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PARTE I ENERGIA RADIANTE É a radiação que se propaga na forma de onda eletromagnética. A luz solar, ou a luz branca parece homogênea. Ao passar através de um prisma, surge um espectro de cores, tal como Newton demonstrou pela primeira vez, em 1663. A sequência das cores mais proeminentes do espectro da luz solar é: Vermelho Alaranjado Amarelo Verde Azul Violeta Cada uma dessas cores corresponde a uma diferente banda de comprimento de onda da luz O comprimento de uma onda é a distância entre duas cristas dessa onda. VALOR ENERGÉTICO DO QUANTUM • O mais importante nas reações fotoquímicas da luz é admitir que a luz tem uma natureza corpuscular. •Considera-se como um feixe de luz um jato de pequenas partículas, cada uma das quais designa-se como fóton. • Quando os fótons colidem com uma substância, a sua energia pode transferir-se para os elétrons da substância atingida, iniciando-se, assim, reações fotoquímicas. A quantidade de energia possuída por um fóton designa-se QUANTUM. q = h.v = hc . - h = Constante de Planck; - v = Freqüência de energia radiante em ondas/segundo; - c = Velocidade da luz (3x1010 cm/seg.) - = O comprimento de onda expressa em centímetros O VALOR ENERGÉTICO DE UM QUANTUM MODELO TEÓRICO SOBRE A ESTRUTURA DO CLOROPLASTO 1 – A existência de camadas alternadas de proteínas hidrofílicas e de lipídeos. 2 – A molécula de clorofila está orientada de tal forma que sua : Cabeça hidrofílica camada de proteínas Camada lipofílica camada lipídica. Carotenóides CLOROFILA 1 – Uma molécula em forma de espátula com um complexo anel de porfirina (Cabeça). 2 – Ao qual se liga uma longa Cadeia de Fitol (Cauda). 3 – O anel de porfirina compõe-se de quatro Núcleos pirrólicos ligados entre si e contendo Cadeia Laterais. 4 – O metal constituinte da molécula é o magnésio e está incorporado neste anel. PERCURSO DO CARBONO NA FOTOSSÍNTESE No fim da década de 40 do século passado, Calvin, Benson e outros iniciaram investigações sobre o percurso do carbono na fotossíntese. Isto é, sobre a série de compostos nos quais o CO2 é convertido. 1 • FORNECENDO ÀS ALGAS CO2 MARCADO RADIATIVAMENTE COM 14C; • MATAM-SE AS ALGAS COM METANOL FERVENTE 2 • IDENTIFICAÇÃO DESTES COMPOSTOS POR: • CROMATOGRAFIA • AUTO-RADIOGRAFIA 3 • Verificou-se que com a radioatividade surge uma grande diversidade de compostos • Encontravam-se acúcares, ésteres, fósforos, ácidos orgânicos e aminoácidos. COMO FOI EXECUTADO? CICLO DE CALVIN REAÇÃO DE HILL O bioquímico inglês R. Hill mostrou em 1937 que a iluminação de suspensões aquosas de cloroplastos na presença de um aceitador apropriado de H2 tinha como resultado a produção de O2. A reação pode ser assim representada: (Sendo A um aceitador de H2): Luz 2H2O + 2A AH2 + O2 Cloroplastos * Alguns compostos podem atuar como aceitadores de hidrogênio nesta reação. São eles: 2,6-diclorofenol, Benzoquinona, certos indofenóis. Posteriormente, fez-se a importante descoberta de que NADPt e NAD podem funcionar como aceitadores de H2, numa reação do tipo da de Hill: Luz 2H2O + 2NADP 2NADPH + 2H+ + O2 Cloroplastos REAÇÃO DE HILL INTENSIFICAÇÃO FOTOSSINTÉTICA Em 1943, Emerson e Lewis: 1 – Descobriram que a luz de comprimento de onda mais longos com cerca de 680 nm (Região do vermelho extremo) eram extremamente ineficientes para a fotossíntese da alga verde Chlorella. 2 – Verificou-se que a fraca eficiência do vermelho extremo podia aumentar pela sobreposição a essa radiação de radiações de comprimento de onda mais curtos. 3 – Quando o vermelho extremo e a radiação de comprimento de onda mais curto eram simultaneamente absorvidos conseguia-se uma taxa de fotossíntese por unidade de energia luminosa maior do que a soma das taxas fotossintéticas conseguidas por cada uma dessas radiações, se absorvidas separadamente. 4 – A este fenômeno deram o nome de Intensificação Fotossintética. 5 – Considera-se como uma evidência da participação na fase fotoquímica de duas reações luminosas independentes, mas qua interagem entre si. 6 – O fenômeno da intensificação fotossintética ocorre também em plantas superiores. CONVERSÃO DA ENERGIA RADIANTE EM ENERGIA QUÍMICA A característica única da fotossíntese é a conversão da energia radiante em energia química, durante a fase fotoquímica do processo. Uma hipótese de trabalho sobre a fase fotoquímica da fotossíntese: Consiste em duas reações luminosas que serão referidas por Sistema I e Sistema II, ligados entre si por uma cadeia de transporte de elétrons. Está-se ainda longe de compreender completamente o mecanismo desta conversão energética O sistema I caracteriza-se pela presença de uma forma de clorofila a, designada por p700 em referência ao seu comprimento de onda de máxima absorção. O funcionamento de cada um dos sistemas está dependente de um diferente complexo de pigmentos. CONVERSÃO DA ENERGIA RADIANTE EM ENERGIA QUÍMICA 1 – O Sistema I: Caracteriza-se pela presença de uma forma de clorofila a, designada por P700, que refere-se ao seu comprimento de onda de máxima absorção. A fotofosforilação cíclica está associada com o sistema I. 2 - O Sistema II caracteriza-se por possuir uma forma de clorofila a com um máximo de absorção de 680. A fotofosforilação acíclica está associada com o Sistema II. 3 – Mecanismo: Quando os cloroplastos apenas absorvem luz de comprimento de onda 700 nm só o fotosistema I funciona. Quando os cloroplastos apenas absorvem luz de comprimento de onda 680nm, só o fotossistema II funciona. Não se sabe se há qualquer separação morfológica entre os dois fotosistemas, ou se eles se interpenetram. Admite-se que: O sistema II no seu funcionamento precede o sistema I. A absorção máxima de quanta de luz pelo fotosistema II leva à fotólise da água: