Prévia do material em texto
11 História H I S T Ó R I A fessores e estudantes do Ensino Médio das Escolas Públicas do Estado do Paraná tenham ao seu alcance conteúdos históricos focados atra- vés de temas, discutidos amplamente pela historiografia e de relevân- cia para a atualidade. A tematização dos conteúdos da disciplina de história, é uma forma de organização didática, relativa aos atos de se- lecionar, classificar, hierarquizar, problematizar e explicar os conteú- dos que devem ser investigados na sala de aula, com o objetivo de fa- cilitar aos alunos a compreensão de um tema mais abrangente e por isso de maior significado. Nesta obra são apresentadas quatro Unida- des Temáticas: 1. Trabalho escravo e trabalho livre. 2. Urbanização e industrialização. 3. O Estado e as relações de poder. 4. Movimentos sociais, políticos e culturais: relações de dominação e resis- tência. Estas unidades temáticas foram discutidas de forma abrangente e foram articuladas pelos procedimentos metodológicos tempo e espaço, os quais possibilitaram a delimitação e a contextualização das mesmas conforme propõem as Diretrizes Curriculares de História. Os conteú- dos estruturantes Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Cul- turais balizam os campos de investigação do conhecimento histórico de modo que estão presentes em todas as ações humanas e em todos os períodos históricos, são interligados entre si e permitem uma análi- se ampla dessas ações humanas. Cada unidade temática é constituída por vários Folhas que contem- plam os temas acima destacados. Porém, é importante apontar que em alguns Folhas são abordados mais de um conteúdo estruturante. Partiu-se do princípio de que a História é um conhecimento cons- truído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos his- tóricos construídos pelas ações e pelas relações humanas (atividades, experiências ou trabalhos humanos, entre outros aspectos) praticadas no tempo. Para isso, é necessário fazer uso de um método científico específico pautado na análise e na interpretação de documentos deixa- dos pelos sujeitos históricos do passado (fontes, provas ou evidências). São estes elementos que permitem aos historiadores a compreensão dos processos históricos e possibilitam a construção de uma narrativa histórica (interpretações e explicações). Sendo assim, a história pode ser entendida como uma interpretação dos processos históricos do passado e não só como uma descrição dos fatos, como acontecia no século XIX. Os Folhas iniciam-se com questões problematizadoras vinculadas aos conteúdos e ao contexto sócio-econômico, político e cultural . Com isso, a prática da investigação é estimulada, tornando-se um de- safios estudantes e professores, os quais ao se perceberem enquanto 12 Apresentação Ensino Médio sujeitos históricos, poderão reformular seus questionamentos sobre o passado, para buscar explicações e uma compreensão inteligível so- bre o mundo no qual estão inseridos. Este é o sentido da história en- quanto ciência do passado, pois são essas indagações que permitem aos seres humanos, em diferentes épocas, construírem sua consciên- cia histórica. Além da problematização, os Folhas estão relacionados às abor- dagens contemporâneas estabelecendo relações entre o presente e o passado, bem como a textos e a conceitos de outras áreas do conhe- cimento, de forma interdisciplinar, contribuindo para a construção da narrativa histórica. Os textos, imagens, músicas, etc, relativos às outras disciplinas invariavelmente serão considerados neste livro como docu- mentos que devem ser articulados a uma análise historiográfica. Procurou-se elaborar atividades que possibilitem a reflexão, prin- cipalmente através da análise de documentos escritos, iconográficos, materiais ou orais e de textos de historiadores. Privilegiou-se a pesqui- sa e o incentivo para que os estudantes construam sua própria narrati- va histórica com base em suas conclusões. O material didático aqui apresentado abre caminho para que os professores das escolas públicas do Estado do Paraná, possam iniciar um novo percurso em sua prática pedagógica e, assim, elaborar seu próprio material tornando-se agentes efetivos da produção pedagógi- ca, ampliando os temas aqui desenvolvidos, os documentos e as ati- vidades. Por fim, destaca-se que os Folhas não estão organizados de forma fechada, ou seja, eles não seguem uma seqüência obrigatória, que de- ve ser seguida unidade a unidade. Estão articulados entre si através dos conteúdos estruturantes e de uma organização cronológica a partir de blocos históricos, permitindo aos professores e aos alunos que uti- lizem este material didático de formas variadas, complementando com outros livros, artigos de revistas e jornais. Relações de trabalho O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a natureza. A execução do trabalho requer o emprego físico e mental. Esses esforços transformam elementos da natureza em bens que satisfazem as necessidades humanas. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da natureza, os homens se relacionam en- tre si. As relações de trabalho permitem diversas formas de organiza- ção do mundo do trabalho. Na sociedade capitalista, o trabalho assu- miu uma forma muito específica: o emprego assalariado. Para entender como se construiu o modelo capitalista bem como suas conseqüências, faz-se necessário entender como as relações de trabalho foram cons- truídas historicamente. A p r e s e n t a ç ã o 13 História A visão economicista e determinista da história influenciou, por muito tempo, o estudo das relações de trabalho. Nessa concepção, acreditava-se que a ação dos sujeitos era condicionada exclusivamen- te pela organização econômica de sua sociedade. Por exemplo, a so- ciedade medieval foi explicada a partir do modo de produção feudal, esse modelo era utilizado para explicar toda a História da Europa dos séculos V ao XV; as especificidades de cada região, mudanças e ruptu- ras que ocorreram nesse período foram desconsideradas. Para o estudo das relações de trabalho, são fundamentais as con- tribuições dos historiadores da corrente historiográfica Nova Esquerda Inglesa, como Eric J. Hobsbawn e Edward P. Thompson, que, a par- tir da concepção marxista, passaram a repensar a análise histórica por meio de conceitos, superando, assim, a visão economicista e determi- nista do processo histórico. Para esses historiadores, o resgate da história dos trabalhadores é possível quando o estudioso reúne vários documentos (inclusive aque- les que a historiografia tradicional não aceitava como fonte histórica, como, por exemplo, um boletim de ocorrência), esses documentos de- vem ser analisados a partir do conhecimento que se possuí do objeto para verificar se as informações retiradas dos documentos correspon- dem a esse conhecimento. Caso isso não ocorra, o historiador deve construir uma nova explicação para o seu objeto de investigação. Ao estudar esse conteúdo estruturante, nos diferentes períodos his- tóricos, você poderá perceber que as relações de trabalho são carre- gadas de relações de poder, estabelecidas entre grupos antagônicos, sejam eles senhores ou escravos, patrícios versus patrícios, plebeus versus plebeus, operários versus operários; burgueses versus burgue- ses, e assim por diante. Os Folhas que compõem esse conteúdo estruturante permitem o estudo das relações de trabalho no Ensino Médio, os quais procuraram contemplar diversos tipos de fontes históricos para que professores e alunos posam, a partir de diferentes visões, perceber a história para além dos documentos oficiais. Partindo dessa concepção, o estudo das relações de trabalho de- ve considerar: as esferas doméstica; a prática comunitária; as manifes- tações artísticas e intelectuais e a participação nas instâncias de repre- sentações: políticas; trabalhistas e comunitárias. Relações de poder O poder é aqui definido como a capacidade ou possibilidade de agir ou de produzirefeitos e refere-se a indivíduos e a grupos huma- nos. O poder não possui forma de coisa ou de objeto, mas se manifes- ta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que 14 Apresentação Ensino Médio exerce e aquele que se submete, portanto, o que existe são as rela- ções de poder. O estudo das relações de poder, na disciplina de História, concen- trou-se por muito tempo, no campo da política. A proposta desse livro, ao trabalhar as relações de poder, é que você, possa compreender que essas relações encontram-se também na dimensão econômico-social e na dimensão cultural, ou seja, em todo corpo social. Exemplos disso são as várias formas de revoluções e revoltas sociais, políticas e cultu- rais, dominações e resistências ao longo do processo histórico. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa criticam a historiografia política tradicional, pois esta se limitou a explicar o poder tendo como referência somente o Estado. A Nova Esquerda Inglesa analisa as rela- ções de poder a partir da valorização das condições materiais, das es- truturas sócio-econômicas, das classes e grupos sociais, dos movimen- tos coletivos em geral e reintroduz a ideologia como categoria analítica do discurso histórico. Para a corrente historiográfica Nova História Cultural, o estudo das relações de poder remete às esferas das representações, do imaginário e das práticas sociais. Radicalizando esta idéia, Michel Foucault optou pela idéia de “poderes”. Esta concepção entende os saberes enquanto poderes; poderes que são exercidos nas instituições, tais como: nas es- colas nas prisões, nos hospitais, nas famílias nas comunidades, nos es- tados nacionais, nas igrejas e nos organismos internacionais políticos, econômicos e culturais. Ele também valorizou a pluralidade das redes de poder ou micropoderes e propôs o estudo das relações entre as di- ferentes práticas sociais discursivas. O entendimento de que as relações de poder são exercidas nas di- versas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políti- cas públicas e as diversas instituições, permite a você, estudante, per- ceber que essas relações fazem parte de seu cotidiano. Assim, você poderá identificar onde se localizam as arenas decisórias, porque de- terminada decisão foi tomada e de que forma ela foi executada ou im- plementada. Assim, você compreenderá como, quando e onde reagir a medidas de poder que vivenciamos. Relações culturais Caro estudante, o conteúdo estruturante relações culturais, propos- to neste livro, parte do princípio de que a cultura é comum a todos os seres humanos e é construída historicamente, ou seja, a cultura não é algo natural, ao contrário, ela é produto coletivo da vida humana. As diferenças culturais existem devido às diversas interpretações constru- ídas por sujeitos históricos que estão inseridos em grupos sociais dis- tintos na divisão social do trabalho. 