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2) plural em -ãos: chão Õ chãos irmão Õ irmãos cidadão Õ cidadãos mão Õ mãos cristão Õ cristãos pagão Õ pagãos desvão Õ desvãos e os paroxítonos apontados em A flexão de número dos substantivos - a) 3. grão Õ grãos Muitos substantivos apresentam dois e até três plurais: aldeão aldeãos aldeões aldeães ancião anciãos anciões anciães charlatão — charlatões charlatães corrimão corrimãos corrimões — cortesão cortesãos cortesões — deão deãos deões deães ermitão ermitãos ermitões ermitães fuão fuãos fuões — guardião — guardiões guardiães refrão refrãos — refrães sacristão sacristãos — sacristães truão — truões truães vilão vilãos vilões vilães vulcão vulcãos vulcões — e) Plural dos nomes treminados em -l 1 – Plural dos nomes terminados em -al, -el, -ol, -ul Nos nomes em -l, temos de partir da forma teórica com restituição da vogal temática -e, acréscimo do pluralizador -s, posterior às regras morfofonêmicas: queda do -l- intermediário e passagem da vogal temática a semivogal (grafada -i) carnaval Õ *carnavale Õ carnavales Õ carnavaes Õ carnavais papel Õ *papele Õ papeles Õ papees Õ papéis (tônico) lençol Õ *lençole Õ lençoles Õ lençoes Õ lençóis nível Õ *nivele Õ niveles Õ nívees Õ níveis (átono)25 paul Õ *paule Õ paules Õ paues Õ pauis Observações: 1.ª) cônsul e mal fazem cônsules e males 2.ª) cal e aval fazem cales ( = cano) e cais, avales (mais comum em Portugal) e avais 3.ª) real faz réis (moeda antiga) e reais (moeda nova) 2 – Plural dos nomes terminados em -il a) -il em vogal átona: ocorre a passagem do i a e e posteriormente o mesmo que o caso anterior: fóssil Õ *fóssile Õ *fossele Õ fosseles Õ fossees Õ fósseis b) -il com vogal tônica: ocorre o acréscimo do pluralizador -s e posterior supressão do -l, já que não é necessário recorrer à vogal temática, por não aparecer no plural: funil Õ *funils Õ funis26 Observação: mírtil faz mírtiles e mírteis; móbil faz móbiles e móbeis. Réptil e projétil, como paroxítonos, fazem répteis e projéteis; como oxítonos, reptil e projetil fazem reptis e projetis. f) Plural dos nomes terminados em -x (= ce) Os terminados em -x com o valor de ce (final com que podem também ser grafados) fazem o plural normalmente em -ces: cálix (ou cálice), cálices; apêndix (ou apêndice), apêndices. g) Palavras que não possuem marca de número Há significantes terminados por -s em sílaba átona (como lápis, pires, ou monossílabos como cais, xis) que não possuem marca de número, quer no singular quer no plural, pois se mostram alheias à classe gramatical de número. Cremos ser a melhor lição a de Herculano de Carvalho, segundo a qual não se pode aceitar a doutrina corrente que vê nessas formas um singular que permanece invariável no plural. É um caso de sincretismo, e não de neutralização [HCv.3, 608-609 e 642]. A pluralidade é marcada pelos adjuntos (artigo, adjetivo, pronome, numeral): o lápis, os lápis; um pires, dois pires; este xis, estes xis. Estão neste caso os terminados em: 1) -s (em sílaba átona; palavras sigmáticas): o pires, os pires; o lápis, os lápis; a cútis, as cútis. Observação: Simples faz simpleces ou, o que é mais comum, não varia. Cós, lais e ferrabrás são mais usados invariáveis, mas possuem o plural coses, laises e ferrabrases. 