auxiliam nos estudos geográficos. Essa ferramenta adquire relevância por desenvolver nos alunos um con- junto de habilidades e competências necessárias à leitura eà análise da organização do espaço geográfico, condição muito importante para entender melhor o mundo em que vivemos. Desse modo, a linguagem cartográfica deve ser explorada desde o início da escolaridade, desenvolvendo nos alunos noções de orientação e localização no espaço terrestre, de distribuição e ordenamento dos fenômenos na ocupação do es- paço, de interpretação de símbolos (codificação e decodificação), entre outras. A tarefa de ensinar Cartografia envolve do manuseio e elaboração de mapas e outras representações espaciais à compreensão das informações representadas (entender o traçado de rios e estradas; compreender o significado das cores e dos símbolos utilizados na representação de cidades, regiões de cultivo; analisar as áreas de influência dos climas, etc.). Assim, a construção de conhecimentos sobre 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 36 1/19/18 2:06 PM XXXVII a linguagem cartográfica deve desempenhar uma dupla missão: a de formar alunos capazes de representar e codificar o espaço geográfico e, ao mesmo tempo, for- mar leitores capazes de interpretar as informações expressas em diferentes tipos de representações. [...] A educação para a leitura de mapas deve ser entendida como o processo de aquisição, pelos alunos, de um conjunto de conhecimentos e habilidades para que consigam efetuar a leitura do espaço, representá-lo, e desta forma construir os conceitos das relações espaciais. Neste processo, a função simbólica desem- penha um importante papel para o preparo de leitores eficazes de mapas. [...] PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica. 2. ed. Belo Horizonte: Lê, 1998. p. 9. Alguns recursos didáticos são importantes no trabalho com o desenvolvimento das noções cartográficas com os alunos. Seguem alguns exemplos: Globo geográfico Representação da Terra, como se fosse uma miniatura do nosso planeta, porém estilizado e generalizado. O manuseio dessa representação pelas crianças permite que elas se familiarizem com o globo e com as noções de redução. Mapas em tamanho grande Os mapas devem fazer parte das aulas de Geografia sempre que possível, a fim de que os alunos se familiarizem e manuseiem esse tipo de representação, mesmo que ainda não estejam alfabetizados, de modo que esses recursos estimulem sua curiosidade e suas indagações. Maquete A maquete pode ser tanto uma prática, tratando-se de sua construção, quanto um recurso, que fique disponível e acessível aos alunos para consultas e explorações nesse objeto tridimensional. [...] O trabalho com a maquete corresponde a uma fase do aprendizado em que o aluno opera a mudança de ponto de vista do próprio corpo para outro corpo ou ob- jeto e corresponde à fase intermediária entre a percepção egocêntrica do mundo e a representação projetada no plano de uma folha de papel. Assim, quando o aluno apresenta dificuldades para lidar com uma determinada noção, no papel, é necessá- rio retomar o trabalho com a maquete. Na escola, a fase da construção da maquete, raramente é explorada na extensão de seu potencial didático. [...] LESANN, Janine. Geografia no Ensino Fundamental I. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009. p. 139. Portanto, o desenvolvimento das noções cartográficas também tem por objetivo fazer com que os alunos compreendam mais facilmente a dinâmica do espaço geo- gráfico, contribuindo para a formação de indivíduos capazes de agirem, localizarem-se e deslocarem-se com autonomia. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 37 1/19/18 2:06 PM XXXVIII [...] Espera-se que no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos tenham do- mínio da leitura e elaboração de mapas e gráficos, iniciando-se na alfabetização cartográfica. Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens de satélites, au- diovisuais, gráficos, entre outras alternativas, são frequentemente utilizados no componente curricular. Quanto mais diversificado for o trabalho com lingua- gens, maior o repertório construído pelos alunos, ampliando a produção de sen- tidos na leitura de mundo. Compreender as particularidades de cada linguagem, em suas potencialidades e em suas limitações, conduz ao reconhecimento dos produtos dessas linguagens não como verdades, mas como possibilidades. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 315. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. O raciocínio geográfico Nos estudos de Geografia, os alunos são estimulados a compreender melhor o mundo em que vivem. Para facilitar essa compreensão, os estudos devem propor- cionar oportunidades de pensar o espaço, de modo a desenvolver o raciocínio geográfico. Esse raciocínio acontece à medida que determinados princípios são exercitados, a fim de que o pensamento espacial seja compreendido em sua realidade. Veja o quadro a seguir. Princípio Descrição Analogia Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre. Conexão Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes. Diferenciação É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas. Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 38 1/19/18 2:06 PM XXXIX Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico. Localização Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais). Ordem Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu. Fontes de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 312. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 7 dez. 2017. FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério (Orgs.). Dicionário de Geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016. MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999. MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49. Objetivos do ensino de Geografia nos anos iniciais No decorrer dos anos iniciais do Ensino Fundamental, existem alguns objetivos im- portantes que, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, compõem um rol de conhecimentos que fazem parte da base nacional comum a que todos devem ter acesso, e que devem estar muito claros para a formação no ensino de Geografia. Veja a seguir alguns desses objetivos: Desenvolver interesse e curiosidade pelo meio natural e social, buscando informações como forma de melhor compreendê-los. Reconhecer e utilizar as informações contidas em imagens e representações gráficas. Valorizar a importância das relações entre o meio ambiente e as formas de vida, para a preservação das espécies e para a qualidade da vida humana. Conhecer e utilizar corretamente os elementos da linguagem cartográfica, além dos referenciais de localização, orientação e distância. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 39 1/19/18 2:06 PM XL Observar a diversidade cultural existente entre os grupos sociais, verificando sua influência no modo como a natureza é transformada. Compreender as diferenças existentes entre as atividades desenvolvidas nos espaçosurbano e rural, além das relações mantidas entre eles. Reconhecer a existência das técnicas e das tecnologias utilizadas pela sociedade na transformação do espaço e observar as consequências trazidas por muitas das interferências humanas na natureza. Compreender que suas ações possuem grande importância para a sociedade da qual fazem parte, assim como para a preservação da natureza. Identificar e compreender as diferenças existentes entre as paisagens e os elementos dos espaços urbano e rural e entre o modo de vida dos habitantes desses espaços. Reconhecer os elementos existentes nas paisagens do lugar onde vivem e em outras paisagens, além de identificar nelas as diferentes formas da natureza e as transformações causadas pela sociedade. Os conteúdos e suas categorias Os conteúdos definidos para o ensino de Geografia e de qualquer outro componen- te curricular devem levar em conta que: [...] a história da escola está indissoluvelmente ligada ao exercício da cidadania; a ciência que a escola ensina está impregnada de valores que buscam promover determinadas condutas, atitudes e determinados interesses, como, por exemplo, a valorização e preservação do meio ambiente, os cuidados com a saúde, entre outros. [...] O acesso ao conhecimento escolar tem, portanto, dupla função: de- senvolver habilidades intelectuais e criar atitudes e comportamentos necessários para a vida em sociedade. [...] BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB. 2013. p. 112. Nesse sentido, os conteúdos propostos na coleção estão organizados na forma de textos, atividades e vasta variedade de recursos didáticos, como textos literários, histórias em quadrinhos, letras de músicas, charges, ilustrações, mapas, tabelas, gráficos, obras de arte, pinturas, entre outros. Com a exploração desses recursos, o processo de ensino e aprendizagem, orientado pelo professor, tende a se tornar mais dinâmico e atrativo para os alunos, além de serem mobilizados para o desen- volvimento de conteúdos, atitudes e procedimentos. Veja a seguir. Registrar, comparar e sintetizar informações, observando, descrevendo e analisando as paisagens. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 40 1/19/18 2:06 PM XLI Conteúdos conceituais Vários conteúdos trabalhados nesta coleção privilegiam os conceitos fundamen- tais da disciplina de Geografia, que devem ser contemplados no decorrer dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nessa disciplina é possível citar o trabalho com os conceitos de natureza, lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico, além das noções espaciais e cartográficas. Alguns conceitos são apresentados em várias etapas, a fim de respeitar as dife- rentes fases do desenvolvimento cognitivo dos alunos. A obra também promove um trabalho com esses conceitos por meio da troca de experiências e procura sistematizá-los de maneira que os alunos alcancem uma aprendizagem mais significativa. Conteúdos procedimentais O trabalho com os conteúdos procedimentais visa desenvolver nos alunos diver- sas habilidades, as quais podem ser utilizadas em diferentes momentos da apren- dizagem escolar. Entre esses procedimentos, destacam-se a observação, que consiste em examinar atentamente o que está à sua volta; a leitura de diferentes fontes de informações; a descrição detalhada dos elementos observados; a com- paração entre as informações obtidas; e a explicação das relações existentes entre o que foi observado, lido, descrito e comparado. É fundamental também que o educando desenvolva habilidades de registro, in- terpretação, análise crítica, reflexão e síntese. É importante destacar que essas habilidades podem ser utilizadas pelos alunos, não somente em Geografia, mas também nas outras disciplinas. Além disso, eles podem utilizar essas habilidades em várias situações de sua vivência diária. Essas habilidades estão contempladas no decorrer de todos os volumes, à medida que são propostos os trabalhos a seguir. Observação Olhar intencionalmente a fim de obter informações relevantes e buscar respostas para questionamentos propostos. Descrição Selecionar informações que possam caracterizar ou explicar o fenômeno ou a paisagem observados. Classificação Relacionar e agrupar conjuntos de elementos com características comuns. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 41 1/19/18 2:06 PM XLII Conteúdos atitudinais Também são trabalhados, nesta coleção, conteúdos que visam propiciar ao alu- no o aperfeiçoamento de suas interações com o meio, a partir do desenvolvimento de atitudes como responsabilidade, solidariedade e socialização. Esses conteúdos colaboram também para o desenvolvimento das noções de identidade e de cidadania. Nesse sentido, são propostas atividades — individuais e/ou coletivas — que es- timulam nos alunos atitudes como a troca de ideias e opiniões, o respeito às dife- renças e a convivência social. Para contemplar esses conteúdos, são propostos questionamentos e atividades que visam proporcionar aos educandos as atitudes a seguir. A socialização, com o estímulo ao diálogo, de modo que os alunos desenvolvam atitudes de respeito mútuo, convivência em grupo e valorização das diferenças, muitas vezes expressas pelas ideias e opiniões dos membros do grupo. O desenvolvimento da autonomia e da autoestima. Representação Construir desenhos, maquetes, plantas ou mapas de lugares diferentes. Análise e comparação Interpretar e comparar informações em contextos diversos, a fim de emitir opiniões com base na leitura de textos, imagens e representações gráficas. Síntese Reunir informações a fim de construir explicações estabelecendo comparações entre fatos e fenômenos. Pesquisa, registro e documentação Buscar informações novas em fontes diferentes, com base na reflexão, em questionamentos e pesquisas, organizando-as, sintetizando-as e registrando-as na forma de textos, gráficos, esquemas, desenhos, etc. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 42 1/19/18 2:06 PM XLIII O trabalho com os conteúdos As atividades e o desenvolvimento de habilidades Ao longo da coleção, os alunos terão muitas oportunidades de desenvolver os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, seja por meio do trabalho com o texto principal, seja nos momentos de realização de atividades. Nesta cole- ção, as atividades são bem diversificadas e procuram desenvolver nos alunos im- portantes habilidades. Algumas dessas habilidades foram listadas no tópico Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC. A adoção de atitudes responsáveis em relação às pessoas e ao ambiente. O exercício da tomada de decisões, por meio do diálogo e do consenso. A valorização de diferentes grupos étnico-sociais e de suas manifestações culturais. A interatividade na construção do conhecimento, conscientizando os educandos de que são indivíduos que interagem a todo momento com a sociedade e com a natureza. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 43 1/19/18 2:06 PM XLIV UNIDADE 1 Estudando o município Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Trabalho no campo e na cidade. • Sistema de orientação. • Elementos constitutivos dos mapas. • Preservação e degradação da natureza. • EF04GE07 • EF04GE09 • EF04GE10 • EF04GE11 • Características das diferentes paisagens que compõem o município. 1 • Paisagens naturais e paisagens humanizadas. 1 • Orientação pelos pontos cardeais. • As orientações espaciais nas representações cartográficas. • Espaço urbano e espaço rural do município. 2 • Interpretação de mapas e gráficos dos municípios. 3 , 5 , 6 • População dos municípios. 2 , 4 • Diferentes paisagens do município. 1 • Competência Geral 2. • Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 4. • Competência Geral 6. • DiversidadeCultural. UNIDADE 2 Campo e cidade: espaços interligados Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Relação campo e cidade. • Trabalho no campo e na cidade. • Produção, circulação e consumo. • EF04GE04 • EF04GE07 • EF04GE08 • Diferentes tipos de atividades econômicas praticadas no espaço rural e os produtos provenientes delas. 6 , 7 • Importância das atividades econômicas realizadas no campo e como elas estão presentes em nosso dia a dia, principalmente, nos produtos que consumimos. 7 , 8 • Comparação dos tipos de produção realizados em pequenas e grandes propriedades rurais. 8 , 10 • Agricultura familiar. 9 • Valorização do trabalho feminino. 9 • Diferentes tipos de atividades econômicas desenvolvidas no espaço urbano. 8 , 10 , 11 • Importância das atividades econômicas do espaço urbano. 8 , 11 • Relações entre espaço urbano e espaço rural. 8 , 9 , 11 • Importância dos meios de transporte na realização das trocas de produtos entre campo e cidade. 11 • Competência geral 3. • Competência geral 7. • Competência geral 10. • Preservação do meio ambiente. • Ciência e tecnologia. • Vida familiar e social. • Educação em direitos humanos. • Trabalho. • Sexualidade. • Educação para o consumo. 1 – Paisagens naturais e antrópicas em transformação (3o ano). 2 – A cidade e o campo: aproximações e diferenças (3o ano). 3 – Representações cartográficas (3o ano). 4 – Dinâmica populacional (5o ano). 5 – Território, redes e urbanização (5o ano). 6 – Representação das cidades e do espaço urbano (5o ano). 7 – Paisagens naturais e antrópicas em transformação (3o ano). 8 – Matéria-prima e indústria (3o ano). 9 – A cidade e o campo: aproximações e diferenças (3o ano). 10 – Trabalho e inovação tecnológica (5o ano). 11 – Território, redes e urbanização (5o ano). Distribuição dos conteúdos de Geografia Esta coleção foi estruturada levando em consideração as propostas da Base Nacio- nal Comum Curricular (BNCC) e tomando como princípio a importância da formação cidadã e integral dos estudantes. Os quadros a seguir apresentam uma visão geral sobre como as habilidades, com- petências e temas contemporâneos foram desenvolvidos nos diferentes objetos de conhecimentos. Além disso, apresentamos também relações entre alguns temas, no- ções e conceitos trabalhados neste ano com objetos de conhecimento de anos ante- riores ou posteriores, apresentados após o quadro de cada unidade, por meio de uma indicação numérica. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 44 1/19/18 2:06 PM XLV UNIDADE 3 Brasil: território e população Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Território e diversidade cultural. • Processos migratórios no Brasil. • Instâncias do poder público e canais de participação social. • Relação campo e cidade. • Unidades político- -administrativas do Brasil. • Trabalho no campo e na cidade. • Sistema de orientação. • Elementos constitutivos dos mapas. • EF04GE01 • EF04GE02 • EF04GE03 • EF04GE04 • EF04GE05 • EF04GE06 • EF04GE09 • EF04GE10 • Divisão política do Brasil e suas respectivas capitais. 13 • Análise do processo de formação do território brasileiro. 15 • Diferentes paisagens brasileiras. 13 , 16 • Orientação espacial através dos pontos cardeais. • Divisão em grandes regiões do IBGE. 13 , 15 • Instâncias de governo e administração (federal, estadual e municipal) e os três poderes. 17 • Principais grupos humanos formadores da população brasileira. 14 , 18 • Contribuição dos diferentes grupos humanos na expressão cultural do povo brasileiro. 14 , 18 • Competência geral 3. • Competência geral 9. • Competência geral 10. • Educação financeira e fiscal. • Diversidade cultural. UNIDADE 4 Aspectos naturais da paisagem Objetos de conhecimento Habilidades Temas, noções e conceitos Competências gerais Temas contemporâneos • Preservação e degradação da natureza. • EF04GE11 • Diferentes tipos de clima que atuam no Brasil. 19 • Características das diferentes paisagens naturais do Brasil e suas alterações. 19 , 20 • Principais formas de relevo brasileiro. 19 • Influência do relevo nas características hidrográficas. 19 • Partes do rio, importância dos rios e regiões hidrográficas do Brasil. 19 • Transformação dos rios pela sociedade. 20, 21 , 22 • Competência geral 2. • Preservação do meio ambiente. • Educação para o consumo. • Ciência e tecnologia. 12 – Representações cartográficas (3o ano). 13 – Paisagens naturais e antrópicas em transformação (3o ano). 14 – A cidade e o campo: aproximações e diferenças. (3o ano). 15 – Território, redes e urbanização (5o ano). 16 – Mapas e imagens de satélite (5o ano). 17 – Gestão pública da qualidade de vida (5o ano). 18 – Diferenças étnico-culturais e desigualdades sociais (5o ano). 19 – Paisagens naturais e antrópicas em transformação (3o ano). 20 – Impactos das atividades humanas (3o ano). 21 – Produção, circulação e consumo (3o ano). 22 – Qualidade ambiental (5o ano). 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 45 1/19/18 2:06 PM 50° O 0° OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO EQUADOR (MS) (RS) (SC) (PR) (SP) (MG) (RJ) (ES) (GO) (MT) (BA) (TO)(RO) (AC) (AM) (PA) (RR) (AP) (MA) (CE) (PI) (PB) (PE) (AL) (SE) (DF) Acre Amazonas Pará Roraima Rondônia Mato Grosso Goiás Distrito Federal Amapá Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte (RN) Paraíba Pernambuco Alagoas SergipeBahia Minas Gerais Mato Grosso do Sul São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Rio de Janeiro Espírito Santo Tocantins COLÔMBIA PERU CHILE ARGENTINA PARAGUAI VENEZUELA GUIANA BOLÍVIA Salvador São Paulo Porto Alegre Florianópolis Curitiba Campo Grande Cuiabá Porto Velho Rio Branco Manaus Boa Vista Macapá Belém Goiânia Brasília Rio De Janeiro Vitória Belo Horizonte Aracaju Maceió Recife João Pessoa Natal Fortaleza Teresina Palmas São Luís Limite internacional Limite estadual Capital estadual Capital do país SURINAME GUIANA FRANCESA (FRANÇA) URUGUAI P A U L A R A D I XLVI Material para reprodução Brasil: divisão política Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 41. 250 km0 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 46 1/19/18 2:06 PM 0° C ír cu lo P o la r Á rt ic o C ÍR C U LO P O LA R A N TÁ R TI C O TR Ó PI C O D E C Â N C ER 0° EQ U A D O R TR Ó PI C O D E C A PR IC Ó R N IO O C EA N O A TL Â N TI C O O C EA N O PA C ÍF IC O O C EA N O PA C ÍF IC O O C EA N O ÍN D IC O O C EA N O G LA C IA L Á R TI C O O C EA N O G LA C IA L A N TÁ R TI C O MERIDIANO DE GREENWICH M A R D O CA RI BE G ol fo d o M éx ic o G ol fo d o A la sc a Ba ía d e Ba f� n Ba ía d e H ud so n M ar d o La br ad or M ar d a G ro en lâ nd ia M ar d e Ba re nt s M ar d o N or te M ar d e A ra l M ar V er m el ho G ol fo Pé rs ic o M ar d a A rá bi a M ar Cá sp io M ar M ed it er râ ne oM ar N eg ro M ar d e W ed de ll M ar d a Ta sm ân ia M ar d as Fi lip in as M ar d o Ja pã o M ar d e O kh ot sk M ar de B er in g M ar d a Si bé ri a Ba ía d e Be ng al a F e d e ra ç ã o R u s s a Is lâ n d ia M au ri tâ n ia Sa ar a O ci d en ta l (E sp an h a/ m ar ro co s) M ar ro co s A rg él ia Lí b ia Et ió p ia D jib u ti E ri tr ei a So m ál ia M al d iv as Q u ên ia Ta n zâ n ia C o n g o B en in To g o G an a R ep . D em o cr át ic a d o C o n g o G ab ão G ui né Eq ua to ri al A n g o la Zâ m b ia N am íb ia Á fr ic a d o S u l B o ts u an a Le so toSu az ilâ n d ia R u an da U g an d a B u ru n d i M al au í Zi m b áb u e M ad ag as ca r C o m o re s Se yc h el le s M o ça m b iq u e R ep . C en tr o - -A fr ic an a C am ar õ es N ig ér ia B u rk in a Fa ss o C o st a d o M ar � m G u in é Se rr a Le o a G u in é- -B is sa u G âm b ia Li b ér ia Se n eg al Tu n ís ia Eg it o Su d ão d o S u l Su d ão C h ad e N íg er M al i 15 16 14 13 M o n g ó li a C h in a Ja p ão Ín d ia B an g la d es h M ia n m ar Ta ilâ n d ia C am b o ja La o s V ie tn ã Fi lip in as B ru n ei Ti m o r Le st e B u tã o N ep al Pa q u is tã o A fe g an is tã o Ir ã Ir aq u e A rá b ia Sa u d it a Iê m en O m ã K u ai t M a l á s i a A u s tr á li a A n tá rt id a N o v a Z e lâ n d ia Pa p u a- N o va G u in é Sr i L an ka Ta d jiq u is tã o Q u ir g u is tã o C a sa q u is tã o U zb eq u is tã o Tu rc o m en is tã o G eó rg ia Sí ri a Lí b an o C h ip re Jo rd ân ia Is ra el B ar ei n C o re ia d o S u l C o re ia d o N o rt e C in g ap u ra Ta iw an B ra s il U ru g u ai Is . F al kl an d /M al vi n as (R ei n o U n id o ) A rg en ti n a Pa ra g u ai C h ile B o lív ia Pe ru Eq u ad o rC o lô m b ia V en ez u el a G u ia n a Su ri n am e G u ia n a Fr an ce sa ( Fr an ça ) M éx ic o E st a d o s U n id o s d a A m é ri ca A la sc a (E st ad o s U n id o s) C a n a d á G ro en lâ nd ia (D in am ar ca ) B el iz e G u at em al a El S al va d o r H o n d u ra s N ic ar ág u a C o st a R ic a Pa n am á C u b a Ja m ai ca H ai ti R ep ú b lic a D o m in ic an a Po rt o R ic o (E st ad o s U n id o s) B ah am as I n d o n é s i a Tr in id ad e To b ag o Ilh as V ir g en s A m er ic an as (E st ad o s U n id o s) A n g u ill a (R ei n o U n id o ) A nt íg ua e B ar bu da M o n ts er ra t (R ei n o U n id o ) G u ad al u p e (F ra n ça ) D om in ic a M ar tin ic a (F ra n ça ) Sa nt a Lú ci a Ba rb ad os G ra na da Sã o V ic en te e G ra na di na s A ru b a (H o la n d a) C u ra ça o (H o la n d a) B o n ai re (H o la n d a) Sa b a (H o la n d a) Sa in t Eu st at iu s (H o la n d a) S. M ar ti n (F ra n ça / H o la n d a) Ilh as V ir g en s B ri tâ n ic as (R ei n o U n id o ) S ão C ris tó vã o e N ev is Ilh as T u rk s e C ai co s (R ei n o U n id o ) Es tô n ia Le tô n ia Li tu ân ia B el ar u s U cr ân ia G ré ci a H u n g ri a Fr an ça Es p an h a Po rt u g al Tu rq u ia P o lô n ia Fi n lâ n d ia H o la n d a B él g ic a Su íç a It ál ia Ir la n d a A le m an h a R o m ên ia Á u st ri a B u lg ár ia 11 N o ru eg a Su éc ia D in am ar ca R ei n o U n id o 5 7 8 10 9 12 4 3 2 1 6 M ar d o Ca ri be 1 - A n d o rr a 2 - Lu xe m b u rg o 3 - R ep ú b lic a Tc h ec a 4 - Es lo vá q u ia 5 - Es lo vê n ia 6 - C ro ác ia 7 - B ó sn ia -H er ze g ó vi n a 8 - Sé rv ia 9 - M o n te n eg ro 10 - M ac ed ô n ia 11 - A lb ân ia 12 - M o ld áv ia 13 - A rm ên ia 14 - A ze rb ai jã o 15 - C at ar 16 - E m ir ad o s Á ra b es U n id o s XLVII Planisfério político Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 32. 1 39 0 km 0 96 0 km 0 50 0 km 0 PAULA RADI 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 47 1/19/18 2:06 PM XLVIII Bibliografia ANDRÉ, Marli (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto; Secretaria de Educação Fundamental. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. . Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http:// basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. . Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 1999. BUSQUETS, Maria Dolores et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. São Paulo: Ática, 1997. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al. (Orgs.). 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São Paulo: Cortez, 1995. MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999. MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.). Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49. NESTOR, André Kaercher. Quando a Geografia Crítica pode ser um pastel de vento. Mercator – Revista de Geografia UFC, ano 3, n. 6, 2004. PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático. Belo Horizonte: Lê, 1994. p. 9. VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. . A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmg_030a048.indd 48 1/19/18 2:06 PM Rogério Martinez Licenciado e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP) - campus Marília. Professor da rede pública de ensino básico. Autor de livros didáticos para o ensino básico. Wanessa Garcia Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestra em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autora de livros didáticos para o ensino básico. 1a edição São Paulo, 2017 Ensino Fundamental • Anos Iniciais 4o ano Componente curricular: Geografia GEOGRAFIA g19_4pmg_lt_frontis_p001.indd 1 17/01/18 4:38 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 1 1/18/18 11:25 AM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martinez, Rogério Novo Pitanguá : geografia / Rogério Martinez, Wanessa Garcia. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Geografia. 1. Geografia(Ensino fundamental) I. Garcia, Wanessa. II. Título 17-11212 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Érika Fernanda Rodrigues Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Edson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Luciane Gomide Revisão: Clara Recht Diament, Fernanda Rizzo Sanchez Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_4pmg_lt_p002.indd 2 17/01/18 4:39 PM O que você pode fazer para melhorar o mundo em que vive? Plantar uma árvore, não desperdiçar água, cuidar bem dos lugares públicos e respeitar opiniões diferentes da sua são apenas algumas das ações que todos podemos praticar no dia a dia. Ao estudar Geografia, você perceberá que é possível aplicar seus conhecimentos em situações do cotidiano, enfrentando e solucionando problemas de maneira autônoma e responsável. Este livro ajudará você a compreender a importância da cidadania para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_4pmg_lt_p003_apresentacao.indd 3 17/01/18 4:40 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 2 1/18/18 11:25 AM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Martinez, Rogério Novo Pitanguá : geografia / Rogério Martinez, Wanessa Garcia. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Geografia. 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Garcia, Wanessa. II. Título 17-11212 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Bruna Migotto Barbieri, Erica Mantovani Martins, Érika Fernanda Rodrigues Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Edson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Luciane Gomide Revisão: Clara Recht Diament, Fernanda Rizzo Sanchez Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_4pmg_lt_p002.indd 2 17/01/18 4:39 PM O que você pode fazer para melhorar o mundo em que vive? Plantar uma árvore, não desperdiçar água, cuidar bem dos lugares públicos e respeitar opiniões diferentes da sua são apenas algumas das ações que todos podemos praticar no dia a dia. Ao estudar Geografia, você perceberá que é possível aplicar seus conhecimentos em situações do cotidiano, enfrentando e solucionando problemas de maneira autônoma e responsável. Este livro ajudará você a compreender a importância da cidadania para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_4pmg_lt_p003_apresentacao.indd 3 17/01/18 4:40 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 3 1/18/18 11:25 AM 4 4 Estudando o município ....... 8 1 O município e suas paisagens ................................................. 10 Atividades ....................................................................12 Para saber fazer Croqui da paisagem ....................................14 Orientando-se pelo município .................................................. 16 Atividades ....................................................................19 2 Município: espaço rural e espaço urbano ....................... 20 O município nos mapas ..................... 23 A população do município .......... 25 A população rural e a população urbana ................................ 26 Atividades ....................................................................28 Cidadão do mundo O nome dos municípios ...................30 3 As paisagens rurais do município ......................................................... 32 As paisagens rurais e o clima ....................................................................... 34 Atividades ....................................................................35 4 SUMÁRIO 4 As paisagens urbanas do município ..................................................................... 36 A cidade e suas diferentes paisagens ........................... 37 As formas de relevo e as paisagens urbanas ........................... 39 Atividades ................................................................... 40 O que você estudou sobre... .................................................41 Para saber mais ..................................................41 R E N A N O LI V E IR A g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 4 17/01/18 4:43 PM 55 Campo e cidade: espaços interligados ........ 42 1 O trabalho no espaço rural ...........................................................44 Atividades ................................................................... 46 Diferentes maneiras de produzir no campo .........................48 A importância das atividades do espaço rural ........ 49 Atividades ....................................................................51 Cidadão do mundo A força da mulher no campo ............................................................52 2 O trabalho no espaço urbano ..................................................54 A importância das atividades do espaço urbano ....................................... 55 O emprego nas cidades ................... 56 Atividades ....................................................................57 3 A integração entre o espaço rural e o espaço urbano................ 58 A cidade depende da produção do campo ................................ 58 O campo depende da produção da cidade ................................. 59 Atividades das cidades e do campo ...............................................................61 Atividades ....................................................................62 4 Da matéria-prima ao consumidor ..................................................64 Cidadão do mundo Repensando o consumo ................ 66 Atividades ................................................................... 68 Para saber fazer Como fazer uma compra consciente.......................................70 5 Espaços que se integram ........... 72 Atividades ....................................................................74 O que você estudou sobre... .................................................75 Para saber mais ..................................................75S É R G IO P E D R E IR A /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 5 17/01/18 4:43 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 4 1/18/18 11:25 AM 5 4 Estudando o município ....... 8 1 O município e suas paisagens ................................................. 10 Atividades ....................................................................12 Para saber fazer Croqui da paisagem ....................................14 Orientando-se pelo município .................................................. 16 Atividades ....................................................................19 2 Município: espaço rural e espaço urbano ....................... 20 O município nos mapas ..................... 23 A população do município .......... 25 A população rural e a população urbana ................................ 