Buscar

Correntes Polarizadas na Estética

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Conteudista: Prof.ª M.ª Ana Claudia Cunha 
Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites 
 
Objetivos da Unidade:
Conceituar as correntes polarizadas;
Entender as interações das correntes polarizadas com tecido biológico;
Conhecer as técnicas das correntes polarizadas, tais como: eletrolifting, ionização e desincruste;
Compreender os efeitos fisiológicos, indicações e contraindicações e a correta técnica de aplicação.
˨ Contextualização
˨ Material Teórico
˨ Material Complementar
˨ Referências
Correntes Polarizadas
As correntes elétricas têm sido usadas como propostas terapêuticas por centenas de anos. Primeiramente para a área da medicina e da fisioterapia, e nas últimas
décadas para a melhoria da qualidade de vida, manutenção da saúde e da beleza. Hoje os equipamentos elétricos de alta tecnologia fazem parte de todo o
estabelecimento que cuida da prevenção, da manutenção e da beleza, levando à necessidade de o profissional estar sempre atualizado com as novidades que
aparecem no mercado da estética.
A eletroterapia tem como definição o uso das correntes elétricas para fins terapêuticos, ou seja, o uso dos equipamentos para tratar, prevenir ou retardar, as
disfunções estéticas faciais, corporais e capilares.
Conhecer os tipos de correntes utilizados na estética, bem como suas interações com o tecido biológico e seus efeitos fisiológicos é de suma importância para te
auxiliar na conduta terapêutica mais assertiva, otimizando assim os seus resultados.
Todo o conhecimento adquirido nesta Unidade de estudos será utilizado na hora de eleger sua conduta de tratamento para as disfunções estéticas faciais,
corporais e capilares.
1 / 4
˨ Contextualização
Introdução
A disciplina de recursos eletroterápicos aplicados à estética tem como objetivo abordar os equipamentos utilizados em estética para os tratamentos das diversas
disfunções estéticas faciais, corporais e capilares.
Iniciaremos, nesta Unidade I, conceituando as correntes polarizadas e abordando os recursos eletroterápicos que se utilizam dela como: ionização, desincruste e
eletrolifting.
Abordaremos também a forma correta de se executar essas técnicas, bem como seus efeitos fisiológicos suas indicações e contraindicações.
Por fim, para auxiliar na compreensão deste conteúdo, iniciaremos abordando os conceitos básicos das correntes elétricas.
Corrente Elétrica
Gerando Corrente Elétrica 
Vamos entender como são geradas as correntes elétricas?
A corrente elétrica produzida pelas pilhas e as baterias transformam energia química em energia elétrica e geram corrente elétrica contínua. 
A corrente elétrica produzida pelos alternadores nas centrais hidrelétricas transforma energia mecânica em energia elétrica e gera corrente elétrica alternada.
Elementos da Corrente Elétrica 
Numa corrente elétrica devemos considerar três aspectos:
2 / 4
˨ Material Teórico
Voltagem (tensão): é a diferença entre a quantidade de elétrons existentes entre as extremidades de um
condutor. A voltagem é medida em volts (em homenagem ao físico italiano Alexandre Volta) que é a
unidade internacional de medida da tensão elétrica;
Resistência: é a dificuldade que o condutor oferece à passagem da corrente elétrica. Representamos a resistência pela letra grega (W);
Intensidade: é o número de elétrons que circula por um condutor numa determinada unidade de tempo. A intensidade é medida em Ampère (A)
no SI em homenagem ao físico e matemático francês André-Marie Ampère (1775-1836).
Eletricidade na Estética
A eletricidade pode ser utilizada para diversos fins na vida cotidiana, mas quando ela é aplicada em tecidos biológicos é necessário analisarmos as propriedades
elétricas dos tecidos, que é denominada eletricidade biológica ou bioeletricidade. 
Desde o século XVIII, Luigi Galvani comprovou que os tecidos biológicos eram condutores de eletricidade ao encostar fios elétricos na patinha de uma rã. 
De lá para cá, muitas descobertas foram feitas e hoje sabemos que as células vivas dependem da atividade elétrica para a sua própria existência e os tecidos são
constituídos por essas células.
 Assim, podemos concluir que todos os tecidos possuem uma atividade elétrica. Existem algumas diferenças entre a eletricidade aplicada para fazer uma
geladeira funcionar e a eletricidade aplicada em tecidos biológicos. 