2) -x (com o valor de cs): o tórax, os tórax; o ônix, os ônix. Observação: Alguns nomes com x = cs possuem a variante em ce: índex ou índice, ápex ou ápice; códex ou códice. Seus plurais são, respectivamente, índices, códices, ápices. Aliás, são preferíveis as grafias índice, códice e ápice, no singular. h) Plurais com alteração de o fechado para o aberto (metafonia)27 Muitas palavras com o fechado tônico, quando passam ao plural, mudam esta vogal para o aberto: miolo – miolos Dentre as que apresentam esta mudança (chamada metafonia) na vogal tônica lembraremos aqui as mais usuais: abrolho fogo porco antolho forno porto caroço foro posto choco fosso povo corcovo imposto reforço coro jogo rogo corpo miolo sobrolho corvo mirolho socorro despojo olho tijolo destroço osso torto escolho ovo troco esforço poço troço Esta alternância constitui a única marca do feminino em avô e formas com ela relacionadas, onde se acha suprimida a desinência -a: avô – avó (< avoa < lat. aviola). Nos casos de metafonia, o plural é marcado pelo morfema pluralizador -s e pelo morfema suprassegmental. Continuam com o fechado no plural: acordo esboço logro adorno esposo morro almoço estorvo repolho alvoroço ferrolho rolo arroto fofo sogro boda forro soldo bojo gafanhoto sopro bolo globo soro bolso gorro toco cachorro gosto toldo caolho gozo topo coco horto torno contorno jorro transtorno Observação: Como no caso dos plurais em -ão (-ões, -ães, -ãos), a inclusão da palavra no grupo dos metafônicos ou não metafônicos apresenta muitas indecisões. O esforço para dirimir dúvidas nestes casos se tem regulado pela origem do timbre da vogal tônica em latim e na forma paralela das correspondentes em espanhol, onde, como regra, do timbre fechado resulta uma vogal simples e do timbre aberto uma ditongação: gozo (esp.) – gozo (port.) – gozos (ô); fuego (esp.) – fogo (port.) – fogos (ó). Tanto a etimologia do latim quanto o paralelismo do espanhol nem sempre têm a boa resposta às dúvidas. Não sofrem alteração os nomes próprios e os de família: os Diogos, os Mimosos, os Raposos, os Portos. i) Plurais com deslocação do acento tônico – Há palavras que, no plural, mudam de sílaba tônica: caráter – caracteres espécimen – especímenes júnior – juniores Júpiter – Jupíteres Lúcifer – Lucíferes sênior – seniores O plural sorores é de soror, oxítono, o que se estende a sóror. j) Variações semânticas do significado entre o singular e o plural – Normalmente, o plural guarda o mesmo significado do singular. Isto não acontece, porém, em alguns casos, principalmente se se trata de substantivos abstratos em sentidos contextuais: bem (o que é bom) – bens (propriedades) féria (produto do trabalho diário) – férias (dias de descanso) “Onde não se preza a honra se desprezam as honras” [MM]. Em nomes abstratos como injustiças, crueldades, gentilezas, o plural denota atos repetidos, ora multiplicidade dos mesmos atos, com certa conotação aumentativa [FBr.1, 97]. Também em nomes concretos pode o plural acusar mudança de significado: ferro (metal) Õ ferros (algemas) [SA.2, 69]. Estão nestes casos os nomes que no plural indicam o casal: os pais (pai e mãe), os irmãos (irmã e irmão), os reis (rei e rainha). l) Palavras só usadas no plural ( pluralia tantum ) – Eis as principais: ademanes endoenças afazeres exéquias alvíssaras férias (= repouso) anais núpcias arredores trevas avós (antepassados) víveres belas-artes, belas-letras nomes de naipes: copas, confins ouros, espadas, paus m ) Plural de nomes próprios – Os nomes próprios usados no plural fazem o plural obedecendo às normas dos nomes comuns, e a língua padrão recomenda se ponham no plural, e não no singular: “O fidalgo dos Vitos Alarcões tratou da cabeça na cama, uns quinze dias” [CBr.6, 144]. “ (...) seria um garfo meritório do tronco dos Parmas d’Eça, ao qual ele Rui de Nelas se glorificava de ser estranho?” [CBr.6, 171]. Todavia, não é raro o uso do