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METODOLOGIA CIENTÍFICA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Cristiano Caveião 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nas aulas anteriores foram abordados separadamente todos os 
elementos que compõem um projeto de pesquisa, certo? Falamos sobre 
citações, referências, justificativa, objetivos e muitos outros assuntos. Agora, 
vamos tratar sobre a estrutura do artigo científico, como ele deve ser 
organizado, quais são os elementos que o compõem, o que cada uma das suas 
partes deverá apresentar e, de modo geral, como ele deve ser formatado, 
considerando as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
ABNT NBR 6022:2018 e ABNT NBR 6024:2012 (ABNT, 2012, 2018). Assim, ao 
final desta aula terminaremos tudo o que remete à construção de um projeto de 
pesquisa e, nas próximas aulas, falaremos sobre outros assuntos pertinentes à 
pesquisa. 
TEMA 1 – TÍTULO, NOME DO AUTOR E RESUMO 
Antes mesmo de adentrarmos na estrutura do artigo e no assunto principal 
do nosso tópico (título, nome do autor e resumo), precisamos alertá-los sobre as 
margens, pois as normas da ABNT (2012, 2018) informam que as margens 
devem seguir o padrão de 3 cm nas margens esquerda e superior e 2 cm nas 
margens direita e inferior. Dito isso, vamos ao assunto deste tópico. 
Vocês se lembram de que nós tratamos anteriormente sobre o título? A 
definição do título de um artigo se dá de acordo com a problemática do estudo, 
que por sua vez associa-se à temática do estudo; e, ligado a tudo isso, 
encontramos a justificativa e o objetivo da pesquisa. Com relação à formatação 
do título em um trabalho científico, a abordaremos conforme normas da ABNT 
(2012, 2018), as mais utilizadas no Brasil e nos trabalhos acadêmicos. 
É muito comum o periódico determinar o número de caracteres que um 
título deve ter e ele deve estar centralizado na página, ser digitado em negrito, 
caixa alta e na mesma fonte que o restante do trabalho (vide Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Figura 1 – Modelo de título 
 
Fonte: Elaborado com base em Formatação, 2017. 
A fonte Arial não é a única aceita pela ABNT (2012, 2018), mas é a mais 
comum – pode-se utilizar também a Times New Roman, contanto que o artigo 
mantenha apenas um padrão de fonte. Atente para não as misturar e deixar no 
documento mais de um estilo de fonte, pois isso não é permitido pelas normas, 
ok? 
Com relação ao tamanho da fonte o padrão é a fonte número 12 na 
redação dos elementos textuais. Falando em elementos textuais, vamos 
explicar o que faz parte dos elementos textuais e o que não faz. 
Figura 2 – Os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais de um artigo 
científico 
 
Assim, quando o orientador disser que seu artigo deve ter entre 12 e 15 
páginas de elementos textuais, saiba que essa quantidade de páginas se refere 
Pré-textuais
(antecedem o texto e 
apresentam infomações 
que ajudam na 
identificação do trabalho)
•título
•autor
•resumo
•palavras-chave
•resumo em língua 
estrangeira (opcional)
•palavras-chave em língua 
estrangeira (opcional)
Textuais 
(parte do trabalho em que 
se apresenta a matéria 
sobre a qual ele dispõe)
• introdução
•resultados
•discussão
•metodologia
•conclusão
Pós-textuais 
(parte que vem após o 
texto e que o 
complementa)
•bibliografia
•glossário (opcional)
•apêndice (opcional)
•anexos (opcional)
•agradecimentos 
(opcional)
 