Mas os tecidos obedecem às mesmas leis, e usam as mesmas unidades como, por exemplo, voltagem, capacitância, fluxo de corrente e resistência. 
Uma das principais diferenças é que os tecidos biológicos usam os íons para o movimento de suas cargas e operam em meio úmido e salino, enquanto os
sistemas elétricos e eletrônicos usam os elétrons e operam em meio seco. Essa característica dos tecidos biológicos é denominada um corpo eletrolítico. 
O organismo humano é composto por diferentes tipos de tecidos que variam seu grau de condutividade, sendo que os melhores condutores são os que possuem
maior quantidade de água, pois essa substância possui muitos íons dissolvidos em sua solução. Em contrapartida, alguns tecidos geram uma resistência à
passagem da corrente elétrica, ou seja, não são bons condutores. A essa resistência do tecido damos o nome de impedância. 
Veja na tabela quais tecidos são bons condutores:
Tabela 1 – Tecidos e sua Condutibilidade
Pouco condutores Condutores médios Bons condutores
Osso Pele úmida Sangue
Gordura Tendões Linfa 
Pele seca Fáscias grossas Líquidos corporais 
Pelos Cartilagens Músculos 
Unhas Vísceras 
Importante! 
A intensidade de uma corrente elétrica é diretamente proporcional à voltagem, isto é, quanto maior for a voltagem, maior é a intensidade.
Isso ocorre de forma inversamente proporcional à resistência, quanto maior for a resistência, menor será a intensidade.
___________________ Tecido nervoso 
Alguns fatores interferem na impedância corporal, são eles:
Quando aplicado de forma correta, essa interação das correntes elétricas com o nosso corpo desencadeia efeitos fisiológicos que resultam nos efeitos
terapêuticos de acordo com objetivo do tratamento, são eles:
Propriedades Elétricas das Células
Para a melhor compreensão da capacidade que a corrente elétrica tem de alterar a polaridade de membrana celular, a seguir algumas características elétricas das
células.
A membrana da célula é semipermeável e separada por duas soluções de distintas composições iônicas:
Presença de pelos na região; 
Má circulação sanguínea;
Desidratação da pele;
Qualidade do condutor utilizado.
Vasodilatação passiva decorrente da histamina (inibição de noradrenalina);
Ionização através da alteração da polaridade da membrana favorecendo permeabilidade da membrana celular;
Contração muscular por meio da eletroestimulação;
Pode provocar efeitos analgésicos por interferir na ação de neurotransmissores;
Reparo tecidual através do aumento do metabolismo celular, síntese de ATP.
O meio intracelular é eletronegativo;
O meio extracelular é eletropositivo.
Figura 1 – Membrana celular e potencial elétrico
Como você pode observar, as celular possuem eletricidade, ou seja, polaridades que se alternam a partir de um potencial elétrico específico.
Quando em repouso, o meio intracelular é eletronegativo e o meio intracelular é eletropositivo.
Campo Elétrico
É o local em que existem partículas carregadas (+) positivas e (-) negativas.
Potencial Elétrico
Quantidade de eletricidade de que um corpo está carregado. Sua unidade de medida, no SI (Sistema Internacional de Medidas), é denominada Volts (V), em
homenagem ao físico italiano Alessandro Volta. Todas as células possuem potencial elétrico que varia de - 5 mv até - 90 mv. A normalização do potencial elétrico
da membrana atua como normalizador da atividade funcional da célula.
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Leitura 
Electrical Aspects of Skin as a Pathway to Engineering Skin Devices
https://aip.scitation.org/doi/10.1063/5.0064529
Generalidades da Eletricidade
A eletricidade está presente na vida cotidiana de todos nós: em lâmpadas,
rádios, TV, geladeiras e muitas outras coisas que fazem parte do nosso dia a dia. Mas o
interessante é que nós não conseguimos ver nem ouvir a eletricidade, só conseguimos ver o que a eletricidade é capaz de realizar: a luz da lâmpada acesa, o som
do rádio ou da televisão etc. O nome eletricidade vem dessa época, pois elétron era o nome do âmbar em grego antigo.
Condutores e Isolantes de Eletricidade
Condutores de Eletricidade
São os meios materiais nos quais há facilidade de movimento de cargas elétricas, devido à presença de “elétrons livres”. Ex.: fio de cobre, alumínio, entre outros.