26 Atividades ....................................................................28 Cidadão do mundo O nome dos municípios ...................30 3 As paisagens rurais do município ......................................................... 32 As paisagens rurais e o clima ....................................................................... 34 Atividades ....................................................................35 4 SUMÁRIO 4 As paisagens urbanas do município ..................................................................... 36 A cidade e suas diferentes paisagens ........................... 37 As formas de relevo e as paisagens urbanas ........................... 39 Atividades ................................................................... 40 O que você estudou sobre... .................................................41 Para saber mais ..................................................41 R E N A N O LI V E IR A g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 4 17/01/18 4:43 PM 55 Campo e cidade: espaços interligados ........ 42 1 O trabalho no espaço rural ...........................................................44 Atividades ................................................................... 46 Diferentes maneiras de produzir no campo .........................48 A importância das atividades do espaço rural ........ 49 Atividades ....................................................................51 Cidadão do mundo A força da mulher no campo ............................................................52 2 O trabalho no espaço urbano ..................................................54 A importância das atividades do espaço urbano ....................................... 55 O emprego nas cidades ................... 56 Atividades ....................................................................57 3 A integração entre o espaço rural e o espaço urbano................ 58 A cidade depende da produção do campo ................................ 58 O campo depende da produção da cidade ................................. 59 Atividades das cidades e do campo ...............................................................61 Atividades ....................................................................62 4 Da matéria-prima ao consumidor ..................................................64 Cidadão do mundo Repensando o consumo ................ 66 Atividades ................................................................... 68 Para saber fazer Como fazer uma compra consciente.......................................70 5 Espaços que se integram ........... 72 Atividades ....................................................................74 O que você estudou sobre... .................................................75 Para saber mais ..................................................75 S É R G IO P E D R E IR A /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 5 17/01/18 4:43 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 5 1/18/18 11:25 AM 6 6 Brasil: território e população ................................76 1 O território brasileiro ...................... 78 O território brasileiro nem sempre foi assim ......................... 79 2 A diversidade de paisagens brasileiras..........................80 As cinco grandes regiões ............. 81 Atividades ....................................................................83 3 A administração do território .......................................................... 85 Os três poderes brasileiros................................................................. 86 Estudando a administração do município ......................................................... 87 Atividades ................................................................... 89 A administração do município e os serviços essenciais .................. 91 Atividades ....................................................................93 Direitos e deveres do cidadão ................................................................ 95 Atividades ....................................................................97 Cidadão do mundo Todos pagam pelos serviços públicos .................................................................98 4 A população brasileira ................100 As origens da população brasileira .........................101 Atividades ...............................................................104 Os imigrantes dos séculos 19 e 20 .............................................105 Atividades ............................................................... 107 O que você estudou sobre... ............................................109 Para saber mais .............................................109 D A N IL O S A N TO S g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 6 17/01/18 4:43 PM 77 Aspectos naturais das paisagens ..................... 110 1 Clima e vegetação .................................112 O tempo atmosférico .......................113 Os climas do Brasil ................................114 Atividades ................................................................116 A vegetação e as paisagens ................................................117 Cidadão do mundo Alteração das formações vegetais brasileiras pelo ser humano ...................................122 Atividades ............................................................... 124 2 Relevo e hidrografia ........................126 Relevo brasileiro ......................................128 Atividades ............................................................... 130 As ações da natureza e do ser humano no relevo .......... 131 Os rios e suas características ............................134 Atividades ............................................................... 138 Como os rios são transformados ...............................139 Cidadão do mundo Energia elétrica: dos rios até a nossa casa ....................... 140 Atividades ............................................................... 142 O que você estudou sobre... ............................................ 143 Para saber mais ............................................. 143 BIBLIOGRAFIA ................... 144 Indica que as imagens não estão proporcionais entre si. Indica que as cores utilizadas nas imagens não são reais. A atividade deverá ser respondida no caderno. A atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. A atividade deverá ser respondida oralmente. A atividade está relacionada ao uso de tecnologias, como o computador, o celular ou outras ferramentas. ícones da coleção Nesta coleção, você encontrará alguns ícones. Veja a seguir o que cada um deles significa. O ícone da bússola remete a um instrumento de orientação. nesta coleção, utilizamos esse ícone para indicar conceitos, noções ou habilidades de cartografia. Indica uma atitude que se pode ter para viver melhor em sociedade. Indica que poderá compartilhar com seus colegas uma ideia ou alguma experiênciainteressante. g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 7 17/01/18 4:43 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 6 1/18/18 11:25 AM 7 6 Brasil: território e população ................................76 1 O território brasileiro ...................... 78 O território brasileiro nem sempre foi assim ......................... 79 2 A diversidade de paisagens brasileiras..........................80 As cinco grandes regiões ............. 81 Atividades ....................................................................83 3 A administração do território .......................................................... 85 Os três poderes brasileiros................................................................. 86 Estudando a administração do município ......................................................... 87 Atividades ................................................................... 89 A administração do município e os serviços essenciais .................. 91 Atividades ....................................................................93 Direitos e deveres do cidadão ................................................................ 95 Atividades ....................................................................97 Cidadão do mundo Todos pagam pelos serviços públicos .................................................................98 4 A população brasileira ................100 As origens da população brasileira .........................101 Atividades ...............................................................104 Os imigrantes dos séculos 19 e 20 .............................................105 Atividades ............................................................... 107 O que você estudou sobre... ............................................109 Para saber mais .............................................109 D A N IL O S A N TO S g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 6 17/01/18 4:43 PM 77 Aspectos naturais das paisagens ..................... 110 1 Clima e vegetação .................................112 O tempo atmosférico .......................113 Os climas do Brasil ................................114 Atividades ................................................................116 A vegetação e as paisagens ................................................117 Cidadão do mundo Alteração das formações vegetais brasileiras pelo ser humano ...................................122 Atividades ............................................................... 124 2 Relevo e hidrografia ........................126 Relevo brasileiro ......................................128 Atividades ............................................................... 130 As ações da natureza e do ser humano no relevo .......... 131 Os rios e suas características ............................134 Atividades ............................................................... 138 Como os rios são transformados ...............................139 Cidadão do mundo Energia elétrica: dos rios até a nossa casa ....................... 140 Atividades ............................................................... 142 O que você estudou sobre... ............................................ 143 Para saber mais ............................................. 143 BIBLIOGRAFIA ................... 144 Indica que as imagens não estão proporcionais entre si. Indica que as cores utilizadas nas imagens não são reais. A atividade deverá ser respondida no caderno. A atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. A atividade deverá ser respondida oralmente. A atividade está relacionada ao uso de tecnologias, como o computador, o celular ou outras ferramentas. ícones da coleção Nesta coleção, você encontrará alguns ícones. Veja a seguir o que cada um deles significa. O ícone da bússola remete a um instrumento de orientação. nesta coleção, utilizamos esse ícone para indicar conceitos, noções ou habilidades de cartografia. Indica uma atitude que se pode ter para viver melhor em sociedade. Indica que poderá compartilhar com seus colegas uma ideia ou alguma experiência interessante. g19_4pmg_lt_p004a007_sumario.indd 7 17/01/18 4:43 PM g19_4pmg_mp_u01_p001a007.indd 7 1/18/18 11:25 AM 8 Esta unidade aborda o estudo do es- paço do município, suas paisagens rurais e urbanas, e analisa também as características de suas popula- ções, assim como a representação cartográfica desses espaços. • Investigue o conhecimento prévio dos alunos a respeito do tema. Peça que analisem a imagem de abertura e identifiquem os elementos presentes na paisagem apresentada. • Escreva na lousa os elementos que eles citarem. • Quando eles começarem a falar de elementos rurais, interrompa-os e pergunte: sítios, chácaras e fazendas também fazem parte do município? R: Resposta pessoal. Permita que eles debatam livremente, tentan- do chegar a uma conclusão. • Ao final, explique que os municípios são formados por uma área urba- na (cidades, vilas, povoados) e uma área rural (campo). • O texto a seguir pode ser utilizado para embasar o estudo do tema. [...] • Municípios: São as unidades de menor hierarquia dentro da or- ganização político-administra- tiva do Brasil, criadas através de leis ordinárias das Assembleias Legislativas de cada Unidade da Federação e sancionadas pelo Governador. [...] • Distritos: São as unidades admi- nistrativas dos municípios. Têm sua criação norteada pelas Leis Orgânicas dos Municípios. [...] • Área Urbana: Área interna ao pe- rímetro urbano de uma cidade ou vila, definida por lei municipal. • Área Rural: Área de um municí- pio externa ao perímetro urbano. • Área Urbana Isolada: Área de- finida per lei municipal e sepa- rada da sede municipal ou dis- trital por área rural ou por um outro limite legal. [...] Noções básicas de Cartografia. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/ cartografia/manual_nocoes/elementos_ representacao.html>. Acesso em: 3 jan. 2018. 8 Estudando o município g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 8 17/01/18 4:48 PM 9 1. Liste três elementos que se destacam na paisagem desse município. 2. É possível afirmar que o trabalho do ser humano transformou essa paisagem? Converse com os colegas. 3. A foto foi obtida a partir de qual ponto de vista: vertical, horizontal ou oblíquo? CONECTANDO IDEIASPaisagem do município de Uraí, Paraná, em 2015. E R N E S T O R E G H R A N / P U L S A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 9 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 8 1/18/18 11:30 AM 9 • Peça que os alunos observem a ima- gem e identifiquem os elementos que aparecem nela. Com essa observa- ção, auxilie-os na realização da ativi- dade 1, orientando a escolha dos três principais elementos que aparecem com maior evidência na imagem. • Conduza a atividade 2 investigando o conhecimento prévio dos alunos sobre o processo de transformação nas paisagens causado pelos seres humanos. Além das respostas que serão apresentadas, estimule o diá- logo entre os alunos com o intuito de conhecer a opinião de cada um so- bre o tema. • Por fim, a atividade 3 desperta a no- ção dos pontos de vista. Desenvolva essa noção solicitando que os alu- nos observem a imagem e interpre- tem em que ponto de vista a imagem foi obtida. Antes que eles cheguem a uma conclusão, explique exata- mente o que são os pontos de vista e como é cada um desses pontos (ver- tical, horizontal ou oblíquo). • Se considerar pertinente, providen- cie outras imagens com diversos pontos de vista para os alunos ob- servarem. Conectando ideias 1. Lavouras, vegetações e construções. 2. Sim. O ser humano transformou as paisa- gens naturais nas paisagens culturais que compõem o município, tanto o espaço ur- bano quanto o espaço rural. 3. Visão oblíqua. Se houver alguma dificul- dade com os alunos, retome os conceitos relacionados aos pontosde vista. 8 Estudando o município g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 8 17/01/18 4:48 PM 9 1. Liste três elementos que se destacam na paisagem desse município. 2. É possível afirmar que o trabalho do ser humano transformou essa paisagem? Converse com os colegas. 3. A foto foi obtida a partir de qual ponto de vista: vertical, horizontal ou oblíquo? CONECTANDO IDEIASPaisagem do município de Uraí, Paraná, em 2015. E R N E S T O R E G H R A N / P U L S A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 9 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 9 1/18/18 11:30 AM 10 • Explique aos alunos que os municí- pios apresentam paisagens muito variadas, tanto nas áreas urbanas (bairros diferentes em uma mesma cidade) quanto nas áreas rurais (dife- rentes tipos de lavouras, pastagens, vegetação natural, etc.). • Peça para que os alunos desenhem no caderno uma paisagem do mu- nicípio em que moram (pode ser da área urbana ou da área rural). • Peça para que os alunos analisem a primeira imagem da página 10. Per- gunte: • O que há de característico nesse município, diferente da paisagem do seu município desenhada anterior- mente? R: Resposta pessoal. Leve os alunos a perceberem as diferenças nos aspectos naturais e/ou culturais entre a paisagem que desenha- ram e a paisagem da foto. • Leia a legenda da primeira foto da página, junto com os alunos. • Pergunte se eles conhecem outros municípios litorâneos, a exemplo de Maceió. Recolha todas as experiên- cias que os alunos tiveram. Conver- se com eles sobre as características desses municípios, identificando semelhanças e diferenças entre eles. • Pergunte aos alunos se eles já esti- veram em um município litorâneo. Converse com a turma sobre suas experiências. Caso sua escola fique em um município litorâneo, pergunte se eles já foram a outros municípios. Converse sobre o que esses locais tinham em comum com o município em que está a escola. Objetivos • Conhecer as características das diferentes paisagens rurais e ur- banas que compõem o município. • Distinguir paisagens naturais e paisagens culturais. 10 As fotos a seguir mostram paisagens de alguns lugares do Brasil. São paisagens de diferentes municípios. Observe-as com atenção. O município e suas paisagens11 Nessa paisagem do município de Maceió, Alagoas, em 2017, podemos observar parte da cidade e a praia, pois esse município localiza-se no litoral. As construções mais antigas, observadas na paisagem da cidade de Salvador, Bahia, em 2015, são referências históricas de como era antigamente essa parte da cidade. Nessa paisagem da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 2017, a grande quantidade e a concentração de construções, onde se destacam edifícios, indicam que se trata de uma cidade com elevado número de habitantes. TA LE S A Z Z I/ P U LS A R IM A G E N S T H IA G O L E IT E /S H U T T E R S TO C K M A R C O P A U LO B A H IA D IN IZ /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 10 17/01/18 4:48 PM 11 As fotos que você observou mostram paisagens com características muito diferentes. Por meio da análise das paisagens podemos compreender melhor como os lugares estão organizados. Lembre-se de que a paisagem é tudo aquilo que nossos sentidos captam de um lugar. Além dos elementos vistos, percebemos também a temperatura do ar, os sons, as texturas e os cheiros. As diferenças entre as paisagens podem ser identificadas pelos diversos elementos que compõem cada uma delas. Esses elementos podem ser naturais, ou seja, criados pela natureza, como os rios, os mares, as florestas, os morros. Também podem ser elementos culturais, aqueles criados pelo ser humano, como as casas, os edifícios, as pontes, as estradas. • Observe novamente as paisagens dos municípios retratados nas páginas 10 e 11 e identifique em cada uma delas elementos naturais e elementos culturais. Nessa paisagem do município de Domingos Martins, Espírito Santo, em 2014, destacam-se a forma de relevo, a vegetação, além de uma área urbana pouco extensa. Espera-se que os alunos citem como elementos naturais a vegetação, as formas de relevo, a presença de mar e de nuvens. Como elementos culturais eles podem citar construções como casas, edifícios, ruas, calçadas e pontes. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 11 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 10 1/18/18 11:30 AM 11 • Mostre aos alunos a segunda ima- gem da página 10. • Converse com eles sobre as caracte- rísticas históricas presentes na pai- sagem desse lugar. • Pergunte se os alunos conhecem outras cidades que, a exemplo de Salvador, também se destacam pela existência de paisagens históricas preservadas. • Pergunte aos alunos se no municí- pio onde moram existe alguma parte histórica preservada (algum bairro, ruas, ou construções históricas, por exemplo). Converse com os alunos destacando como é a paisagem des- se lugar. Caso não exista uma área histórica no lugar de vivência, levan- te algumas hipóteses com a turma sobre essa ausência. Cidades muito novas, como as que se formam nas áreas de fronteira econômica, por exemplo, possuem memória históri- ca recente. • Faça o mesmo processo em relação à imagem da página 11. • É possível que os alunos ainda te- nham dificuldade para entender que o município seja formado por uma ci- dade (sede do município) e uma área rural. Aproveite a oportunidade para explicar as diferenças entre área ru- ral e área urbana. • Pergunte aos alunos se eles já esti- veram em uma área rural (caso a es- cola seja de uma área urbana). Se a escola fizer parte de uma área rural, pergunte aos alunos o que eles co- nhecem sobre as características das cidades: suas atividades econômi- cas, suas paisagens, suas constru- ções, etc. Anote na lousa todas as experiências citadas. 10 As fotos a seguir mostram paisagens de alguns lugares do Brasil. São paisagens de diferentes municípios. Observe-as com atenção. O município e suas paisagens11 Nessa paisagem do município de Maceió, Alagoas, em 2017, podemos observar parte da cidade e a praia, pois esse município localiza-se no litoral. As construções mais antigas, observadas na paisagem da cidade de Salvador, Bahia, em 2015, são referências históricas de como era antigamente essa parte da cidade. Nessa paisagem da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 2017, a grande quantidade e a concentração de construções, onde se destacam edifícios, indicam que se trata de uma cidade com elevado número de habitantes. TA LE S A Z Z I/ P U LS A R IM A G E N S T H IA G O L E IT E /S H U T T E R S TO C K M A R C O P A U LO B A H IA D IN IZ /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 10 17/01/18 4:48 PM 11 As fotos que você observou mostram paisagens com características muito diferentes. Por meio da análise das paisagens podemos compreender melhor como os lugares estão organizados. Lembre-se de que a paisagem é tudo aquilo que nossos sentidos captam de um lugar. Além dos elementos vistos, percebemos também a temperatura do ar, os sons, as texturas e os cheiros. As diferenças entre as paisagens podem ser identificadas pelos diversos elementos que compõem cada uma delas. Esses elementos podem ser naturais, ou seja, criados pela natureza, como os rios, os mares, as florestas, os morros. Também podem ser elementos culturais, aqueles criados pelo ser humano, como as casas, os edifícios, as pontes, as estradas. • Observe novamente as paisagens dos municípios retratados nas páginas 10 e 11 e identifique em cada uma delas elementos naturais e elementos culturais. Nessa paisagem do município de Domingos Martins, Espírito Santo, em 2014, destacam-se a forma de relevo, a vegetação, além de uma área urbana pouco extensa. Espera-se que os alunos citem como elementos naturais a vegetação, as formasde relevo, a presença de mar e de nuvens. Como elementos culturais eles podem citar construções como casas, edifícios, ruas, calçadas e pontes. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 11 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 11 1/18/18 11:30 AM 12 Destaques da BNCC • As atividades diferenciam os ele- mentos naturais dos antrópicos, conforme orienta a habilidade EF04GE11, da BNCC. Mais atividades • Organize os alunos em grupos. • Distribua para eles a letra da can- ção Paisagem da janela, de Lô Bor- ges e Fernando Brandt. Disponível em: <http://www.loborges.com/ blog/?page_id=783>. Acesso em: 29 dez. 2017. • Se possível, reproduza a música para acompanhar a leitura da letra. • Oriente os alunos na análise da letra da canção. A. Identifiquem os elementos pre- sentes na paisagem descrita na canção. R: Casa (quarto de dormir), igreja, muro, pássaro, grade, ser hu- mano (homens), temporal (chu- va), ribeirão, árvores, torres, cemitérios. B. Desenhem como vocês imaginam a paisagem descrita na música. R: Resposta pessoal. Estimule os alunos a usarem a criatividade. A letra da canção não passa a noção espacial. C. Façam uma lista que separe os elementos naturais dos elementos culturais da paisagem desenhada. R: Naturais: pássaro, temporal (chuva), ribeirão, árvores e ser humano. Culturais: casa, igreja, muro, grade, cemitério e torres. • EF04GE11: Identificar as características das paisagens naturais e antrópicas (relevo, cobertu- ra vegetal, rios etc.) no ambiente em que vive, bem como a ação humana na preservação ou degradação dessas áreas. 12 1. Classifique os elementos abaixo em: ATIVIDADES •Acima, nos espaços em branco, insira outros elementos, classificando-os. 2. Leia o texto a seguir. [...] Vejo estradas de ferro, portos, guindastes, navios que chegam e partem. Marinheiros, passageiros, capitães, carregadores, gente e riqueza. Vejo a cidade que cresce, as casas novas que surgem, as chácaras que diminuem. Vejo ao longe as chaminés, a indústria que vem, as coisas que chegam e as que vão. E as que nunca mais serão as mesmas. [...] História de um casarão, de Luis Kehl. Ilustrações de Murilo e Cintia. São Paulo: Nova Alexandria, 2007. p. 9. (Coleção Volta e Meia.) •Agora, marque um X nas afirmativas corretas. O texto descreve a transformação de uma paisagem. O texto mostra que a área rural cresceu junto à vegetação original. O texto cita vários elementos culturais. Floresta. Cinema. Campo de futebol. Montanha. Biblioteca. Solo. Ponte. Indústria. N Elementos naturais. C Elementos culturais. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. Resposta pessoal. N C C C C CN N X X g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 12 17/01/18 4:48 PM 13 3. Observe e analise a foto abaixo, de parte de um município. 4. Escolha uma paisagem de um lugar que você conhece ou do lugar onde vive. Desenhe essa paisagem em uma folha de papel. Depois, descreva, no espaço abaixo, o que você mais gosta nessa paisagem. Resposta pessoal. Os alunos podem escrever alguns elementos da paisagem ou algo que gostam de fazer nesse lugar. Marque um X nas alternativas corretas. a. A foto foi obtida do ponto de vista: vertical. horizontal. oblíquo. b. Elementos naturais que aparecem na foto: praia. morros. prédios. vegetação. mar. rua. c. Elementos culturais que aparecem na foto: praia. morros. prédios. vegetação. mar. rua. Município de Niterói, Rio de Janeiro, em 2016. X X X X X X X R IC A R D O A Z O U R Y /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 13 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 12 1/18/18 11:30 AM 13 Mais atividades • Esta é uma atividade que combina in- terpretação da letra de uma canção e pesquisa. • Para a elaboração desta atividade, providencie acesso a fontes de pes- quisa para os alunos, como livros, revistas e internet. • Reúna a turma em grupos. • Distribua para os grupos a letra da can- ção Samba do avião, de Antonio Carlos Jobim. Disponível em: <http://www. jobim.org/jobim/handle/2010/4927>. Acesso em: 30 dez. 2017. • Se possível, reproduza a música para acompanhar a leitura da letra. Oriente os alunos na análise da letra da can- ção. Listem as características citadas na canção que fazem parte da cidade do Rio de Janeiro, como Cristo Re- dentor, Guanabara, Galeão e Copa- cabana. .Pesquisem imagens desses ele- mentos que fazem parte da paisa- gem carioca. .Com o material da pesquisa, oriente os alunos a montarem um cartaz destacando as características da paisagem da cidade do Rio de Janeiro. 12 1. Classifique os elementos abaixo em: ATIVIDADES •Acima, nos espaços em branco, insira outros elementos, classificando-os. 2. Leia o texto a seguir. [...] Vejo estradas de ferro, portos, guindastes, navios que chegam e partem. Marinheiros, passageiros, capitães, carregadores, gente e riqueza. Vejo a cidade que cresce, as casas novas que surgem, as chácaras que diminuem. Vejo ao longe as chaminés, a indústria que vem, as coisas que chegam e as que vão. E as que nunca mais serão as mesmas. [...] História de um casarão, de Luis Kehl. Ilustrações de Murilo e Cintia. São Paulo: Nova Alexandria, 2007. p. 9. (Coleção Volta e Meia.) •Agora, marque um X nas afirmativas corretas. O texto descreve a transformação de uma paisagem. O texto mostra que a área rural cresceu junto à vegetação original. O texto cita vários elementos culturais. Floresta. Cinema. Campo de futebol. Montanha. Biblioteca. Solo. Ponte. Indústria. N Elementos naturais. C Elementos culturais. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. Resposta pessoal. N C C C C CN N X X g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 12 17/01/18 4:48 PM 13 3. Observe e analise a foto abaixo, de parte de um município. 4. Escolha uma paisagem de um lugar que você conhece ou do lugar onde vive. Desenhe essa paisagem em uma folha de papel. Depois, descreva, no espaço abaixo, o que você mais gosta nessa paisagem. Resposta pessoal. Os alunos podem escrever alguns elementos da paisagem ou algo que gostam de fazer nesse lugar. Marque um X nas alternativas corretas. a. A foto foi obtida do ponto de vista: vertical. horizontal. oblíquo. b. Elementos naturais que aparecem na foto: praia. morros. prédios. vegetação. mar. rua. c. Elementos culturais que aparecem na foto: praia. morros. prédios. vegetação. mar. rua. Município de Niterói, Rio de Janeiro, em 2016. X X X X X X X R IC A R D O A Z O U R Y /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 13 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 13 1/18/18 11:30 AM 14 Destaques da BNCC • Este conteúdo apresenta o croqui como um tipo de representação da paisagem, contemplando a habilida- de EF04GE10, da BNCC. • Retome com os alunos a explicação sobre o croqui na representação da paisagem geográfica. • Leia o texto a seguir, que trata da im- portância das representações carto- gráficas no ensino da Geografia. O ensino nos anos iniciais do en- sino fundamental em Geografia tem como atribuição principal a alfabetização cartográfica. Esse processo de alfabetização inicia, por meio de leitura, desenhos (cro- quis), mapas mentais e outras ativi- dades lúdicas que ajudam os alu- nos no seu desenvolvimento cog- nitivo. Nesta etapa escolar se de- senvolve um olhar sobre os mapas no qual a criança o reconhece como comunicador de determina- dos símbolos que representam a superfície terrestre. No nosso caso, nos anos finais do ensino funda- mental, iniciamos um trabalho de construção cartográfica e da sua linguagem não mais apenas como comunicadora, mas como produ-tora de leitura da realidade vivida. A partir do proposto teoricamen- te, a atividade com os alunos teve como base o conteúdo “Linguagem Cartográfica”. Desse modo, possi- bilitamos a leitura cartográfica, a qual se baseou em explicações em sala de aula, sobre cada um dos ele- mentos que constituem os mapas, tais como: o título, a escala, a fonte, a orientação e a legenda. Esses ele- mentos foram trabalhados com o objetivo de mostrar suas funções para que eles tivessem compreen- são do todo de um mapa. [...] HAGAT, Cristiane L. X.; SILVA, Camila Benso da; DEON, Alana Rigo. Cartografia e leitura de mundo no ensino da Geografia. In: A diversidade da Geografia brasileira: escalas e dimensões da análise e da ação. XI Encontro Nacional da Anpege. 2015. Disponível em: <http://www.enanpege.ggf.br/2015/anais/ arquivos/11/330.pdf>. Acesso em: 3 jan. 2018. • EF04GE10: Comparar tipos variados de mapas, identificando suas características, elaborado- res, finalidades, diferenças e semelhanças. PARA SABER FAZER Croqui da paisagem Os elementos que observamos em uma paisagem podem ser representados por meio de desenhos, também chamados croquis. Ao desenhar o croqui de uma paisagem é possível representar seus diferentes elementos de maneira simplificada ou em conjunto. Assim, podemos analisar facilmente como esses elementos estão distribuídos na paisagem. Paisagem de parte do município de Miraselva, Paraná, em 2015. Veja como essa paisagem foi representada por meio de um croqui. Os croquis também podem ser produzidos com base em fotos, contornando os principais elementos, utilizando símbolos, traços ou cores para indicar cada conjunto da paisagem. Observe os elementos da paisagem mostrada na foto ao lado. 14 E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 14 17/01/18 4:48 PM 15 Observe a foto a seguir e faça um croqui dessa paisagem no espaço abaixo, seguindo os passos apresentados acima. AGORA É COM VOCÊ! Veja os passos para produzir um croqui como o da página anterior. 1. Observar atentamente os elementos que mais se destacam na paisagem, verificando o conjunto formado por esses elementos. 2. Prender as extremidades de uma folha transparente sobre a foto. Para isso, utilizar clipes. 3. Usar um lápis para traçar na folha transparente o contorno dos conjuntos de elementos da foto. 4. Respeitar a disposição dos elementos na paisagem, uns em relação aos Paisagem rural no município de Socorro, São Paulo, em 2015. outros, para que as principais características da paisagem sejam mantidas. 5. Colorir cada conjunto de elementos com cores diferentes. Resposta pessoal. Auxilie os alunos caso tenham dificuldades. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 15 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 14 1/18/18 11:30 AM 15 Mais atividades • Complemente o estudo sobre o cro- qui com a atividade a seguir. • Organize uma saída com os alunos no entorno da escola. • Os alunos devem levar caderno e lá- pis (celular com câmera fotográfica é opcional). • Leve os alunos a algum lugar em que possam observar e desenhar uma paisagem no entorno da escola. • Em campo, converse com os alunos a respeito da paisagem que eles es- tão observando. • Peça a eles que elenquem os princi- pais elementos (naturais e culturais). • Peça para que eles identifiquem pon- tos de referência na paisagem. Pontos de referência marcantes são impor- tantes para identificar bem a paisagem desenhada. • Ao final, faça uma exposição com as produções dos alunos. • Identifiquem possíveis erros e con- versem sobre eles. [...] Considera-se que ao avaliar o erro do edu- cando, lhe serão propiciadas oportunidades de progresso, ao contrário de ignorá-lo, que simplesmente deixará a aluno fadado a co- metê-lo. Entre corrigir o erro e ensinar a pensar so- bre ele, existe muita diferença. Corrigir re- sulta apenas em correção sem reflexão. Ensi- nar a pensar é desenvolver a consciência crí- tica, o que consequentemente promoverá momento de aprendizagem. [....] VILLAS, Selma G. A construção da aprendizagem a partir do erro. Pedagogia ao pé da letra, 6 abr. 2013. Disponível em: <https://pedagogiaaopedaletra. com/a-construcao-da-aprendizagem-a-partir-do-erro/>. Acesso em: 30 dez. 2017. • A avaliação dos erros constitui uma etapa importante no processo de aprendizagem dos alunos. Leia o texto a seguir. PARA SABER FAZER Croqui da paisagem Os elementos que observamos em uma paisagem podem ser representados por meio de desenhos, também chamados croquis. Ao desenhar o croqui de uma paisagem é possível representar seus diferentes elementos de maneira simplificada ou em conjunto. Assim, podemos analisar facilmente como esses elementos estão distribuídos na paisagem. Paisagem de parte do município de Miraselva, Paraná, em 2015. Veja como essa paisagem foi representada por meio de um croqui. Os croquis também podem ser produzidos com base em fotos, contornando os principais elementos, utilizando símbolos, traços ou cores para indicar cada conjunto da paisagem. Observe os elementos da paisagem mostrada na foto ao lado. 14 E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 14 17/01/18 4:48 PM 15 Observe a foto a seguir e faça um croqui dessa paisagem no espaço abaixo, seguindo os passos apresentados acima. AGORA É COM VOCÊ! Veja os passos para produzir um croqui como o da página anterior. 1. Observar atentamente os elementos que mais se destacam na paisagem, verificando o conjunto formado por esses elementos. 2. Prender as extremidades de uma folha transparente sobre a foto. Para isso, utilizar clipes. 3. Usar um lápis para traçar na folha transparente o contorno dos conjuntos de elementos da foto. 4. Respeitar a disposição dos elementos na paisagem, uns em relação aos Paisagem rural no município de Socorro, São Paulo, em 2015. outros, para que as principais características da paisagem sejam mantidas. 5. Colorir cada conjunto de elementos com cores diferentes. Resposta pessoal. Auxilie os alunos caso tenham dificuldades. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p008a015.indd 15 17/01/18 4:48 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 15 1/18/18 11:30 AM 16 Destaques da BNCC • O estudo de orientação e localização desenvolve o pensamento espacial, como orienta a Competência espe- cífica de Geografia para o Ensino Fundamental 4, da BNCC. • A proposta de estudo desta página é fazer com que os alunos percebam que existem alternativas no proces- so de localização dentro do espaço. Os chamados pontos de referência e pontos cardeais são os principais elementos entre as alternativas de orientação. Ideias para compartilhar • Propicie um momento de autoa- valiação para os alunos refletirem sobre posturas exercidas perante situações do cotidiano. Espera- -se que os alunos entendam a im- portância de atitudes solidárias e respeitosas no auxílio da localiza- ção de pessoas que necessitam de orientação para se deslocar a determinado lugar dentro do mu- nicípio. • O texto a seguir trata da relação do ser humano com o meio em que vive e o senso de orientação e localização espacial. [...] Orientar e localizar são ações que se aprende desde o nascimento, que foram sendo estruturadas a partir e com a cons- trução progressiva da noção de espaço. Essas noções certamente são importantes para o sujeito na sua vida cotidiana, pois, no limite, a ignorância dessas pode trazer- -lhe inúmeros problemas. As referidas noções vão se estruturan- do desde o nosso nascimento e são apren- didas durante a nossa vida, em função principalmente das exigências materiais que a mesma nos impõe. É importantesalientar que cada sociedade desenvolve mecanismos e esquemas diferenciados de orientação e localização, que vão de- pender em grande parte das suas condi- ções materiais de vida, da forma como percebem o seu entorno, do seu entendi- mento sobre ele, da forma como ocorre a interação entre o sujeito e o lugar, enfim da forma como as diferentes sociedades se relacionam com os outros elementos da natureza. [...] • Competência específica de Geo- grafia para o Ensino Fundamen- tal 4: Desenvolver o pensamento espacial, exercitando a leitura e produção de representações di- versas (mapas temáticos, mapas mentais, croquis e percursos) e a utilização de geotecnologias para a resolução de problemas que en- volvam informações geográficas. 16 Orientando-se pelo município Nas páginas anteriores, você observou paisagens com diferentes elementos, tanto naturais quanto culturais. Muitos desses elementos nos servem como pontos de referência para nos localizarmos. Podemos dizer, por exemplo, que uma praça está ao lado da biblioteca municipal ou em frente à loja de brinquedos. Se uma pessoa lhe pedisse um ponto de referência para encontrar sua residência, o que você diria? As pessoas também podem se orientar por meio dos pontos cardeais, que são: o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Uma das maneiras de localizar esses pontos é observando a posição do Sol. Isso porque, todos os dias, o Sol aparece no horizonte, pela manhã, na direção Leste, e se põe ao entardecer, na direção Oeste. Veja como alguns alunos encontraram os pontos cardeais observando o Sol, no período da manhã. Logo que chegaram à escola, eles se reuniram no pátio e observaram a direção em que o Sol estava aparecendo. Assim, encontraram o Leste. LU IZ P E R E Z L E N T IN I g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 16 17/01/18 4:53 PM 17 A professora pediu a Felipe, um dos alunos, que abrisse os braços de tal forma que o braço direito apontasse para a direção Leste. Depois de identificar o Leste, os alunos encontraram os demais pontos cardeais. Observe. 1. Observe a imagem acima. Agora, marque um X nos elementos do pátio da escola que estão localizados em cada uma das direções cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Para isso, utilize cores diferentes. Depois, escreva abaixo o nome do elemento assinalado. •Leste. Balanço. •Norte. Prédio da escola. •Oeste. Bola. •Sul. Gangorra. A professora explicou que o braço esquerdo de Felipe estava apontando para a direção Oeste. Ela disse também que à frente de Felipe estavam o Norte e, atrás, o Sul. X X X X LU IZ P E R E Z L E N T IN I g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 17 17/01/18 4:53 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 16 1/18/18 11:30 AM 17 • Introduza o assunto conversando com a turma. A. Quando vocês vêm para escola, em que posição está o sol no céu? B. E na casa de vocês? Em que cômo- do(s) bate o sol pela manhã? C. Em que cômodo(s) o sol bate na sua casa à tarde? D. Da sua casa é possível ver o nas- cer ou o pôr do sol? R: Respostas pessoais. Recolha as informações que os alunos fornecerem. É muito importan- te destacar exatamente o po- sicionamento do Sol no trajeto dos alunos para, posteriormen- te, definir os pontos cardeais. • Procure registrar as respostas dos alunos para aproveitá-las no estudo de localização espacial. [...] grosso modo, para nossos alunos pouco sentido faz aprender noções, habilidades e conceitos de orientação e localização geo- gráficas para orientarem-se e localizarem-se na cidade. Isso porque nos diferentes espa- ços existem alguns pontos de referência se- mifixos ou fixos, muito conhecidos pelo pú- blico em geral e que servem como semi-inva- riáveis, que são elementos que guardam uma certa invariância na paisagem, tais como pontes, viadutos, linhas de trem, igrejas, pra- ças, prefeitura, hospitais, shopping center, e, portanto, servem como pontos de referência para a localização e orientação no espaço vi- vido. [...] KATUTA, Ângela Massumi. O ensino e aprendizagem das noções, habilidades e conceitos de orientação e localização geográficas: algumas reflexões. Geografia, Londrina, v. 9, n. 1, p. 5-24, jan./jun. 2000. Disponível em: <http://www.uel.br/ revistas/uel/index.php/geografia/article/ download/10172/8944>. Acesso em: 30 dez. 2017. 16 Orientando-se pelo município Nas páginas anteriores, você observou paisagens com diferentes elementos, tanto naturais quanto culturais. Muitos desses elementos nos servem como pontos de referência para nos localizarmos. Podemos dizer, por exemplo, que uma praça está ao lado da biblioteca municipal ou em frente à loja de brinquedos. Se uma pessoa lhe pedisse um ponto de referência para encontrar sua residência, o que você diria? As pessoas também podem se orientar por meio dos pontos cardeais, que são: o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Uma das maneiras de localizar esses pontos é observando a posição do Sol. Isso porque, todos os dias, o Sol aparece no horizonte, pela manhã, na direção Leste, e se põe ao entardecer, na direção Oeste. Veja como alguns alunos encontraram os pontos cardeais observando o Sol, no período da manhã. Logo que chegaram à escola, eles se reuniram no pátio e observaram a direção em que o Sol estava aparecendo. Assim, encontraram o Leste. LU IZ P E R E Z L E N T IN I g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 16 17/01/18 4:53 PM 17 A professora pediu a Felipe, um dos alunos, que abrisse os braços de tal forma que o braço direito apontasse para a direção Leste. Depois de identificar o Leste, os alunos encontraram os demais pontos cardeais. Observe. 1. Observe a imagem acima. Agora, marque um X nos elementos do pátio da escola que estão localizados em cada uma das direções cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. Para isso, utilize cores diferentes. Depois, escreva abaixo o nome do elemento assinalado. •Leste. Balanço. •Norte. Prédio da escola. •Oeste. Bola. •Sul. Gangorra. A professora explicou que o braço esquerdo de Felipe estava apontando para a direção Oeste. Ela disse também que à frente de Felipe estavam o Norte e, atrás, o Sul. X X X X LU IZ P E R E Z L E N T IN I g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 17 17/01/18 4:53 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 17 1/18/18 11:30 AM 18 • Escreva na lousa “rosa dos ventos”. • Investigue os conhecimentos pré- vios dos alunos a respeito do con- ceito rosa dos ventos. • Retomando a atividade da página 17, localize os pontos cardeais no pátio ou em alguma área em que seja mais fácil visualizar o movimento aparente do Sol. • Trace com giz uma rosa dos ventos no chão (da sala ou do pátio) na dire- ção dos pontos cardeais. • Pergunte aos alunos onde fica cada um dos pontos cardeais em relação à rosa dos ventos traçada no chão. • Escreva muito claramente no dese- nho cada um desses pontos. Mais atividades • Posicione um aluno em cima de cada um dos pontos cardeais traçados no chão com o giz. • Pergunte à turma: A. Onde está fulano? E sicrano? • Posicione um quinto aluno em uma posição entre os pontos cardeais. Pergunte à turma: B. E beltrano? R: Respostas pessoais. Verifi- que se os alunos conseguiram identificar corretamente cada posição. • A esta altura, a turma tem de ter bem claros os pontos cardeais. É impor- tante desestabilizar os alunos neste momento. Posicionando novos alu- nos entre os pontos cardeais, o res- tante da turma deve testar hipóteses de onde eles se localizam. • Introduza o conceito de pontos co- laterais. • Pelo posicionamento dos alunos, ajude-os a concluir os nomes dos pontos colaterais. Demonstre que a nomenclatura dos pontos colaterais obedece a uma lógica. • Trace os pontos colaterais no chão com giz, completando a rosa dos ventos. A bússola 18 Rosa dos ventos A rosa dos ventos é um símbolo que representa as direções. Nas representações, ela indica tanto as direções cardeais quanto as direções colaterais. As direções colaterais são aquelasque estão entre as direções cardeais. Veja no exemplo a seguir: 2. Na imagem ao lado, circule os nomes das direções, conforme a indicação abaixo. Cardeais. Colaterais. Norte Sul Oeste Leste NordesteNoroeste Sudoeste Sudeste Ao utilizar uma bússola, o ideal é deixá-la em uma superfície horizontal e plana. Para encontrar os pontos cardeais por meio da bússola, é necessário orientar o ponteiro em destaque na direção cardeal Norte. Desse modo, os demais pontos cardeais estarão corretamente orientados. Bússola. Antes do surgimento da bússola, as pessoas que viajavam, seja pelos mares ou por terras, utilizavam o Sol e as demais estrelas para se orientar. Quando o céu estava encoberto por nuvens, os viajantes tinham muita dificuldade para determinar seus caminhos. A invenção da bússola permitiu a orientação mais precisa das direções que eles deveriam seguir. Vermelho: Norte, Sul, Leste, Oeste. Verde: Nordeste, Noroeste, Sudoeste, Sudeste. P K IN G 4T H / S H U T T E R S TO C K .C O M R E N A N O LI V E IR A g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 18 17/01/18 4:53 PM Oeste Norte Sul Sua moradia Leste 19 1. Complete a bússola com as informações dos pontos cardeais e colaterais que estão faltando. 2. Você já observou em qual direção o Sol aparece pela manhã no lugar onde você mora? Tente descobrir as direções cardeais a partir da sua moradia. Desenhe no espaço abaixo algum elemento localizado ao Leste, ao Oeste, ao Sul e ao Norte da sua moradia. ATIVIDADES Resposta pessoal. Oriente os alunos a solicitarem auxílio de um adulto, caso seja necessário sair do ambiente da moradia para encontrar as direções cardeais ao ar livre, mas próximo à sua casa. NE S NO TA M IR E S R O S E A Z E V E D O E R IK M A L A G R IN O g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 19 17/01/18 4:53 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 18 1/18/18 11:30 AM 19 • O texto a seguir aborda a origem e os principais usos da bússola. A bússola é um instrumento mui- to mais mencionado no sentido fi- gurado do que realmente conheci- do. Sua origem se perde no tempo, porém, quase com certeza pode- mos afirmar que foi inicialmente desenvolvida pelos chineses, que a usavam em atividades místicas, e que a grande difusão de seu empre- go na navegação foi feito por mari- nheiros europeus, com maior des- taque para os italianos. Mas, sem dúvida, é notório que a bússola tornou-se o instrumento funda- mental das grandes navegações que deram origem à chamada Era dos Descobrimentos, expandindo as fronteiras geográficas do mun- do conhecido e mudando de forma irreversível a história mundial. [...] Existem modelos de bússolas para as mais diferentes aplicações – navegação marítima, navegação aérea e navegação terrestre, geolo- gia, topografia, mergulho etc. Para cada aplicação também existe grande quantidade de modelos dis- poníveis. Embora o conceito básico seja o mesmo, os recursos introdu- zidos em cada modelo permitem o atendimento de um grande espec- tro de necessidades específicas em diversas áreas. [...] FRIEDMANN, Raul M. P. Fundamentos de orientação, cartografia e navegação terrestre: um livro sobre GPS, bússolas e mapas para aventureiros radicais e moderados, civis e militares. 2 ed. Curitiba: Editora UTFPR, 2008. p. 27. A bússola 18 Rosa dos ventos A rosa dos ventos é um símbolo que representa as direções. Nas representações, ela indica tanto as direções cardeais quanto as direções colaterais. As direções colaterais são aquelas que estão entre as direções cardeais. Veja no exemplo a seguir: 2. Na imagem ao lado, circule os nomes das direções, conforme a indicação abaixo. Cardeais. Colaterais. Norte Sul Oeste Leste NordesteNoroeste Sudoeste Sudeste Ao utilizar uma bússola, o ideal é deixá-la em uma superfície horizontal e plana. Para encontrar os pontos cardeais por meio da bússola, é necessário orientar o ponteiro em destaque na direção cardeal Norte. Desse modo, os demais pontos cardeais estarão corretamente orientados. Bússola. Antes do surgimento da bússola, as pessoas que viajavam, seja pelos mares ou por terras, utilizavam o Sol e as demais estrelas para se orientar. Quando o céu estava encoberto por nuvens, os viajantes tinham muita dificuldade para determinar seus caminhos. A invenção da bússola permitiu a orientação mais precisa das direções que eles deveriam seguir. Vermelho: Norte, Sul, Leste, Oeste. Verde: Nordeste, Noroeste, Sudoeste, Sudeste. P K IN G 4T H / S H U T T E R S TO C K .C O M R E N A N O LI V E IR A g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 18 17/01/18 4:53 PM Oeste Norte Sul Sua moradia Leste 19 1. Complete a bússola com as informações dos pontos cardeais e colaterais que estão faltando. 2. Você já observou em qual direção o Sol aparece pela manhã no lugar onde você mora? Tente descobrir as direções cardeais a partir da sua moradia. Desenhe no espaço abaixo algum elemento localizado ao Leste, ao Oeste, ao Sul e ao Norte da sua moradia. ATIVIDADES Resposta pessoal. Oriente os alunos a solicitarem auxílio de um adulto, caso seja necessário sair do ambiente da moradia para encontrar as direções cardeais ao ar livre, mas próximo à sua casa. NE S NO TA M IR E S R O S E A Z E V E D O E R IK M A L A G R IN O g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 19 17/01/18 4:53 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 19 1/18/18 11:30 AM 20 Destaques da BNCC • A orientação cartográfica utili- za os pontos cardeais, de acordo com a determinação da habilidade EF04GE09, da BNCC. • Reforce com os alunos os conceitos relacionados à orientação espacial e à rosa dos ventos. • Desenhe mais uma vez a rosa dos ventos na lousa até que os alunos fi- quem confortáveis com as direções cardeais. • Apontar uma direção cardeal exige certa abstração, o que ainda pode ser uma tarefa difícil para alunos des- sa faixa etária. Assim, permita que eles indaguem à vontade. Assegure- -se de que o restante da turma res- peitará as dúvidas dos colegas. • Monte uma rosa dos ventos com os alunos. • Forneça um ponto de orientação para cada aluno: “você é noroeste”, “você é sul”, “você é leste”, “você é sudoeste”, etc. • Quando autorizar, os alunos que re- ceberam a denominação de seus pontos de orientação precisam se posicionar em relação aos colegas, formando a rosa dos ventos da turma. • Verifique se eles se posicionaram cor- retamente com o auxílio dos colegas. • Troque os alunos participantes, de modo que todos passem pela expe- riência da dinâmica de turma. • EF04GE09: Utilizar as direções cardeais na localização de componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e urbanas. 20 a. Sabendo que o Sol aparece na direção Leste, encontre essa direção na imagem acima. Se quiser, anote na imagem. b. Estando na igreja, em qual direção se deve seguir para chegar ao hospital? Na direção Leste. c. A quadra de esportes está localizada em qual direção em relação à igreja? Na direção Norte. d. O hospital está localizado em qual direção em relação à praça? Na direção Leste. e. O hospital está localizado em qual direção em relação ao prédio azul? Na direção Sul. f. A quadra de esportes está localizada em qual direção em relação ao prédio azul? Na direção Oeste. 3. Localize as direções cardeais na imagem a seguir e localize alguns elementos. E R IK M A L A G R IN O g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 20 17/01/18 4:53 PM 21 Um município, geralmente, é formado pelo espaço rural e pelo espaço urbano. Na foto abaixo, observamos parte do espaço rural e do espaço urbano do município de Londrina, no estado do Paraná, em 2015. A paisagem retratada na foto possibilita uma visão ampla de parte de um município. Nessa foto é possível identificar elementos que caracterizam a área urbana e outros que caracterizam a área rural. 1. Cite elementos que caracterizam o espaço rural e os elementos que caracterizam o espaço urbanona paisagem acima. 2. Com os colegas, descreva aspectos que diferenciam a organização desses dois espaços. Quando comparamos os espaços rural e urbano de um município, a principal diferença que podemos observar entre eles é o modo como esses espaços são utilizados. No espaço rural, em geral, as pessoas cultivam lavouras, criam rebanhos de diferentes animais e constroem alguns tipos de indústrias. Nesse espaço, também existem áreas de vegetação natural. No espaço urbano há moradias construídas próximas umas das outras, diferentes estabelecimentos comerciais e industriais, ruas e avenidas, maior trânsito e fluxo de pessoas e veículos. Município: espaço rural e espaço urbano 12 Respostas nas orientações do professor. E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 21 17/01/18 4:53 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 20 1/18/18 11:30 AM 21 Destaques da BNCC • Este capítulo discorre sobre a produ- ção do espaço urbano e do espaço rural, conforme orienta a habilidade EF04GE07, da BNCC. • Retome a explicação sobre o territó- rio do município, geralmente forma- do pela área rural e pela área urbana. • Analise com os alunos a imagem da página 21, destacando os elemen- tos que caracterizam a área rural e a área urbana. • Peça para os alunos listarem os ele- mentos típicos da paisagem do es- paço urbano e os elementos típicos do espaço rural. • Uma dúvida comum entre os alunos é sobre onde encaixar a paisagem na- tural nesse contexto. Frequentemente, há também confusão entre paisagem rural e paisagem natural. Explique que não são sinônimos, que são pai- sagens diferentes. Ressalte que fre- quentemente as paisagens naturais, ou seja, espaços que não foram trans- formados, localizam-se na área rural dos municípios. No entanto, algumas ocorrem nas áreas urbanas e outras em áreas de preservação ambiental. • Discuta com os alunos as principais ati- vidades econômicas realizadas em um espaço e em outro, diferenciando-os. Objetivos • Diferenciar espaço urbano e es- paço rural do município. • Ler e interpretar mapas e gráficos do município. • Conhecer a população do muni- cípio. • EF04GE07: Comparar as caracte- rísticas do trabalho no campo e na cidade. Respostas 1. Espera-se que os alunos citem plantações, árvores e estrada rural como elementos que caracterizam o espaço rural e ruas, quarteirões, construções próximas umas às outras e edifícios como elementos que caracterizam o espaço urbano. 2. Espera-se que os alunos descrevam o modo como o espaço é utilizado. No espa- ço urbano, podem destacar a presença de ruas e quarteirões, construções próximas umas às outras. No espaço rural, podem citar o modo como o espaço é utilizado com o predomínio de lavouras. 20 a. Sabendo que o Sol aparece na direção Leste, encontre essa direção na imagem acima. Se quiser, anote na imagem. b. Estando na igreja, em qual direção se deve seguir para chegar ao hospital? Na direção Leste. c. A quadra de esportes está localizada em qual direção em relação à igreja? Na direção Norte. d. O hospital está localizado em qual direção em relação à praça? Na direção Leste. e. O hospital está localizado em qual direção em relação ao prédio azul? Na direção Sul. f. A quadra de esportes está localizada em qual direção em relação ao prédio azul? Na direção Oeste. 3. Localize as direções cardeais na imagem a seguir e localize alguns elementos. E R IK M A L A G R IN O g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 20 17/01/18 4:53 PM 21 Um município, geralmente, é formado pelo espaço rural e pelo espaço urbano. Na foto abaixo, observamos parte do espaço rural e do espaço urbano do município de Londrina, no estado do Paraná, em 2015. A paisagem retratada na foto possibilita uma visão ampla de parte de um município. Nessa foto é possível identificar elementos que caracterizam a área urbana e outros que caracterizam a área rural. 1. Cite elementos que caracterizam o espaço rural e os elementos que caracterizam o espaço urbano na paisagem acima. 2. Com os colegas, descreva aspectos que diferenciam a organização desses dois espaços. Quando comparamos os espaços rural e urbano de um município, a principal diferença que podemos observar entre eles é o modo como esses espaços são utilizados. No espaço rural, em geral, as pessoas cultivam lavouras, criam rebanhos de diferentes animais e constroem alguns tipos de indústrias. Nesse espaço, também existem áreas de vegetação natural. No espaço urbano há moradias construídas próximas umas das outras, diferentes estabelecimentos comerciais e industriais, ruas e avenidas, maior trânsito e fluxo de pessoas e veículos. Município: espaço rural e espaço urbano 12 Respostas nas orientações do professor. E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 21 17/01/18 4:53 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 21 1/18/18 11:30 AM 22 Acompanhando a aprendizagem • Exiba aos alunos o desenho animado disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=X588TuX1Wv0>. Aces- so em: 30 dez. 2017. • Peça para que os alunos respondam: A. Essa história se passa na área rural ou na área urbana do município? R: Na área rural. B. Quais elementos do desenho ani- mado lhe permitiram chegar a essa conclusão? R: Porco, galinha, pato, cavalo, vaca, rio, carroça, etc. C. Como é a casa do Chico Bento? R: Os alunos podem citar a au- sência de eletrodomésticos. Explique que hoje em dia nem sempre a área rural é assim, mas que realmente há uma in- teração maior com a natureza. Caso eles não tenham atenta- do para o aspecto da casa do Chico Bento do lado de fora, passe de novo esse trecho do desenho e peça para que eles analisem o entorno. D. Onde fica o mercado mais próximo da casa do Chico Bento? R: A 20 léguas. Destaque que esse mercado provavelmente se lo- caliza na vila ou no povoado mais próximo da casa da perso- nagem. Explique que légua é uma medida de distância utili- zada há muitos séculos. E. Como é retratada a paisagem de onde Chico Bento vive (horizonte)? R: Colinas verdes, árvores, cam- pos verdes. F. Onde o primo do Chico Bento mora? R: Na cidade. G. Como é possível chegar a essa conclusão? R: Pela paisagem com muitos pré- dios, um bem perto do outro. • Pergunte aos alunos se eles conhecem o termo “vila”. Deixe que eles falem à vontade. • Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vila pode ser definida como “locali- dade com o mesmo nome do distrito a que pertence (sede distrital) e onde está sediada a autoridade distrital, excluídos os distritos das sedes municipais” (IBGE. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov. br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/elementos_representacao.html>. Acesso em: 4 jan. 2018). • Competência geral 6: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mun- do do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Destaques da BNCC • A atividade com o desenho animado sugerida a seguir valoriza diferen- tes vivências, conforme determina a Competência geral 6, da BNCC. Vilas e povoados Em alguns municípios, uma parte da população vive em povoados e vilas. Os povoados e as vilas são pequenas áreas com características urbanas, localizadas em meio ao espaço rural. São formados por moradias próximas umas das outras e por alguns estabelecimentos comerciais. Em alguns deles há escola, posto de saúde e quadra de esportes. As fotos abaixo mostram povoados de diferentes lugares do Brasil. 22 Vila de Cazuza Ferreira, no município de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, em 2017. Povoado localizado no município de Lima Duarte, Minas Gerais, em 2016. G E R S O N G E R LO FF /P U LS A R IM A GE N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 22 17/01/18 4:54 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 22 1/18/18 11:30 AM 23 • O texto a seguir apresenta informa- ções sobre o uso dos mapas e o co- nhecimento cartográfico dos alunos. A utilização dos mapas pressu- põe, por parte dos alunos, capaci- dade de abstração, pois represen- tam a realidade através de símbo- los. Aprender a utilizar os mapas é um processo lento, que deve ser desenvolvido em diversas etapas, desde a representação feita pelo próprio aluno (mesmo que de for- ma rudimentar) de espaços vivi- dos por ele, da realidade conheci- da e experimentada, até a interpre- tação de mapas que representam espaços e realidades que ele não conhece, de forma mais complexa, exigindo maior nível de abstração. Tomoko Paganelli, Aracy de Rego Antunes e Rachel Soihet [...] nos orientam nessa tarefa de trabalhar com mapas com nossos alunos. [...] “O aluno, no início, é considerado como mapeador, aquele que repre- senta a realidade física e social, ini- cialmente, através de símbolos convencionados por ele próprio. Quando ele adquire a consciência da representação, pode tornar-se um usuário, aquele que lê e inter- preta mapas elaborados por ou- tros[...]”. Como mapeadores, os alunos são codificadores, que emitem a men- sagem recorrendo a um código, e decodificadores, enquanto usuá- rios dos mapas, interpretando a mensagem elaborada por outra pessoa. No mapa, o processo de codificação vai do significado para a imagem e o de decodifica- ção, da imagem para o significado. [...] RUA, João et al. Para ensinar Geografia: contribuição para o trabalho com 1o e 2o graus. Rio de Janeiro: Access, 1993. p. 13-14. Vilas e povoados Em alguns municípios, uma parte da população vive em povoados e vilas. Os povoados e as vilas são pequenas áreas com características urbanas, localizadas em meio ao espaço rural. São formados por moradias próximas umas das outras e por alguns estabelecimentos comerciais. Em alguns deles há escola, posto de saúde e quadra de esportes. As fotos abaixo mostram povoados de diferentes lugares do Brasil. 22 Vila de Cazuza Ferreira, no município de São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, em 2017. Povoado localizado no município de Lima Duarte, Minas Gerais, em 2016. G E R S O N G E R LO FF /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 22 17/01/18 4:54 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 23 1/18/18 8:57 PM 24 Destaques da BNCC • As atividades comparam vários tipos de mapas, conforme sugere a habili- dade EF04GE10, da BNCC, descrita anteriormente. • É preciso que esteja bem claro para os alunos que o mapa é uma repre- sentação cartográfica bidimensional da realidade. • Explique que qualquer espaço da su- perfície terrestre pode ser cartogra- fado, desde parte do bairro de uma cidade até o planeta inteiro. • Após a conversa, peça aos alunos que observem o mapa desta página. • Oriente-os a notar todos os ele- mentos do mapa. Explique a ordem de leitura de um mapa. Primeiro a identificação do título, na sequên- cia a orientação, a legenda, fonte e, por fim, a leitura da escala do mapa. Ressalte o que é cada um desses elementos essenciais em um mapa e suas finalidades. • Se possível, leve para a sala de aula diferentes tipos de mapas (mapas políticos e físicos do estado, do Bra- sil, dos continentes e do mundo). Apresente os mapas aos alunos e oriente-os na leitura das informa- ções neles contidas.Explique aos OCEANO ATLÂNTICO 5º S 40º O Iguatu Icó Sobral Camocim Trairi Fortaleza Aracati RussasQuixadá Mombaça Juazeiro do Norte Crateús Ipueiras Canindé Tauá Santa Quitéria Arneiroz Assaré Banabuiú Capital do estado Cidades Ceará: principais cidades (2016) 24 Como ler um mapa Veja, a seguir, quais são as informações que os elementos do mapa fornecem. 4. Sobre o mapa acima, responda às questões. a. Qual é o tema representado no mapa acima? O estado do Ceará e suas principais cidades. b. Em qual parte do mapa é possível encontrar informação sobre o tamanho real da área que foi representada? Na escala. c. O que os símbolos utilizados no mapa estão mostrando? Qual parte do mapa fornece essa informação? As principais cidades e a capital do estado. Essas informações são fornecidas pela legenda. A orientação é representada em um mapa pela rosa dos ventos, que indica as direções cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste O título apresenta o tema, indicando o que o mapa está mostrando. A legenda traz o significado de elementos importantes da representação, como alguns símbolos que precisam ser identificados para a compreensão do mapa. A fonte indica a origem e a data das informações contidas no mapa. A escala permite saber o tamanho real do espaço representado no mapa. Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 164. 50 km0 E D S O N B E LL U S C I g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 24 17/01/18 4:54 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 24 1/18/18 11:30 AM 25 alunos que tão importante quanto a paisagem do município é a sua po- pulação. • Pergunte aos alunos o que é popu- lação. • Colete todo o conhecimento prévio que os alunos oferecerem nessa dis- cussão. A. Onde você mora, no seu prédio ou na vizinhança, há muitas ou pou- cas pessoas? B. Na sua vizinhança existem muitas crianças? E muitos idosos? C. Você tem amigos entre essas pes- soas? D. Elas são conhecidas? E. Como você trata e é tratado pelas pessoas da sua vizinhança? R: Respostas pessoais. O assun- to é muito complexo. A intenção não é de que os alunos saibam discorrer sobre a população do município. O ponto nessa fase é recolher a impressão que os alunos têm em relação à popu- lação municipal e estimulá-los a respeitar a diversidade popu- lacional e as diferentes culturas e modos de vida. Amplie seus conhecimentos • Os alunos podem pesquisar mais informações sobre a população do município em que vivem na pá- gina do IBGE Cidades. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em: 4 jan. 2018. OCEANO ATLÂNTICO 5º S 40º O Iguatu Icó Sobral Camocim Trairi Fortaleza Aracati RussasQuixadá Mombaça Juazeiro do Norte Crateús Ipueiras Canindé Tauá Santa Quitéria Arneiroz Assaré Banabuiú Capital do estado Cidades Ceará: principais cidades (2016) 24 Como ler um mapa Veja, a seguir, quais são as informações que os elementos do mapa fornecem. 4. Sobre o mapa acima, responda às questões. a. Qual é o tema representado no mapa acima? O estado do Ceará e suas principais cidades. b. Em qual parte do mapa é possível encontrar informação sobre o tamanho real da área que foi representada? Na escala. c. O que os símbolos utilizados no mapa estão mostrando? Qual parte do mapa fornece essa informação? As principais cidades e a capital do estado. Essas informações são fornecidas pela legenda. A orientação é representada em um mapa pela rosa dos ventos, que indica as direções cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste O título apresenta o tema, indicando o que o mapa está mostrando. A legenda traz o significado de elementos importantes da representação, como alguns símbolos que precisam ser identificados para a compreensão do mapa. A fonte indica a origem e a data das informações contidas no mapa. A escala permite saber o tamanho real do espaço representado no mapa. Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 164. 50 km0 E D S O N B E LL U S C I g19_4pmg_lt_u1_p016a024.indd 24 17/01/18 4:54 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 25 1/18/18 11:30 AM 26 • É possível que durante o trabalho com o conteúdo sobre a população do município os alunos mencionem que, se há uma área urbana e uma área rural, existe também população nessasduas partes do município. Caso os alunos não tenham chega- do a esse ponto, explique o assunto. • Interprete com a turma os gráficos da página 26. Essa análise é muito importante, pois a interpretação de gráficos é uma habilidade funda- mental para toda a aprendizagem da Geografia. • Sobre o assunto, leia o texto a seguir. [...] O gráfico relaciona-se com o de- senvolvimento das capacidades de conceituar espacialmente os fenômenos, mas também à habili- dade de representar, ler e recolher informação relativa a esses mes- mos fenômenos que acontecem na superfície da Terra. A sua apre- ensão implica a interiorização de uma l inguagem estritamente simbólica. [...] [...] Mérenne-Schoumaker (2006, p. 75) considera que em Geogra- fia, “é frequentemente útil poder quantificar para comparar e, des- se modo, compreender uma situa- ção precisa, uma evolução. Daí a importância de dados estatísticos frequentemente reagrupados em tabelas ou representados em grá- ficos”. [...] [...] Para além disso, um gráfico bem construído e apresentado em termos visuais é, de todos os mé- todos de análise e de comunica- ção de informação estatística, a forma mais simples e simultanea- mente a mais poderosa. CARDOSO, Hugo Ferreira; PEREIRA, Maria do Céu Melo. A produção de gráficos na aula de Geografia: um estudo com alunos do ensino secundário. Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v. 6, n. 11, p. 415-416. g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 26 1/18/18 11:30 AM 27 • O estudo desta página desenvolve o trabalho numérico na organização dos municípios. Essa organização se refere à distribuição populacional em um território municipal. • Faça a leitura do texto com os alu- nos e peça que observem a tabela e o gráfico da página. • Explique que essas são duas manei- ras possíveis de representar a distri- buição das pessoas que vivem nos municípios. • Oriente-os a observar como está or- ganizada essa distribuição. Comente que, como mostrado nos exemplos, podemos compreender o número de habitantes em valor total e na divisão territorial das áreas urbana e rural. • Questione-os sobre a finalidade des- sas representações. Ouça a opinião dos alunos e complemente as res- postas, ressaltando que essas repre- sentações são maneiras de ajudar a compreender como os municípios são formados, em específico com relação ao número de habitantes. Por meio dessas representações, podemos analisar a quantidade po- pulacional de cada município e com- pará-las. g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 27 1/18/18 11:31 AM 28 Saberes integrados • As atividades propostas nas pági- nas 28 e 29 aprofundam o estudo de interpretação de gráficos e tabelas, reconhecendo a importância funda- mental dessa habilidade para o de- senvolvimento do conhecimento geo- gráfico e, consequentemente, para a integração entre as disciplinas de Geografia e Matemática. • Nesta atividade, os alunos trans- formarão a tabela analisada em um gráfico. • Apresente a eles o modelo de gráfico de colunas duplas. • Distribua folhas de papel milimetra- do e auxilie-os a montar os eixos de composição do gráfico. • Depois, oriente-os a dispor os dados fornecidos na tabela desta página, em duas colunas justapostas para cada município. • Ensine-os a deixar um espaço entre um município e outro para facilitar a leitura do gráfico. • Chame a atenção da classe para a necessidade de manter a proporção real dos números fornecidos. Assim, é natural que eles se surpreendam com o tamanho que ficará a coluna referente a Recife. Prepare-se an- tecipadamente para esse fato, de modo que haja espaço suficiente para produzir o gráfico completo. • As colunas duplas devem ser com- postas de uma coluna à esquerda representando a população rural e uma coluna à direita referente à po- pulação urbana. • Com os gráficos prontos, explique à turma que essa é mais uma ferra- menta de interpretação de dados. g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 28 1/18/18 11:31 AM 29 • Oriente os alunos na realização das atividades desta página. • Primeiramente, faça a leitura das informações correspondentes em cada uma das tabelas. • Explique aos alunos que os números informados se referem ao valor total de habitantes no município. Já o nú- mero de habitantes nas áreas urba- nas e rural de determinado município é especificado de maneira detalha- da. • Auxilie-os durante a observação dos dados informados, direcionando-os na inserção desses dados nos gráfi- cos da atividade. • Estimule-os a perceber as diferen- ças populacionais e também a iden- tificar os nomes dos municípios que correspondem aos dados informa- dos por meio do gráfico e de suas colunas. • Aproveite a oportunidade para cor- rigir as atividades com os alunos e promover um momento de diálogo sobre a importância da representa- ção numérica, que auxilia a conhecer como são constituídos os municípios em seus aspectos populacionais. Mais atividades • A atividade proposta nesta página reforça a habilidade de transferência das informações obtidas em uma tabela para um gráfico e vice-versa. • Depois de feita a atividade, pergunte: A. Pelos dados da tabela, o município de São Lourenço do Sul apresenta a maior parte da popu- lacão na área urbana ou rural? R: Na área urbana. B. Vocês já foram a algum município como esse? Como foi a visita? R: Resposta pessoal. g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 29 1/18/18 11:31 AM 30 Destaques da BNCC • A atividade de pesquisa sugerida a seguir o exercita a curiosidade inte- lectual dos alunos, como recomenda a Competência geral 2, da BNCC. • Ao tratar sobre as origens de diver- sos nomes de municípios, o assunto das páginas 30 e 31 possibilita o de- senvolvimento do tema contemporâ- neo Diversidade cultural. Mais atividades • Faça uma dinâmica com os alunos. Pergunte a eles se conhecem a histó- ria de seus nomes ou por que aquele nome foi escolhido por seus pais ou outros parentes. • Depois de contarem suas histórias, explique que com os municípios ocor- re a mesma coisa, ou seja, eles rece- bem nomes por razões diferentes. • Peça que os alunos pesquisem a origem do nome do município da es- cola, anotem no caderno e mostrem aos colegas. • Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 30 CIDADÃO DO MUNDO O nome dos municípios De acordo com dados do ano de 2015, o Brasil possuía 5 570 municípios. A origem do nome desses municípios é bem variada e pode representar diferentes aspectos culturais do país. •Palmares (Pernambuco) e União dos Palmares (Alagoas): municípios localizados na região em que se formou o Quilombo dos Palmares, antigo refúgio de escravos africanos. O nome desses municípios foi dado em homenagem a esse quilombo e a Zumbi dos Palmares, o último líder desse importante quilombo. Peixe-boi. Alguns municípios brasileiros, por exemplo, possuem nomes de origem indígena. Veja alguns exemplos. •Manaus: município do estado do Amazonas. Seu nome vem de manaí, nome indígena do peixe-boi. •Bauru: município do estado de São Paulo, significa “cestos de frutas”. •Corumbá: município do estado do Mato Grosso do Sul, significa “lugar distante”. •Maués: município localizado no estado do Amazonas. Seu nome significa “papagaio curioso e inteligente”. Papagaio. M A R Y T H E P O O H / S H U T T E R S TO C K A N D R E A IZ Z O T T I/ S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u1_p025a031.indd 30 17/01/18 4:59 PM 31 1. Em sua opinião, qual a importância de valorizar a diversidade cultural presente em nomes de municípios ou ruas de nosso país? 2. Você conhece a origem do nome do município onde vive? Converse com os colegas.Outros municípios recebem o nome de personalidades importantes da história do Brasil, como escritores, inventores, presidentes da República, etc. Veja alguns exemplos. •Alberto Santos Dumont, conhecido por ser inventor do avião, viveu entre os anos de 1873 e 1932. Em 1906, em Paris, na França, conseguiu que seu avião, o 14-Bis, levantasse voo e percorresse a distância de 60 metros a uma altura de cerca de 3 metros do chão. •José Bento Monteiro Lobato viveu entre os anos de 1882 e 1948. É considerado o maior escritor de literatura infantil brasileira. Entre outras publicações, destacou-se pelo título A menina do narizinho arrebitado, primeiro livro em que aparecem os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Monteiro Lobato é o nome de um município do estado de São Paulo. Santos Dumont é o nome de um município do estado de Minas Gerais. C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R A R Q U IV O /C B /D .A P R E S S g19_4pmg_lt_u1_p025a031.indd 31 17/01/18 4:59 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 30 1/18/18 11:31 AM 31 Mais atividades • Para complementar o assunto, orga- nize uma roda de conversa com os alunos. • Peça para que eles citem nomes de bairros ou ruas que conheçam no município. • Investigue por que eles escolheram determinado bairro ou rua. • Deixe os alunos falarem à vontade, para que eles criem intimidade com o tema. • Depois que todos os alunos explica- rem as razões de sua escolha, per- gunte se eles sabem o porquê dos nomes dos lugares escolhidos. • Peça para que cada aluno pesquise a origem do nome do lugar escolhido. • Decida se a pesquisa terá etapas em sala de aula ou será toda realizada em casa. O ideal é que eles desen- volvam ao menos parte da pesqui- sa em sala de aula, pois dá a você material para orientar o método de pesquisa. A seleção de fontes e de informações a serem apresentadas é uma habilidade fundamental para todas as disciplinas. Acompanhar os alunos nesse processo é sempre necessário, e deve acontecer em outras áreas de ensino. • Peça aos alunos que fotografem a rua ou o bairro objeto da pesquisa. • Oriente os alunos para que constem da pesquisa possíveis variantes que o nome teve ao longo do tempo. • Ao final, os alunos produzirão um cartaz com as fotos do local e a ori- gem do seu nome. • Em um dia marcado, peça para que os alunos apresentem os resultados de sua pesquisa para os colegas. A origem dos nomes de lugares que eles conhecem costuma ser muito in- teressante para os alunos, tanto para quem fez quanto para quem vai ouvir. • Depois das apresentações, exponha os cartazes no pátio da escola, para que toda a comunidade escolar te- nha acesso a essas pesquisas. Respostas 1. Resposta pessoal. Instigue os alunos a pensarem sobre a importância da valorização da diver- sidade cultural por meio dos diferentes nomes de municípios ou ruas. Comente que esses no- mes possuem uma história que faz parte da cultura, seja em homenagem ao nome de pessoas conhecidas, ao nome de aspectos na natureza local, etc. 2. Resposta pessoal. Caso os alunos não saibam, pesquise com eles a origem do nome. Vocês podem encontrar informações com os moradores mais velhos, na prefeitura ou em algum museu do município. 30 CIDADÃO DO MUNDO O nome dos municípios De acordo com dados do ano de 2015, o Brasil possuía 5 570 municípios. A origem do nome desses municípios é bem variada e pode representar diferentes aspectos culturais do país. •Palmares (Pernambuco) e União dos Palmares (Alagoas): municípios localizados na região em que se formou o Quilombo dos Palmares, antigo refúgio de escravos africanos. O nome desses municípios foi dado em homenagem a esse quilombo e a Zumbi dos Palmares, o último líder desse importante quilombo. Peixe-boi. Alguns municípios brasileiros, por exemplo, possuem nomes de origem indígena. Veja alguns exemplos. •Manaus: município do estado do Amazonas. Seu nome vem de manaí, nome indígena do peixe-boi. •Bauru: município do estado de São Paulo, significa “cestos de frutas”. •Corumbá: município do estado do Mato Grosso do Sul, significa “lugar distante”. •Maués: município localizado no estado do Amazonas. Seu nome significa “papagaio curioso e inteligente”. Papagaio. M A R Y T H E P O O H / S H U T T E R S TO C K A N D R E A IZ Z O T T I/ S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u1_p025a031.indd 30 17/01/18 4:59 PM 31 1. Em sua opinião, qual a importância de valorizar a diversidade cultural presente em nomes de municípios ou ruas de nosso país? 2. Você conhece a origem do nome do município onde vive? Converse com os colegas. Outros municípios recebem o nome de personalidades importantes da história do Brasil, como escritores, inventores, presidentes da República, etc. Veja alguns exemplos. •Alberto Santos Dumont, conhecido por ser inventor do avião, viveu entre os anos de 1873 e 1932. Em 1906, em Paris, na França, conseguiu que seu avião, o 14-Bis, levantasse voo e percorresse a distância de 60 metros a uma altura de cerca de 3 metros do chão. •José Bento Monteiro Lobato viveu entre os anos de 1882 e 1948. É considerado o maior escritor de literatura infantil brasileira. Entre outras publicações, destacou-se pelo título A menina do narizinho arrebitado, primeiro livro em que aparecem os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Monteiro Lobato é o nome de um município do estado de São Paulo. Santos Dumont é o nome de um município do estado de Minas Gerais. C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R A R Q U IV O /C B /D .A P R E S S g19_4pmg_lt_u1_p025a031.indd 31 17/01/18 4:59 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 31 1/18/18 11:31 AM 32 • Leia com os alunos o poema mostrado nesta página. Após a leitura, pergunte a eles em que lugar se passa a história. Investigue a percepção dos alunos em relação aos objetos e produtos citados no texto. • De acordo com as respostas, comen- te que o poema apresenta uma pas- sagem pelo espaço rural, enfatizando o cotidiano de muitos moradores des- se espaço e destacando elementos que caracterizam o campo. • Na sequência, auxilie os alunos a identificar semelhanças e diferenças entre o espaço onde vivem e o espaço apresentado no poema. • Comente as características predo- minantes do espaço rural, como as citadas no texto desta página (plan- tações, áreas de criação de animais, áreas de vegetação natural, etc.). Questione-os sobre a existência dessas paisagens no lugar onde vi- vem ou em áreas próximas da escola. • Aproveite o estudo da página para investigar se há alunos que moram ou que já visitaram propriedades rurais. Questione o tamanho dessas propriedades e explique as denomi- nações conforme o tamanho de cada uma delas. Mais atividades • Com referência ao poema apresentado nesta página, peça aos alunos que usem a imaginação e criem um desenho da história citada nele. • Auxilie-os na representação dos trechos citados, destacando os principais elementos da história. 32 •A poesia descreve um cotidiano semelhante ou diferente do seu modo de viver? As paisagens rurais do município 13 Leia com atenção o poema a seguir. [...] O lavrador pousa a enxada No chão, descansa um momento, E enxuga a fronte suada, Contemplando o firmamento. Nas casas ferve a panela Sobre o fogão, nas cozinhas; A mulher chega à janela, Atira milho às galinhas. Meio-dia! O Sol escalda, E brilha, em toda a pureza, Nos campos cor de esmeralda, E no céu cor de turquesa... [...] Meio-dia, de Olavo Bilac. Em: Poesias infantis, organizado por Jorge Henrique Bastos. São Paulo: Empório do Livro, 2009. p. 51. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. Resposta pessoal. Incentive os alunos a identificarem semelhanças e diferenças entre a descrição da poesia e seu cotidiano. G U S TA V O R A M O S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd32 17/01/18 5:04 PM Propriedade rural policultora localizada no município de Cabaceiras do Paraguaçu, Bahia, em 2016. Propriedade com criação de ovelhas no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2015. Propriedade com criação de bovinos em confinamento em São Sebastião da Amoreira, Paraná, em 2015. Propriedade rural com extensa lavoura de soja em fase de colheita, localizada no município de Sorriso, Mato Grosso, em 2017. silos: estrutura geralmente cilíndrica, feita de aço ou concreto, muito utilizada em propriedades rurais para armazenar e conservar grãos e cereais No espaço rural de um município predominam paisagens formadas por plantações, áreas de criação de animais, áreas de vegetação natural e também por alguns tipos de construções, como moradias, silos e armazéns. As paisagens rurais também são diferentes principalmente por causa do tamanho das propriedades rurais e das atividades nelas realizadas. As pequenas propriedades recebem o nome de sítios ou chácaras, e as grandes são chamadas fazendas. Observe, a seguir, diferentes paisagens rurais. •No município onde vive, você já observou paisagens como as mostradas nesta página? Converse com os colegas sobre isso. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S 33 paisagens mostradas e as paisagens rurais do município em que vivem. Estimule-os a citar semelhanças e também diferenças entre essas paisagens. Resposta pessoal. Auxilie os alunos nas comparações entre as LU C A S N IN N O /M O M E N T/ G E T T Y IM A G E S G E R S O N G E R LO FF /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 33 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 32 1/18/18 11:31 AM 33 Destaques da BNCC • O trabalho em grupo sugerido a se- guir exercita a curiosidade e investi- gação dos alunos, conforme orienta a Competência geral 2, da BNCC, citada anteriormente. • O trabalho com as características das paisagens naturais e antrópicas possibilita o desenvolvimento da ha- bilidade EF04GE11, da BNCC, des- crita anteriormente. Mais atividades • Reúna os alunos em grupos. • Entregue para cada dupla uma cópia da letra da canção Vida boa. Disponí- vel em: <http://www.victoreleo.com/ discografia/detalhes/cd-vida-boa>. Acesso em: 2 jan. 2018. • Toque o áudio da música para os alu- nos ouvirem enquanto leem a letra da canção. • Pergunte a eles: • Quais elementos da canção referem- -se à área rural. R: Casinha simples no sertão, va- quinha, burro, galinha, fogão a lenha, pés de fruta, etc. 32 •A poesia descreve um cotidiano semelhante ou diferente do seu modo de viver? As paisagens rurais do município 13 Leia com atenção o poema a seguir. [...] O lavrador pousa a enxada No chão, descansa um momento, E enxuga a fronte suada, Contemplando o firmamento. Nas casas ferve a panela Sobre o fogão, nas cozinhas; A mulher chega à janela, Atira milho às galinhas. Meio-dia! O Sol escalda, E brilha, em toda a pureza, Nos campos cor de esmeralda, E no céu cor de turquesa... [...] Meio-dia, de Olavo Bilac. Em: Poesias infantis, organizado por Jorge Henrique Bastos. São Paulo: Empório do Livro, 2009. p. 51. Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. Resposta pessoal. Incentive os alunos a identificarem semelhanças e diferenças entre a descrição da poesia e seu cotidiano. G U S TA V O R A M O S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 32 17/01/18 5:04 PM Propriedade rural policultora localizada no município de Cabaceiras do Paraguaçu, Bahia, em 2016. Propriedade com criação de ovelhas no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2015. Propriedade com criação de bovinos em confinamento em São Sebastião da Amoreira, Paraná, em 2015. Propriedade rural com extensa lavoura de soja em fase de colheita, localizada no município de Sorriso, Mato Grosso, em 2017. silos: estrutura geralmente cilíndrica, feita de aço ou concreto, muito utilizada em propriedades rurais para armazenar e conservar grãos e cereais No espaço rural de um município predominam paisagens formadas por plantações, áreas de criação de animais, áreas de vegetação natural e também por alguns tipos de construções, como moradias, silos e armazéns. As paisagens rurais também são diferentes principalmente por causa do tamanho das propriedades rurais e das atividades nelas realizadas. As pequenas propriedades recebem o nome de sítios ou chácaras, e as grandes são chamadas fazendas. Observe, a seguir, diferentes paisagens rurais. •No município onde vive, você já observou paisagens como as mostradas nesta página? Converse com os colegas sobre isso. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S 33 paisagens mostradas e as paisagens rurais do município em que vivem. Estimule-os a citar semelhanças e também diferenças entre essas paisagens. Resposta pessoal. Auxilie os alunos nas comparações entre as LU C A S N IN N O /M O M E N T/ G E T T Y IM A G E S G E R S O N G E R LO FF /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 33 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 33 1/18/18 11:31 AM 34 • Outro importante fator que determi- na características de uma proprieda- de rural é o clima. • Explique que a variação climática das regiões brasileiras influencia nas pai- sagens que o espaço rural apresenta. • Comente que a variação de tempe- raturas, além das chuvas, contribui para a diversidade dos produtos cultivados, pois existe a necessida- de de adaptação desses produtos conforme o clima. Cite exemplos de produtos que são cultivados no mu- nicípio ou no estado onde os alunos vivem, e compare com outros pro- dutos que são cultivados em regiões distintas do Brasil. • Em relação ao estudo entre as pai- sagens rurais e o clima, sugerimos a leitura do texto a seguir. A agricultura é um dos segmen- tos mais importantes da cadeia produtiva e é aquele que mais de- pende das condições ambientais. O ambiente, basicamente solo e clima, controla o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Consequentemente, as condições ambientais devem ser adequada- mente avaliadas antes de se im- plantar uma atividade agrícola. O primeiro passo em qualquer pla- nejamento deve ser a identifica- ção das áreas com alto potencial de produção, isto é, áreas onde o clima e o solo sejam adequados para a cultura. Com relação ao clima, para se al- cançar produtividade econômica, cada cultura necessita de condi- ções favoráveis durante todo o seu ciclo vegetativo, isto é, exigem de- terminados limites de temperatu- ra nas várias fases do ciclo, de uma quantidade mínima de água, e de um período seco nas fases de ma- turação e colheita. O atendimento dessas exigências é que fará uma determinada região ser considera- da apta para uma dada cultura. [...] INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Importância do zoneamento agrícola e épocas de plantio de cada município. Disponível em: <http:// agricultura.cptec.inpe.br/monitoramento- agricola/pt>. Acesso em: 3 jan. 2018. 34 As paisagens rurais e o clima Além do tamanho de uma propriedade rural e do modo como seu espaço é utilizado, alguns aspectos naturais também tornam uma paisagem rural diferente de outras. Uma dessas características é o clima. Entre as características do clima que exercem grande influência na paisagem rural está a temperatura do ar. Algumas dessas paisagens caracterizam-se pelo cultivo de produtos que se adaptam melhor a baixas temperaturas, como é o caso do trigo. Outras paisagens caracterizam-se pelo cultivo de lavouras que se desenvolvem melhor em temperaturas altas, como é o caso da soja ou da cana- -de-açúcar. Observe as imagens a seguir. Paisagem de lavoura de trigo no município de Nova Fátima, Paraná, em 2015. Paisagemde lavoura de soja no município de Formoso do Rio Preto, Bahia, em 2017. E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 34 17/01/18 5:04 PM ATIVIDADES 1 2 3 4 A B C D 35 1. Observe a imagem a seguir. •Agora, identifique e escreva o quadrante onde estão localizadas as seguintes cenas. Veja o exemplo. 2. Você já observou como algumas características do clima, como a temperatura do ar (mais quente ou mais fria) e a ausência ou a ocorrência de chuvas, alteram a paisagem do lugar onde você mora? Em uma folha de papel, desenhe alguma modificação que você já tenha percebido na paisagem do lugar onde vive por causa da ação de alguma característica do clima. Trator arando a terra: Pequena horta: Gado pastando: Lago: Roupas no varal: 4C. Resposta pessoal. Auxilie os alunos a descreverem as alterações 1C. 3D. 2B. 1D. que, porventura, sejam causadas pelas características do clima que atuam no lugar. Eles também podem descrever o cultivo de lavouras sazonais devido a essas características. E R IK M A L A G R IN O g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 35 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 34 1/18/18 11:31 AM 35 • A atividade desta página tem o ob- jetivo de exercitar as noções ele- mentares de localização por meio de coordenadas. Auxilie os alunos explicando que as cenas encontram- -se nos quadrinhos que ficam no cru- zamento das letras com os números. • Atividades com coordenadas tam- bém podem ser realizadas na lousa, no pátio ou na quadra da escola. Trace as coordenadas indicando as linhas (com números) e as colunas (com letras) e peça aos alunos que as identifiquem. Isso pode ser feito na forma de jogo entre grupos de alunos: um grupo lança o desafio informando a coordenada 2C, por exemplo, enquanto o outro grupo a procura na representação; e vice- -versa. 34 As paisagens rurais e o clima Além do tamanho de uma propriedade rural e do modo como seu espaço é utilizado, alguns aspectos naturais também tornam uma paisagem rural diferente de outras. Uma dessas características é o clima. Entre as características do clima que exercem grande influência na paisagem rural está a temperatura do ar. Algumas dessas paisagens caracterizam-se pelo cultivo de produtos que se adaptam melhor a baixas temperaturas, como é o caso do trigo. Outras paisagens caracterizam-se pelo cultivo de lavouras que se desenvolvem melhor em temperaturas altas, como é o caso da soja ou da cana- -de-açúcar. Observe as imagens a seguir. Paisagem de lavoura de trigo no município de Nova Fátima, Paraná, em 2015. Paisagem de lavoura de soja no município de Formoso do Rio Preto, Bahia, em 2017. E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 34 17/01/18 5:04 PM ATIVIDADES 1 2 3 4 A B C D 35 1. Observe a imagem a seguir. •Agora, identifique e escreva o quadrante onde estão localizadas as seguintes cenas. Veja o exemplo. 2. Você já observou como algumas características do clima, como a temperatura do ar (mais quente ou mais fria) e a ausência ou a ocorrência de chuvas, alteram a paisagem do lugar onde você mora? Em uma folha de papel, desenhe alguma modificação que você já tenha percebido na paisagem do lugar onde vive por causa da ação de alguma característica do clima. Trator arando a terra: Pequena horta: Gado pastando: Lago: Roupas no varal: 4C. Resposta pessoal. Auxilie os alunos a descreverem as alterações 1C. 3D. 2B. 1D. que, porventura, sejam causadas pelas características do clima que atuam no lugar. Eles também podem descrever o cultivo de lavouras sazonais devido a essas características. E R IK M A L A G R IN O g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 35 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 35 1/18/18 11:31 AM 36 • Inicie o estudo desta página questio- nando os alunos sobre a existência de elementos culturais no espaço ur- bano do município onde vivem. Peça que os alunos citem exemplos des- ses elementos que estão inseridos na paisagem urbana. Anote na lousa e complemente os exemplos com a explicação do surgimento de cada um dos elementos citados. • Ressalte que o ser humano é o prin- cipal responsável pela caracteriza- ção das paisagens urbanas, porém é possível encontrar elementos natu- rais que fazem parte dessa paisagem, como as praias de grandes capitais brasileiras localizadas no litoral. • Após a conversa, conduza as ativi- dades desta página. • Peça aos alunos que observem aten- tamente todos os elementos da ima- gem desta página para inserirem a resposta da atividade 1. • Incentive o diálogo entre os alunos com base nas atividades 2 e 3. Esta é uma oportunidade de investigar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao tema e à percepção de elementos que possivelmente estão inseridos próximos à realidade deles. Objetivos • Identificar as principais caracte- rísticas que diferenciam as paisa- gens urbanas dos municípios. • Conhecer alguns dos motivos do crescimento urbano e as trans- formações que isso causa nas paisagens. • Verificar que as paisagens urba- nas também se diferenciam por causa do relevo. 36 Agora, responda às questões a seguir. 1. Cite alguns elementos característicos do espaço urbano que são mostrados na imagem. Construções muito próximas umas às outras, ruas com trânsito intenso, viadutos, etc. 2. Converse com os colegas e anotem alguns elementos das paisagens urbanas do município onde vocês vivem, caso existam. Resposta pessoal. Verifique se os alunos citam elementos coerentes com o espaço urbano do município onde vivem. 3. O município onde vocês vivem tem alguns elementos em comum com a paisagem mostrada na tela acima? As paisagens urbanas do município 14 Observe a tela a seguir de uma paisagem que caracteriza o espaço urbano. Tarde de verão, de Cristiano Sidoti. Acrílico sobre tela, 110 cm x 190 cm. 2015. Resposta pessoal. Verifique se os alunos citam elementos coerentes com o espaço urbano do município onde vivem. G A LE R IA J A C Q U E S A R D IE S , S Ã O P A U LO g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 36 17/01/18 5:04 PM 37 4. Você já foi ao centro da cidade do município onde você mora? A cidade e suas diferentes paisagens Nas cidades podemos observar diferentes paisagens. Essas paisagens se diferenciam pelo modo como as pessoas utilizam o espaço urbano, ou seja, como constroem casas, edifícios, ruas, praças e parques, além das atividades econômicas que desenvolvem. Veja, a seguir, as características das paisagens de bairros em diferentes cidades. Ao analisarmos essa paisagem, observamos um bairro em que predominam construções residenciais. Alguns estabelecimentos comerciais também existem nesses tipos de bairro. A foto mostra parte da cidade de Palmas, Tocantins, em 2015. Nessa foto, é possível observar uma rua do centro da cidade de São Paulo, São Paulo, em 2017. O centro é uma área da cidade onde geralmente se localiza um grande número de lojas, bancos, restaurantes, etc. Portanto, é um lugar onde o comércio é mais intenso e, por isso, o fluxo de pessoas é maior. Resposta pessoal. Aproveite essa questão para levantar os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre o centro da cidade. M A U R IC IO S IM O N E T T I/ P U LS A R IM A G E N S N IK A D A /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 37 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 36 1/18/18 11:31 AM 37 • Nesta página é apresentada a se- quência da abordagem que introduziu a noção da caracterização do espaço urbano por meio de suas paisagens. • Use o exemplo das imagens desta pá- gina para explicar que as paisagens urbanas se intensificam, e podem, as- sim, apresentar diversas característi-cas em um mesmo espaço territorial. • Explique que da mesma maneira que elementos caracterizam determina- do lugar da área urbana, eles tam- bém determinam particularidades que fazem os municípios serem dife- rentes uns dos outros. • Retome o exemplo citado anterior- mente das praias em algumas cida- des brasileiras. Cite o exemplo da praia de Maceió, em Alagoas. Diga aos alunos que essa praia é um dos elementos que fazem essa capital se diferenciar, por exemplo, da cidade de São Paulo, onde existe o Parque do Ibirapuera, que é um elemento ca- racterístico da paisagem paulistana. • Complemente a questão 4 pedindo aos alunos que falem a respeito de suas percepções: se havia muita gen- te, que tipos de comércio, quais os transportes que circulavam e se eram permitidos em todas as vias; se havia sinalização, etc. Questione também a respeito da condição ambiental, como os níveis de poluição do ar e o barulho. Esses assuntos também se- rão abordados na próxima unidade. 36 Agora, responda às questões a seguir. 1. Cite alguns elementos característicos do espaço urbano que são mostrados na imagem. Construções muito próximas umas às outras, ruas com trânsito intenso, viadutos, etc. 2. Converse com os colegas e anotem alguns elementos das paisagens urbanas do município onde vocês vivem, caso existam. Resposta pessoal. Verifique se os alunos citam elementos coerentes com o espaço urbano do município onde vivem. 