 
4 
basicamente ao desenvolvimento da pesquisa, já que a introdução e a conclusão 
são itens mais curtos, ainda que parte dos elementos textuais. 
Mas, voltando aos itens pré-textuais, logo após o título deve constar o 
nome do autor – prenome seguido do(s) sobrenome(s) –, alinhado à direita e 
com o número de entrada da nota de rodapé, sobrescrito. Na nota de rodapé 
devem-se inserir a titulação do autor, a instituição a que está vinculado e o seu 
e-mail. Nos casos em que há mais de um autor, “[...] os nomes podem ser 
grafados na mesma linha, separados por vírgula, ou em linhas distintas” (ABNT, 
2018). 
Saiba mais 
Apenas nas seguintes situações o tamanho da fonte será alterado para 
10: 
a. citações longas; 
b. notas de rodapé; 
c. paginação; 
d. legendas e fontes das figuras, quadros e tabelas. 
Após o nome do autor vem o resumo. A norma que rege o resumo é a 
ABNT NBR 6028:2003 (ABNT, 2003) e nela consta que o resumo deve ser 
escrito “[...] na terceira pessoa do singular, com o verbo na voz ativa, em 
linguagem clara, concisa e direta” (Resumo, 2016). O resumo é uma síntese do 
trabalho e a sua primeira frase deve ser significativa para atrair a atenção do 
leitor. Configurando-se como uma síntese do que o leitor verá em seguida, é 
primordial que o resumo apresente de forma sucinta a metodologia, o objetivo, 
os resultados e a conclusão da pesquisa. Os itens mencionados devem ser 
descritos textualmente e não em tópicos (Faculdade Jaguariúna, 2016). Quanto 
ao número de caracteres de um resumo, isso dependerá de seu tipo (Figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Figura 3 – Número de palavras que compõem o resumo de um artigo 
 
Fonte: Elaborado com base em Faculdade Jaguariúna, 2016. 
As citações não fazem parte do resumo, visto que ele é uma síntese criada 
pelo autor. Então, não utilize qualquer citação direta ou indireta. 
Com relação à formatação do resumo, ele deve estar em espaçamento 
entre linhas de 1,5 cm e alinhamento justificado, em fonte Arial ou Times New 
Roman tamanho 12 (veja o exemplo na Figura 1). 
Saiba mais 
O espaçamento entre linhas, em todo o texto do artigo, é de 1,5 cm, 
exceto nas notas de rodapé, nas citações diretas longas e nas referências, em 
que se utiliza o espaçamento simples. 
Em seguida ao resumo encontramos as palavras-chave, que são os 
descritores sobre os quais já falamos. As palavras-chave devem vir separadas 
por ponto-final (exemplo: Metodologia. Artigo científico. Pesquisa.) e são as 
palavras que determinam o seu estudo, aquelas que farão com que outros 
autores consigam encontrá-lo no caso de uma busca em uma base de dados. 
Com isso, concluímos os elementos pré-textuais e agora passaremos a 
falar sobre os elementos textuais. 
TEMA 2 – INTRODUÇÃO, JUSTIFICATIVA, OBJETIVO E QUESTÃO 
NORTEADORA 
Nós já vimos as partes que compõem a introdução, mas de forma 
separada: a justificativa, os objetivos e as hipóteses ou questão norteadora da 
pesquisa. Mas, além disso, a introdução deve apresentar uma iniciação do que 
o leitor verá ao longo do artigo, os principais autores consultados (nesse ponto 
Entre 150 a 
500 
palavras
Trabalhos 
acadêmicos Entre 100 a 
250 
palavras
Artigos 
para 
periódicos Sem 
limitação de 
palavras
Resumos 
críticos
 
 
6 
se iniciam as citações) etc., ou seja, na introdução o leitor começará a ter uma 
ideia dos achados iniciais da pesquisa, pois você irá descrever o que se sabe 
sobre o tema que escolheu e o que pretende descobrir a respeito. Vale destacar 
que, em um projeto de pesquisa, esses tópicos são abordados de forma 
separada; já em um artigo, esses elementos (justificativa, objetivo, hipóteses ou 
questão norteadora) fazem parte da introdução. É a ABNT NBR 6022:2018 que 
norteia a produção de um artigo para quais são os elementos da introdução e 
nela consta que, inicialmente, se deve apresentar a delimitação do tema, os itens 
mencionados, com o objetivo do estudo por último (ABNT, 2018). 
Com relação à formatação da introdução, ela não se difere do restante do 
artigo, ou seja, fonte Arial (mais utilizada) ou Times New Roman 12, 
espaçamento entre linhas de 1,5 cm, recuo especial do parágrafo relativo a um 
tab (1,25 cm), sem qualquer outro espaçamento entre parágrafos (Figura 4). 
Figura 4 – Modelo de formatação do texto de um artigo 
 
 
A questão norteadora, a justificativa e o objetivo da pesquisa nós vimos 
anteriormente, mas, como elas contemplam a introdução, então vale a pena 
relembrar os seus pontos principais, por meio do esquema da Figura 5. 
EXEMPLO CORRETO:É a ABNT NBR 6022:2018 que norteia a produção de um artigo 
para quais são os elementos da introdução e nela consta que, 
inicialmente, se deve apresentar a delimitação do tema, os itens 
mencionados, com o objetivo do estudo por último. 
Com relação à formatação da introdução, ela não se difere do 
restante do artigo, ou seja, fonte Arial (mais utilizada) ou Times New 
Roman 12 [...]. 
 