Isolantes de Eletricidade
São os meios materiais nos quais não há facilidade de movimento de cargas elétricas. Ex.: vidro, borracha, madeira seca etc.
Condutores Metálicos/Eletrolíticos 
Quando o condutor é “metálico”, as cargas livres que se deslocam são elétrons. Quando as cargas livres forem íons, o condutor é “eletrolítico”.
Impedância
Termo para designar a oposição gerada pelo organismo à passagem da corrente elétrica em geral.
Intensidade da Corrente Elétrica na Eletro Estética
 A unidade de medida da intensidade na corrente elétrica é expressa no SI, é o ampère (A). 
Submúltiplos do ampère mais comuns são:
Corrente Polarizada ou Corrente Contínua (CC).
A Corrente Contínua (CC) tem sido denominada tradicionalmente como “Corrente Galvânica”. Esse tipo de corrente mantém o fluxo unidirecional contínuo ou
ininterrupto de partículas carregadas.
Miliampère (mA) 1mA = 10-3 A;
Microampère (mA) 1mA = 10-6 A.
Figura 2 – Gráfico de corrente contínua
A corrente contínua ao ser introduzida em uma solução eletrolítica aquosa, contendo íons carregados positivamente e negativamente (cátions e ânions
respectivamente), forma um campo elétrico. 
Verifica-se que os movimentos desses íons ocorrem em direções opostas. Isto é, ânions movem-se na direção do eletrodo carregado positivamente (ânodo) e os
cátions migram na direção do eletrodo carregado negativamente (cátodo). 
O movimento de cada tipo de íons na solução com essa corrente ocorre em um ritmo fixo. A migração de íons ou moléculas carregadas eletricamente, quando
expostas a uma CC, desencadeiam uma ação chamada de eletroforese, que é à base da iontoforese, uma técnica utilizada na estética para conduzir cosméticos
carregados eletricamente através da pele. 
Corrente Contínua (CC) é aquela em que, aplicada em um campo eletrolítico, os íons movimentam-se em direções opostas. Isto é, ânions movem-se na direção do
eletrodo carregado positivamente (ânodo) e os cátions migram na direção do eletrodo carregado negativamente (cátodo). 
Tabela 2 – Resumo dos efeitos fisiológicos da corrente polarizada
Polo Positivo (Ânodo) Polo Negativo (Cátodo)
Reação ácida Reação alcalina
Liberação de oxigênio Liberação de hidrogênio
Polo Positivo (Ânodo) Polo Negativo (Cátodo)
Repulsão de íons positivos Repulsão de íons negativos 
Vasoconstrição Vasodilatação 
Sedação Excitação 
Desidratação Hidratação 
A corrente contínua (CC) pode ser aplicada na estética por meio de várias técnicas: Iontoforese ou ionização, Desincruste e Eletrolifting /galvanopuntura. 
Iontoforese
A iontoforese ou a ionização é uma técnica que se utiliza para a introdução de determinadas substâncias através da pele, podendo ser fármacos ou ativos
cosméticos, utilizando dois eletrodos, sendo um polo positivo e um polo negativo. A corrente contínua, nesta técnica, atua como veículo para o transporte de uma
substância que é o agente terapêutico estético. 
Figura 3 – Ionização
A Figura 3 representa os íons se deslocando de acordo com a polaridade do eletrodo.
Princípios Básicos para a Aplicação
Vejamos a seguir os fatores que influenciarão na técnica de aplicação.
Estado da Pele
A pele tem que estar limpa e isenta de qualquer substância que impeça a condutividade elétrica (produtos de higienização, esfoliantes, cremes etc.). 
Substância
Existe uma grande variedade de substâncias que podem ser utilizadas no âmbito da iontoforese. Um dos principais fatores para que este processo ocorra é que a
substância a ser utilizada seja eletrolítica, isto é, se dissocie em íons. Cabe ao fabricante do produto, indicar qual a polaridade iônica da substância, para que se
possa eleger o eletrodo (positivo ou negativo) corretamente.
Eletrodo Ativo e Eletrodo Passivo
É considerado eletrodo ativo aquele que se utiliza para repelir substâncias iônicas com cargas iguais. Considera-se eletrodo passivo aquele que fecha o circuito, e
é oposto ao ativo.
Cargas elétricas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem.
