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Cientistas detectam sinais de TDAH e autismo nos olhos

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Cientistas detectam sinais de TDAH e autismo nos olhos
Crédito da imagem: Unsplash+
Descobertas recentes da Universidade de Flinders sugerem que os olhos podem oferecer pistas vitais no
diagnóstico de distúrbios do neurodesenvolvimento, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) e transtorno do espectro do autismo (TEA).
Através de um teste não invasivo que mede a resposta da retina à luz, os pesquisadores estão descobrindo
potenciais biomarcadores que podem agilizar o processo de diagnóstico para essas condições, que são os
distúrbios do neurodesenvolvimento mais prevalentes diagnosticados durante a infância.
Diagnosticar o TDAH e o TEA pode ser um processo complexo e prolongado, muitas vezes porque esses
distúrbios compartilham muitos traços comportamentais. Essa sobreposição pode levar a atrasos e desafios
na obtenção de um diagnóstico preciso.
No entanto, o uso inovador do eletrorretinograma (ERG), uma ferramenta diagnóstica tradicionalmente
utilizada em oftalmologia, está mostrando resultados promissores na diferenciação desses distúrbios de
forma mais clara.
O estudo empregou o ERG para medir como a retina, que é essencialmente uma parte acessível do cérebro,
responde a estímulos de luz.
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Os resultados foram impressionantes: crianças com TDAH apresentaram níveis gerais de energia ERG,
enquanto aquelas com TEA apresentaram níveis mais baixos de energia. Essa diferença na resposta da
retina sugere que cada distúrbio pode afetar o sistema nervoso de maneiras distintas.
O significado dessas descobertas está nos próprios sinais da retina, que são produzidos por atividades
nervosas específicas que espelham as do cérebro.
Ao identificar como esses sinais diferem em crianças com TDAH e TEA, os pesquisadores acreditam que
isso poderia levar a não apenas diagnósticos mais rápidos e precisos, mas também tratamentos mais
direcionados adaptados aos perfis neurofisiológicos únicos de cada distúrbio.
Esta pesquisa é baseada em dados preliminares, mas oferece um vislumbre esperançoso das possibilidades
futuras de diagnosticar e tratar condições de desenvolvimento neurológico.
Ressalta o potencial do uso de exames de retina como uma ferramenta diagnóstica, o que poderia um dia
facilitar a identificação precoce e intervenção para crianças com esses distúrbios.
Globalmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada 100 crianças tem TEA e 5 a
8% das crianças são diagnosticadas com TDAH.
Essas condições são caracterizadas de forma distinta: o TDAH geralmente envolve hiperatividade,
desatenção e impulsividade, enquanto o TEA afeta a forma como os indivíduos se comportam, se
comunicam e aprendem, muitas vezes diferindo significativamente dos padrões típicos de desenvolvimento.
Compreender e diferenciar essas condições é crucial para uma gestão e apoio eficazes. O trabalho que está
sendo feito por pesquisadores como o Dr. Paul Constable e sua equipe na Flinders University estão
pavimentando o caminho para mudanças potencialmente transformadoras na forma como a sociedade
aborda os distúrbios do neurodesenvolvimento.
Seu estudo, publicado na Frontiers in Neuroscience, não só adiciona uma ferramenta valiosa ao processo de
diagnóstico, mas também melhora nossa compreensão dos fundamentos neurológicos do TDAH e do TEA.
Esta pesquisa pode levar a terapias mais bem direcionadas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos
afetados e suas famílias.
Para mais informações sobre o TDAH, consulte estudos recentes sobre o papel da Nutrição no controle do
TDAH: o que você precisa saber e os resultados mostrando que os aditivos alimentares e TDAH: o que os
pais devem saber.
Se você se preocupa com o TDAH, leia estudos sobre 5 sinais de que você tem TDAH, não preguiça e novo
medicamento para reduzir o devaneios, fadiga e lentidão cerebral no TDAH.
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https://scientificdiet.org/2023/10/nutritions-role-in-managing-adhd-what-you-need-to-know/
https://scientificdiet.org/2023/08/food-additives-and-adhd-what-parents-should-know/
https://knowridge.com/2022/01/5-signs-you-have-adhd-not-laziness/
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