15 História Assim, na forma de organizar a vida político-econômica, as socieda- des contemporâneas não são tão diferentes, pois são poucas as socieda- des que destoam do padrão cultural imposto pelo capitalismo contempo- râneo. Em outras palavras, as classes dominadas existem numa relação de poder com as classes dominantes, de tal modo que ambas partilham um processo social comum, portanto, de uma experiência histórica co- mum, produto dessa história coletiva. No entanto, os benefícios produzi- dos por esta sociedade e seu controle se repartem desigualmente. Este capítulo privilegia o conteúdo estruturante relações culturais por entender que as ações e relações humanas, as quais acontecem no interior de uma sociedade, bem como na relação desta com as demais sociedades, permitem que a cultura se torne um objeto de estudo da disciplina de História. O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constitu- ído na relação entre as diversas sociedades é o que pode ser chama- do de cultura comum. As relações culturais que ocorrem no interior de um grupo social e entre uma sociedade e outra são carregadas de relações de poder e se estabelecem a partir das diferentes posições que os sujeitos históri- cos ocupam na divisão social do trabalho. Não podemos afirmar que todos os membros de uma classe social possuem a mesma cultura, os trabalhadores rurais, por exemplo, apresentam uma cultura diferente do operário do meio urbano, porque a região onde eles vivem, as suas origens e as experiências coletivas por quais passararam influenciam, e muitas vezes, determinam a cultura deste grupo social. O estudo das relações culturais tem sua importância na medida em que possibilita o questionamento dos padrões culturais estabelecidos e pode auxiliar no combate aos preconceitos, visto que ao conhecermos as relações culturais de determinado grupo social no contexto em que ele foi produzido, deixamos de lado nossos próprios conceitos. Com isso, poderemos entender por que determinado grupo social age desta ou daquela forma estabelecendo, assim, uma possível relação de res- peito entre a nossa e as outras culturas. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa repensaram o conceito de cultura a partir de sujeitos históricos antes ignorados pela história tradicional e passaram a valorizar uma “história vista de baixo”. Para o historiador inglês Thompson, o conceito de experiência his- tórica é o elemento articulador entre as relações humanas, pois esta se expressa na constituição de uma cultura ou costumes em comuns. As- sim, este historiador afirmava que a cultura comum dos trabalhadores urbanos e camponeses na Inglaterra do século XVIII estava “longe de ter a permanência rígida que a palavra ‘tradição’ sugere, o costume era um terreno de mudança e de conflito, um lugar onde interesses opos- tos formulavam reivindicações opostas.” (1998, pp. 16-17). 16 Apresentação Ensino Médio Também o historiador inglês Hobsbawm entende que as tradições culturais são inventadas dentro do contexto da luta de classes, intra- classes e das relações interclasses. Neste conflito, existem grupos do- minantes que lutam por um consenso hegemônico, enquanto outros grupos sociais resistem criando uma contra-hegemonia a partir de su- as experiências e valores. A proposta deste livro, ao trabalhar com relações culturais à luz da Nova História cultural, é de abordar estas relações a partir de con- ceitos que possibilitem superar a dicotomia entre a cultura de elite e a cultura popular. O historiador francês Roger Chartier analisa a cul- tura a partir das práticas, apropriações e representações culturais que os sujeitos têm em relação aos artefatos culturais (literários, visuais ou mentais). É possível entender a Historia universal a partir de um recorte local estudando as ações e relações de pessoas comuns, como de famílias, comunidades. Esta abordagem é denominada de micro-história ou mi- croanálise e, a partir da mesma, você poderá, ampliar seu entendimen- to da macroanálise, ou seja, a história geral, como já comprovou o his- toriador italiano Carlo Ginzburg através de suas obras como O Queijo e os Vermes. Nos Folhas que compõem este livro, são propostas ativi- dades que permitem estabelecer esta relação. Tanto os historiadores da Nova Esquerda Inglesa como os da Nova Históra Cultural utilizam-se de documentos antes desvalorizados pe- la historiografia tradicional, tais como: processos judiciais, interroga- tórios, boletins de ocorrência, canções populares, relatos de tradições orais, livros populares, etc. O uso dessas evidências possibilitou aos historiadores a construção de narrativas históricas que incorporavam olhares alternativos em relação às ações dos sujeitos ao produzir e vi- venciar o processo histórico de constituição da humanidade. Bom proveito! 