Figura 4 – Eletrorepulsão e Eletroatração
Tipos de Acessórios
Acessórios de diversos tamanhos e modelos, por exemplo, rolinhos, esferas, ponteiras, placas, entre outros, que fazem parte dos equipamentos. Essas peças são
acopladas aos eletrodos para a execução da técnica. O mais importante é que a peça tenha uma correta adaptação à superfície do local em que se está
trabalhando. 
Intensidade
A intensidade varia de acordo com o tamanho da peça que se está utilizando, podendo ser miliampère (mA) ou microampère (mA). Geralmente o fabricante indica a
intensidade máxima que se pode utilizar em cada peça. A intensidade também pode variar de acordo com o local, o estado (preparo) e o grau de umidade
(hidratação ou desidratação) da pele e sensibilidade do cliente.
Tempo
O tempo depende do tamanho da peça que se está utilizando para fazer a iontoforese. O importante é que esse movimento seja o mais lento possível.
Desincruste
Desincruste é uma reação química que ocorre através de uma solução (sal), do sebo e da corrente contínua. O objetivo dessa técnica é emulsionar o sebo da pele
por meio do processo eletroquímico que associa a corrente contínua com a ação do sódio, promovendo a retirada do excesso da oleosidade e do sebo da pele.
Técnicas de Aplicação
Segundo Borges (2006), a partir da eletrólise da solução promovida pela corrente elétrica, existem duas técnicas que podem ser utilizadas no processo de
desincrustração da pele, são elas:
Saiba Mais 
É importante calibrar a intensidade com relação ao tamanho da peça e o local a ser trabalhado. Caso a intensidade e o tempo forem
superiores à impedância da pele poderá desencadear uma lesão (queimadura química).
Indicações:
Hidratação/Nutrição;
Revitalização.
Contraindicações:
Portadores de marca passo;
Gestantes;
Pessoas com neoplasias;
Epiléticos;
Cardiopatas descompensados;
Pessoas com implantes metálicos na região.
Eletrodo ativo e solução com a polaridade inversa: neste caso, o sódio presente no algodão do eletrodo ativo
entra em contato com o sebo da pele. Pelo fato de os íons de sódio apresentarem polaridade positiva,
são atraídos pelo eletrodo, que é negativo, fixando-se ao algodão;
Eletrodo ativo e solução com polaridades iguais: neste caso, inicialmente a eletrólise isola o sódio que entra em contato
com a pele, produzindo o processo de saponificação, em seguida, inverte-se a polaridade, dessa forma, a
corrente elétrica atrairá a solução desincrustante que foi agregada às sujidades da pele.
Eletrolifting/Galvanopuntura
Essa técnica tem sido utilizada ao longo dos anos nos procedimentos para atenuar linhas e rugas faciais recebendo o nome de eletrolifting, e nas estrias,
recebendo o nome de galvanopuntura ou microgalvanopuntura (por se tratar de uma corrente galvânica com parâmetros em microamperes). Apesar do nome ser
diferente para as duas técnicas, tanto na ação quanto na metodologia para a sua aplicação, não existem diferenças. 
A técnica Eletrolifting/Galvanopuntura utiliza a corrente contínua ou polarizada, na qual o polo negativo é o ativo em que se vai trabalhar utilizando um micro
eletrodo. O polo positivo é o passivo e deve estar próximo ao local que se vai atuar, fechando um campo elétrico. No polo positivo, é colocado um eletrodo que pode
ter o formato de um cilindro ou uma placa.
Efeitos Fisiológicos
Os fundamentos dos efeitos fisiológicos dessa técnica estão baseados na capacidade
que a corrente possui de provocar um processo denominado eletrólise, que
conduz à formação de um tecido fibroso e ao preenchimento dos espaços tratados, principalmente no relevo cutâneo, por meio do aumento da atividade
metabólica celular, de uma reativação dos fibroblastos, juntamente com os processos do autorreparo tecidual.
Técnica de Aplicação
A pele deve estar completamente limpa, livre de creme ou produto que impeça a condutividade.
Ainda sobre a técnica de aplicação, o eletrodo ativo deve ser envolvido com algodão embebido em alguma substância desincrustante, sem
que as partes metálicas entrem em contato com a pele, para que não haja queimaduras. Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente
sobre a região da pele a ser tratada;
Tempo de aplicação: 3 a 5 minutos;
Intensidade: de acordo com sensibilidade do paciente. Ao realizar a técnica, você deve ir aumentando devagar e pedindo o feedback para o
paciente;
Intervalo de aplicação: de 15 a 20 dias;
Indicação: 
Peles oleosas; 
Tratamento de oleosidade no couro cabeludo;
Contraindicações:
Portadores de marca passo;
Gestantes;
Pessoas com neoplasias;
Epiléticos;
Cardiopatas descompensados;
Pessoas com implantes metálicos na região.