3. O município onde vocês vivem tem alguns elementos em comum com a paisagem mostrada na tela acima? As paisagens urbanas do município 14 Observe a tela a seguir de uma paisagem que caracteriza o espaço urbano. Tarde de verão, de Cristiano Sidoti. Acrílico sobre tela, 110 cm x 190 cm. 2015. Resposta pessoal. Verifique se os alunos citam elementos coerentes com o espaço urbano do município onde vivem. G A LE R IA J A C Q U E S A R D IE S , S Ã O P A U LO g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 36 17/01/18 5:04 PM 37 4. Você já foi ao centro da cidade do município onde você mora? A cidade e suas diferentes paisagens Nas cidades podemos observar diferentes paisagens. Essas paisagens se diferenciam pelo modo como as pessoas utilizam o espaço urbano, ou seja, como constroem casas, edifícios, ruas, praças e parques, além das atividades econômicas que desenvolvem. Veja, a seguir, as características das paisagens de bairros em diferentes cidades. Ao analisarmos essa paisagem, observamos um bairro em que predominam construções residenciais. Alguns estabelecimentos comerciais também existem nesses tipos de bairro. A foto mostra parte da cidade de Palmas, Tocantins, em 2015. Nessa foto, é possível observar uma rua do centro da cidade de São Paulo, São Paulo, em 2017. O centro é uma área da cidade onde geralmente se localiza um grande número de lojas, bancos, restaurantes, etc. Portanto, é um lugar onde o comércio é mais intenso e, por isso, o fluxo de pessoas é maior. Resposta pessoal. Aproveite essa questão para levantar os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre o centro da cidade. M A U R IC IO S IM O N E T T I/ P U LS A R IM A G E N S N IK A D A /I S TO C K P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 37 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 37 1/18/18 11:31 AM 38 • Explique aos alunos que a maio- ria das cidades brasileiras está em abundante crescimento. Isso sig- nifica que a extensão urbana está aumentando, principalmente em virtude da construção de áreas resi- denciais, mas também de áreas co- merciais e industriais. • Cite exemplos do crescimento urba- no onde os alunos vivem ou, então, em áreas urbanas de municípios pró- ximos. • Ressalte que, conforme a extensão ur- bana se expande, consequentemente diminui o espaço considerado rural. Assim, lugares onde se encontravam atividades do campo passam a se ca- racterizar por elementos urbanos. Mais atividades • Utilize a atividade desta página e use-a como base para uma atividade complementar do conteúdo. • Peça aos alunos que pesquisem in- formações relacionadas a mudan- ças ocorridas com o tempo no bairro onde está localizada a escola. • Essa pesquisa pode ser feita em li- vros, jornais, internet ou pelo relato de moradores próximos que presen- ciaram as transformações do bairro ao longo do tempo. [...] Alguns dos proprietários fundiários, os mais poderosos, poderão até mesmo ter suas terras valorizadas através do investi- mento público em infraestrutura, espe- cialmente viária. A demanda de terras e habitações depen- de do aparecimento de novas camadas so- ciais, que tenham rendas capacitadas a participar do mercado de terras e habita- ções. Depende ainda da política que o Esta- do adota para permitir a reprodução do capital, como reforço do aparelho estatal pelo aumento do número de funcionários e através da ideologia da casa própria. Os di- ferenciais das formas que a ocupação ur- bana na periferia assume são, em relação ao uso residencial, o seguinte: urbanização de status e urbanização popular variando de acordo com a localidade da área. [...] CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. Disponível em: <http://reverbe.net/cidades/wp-content/ uploads/2011/08/Oespaco-urbano.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2017. • O texto a seguir trata do crescimento urbano e da valorização de terras. O crescimento das cidades 38 • Os bairros nem sempre tiveram as mesmas características. Você sabe por quais mudanças o bairro onde você mora, ou onde se localiza a escola, passou recentemente: alguma construção em um terreno vazio, novo estabelecimento comercial, novas escolas, hospitais, edifícios, ruas novas, criação de praças e parques? Converse com os colegas. Alguns bairros se destacam pela concentração de indústrias. Nesses bairros, também podem ser encontrados estabelecimentos comerciais e residências. Foto de parte do município de Campinas, São Paulo, em 2016. Quando as cidades crescem, ou seja, sua área passa a se expandir, geralmente podemos observar na paisagem novos loteamentos em lugares que antes eram ocupados por lavouras ou por áreas de vegetação natural. loteamentos: divisões de um grande terreno em terrenos menores ou lotes, geralmente comercializados para a construção de moradias e estabelecimentos comerciais Parte do município de Campinas, São Paulo, em 2016. Dessa forma, as áreas onde predominavam atividades rurais transformam-se ao receber mais moradias, comércios, entre outras atividades, passando a ter características urbanas. Resposta pessoal. Os alunos também podem conversar sobre as mudanças ocorridas no bairro da escola. Auxilie-os dando alguns exemplos. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 38 17/01/18 5:04 PM 39 5. A área urbana de seu município apresenta alguma das características de relevo mostrada nas paisagens acima? Comente com os colegas. As formas de relevo e as paisagens urbanas As paisagens do espaço urbano também se diferenciam por causa do relevo, ou seja, por causa das diversas formas existentes na superfície terrestre, sobre as quais as cidades vão crescendo. Isso também ocorre com as paisagens do espaço rural. Observe as imagens a seguir. Elas mostram como o relevo pode influenciar na paisagem urbana de um município. Na foto ao lado, de 2015, vemos que a paisagem da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, é caracterizada por diversas ladeiras, ou seja, ruas íngremes. Essa característica de Ouro Preto se deve ao tipo de relevo, com a presença de morros, onde essa cidade está localizada. A paisagem urbana da cidade de Palmas, Tocantins, em 2015, é caracterizada por ruas planas e retas. Essa característica das ruas é favorecida pela existência de um relevo plano. Resposta pessoal. Auxilie os alunos a descreverem porções da cidade que exemplifiquema característica predominante da forma de relevo que influencia a paisagem. A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S M A U R IC IO S IM O N E T T I/ P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 39 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 38 1/18/18 11:31 AM 39 • O estudo desta página propicia a continuidade do tema da página an- terior, sobre o crescimento urbano. • Faça a leitura do texto e peça que os alunos notem a diferença entre as imagens mostradas nesta página. • Explique que os municípios estão em constante processo de construções nas áreas urbanas, sendo desen- volvidas nos mais diversos espaços naturais. Nesses espaços, encon- tram-se relevos, os quais possuem diversas formas. • Explique aos alunos que o relevo re- presenta formas existentes na superfí- cie terrestre. Diante da sua necessida- de o ser humano constrói elementos culturais e, consequentemente, modi- fica a paisagem sobre o relevo. • Com base na observação das ima- gens, comente que algumas paisa- gens são caracterizadas por terrenos mais altos, montanhosos, enquanto outras apresentam níveis planos ou sem grande variação de altitude. Ressalte que isso não se restringe ao espaço urbano, pois também existe variação de relevo nas áreas rurais. • Auxilie os alunos a identificar o tipo de relevo existente no município onde vivem, conforme sugere a atividade 5. O crescimento das cidades 38 • Os bairros nem sempre tiveram as mesmas características. Você sabe por quais mudanças o bairro onde você mora, ou onde se localiza a escola, passou recentemente: alguma construção em um terreno vazio, novo estabelecimento comercial, novas escolas, hospitais, edifícios, ruas novas, criação de praças e parques? Converse com os colegas. Alguns bairros se destacam pela concentração de indústrias. Nesses bairros, também podem ser encontrados estabelecimentos comerciais e residências. Foto de parte do município de Campinas, São Paulo, em 2016. Quando as cidades crescem, ou seja, sua área passa a se expandir, geralmente podemos observar na paisagem novos loteamentos em lugares que antes eram ocupados por lavouras ou por áreas de vegetação natural. loteamentos: divisões de um grande terreno em terrenos menores ou lotes, geralmente comercializados para a construção de moradias e estabelecimentos comerciais Parte do município de Campinas, São Paulo, em 2016. Dessa forma, as áreas onde predominavam atividades rurais transformam-se ao receber mais moradias, comércios, entre outras atividades, passando a ter características urbanas. Resposta pessoal. Os alunos também podem conversar sobre as mudanças ocorridas no bairro da escola. Auxilie-os dando alguns exemplos. JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 38 17/01/18 5:04 PM 39 5. A área urbana de seu município apresenta alguma das características de relevo mostrada nas paisagens acima? Comente com os colegas. As formas de relevo e as paisagens urbanas As paisagens do espaço urbano também se diferenciam por causa do relevo, ou seja, por causa das diversas formas existentes na superfície terrestre, sobre as quais as cidades vão crescendo. Isso também ocorre com as paisagens do espaço rural. Observe as imagens a seguir. Elas mostram como o relevo pode influenciar na paisagem urbana de um município. Na foto ao lado, de 2015, vemos que a paisagem da cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, é caracterizada por diversas ladeiras, ou seja, ruas íngremes. Essa característica de Ouro Preto se deve ao tipo de relevo, com a presença de morros, onde essa cidade está localizada. A paisagem urbana da cidade de Palmas, Tocantins, em 2015, é caracterizada por ruas planas e retas. Essa característica das ruas é favorecida pela existência de um relevo plano. Resposta pessoal. Auxilie os alunos a descreverem porções da cidade que exemplifiquem a característica predominante da forma de relevo que influencia a paisagem. A N D R E D IB /P U LS A R IM A G E N S M A U R IC IO S IM O N E T T I/ P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 39 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 39 1/18/18 11:31 AM 40 • Leia com os alunos os dois textos e oriente-os durante as atividades. • Peça que notem os principais ele- mentos descritos nos textos, o que referencia cada um dos espaços do município. • Solicite que descrevam o modo de vida que observaram no relato do campo. Faça o mesmo em relação ao modo de vida na área urbana. • Posteriormente, peça que comparem diferenças e semelhanças no estilo de vida do campo e da área urbana. • Promova um debate entre os alunos com o objetivo de refletirem sobre a importância dos espaços rural e ur- bano nos municípios. Essa reflexão deve se embasar principalmente na importância da relação entre ambos e na dependência entre eles para o desenvolvimento dos municípios. • Por fim, incentive-os a descrever da maneira mais detalhada possível como é o lugar onde vivem, confor- me sugere a atividade C. Se achar pertinente, solicite que os alunos transformem suas descrições em desenho para mostrarem aos cole- gas posteriormente. ATIVIDADES 40 a. Qual dos textos descreve uma paisagem rural? Escreva o nome de dois elementos que fazem parte dessa paisagem. O texto B. Os alunos podem citar a casa da fazenda e o curral. b. Qual dos textos descreve uma paisagem urbana? Escreva o nome de dois elementos que fazem parte dessa paisagem. O texto A. Os alunos podem citar a praça e a igreja. c. Faça uma descrição do lugar onde você vive como os textos acima. Use elementos que existem no lugar para descrevê-lo e contar algo que o caracteriza. Resposta pessoal. Auxilie os alunos na indicação dos elementos que podem incluir em suas descrições e nas características que podem descrever, como trânsito, ocorrência de uma atividade muito típica do lugar e presença de elementos da natureza que marcam a paisagem local, como rio, mata, morros, chuvas, seca, etc. 1. Leia os textos a seguir. [...] A Praça Garcia, no centro da cidade – onde, ao lado da igreja colonial, reluz uma estátua do piloto Ayrton Senna –, é o ponto de encontro dos taxistas. Eles põem o assunto em dia entre um passageiro e outro e colaboram trazendo notícias frescas. Forasteiros são facilmente reconhecidos, até mesmo pelo jeito de andar na rua. Pessoas muito apressadas só podem ser de fora. [...] O amigo leiteiro do governador, de Hudson Corrêa. Época, São Paulo, Globo, 16 set. 2013, p. 49. Quando a casa da fazenda apareceu azul e branca no final do caminho, meu coração explodiu de alegria [...]. O caminhão balançou para lá e para cá na última curva, aprumou as quatro rodas no terreno acidentado e seguiu firme na direção do curral [...]. Passamos entre dezenas de bois, vacas e bezerrinhos que espalhavam um cheiro seco de estábulo, e estacionamos no gramado em frente à casa. [...] De braços para o alto, de Drauzio Varella. Ilustrações de Cárcamo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. p. 7-9. BA Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 40 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 40 1/18/18 11:31 AM 41 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Organize uma roda de conversa com os alunos para um debate fi- nal sobre o estudo desta unidade. • Relembre os principais temas abordados e questione o que os alunos aprenderam. Peça que ex- ponham os conhecimentos obti- dos em relação à composição dos municípios com os espaços urba- no e rural, além das paisagens que ambos apresentam. • Estimule um momento reflexivo dos alunos sobre a importância que os espaços rural e urbano possuem na vida das pessoas, independentemente das áreas do município em que elas vivem.Resgate a interdependência que os moradores do campo têm com a cidade e vice-versa. Amplie seus conhecimentos • BAGLI, P. Rural e urbano: harmonia e con- flito na cadência da contradição. In: SPO- SITO, M. E. B.; WHITACKER, A. M. (Org.). Cidade e campo: relações e contradições entre urbano e rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006. • BERQUE, A. Paisagem-marca, paisagem- -Matriz: elementos da problemática para uma geografia cultural. In: CORRÊA, Ro- berto Lobato; ROSENDAHL, Zeny (Orgs.). Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998. • RUA, J. As crises vividas pelo estado do Rio de Janeiro e a emergência de novas territo- rialidades em áreas rurais. In: MARAFON, G. J.; RUA, J.; RIBEIRO, M. A. (Org.). Abor- dagens teórico-metodológicas em Geogra- fia Agrária. Rio de Janeiro: Eduerj, 2007. • SOROKIN, P. A.; ZIMMERMAN, C. C.; GAL- PIN, C. J. Diferenças fundamentais entre o mundo rural e o urbano. In: MARTINS, J. S. Introdução crítica à sociologia rural. São Paulo: Hucitec, 1981. Saberes integrados • Apresente a letra da canção A ci- dade ideal, de Chico Buarque de Holanda. Disponível em: <http:// www.chicobuarque.com.br/letras/ acidade_77.htm>. Acesso em: 30 dez. 2017. • Em parceria com o professor da disci- plina de Arte, peça para os alunos desenharem a cidade ideal do ca- chorro, do jumento, da gata, da ga- linha e das crianças. • Faça uma exposição com a produ- ção artística deles. ATIVIDADES 40 a. Qual dos textos descreve uma paisagem rural? Escreva o nome de dois elementos que fazem parte dessa paisagem. O texto B. Os alunos podem citar a casa da fazenda e o curral. b. Qual dos textos descreve uma paisagem urbana? Escreva o nome de dois elementos que fazem parte dessa paisagem. O texto A. Os alunos podem citar a praça e a igreja. c. Faça uma descrição do lugar onde você vive como os textos acima. Use elementos que existem no lugar para descrevê-lo e contar algo que o caracteriza. Resposta pessoal. Auxilie os alunos na indicação dos elementos que podem incluir em suas descrições e nas características que podem descrever, como trânsito, ocorrência de uma atividade muito típica do lugar e presença de elementos da natureza que marcam a paisagem local, como rio, mata, morros, chuvas, seca, etc. 1. Leia os textos a seguir. [...] A Praça Garcia, no centro da cidade – onde, ao lado da igreja colonial, reluz uma estátua do piloto Ayrton Senna –, é o ponto de encontro dos taxistas. Eles põem o assunto em dia entre um passageiro e outro e colaboram trazendo notícias frescas. Forasteiros são facilmente reconhecidos, até mesmo pelo jeito de andar na rua. Pessoas muito apressadas só podem ser de fora. [...] O amigo leiteiro do governador, de Hudson Corrêa. Época, São Paulo, Globo, 16 set. 2013, p. 49. Quando a casa da fazenda apareceu azul e branca no final do caminho, meu coração explodiu de alegria [...]. O caminhão balançou para lá e para cá na última curva, aprumou as quatro rodas no terreno acidentado e seguiu firme na direção do curral [...]. Passamos entre dezenas de bois, vacas e bezerrinhos que espalhavam um cheiro seco de estábulo, e estacionamos no gramado em frente à casa. [...] De braços para o alto, de Drauzio Varella. Ilustrações de Cárcamo. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. p. 7-9. BA Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecerem. g19_4pmg_lt_u1_p032a041.indd 40 17/01/18 5:04 PM g19_4pmg_mp_u01_p008a041.indd 41 1/18/18 11:31 AM 42 Nesta unidade os conteúdos abor- dam a caracterização do trabalho no espaço urbano e no espaço rural e a interligação entre ambos a partir do processo de troca de serviços e produtos. São destacados também a importância da mulher nas atividades do campo e o despertar da consciên- cia ambiental. Destaques da BNCC • A imagem de abertura exemplifica a relação campo-cidade ao destacar uma atividade comercial com pro- dutos originários do campo sendo vendidos no espaço urbano. Isso possibilita o desenvolvimento das habilidades EF04GE04 e EF04GE07 da BNCC. • A imagem representa as atividades do campo em meio a um centro ur- bano. Faça uma roda de conversa com os alunos para resgatar os seus conhecimentos prévios sobre as ati- vidades predominantes no campo e nas áreas urbanas. • Comente que as hortas vêm ganhan- do espaço nas áreas urbanas. Pro- jetos que revitalizam praças e terre- nos baldios ampliam a segurança alimentar da população e melhoram a qualidade do ar. • Localize com os alunos onde ocor- rem as feiras de produtores do mu- nicípio. Pergunte se eles costumam frequentar ou se já visitaram uma. Se houver alguma próxima à esco- la, ao término da unidade, proponha um trabalho extraclasse aos alunos e leve-os para uma visita, a fim de que reconheçam os produtos que lá são comercializados. A atividade pode servir como estratégia para estimular a alimentação saudável. • EF04GE04: Reconhecer especi- ficidades e analisar a interdepen- dência do campo e da cidade, considerando fluxos econômi- cos, de informações, de ideias e de pessoas. • EF04GE07: Comparar as caracte- rísticas do trabalho no campo e na cidade. • Para explorar um pouco o assunto sobre o espaço urbano e rural, leia o texto a seguir. [...] O avanço da industrialização e desenvolvi- mento do setor de serviços gerou crescente urbanização do meio rural. O aumento da produtividade das pessoas liberou parcela da mão de obra familiar para o desenvol- vimento de outras atividades múltiplas, a maioria delas considerada como não rurais. [...] [...] Agroindústrias, centros de pesquisa, estabelecimentos que oferecem atividades de serviços como lazer, turismo rural, se- gunda residência e atividades festivas, uni- dades de conservação ambiental, de terras indígenas, de terras de quilombolas e áreas extrativistas usam espaços territoriais cres- centes, antes considerados apenas como rurais. Muitas pessoas da cidade passaram 42 Campo e cidade: espaços interligados g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 42 17/01/18 5:09 PM 43 Os espaços que formam o município são interligados por diversos fatores que envolvem os seres humanos e o trabalho que realizam. Vamos conhecer como acontece essa interligação. 1. Como é o lugar que você observa na foto? 2. Em sua opinião, que tipos de produtos e serviços realizados no campo são importantes para a vida nas cidades e vice-versa? CONECTANDO IDEIAS Feira de produtores na cidade de São Paulo, São Paulo, em 2015. D A N IE L C Y M B A LI S TA / S H U T T E R S T O C K g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 43 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 42 1/18/18 11:37 AM 43 • Ao introduzir o conteúdo principal desta unidade, relembre com os alu- nos o conceito de município. Verifique se eles compreenderam a diferença entre município e cidade. Escreva o conceito na lousa e elabore um dese- nho representando um município hi- potético formado pelos espaços do campo e da cidade. Questione-os a respeito das características desses espaços perguntando onde há maior concentração de pessoas, maior di- versidade de prestação de serviços, de atividades agrícolas e da pecuá- ria. Avalie esses conhecimentos com base nas questões do Conectando ideias. • Complemente explicando que a rela- ção entre campo e cidade é possível, principalmente, a partir das redes de transporte e meios de comunicação e informação. • A extensão das atividades do campo e da cidade torna mais complexa a análise da relação entre esses dois espaços. A antiga definição de cam- po como antagônico ao urbano já está ultrapassada, uma vez que hoje é possível observar o campo brasi- leiro modernizado e o espaço urbano com práticas e costumes que eram tipicamente do campo. Conectando ideias 1. A foto mostra uma rua da área urbana com pessoas comercia- lizando alimentos da área rural em uma feira de produtores. 2. Do campo para acidade: ativi- dades relacionadas à agricultu- ra, à pecuária e ao extrativismo; produção de alimentos e forne- cimento de matéria-prima. Da cidade para o campo: produtos industrializados; prestação de serviços, como atendimento médico e assistência ao produ- tor rural; fornecimento de ma- quinários e equipamentos para a produção no campo. a ver o campo como um estilo de vida alter- nativo e ambientalmente sustentável, que simboliza melhor qualidade de vida, valori- zação do rural e da identidade das pessoas e grupos relacionados [...]. [...] atividades típicas do meio rural podem ser desenvolvidas no meio urbano, como a produção de hortaliças e frutas em terre- nos urbanos, bem como atividades do setor industrial e de serviços podem ocorrer nos estabelecimentos rurais, como a agroindus- trialização familiar, o lazer, o turismo rural e o ecoturismo. [...] LANA, Paulo da Cunha; STEFANELO, Eugenio Libreloto. A integração campo-cidade: quebrando paradigmas. Coleção Agrinho. Disponível em: <http://www.agrinho.com.br/site/ wp-content/uploads/2014/09/05_A-integracao-campo-cidade. pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017. 42 Campo e cidade: espaços interligados g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 42 17/01/18 5:09 PM 43 Os espaços que formam o município são interligados por diversos fatores que envolvem os seres humanos e o trabalho que realizam. Vamos conhecer como acontece essa interligação. 1. Como é o lugar que você observa na foto? 2. Em sua opinião, que tipos de produtos e serviços realizados no campo são importantes para a vida nas cidades e vice-versa? CONECTANDO IDEIAS Feira de produtores na cidade de São Paulo, São Paulo, em 2015. D A N IE L C Y M B A LI S TA / S H U T T E R S T O C K g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 43 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 43 1/18/18 11:37 AM 44 • Antes da leitura dos textos da pági- na, promova uma análise das ima- gens relacionando-as ao título do tema. Deixe claro que há diversas atividades no campo, mas que foram exemplificadas algumas que ocorrem no Brasil. • Comente que, além do agricultor, os diversos tipos de trabalhos na agri- cultura necessitam de profissionais com conhecimentos específicos, como os que dirigem os tratores e as colheitadeiras. Profissionais como os engenheiros agrônomos também são muito importantes para orientar sobre as melhores sementes e culti- vos para determinado tipo de clima e de solo. • Sugira aos alunos que digam os no- mes de algumas profissões do espa- ço rural. Escreva as respostas na lou- sa, anotando também as atividades realizadas por esses profissionais. Desse modo, é possível verificar o conhecimento prévio dos alunos so- bre o trabalho no espaço rural. Objetivos • Identificar os diferentes tipos de atividades econômicas pratica- das no espaço rural e os produtos provenientes delas. • Perceber a importância das ati- vidades econômicas realizadas no campo e como elas estão pre- sentes nos produtos que consu- mimos em nosso dia a dia. • Comparar os tipos de produção realizados em pequenas e gran- des propriedades rurais. • Compreender o que é a agricultura familiar. • Valorizar o trabalho feminino nas atividades rurais. • Identificar as características da agricultura desenvolvida no espa- ço rural do município em que vive. • A fim de ampliar a fundamentação teórica sobre a dinâmica do espaço rural, é importante ob- servar que as atividades econômicas estão além da pecuária, da agricultura e do extrativismo. Sobre isso, leia o texto a seguir. [...] no meio rural de nosso país, à semelhança do que ocorre em outras partes do mundo desenvolvido, existe uma crescente diversificação de atividades agrícolas e não agrícolas. Não podemos mais caracterizar o meio rural brasileiro como estritamente agrário, pois há um conjunto de atividades não agrícolas – como prestação de serviços (pessoal, de lazer ou auxiliar de atividade econômica), comércio e indústria – que responde cada vez mais pela nova dinâmica populacional do meio rural. Em suma, esse “Novo Rural”, como costumamos chamar, é composto por: 44 11 O trabalho no espaço rural O trabalho no espaço rural caracteriza-se principalmente pela realização das atividades da agricultura, do extrativismo e da pecuária. Essas atividades fazem parte do setor primário da economia. Na foto ao lado, plantação de algodão no município de Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, em 2016. Na foto ao lado, criação de gado bovino no município de Xexéu, Pernambuco, em 2015. Na foto ao lado, coleta de castanha-do-pará no município de Laranjal do Jari, Amapá, em 2017. Por meio da agricultura são produzidos grãos, legumes, verduras e frutas para o consumo das pessoas, dos animais e também para atender às necessidades das indústrias com matérias-primas para a fabricação dos mais diversos produtos. A atividade pecuária é responsável pela criação de animais para a produção de alimentos, como carne e leite, ou para atender a alguns tipos de indústrias, na fabricação de produtos alimentícios, cosméticos, calçados, etc. A prática do extrativismo retira da natureza produtos vegetais, animais e minerais. O extrativismo vegetal visa atender a diversos tipos de indústrias, para a fabricação de cosméticos, móveis e celulose, e também fornece alimentos, como castanhas, palmitos e açaí. matéria-prima: materiais de origem vegetal, animal ou mineral que são utilizados para a fabricação de outros produtos A R T U R K E U N E C K E /P U LS A R IM A G E N S LE O C A LD A S /P U LS A R IM A G E N S Z IG K O C H /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 44 17/01/18 5:09 PM 45 No espaço rural também podemos encontrar diversos tipos de indústrias, como usinas de açúcar e álcool, de processamento de carnes, farmacêuticas e petroquímicas. Também existem atividades ligadas ao comércio, como venda de doces e a prestação de serviços, como o turismo em hotéis e pousadas. Veja o exemplo ao lado. Indústrias e prestação de serviços no campo Vista de hotel fazenda no município de Santana dos Monges, Minas Gerais, em 2016. Pescador chegando com sua pesca no município de Paraty, Rio de Janeiro, em 2016. Extração de calcário no município de Almirante Tamandaré, Paraná, em 2016. Os produtos do extrativismo animal, em geral, são utilizados como matéria-prima para alguns tipos de indústrias e também como alimentos para as pessoas. Os produtos do extrativismo mineral atendem principalmente às indústrias e à geração de energia. Por meio dessa atividade são explorados diversos tipos de minerais, como ferro e cobre, além de metais e pedras preciosas, como ouro e diamante. E D S O N S A TO /P U LS A R IM A G E N S C H IC O F E R R E IR A /P U LS A R IM A G E N S TA LE S A Z Z I/ P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 45 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 44 1/18/18 11:37 AM 45 • Explique que nas usinas de açúcar e álcool ocorre a transformação da matéria-prima da cana-de-açúcar em diversos subprodutos, como: açúcar de vários tipos (orgânico, refinado, demerara, mascavo), álcool usado como combustível (etanol), além do bagaço (a fibra) da cana, que também pode ser usado como matéria-prima de vários outros produtos. • Complemente explicando que nas indústrias farmacêuticas acontece a transformação de plantas e outros vegetais em medicamentos. Já nas petroquímicas o petróleo é transfor- mado em diversos derivados: com- bustíveis (gasolina, óleo diesel), ferti- lizantes, pesticidas, tintas, plásticos, entre outros produtos muito usados no dia a dia. • Complemente as informações da pá- gina dizendo que as indústrias locali- zadas no campo produzem diversos tipos de alimentos embutidos e tam- bém outros produtos que servem de alimento para a criação de animais, como a ração. • Agropecuária moderna, baseada em commodities e intimamenteassociada às agroin- dústrias. • Conjunto de atividades não agrícolas ligadas à moradia, ao lazer e a várias atividades indus- triais e de prestação de serviços. • Conjunto de “novas” atividades agrícolas localizadas em nichos especiais de mercados. [...] Embrapa Informação Tecnológica. O novo rural brasileiro: rendas das famílias rurais. Disponível em: <http://livraria.sct. embrapa.br/liv_resumos/pdf/00074520.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017. 44 11 O trabalho no espaço rural O trabalho no espaço rural caracteriza-se principalmente pela realização das atividades da agricultura, do extrativismo e da pecuária. Essas atividades fazem parte do setor primário da economia. Na foto ao lado, plantação de algodão no município de Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, em 2016. Na foto ao lado, criação de gado bovino no município de Xexéu, Pernambuco, em 2015. Na foto ao lado, coleta de castanha-do-pará no município de Laranjal do Jari, Amapá, em 2017. Por meio da agricultura são produzidos grãos, legumes, verduras e frutas para o consumo das pessoas, dos animais e também para atender às necessidades das indústrias com matérias-primas para a fabricação dos mais diversos produtos. A atividade pecuária é responsável pela criação de animais para a produção de alimentos, como carne e leite, ou para atender a alguns tipos de indústrias, na fabricação de produtos alimentícios, cosméticos, calçados, etc. A prática do extrativismo retira da natureza produtos vegetais, animais e minerais. O extrativismo vegetal visa atender a diversos tipos de indústrias, para a fabricação de cosméticos, móveis e celulose, e também fornece alimentos, como castanhas, palmitos e açaí. matéria-prima: materiais de origem vegetal, animal ou mineral que são utilizados para a fabricação de outros produtos A R T U R K E U N E C K E /P U LS A R IM A G E N S LE O C A LD A S /P U LS A R IM A G E N S Z IG K O C H /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 44 17/01/18 5:09 PM 45 No espaço rural também podemos encontrar diversos tipos de indústrias, como usinas de açúcar e álcool, de processamento de carnes, farmacêuticas e petroquímicas. Também existem atividades ligadas ao comércio, como venda de doces e a prestação de serviços, como o turismo em hotéis e pousadas. Veja o exemplo ao lado. Indústrias e prestação de serviços no campo Vista de hotel fazenda no município de Santana dos Monges, Minas Gerais, em 2016. Pescador chegando com sua pesca no município de Paraty, Rio de Janeiro, em 2016. Extração de calcário no município de Almirante Tamandaré, Paraná, em 2016. Os produtos do extrativismo animal, em geral, são utilizados como matéria-prima para alguns tipos de indústrias e também como alimentos para as pessoas. Os produtos do extrativismo mineral atendem principalmente às indústrias e à geração de energia. Por meio dessa atividade são explorados diversos tipos de minerais, como ferro e cobre, além de metais e pedras preciosas, como ouro e diamante. E D S O N S A TO /P U LS A R IM A G E N S C H IC O F E R R E IR A /P U LS A R IM A G E N S TA LE S A Z Z I/ P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 45 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 45 1/18/18 11:37 AM 46 • Verifique se os alunos já consumiram algum dos produtos mostrados nas imagens e se existem essas ativida- des no município onde vivem. • Estimule-os a relembrar o cardápio da merenda do dia anterior e ano- te na lousa. Peça que identifiquem quais foram as atividades do campo que produziram os alimentos utiliza- dos na preparação da merenda. 46 ATIVIDADES 1. Para cada foto abaixo, escreva o nome da atividade que está sendo realizada e o nome de um produto que pode ser obtido por meio dela. Vista do município de Cachoeira do Arari, Pará, em 2015. Vista do município de Duartina, São Paulo, em 2016. Vista do município de Taquaritinga, São Paulo, em 2017. Atividade: Extrativismo. Produto: Açaí. Atividade: Pecuária. Produto: Carne. Atividade: Agricultura. Produto: Milho.M U N IQ U E B A S S O LI /P U LS A R IM A G E N S R IC A R D O A Z O U R Y /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 46 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 46 1/18/18 11:37 AM 47 • Investigue também se algum aluno já teve ou tem contato com algum des- ses tipos de trabalhos (de apicultura e de bovinocultura) e estimule-o a re- latar suas experiências. • Leia em voz alta o texto da ativida- de 3. É importante no processo de ensino-aprendizagem de Geografia a contextualização do conhecimento adquirido. Além disso, pretende-se estimular a leitura de outros gêneros textuais, como o jornalístico. Verifi- que o que os alunos entendem por piscicultura e pergunte: .Quais tipos de pecuária cresceram mais em 2016: a bovinocultura ou a piscicultura? R: Piscicultura. • Explique que a grande potencialida- de das atividades no campo brasilei- ro se deve, em parte, a alguns fatores naturais. Por exemplo: a biodiversi- dade favorece a atividade extrativa; as extensas áreas planas e pouco acidentadas, que servem como áre- as de pastagens naturais, facilitam a atividade pecuária, principalmente a extensiva; a extensão do litoral propi- cia a exploração de maior variedade e quantidade de espécies marinhas. Amplie seus conhecimentos • Para complementar o assunto sobre as produções do campo do Brasil e demais países do mun- do, acesse o site da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). • FAO. Disponível em: <http://www.fao.org/home/en/>. Acesso em: 29 dez. 2017. 