17 História Referências Bibliográficas ALBORNOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento:o contexto de François Ra- belais. São Paulo: Hucitec, 1987. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. São Paulo: Im- prensa Oficial, 2000. BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989. CARVALHO, J. M. de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. 2. ed. São Pau- lo: Companhia das Letras, 1995. CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S/ A, 1997. DUBY, G. Guerreiros e camponeses: os primórdios do crescimento econômico europeu séc. VII – XII. Lisboa : Estampa, 1993. ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1 e 2 São Paulo: Zahar, 1993a. FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis, Vozes, 2001. GINSBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere, v. I a VI. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça: idéias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. HOBSBAWN, E. J. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 2000a. ______. Mundos do trabalho: novos estudos sobre a história operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000b. HOBSBAWM, E; RANGER, T. (orgs.). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. HUNT, L. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1995. LEBRUN, G. O que é Poder. São Paulo: Brasiliense.2004. SANTOS, J. L. dos. O que é cultura. São Paulo:Brasiliense.2004. THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. ______. A formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade. V. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. ______. A formação da classe operária inglesa: a maldição de Adão. V. 2. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002a. ______. A formação da classe operária inglesa: a força dos trabalhadores. V. 3. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002b. VOVELLE, M. Ideologias e mentalidades. São Paulo: Brasiliense, 2004. WILLIAMS, R. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. 18 Introdução Ensino Médio I n t r o d u ç ã o UNIDADE TEMÁTICA I: Trabalho escravo e trabalho livre Tiro renda e boto renda Faço renda na almofada Por causa de meu benzinho Não faço renda nem nada... Estou fazendo esta renda Pra buscá e ganhá dinheiro Pra comprá um par de pente Pra botá no meu cabelo Esta almofada me mata Estes bilros me consome Os alfinetes me mata A renda me tira a fome... (“Bendito o trabalho que se faz cantando”. Cantos de trabalho das rendeiras de Guarapari recolhidos em agosto de 1952. In: NEVES, Guilherme Santos. Folclore, dez. 1980). Quando os turistas passeiam pelo litoral do estado do Espírito Santo encontram belas rendas para serem compradas. No entanto, poucos deles levam em conta o esforço despendido pelas mulheres que produzem esse belíssimo artesanato. Sobre o que cantam as rendeiras de Guarapari? Qual a relação entre essas trovas e a unidade temática aqui apresentada? Cotidianamente defrontamo-nos com duas realidades comuns: algumas pessoas que estão satisfeitas com as atividades que desempenham no trabalho, sentem-se realizadas, e recebem bem pelo que fazem, enquanto outras, insatisfeitas, em maior número, reclamam que o trabalho é cansativo e recebem baixos salários. Historicamente, os seres humanos têm desenvolvido grandes civilizações através da organização social do trabalho. Cada sociedade organizou seu mundo do trabalho de forma diferente. Algumas pessoas realizavam as tarefas mais difíceis, enquanto outras sustentavam-se com muitos privilégios. z n 19 História H I S T Ó R I A Sendo assim, podemos questionar: a organização do mundo do trabalho nas sociedades passadas apresentam semelhanças e diferenças com a nossa forma de trabalhar? Nas diferentes sociedades o trabalho era realizado por quais grupos? O trabalho é uma atividade cansativa e sem satisfação? É possível haver satisfação com o trabalho? Como ele é organizado socialmente? O estudo sobre o mundo do trabalho relacionado as diferentes sociedades torna-se importante para entendermos melhor estas e outras questões. Para isso, é muito importante que se entenda o que é o trabalho e por quais mudanças ele passou ao logo das diferentes sociedades. O núcleo dessa unidade temática se refere às mudanças surgidas no mundo do trabalho com a substituição dos trabalhos servil e escravo pelas diferentes formas de trabalho assalariado. Portanto, quais os significados que o mundo do trabalho vem adquirindo no decorrer da história? Para as sociedades atuais qual a importância do trabalho? Muitos sujeitos históricos anônimos trabalharam na construção das sociedades em que viviam. Você consegue identificar quais foram esses trabalhadores e a posição social que ocuparam nas sociedades em que viveram? Será que sempre existiu salário para o trabalho? Trabalho sempre esteve relacionado com salário? Perante as leis do Brasil somos trabalhadores livres. Mas, para chegarmos a essa liberdade passamos por um processo de transição. Afinal o que foi essa transição do trabalho? Podemos ter a certeza de que ela foi de fato efetivada? Não importa sua escolha profissional ou sua classe social! Você já percebeu que um dos seus maiores desafios é a inserção no mundo do trabalho? 20 Relações de trabalho Ensino Médio