EXEMPLO INCORRETO: 
É a ABNT NBR 6022:2018 que norteia a produção de um artigo para 
quais são os elementos da introdução e nela consta que, inicialmente, 
se deve apresentar a delimitação do tema, os itens mencionados, com 
o objetivo do estudo por último. 
Com relação à formatação da introdução, ela não se difere do restante 
do artigo, ou seja, fonte Arial (mais utilizada) ou Times New Roman 12 
[...]. 
Início sem 
recuo do 
parágrafo 
Início com recuo 
do parágrafo 
Com 
espaçamento 
outro entre os 
parágrafos 
 
Sem 
espaçamento 
outro entre os 
parágrafos 
 
 
 
7 
Figura 5 – Questão norteadora, justificativa e objetivo da pesquisa 
 
Diante disso, concluímos os itens que compõem a introdução e vamos 
passar a abordar o método, que faz parte dos elementos textuais de um artigo 
científico. 
TEMA 3 – MÉTODO 
A metodologia pretende apontar a forma como o autor realizou o seu 
estudo. Por isso, é preciso que todas as etapas da pesquisa sejam contempladas 
nesse item. Assim, na descrição dos métodos do artigo científico é preciso 
abranger tudo o que se refere à metodologia utilizada no estudo, ou seja, o tipo 
de pesquisa, o tipo de abordagem, as técnicas de coleta de dados, o período de 
coleta de dados ou o recorte temporal da bibliografia consultada, incluindo as 
questões envolvendo a população e as amostras e informando-se os critérios de 
inclusão e exclusão das amostras, conforme consta no exemplo de metodologia 
do estudo fornecido por Pinafo et al. (2020, p. 1.621-1.622, grifos nossos): 
Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa desenvolvida com 
trabalhadores que compõem a equipe gestora de MPP da 
macrorregião norte do Paraná, da qual fazem parte a 16ª, 17ª, 18ª, 
19ª e 22ª Regional de Saúde (RS). Nesta macrorregião 84,5% dos 
municípios são classificados como de pequeno porte e no Paraná, dos 
399 municípios, 312 (78,1%) são MPP. 
Foram selecionados 55 representantes das equipes gestoras que 
se destacaram no desenvolvimento das atividades de gestão, 
Tema
• é o assunto que se pretende discutir
• deve delimitar um assunto específico, pois é inviável escrever sobre um assunto 
geral e conseguir abordar tudo que o rodeia
Problema
• é o ponto que irá direcionar a sua pesquisa
• é feita a pergunta para a qual não se tem a resposta, na literatura existente
Objetivo
• tendo a problemática, já se tem o objetivo, pois ele será o item a ser respondido, 
ou seja, é a busca pela solução da problemática
Justificativa
• é o motivo que levou o autor a escrever sobre o tema escolhido
• não pode ser pessoal e sim algo que tenha relação com a sociedade, afinal, sua 
pesquisa será elaborada com uma problemática cuja solução deve beneficiar a 
sociedade
 
