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Cientistas identificam origem de asteroide na Lua

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Cientistas identificam origem de asteroide na Lua
O asteroide Kamo'oalewa, alvo da próxima missão Tianwen-2 da China, provavelmente foi explodido da
cratera Giordano Bruno no outro lado da lua, como visto aqui pela Lunar Reconnaissance Orbiter da
NASA. Crédito: NASA/Goddard/Universidade Estadual do Arizona.
Em um grande avanço científico, os pesquisadores determinaram que um asteroide, chamado Kamo’oalewa,
originalmente veio de uma cratera específica na Lua.
Isso marca a primeira vez que os cientistas traçaram um asteroide até sua origem lunar.
Kamo’oalewa, que tem cerca de metade do tamanho da London Eye, circula no espaço há milhões de anos
e compartilha uma órbita semelhante com a Terra.
O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, mostra que este asteroide provavelmente veio da cratera
Giordano Bruno no lado oculto da Lua.
Esta cratera, que tem 14 milhas de largura e cerca de 4 milhões de anos, é a combinação perfeita em
termos de tamanho e idade necessários para tal evento.
Os cientistas usaram modelos avançados para simular como um impactor atingindo a lua poderia ter
lançado Kamo’oalewa no espaço.
Eles concluíram que um impacto maciço precisaria ocorrer, capaz de explodir rochas das profundezas da
superfície da lua e no espaço.
Isso explica como Kamo’oalewa acabou em um caminho viajando ao redor do sol ao lado da Terra.
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Estudos anteriores sugeriram que Kamo’oalewa poderia ter origens lunares porque sua composição material
se aproxima da da Lua, em vez de asteroides típicos do espaço.
Agora, esta pesquisa confirma essas suspeitas, mostrando que Kamo’oalewa é de fato um fragmento lunar.
Esta descoberta não é apenas uma curiosidade científica, mas pode ter implicações mais amplas.
Por exemplo, entender como os asteroides podem ser ejetados da Lua e permanecer intactos pode ajudar
os cientistas a estudar o potencial de vida viajar entre planetas, uma teoria conhecida como panspermia.
Além disso, as descobertas podem ajudar na preparação para impactos de asteroides na Terra, oferecendo
informações sobre como essas colisões podem afetar nosso planeta.
A próxima missão Tianwen-2 da China visa coletar amostras de Kamo’oalewa para verificar sua origem e
estudar os efeitos do intemperismo espacial em materiais lunares. Da mesma forma, a missão NEO
Surveyor da NASA procurará mais asteroides que também podem ter vindo da Lua.
A equipe de descoberta incluiu especialistas de instituições como a Universidade de Tsinghua, a
Universidade do Arizona e várias outras universidades globais, mostrando a importância da colaboração
internacional na pesquisa espacial.
Esta descoberta não só abre um novo capítulo na compreensão de asteróides próximos da Terra, mas
também aumenta o nosso conhecimento da história da lua e suas interações com a Terra.

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