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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO 04- A SELVA, VILANIR FAUSTINO

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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
“A Selva” (Ferreira de Castro e as cenas do Drama Humano nos Seringais)
A Selva é um romance escrito por Jose Maria Ferreira de castro publicado em 1930, o livro teve grande repercurssão no Brasil e em Portugal, e foi traduzido em muitos outros paises, como: Bélgica, França, Alemanha, Romênia, Itália, Estados Unidos, Canadá, dentre outros. A narrativa do livro se passa na Floresta Amazônica, em um Seringal, no qual o protagonista português descreve como um lugar infernal.
Ferreira de Castro era orfão, e venho ao Brasil pela primeira vez em 1910, aos dozes anos de idade, para morar com tio no estado do Pará, no intuito de trabalhar na casa comercial do tio, em Belem. 
Seu tio fez com ele fosse trabalhar como guarda-livros no Seringal Paraiso, localizado no Rio Madeira, proximo de Humaita. lá ele presenciou o estado de escravidão no qual vivia os trabalhadores na extração do latex e toda a violência no qual eles esram submetidos, ele permaneceu durante o período de 1912 a 1913, quando o primeiro grande ciclo da borracha entrava em crise, todos os elementos vistos por ele, pode ser encontrados na obra Selva.
O romance “A Selva” foi escrita em 1929, dezeseis anos depois que Ferreira de Castro viveu no Seringal Paraiso, e aborda as condições humanas no qual milhares de homens eram submetidos, por ambição e para fugir da seca e da miséria do Nordeste, eles se embrenhava na floresta seduzidos por promessas falsas de riqueza fácil.
Percebe-se que o autor português trouxe a tona a história dos Seringais, no livro A Selva, no intuito também de relata para o mundo que Amazônia não se constituia apenas de exotismo, nem da sua fauna e flora, que são bem visíveis, para o viajante que atravessa de barco. Ferreira de Castro soube revelar que ali havia uma grande pulsação humana por trás dos seus mantos verdes, vivendo seus relatos no aquecimento da floresta, sevindo assim ao mundo, dos seus carros aos seus sapatos, se utilizava da borracha sem se perguntar de onde viria e de que forma foi conseguida. (Critica)
A obra é considerada transição para o Neorealismo, isto é, um novo realismo.
Guedelha (2008, p. 28) lembra ele é “geralmente apontado como um dos expoentes, na literatura portuguesa, de uma tendência surgida nos anos 40, denominada de „Neorrealismo‟. Trata-se de uma escrita pós-modernista, que floresceu nas proximidades da Segunda Guerra Mundial e tem no romance a sua expressão mais proeminente”.
Ou seja, em torno dessa tendência, o Neoralismo Português preocupa-se com o social, ele ver a sociedade como o espaço da dissidência e da luta de classe, nele os autores do movimento tomam o partido dos mais pobres, e dos destituídos.
Ferreira de Castro quebrou um ciclo de uma literatura amazonense voltada em torno do parnasianismo e da ostentação amazonense, ele trouxe a fundo o que muitos na época não tinha coragem de mostrar, Souza (2010, p. 136) destaca muito bem o papel que o romance teve no desenvolvimento da incipiente literatura amazônica:
A selva é o romance de um homem aparentado a este espírito absurdo, filho desta solidão siberiana, de rios imensos, esperanças que iam morrendo na rotina miserável do corte da seringa, o silêncio. Ferreira de Castro escreveu a plena realização do silêncio que aguentou todo o peso do alarido de Manaus. Ele arrancou da clandestinidade este frio deserto e, com ele, a literatura amazônica marcou o seu primeiro encontro público com os leitores do mundo.
Referências:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/16714/16714_4.PDF
https://solar.virtual.ufc.br/media/lessons/30136/aula_04/imagens/03/ASelva-FerreiradeCastro.pdf

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