46 ATIVIDADES 1. Para cada foto abaixo, escreva o nome da atividade que está sendo realizada e o nome de um produto que pode ser obtido por meio dela. Vista do município de Cachoeira do Arari, Pará, em 2015. Vista do município de Duartina, São Paulo, em 2016. Vista do município de Taquaritinga, São Paulo, em 2017. Atividade: Extrativismo. Produto: Açaí. Atividade: Pecuária. Produto: Carne. Atividade: Agricultura. Produto: Milho.M U N IQ U E B A S S O LI /P U LS A R IM A G E N S R IC A R D O A Z O U R Y /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 46 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 47 1/18/18 11:38 AM 48 • A respeito das pequenas proprie- dades, explique que o excedente da produção é vendido em cooperativas e feiras livres. No entanto, os peque- nos produtores rurais geralmente en- frentam dificuldades para permane- cer em suas terras. Em razão da falta de apoio financeiro, muitos desses pequenos agricultores não dispõem de condições para melhorar a produ- ção de suas terras (compra de equi- pamentos e máquinas, conservação das terras, etc.). • Ao longo das últimas décadas a produção do campo brasileiro vem se destacando mundialmente com as produções de soja, laranja, café, carne bovina, aves, etc. Essa grande produtividade foi resultado da intro- dução de modernas tecnologias nas atividades do campo. O rápido processo de implementação de novas tecnologias na agricultura tem alte- rado o perfil do emprego ligado ao agro- negócio brasileiro. O estabelecimento de algumas tecnologias resultou na diminui- ção dos postos de trabalho no campo, ou no deslocamento destes para outras atividades. A intensa velocidade com que esse processo vem ocorrendo não permitiu uma adequada reinserção do trabalhador desempregado nas novas funções geradas, devido à qua- lificação exigida. Entretanto, outras tecno- logias, que agregam valor aos produtos do campo ou promovem um aumento na pro- dução sem substituírem o trabalho humano, podem aumentar o número de empregos ao • A modernização da produção no campo, com tecnologias emáquinas cada vez mais modernas, substituiu o trabalhador rural, o que, por outro lado, gerou problema de desemprego no campo. Para entender um pouco mais sobre isso, leia o texto a seguir. 48 Diferentes maneiras de produzir no campo Muitos produtos que consumimos em nosso dia a dia são provenientes das atividades do campo. Alguns deles são consumidos em estado natural, outros são beneficiados, já outros são industrializados. Esses produtos também têm origens diferentes, de acordo com o modo de trabalhar a terra nas propriedades rurais. Nas pequenas propriedades, geralmente, trabalham as pessoas da família de agricultores e, quando necessário, alguns empregados são contratados. Boa parte da produção dessas propriedades é direcionada para o comércio local. Nas grandes propriedades são empregados diversos tipos de máquinas e outros recursos que diminuem a necessidade de mão de obra. Em algumas delas são contratados empregados temporários, que trabalham apenas na época do plantio ou da colheita. A produção é direcionada, principalmente, ao abastecimento de indústrias e ao comércio, inclusive com outros países. Plantação de verdura orgânica, no município de Pancas, Espírito Santo, em 2015. Colheita de soja no município de Formoso do Rio Preto, Bahia, em 2017. Nessas propriedades, em geral, faz-se o uso de ferramentas simples, como arado puxado por animais, colheita manual, entre outras atividades e técnicas tradicionais. Nas grandes propriedades, em geral, a produção agrícola envolve o uso de tecnologia avançada, como máquinas e técnicas modernas. Predomina a monocultura, ou seja, é cultivado um único tipo de produto ou extensas áreas são usadas para a pecuária. D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 48 17/01/18 5:09 PM 49 A importância das atividades do espaço rural As atividades realizadas no espaço rural, como agricultura, pecuária e extrativismo são importantes para a economia dos municípios por diversos motivos. Veja alguns deles. Cesto de frutas, verduras e legumes. Produtos obtidos a partir de atividades do campo. Ao lado, cultivo de eucalipto no município de Cacequi, Rio Grande do Sul, em 2017. Energia verde O campo também produz recursos para a produção de energia. Você sabia que alguns cultivos, como o de cana-de-açúcar e o de óleo de dendê, são matérias-primas para a produção de combustíveis para veículos? São os chamados biocombustíveis, que recebem esse nome por serem de origem vegetal. Ao lado, plantação de cana-de-açúcar e usina de álcool, no município de Guariba, São Paulo, em 2015. •produção de alimentos para o consumo da população. •geração de trabalho e renda para os trabalhadores. •fornecimento de matéria-prima para atender à produção industrial. Em alguns municípios as atividades do espaço rural são direcionadas para atender a determinados setores da indústria, como a produção de algodão para abastecer as indústrias têxteis, de madeira para a fabricação de papel e móveis ou a mineração para produzir chapas de aço e peças para os mais variados produtos. M O N T IC E LL O / S H U T T E R S TO C K G E R S O N G E R LO FF /P U LS A R IM A G E N S M A R C O S A M E N D /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 49 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 48 1/18/18 11:38 AM 49 Destaques da BNCC • Os biocombustíveis no Brasil, citados no conteúdo sobre Energia verde, favorecem o desenvolvimento dos temas contemporâneos Preserva- ção do meio ambiente e Ciência e tecnologia. • Explique que as fontes de energia menos poluentes ao meio ambiente são chamadas de energia verde ou energia alternativa. Comente tam- bém que o etanol é um combustível amplamente produzido no Brasil com base na cana-de-açúcar. • A produção no campo conta hoje em dia com modernas máquinas e servi- ços especializados para atender às ne- cessidades da atividade agrícola e da pecuária. São rações especiais, fertili- zantes com nutrientes para as plantas, adubos para melhorar a qualidade dos solos, sementes selecionadas e avan- çados sistemas de irrigação. • Para combater pragas e outros animais que possam prejudicar o desenvolvimento dos cultivos, os agricultores utilizam nas lavouras os agrotóxicos e os pesticidas. Para acelerar o desenvolvimento de plan- tas e adequar os solos ao plantio também são usados os fertilizantes e os adubos naturais. • Outras formas de cultivo usam ape- nas fertilizantes naturais e sem agro- tóxicos, para preservar a qualidade dos solos e a diversidade de plantas e animais. Nesse modelo, são culti- vados os alimentos orgânicos. estimular o crescimento, como ocorre na fruticultura, horticultura e pecuária. [...] A mecanização da colheita do café, soja, algodão e cana-de-açúcar resultou em um forte impacto negativo sobre o emprego dos chamados trabalhadores volantes, os “boias-frias”. [...] Potencializar tecnologias que geram em- prego, tecnificar o pequeno agricultor e qualificar tecnicamente os trabalhadores rurais são alguns dos desafios para mini- mizar o problema do desemprego no cam- po. A reforma agrária pode implicar num crescimento significativo do complexo agroindustrial como um todo, aumentan- do a produção nos setores de pequenas máquinas, corretivos de solo, fertilizan- tes, sementes e outros produtos, o que po- deria gerar inúmeros postos de trabalho. [...] Brasil rural: C&T no campo. Tecnologias transformam emprego no campo. Disponível em: <http://www. comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/ agronegocio/04.shtml>. Acesso em: 29 dez. 2017. 48 Diferentes maneiras de produzir no campo Muitos produtos que consumimos em nosso dia a dia são provenientes das atividades do campo. Alguns deles são consumidos em estado natural, outros são beneficiados, já outros são industrializados. Esses produtos também têm origens diferentes, de acordo com o modo de trabalhar a terra nas propriedades rurais. Nas pequenas propriedades, geralmente, trabalham as pessoas da família de agricultores e, quando necessário, alguns empregados são contratados. Boa parte da produção dessas propriedades é direcionada para o comércio local. Nas grandes propriedades são empregados diversos tipos de máquinas e outros recursos que diminuem a necessidade de mão de obra. Em algumas delas são contratados empregados temporários, que trabalham apenas na época do plantio ou da colheita. A produção é direcionada, principalmente, ao abastecimento de indústrias e ao comércio, inclusive com outros países. Plantação de verdura orgânica, no município de Pancas, Espírito Santo, em 2015. Colheita de soja no município de Formoso do Rio Preto, Bahia, em 2017. Nessas propriedades, em geral, faz-se o uso de ferramentas simples, como arado puxado por animais, colheita manual, entre outras atividades e técnicas tradicionais. Nas grandes propriedades, em geral, a produção agrícola envolve o uso de tecnologia avançada, como máquinas e técnicas modernas. Predomina a monocultura, ou seja, é cultivado um único tipo de produto ou extensas áreas são usadas para a pecuária. D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S JO Ã O P R U D E N T E /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 48 17/01/18 5:09 PM 49 A importância das atividades do espaço rural As atividades realizadas no espaço rural, como agricultura, pecuária e extrativismo são importantes para a economia dos municípios por diversos motivos. Veja alguns deles. Cesto de frutas, verduras e legumes. Produtos obtidos a partir de atividades do campo. Ao lado, cultivo de eucalipto no município de Cacequi, Rio Grande do Sul, em 2017. Energia verde O campo também produz recursos para a produção de energia. Você sabia que alguns cultivos, como o de cana-de-açúcar e o de óleo de dendê, são matérias-primaspara a produção de combustíveis para veículos? São os chamados biocombustíveis, que recebem esse nome por serem de origem vegetal. Ao lado, plantação de cana-de-açúcar e usina de álcool, no município de Guariba, São Paulo, em 2015. •produção de alimentos para o consumo da população. •geração de trabalho e renda para os trabalhadores. •fornecimento de matéria-prima para atender à produção industrial. Em alguns municípios as atividades do espaço rural são direcionadas para atender a determinados setores da indústria, como a produção de algodão para abastecer as indústrias têxteis, de madeira para a fabricação de papel e móveis ou a mineração para produzir chapas de aço e peças para os mais variados produtos. M O N T IC E LL O / S H U T T E R S TO C K G E R S O N G E R LO FF /P U LS A R IM A G E N S M A R C O S A M E N D /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 49 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 49 1/18/18 11:38 AM 50 Acompanhando a aprendizagem • Auxilie os alunos na interpretação do gráfico da página. Oriente a leitura dos eixos do gráfico de colunas e peça a eles que localizem as infor- mações: produto e produção da agri- cultura familiar (em %). • Peça que analisem o gráfico a fim de perceberem que grande parte da nossa alimentação se origina da agri- cultura familiar. • Em algumas pequenas propriedades, os agricultores familiares buscam formas de melhorar a produção. Em certas propriedades familiares são utilizados equipamentos e máquinas para melhorar as técnicas de plantio. Os proprietários organizam a produ- ção, usam menos agrotóxicos e con- tribuem com a economia local dos municípios. • Em diversas propriedades familiares são realizadas práticas agrícolas que evitam a degradação dos solos, os desmatamentos, o desperdício da água, além de outras técnicas que auxiliam na conservação do meio ambiente. Explique que parte da me- renda escolar é produzida pela agri- cultura familiar. Saberes integrados • Aproveite para iniciar um projeto com a disciplina de Ciências, como o cultivo de hortaliças no espaço da sua escola. Se não for possível, peça aos alunos que observem as árvores frutíferas de onde moram e se há projetos de hortas urbanas em praças públicas. • Resposta pessoal. Incentive os alunos a pensar em situações do dia a dia em que podem evitar o desperdício de alimentos, como se servir apenas do necessário durante as refeições, aproveitar todas as frutas, consumir os ali- mentos antes da data de venci- mento. Ideias para compartilhar Amplie seus conhecimentos • Para aprofundar o assunto sobre desperdício de alimentos, acesse o site a seguir. • MANARINI, Thaís. 10 dicas para evitar o desperdício de comida. Abril, 31 ago. 2017. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/alimentacao/10-dicas-para-evitar-o-desperdicio-de-comida/>. Acesso em: 8 jan. 2018. 51 ATIVIDADES 1. Observe o selo abaixo. a. Agora preencha o quadro com atividades realizadas no campo que podem ser observadas na imagem. Agricultura. Pecuária. Extrativismo. b. Marque um X na alternativa correta. O selo representa atividades agrícolas: em pequenas propriedades. em grandes propriedades. c. Descreva como é a produção no tipo de propriedade que você marcou na alternativa anterior. Espera-se que os alunos mencionem que em pequenas propriedades rurais, geralmente, o trabalho é familiar e a produção é direcionada principalmente para a venda em comércios locais e para o consumo dos trabalhadores. d. De que maneira essa produção faz parte do seu dia a dia? Espera-se que os alunos percebam que a agricultura familiar é responsável pela produção de grande parte dos alimentos que eles consomem, como leite, ovos, verduras, etc. e. Em sua opinião, qual a importância desse tipo de produção? Converse com os colegas. Resposta pessoal. Os alunos devem perceber a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos. x C O R R E IO S B R A S IL g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 51 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 50 1/18/18 11:38 AM 51 Destaques da BNCC • A atividade que traz o selo come- morativo dos Correios favorece a familiarização com representações artísticas que destacam símbolos e contextos socioculturais. Esta é uma produção artístico-cultural e históri- ca que atende a Competência geral 3 da BNCC. Acompanhando a aprendizagem • O selo comemorativo fornece muitos elementos para o aluno caracterizar o campo, especificamente uma pro- priedade de agricultura familiar. • Pergunte se eles compreendem o que é um selo e onde ele é utilizado. Diga que os selos comprovam o pa- gamento do serviço dos Correios pe- los usuários. Explique também que o estudo de selos postais e o ato de colecionar tais selos chama-se fila- telia. • Na questão C espera-se que os alu- nos observem a grande variedade de produtos, o que demonstra que a organização da produção se refere à agricultura familiar. • Destaque a importância da mulher em todas as atividades do campo e na administração dos negócios a ele relacionados. • Para discutirem o que é pedido na questão E, sugira aos alunos que recorram ao gráfico da página ante- rior, que demonstra a participação da agricultura familiar na produção nacional. • Competência geral 3: Desenvol- ver o senso estético para reco- nhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de prá- ticas diversificadas da produção artístico-cultural. • A respeito da definição de agricultura familiar, podemos verificar que é um sistema de produção que visa a outras atividades além das agrícolas, como mostra o texto a seguir. [...] Conforme a Lei no 11.326/2006, é conside- rado agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, possui área de até quatro mó- dulos fiscais, mão de obra da própria família, renda familiar vinculada ao próprio estabele- cimento e gerenciamento do estabelecimen- to ou empreendimento pela própria família. Também são considerados agricultores fa- miliares: silvicultores, aquicultores, extrati- vistas, pescadores, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. [...] Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. O que é agricultura familiar. 6 set. 2016. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/ noticias/o-que-%C3%A9-agricultura-familiar>. Acesso em: 10 dez. 2017. 51 ATIVIDADES 1. Observe o selo abaixo. a. Agora preencha o quadro com atividades realizadas no campo que podem ser observadas na imagem. Agricultura. Pecuária. Extrativismo. b. Marque um X na alternativa correta. O selo representa atividades agrícolas: em pequenas propriedades. em grandes propriedades. c. Descreva como é a produção no tipo de propriedade que você marcou na alternativa anterior. Espera-se que os alunos mencionem que em pequenas propriedades rurais, geralmente, o trabalho é familiar e a produção é direcionada principalmente para a venda em comércios locais e para o consumo dos trabalhadores. d. De que maneira essa produção faz parte do seu dia a dia? Espera-se que os alunos percebam que a agricultura familiar é responsável pela produção de grande parte dos alimentos que eles consomem, como leite, ovos, verduras, etc. e. Em sua opinião, qual a importância desse tipo de produção? Converse com os colegas. Resposta pessoal. Os alunos devem perceber a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos. x C O R R E IO S B R A S IL g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 51 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 51 1/18/18 11:38 AM 52 Destaques da BNCC • A seção convida os alunos a refleti- rem sobre a desigualdade de gêne- ros e a luta pela conquista de direitos das mulheres nas atividades do cam- po. Dessa forma, é possível desen- volver trêsdos seguintes temas con- temporâneos: Vida familiar e social, Educação em direitos humanos, Trabalho e sexualidade. • Organize a turma em círculo. Depois, proponha uma leitura compartilhada do texto desta página. Escolha os alunos pelo número ou pela ordem alfabética do nome. É muito impor- tante estimular o hábito da leitura. • O texto tem o objetivo de ampliar a escrita e o universo de referências culturais. • No Brasil, de acordo com o IBGE, em 2010, aproximadamente 40% dos la- res eram chefiados por mulheres. Es- ses dados acompanharam o cresci- mento e a inserção da mulher brasileira no mercado de trabalho e o aumento dos seus rendimentos, favorecendo maior independência financeira. Esse aumento da participação feminina na economia nacional é resultado do combate contra a desigualdade sala- rial entre os gêneros. • No entanto, o Brasil ainda é um dos países com maior índice de desi- gualdade de gênero. De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Hu- mano de 2016, da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 159 paí- ses, o Brasil encontrava-se na posi- ção 92o no índice de desigualdade de gênero (IDG). As mulheres rurais são as responsáveis por mais da metade da produção de alimen- tos do mundo. Elas exercem também um im- portante papel na preservação da biodiver- sidade e garantem a soberania e a segurança alimentar ao se dedicar a produzir alimen- tos saudáveis. Por outro lado, as mulheres rurais são as que mais vivem em situação de desigualda- de social, política e econômica. Apenas 30% são donas formais de suas terras, 10% con- seguem ter acesso a créditos e 5%, a assis- tência técnica. [...] Diversas políticas públicas voltadas para garantir a autonomia e a igualdade de gê- • Diante do panorama mundial do trabalho no campo, há uma nítida desigualdade de gênero no que se refere à remuneração e às dificuldades em conseguir financiamentos agrícolas. Leia mais a respeito no texto abaixo. 52 CIDADÃO DO MUNDO A força da mulher no campo O trabalho pesado nunca foi impedimento para que muitas mulheres exercessem papel fundamental no campo, desde o cuidado com lavouras, plantio, colheita, até compras e negociações com fornecedores. Todas essas funções são divididas entre homens e mulheres no campo. Além disso, na maioria das vezes, tanto as mulheres que trabalham no campo quanto as que trabalham na cidade acumulam outras atividades que envolvem cuidar da rotina de suas famílias e de suas moradias. Atualmente, também existem muitas famílias que, por diversos motivos, são lideradas por mulheres. No caso das famílias que vivem no campo, as mulheres que se tornam chefes de família também assumem a administração da produção agrícola. Mulher trabalhando com ordenha de gado leiteiro no município de Tunápolis, Santa Catarina, em 2015. Mulher dirigindo trator no municipio de Araci, Bahia, em 2015. C ES AR D IN IZ /P U LS AR IM AG EN S SÉRGIO PEDREIRA/PULSAR IMAGENS g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 52 17/01/18 5:09 PM 53 Colaborando com a produção, as mulheres agregam valor aos produtos, aumentando a renda familiar. Em alguns municípios também existem cooperativas femininas, que impulsionam o trabalho das mulheres do campo com a venda de produtos agrícolas e também de artesanatos, como bordados, que se tornam uma renda extra para as famílias. 1. De que maneira o trabalho das mulheres do campo está presente em seu dia a dia? 2. Em sua opinião, qual a importância do trabalho das mulheres no campo? Mulher colhendo alface em propriedade rural de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2014. Artesã da cooperativa Gente de Fibra finalizando peça de decoração feita com fibra de bananeira no município de Maria da Fé, Minas Gerais, em 2017. JO ÃO P R U D EN TE / PU LS AR IM AG EN S G E R S O N G E R LO FF / P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 53 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 52 1/18/18 11:38 AM 53 • Deixe os alunos confortáveis para falarem a respeito de suas realida- des do contexto familiar. Caso haja alunos que vivem em ambientes li- derados por mulheres, valorize essa situação e impeça a discriminação em sala de aula. Explique que há novos formatos familiares, arranjos que rompem com o tradicional pa- drão marital, formado por homem e mulher, podendo ser apenas a mãe, apenas o pai, os avós, pessoas do mesmo gênero, entre outras. Valo- rize essa realidade como forma de combater a intolerância e a discrimi- nação por gênero. Respostas 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que os ali- mentos que consomem no dia a dia podem ser fruto do trabalho reali- zado por mulheres. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que o tra- balho das mulheres é importante para agregar valor aos produtos e aumentar as rendas familiares. nero para as mulheres rurais têm sido ado- tadas pelos países. Na América Latina, por exemplo, a adoção de programas destinados a documentar as mulheres rurais tornou-se uma boa estratégia para que elas tenham acesso a políticas e direitos. No Brasil, a FAO é parceira do Estado em um projeto destinado a levar cidadania para as mulheres do campo. Nos últimos anos, milhares delas conseguiram o registro civil por meio dessa iniciativa. Com documento em mãos, além de se afirmarem como cida- dãs, também puderam ter melhor acesso a saúde, educação, assistência e segurança social, bem como o direito à propriedade de terras, crédito e outros insumos que lhes ga- rantam mais renda e autonomia econômica. [...] BOJANIC, Alan. ONU BR. A importância das mulheres rurais no desenvolvimento sustentável do futuro. 7 dez. 2017. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/artigo-a- importancia-das-mulheres-rurais-no-desenvolvimento- sustentavel-do-futuro/>. Acesso em: 8 dez. 2017. 52 CIDADÃO DO MUNDO A força da mulher no campo O trabalho pesado nunca foi impedimento para que muitas mulheres exercessem papel fundamental no campo, desde o cuidado com lavouras, plantio, colheita, até compras e negociações com fornecedores. Todas essas funções são divididas entre homens e mulheres no campo. Além disso, na maioria das vezes, tanto as mulheres que trabalham no campo quanto as que trabalham na cidade acumulam outras atividades que envolvem cuidar da rotina de suas famílias e de suas moradias. Atualmente, também existem muitas famílias que, por diversos motivos, são lideradas por mulheres. No caso das famílias que vivem no campo, as mulheres que se tornam chefes de família também assumem a administração da produção agrícola. Mulher trabalhando com ordenha de gado leiteiro no município de Tunápolis, Santa Catarina, em 2015. Mulher dirigindo trator no municipio de Araci, Bahia, em 2015. C ES AR D IN IZ /P U LS AR IM AG EN S SÉRGIO PEDREIRA/PULSAR IMAGENS g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 52 17/01/18 5:09 PM 53 Colaborando com a produção, as mulheres agregam valor aos produtos, aumentando a renda familiar. Em alguns municípios também existem cooperativas femininas, que impulsionam o trabalho das mulheres do campo com a venda de produtos agrícolas e também de artesanatos, como bordados, que se tornam uma renda extra para as famílias. 1. De que maneira o trabalho das mulheres do campo está presente em seu dia a dia? 2. Em sua opinião, qual a importância do trabalho das mulheres no campo? Mulher colhendo alface em propriedade rural de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2014. Artesã da cooperativa Gente de Fibra finalizando peça de decoração feita com fibra de bananeira no município de Maria da Fé, Minas Gerais, em 2017. JO ÃO P R U D EN TE / PU LS AR IM AG EN S G E R S O N G E R LO FF / P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p042a053.indd 53 17/01/18 5:09 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 53 1/19/18 7:32 PM 54 • Peça aos alunos que citem o nome de diferentes profissões do espaço urbano. Organize, na lousa, uma lis-ta com as profissões citadas. Desse modo, tem-se a oportunidade de ve- rificar o conhecimento prévio deles sobre o trabalho no espaço urbano. Lembre-se de mencionar as profis- sões tradicionalmente ocupadas por homens que, atualmente, também vêm sendo ocupadas por mulheres. • Auxilie-os a perceber que há estabe- lecimentos que desenvolvem as duas atividades: o comércio e a prestação de serviços. Por exemplo, em lojas de informática são vendidos produtos eletrônicos e também há prestação de serviços, como a manutenção de computadores. Em lojas de material de construção também podem ser verificadas as duas modalidades de atividades econômicas, onde são ofertados trabalhos de hidráulica e de construção e há o comércio de pro- dutos. Objetivos • Identificar os diferentes tipos de atividades econômicas desenvol- vidas no espaço urbano. • Perceber a importância das ati- vidades econômicas no espaço urbano. • Conhecer algumas das ativida- des econômicas desenvolvidas no espaço urbano do município em que vivem. 54 O trabalho no espaço urbano12 No espaço urbano, o trabalho das pessoas caracteriza-se, principalmente, pela realização de atividades como indústria, comércio e prestação de serviços. A atividade da indústria faz parte do setor secundário, e o comércio e a prestação de serviços fazem parte do setor terciário da economia. A compra e a venda dos mais variados produtos são desenvolvidas pela atividade do comércio. Na foto ao lado, comércio de roupas. A produção de diferentes mercadorias é realizada pela atividade da indústria. Na foto ao lado, linha de montagem de automóveis, em indústria. A realização de diferentes tipos de serviços ocorre por meio da prestação de serviços. Na foto, médica prestando serviço de atendimento à saúde. IA K O V F IL IM O N O V/ S H U T T E R S TO C K M U P H /S H U T T E R S TO C K M B IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 54 17/01/18 5:19 PM 55 A importância das atividades do espaço urbano As atividades realizadas no espaço urbano são de grande importância para o município. Veja algumas delas. •Produção dos mais variados tipos de mercadorias utilizadas no dia a dia, desde produtos alimentícios até veículos e máquinas industriais e agrícolas. Na imagem observamos indústria de automóveis no município de Resende, Rio de Janeiro, em 2015. •Além da comercialização dos mais diferentes produtos, há atividades ligadas à prestação de diversos serviços à população. Na foto, funcionários da prefeitura realizando serviço de limpeza de ruas no município de Monteiro, Paraíba, em 2016. •Geração de emprego e renda para milhões de trabalhadores, tanto no setor industrial quanto no comércio e na prestação de serviços. Na foto, funcionários e clientes de um supermercado no município de Altamira, Pará, em 2014. R O D O LF O B U H R E R /L A IM A G E M /F O TO A R E N A B R U N O R O C H A /F O TO A R E N A E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 55 17/01/18 5:19 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 54 1/18/18 11:38 AM 55 Acompanhando a aprendizagem • Durante a leitura dos textos da pági- na, recorra às imagens e identifique se alguma delas representa alguma semelhança com lugares do muni- cípio em que vivem. Verifique, por exemplo, se eles já presenciaram os serviços da prefeitura pelas ruas, a coleta de lixo, a manutenção de ga- lerias pluviais e as redes de água e esgoto, entre outros. • Organize com os alunos uma lista dos mais importantes estabeleci- mentos comerciais do município e também das mercadorias que são vendidas nas lojas, supermercados e comércio em geral. • Para complementar o estudo desta página, sugira aos alunos que pro- curem, em jornais e revistas, fotos de algumas atividades econômicas realizadas no espaço urbano. Peça que se organizem em grupos e ela- borem um mural com as imagens encontradas. Oriente-os a produzir textos identificando o nome de cada atividade apresentada. • Verifique se no município onde os alunos vivem são encontradas as ati- vidades listadas na página, como: produção de veículos e máquinas in- dustriais e agrícolas e comercialização de diversos produtos. Converse com eles se há necessidade de se deslocar para outro município em busca de al- gum produto. Mais atividades • Programe uma visita ao centro urbano do município. Para o desenvolvimento desse trabalho auxilie os alunos a analisarem as paisagens e a verificarem os estabeleci- mentos por tipo de atividades: comercial, prestação de serviço e industrial. Sugerimos que selecione alguns lugares para a visita com o objetivo de que eles examinem os produtos feitos no campo e na cidade. Para aprofundar esse trabalho, peça que anotem três produtos que tenham origem no pró- prio município e outros que são trazidos de outros lugares. Oriente-os a verificar se são produtos in natura ou alimentos beneficia- dos. Discuta com eles como os transportes devem ser adaptados; diga, por exemplo, que os caminhões devem ser frigoríficos, para conservar os produtos frescos. Peça que também pesquisem os estabelecimen- tos que oferecem a prestação de serviços. Faça-os investigar que tipo de serviço é ofe- recido, quais são o público-alvo e os lugares onde os trabalhos são realizados. Depois, ao retornar para a sala de aula, reúna-os e peça que escrevam as suas impressões: do que gostaram, se a visita influenciou a visão que tinham a respeito do espaço urbano, etc. 54 O trabalho no espaço urbano12 No espaço urbano, o trabalho das pessoas caracteriza-se, principalmente, pela realização de atividades como indústria, comércio e prestação de serviços. A atividade da indústria faz parte do setor secundário, e o comércio e a prestação de serviços fazem parte do setor terciário da economia. A compra e a venda dos mais variados produtos são desenvolvidas pela atividade do comércio. Na foto ao lado, comércio de roupas. A produção de diferentes mercadorias é realizada pela atividade da indústria. Na foto ao lado, linha de montagem de automóveis, em indústria. A realização de diferentes tipos de serviços ocorre por meio da prestação de serviços. Na foto, médica prestando serviço de atendimento à saúde. IA K O V F IL IM O N O V/ S H U T T E R S TO C K M U P H /S H U T T E R S TO C K M B IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 54 17/01/18 5:19 PM 55 A importância das atividades do espaço urbano As atividades realizadas no espaço urbano são de grande importância para o município. Veja algumas delas. •Produção dos mais variados tipos de mercadorias utilizadas no dia a dia, desde produtos alimentícios até veículos e máquinas industriais e agrícolas. Na imagem observamos indústria de automóveis no município de Resende, Rio de Janeiro, em 2015. •Além da comercialização dos mais diferentes produtos, há atividades ligadas à prestação de diversos serviços à população. Na foto, funcionários da prefeitura realizando serviço de limpeza de ruas no município de Monteiro, Paraíba, em 2016. •Geração de emprego e renda para milhões de trabalhadores, tanto no setor industrial quanto no comércio e na prestação de serviços. Na foto, funcionários e clientes de um supermercado no município de Altamira, Pará, em 2014. R O D O LF O B U H R E R /L A IM A G E M /F O TO A R E N A B R U N O R O C H A /F O TO A R E N A E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 55 17/01/18 5:19 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 55 1/18/18 11:38 AM 56 Destaques da BNCC • O conteúdo desta página busca de- senvolver nos educandos a cons- ciência das problemáticas que en- volvem o mercado de trabalho na atualidade, o desemprego, as desi- gualdades salariais, etc. Dessa for- ma,é contemplado o Tema contem- porâneo Trabalho. Acompanhando a aprendizagem • O conteúdo da página pode des- pertar o interesse dos alunos para conversar sobre a questão do de- semprego e de histórias de pessoas conhecidas que se encontram nes- sa situação. Caso algum familiar ou responsável esteja desempregado, é importante explicar que essa situa- ção ocorre em muitas famílias. Pro- cure valorizar a pessoa desemprega- da e dizer aos alunos que essa é uma situação temporária. • Pergunte aos alunos quais são as maiores dificuldades que os desem- pregados enfrentam. Diga quais ti- pos de habilidades e conhecimentos são importantes para conquistar um trabalho e enfatize a importância dos estudos para a obtenção de empre- gos com melhores remunerações. Saberes integrados • Auxilie os alunos na interpretação do gráfico da página. Um trabalho de tratamento das informações por meio de gráficos pode ser realiza- do com a disciplina de Matemática. Uma sugestão é transformar o gráfi- co de colunas da página em um grá- fico de barras. Amplie seus conhecimentos • Acesse as publicações periódicas sobre o mercado de trabalho realizadas pelo IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/ estatisticas-novoportal/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios- continua-trimestral.html>. Acesso em: 10 dez. 2017. 