singular na língua literária: “Os brasileiros do sul, os Correia de Sá, perdiam muito do encanto dessas obras (...)” [GA apud TS, 105]. n) Plural dos nomes estrangeiros não assimilados – Os nomes estrangeiros que se adaptaram ao sistema fonológico do português têm o seu plural consoante as normas vigentes: clube Õ clubes; dólar Õ dólares; repórter Õ repórteres; abajur Õ abajures; ultimato Õ ultimatos; memorando Õ memorandos; confete Õ confetes. Os não assimilados ao nosso idioma tomam duas direções: a) terminam com -s, sem pretender coincidir com as regras do plural da língua originária, ou b) regulando-se pelas normas da língua estrangeira, o que, em geral, é o procedimento recomendado na língua padrão e nos textos científicos.Do primeiro caso, temos: films, leaders, ladys, dandys, lieds, blitzes. Do segundo temos, entre os latinismos: curriculum Õ curricula, memorandum Õ memoranda, corpus Õ corpora, etc., que podem ser aportuguesados, no singular, em: currículo, memorando, corpo (raro). campus Õ campi (o campus, os campi) Entre os gregos cabe citar: tópos Õ tópoi, lógos Õ lógoi, ónoma Õ onómata. Entre os anglicismos: lady Õ ladies; penny Õ pennies ou pence; dandy Õ dandies; sportman Õ sportmen. Entre os germanismos: lied (/ lid / ) Õ lieder; leitmotiv Õ leitmotiven; blitz Õ blitzen. Também se erra usando-se lieder como singular. Os escritores procuram, na medida do possível, acertar o passo; assim é que José Lins do Rego usou lieds nesta passagem de Gordos e Magros (1942): “Goethe ia ao povo para sentir a força dos lieds, a música que dorme na alma popular.” Em Poesia e Vida (1945) já se pautava pela norma alemã: “Destruindo Mozart, uma grande Alemanha desapareceria; a Alemanha dos lieder, dos violinos gemendo por debaixo das macieiras em flor (...)”. Os nomes italianos em -i já estão no plural, quando flexionados (o confetto Õ os confetti), mas isto não impediu que um escritor correto como Latino Coelho fizesse o plural com acréscimo do -s: “Portugal não primou nas invenções admiráveis da ciência: não teve Newtons nem Platões. Não meneou com galhardo luzimento o escopro ou o pincel: não teve Rafaéis, nem Buonarottis.” [apud SS.2, 70]. Também de lápis-lazúli temos o plural lápis- lazúlis. A prevalecer a norma da língua exemplar, pode-se dizer que se trata de um elemento funcional pertencente ao sistema português reservado aos plurais estrangeiros não assimilados (Fremdwörter) [ECs.1, 11 n.172]. o) Plural dos nomes de letras – Os nomes de letras vão normalmente ao plural, de acordo com as normas gerais. Escreve com todos os efes e erres. Coloquemos os pingos nos is. N.B.: Xis serve para singular e plural. Podemos ainda indicar o plural das letras com a sua duplicação: ff, rr, ii. Este processo ocorre em muitas abreviaturas: E.E.U.U. (Estados Unidos, também representado por EUA, Estados Unidos da América, ainda U.S.A.). p) Plural dos nomes com o sufixo -zinho – Põem-se no plural os dois elementos e suprime-se o s do substantivo, consoante a regra ortográfica oficial: animalzinho = animal + zinho animaizinhos coraçãozinho = coração + zinho coraçõezinhos florzinha = flor + zinha florezinhas papelzinho = papel + zinho papeizinhos pazinha = pá + zinha pazinhas mas pazinha = paz + inha pazezinhas Nota ortográfica: Os sufixos diminutivos -inho (-ito, etc.), -zinho (-zito, etc.) têm hoje uma distribuição regular, conforme o final da palavra básica: a) se termina por vogal átona ou consoante (exceto -s e -z), a escolha é materialmente indiferente, apesar de aparecerem nuanças de sentido contextuais: corpo Õ corpinho (com queda da vogal