 Fazer uma microesfoliação no local diminuindo a impedância do tecido. 
Caso a pele esteja muito ressecada, realize uma hidratação no local para aumentar a condutividade da pele.
Método de Aplicação 
O método aplicado pode ser o de fricção, em que o micro eletrodo deve ser deslizado de maneira constante no local a tratar até produzir hiperemia. Minutos após a
aplicação, se restabelece uma hiperemia devido à vasodilatação provocada pela corrente. Esse micro edema será reabsorvido em um período variável, podendo ter
a duração de 2 a 6 dias. Não se deve aplicar nenhum agente calmante, descongestionante ou anti-inflamatório, isto é, nada que diminua a hiperemia. 
Outra técnica de aplicação consiste em realizar as punturações com a agulha que deve ser introduzida nas camadas intermediárias da epiderme. Em relação à
intensidade da corrente, recomenda-se o uso de 70 a 100 microamperes, esses valores podem variar de acordo com a sensibilidade individual de cada paciente
(BORGES, 2010).
Dependendo da profundidade e largura das estrias, a escolha da técnica de aplicação mudará. 
Em se tratando de estrias finas, a punturação da pele deve ser realizada de forma perpendicular. Nessa técnica, a agulha é inserida na pele de forma vertical à
estria, em toda extensão do sulco ou estria, com profundidade de aproximadamente 1 mm.
 Já na técnica linear, a agulha deve ser inserida de forma oblíqua à pele, em movimentos circulares de levantamento, e sua profundidade deverá ser de
aproximadamente 2 a 3 mm, indicada para estrias de espessura e profundidades média.
Já no caso das estrias espessas e mais profundas, a inserção da agulha é realizada sobre as bordas do sulco, alternando-se os lados de forma oblíqua. Outra
forma é a agulha levantar toda a superfície da pele indo de uma borda à outra, sem, no entanto, penetrar abaixo da epiderme. O levantamento da pele deve
permanecer por aproximadamente 2 segundos, promovendo a distensão do tecido e aumentando o tempo de contato com a corrente, aumentando assim a
resposta desejada.
Ainda em relação à técnica de aplicação, o eletrodo ativo deve estar na polaridade negativa e o eletrodo passivo (fecha o circuito) na polaridade positiva.
Por se tratar de uma técnica que faz punturações na pele, ou seja, micro furos, todos os cuidados de biossegurança devem ser tomados, são eles:
Indicação:
Tempo de aplicação: depende da necessidade do local;
Intensidade: a intensidade utilizada para essa técnica é medida com parâmetro que varia de 0,15 a 0,90 microampères.
Uso correto dos EPIS (Equipamentos de proteção individual);
Antissepsia da pele com clorexidina 5% ou álcool 70%;
As agulhas são descartáveis e de uso individual;
Devem ser descartadas no coletor específico para este fim.
Estrias atróficas.
Contraindicações:
Algumas recomendações /orientações ao paciente são importantes para garantir os melhores resultados, são elas:
Portadores de marca passo;
Gestantes;
Pessoas com neoplasias;
Epiléticos;
Cardiopatas descompensados;
Pessoas com implantes metálicos na região;
Portadores de queloide;
Pacientes com estrias hipertróficas.
Saiba Mais 
Existem alguns cuidados que devemos tomar ao realizar a técnica, são eles:
Pacientes que fazem uso de corticoides ou anti-inflamatórios não devem se submeter à técnica, pois os medicamentos citados inibem a
resposta inflamatória, comprometendo os resultados.
Recomenda-se o uso do fotoprotetor nas áreas onde foi realizada a técnica para evitar as manchas.
Atenção aos pacientes de fototipos alto, pois existe o risco de hiperpigmentação.
No dia na sessão, estar vestido com roupas confortáveis;
Caso as estrias estejam em partes do corpo que se exponham ao sol, como braços por exemplo, passar protetor solar;
Não aplicar nada na área que não seja indicado pelo profissional;
Após o terceiro dia, você pode indicar um cosmético que auxilie na recuperação, regeneração da pele.