 
8 
obtidos por uma amostra de conveniência de cada RS, identificados a 
partir de entrevistas com informantes-chave das regionais de saúde. A 
coleta de dados ocorreu por meio de cinco grupos operativos, um 
em cada RS, do qual participaram os selecionados, variando entre 10 
e 18 pessoas por região, durante o período de abril a junho de 2015. 
Os grupos foram conduzidos a partir de um roteiro contendo questões 
que versavam sobre os tipos de problema presentes nos municípios e 
as estratégias de gestão utilizadas para o enfrentamento destes. 
Do material empírico produzido foi realizada análise compreensiva e 
interpretativa. Primeiramente, foi realizada leitura horizontal e 
exaustiva dos textos produzidos. Esse exercício inicial, também 
chamado de “leitura flutuante”, permitiu apreender as ideias 
centrais dos atores sociais, os momentos-chave e suas posturas 
sobre o tema19. Em um segundo momento, foi realizada a leitura 
transversal do material, identificadas as unidades de sentidos, 
buscando perceber as conexões entre essas20. 
Após essa fase, num segundo momento, foi feita a síntese desta 
classificação, agrupando-as em categorias empíricas, buscando 
compreender e interpretar o que foi mais relevante20. A análise foi 
realizada à luz do referencial teórico do jogo social de Carlos Matus. 
Para a garantia do anonimato dos participantes, as falas foram 
codificadas por letras do alfabeto e por números. Primeiramente, os 
grupos foram denominados pela letra “G”, e em seguida pela letra 
inicial da regional a que pertencia (A, C, L, J, I) e conforme as falas 
foram surgindo, foram designados por números sequenciais (1, 2, 3, 
4...). 
[...] A pesquisa respeitou as normas relativas a pesquisas que 
envolvem seres humanos, conforme Resolução n° 466/2012 do 
Conselho Nacional de Saúde e foi submetida e aprovada pelo 
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade a que estão filiados 
os pesquisadores, em 14/09/2012. 
Veja que, no primeiro trecho grifado, os autores mencionam o tipo de 
abordagem realizada e, logo em seguida, a população e a amostra que 
estudaram, explicando detalhadamente como foi feita a escolha dessa amostra 
(Pinafo et al., p. 1.621). Observe também que, mesmo na metodologia, os 
autores fazem uso de citação, pelo modelo de Vancouver, com numeração das 
referências, que pode ser identificada no texto pelos números sobrescritos 19 e 
20 (Pinafo et al., p. 1.622). 
Posteriormente, os autores mencionam a coleta de dados e detalham 
como ela foi realizada – citam que utilizaram um roteiro para essa coleta – e o 
período de duração da pesquisa. Por fim, informam que realizaram pesquisas e 
exaustivas leituras (o que compreende a etapa de análise de dados) e, para 
concluir a parte dos métodos, mencionam a questão ética da pesquisa, 
informando que submeteram o estudo ao comitê de ética (item que ainda 
veremos, em outra aula) (Pinafo et al., 2020, p. 1.622). 
Com relação à formatação, a seção que aborda a metodologia da 
pesquisa segue o mesmo modelo já mencionado. Destacamos apenas que, no 
caso da utilização de tabelas (muito comum na metodologia), estas devem ser 
 
 
9 
mencionadas no texto e logo em seguida inseridas. A formatação das tabelas 
deve seguir a ABNT NBR 10520:2002 (ABNT, 2002), que cita a obrigatoriedade 
de fornecimento da fonte consultada e regra o padrão a ser utilizado (fonte Arial, 
tamanho 10). O nome da tabela deve vir na parte superior e a sua fonte, na parte 
inferior da tabela. 
TEMA 4 – ELABORAÇÃO DE RESULTADOS E DISCUSSÃO 
É na etapa de resultados e discussão que o autor do artigo irá apresentar 
os resultados de sua pesquisa e confrontá-los com o que já existe na literatura, 
mostrando os autores que corroboram com seu achado e aqueles que dele 
discordam, para que, na próxima etapa do artigo, ele possa apresentar qual foi 
a sua conclusão sobre a pesquisa realizada. 
Com relação à formatação, essa parte do desenvolvimento é regida pela 
ABNT NBR 6024:2012, que dispõe sobre a numeração progressiva das seções 
de um documento escrito e cita que o desenvolvimento é a “Parte principal do 
artigo, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. 
Podendo dividir-se em seções e subseções” (ABNT, 2012). 
Saiba mais 
Nos artigos científicos, pode ser exigida a não existência de numerações 
nas seções e subseções, contudo isso é explicado nas normativas das revistas 
científicas quando da abertura do processo de submissão de trabalhos. 
Assim, consta na referida ABNT NBR 6024:2012 que a seção primária é 
a principal divisão de um texto, a secundária seria uma subdivisão (advinda da 
primária), a divisão terciária seria decorrente da secundária e assim 
sucessivamente, conforme demonstra a Figura 6. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Figura 6 – Modelo de numeração de seções e subseções 
 