temática) / corpozinho (a forma básica intacta); flor Õ florinha / florzinha; mulher Õ mulherinha / mulherzinha; b) se termina por vogal tônica, nasal ou ditongo, é de emprego obrigatório -zinho (-zito, etc.); boné Õ bonezinho; siri Õ sirizinho; álbum Õ albunzinho; bem Õ benzinho; raio Õ raiozinho. Com -zinho evitam-se hiatos do tipo irmãinha, raioito, etc.; c) se termina em -s ou -z, o emprego normal é com -inho (-ito, etc.), repudiando-se -zinho (-zito, etc.); ficando intacta a palavra básica: lapisinho (lápis + inho), cuscuzinho (cuscuz + inho), rapazinho (rapaz + inho), cartazinho (cartaz + inho), exatamente como escrevemos lapiseira (lápis + eira), lapisar (lápis + ar), lapisada (lápis + ada), etc. Estabelecem-se até oposições léxicas e fonológicas (já que se guardam os acentos das palavras básicas): cartazinho (= cartàz + inho), cartazinha (= càrta + zinha), rapazinho (= rapàz + inho); rapazinho (= ràpa + zinho); masinho (= mas + inho), mazinha (= mà + zinha) [veja-se o exemplo dado por Oiticica: Você escreveu aí na pedra um masinho que ninguém percebe (trata-se da conjunção mas)]. Às vezes há convergências gráficas: pazinha (paz + inha) e pazinha (pá + zinha), que o contexto dissolverá. Se escrevemos oficialmente lapisar, lapiseira, por que o Vocabulário oficial preceitua lapizinho? Segundo já Epifânio Dias [ED.1, § 94] e José Oiticica, o coerente seria, já que a regra é flexionar as duas unidades: açãozinha (no singular) Õ açõesinhas (no plural, já a básica termina em -s). A regra que obriga o -z e que expusemos por ser a ortografia oficial, foi formulada por Gonçalves Viana (Ortografia, 123); Mário Barreto mostrou-se indeciso no pleito: “Da regra de Epifânio depreende-se que nos nomes em -ão os sufixos -inho e -ito se precedem de z (açãozinha, escreve o eruditíssimo gramático português) e que no plural perdem o z, tomando esta forma no tema e no sufixo: ações-inhas. Seja lá como for, o que está fora de dúvida é que o plural é açõesinhas ou açõezinhas, coraçõesinhos ou coraçõezinhos, e não coraçãozinhos, açãozinhas” [MBa.4, 226-227]. Oiticica [JO.3, 89] ainda acha que o normal seria florinhas, florzinhas, que a língua padrão evita, mas que têm adoções eventuais em bons escritores: “contam os seus amigos que, quando na mocidade frequentava noturnamente os barzinhos da Lapa...” [MB.1, II, 493]. A razão do emprego de formas plurais barzinhos, colherzinhas se prende ao fato de que com sufixos outros não ocorre o plural das duas unidades florinha Õ florinhas. q ) Plural das palavras substantivadas – Qualquer palavra, grupo de palavras, oração ou texto pode substantivar-se, isto é, passar a substantivo, que, tomadas materialmente, isto é, como designação de sua própria forma externa, valem por um substantivo masculino e singular: o sim, o não, o quê, o pró, o contra, o h, Peras é feminino, Os homens é o sujeito da oração. Tais palavras vão normalmente ao plural: os sins, os nãos, os quês, os prós, os contras, os hh (agás) Enquadram-se neste caso os nomes que exprimem número, quando aludem aos algarismos. Na sua caderneta há três setes e dois oitos. Tire a prova dos noves. Há dois quatros a mais e três onzes a menos nessas parcelas. Fazem exceção os terminados em -s (dois, três, seis), -z (dez) e mil, que são invariáveis. Quatro seis e cinco dez. r ) Plural cumulativo – Alguns nomes possuem duas formas: uma, básica, singular e outra flexionada em plural que passa a valer como se singular fora: ananá ananás eiró (iró) eirós (irós) filhó filhós ilhó ilhós lilá lilás o ananá, os ananás; o lilá, os lilás. Observação: Cós fica