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GÊNERO Staphylococcus Profa. Maria José de Britto Costa Fernandes Família: Staphylococcaceae o 35 espécies e 21 subespécies Associados a doenças no homem e em animais o 17 espécies isoladas de humanos o Espécies releventes S. aureus, S. epidermidis, S. saprophyticus o Microbiota normal /algumas espécies o Microbiota Pele Superfícies mucosas de humanos Animais: mamíferos e pássaros o Homem - sítios Axilas Narinas Orofaringe Períneo, boca, vagina Trato intestinal Staphylococcus Habitat o Morfologia: cocos o Arranjo: geralmente agrupados em cachos o Gram-positivos o Anaeróbios facultativos o Imóveis o Não formadores de esporos Staphylococcus Crescimento o Em elevadas conc. de NaCl Faixa de temperaturas: 18-400C o Acentuada resistência à dessecação Resistentes ao calor (50°C / 30 min.) oResistência a vários antimicrobianos Staphylococcus Tratamento e resistência - Staphylococcus sp. - A maioria das cepas é resistente às penicilinas - Oxacilina e meticilina - penicilinas resistentes às beta-lactamases - A vancomicina – primeira escolha Crescimento o Fermentam carboidrato/produção de ácido o Não produzem gás Staphylococcus Produção de toxinas e enzimas o Catalase conversão do H2O2 o Coagulase potencial invasivo o Leucocidina lise de leucócitos oToxinas citolíticas a b g d / lise de hemácias, leucócitos, plaquetas, macrófagos e outras oEnterotoxinas: A, B, C1-3, D, E, e G-Q Intoxicações alimentares Staphylococcus Espécies associadas com infecções no homem S. aureus - única espécie humana produtora da enzima coagulase S. epidermidis e S. saprophyticus - não produzem coagulase / espécies coagulase negativas Foliculite: infecção piogênica localizada na base do folículo Terçol: foliculite a partir dos cílios Furunculose: extensão da foliculite, formação de nódulos elevados, dolorosos com tecido morto e necrótico subjacente. Carbúnculo: coalescência de furúnculos / tec. subcutâneo Infecções de lesões: feridas cirúrgicas e traumatismos Principais doenças associadas ao S. aureus Principais doenças associadas ao S. aureus Foliculite Carbúnculo Foliculite Terçol Furúnculo o 50% das cepas de S. aureus produtoras de enterotoxinas o Termoestáveis (100°C/30 min.) o Resistentes à ação das enzimas gastro-intestinais o S.aureus: tolerantes a NaCl (10-20%) e nitratos (favorece o crescimento em carnes processadas) Intoxicação alimentar PRODUÇÃO DE TOXINAS INGESTÃO ALIMENTOS SINTOMAS 4 HORAS BACTÉRIA TOXINAS PREFORMADA Intoxicação alimentar Autolimitada (24-48horas) Intoxicação alimentar Tipos de Alimentos o Carnes processadas / presunto o Carne suína salgada o Massas recheadas /creme de baunilha o Salada de batata o Sorvetes o As mãos contaminadas com secreções nasais. o As mãos do portador inoculam o microrganismo no alimento durante o preparo. o Alimento conservado por horas sem refrigeração adequada, os estafilococos multiplica-se e produz a enterotoxina. o O alimento contaminado pode ser consumido cru ou cozido. o O cozimento não destrói a enterotoxina (termoestável). Principais Causas Intoxicação alimentar o Ação emética: o estímulo é enviado ao centro do vômito (SNC); ocorre um retroperistalsia do estômago e intestino delgado provocando o vômito. oAção diarreíca: altera a saída de Na e Cl das células Intoxicação alimentar Manifestações clínicas Manifestações clínicas oVômitos intensos e diarréia o Dor abdominal e náusea o Sudorese e cefaléia o Ausência de febre o Desidratação o Evolução rápida (toxina pré-formada) Intoxicação alimentar Tratamento o Reposição hidroeletrolítica o Antibioticoterapia não indicada o Autolimitada (24-48horas) Intoxicação alimentar Medidas de Controle das Intoxicações o Higienização dos alimentos o Refrigeração os alimentos o Higiene do ambiente e dos manipuladores de alimentos Controle das infecções cutâneas Intoxicação alimentar Diagnóstico laboratorial das intoxicações o Isolamento do S. aureus : a partir do alimento (elevado nº de bactérias) o Detecção de enterotoxina: a partir do alimento/ fezes através de testes sorológicos Concentração incerta: 0,015-0,375µg/k (peso corpóreo) Material Biológico Alimento Diagnóstico Laboratorial dos Staphylococcus sp. ÁGAR MANITOL SALGADO 24h /36ºC Coloração de Gram ÁGAR MANITOL SALGADO / ÁGAR SANGUE 24h /36ºC - Cocos Gram positivos agrupados em cachos - Verificar a fermentação do ágar manitol salgado - Observar a formação ou não do halo de hemólise (ágar Sangue) - Observar o padrão de hemólise Fermentação do meio ágar manitol salgado Padrão de hemólise no meio de ágar sangue Diagnóstico Laboratorial Staphylococcus sp. Padrão de hemólise no meio de ágar sangue Diagnóstico Laboratorial Staphylococcus sp. PROVAS DA CATALASE E COAGULASE CATALASE EM LÂMINA CATALASE EM PLACA S. aureus S. Coagulase Negativos Fonte:http://blogdafarmaceutica.blogspot.com.br Identificação de Staphylococcus sp. ESPÉCIE AGAR MANITOL SALGADO AGAR SANGUE CATALASE COAGULASE NOVOBIOCINA S. aureus + /+ + + + S ( - ) S. epidermidis +/- + + - S ( - ) S. saprophyticus +/- + + - R ( + ) o Implicados em endocardites Válvulas artificiais – casos de substituições o Infecções de próteses, cateteres e demais materiais Cateteres de demora / alimentação e tratamento Estafilococos Coagulase-negativos Staphylococcus epidermidis o Importante causa de infecções urinárias Mulheres jovens/sexualmente ativas Estafilococos Coagulase-negativos Staphylococcus saprophyticus - A maioria das cepas é resistente às penicilinas - Oxacilina e meticilina - penicilinas resistentes à beta-lactamase - A vancomicina – primeira escolha -Bacteremia e endocardite – tratamento imediato - Intoxicação alimentar - reidratação Tratamento das infecções por Staphylococcus sp.