Fonte: Elaboradocom base em ABNT, 2012. 
A forma de apresentação das seções deve seguir estas especificações: 
a) devem ser utilizados algarismos arábicos na numeração; 
b) deve-se limitar a numeração progressiva até a seção quinária; 
c) o título das seções (primárias, secundárias, terciárias, quaternárias 
e quinárias) deve ser colocado após o indicativo de seção, alinhado à 
margem esquerda, separado por um espaço. O texto deve iniciar em 
outra linha; 
d) ponto, hífen, travessão, parênteses ou qualquer sinal não podem ser 
utilizados entre o indicativo da seção e seu título; 
e) todas as seções devem conter um texto relacionado a elas; 
f) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números 
inteiros a partir de 1; 
g) o indicativo de uma seção secundária é constituído pelo número da 
seção primária a que pertence, seguido do número que lhe for atribuído 
na sequência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo 
processo em relação às demais seções [...]. (ABNT, 2012) 
Itens como errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de tabelas, 
lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumo, sumário, referências, 
glossário, apêndice, anexo(s) e índice devem seguir as mesmas regras de 
formatação (destaque tipográfico das seções), mas não devem ser numerados.
 Elementos de destaque tipográfico como negrito, itálico e caixa alta (letra 
maiúscula) podem ser utilizados, mas devem respeitar as hierarquias das 
seções, ou seja, a de maior destaque deve ser a seção primária, tendo as suas 
subsequentes destaque inferior. 
Com relação às ilustrações (desenhos, gravuras, gráficos, fluxogramas, 
mapas, fotografias ou imagens), muito comuns nos desenvolvimentos, a norma 
que as rege é a ABNT NBR 6022:2018, que menciona que a figura deve constar 
 
 
11 
o mais próximo possível e após a sua citação no texto, cuja fonte deve ser 
inserida imediatamente após a ilustração (ABNT, 2018), conforme demonstra a 
Figura 7. 
Figura 7 – Exemplo de inserção de imagem em artigo científico 
 
Fonte: Elaborado com base em Brasil, 2020. 
Perceba, na Figura 7, que o título e a informação sobre a fonte consultada 
acompanham a margem da ilustração e que o título da ilustração é determinado 
pelo tipo de ilustração, seguido por número arábico (que deve ser sequencial) e 
o respectivo texto do título. 
Saiba mais 
A fonte é item obrigatório nas ilustrações, assim, mesmo que o criador das 
imagens tenha sido o próprio autor, é necessário informar. Assim, a legenda 
ficará: “Figura 1 – Exemplo”. E a fonte: “Fonte: Nome do autor, ano de publicação 
da imagem”. 
 
 
 
 
 
12 
TEMA 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÃO 
Engana-se quem pensa que considerações finais e conclusão são a 
mesma coisa. O termo considerações finais é utilizado quando o artigo é de 
abordagem qualitativa, não exprime uma definição final, o que indica que é 
possível, ainda, proceder a reflexões sobre a pesquisa; já o termo conclusão é 
utilizado nas abordagens quantitativas, que permitem = chegar a um resultado. 
Mas o que deve constar nas considerações finais e na conclusão? É 
nesse ponto que o autor irá responder as hipóteses ou a questão norteadora 
levantada(s) na introdução, por meio de uma síntese daquilo que apresentou ao 
longo do seu estudo. Assim, ele irá descrever se as hipóteses iniciais ou a 
questão norteadora foi(ram) validada(s) ou não e, assim, fazer suas 
considerações sobre o resultado encontrado. 
Saiba mais 
É importante destacar que, nesse momento da conclusão ou das 
considerações finais, não se pode fornecer dados novos, pois toda a informação 
de base deve constar no desenvolvimento do estudo, e sim apontar o que se 
constatou ao longo do estudo. 
Com relação à formatação dessa seção, ela permanece a mesma da do 
restante do trabalho (fonte Arial ou Times New Roman, 12, espaçamento de 1,5 
cm de entre linhas, sem espaçamento entre parágrafos e parágrafos com recuo 
especial de 1,25 cm). 
NA PRÁTICA 
Com base no que foi apresentado nesta aula, prepare um documento, no 
seu editor de texto, com margens, espaçamentos entre linhas, fontes, distância 
entre seções, paginação, tamanho de folha e alinhamentos conforme as normas 
da ABNT (2002, 2003, 2012, 2018) – assim, quando você for escrever de fato 
um trabalho, seguir as normas ficará mais fácil. Caso tenha alguma dúvida a 
respeito, consulte a matéria disponível em: <https://normas-
abnt.espm.br/index.php?title=Formata%C3%A7%C3%A3o_do_artigo> 
(Formatação, 2017). 
 