invariável ou tem plural cumulativo coses. Passando a forma plural a ser empregada como um singular (o ananás, o lilás, etc.), por semelhança de singulares em -ós (retrós, por exemplo), admite um novo plural, chamado cumulativo, por esquecimento da etapa de pluralização: o ananás, os ananases; o eirós, os eiroses; o filhós, os filhoses; o ilhós, os ilhoses; o lilás, os lilases. s) Plural nos etnônimos – Etnônimo é o nome que se aplica à denominação dos povos, das tribos, das castas ou de agrupamentos outros em que prevalece o conceito de etnia. Estes nomes utilizados na língua comum admitem a forma plural, como todos os outros: os brasileiros, os portugueses, os espanhóis, os botocudos, os tupis, os tamoios, etc. Por convenção internacional de etnólogos, está há anos acertado que, em trabalhos científicos, os etnônimos que não sejam de origem vernácula ou nos quais não haja elementos vernáculos não são alterados na forma plural, sendo a flexão indicada pelo artigo plural: os tupi, os nambiquara, os caiuá, os tapirapé, os bântu, os somáli, etc. t) Plural dos nomes compostos – Merece especial atenção o plural dos nomes compostos, uma vez que as dúvidas e vacilações são frequentes. A questão envolve dificuldades de ordem ortográfica (uso ou não do hífen) e de ordem gramatical. Torna-se imperiosa uma sistematização que venha pôr simplificação ou minorar as dúvidas ainda existentes, mesmo com as últimas propostas do Acordo Ortográfico. Sem pretendermos esgotar o assunto, apresentamos os seguintes critérios:A – Somente o último elemento varia: 1) nos compostos grafados ligadamente: fidalgo fidalgos girassol girassóis lenga-lenga lenga-lengas madressilva madressilvas pontapé pontapés vai-vem vai-vens zum-zum zum-zuns 2) nos compostos com as formas adjetivas grão, grã e bel: grão-prior grão-priores grã-cruz grã-cruzes bel-prazer bel-prazeres 3) nos compostos de tema verbal ou palavra invariável seguida de substantivo ou adjetivo: furta-cor furta-cores beija-flor beija-flores abaixo-assinado abaixo-assinados alto-falante alto-falantes vice-rei vice-reis ex-diretor ex-diretores ave-maria ave-marias 4) nos compostos de três ou mais elementos, não sendo o 2.º elemento uma preposição: bem-te-vi bem-te-vis 5) nos compostos de emprego onomatopeico em que há repetição total ou parcial da primeira unidade: reco-reco reco-recos tique-taque tique-taques B – Somente o primeiro elemento varia: 1) nos compostos onde haja preposição, clara ou oculta: cavalo-vapor (= de, a vapor) cavalos-vapor ferro de abrir lata ferros de abrir lata mula sem cabeça mulas sem cabeça pé de moleque pés de moleque 2) nos compostos de dois substantivos, onde o segundo exprime a ideia de fim, semelhança, ou limita a significação do primeiro: aço-liga aços-liga navio-escola navios-escola (= para escola) manga-rosa mangas-rosa (= semelhante a rosa) peixe-boi peixes-boi salário-família salários-família C – Ambos os elementos variam: 1) nos compostos de dois substantivos, de um substantivo e um adjetivo ou de um adjetivo e um substantivo: amor-perfeito amores-perfeitos cabra-cega cabras-cegas carta-bilhete cartas-bilhetes decreto-lei decretos-leis gentil-homem gentis-homens guarda-civil guardas-civis guarda-mor guardas-mores lugar-comum lugares-comuns salário-mínimo salários-mínimos segunda-feira segundas-feiras Observação: lugar-tenente faz o plural lugar-tenentes. 2) nos compostos de temas verbais repetidos: corre-corre corres-corres ruge-ruge ruges-ruges Observação: Os compostos incluídos neste caso também admitem a flexão adotada pelos nomes de A, 3): corre-corres, ruge-ruges.