57 ATIVIDADES 1. Relacione as fotos dos profissionais mostrados a seguir ao tipo de atividade econômica em que eles trabalham. 2. Escreva dois exemplos que estejam presentes em seu dia a dia para cada tipo de atividade econômica. •Comércio: Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar a compra de alimentos e a compra de itens para higiene pessoal, roupas ou calçados. •Prestação de serviços: Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar atendimento de saúde, escola, consertos em geral. Dentista. Loja de eletrodomésticos. Fábrica de alimentos. Cabeleireiro. 1 Comércio. 2 Indústria. 3 Prestação de serviços. 3 1 2 3 B LO O M B E R G /G E T T Y IM A G E S VA D IM Z A K H A R IS H C H E V/ S H U T T E R S TO C K G E M E N A C O M /S H U T T E R S TO C K A LO IS IO M A U R IC IO /F O TO A R E N A g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 57 17/01/18 5:19 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 56 1/18/18 11:38 AM 57 Saberes integrados • O tema possibilita uma articulação com a disciplina de Matemática. Podem ser realizadas diversas ati- vidades que: ampliem e exercitem o raciocínio lógico dos alunos; tragam problemas matemáticos e situações- -problema sobre o preço e a quan- tidade dos produtos; trabalhem a variação de preço ao longo de um período, a variação de preço entre os estabelecimentos, entre outras situações cotidianas na atividade comercial. Esse tipo de atividade relaciona-se à questão do consumo consciente. Uma sugestão é analisar ao longo de duas semanas a variação dos preços de mercados próximos, com base nas propagandas e nos fo- lhetos. Analise com os alunos se as promoções e os valores das ofertas são realmente vantajosos ao con- sumidor, como forma de identificar propagandas enganosas, e verifique com eles qual é a real necessidade de consumir aquele produto. Mais atividades • Para tornar mais lúdico e dinâmico o aprendizado sobre trabalhos na ci- dade, sugerimos a elaboração de um jogo da memória com imagens para os alunos relacionarem aos respectivos tipos de atividades econômicas. Peça aos próprios alunos, organizados em trios, que elaborem os cartões do jogo, compondo no mínimo três pares. 57 ATIVIDADES 1. Relacione as fotos dos profissionais mostrados a seguir ao tipo de atividade econômica em que eles trabalham. 2. Escreva dois exemplos que estejam presentes em seu dia a dia para cada tipo de atividade econômica. •Comércio: Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar a compra de alimentos e a compra de itens para higiene pessoal, roupas ou calçados. •Prestação de serviços: Resposta pessoal. Os alunos podem mencionar atendimento de saúde, escola, consertos em geral. Dentista. Loja de eletrodomésticos. Fábrica de alimentos. Cabeleireiro. 1 Comércio. 2 Indústria. 3 Prestação de serviços. 3 1 2 3 B LO O M B E R G /G E T T Y IM A G E S VA D IM Z A K H A R IS H C H E V/ S H U T T E R S TO C K G E M E N A C O M /S H U T T E R S TO C K A LO IS IO M A U R IC IO /F O TO A R E N A g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 57 17/01/18 5:19 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 57 1/18/18 11:38 AM 58 • O tema propõe um estudo sobre a importância das relações de interde- pendência entre o espaço rural e o es- paço urbano, por meio de uma análise das trocas comerciais e dos serviços prestados entre esses espaços. • Concentre suas explicações na reto- mada conceitual sobre matéria-prima, conteúdo do ano anterior. Peça aos alunos que citem exemplos de recur- sos naturais usados como matérias- -primas, como a madeira, os minerais ou os animais coletados com a finali- dade de compor um novo produto. • Pergunte de que forma o ser humano consegue as matérias-primas mos- tradas na imagem da página. Eles devem responder que é por meio do extrativismo, como a extração de mi- nérios do subsolo, a agricultura e a pecuária, que são fundamentais para a produção de alimentos. • Verifique quais são as atividades que se destacam no espaço rural do seu muni- cípio, que abastecem os mercados e o comércio em geral da área urbana. Objetivos • Conhecer as relações entre o es- paço rural e o espaço urbano. • Compreender a importância das atividades econômicas desenvolvi- das em cada um desses espaços. • Identificar produtos e serviços que o campo fornece à cidade e produ- tos e serviços que a cidade fornece ao campo. Matérias-primas produzidas no campo Alimentos produzidos no campo 58 A integração entre o espaço rural e o espaço urbano 13 As atividades econômicas desenvolvidas no espaço rural e no espaço urbano se complementam e geram uma interligação entre esses espaços. Isso significa que a cidade depende da produção do campo. Por sua vez, o campo depende da produção da cidade. Observe os exemplos a seguir. A cidade depende da produção do campo O campo fornece matéria-prima para as indústrias das cidades, como minério para as siderúrgicas, madeira para as serrarias, milho, trigo e soja para as indústrias alimentícias, gado para os frigoríficos, leite para os laticínios, etc. O campo também fornece alimentos que são comercializados nas cidades para o consumo da população. Os supermercados, as mercearias e as quitandas, por exemplo, vendem frutas, ovos, verduras, legumes, arroz, feijão, entre vários outros produtos alimentícios produzidos no campo. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 58 17/01/18 5:19 PM Produtos industrializados Serviços oferecidos nas cidades 59 O campo depende da produção da cidade A cidade fornece ao campo os mais variados produtos industrializados, como roupas, calçados, tratores, arados, semeadeiras e ferramentas em geral, além de vacinas e medicamentos. O desenvolvimento das atividades no espaço rural também depende de vários serviços existentes nas cidades. Entre esses serviços estão o dos bancos, que financiam, ou seja, emprestam dinheiro aos proprietários rurais; o dos institutos de pesquisas agrícolas, que fornecem orientações técnicas aos produtores por meio do trabalho de veterinários e agrônomos; além dos serviços de comunicação, etc. 1. Converse com os colegas e anotem o nome de alguns produtos que vocês utilizam em seu dia a dia. Que vêm diretamente do campo Que são fabricados na cidade IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd59 7/10/18 8:42 AM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 58 7/10/18 11:23 AM 59 • A interligação entre o espaço rural e o espaço urbano torna a produção do campo, em parte, dependente das necessidades da indústria. Dê outros exemplos da interdependência entre as atividades realizadas no campo e também na cidade, seja do municí- pio onde os alunos vivem ou em ou- tro município do estado. Você pode explicar, por exemplo, que a indústria fabricante de livros, cadernos e jor- nais precisa da matéria-prima extraí- da da polpa de árvores, a celulose. A extração e produção dessa matéria- -prima atendem à necessidade da indústria de papel. Assim, extensas áreas do campo são ocupadas por determinadas espécies de árvores. • Em outros casos, alguns agriculto- res cultivam frutas para abastecer a indústria de sucos do município; al- guns proprietários criam gado leitei- ro para fornecerem o leite como ma- téria-prima aos laticínios da região. • Enriqueça o trabalho proposto com exemplos locais ou da região. Isso contribui para a aprendizagem dos alunos ser mais efetiva e interessante. • Pergunte aos alunos: Quais são as vantagens que um agricultor tem ao vender seus produtos nas feiras li- vres das cidades? R: Espera-se que os alunos identifi- quem que, nas cidades, a venda é facilitada pelo fato de a população ser maior e estar mais concentra- da, ao contrário do campo, onde as pessoas, geralmente, moram distantes umas das outras. Além disso, muitos habitantes do cam- po plantam e criam animais para a própria subsistência. • Com base na análise das práticas cotidianas, espera-se que o ensino dos alunos passe a ser mais significativo. Sendo assim, é importante salientar que: [...] A escola tem a função de “trazer” o cotidiano para seu interior com o intuito de fazer uma reflexão sobre ele a partir de uma confrontação com o conhecimento científico. Nesse senti- do, deve estar estreitamente ligada ao cotidiano. [...] A Geografia na escola deve estar, então, voltada para o estudo de conhecimentos cotidianos trazidos pelos alunos e para seu confronto com o saber sistematizado que estrutura o racio- cínio geográfico. [...] CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. São Paulo: Papirus, 1998. p. 129. Resposta 1. Que vêm diretamente do campo: resposta pessoal. Os alunos po- dem escrever o nome de alguns alimentos que consomem in natura, como ovos, frutas e legumes. Que são fabricados na cidade: resposta pessoal. Os alunos po- dem mencionar roupas, sapatos ou materiais escolares que utilizam diariamente. Matérias-primas produzidas no campo Alimentos produzidos no campo 58 A integração entre o espaço rural e o espaço urbano 13 As atividades econômicas desenvolvidas no espaço rural e no espaço urbano se complementam e geram uma interligação entre esses espaços. Isso significa que a cidade depende da produção do campo. Por sua vez, o campo depende da produção da cidade. Observe os exemplos a seguir. A cidade depende da produção do campo O campo fornece matéria-prima para as indústrias das cidades, como minério para as siderúrgicas, madeira para as serrarias, milho, trigo e soja para as indústrias alimentícias, gado para os frigoríficos, leite para os laticínios, etc. O campo também fornece alimentos que são comercializados nas cidades para o consumo da população. Os supermercados, as mercearias e as quitandas, por exemplo, vendem frutas, ovos, verduras, legumes, arroz, feijão, entre vários outros produtos alimentícios produzidos no campo. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 58 17/01/18 5:19 PM Produtos industrializados Serviços oferecidos nas cidades 59 O campo depende da produção da cidade A cidade fornece ao campo os mais variados produtos industrializados, como roupas, calçados, tratores, arados, semeadeiras e ferramentas em geral, além de vacinas e medicamentos. O desenvolvimento das atividades no espaço rural também depende de vários serviços existentes nas cidades. Entre esses serviços estão o dos bancos, que financiam, ou seja, emprestam dinheiro aos proprietários rurais; o dos institutos de pesquisas agrícolas, que fornecem orientações técnicas aos produtores por meio do trabalho de veterinários e agrônomos; além dos serviços de comunicação, etc. 1. Converse com os colegas e anotem o nome de alguns produtos que vocês utilizam em seu dia a dia. Que vêm diretamente do campo Que são fabricados na cidade IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 59 7/10/18 8:42 AM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 59 7/10/18 8:47 AM 60 • Explique que as agroindústrias se encontram tanto nas grandes quanto nas médias e pequenas proprieda- des rurais do Brasil. O que as diferen- ciam são a capacidade de produção, a tecnologia empregada e os tipos de produtos fabricados. • Pesquise com os alunos se no mu- nicípio onde se localiza a escola há agroindústrias e quais são os tipos de produtos fabricados e o destino dessa produção (se vai para outros estados do Brasil ou para outros pa- íses). Verifiquem também se elas es- tão localizadas em grandes ou para pequenas propriedades rurais, se estão em propriedades onde é prati- cada a agricultura familiar e, depois, relacione essa pesquisa ao conteú- do do tema anterior. • Leia o texto a seguir, que trata do papel das agroindústrias na transformação da economia. [...] o surgimento das agroindústrias rurais em várias regiões do país pode ser situado como parte dos processos mais amplos de reconfiguração dos sistemas agroalimentares. Estas transformações estão ligadas a aspectos como a revalorização dos produtos locais e especia- lidades, à crescente importância social e econômica das atividades rurais não agrícolas, à cri- se dos processos de modernização da agricultura, consumidores mais exigentes em termos alimentares, à volta dos habitantes urbanos ao espaço rural, entre outros fatores. [...] [...] propiciam a produção de alimentos fabricados artesanalmente, com outros padrões de • Faça, na lousa, uma lista dos alimen- tos industrializados mais consumidos pelos alunos. Depois, alerte sobre os impactos negativos que uma dieta baseada nesses tipos de alimentos, industrializados e processados, tem sobre nossa saúde e qualidade de vida. Aponte que o consumo em ex- cesso desses produtos pode causar problemas de saúde por conterem muito açúcar e gordura e poucos nu- trientes. Uma sugestão é propor aos alunos que façam uma atividade com cartazes em que deverão separar ali- mentos industrializados e os in natura. Mais atividades • Para complementar, promova um trabalho de análise das embalagens dos alimentos com a disciplina de Ciências, para verificar a quantidade de sódio, gorduras, carboidratos e açúcares. Isso pode contribuir para que os alunos sejam consumidores conscientes e tenham autonomia na escolha de seus alimentos. Saberes integrados Valorize, dando preferência aos produtos do campo e da cidade de seu município. 60 Agroindústria As agroindústrias são indústrias que processam produtos de origem agrícola ou pecuária. Geralmente, são instaladas no espaço rural, para que fiquem mais próximas das matérias-primas que utilizam. As agroindústrias processam diversos produtos, a exemplo das usinas de açúcar e álcool, laticínios e frigoríficos, fábricas de suco concentrado e de vinho, entre outras. As agroindústrias podem transformar ou beneficiar a matéria-prima que pode ser vendida para o consumo direto, como sucos e carnes; ou matéria-prima para outras indústrias, como processamento de grãos para a produção de ração animal. Veja alguns exemplos de agroindústrias nas fotos a seguir. •No município onde você mora existem agroindústrias? O que elasproduzem? Produção de suco de maçã, em São Joaquim, Santa Catarina, em 2017. Engarrafamento de óleo vegetal, no município de Campo Mourão, Paraná, em 2015. Resposta pessoal. Caso não existam agroindústrias no município onde moram, peça aos alunos que comentem sobre as existentes em municípios próximos. E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S FA B IO C O LO M B IN I g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 60 17/01/18 5:19 PM 61 Atividades das cidades e do campo As atividades da indústria, do comércio e da prestação de serviços são realizadas principalmente no espaço urbano. No entanto, elas também podem ser realizadas no espaço rural. Veja algumas situações em que isso acontece. Atividade de produção de queijo, realizada no espaço rural do município de São José do Cerrito, Santa Catarina, em 2016. Prestação de serviços de uma veterinária em uma propriedade rural no município de Palmares do Sul, Rio Grande do Sul, em 2016. 2. Com os colegas, pensem em atividades características do espaço urbano que também são realizadas no espaço rural do município onde vivem. Resposta pessoal. Os alunos podem citar pequenas fábricas de queijos e doces, comércio de produtos como ovos, leite, verduras ou produtos artesanais, etc. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 61 17/01/18 5:19 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 60 1/18/18 11:38 AM 61 • As atividades urbanas (típicas das cidades) se expandem e, no mundo atual e globalizado, reconhecemos uma forte presença de urbanidade no campo. Para isso, é fundamental observar as relações e dinâmicas socioespaciais para identificar essas atividades no campo. É importante que os alunos percebam que essas atividades são articuladas por uma vasta rede de transportes e comuni- cação. • Aponte que a primeira imagem se refere a uma agroindústria. A outra imagem de prestação de serviços representada pela veterinária, em- bora caracterize o espaço urbano, também é realizada no espaço do campo. qualidade e uma revalorização das especialidades locais e étnicas. Estas iniciativas também funcionam com base nos conhecimentos históricos dos próprios agricultores, no que se re- fere à produção, elaboração de alimentos e processamento, geralmente surgindo em regiões de agricultura familiar já existente há algum tempo (OLIVEIRA et al., 1999; 2002). [...] Governo Federal. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Perfil da Agroindústria Rural no Brasil: uma análise com base nos dados do Censo Agropecuário 2006. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/ relatoriopesquisa/130319_relatorio_perfil_agroindustria.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2017. Valorize, dando preferência aos produtos do campo e da cidade de seu município. 60 Agroindústria As agroindústrias são indústrias que processam produtos de origem agrícola ou pecuária. Geralmente, são instaladas no espaço rural, para que fiquem mais próximas das matérias-primas que utilizam. As agroindústrias processam diversos produtos, a exemplo das usinas de açúcar e álcool, laticínios e frigoríficos, fábricas de suco concentrado e de vinho, entre outras. As agroindústrias podem transformar ou beneficiar a matéria-prima que pode ser vendida para o consumo direto, como sucos e carnes; ou matéria-prima para outras indústrias, como processamento de grãos para a produção de ração animal. Veja alguns exemplos de agroindústrias nas fotos a seguir. •No município onde você mora existem agroindústrias? O que elas produzem? Produção de suco de maçã, em São Joaquim, Santa Catarina, em 2017. Engarrafamento de óleo vegetal, no município de Campo Mourão, Paraná, em 2015. Resposta pessoal. Caso não existam agroindústrias no município onde moram, peça aos alunos que comentem sobre as existentes em municípios próximos. E R N E S TO R E G H R A N /P U LS A R IM A G E N S FA B IO C O LO M B IN I g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 60 17/01/18 5:19 PM 61 Atividades das cidades e do campo As atividades da indústria, do comércio e da prestação de serviços são realizadas principalmente no espaço urbano. No entanto, elas também podem ser realizadas no espaço rural. Veja algumas situações em que isso acontece. Atividade de produção de queijo, realizada no espaço rural do município de São José do Cerrito, Santa Catarina, em 2016. Prestação de serviços de uma veterinária em uma propriedade rural no município de Palmares do Sul, Rio Grande do Sul, em 2016. 2. Com os colegas, pensem em atividades características do espaço urbano que também são realizadas no espaço rural do município onde vivem. Resposta pessoal. Os alunos podem citar pequenas fábricas de queijos e doces, comércio de produtos como ovos, leite, verduras ou produtos artesanais, etc. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S LU C IA N A W H IT A K E R /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 61 17/01/18 5:19 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 61 1/18/18 11:38 AM 62 Destaques da BNCC • O conteúdo desenvolvido nas ativi- dades resgata o conhecimento ad- quirido sobre as diferenças entre as atividades do campo e da cidade e sobre como se dá a dinâmica de flu- xos entre os espaços, contemplando a habilidade EF04GE04 da BNCC, já citada anteriormente. Acompanhando a aprendizagem • A atividade da página deve ser reali- zada com base nos conhecimentos dos alunos e na leitura da paisagem. Retome com eles quais são as ati- vidades que caracterizam cada um desses espaços. • As setas indicam as relações e a di- nâmica entre elas. 62 ATIVIDADES 1. Observe o esquema a seguir. •De acordo com a imagem, marque um X apenas nas frases que apresentam informações verdadeiras. As setas da imagem representam a troca de produtos e serviços entre os espaços urbano e rural. O campo fornece à cidade produtos como calçados, roupas, tratores e outros equipamentos. O campo fornece à cidade matérias-primas como couro, madeira, grãos, entre outras. A cidade fornece ao campo vacinas, serviços médicos e de comunicação, etc. Área rural do município de Ibiúna, São Paulo, em 2017. Área urbana do município de Contagem, Minas Gerais, em 2015. medicamentos roupas serviço de comunicação máquinas agrícolas serviços médicos frutas couro ovos grãos leite madeira X X X C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 62 17/01/18 5:19 PM 63 2. Reescreva a frase incorreta da questão 1, tornando-a correta. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o campo recebe da cidade vacinas e assistência médica, serviços bancários, de comunicação, etc. 3. Complete as palavras e encontre o nome de alguns produtos que a cidade fornece para o campo. Camiseta. Carro. A to óv l. 4. Desenhe e escreva o nome de um produto que o campo fornece para a cidade e de um produto que a cidade fornece ao campo. uR u a. o p m e Resposta pessoal. Auxilie os alunos na execução da atividade com base nos exemplos das páginas 58 e 59. R U N R U N 2/ S H U T T E R S TO C K S U P E R T R O O P E R / S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 63 17/01/18 5:20 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 62 1/18/18 11:38 AM 63 • A atividade auxilia no desenvolvi- mento da alfabetização. É importan- te observar que as imagens estão contextualizadas com o conteúdo do tema proposto. • Faça as seguintes perguntas sobre a atividade 3: A. Por que esses produtos são forne- cidos pela cidade e não pelo cam- po? R: Porque nas cidades, geralmen- te, localizam-se as indústrias onde são produzidos os auto- móveis e as roupas. B. As imagens representam o setor de serviços ou representam o se- tor de produtos industriais?R: A camiseta e o carro fazem parte do setor industrial. 62 ATIVIDADES 1. Observe o esquema a seguir. •De acordo com a imagem, marque um X apenas nas frases que apresentam informações verdadeiras. As setas da imagem representam a troca de produtos e serviços entre os espaços urbano e rural. O campo fornece à cidade produtos como calçados, roupas, tratores e outros equipamentos. O campo fornece à cidade matérias-primas como couro, madeira, grãos, entre outras. A cidade fornece ao campo vacinas, serviços médicos e de comunicação, etc. Área rural do município de Ibiúna, São Paulo, em 2017. Área urbana do município de Contagem, Minas Gerais, em 2015. medicamentos roupas serviço de comunicação máquinas agrícolas serviços médicos frutas couro ovos grãos leite madeira X X X C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 62 17/01/18 5:19 PM 63 2. Reescreva a frase incorreta da questão 1, tornando-a correta. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o campo recebe da cidade vacinas e assistência médica, serviços bancários, de comunicação, etc. 3. Complete as palavras e encontre o nome de alguns produtos que a cidade fornece para o campo. Camiseta. Carro. A to óv l. 4. Desenhe e escreva o nome de um produto que o campo fornece para a cidade e de um produto que a cidade fornece ao campo. uR u a. o p m e Resposta pessoal. Auxilie os alunos na execução da atividade com base nos exemplos das páginas 58 e 59. R U N R U N 2/ S H U T T E R S TO C K S U P E R T R O O P E R / S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 63 17/01/18 5:20 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 63 1/18/18 11:38 AM 64 Destaques da BNCC • Ao demonstrar o processo de pro- dução industrial, com base na trans- formação e no processamento da matéria-prima, espera-se atender à habilidade EF04GE08 da BNCC. • EF04GE08: Descrever e discutir o processo de produção (transfor- mação de matérias-primas), cir- culação e consumo de diferentes produtos. Objetivos • Compreender que muitas matérias- -primas do campo passam por di- versas etapas até chegar aos con- sumidores. • Conscientizar-se a respeito do ex- cesso de consumo e suas conse- quências para o meio ambiente. • Incentivar as compras conscientes. Acompanhando a aprendizagem • Leia e explique cada imagem presente nas duas páginas. Tire as dúvidas que surgirem de interpretação e de voca- bulário. O esquema de processo de produção representado pelas imagens desenvolve o raciocínio sequencial. • Relembre os alunos sobre o significa- do de produtos beneficiados, ou seja, produtos que podem ter sido lavados, descascados, cortados ou embalados. • Enfatize a importância de cada eta- pa até chegar ao consumidor final. Explique que a interrupção de uma delas poderia afetar as demais. Por exemplo, se falta energia na indústria ou a lavoura é atingida por intensas chuvas, a produção pode ficar com- prometida. • Peça aos alunos que digam o nome de outras matérias-primas que o campo fornece às indústrias. Pergun- te a eles o nome de outros alimentos que o campo fornece às cidades. Os produtos citados podem ser listados na lousa. Enriqueça o estudo com exemplos locais ou regionais, como: .A indústria de alimentos necessita de matéria-prima produzida no campo (indústria de farinha de mandioca; usina de açúcar e álcool, etc.). .Os habitantes do campo necessitam de materiais escolares, como livros, cadernos, lápis e borracha, geral- mente produzidos nas fábricas loca- lizadas no espaço urbano. Convide os alunos a darem outros exemplos. 64 Antes de chegar até os consumidores, os produtos passam por diversas etapas. Vamos compreender melhor como isso ocorre. Leia os textos seguindo a numeração. Da matéria-prima ao consumidor 14 Geralmente, as matérias-primas são produzidas ou extraídas da natureza no espaço rural. Veja o caso do trigo sendo colhido no campo. Depois de colhidas ou extraídas, as matérias-primas são transportadas do campo até as indústrias. Muitas vezes, essas matérias-primas são transformadas em produtos que serão utilizados em outras indústrias. O trigo, por exemplo, é usado para fabricar a farinha, que, por sua vez, é utilizada na produção de massas, bolos, pães, etc. 21 B B E R N A R D /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 64 17/01/18 5:20 PM 65 Depois de comprados, os produtos são consumidos pelas pessoas. • Converse com os colegas sobre a origem de alguns produtos que vocês costumam consumir diariamente. Os produtos beneficiados ou fabricados são transportados novamente até os estabelecimentos comerciais para serem vendidos aos consumidores em geral. 3 4 Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletirem sobre a origem de alguns alimentos e de outros produtos que utilizam diariamente, como os de higiene pessoal. K A R IM E X A V IE R /F O LH A P R E S S IG O R K A R D A S O V/ S H U T T E R S TO C K M B IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 65 17/01/18 5:20 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 64 1/18/18 11:38 AM 65 • Complemente as explicações da pági- na informando que todo município tem regras próprias sobre a circulação dos transportes de grande porte. Os cami- nhões, por exemplo, às vezes podem encontrar restrições para não transitar em algumas vias e, geralmente, há ho- rários para sua circulação. • Amplie o tema da página explicando que muitos recursos da natureza são finitos, ou seja, esgotáveis ou demo- ram muito tempo para se recompor. Como o consumo é mais veloz do que o tempo de recomposição, uma das alternativas, como no caso da extração de madeira, é o reflores- tamento para recompor áreas onde houve a derrubada de vegetação. As árvores do reflorestamento também são usadas para fins econômicos. Dessa forma, incentive os alunos a procurar saber a origem do produto que estão consumindo, se foi usada madeira de reflorestamento. Expli- que que é importante observar se os materiais acompanham um selo de qualidade, comprovando que o processo de fabricação do produto atendeu às normas ambientais. Mais atividades • Organize os alunos em duplas ou trios. Peça que escolham um produto de que gostem e que seja consumido com fre quência. Se for mais conveniente, escolha uma catego- ria de produto (por exemplo, alimentos ou material escolar), evitando os objetos mais complexos, como os eletroeletrônicos. Em uma folha de papel sulfite, os alunos de- verão elaborar um esquema de todas as etapas de produção daquele produto. Por exemplo: para fazer a geleia de morango, é preciso cultivar os morangos (atividade agrícola), transportá-los até as indústrias onde são processados (nesse caso podem ser adicionadas vitaminas, açúcares, con- servantes) e depois embalados. Depois de prontas, as geleias seguem para os esta- belecimentos comerciais (é importante ci- tar onde são comercializadas: mercados, padarias, etc.) e, por fim, são compradas pelos consumidores. Se possível, oriente os alunos a pesquisarem na internet como esses produtos são feitos. • Aproveite para mostrar que há continuida- de desse processo de produção, que é o descarte dos resíduos, como as embala- gens. É importante eles perceberem que esses produtos geram resíduos que po- dem poluir o meio ambiente. 64 Antes de chegar até os consumidores, os produtos passam por diversas etapas. Vamos compreender melhor como isso ocorre. Leia os textos seguindo a numeração. Da matéria-prima ao consumidor 14 Geralmente, as matérias-primas são produzidas ou extraídas da natureza no espaço rural. Veja o caso do trigo sendo colhido no campo. Depois de colhidas ou extraídas, as matérias-primas são transportadas do campo até as indústrias. Muitas vezes, essas matérias-primas são transformadasem produtos que serão utilizados em outras indústrias. O trigo, por exemplo, é usado para fabricar a farinha, que, por sua vez, é utilizada na produção de massas, bolos, pães, etc. 21 B B E R N A R D /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 64 17/01/18 5:20 PM 65 Depois de comprados, os produtos são consumidos pelas pessoas. • Converse com os colegas sobre a origem de alguns produtos que vocês costumam consumir diariamente. Os produtos beneficiados ou fabricados são transportados novamente até os estabelecimentos comerciais para serem vendidos aos consumidores em geral. 3 4 Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletirem sobre a origem de alguns alimentos e de outros produtos que utilizam diariamente, como os de higiene pessoal. K A R IM E X A V IE R /F O LH A P R E S S IG O R K A R D A S O V/ S H U T T E R S TO C K M B IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p054a065.indd 65 17/01/18 5:20 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 65 1/18/18 11:38 AM 66 • Pretende-se demonstrar o impacto ambiental em diversas escalas (para além da local, mas planetária) do modelo de consumo adotado pela sociedade capitalista. Explique aos alunos que diversos produtos têm uma vida útil muito curta para serem descartados e haver a necessidade de reposição. Por exemplo, muitos eletroeletrônicos e eletrodomésticos passaram a ser feitos com materiais menos resistentes, o que pode ter barateado o custo, no entanto, eles são menos duráveis. Isso acaba im- pulsionando a produção industrial e a extração de novas matérias-primas. • Competência geral 7: Argumen- tar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para for- mular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões co- muns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consci- ência socioambiental em âmbito local, regional e global, com po- sicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. • Competência geral 10: Agir pes- soal e coletivamente com auto- nomia, responsabilidade, flexibili- dade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, susten- táveis e solidários. Mais atividades • Sugere-se a seguir uma atividade complementar sobre o estudo do tema e que pode ser realizada em conjunto com a disciplina de Língua Portuguesa. Objetivos 1. Entender o poder da publicidade ao pro- mover um consumo não sustentável. 2. Conscientizar os alunos das mensagens ocultas na publicidade com objetivo de criar um estilo de vida específico, de for- ma a aumentar o consumo. 3. Entender que um consumo sem limites exerce demasiada pressão sobre os re- cursos naturais e provoca danos ao meio ambiente. Destaques da BNCC • A seção promove um diálogo com o objetivo de despertar os alunos para a consciência socioambiental em suas atitudes cotidianas. É im- portante que eles possam refletir com ética e responsabilidade sobre o consumismo, atendendo ao tema contemporâneo Educação para o consumo e às Competências gerais 7 e 10 da BNCC. 66 CIDADÃO DO MUNDO No tempo em que a televisão mandava no Carlinhos..., de Ruth Rocha. Ilustrações de Mariana Massarani. São Paulo: Salamandra, 2011. Repensando o consumo A produção industrial depende do uso de matérias-primas que são produzidas no campo ou extraídas da natureza. Portanto, quanto maior for a produção das indústrias, maior será a necessidade do uso de matérias-primas. Sendo assim, consumir mais também significa explorar cada vez mais a natureza e seus recursos, em busca de matérias-primas. Por isso, é importante não comprarmos por impulso ou apenas para aproveitar promoções. A autora Ruth Rocha, em seu livro No tempo em que a televisão mandava no Carlinhos..., conta uma história muito interessante sobre como as propagandas e as promoções podem influenciar as pessoas a consumirem sem pensar em suas necessidades ou nas consequências de seu consumo. Nessa história, Carlinhos é um menino que consome quase tudo que vê nas propagandas da televisão, até o momento em que isso começa a prejudicar a saúde dele. Com a ajuda dos pais, Carlinhos para de agir por impulso, passa a consumir apenas produtos que fazem bem à sua saúde e volta a se divertir com os amigos do bairro onde mora. R E P R O D U Ç Ã O g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 66 17/01/18 5:29 PM 67 O aumento da produção industrial, muitas vezes, é impulsionado pelas promoções lançadas pelo comércio, que incentivam as pessoas a consumirem produtos em liquidação. As pessoas podem comprar esses produtos apenas por estarem com preços mais baixos, sem pensar se precisam realmente deles, ou seja, sem praticar o que chamamos de consumo consciente, que acontece quando refletimos sobre nossas necessidades antes de comprarmos um produto. •Em sua opinião, por que precisamos repensar nosso consumo? Como você e sua família fazem para reduzir o consumo? G U S TA V O R A M O S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 67 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 66 1/18/18 11:38 AM 67 • Explique que a televisão é um meio de comunicação e a cada ano há novos lançamentos de marcas e qualidades diferentes. Pergunte aos alunos quais são as vantagens disso para o consumidor e quais os prejuí- zos ambientais. • Se julgar conveniente, discuta a res- peito dos comerciais da televisão, por exemplo, qual é o horário em que são veiculados para atingir deter- minado público-alvo. Pergunte aos alunos se navegam na internet e se a publicidade dos sites os induz ao consumo. Alerte para repensarem o impulso e a necessidade. • Peça aos alunos que investiguem a questão no seu convívio social, perguntando aos pais e respon- sáveis se há alguma preocupação em reduzir o consumo de produ- tos. Em caso negativo, incentive- -os a levar esse tema para casa e falar sobre esse assunto com as pessoas próximas. Ideias para compartilhar Passo a passo 1. Explicar o que é publicidade e qual o seu papel. 2. Explicar o poder da publicidade e suas consequências. 3. Mostrar exemplos de publicidade em forma de vídeos, revistas e jornais. 4. Pedir que os alunos recortem anúncios de revistas e jornais e classifiquem de acordo com o público: mulheres, ho- mens, unissex, crianças e jovens. 5. Pedir que os alunos discutam em gru- po quais as características de cada um e como pretendem convencer o consumidor. [...] Para pensar e conversar 1. Você acha que os anúncios publicitá- rios trazem informações importantes sobre os produtos? 2. Você sente que se deixa influenciar pela publicidade no momento de comprar? 3. Você lembra de algum anúncio que chamou a sua atenção? Por quê? 4. Você já comprou alguma coisa só por causa do anúncio? [...] UFRJ. Labdis. Consumo. Disponível em: <http://lidis.ufrj. br/material_didatico/professor/consumo_professor_ v1.2.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2017. Resposta Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que ao consumi- rem produtos industrializados em ex- cesso também estão colaborando com a exploração dos recursos natu- rais e com o avanço de áreas agríco- las sobre áreas de vegetação natural. 66 CIDADÃO DO MUNDO No tempo em que a televisão mandava no Carlinhos..., de Ruth Rocha. Ilustrações de Mariana Massarani. São Paulo: Salamandra, 2011. Repensando o consumo A produção industrial depende do uso de matérias-primas que são produzidas no campo ou extraídas da natureza. Portanto, quanto maior for a produção das indústrias, maior será a necessidade do uso de matérias-primas. Sendo assim, consumir mais também significa explorar cada vez mais a natureza e seus recursos, em busca de matérias-primas. Por isso, é importante não comprarmos por impulso ou apenas para aproveitar promoções. A autora Ruth Rocha, em seu livro No tempo em que a televisão mandava no Carlinhos...,conta uma história muito interessante sobre como as propagandas e as promoções podem influenciar as pessoas a consumirem sem pensar em suas necessidades ou nas consequências de seu consumo. Nessa história, Carlinhos é um menino que consome quase tudo que vê nas propagandas da televisão, até o momento em que isso começa a prejudicar a saúde dele. Com a ajuda dos pais, Carlinhos para de agir por impulso, passa a consumir apenas produtos que fazem bem à sua saúde e volta a se divertir com os amigos do bairro onde mora. R E P R O D U Ç Ã O g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 66 17/01/18 5:29 PM 67 O aumento da produção industrial, muitas vezes, é impulsionado pelas promoções lançadas pelo comércio, que incentivam as pessoas a consumirem produtos em liquidação. As pessoas podem comprar esses produtos apenas por estarem com preços mais baixos, sem pensar se precisam realmente deles, ou seja, sem praticar o que chamamos de consumo consciente, que acontece quando refletimos sobre nossas necessidades antes de comprarmos um produto. •Em sua opinião, por que precisamos repensar nosso consumo? Como você e sua família fazem para reduzir o consumo? G U S TA V O R A M O S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 67 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 67 1/18/18 11:38 AM 68 • Após os alunos identificarem as ma- térias-primas no diagrama, verifique com eles as imagens corresponden- tes. • Para ampliar a atividade, explore as imagens com as questões a seguir: A. Quais outras matérias-primas po- dem ser usadas para construir uma cadeira? R: Plástico, metal, ferro, etc. B. Qual é a proveniência das maté- rias-primas? Quais atividades eco- nômicas foram envolvidas em sua produção? R: Madeira – atividade extrativa ve- getal ou cultivo de árvores por meio da agricultura. Leite – pecuária leiteira. Borracha – atividade de extra- tivismo vegetal, extraída da ár- vore da seringueira. Os pneus geralmente são feitos de bor- racha misturada a outros ele- mentos químicos e derivados do petróleo. Ferro – extrativismo mineral, com base na extração de mine- rais do subsolo. C. Onde podem ser vendidos os pro- dutos das imagens? R: Mercados, lojas de automóveis e borracharias, marcenarias e padarias. 68 1. No diagrama abaixo, encontre a matéria-prima de cada produto mostrado nas fotos. Cadeira. Queijo. Pneus. Panela. ATIVIDADES M A D E I R A Q W A S D F G H J K F Z X C V B N M A E A S L E I T E D R F G H J K L Ç Q R W E R T Y U I O O B O R R A C H A P A LE X L U K IN /S H U T T E R S TO C K A R I N /S H U T T E R S TO C K A FR IC A S T U D IO / S H U T T E R S TO C K R O D R IG O B A R K / S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 68 17/01/18 5:29 PM 69 2. Relacione cada matéria-prima produzida no campo à indústria e ao produto fabricado a partir dela. Indústria de sucos Fábrica de móveis Laticínio Frigorífico Leite. Laranja. Mesa. Carne de frango. Suco de laranja. Queijo. Galinha. Madeira. Matéria-prima Produto A M P H A IW A N / S H U T T E R S TO C K N A L A P H O TO S / S H U T T E R S TO C K VA LE R Y 1 21 28 3/ S H U T T E R S TO C K H O R IY A N / S H U T T E R S TO C K M A R A Z E / S H U T T E R S TO C K JO S E P C U R TO / S H U T T E R S TO C K S T E V E C U K R O V/ S H U T T E R S TO C K LE N A P A N / S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 69 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 68 1/18/18 11:38 AM 69 Acompanhando a aprendizagem • Utilize um tempo para explicar aos alunos a atividade de associação, que é uma síntese do que foi estuda- do no tema. Oriente-os a reconhecer as matérias-primas na coluna da es- querda. Cada uma delas passa por um tipo de indústria, onde são trans- formadas em outros produtos. • Explique que na coluna da direita es- tão os produtos industrializados. • Levante com os alunos outros produ- tos feitos nos exemplos de indústrias da página: .Indústria de sucos: sucos de varia- das frutas. Peça aos alunos que fa- lem quais são os seus preferidos. .Fábrica de móveis: camas, cadei- ras, armário, estantes, etc. .Laticínio: iogurtes, coalhadas, leites longa vida. .Frigorífico: processamento de ou- tros tipos de carnes, como bovina, suína e caprina. Mais atividades • Se possível, agende uma visita a uma indús- tria do município para saber um pouco mais sobre ela. Durante a visita, procure saber: .qual é a principal matéria-prima que a in- dústria utiliza; .quais são as etapas principais de trans- formação dessa matéria-prima; .qual é o principal produto fabricado na in- dústria; .qual é a utilidade do produto fabricado. • No decorrer da visita, solicite que os alu- nos anotem as informações obtidas e fa- çam desenhos do lugar. Na sala de aula, incentive a troca de informações das des- cobertas sobre a indústria e o que mais lhes chamou a atenção nessa visita. • Na impossibilidade de realizar a visita, con- vide um proprietário ou funcionário de uma indústria para ser entrevistado, na sala de aula, pelos alunos. Neste caso, prepare antecipadamente o roteiro de questões a serem feitas ao convidado. • O objetivo dos trabalhos extraclasse suge- ridos é valorizar a potencialidade dos luga- res e estimular a capacidade intelectual do aluno, ampliando suas referências. Assim, é possível articular os conteúdos e concei- tos da ciência geográfica com seu próprio espaço de vivência. 68 1. No diagrama abaixo, encontre a matéria-prima de cada produto mostrado nas fotos. Cadeira. Queijo. Pneus. Panela. ATIVIDADES M A D E I R A Q W A S D F G H J K F Z X C V B N M A E A S L E I T E D R F G H J K L Ç Q R W E R T Y U I O O B O R R A C H A P A LE X L U K IN /S H U T T E R S TO C K A R I N /S H U T T E R S TO C K A FR IC A S T U D IO / S H U T T E R S TO C K R O D R IG O B A R K / S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 68 17/01/18 5:29 PM 69 2. Relacione cada matéria-prima produzida no campo à indústria e ao produto fabricado a partir dela. Indústria de sucos Fábrica de móveis Laticínio Frigorífico Leite. Laranja. Mesa. Carne de frango. Suco de laranja. Queijo. Galinha. Madeira. Matéria-prima Produto A M P H A IW A N / S H U T T E R S TO C K N A L A P H O TO S / S H U T T E R S TO C K VA LE R Y 1 21 28 3/ S H U T T E R S TO C K H O R IY A N / S H U T T E R S TO C K M A R A Z E / S H U T T E R S TO C K JO S E P C U R TO / S H U T T E R S TO C K S T E V E C U K R O V/ S H U T T E R S TO C K LE N A P A N / S H U T T E R S TO C K g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 69 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 69 1/18/18 11:38 AM 70 Destaques da BNCC • O conteúdo destas páginas fornece orientações para despertar a cons- ciência sobre o consumismo. Dessa forma, contribuímos para o trabalho com o tema contemporâneo Educa- ção para o consumo. A abordagem desse tema também contribui para desenvolver a Competência geral 10, da BNCC, já citada anteriormente. • Enfatize a importância do consumo consciente ao evitar o desperdício de recursos naturais. Estimule os alunos a fazerem escolhas por pro- dutos mais sustentáveis, com menos embalagens possível. Dessa forma, reduzimos a exploração de recursos, o gasto de água e energia para a sua produção e o descarte de resíduos. • Destaque a importância de optarmos pelo consumo de produtos locais, pois isso valoriza a cultura e a produ- ção e desenvolve a economia local. O consumo de produtos locais evita o gasto com transporte e assim contri- bui também para reduzir o lançamen- to de gases poluentes na atmosfera. • Um consumidor consciente contribui para a sustentabilidade ambiental. Sobre este assunto, leia o texto a seguir. O consumidortem um grande poder em mãos, embora nem sempre tenha cons- ciência disso. Por meio de suas escolhas co- tidianas, ele pode contribuir para reduzir os impactos negativos no meio ambiente, na economia, na sociedade e no seu próprio bem-estar. Consumir apenas o suficiente possibilitará que haja recursos naturais para todos e para sempre. O planeta não consegue regenerar os seus recursos naturais na mesma veloci- dade de nossas demandas. [...] A prática do consumo consciente começa com a análise da necessidade do produto ou do serviço que se vai consumir. Por que com- prar? Eu realmente preciso comprar ou estou sendo levado pelo impulso do momento? Pre- ciso comprar mais ou já tenho o suficiente? PARA SABER FAZER 70 Como fazer uma compra consciente Além de sermos consumidores conscientes, ao realizarmos uma compra é importante estarmos atentos a alguns aspectos. Desse modo, também podemos fazer uma compra consciente. Mas você sabe como fazer uma compra como essa? Veja. 3 Verificar o melhor custo- -benefício entre marcas diferentes, ou seja, comprar daquela que oferece maior quantidade ou melhor qualidade pelo menor preço. 2 Comparar preços em diferentes lojas. A diferença de preço de alguns produtos entre estabelecimentos comerciais pode ser grande, sendo possível, às vezes, adquirir duas unidades do produto em questão. 1 Primeiramente, pensar na necessidade. Sempre se perguntar se realmente precisa do que pretende comprar. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 70 17/01/18 5:29 PM 71 Ao acompanhar seus pais ou outro adulto durante as compras, comente com eles sobre os passos que você aprendeu aqui e auxilie-os a fazer uma compra consciente. Depois, conte aos colegas como foi a sua experiência. AGORA É COM VOCÊ! 6 Ler o rótulo para verificar quais ingredientes compõem o produto, principalmente se você ou alguém da sua família tem alergia a algum deles. 5 Em caso de produtos perecíveis, verificar a data de validade, pois esses produtos devem ser consumidos antes que esse prazo acabe. 4 Sempre que possível, dar preferência a produtos com selos de certificação. Selos de certificação garantem que os produtos são fabricados de acordo com uma série de normas. Veja alguns exemplos. No Brasil, os rótulos de alimentos devem conter informações sobre a presença de glúten ou de produtos que podem causar alergia, como leite, amendoim, soja e ovos. FSC: produtos com esse selo foram feitos de modo a não agredir as florestas. Fundação Abrinq: produtos com esse selo foram feitos sem explorar mão de obra infantil. Procel: observando esse selo pode-se optar por produtos que consomem menos energia elétrica. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 71 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 70 1/18/18 11:38 AM 71 • Leve para a sala de aula produtos que apresentem esses selos. • O selo FSC – Forest Stewardship Council – é uma certificação flores- tal, que significa Conselho de Manejo Florestal. Sua certificação pode ser encontrada em blocos de papel, ca- dernos e agendas. • Explique que o trabalho infantil, em- bora ilegal, é praticado no campo e nas cidades. Alerte os alunos de que eles podem ser consumidores conscientes ao observar esses tipos de selos e saber escolher um produ- to socialmente justo. Comente que existem outras certificações que ga- rantem que aquele produto não em- pregou mão de obra infantil. • O selo Procel é aplicado em produ- tos eletrodomésticos e eletroeletrô- nicos. Sua sigla significa Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, e visa combater o desperdí- cio de energia. Somos bombardeados diariamente com propagandas e promoções, que nos indu- zem ao consumo. Mas é preciso pensar so- bre o que motiva essa compra: uma real ne- cessidade ou um desejo irracional? Antes de fazer a compra, pense se há alter- nativas a ela, como reaproveitar algo que já tenha em casa, fazer uma troca com alguém, pegar um item emprestado ou reformar algo que você já tem. [...] Instituto Akatu. Dia do Meio Ambiente: consumidor que reflete antes da compra diminui impactos negativos na natureza. 26 maio 2017. Disponível em: <https://www.akatu. org.br/noticia/dia-do-meio-ambiente-consumidor-que- reflete-antes-da-compra-diminui-impactos-negativos-na- natureza/>. Acesso em: 7 dez. 2017. Amplie seus conhecimentos • Acesse os seguintes sites para apro- fundar o tema sobre o consumo consciente: .Instituto Akatu. Disponível em: <https://www.akatu.org.br/>; .ONG 5 elementos. Disponível em: <http://www.5elementos.org.br/site/ index.php/programas/programa- materiais-educativos/publicacoes/ nossas-publ icacoes/colecao- consumo-sustentavel-e-acao-2013/>; • Cartilha Consumo sustentável. Dis- ponível em: <http://portal.mec.gov. br/dmdocuments/publicacao8.pdf>; • WWF. O que é certificação florestal? Disponível em: <https://www.wwf. org.br/natureza_brasileira/questoes_ ambientais/certificacao_florestal/>. Acessos em: 29 dez. 2017. PARA SABER FAZER 70 Como fazer uma compra consciente Além de sermos consumidores conscientes, ao realizarmos uma compra é importante estarmos atentos a alguns aspectos. Desse modo, também podemos fazer uma compra consciente. Mas você sabe como fazer uma compra como essa? Veja. 3 Verificar o melhor custo- -benefício entre marcas diferentes, ou seja, comprar daquela que oferece maior quantidade ou melhor qualidade pelo menor preço. 2 Comparar preços em diferentes lojas. A diferença de preço de alguns produtos entre estabelecimentos comerciais pode ser grande, sendo possível, às vezes, adquirir duas unidades do produto em questão. 1 Primeiramente, pensar na necessidade. Sempre se perguntar se realmente precisa do que pretende comprar. IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 70 17/01/18 5:29 PM 71 Ao acompanhar seus pais ou outro adulto durante as compras, comente com eles sobre os passos que você aprendeu aqui e auxilie-os a fazer uma compra consciente. Depois, conte aos colegas como foi a sua experiência. AGORA É COM VOCÊ! 6 Ler o rótulo para verificar quais ingredientes compõem o produto, principalmente se você ou alguém da sua família tem alergia a algum deles. 5 Em caso de produtos perecíveis, verificar a data de validade, pois esses produtos devem ser consumidos antes que esse prazo acabe. 4 Sempre que possível, dar preferência a produtos com selos de certificação. Selos de certificação garantem que os produtos são fabricados de acordo com uma série de normas. Veja alguns exemplos. No Brasil, os rótulos de alimentos devem conter informações sobre a presença de glúten ou de produtos que podem causar alergia, como leite, amendoim, soja e ovos. FSC: produtos com esse selo foram feitos de modo a não agredir as florestas. Fundação Abrinq: produtos com esse selo foram feitos sem explorar mão de obra infantil. Procel: observando esse selo pode-se optar por produtos que consomem menos energia elétrica. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O IL U S T R A Ç Õ E S : D A N IL O S A N TO S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 71 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 71 1/18/18 11:38 AM 72 Destaques da BNCC • Ao contextualizar os diferentes meios de transportes como elemen- tos de integração entre campo e ci- dade, espera-se contemplar a habili- dade EF04GE08 da BNCC, já citada anteriormente. • Pesquise com os alunos sobre uma importante rodovia, hidrovia, ferro- via, aeroporto ou porto que se lo- calize no seu município. Procure in- formações como: o tráfego é muito intenso, que tipo de produto é trans- portado e outras informações como a data de construção, se a via é um limite entre municípios, estados ou países. Reforcecom eles a ideia de que os municípios não produzem tudo de que a sua população neces- sita, entretanto, o comércio entre municípios e estados do país pode ser verificado. Dê exemplos da pró- pria região. Uma grande quantidade de produtos circula pelo país nos mais diferentes meios de transpor- tes, já que algumas regiões depen- dem dos produtos que vêm de outras partes do país. Objetivos • Perceber a importância dos meios de transporte nas trocas de pro- dutos entre campo e cidade. • Reconhecer os diferentes meios de transporte (rodoviário, ferroviá- rio, hidroviário e aéreo). 72 Espaços que se integram15 Vimos que existe uma interdependência entre o campo e a cidade, principalmente por causa das trocas de produtos e serviços entre esses espaços. De modo geral, essa integração pode ocorrer por diversas vias e meios de transportes. Veja os exemplos abaixo. O meio de transporte rodoviário é o mais usado no Brasil para transportar mercadorias e matérias-primas de um local para outro. No Brasil, o meio de transporte hidroviário também transporta pessoas, mercadorias e matérias-primas de um lugar para outro. Destaca-se principalmente no transporte de minérios e grãos que são levados até as indústrias ou até os portos e vendidos para outros países. Ao lado, trecho da rodovia PR-445 no município de Londrina, Paraná, em 2015. Acima, embarcação carregada com cana-de-açúcar na hidrovia Tiête-Paraná, em Pederneiras, São Paulo, em 2016. L A LO D E A LM E ID A /F O LH A P R E S S T H O M A Z V IT A N E TO /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 72 17/01/18 5:29 PM 73 A integração entre as vias pelas quais circulam esses meios de transporte forma uma rede de transporte. • De que maneira você percebe a integração entre o campo e a cidade em seu dia a dia? O meio de transporte ferroviário é o menos usado no Brasil para transportar mercadorias. No entanto, ainda é responsável por transportar grandes quantidades de matéria-prima, principalmente, minérios e produtos agrícolas. O transporte aéreo também é muito utilizado no Brasil e no mundo como forma de deslocar, principalmente, passageiros. No entanto, as aeronaves também são muito usadas para a distribuição de mercadorias. Ao lado, trem transportando minério de ferro no município de Itabira, Minas Gerais, em 2016. Acima, avião em um aeroporto de São Paulo, São Paulo, em 2015. Resposta pessoal. Os alunos devem perceber que a integração entre o campo e a cidade está presente em diversos momentos de seu dia a dia, principalmente nos alimentos que consomem. A R T K O N O VA LO V/ S H U T T E R S TO C K A LE X T A U B E R /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 73 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 72 1/18/18 11:38 AM 73 Saberes integrados • O conteúdo proposto nesta dupla de páginas amplia as possibilidades de executar um trabalho interdisciplinar com História. Para isso, é possível ve- rificar a evolução dos meios de trans- porte, compor uma linha do tempo com o surgimento deles e o desen- volvimento tecnológico, comparar ve- locidade, capacidade de transporte, entre outras características. • Pergunte aos alunos quais proble- mas os profissionais desses trans- portes podem enfrentar no seu cotidiano. Por exemplo, a falta de manutenção das estradas pode ser perigosa e causar acidentes; a ine- ficiente fiscalização em portos; e a falta de embarcações podem su- perlotar as existentes. É importante a população acompanhar o trabalho do governo nos municípios para ga- rantir melhores condições desses meios e evitar acidentes. • Explique a eles que o problema de infraestrutura prejudica o desenvolvi- mento econômico do país e pode atra- palhar o fluxo do comércio entre os es- tados e a exportação. À medida que o campo e a cidade produzem alimentos e mercadorias, as malhas rodoviária e hidroviária e a falta de estruturas atra- sam os deslocamentos e, por vezes, essa demora pode ocasionar a perda da produção. • Se possível, apresente aos alunos um mapa da rede de transportes do estado em que vivem. Peça-lhes que observem o traçado das principais vias de transporte (rodovias, ferro- vias, hidrovias, portos e aeroportos). 72 Espaços que se integram15 Vimos que existe uma interdependência entre o campo e a cidade, principalmente por causa das trocas de produtos e serviços entre esses espaços. De modo geral, essa integração pode ocorrer por diversas vias e meios de transportes. Veja os exemplos abaixo. O meio de transporte rodoviário é o mais usado no Brasil para transportar mercadorias e matérias-primas de um local para outro. No Brasil, o meio de transporte hidroviário também transporta pessoas, mercadorias e matérias-primas de um lugar para outro. Destaca-se principalmente no transporte de minérios e grãos que são levados até as indústrias ou até os portos e vendidos para outros países. Ao lado, trecho da rodovia PR-445 no município de Londrina, Paraná, em 2015. Acima, embarcação carregada com cana-de-açúcar na hidrovia Tiête-Paraná, em Pederneiras, São Paulo, em 2016. L A LO D E A LM E ID A /F O LH A P R E S S T H O M A Z V IT A N E TO /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 72 17/01/18 5:29 PM 73 A integração entre as vias pelas quais circulam esses meios de transporte forma uma rede de transporte. • De que maneira você percebe a integração entre o campo e a cidade em seu dia a dia? O meio de transporte ferroviário é o menos usado no Brasil para transportar mercadorias. No entanto, ainda é responsável por transportar grandes quantidades de matéria-prima, principalmente, minérios e produtos agrícolas. O transporte aéreo também é muito utilizado no Brasil e no mundo como forma de deslocar, principalmente, passageiros. No entanto, as aeronaves também são muito usadas para a distribuição de mercadorias. Ao lado, trem transportando minério de ferro no município de Itabira, Minas Gerais, em 2016. Acima, avião em um aeroporto de São Paulo, São Paulo, em 2015. Resposta pessoal. Os alunos devem perceber que a integração entre o campo e a cidade está presente em diversos momentos de seu dia a dia, principalmente nos alimentos que consomem. A R T K O N O VA LO V/ S H U T T E R S TO C K A LE X T A U B E R /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 73 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 73 1/18/18 11:38 AM 74 • Peça aos alunos que identifiquem quais são os dois meios de transpor- te terrestres que aparecem na ativi- dade (ferroviário e rodoviário). • Questione-os quais outros meios de transporte são usados pela popula- ção entre o campo e a cidade. Eles poderão mencionar a motocicleta, a bicicleta, o carro de boi, o trator, entre outros. • Explique aos alunos que grande par- te da fonte de energia usada para mover os transportes emite gases poluentes no meio ambiente. Infor- me-os de que o Brasil é destaque no mundo por usar em sua frota de veículos o biodiesel (que é menos poluente). Acompanhando a aprendizagem • Como estratégia de fixação das ca- tegorias de transportes, organize os alunos em trios para montarem pai- néis ilustrativos dos meios de trans- portes. Além das imagens, oriente- -os a produzir legendas explicativas sobre cada meio de transporte. Saberes integrados • O tema sobre meios de transporte possibilita o trabalho integrado com a disciplina de Ciências. Podem ser feitas pesquisas sobre a evolução e a tecnologia empregada nos meios de transportes; quais transportes são mais poluentes; entre outros assuntos. 74 ATIVIDADES 1. Observe as fotos e escreva o nome dos meios de transporte que interligam o campo e a cidade. Rodoviário. Aéreo. Ferroviário. Hidroviário. Caminhão. Avião. Trem. Embarcação. G U S TA V O M A G N U S S O N /F O TO A R E N A V IN IC IU S B A C A R IN /SH U T T E R S TO C K V IT O R IA N O J U N IO R /S H U T T E R S TO C K A LO IS IO M A U R IC IO /F O TO A R E N A g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 74 17/01/18 5:29 PM PARA SABER MAIS 75 •Viagem ao outro lado do mundo, de Roniwalter Jatobá. 2. ed. Ilustrações de Lúcia Brandão. Curitiba: Positivo, 2012. O que você faria se estivesse se mudando para outro lugar, longe de seus amigos e de todos os seus costumes diários? Murilo é um menino que cresceu em uma comunidade rural e, de repente, vê tudo mudar ao ir morar em São Paulo com sua família. Descubra com Murilo as diferenças dos espaços rural e urbano. • As principais atividades econômicas no espaço rural? • As principais atividades econômicas do espaço urbano? • As agroindústrias e a produção do campo? • A conexão entre o espaço rural e o espaço urbano pelas redes de transportes? •Menino do Cerrado, de Eunice Pühler. São Paulo: Editora do Brasil, 2009. Dito e Maurício vivem em realidades bastante diferentes. Um mora no campo, outro na cidade. Juntos, eles vão viver grandes aventuras. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM O NA R E P R O D U Ç Ã O g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 75 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 74 1/18/18 11:38 AM 75 Amplie seus conhecimentos • OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de; MARQUES, Marta Inez Medeiros. (Org.). O campo no século XXI. Território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Editora Casa Amarela e Editora Paz e Terra, 2004. • Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. Disponível em: <http:// www.mda.gov.br/>. Acesso em: 27 dez 2017. • Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Disponível em: <http://www.dnit. gov.br/>. Acesso em: 9 jan. 2018. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Para finalizar a unidade, sugerimos um trabalho prático com a disci- plina de Arte. Os alunos poderão construir maquetes do campo e da cidade, demonstrando as vias de transporte e utilizando materiais recicláveis, como sucatas. • Primeiro, pesquise na internet exemplos de maquetes do campo e da cidade. Muitos jogos virtuais também ilustram esses espaços, use-os como referência. Depois, faça um planejamento dessa ma- quete em uma folha à parte e re- produza-a na lousa, de forma que todos os alunos possam observar os detalhes. Nessa reprodução, é importante colocar como a cidade será organizada, quantos bairros, quarteirões, moradias, principais pontos de comércio e serviços ela vai ter. Faça o mesmo e organize os elementos da área rural: localize a atividade da pecuária, agroindús- tria, agricultura e áreas de lazer. Lembre-se de incluir uma via que interligue o espaço rural e o urbano. • Organize a turma em grupos e atribua tarefas nessa confecção: elaborar os elementos do campo, elementos da cidade, meios de transporte, etc. • Estabeleça um padrão geométrico para cada elemento (por exemplo, as casas podem ser representa- das por caixinhas de fósforo). De- pois, peça que tragam materiais de sucata. • Esse trabalho exigirá um tempo maior que uma aula. Planeje para que os alunos possam apresentar as maquetes. 74 ATIVIDADES 1. Observe as fotos e escreva o nome dos meios de transporte que interligam o campo e a cidade. Rodoviário. Aéreo. Ferroviário. Hidroviário. Caminhão. Avião. Trem. Embarcação. G U S TA V O M A G N U S S O N /F O TO A R E N A V IN IC IU S B A C A R IN /S H U T T E R S TO C K V IT O R IA N O J U N IO R /S H U T T E R S TO C K A LO IS IO M A U R IC IO /F O TO A R E N A g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 74 17/01/18 5:29 PM PARA SABER MAIS 75 •Viagem ao outro lado do mundo, de Roniwalter Jatobá. 2. ed. Ilustrações de Lúcia Brandão. Curitiba: Positivo, 2012. O que você faria se estivesse se mudando para outro lugar, longe de seus amigos e de todos os seus costumes diários? Murilo é um menino que cresceu em uma comunidade rural e, de repente, vê tudo mudar ao ir morar em São Paulo com sua família. Descubra com Murilo as diferenças dos espaços rural e urbano. • As principais atividades econômicas no espaço rural? • As principais atividades econômicas do espaço urbano? • As agroindústrias e a produção do campo? • A conexão entre o espaço rural e o espaço urbano pelas redes de transportes? •Menino do Cerrado, de Eunice Pühler. São Paulo: Editora do Brasil, 2009. Dito e Maurício vivem em realidades bastante diferentes. Um mora no campo, outro na cidade. Juntos, eles vão viver grandes aventuras. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM O NA R E P R O D U Ç Ã O g19_4pmg_lt_u2_p066a075.indd 75 17/01/18 5:29 PM g19_4pmg_mp_u02_p042a075.indd 75 1/18/18 11:38 AM 76 Esta unidade aborda os estudos so- bre o Brasil, destacando os aspectos paisagísticos naturais, a organização política do território e a formação da população brasileira, ampliando de maneira contínua a escala de análise geográfica, assim como o desenvol- vimento de habilidades esperadas para o 4o ano do Ensino Fundamental. Destaques da BNCC • Com a imagem de abertura os alunos começam a desenvolver a habilidade EF04GE04 da BNCC. • Pergunte aos alunos o que eles sabem e conhecem sobre o tema principal da unidade: o país em que vivem. Promova uma discussão e verifique o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema Brasil. Liste na lousa as opiniões e ideias deles so- bre o território brasileiro, seus aspec- tos físico-naturais, sua população, a cultura do seu povo, etc. Pergunte a eles: se encontrassem um estrangei- ro, como apresentariam o país? R: Resposta pessoal. Peça que es- crevam uma carta simulando essa apresentação. • Conduza os alunos a uma leitura gra- dual dos elementos da imagem. Veri- fique se alguém conhece essa praia ou se já visitou ou frequentou outras praias do litoral brasileiro. • Oriente-os a identificar elementos na imagem que poderiam caracterizar o Brasil: seu território e a população. Por exemplo, o extenso litoral e a di- versidade do seu povo. • Além do turismo e do lazer, pergunte quais outras atividades podem ser realizadas na praia, como atividades de comércio, incluindo ambulantes e pesca. Lembre-os de que há por- tos nos litorais por meio dos quais o Brasil comercializa seus produtos com outros países. • EF04GE04: Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. 76 Brasil: território e população g19_4pmg_lt_u3_p076a088.indd 76 17/01/18 5:39 PM 77 O Brasil é um país com grande extensão territorial e uma população bastante diversificada. Vamos conhecer um pouco mais sobre o território brasileiro e sua população. 1. Qual característica do território do Brasil podemos observar na foto destas páginas? 2. De que maneira você descreveria o Brasil para uma pessoa que nunca esteve em nosso país? CONECTANDO IDEIAS Praia de Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Pernambuco, em 2015. H A N S V O N M A N T E U FF E L /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmg_lt_u3_p076a088.indd 77 17/01/18 5:39 PM g19_4pmg_mp_u03_p076a109.indd 76 1/18/18 6:36 PM 77 • Explique que as praias são espaços públicos e enfatize a importância de cuidar delas e preservá-las para evitar a poluição do meio ambiente e permitir que outras pessoas também possam usufruir desses espaços. • A visão oblíqua da imagem, além de visualmente interessante, proporcio- na outro ângulo e ponto de vista ao aluno, habilidade importante na lei- tura do espaço geográfico. • Explique que grande parte da po- pulação brasileira vive na faixa lito- rânea, o que se explica por razões históricas, pois o processo de ocu- pação do território ocorreu da costa em direção ao interior. Conectando ideias • Complemente o estudo do tema com a leitura