 
13 
FINALIZANDO 
Nesta aula, concluímos os assuntos que abordam a estrutura de um artigo 
científico e falamos sobre a formatação do trabalho acadêmico segundo as 
normas da ABNT (2002, 2003, 2012, 2018). Sobre cada etapa que compõe um 
trabalho científico, nós falamos sobre os itens que as compõem e que aparecem 
resumidos na Figura 8. 
Figura 8 – Síntese dos itens que compõem cada elemento de um estudo 
científico 
 
Além dos assuntos mencionados, foram apresentados exemplos de 
metodologia, de inserção de figuras em textos acadêmicos; e descobrimos que 
conclusão difere de considerações finais (o termo a ser usado será definido 
conforme a abordagem da pesquisa). 
Nas próximas aulas, falaremos sobre pesquisa em saúde e os itens que 
a envolvem. Um dos nossos temas será o comitê de ética (protocolos de 
pesquisa), que é muito utilizado na área da saúde e gera muita insegurança. Mas 
calma, não fique ansioso(a)! Você descobrirá que o tratamento desse assunto é 
muito mais fácil do que dizem. 
 
Resumo
• Introdução ao 
assunto
• Objetivo
• Métodos
• Resultados
• Conclusão
Introdução
• Delimitação do 
tema
• Primeiras 
referências 
(fundamentação)
• Justificativa
• Hipóteses
• Objetivo
Método
• População
• Amostra 
• Período de 
realização da 
pesquisa
• Tipo de pesquisa
• Coleta de dados
• Forma de análise 
de dados
Discussão e 
resultados
• Fundamentação 
teórica
• Apresentação dos 
resultados
• Apresentação dos 
textos de outros 
autores em 
conformidade ou 
não com os 
resultados 
encontrados
Conclusão/
Considerações 
finais
Apresentação das 
hipóteses e objetivos 
e dos resultados 
encontrados, em que 
se deve informar se 
os pontos 
convergem e se há a 
constatação da 
hipótese ou se ela foi 
refutada
 
 
14 
REFERÊNCIAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 6022:2018: 
informação e documentação – artigo em publicação periódica técnica e/ou 
científica – apresentação. Rio de Janeiro, 16 maio 2018. Disponível em: 
<http://www.cienciasmedicas.com.br/anexos/arquivo/Norma%20da%20ABNT%
206022-%202018.pdf>. Acesso em: 5 fev. 2021. 
_____. ABNT NBR 6024:2012: informação e documentação – numeração 
progressiva das seções de um documento escrito – apresentação. Rio de 
Janeiro, 1 fev. 2012. Disponível em: <http://www2.uesb.br/biblioteca/wp-
content/uploads/2016/05/NBR-6024-NUMERACAO-PROGRESSIVA.pdf>. 
Acesso em: 5 fev. 2021. 
_____. ABNT NBR 6028:2003: informação e documentação – resumo – 
apresentação. Rio de Janeiro, 30 nov. 2003. 
_____. ABNT NBR 10520:2002: informação e documentação – citações em 
documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 30 ago. 2002. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Painel coronavírus. Brasília, 2020. Disponível 
em: <https://covid.saude.gov.br/>. Acesso em: 5 fev. 2021. 
FACULDADE JAGUARIÚNA. Biblioteca Paulo Freire. Manual para elaboração 
de resumo: ABNT NBR 6028:2003 – informação e documentação – resumo – 
apresentação. Jaguariúna, 2016. Disponível em: <http://www.faj.br/wp-
content/uploads/2016/10/Manual-para-Apresentacao-de-Resumo.pdf>. Acesso 
em: 5 fev. 2021. 
FORMATAÇÃO do artigo. Normas ABNT [da] Biblioteca ESPM, 8 maio 2017. 
Disponível em: <https://normas-
abnt.espm.br/index.php?title=Formata%C3%A7%C3%A3o_do_artigo>. Acesso 
em: 5 fev. 2021. 
PINAFO, E. et al. Problemas e estratégias de gestão do SUS: a vulnerabilidade 
dos municípios de pequeno porte. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 5, p. 
1.619-1.628,2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/csc/v25n5/1413-
8123-csc-25-05-1619.pdf>. Acesso em: 5 fev. 2021. 
RESUMO em língua vernácula (obrigatório). Normas ABNT [da] Biblioteca 
ESPM, 28 nov. 2016. Disponível em: <https://normas-
 
 
15 
abnt.espm.br/index.php?title=Resumo_em_l%C3%ADngua_vern%C3%A1cula
_(obrigat%C3%B3rio)>. Acesso em: 5 fev. 2021. 
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	NA PRÁTICA
	FINALIZANDO

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