Chegamos ao final da Unidade I, nela aprendemos que a corrente polarizada também é chamada de corrente contínua ou galvânica e que sua interação com o
corpo humano desencadeia uma série de efeitos fisiológicos, e é por isso que esse tipo de corrente é muito utilizada na eletroterapia em procedimentos faciais,
corporais e capilares.
Aprendemos também quais as técnicas que derivam da corrente polarizada, bem como suas indicações, contraindicações e modo de uso.
Importante! 
Recomendações gerais no uso dos equipamentos: Ao manipular qualquer equipamento que esteja recebendo uma corrente elétrica, é
necessário tomarmos algumas medidas de precaução, como:
Possuir amplos conhecimentos sobre o aparelho a ser utilizado;
Escolher aparelhos de empresas idôneas que fabriquem ou comercializem os aparelhos;
Escolher empresas que ofereçam assistência técnica adequada para utilização e manutenção do produto;
Na compra de aparelhos usados, observar seu estado geral de conservação (riscos, batidas, fios emendados, falta de botões) e levá-los à
assistência técnica para uma revisão completa;
Antes de utilizar o aparelho, leia com atenção o manual de utilização fornecido pelo fabricante, eliminando toda e qualquer dúvida em relação
ao aparelho;
Verificar se a tomada que utilizará apresenta a mesma tensão solicitada pelo fabricante;
Antes de ligar o aparelho, verifique se todos os fios, cabos, eletrodos ou acessórios estão devidamente conectados e se todos os botões,
controles, indicadores estão "zerados" ou indicando o que recomenda o fabricante;
O local de instalação da cabine de estética deve obrigatoriamente levar em conta as condições da rede elétrica da construção;
Analisar quantos ambientes utilizarão corrente elétrica, incluindo salas, recepção, copa, banheiros etc., bem como quais aparelhos serão
ligados em cada ambiente;
Anote a potência (WATTS) de cada aparelho, normalmente fornecida pelo fabricante na placa de identificação ou no manual;
Interruptores, tomadas, quadro de força, lâmpadas etc. devem estar em bom estado de conservação, e nunca mal fixados, soltos, trincados,
quebrados, pois, nesse caso, poderão provocar acidentes, pois são constantemente manuseados;
Anote a potência (WATTS) de cada aparelho, normalmente fornecida pelo fabricante na placa de identificação ou no manual;
Interruptores, tomadas, quadro de força, lâmpadas etc. devem estar em bom estado de conservação e nunca mal fixados, soltos, trincados,
quebrados, pois nesse caso poderão provocar acidentes, pois são constantemente manuseados.
Espero que tenha gostado e compreendido os conteúdos desta Unidade, caso sinta necessidade, retome os estudos e acessem os materiais complementares
indicados aqui.
Até o nosso próximo assunto!
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Livro  
Dermato Funcional: Modalidades Terapêuticas
nas Disfunções Estéticas  
BORGES, Fábio Dos Santos. Dermato Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte Ltda.
  Vídeo  
Como Usar o Neurodyn Esthetic – Ibramed  
O vídeo de treinamento aborda as técnicas de corrente polarizada com demonstração da prática.
  Leitura  
3 / 4
˨ Material Complementar
Como Usar o Neurodyn Esthetic – Ibramed
https://www.youtube.com/watch?v=NpLg3mp41zE
Microgalvanopuntura no Tratamento de Estrias – Revisão Sistemática de Literatura 
Trata-se de uma revisão sistemática sobre a microgalvanopuntura.
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Os Efeitos da Técnica do Desincruste em Peles Alípicas e Lipídicas 
Artigo que aborda a satisfação dos voluntários ao se submeter à técnica de desincruste.
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
https://doi.org/10.34119/bjhrv3n4-310
http://siaibib01.univali.br/pdf/Anaile%20Pereira,%20Karine%20Kreutzfeld.pdf
BORGES, F. dos Santos. Dermato Funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte Ltda., 2010.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato Funcional. 3. ed. Editora Manole, São Paulo, 2002. 
PEREIRA, M. F. L. Recursos Técnicos em Estética. São Paulo: Difusão, 2013
SCOTT, S. et al. Diatermia. In: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.
SORIANO, M. C. D; PÉREZ, S. C.; BAQUÉS, M. I. C. Electroestética profesional aplicada: teoria, y práctica para la utilización de corrientes en estética. Madrid: Sorisa,
2000.
4 / 4
˨ Referências

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina